tag:blogger.com,1999:blog-56480034705735744512024-03-06T02:12:51.316-03:00CONTOS SOL LUA.Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.comBlogger2671125tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-73898591207384896042020-04-18T18:00:00.002-03:002020-04-18T18:00:25.739-03:00Princípios Ocultos de Saúde e Cura..<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6QqNxjU2O1EJctQCLSTm4BU94NfcHrA7aXJ2d_WevBLdawO5rC_nEku53hmn5Prln-RKUvtc1UixVexBsK8C0zYP8t8VsFkWqdEhr8JplA6jMtPQRSkPDBmz_tthZvHrtsTxgMWdtJ5c/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6QqNxjU2O1EJctQCLSTm4BU94NfcHrA7aXJ2d_WevBLdawO5rC_nEku53hmn5Prln-RKUvtc1UixVexBsK8C0zYP8t8VsFkWqdEhr8JplA6jMtPQRSkPDBmz_tthZvHrtsTxgMWdtJ5c/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
Introdução...
CAPÍTULO I - O CORPO DENSO.
Max Heindel.
A Ciência Oculta ensina que o homem é um ser complexo que possui:
1 – Um Corpo Denso, que é instrumento visível que emprega neste mundo para atuar e mover-se. É o corpo que normalmente é considerado como o "homem".
2 – Um Corpo Vital, composto de éter, que interpenetra o corpo visível, da mesma forma que o éter interpenetra todas as outras formas, com a exceção de que o ser humano especializa maior quantidade de éter universal do que as outras formas. Este corpo etéreo é nosso instrumento de especialização da energia vital do Sol.
3 – Um Corpo de Desejos pelo qual se expressa a nossa natureza emocional. Este veículo, mais sutil, interpenetra tanto o corpo físico como o corpo vital. O clarividente o vê estendendo-se cerca de 40 cm. além do corpo visível, o qual está situado no centro desta nuvem oval, tal como a gema se encontra no centro do ovo.
4 – A Mente que é um espelho que reflete o mundo exterior e permite ao Ego transmitir suas ordens por pensamentos e palavras, compele também à ação.
O Ego é o tríplice Espírito que utiliza estes veículos para acumular experiências na escola da vida.
Evolução
O corpo denso foi o primeiro veículo construído tendo, por conseguinte, passado por grande período de Evolução. Está atualmente no seu quarto estágio de desenvolvimento e alcançou maravilhoso grau de eficiência e oportunamente atingirá a perfeição. É o mais organizado dos veículos do homem. É um instrumento maravilhosamente construído e deve ser reconhecido como tal por todo aquele que desejar ter qualquer conhecimento da constituição do homem.
O germe do corpo denso foi dado pelos Senhores da Chama durante a primeira Revolução do Período de Saturno, o primeiro dos Sete Grandes Dias de Manifestação, de acordo com os Ensinos Rosacruzes. Este germe foi algo desenvolvido durante o restante das seis primeiras Revoluções, tendo-se-lhe conferido a capacidade de desenvolver os órgãos dos sentidos, particularmente o ouvido. Daí ser o ouvido o órgão mais desenvolvido que possuímos.
Na primeira metade da Revolução de Saturno do Período Solar, ou seja, o Segundo dos Sete Grandes Dias de Manifestação, os Senhores da Chama se ocuparam em realizar certas melhoras no germe do corpo físico. Tornou-se necessário efetuar determinadas mudanças nele, de modo que pudesse ser interpenetrado por um corpo vital, dando-lhe ao mesmo tempo a capacidade de desenvolver as glândulas e um canal alimentar. Isto foi conseguido pela ação conjunta dos Senhores da Chama e dos Senhores da Sabedoria.
Na primeira Revolução do Período Lunar, ou seja, a Revolução de Saturno desse Período que constitui o Terceiro dos Sete Grandes Dias de Manifestações, os Senhores da Sabedoria cooperaram com os Senhores da Individualidade na reconstrução do germe do corpo denso. Este germe já desenvolvera órgãos sensoriais embrionários, órgãos digestivos, glândulas, etc., e estava interpenetrado por um corpo vital em início de desenvolvimento. É evidente que não era visível nem sólido como o é atualmente, porém, embora em forma rudimentar, estava já um tanto organizado. No Período Lunar foi necessário reconstruí-lo e torná-lo capaz de ser interpenetrado por um Corpo de Desejo bem como desenvolver um sistema nervoso, os músculos, as cartilagens e um esqueleto rudimentar. Esta reconstrução foi a obra realizada durante a Revolução de Saturno do Período Lunar. Os seres lunares não eram tão simplesmente germinais como nos Períodos precedentes. Para o clarividente desenvolvido aparecem suspensos por cordões na atmosfera de névoa-ígnea, como o embrião pende da placenta pelo cordão umbilical. Correntes que proviam certa espécie de nutrição, fluíam da atmosfera por esses cordões.
Quando a Terra surgiu do caos, no começo do Período Terrestre, estava na etapa vermelho-escuro que conhecemos como a Época Polar. Nessa ocasião a humanidade evoluiu primeiramente um corpo denso, cujo germe havia sido dado pelos Senhores da Chama na Primeira Revolução do Período de Saturno. Não era, evidentemente, como o nosso corpo atual. Quando a Terra passou ao estado ígneo, na Época Hiperbórea, o corpo vital foi agregado e o ser humano converteu-se em algo semelhante às plantas, isto é, tinha os mesmos veículos que tem as plantas atualmente. Possuía também um certo grau de consciência semelhante ao dos atuais vegetais, que melhor qualificaríamos como a inconsciência parecida à que temos durante o sono sem sonhos, quando os corpos denso e vital permanecem no leito.
Naquele tempo, na Época Hiperbórea, o corpo do homem era como um grande saco de gás que flutuava fora da Terra ígnea e emitia de si uns esporos vegetais que logo cresciam e eram utilizados pelas entidades que vinham ao mundo. O homem era, então bissexual: um hermafrodita.
Na Época Lemúrica, quando a Terra havia esfriado e algumas ilhas ou crostas começavam a formar-se no meio dos mares ferventes, o corpo humano solidificou-se um pouco e foi ficando mais parecido com o que é atualmente. Era de forma similar à dos macacos, com um tronco muito curto e pequeno e braços e pernas enormes, com os calcanhares projetados para trás. Quase não tinha cabeça pois a parte superior da mesma faltava-lhe completamente. O homem vivia em uma atmosfera de vapor que os ocultistas chama névoa-ígnea e não tinha pulmões pois respirava por meio de "tubos". Tinha guelra como ainda se observa no embrião humano enquanto passa pela etapa antenatal que corresponde a essa Época. Não tinha sangue quente e vermelho porque naquela época o Espírito não estava individualizado. Possuía, no interior, um órgão parecido com uma bexiga que inflava com o ar quente, que o ajudava a pular sobre os enormes abismos que se abriam quando as erupções vulcânicas destruíam a terra em que vivia. Da parte posterior da cabeça se projetava um órgão que atualmente se retraiu para o interior. A esse órgão, os anatomistas, chamam glândula pineal ou impropriamente o terceiro olho embora jamais fosse realmente um olho, mas um órgão localizador de sensação. Faltava sensibilidade ao corpo, porém, quando o homem se aproximava demasiado de uma cratera vulcânica, aquele órgão registrava o calor e o impelia a fugir antes que seu corpo fosse destruído.
Naquele tempo o corpo já se solidificara tanto que era impossível ao homem continuar a propagar-se por meio de esporos, tornando-se necessário o desenvolvimento de um órgão do pensamento, um cérebro. A força criadora que hoje empregamos para construir trens, navios, etc., no plano físico era empregada então na construção dos órgãos internos. Com todas as forças, era positiva e negativa. Um pólo foi dirigido para cima, para formar o cérebro, e o outro pólo ficou disponível para a criação de outros corpos. Desta maneira o homem deixou de ser uma unidade criadora completa, sendo necessário buscar seu complemento exteriormente.
Na última parte da Época Lemúrica a forma do homem era ainda muito plástica. O esqueleto já se havia formado e o homem tinha grande poder para modelar a carne de seu próprio corpo, assim como a dos animais que o circundavam.
Naquele tempo, ao nascer, o homem podia ouvir e sentir as coisas. Contudo, sua percepção da luz veio mais tarde. Os Lemurianos não tinham olhos. Tinham dois pontos sensitivos que eram afetados pela luz do Sol quando este brilhava, amortecidamente, através da atmosfera ígnea e nebulosa da Lemúria, porém só no final da Época Atlante, adquiriu a vista como a temos hoje.
Sua linguagem consistia em sons como os da Natureza. O sussurro do vento nos bosques imensos que então existiam e cresciam com exuberância naquele clima quente saturado de umidade, o murmúrio do arroio, o rugido da tempestade, o troar das cascatas, os estrondos dos vulcões, todos estes sons eram para o ser humano como vozes dos deuses dos quais sabia ser descendente.
Do nascimento do seu corpo, nada sabia. Não podia ver seu corpo nem nenhuma outra coisa, porém podia perceber seus semelhantes. Esta percepção era, todavia, interior, como o é nossa percepção das pessoas e coisas durante o sonho, mas uma diferença importantíssima: suas percepções eram claras racionais.
Mas "quando seus olhos se abriram" (como se conta na história da Queda) e sua consciência se dirigiu para os fatos do Mundo Físico, tudo mudou. A propagação passou a ser dirigida, não pelos Anjos, mas pelo próprio ser humano, que não conhecia a ação das forças solares e lunares. Sua consciência focalizou-se no Mundo Físico, embora as coisas não fossem divisadas com a clareza e nitidez que se produziram na última parte da Época Atlante. Aos poucos foi conhecendo a morte, gradualmente, devido à solução de continuidade que se produzia em sua consciência ao passar para os mundos superiores ao morrer, ou ao retornar ao mundo físico ao renascer.
Todavia, o que dissemos acerca da iluminação dos Lemurianos aplica-se somente a uma minoria dos que viveram na última etapa daquela Época. Estes foram a semente das sete raças Atlantes. A maior parte dos Lemurianos era semelhante aos animais e os corpos habitados por eles degeneraram nos dos selvagens e antropóides atuais.
Na Época Atlante, que se seguiu à Lemúrica, o homem era muito diferente de tudo quanto existe na terra atualmente. Tinha cabeça, porém quase não tinha fronte. Seu cérebro carecia de desenvolvimento frontal e sua testa era inclinada para trás desde o ponto que se encontrava sobre os olhos. Comparada com nossa atual humanidade, a de então era gigantesca, tendo os braços e as pernas desproporcionadamente longos em relação ao resto do seu corpo. Em vez de caminhar, avançava por meio de uma série de pulos semelhantes aos do canguru. Tinha olhos pequenos e pestanejantes e o cabelo era de secção redonda. Esta última peculiaridade, se outras não houver, distingue os descendentes das raças atlantes que estão entre nós atualmente. Seu cabelo era liso, brilhante, preto e de secção redonda. O cabelo dos arianos, embora defira em cor, é sempre de secção ovalada. As orelhas dos atlantes ficavam muito mais para trás, na cabeça, do que as dos Arianos.
Os veículos superiores dos primitivos atlantes não estavam em posição concêntrica relativamente ao corpo físico, como acontece conosco. Seu espírito era ainda interno, pois se encontrava parcialmente fora e não podia, portanto, controlar seus veículos com a mesma facilidade que tem agora que se encontra dentro. A cabeça do corpo vital se encontrava fora, bem mais para cima do que a cabeça física. Há um ponto entre as sobrancelhas, cerca de 13 milímetros abaixo da pele, que tem um seu correspondente no corpo vital. Quando esses dois pontos coincidem, como acontece no ser humano hoje, formam a sede do espírito interior no homem.
Devido à distância entre esses dois pontos, a percepção ou visão do atlante era muito mais aguda nos Mundos Internos do que no Mundo Físico denso, que estava obscurecido por sua atmosfera espessa e nevoenta. Com o decorrer do tempo, todavia, a atmosfera aos poucos ficou mais clara e ao mesmo tempo o ponto mencionado do corpo vital foi-se aproximando do ponto correspondente do corpo físico, até se unirem no último terço da Época Atlante.
Os Rmoahals foram a primeira das Raças Atlantes. Tinham muito pouca memória e esse ponto estava relacionado com as sensações. Lembravam-se das cores e sons, e assim, até certo ponto, foram desenvolvendo as sensações. Com a memória, vieram aos Atlantes os rudimentos da linguagem. Começaram a criar as palavras e foram abandonando o emprego de simples sons, como faziam os Lemurianos ao dar nomes às coisas.
Os Tlavatlis foram a segunda Raça Atlante. Estes começaram a sentir seu verdadeiro valor como seres humanos separados. Tornaram-se ambiciosos; queriam que suas obras fossem lembradas. A memória tornou-se um fator na vida da comunidade. Assim começou o culto aos antepassados.
Os Toltecas constituíram a terceira Raça Atlante. Inauguraram a Monarquia e a Sucessão Hereditária, originando-se assim o costume de honrar os homens pelos atos dos seus antepassados. A experiência tornou-se de grande valor e a memória desenvolveu-se a um grau muito elevado.
No terço médio da Época Atlante encontramos o começo das nações separadas. A seu tempo, os reis sentiram-se ébrios de poder e começaram a usá-lo corrompidamente para fins egoístas e engrandecimento pessoal, em vez de usá-lo para o bem comum.
Os Turânios Originais constituíram a quarta Raça Atlante. Eram vis no seu egoísmo e erigiram templos nos quais os reis eram adorados como Deuses.
Os Semitas Originais foram a quinta e mais importante das sete Raças Atlantes, porque neles encontramos os primeiros germes das qualidades corretivas do pensamento. Daí a Raça Semita Original ter-se convertido na "raça-semente" das sete raças da Época Ariana. Foram os primeiros a descobrir que o cérebro é superior à força muscular. Durante a existência desta Raça, a atmosfera da Atlântida começou a clarear e o já mencionado ponto do corpo vital entrou em correspondência exata com seu similar no corpo denso. A combinação desses acontecimentos permitiu ao ser humano começar a ver os objetos nitidamente, com seus contornos definidos, porém, foi também a causa da perda da visão dos mundos internos.
Os Acádios constituíram a sexta e os Mongóis a sétima das Raças Atlantes. Ambas desenvolveram ainda mais a faculdade do pensamento, embora seguissem uma linha de raciocínio que as desviava da rota seguida pela vida em desenvolvimento. À medida que as espessas neblinas da Atlântida se iam condensando, as águas se avolumavam e inundavam gradualmente o continente, destruindo a maior parte da população bem como as provas materiais de sua civilização.
O Cérebro e o Sistema Nervoso
Na Revolução de Saturno do Período Terrestre o corpo denso adquiriu a capacidade de desenvolver o cérebro, convertendo-o assim em veículo para o germe da mente que seria agregada posteriormente. Foi-lhe fornecido o impulso para formar a parte frontal do cérebro. O cérebro e o sistema nervoso são a expressão mais elevada do corpo de desejos. São eles que recolhem e transmitem as imagens do mundo exterior, mas neste processo de imagens mentais em formação, o sangue é que leva o material necessário. Por isso, quando o pensamento está em atividade, o sangue flui para a cabeça.
Como o cérebro é o elo entre o Espírito e o mundo exterior, o homem nada poderá saber a não ser por seu intermédio. Os órgãos dos sentidos servem apenas para captar-lhe as sensações do mundo exterior, mas é o cérebro que coordena e interpreta esses impactos. O Espírito, ajudado pelos Anjos, formou o cérebro para adquirir conhecimento do Mundo Físico. Quando o Ego entrou na posse dos seus veículos, tornou-se necessário que usasse uma parte da sua força criadora para a construção do cérebro e da laringe. Os Lucíferos são os instigadores de todas as atividades mentais, graças à parte da energia sexual que é levada para cima para agir no cérebro. Desta maneira, a entidade em evolução obteve o conhecimento cerebral do mundo exterior à custa da metade do seu poder criador.
Os fisiólogos descobriram que certas regiões cerebrais são destinadas a atividades mentais particulares e a frenologia levou este conhecimento mais longe. Sabe-se agora que o pensamento destrói os tecidos nervosos. Tanto este como os demais desgastes de corpo são reparados pelo sangue. Quando, pelo desenvolvimento, o coração se converter em um músculo voluntário, a circulação do sangue ficará sob o controle absoluto do unificante Espírito de Vida que então terá o poder de impedir que o sangue aflua àquelas áreas da mente que se dediquem a propósitos egoístas. Como resultado, esses centros particulares de pensamento irão se atrofiando gradualmente.
O conhecimento cerebral, com seu egoísmo concomitante, foi adquirido pelo ser humano à custa do poder de criar sozinho. Adquiriu seu livre arbítrio à custa da dor e da morte. Mas uma vez que o homem aprenda a utilizar o seu intelecto em benefício da humanidade, adquirirá poder espiritual sobre a vida, e além disso, será guiado por um conhecimento inato de natureza muito mais elevada do que a consciência cerebral tão superior, quanto esta o é da mais inferior consciência animal. No melhor dos casos o cérebro não é mais do que um instrumento para obter conhecimento indireto e será sobrepujado pelo contato direto com a Sabedoria da Natureza que o homem poderá então utilizar para a criação de novos corpos sem nenhuma cooperação.
No Período Lunar foi necessário reconstruir o corpo denso para que pudesse ser interpenetrado por um corpo de desejos e também para que pudesse desenvolver um sistema nervoso, os músculos, as cartilagens e um esqueleto rudimentar. Esta reconstrução foi a obra da Revolução de Saturno do Período Lunar.
A reconstrução do corpo denso na Revolução de Saturno do Período Terrestre deu o primeiro impulso à divisão incipiente do sistema nervoso que desde então tornou-se aparente em suas subdivisões: o sistema voluntário e o sistema simpático. Este último foi o único que se desenvolveu no Período Lunar. O sistema nervoso voluntário (que transformou o corpo físico de simples autômato acionado por estímulos externos neste instrumento adaptável e extraordinário, capaz de ser guiado e controlado por um Ego, do seu interior) só foi acrescentado no atual Período Terrestre.
Quando houve a divisão entre o Sol, a Lua e a Terra nos primeiros tempos da Época Lemúrica, a parte mais desenvolvida da humanidade em formação experimentou uma divisão no corpo de desejos, formando-se uma parte superior e outra inferior. Aconteceu o mesmo com o resto da humanidade, porém só na primeira parte da Época Atlante. Esta parte superior do corpo de desejos converteu-se numa espécie de alma animal. Construiu o sistema nervoso cérebro-espinhal e os músculos voluntários, por cujo intermédio controlava a parte inferior do tríplice corpo, até que foi obtido o elo da mente.
Parte do sistema muscular involuntário é controlado pelo sistema nervoso simpático.
O assento do Espírito Humano está primariamente na glândula pineal e secundariamente no cérebro e no sistema nervoso cérebro-espinhal que controla os músculos voluntários.
O Sangue
O estudo do sangue é muito profundo e transcendental, qualquer que seja o ponto de vista em que o analisemos. Lúcifer teve razão quando disse que "o sangue é uma essência muito especial". É essa essência que forma o corpo físico desde o momento em que o átomo-semente é depositado no óvulo, até que se produza a ruptura do cordão prateado, terminando a existência material. Sendo um dos mais elevados produtos do corpo vital, é ele que leva a nutrição a todas as partes do corpo. É o veículo direto do Ego, injetando-se nele todo pensamento, sentimento ou emoção transmitidos aos pulmões.
Durante a infância, até os quatorze anos, a medula óssea não forma todos os corpúsculos sangüíneos. A maioria dele é formada pela glândula timo que é muito grande no feto e diminui gradualmente de tamanho conforme a faculdade individual de criar seu próprio sangue vai aumentando na criança. A glândula timo contém por assim dizer, uma reserva de corpúsculos sangüíneos fornecidos pelos pais e, conseqüentemente, a criança que extrai seu sangue desta fonte, não poderá pensar de si mesma como "eu". Quando a glândula timo desaparece aos quatorze anos de idade, o sentimento do "eu" alcança toda a sua expressão porque então o sangue é fabricado e dominado completamente pelo Ego. O seguinte esclarecerá este conceito e demostrará sua lógica:
Lembremos que a assimilação e o crescimento dependem das forças que agem sobre o pólo positivo do éter químico do corpo vital. Este éter é liberado aos sete anos, quando nasce o corpo vital. Somente o éter químico está completamente maduro nessa idade pois os outros éteres necessitam um pouco mais de tempo. Aos quatorze anos o éter de vida do corpo vital, que é o que age na propagação, está completamente maduro. No período que transcorre dos sete aos quatorze anos de idade, a assimilação excessiva vai acumulando um excesso de energia que se dirige aos órgãos sexuais e fica disponível quando o corpo de desejos é libertado.
Esta força sexual é acumulada no sangue durante o terceiro dos períodos setenários e, nesse tempo, o éter de luz, que é o condutor do calor sangüíneo, desenvolve-se e controla o coração, de modo que o calor do corpo não seja demasiado elevado, nem excessivamente baixo. Na primeira infância o sangue pode atingir uma temperatura anormal. Durante o período de crescimento excessivo pode ocorrer o contrário e na juventude ardente e descontrolada, a paixão e o mau gênio, amiúde, fazem o Ego retirar-se devido ao demasiado aquecimento do sangue. Muito apropriadamente dizemos então que o indivíduo está "fervendo" e que a pessoa em questão "perde a cabeça", ou seja, fica incapaz de raciocinar. É isso exatamente o que acontece quando a paixão, a ira ou o temperamento sobreaquecem o sangue, expulsando o Ego dos seus corpos. O Ego encontra-se fora dos seus veículos e estes agem desordenadamente, livres da influência orientadora do pensamento, cujo trabalho, em parte, consiste em agir como um freio dos impulsos.
Somente o homem que se mantém sereno e não permite que o excesso de calor o expulse do corpo, pode pensar adequadamente.
Como prova da afirmação de que o Ego não pode agir no corpo quando o sangue está demasiado quente ou demasiado frio, chamamos a atenção para o fato bem conhecido de que o calor excessivo torna a pessoa sonolenta e se passa de certo limite, chega até a expulsar o Ego, ficando o corpo inconsciente. O Ego só pode utilizar o sangue como veículo de consciência quando este está em sua temperatura normal ou próximo dela.
O rubor da vergonha é uma evidência da forma pela qual o sangue flui à cabeça, sobreaquecendo o cérebro e paralisando o pensamento. O medo é um estado em que o Ego quer proteger-se contra algum perigo exterior. Para isso atrai todo o sangue para o centro e o rosto empalidece porque o sangue abandonou a periferia do corpo e perdeu calor, paralisando também o pensamento. Nas febres o excesso de calor causa o delírio.
A pessoa sangüínea é ativa, física e mentalmente, quando seu sangue não está demasiado quente, ao passo que as pessoas anêmicas são sonolentas.
Em umas, o Ego tem maior controle, em outras, menor. Quando o Ego quer pensar, faz afluir sangue à temperatura adequada ao cérebro. Quando uma refeição copiosa centraliza as atividades do Ego no aparelho digestivo, o homem não pode pensar: fica sonolento.
Os antigos noruegueses e os escoceses sabiam que o Ego está no sangue. Nenhum estrangeiro podia estabelecer parentesco com eles a menos que misturasse seu sangue com o deles, convertendo-se, assim em um do grupo.
Nos descendentes das famílias patriarcais – Adão, Matusalém, etc. – o sangue que corria por suas veias continha as imagens de tudo o que havia ocorrido aos seus antecessores. Essas imagens estavam constantemente ante a visão interior de cada um deles, já que naquele tempo, não tinham visão exterior. Atualmente o sangue de cada indivíduo contém somente as imagens de suas próprias experiências individuais e a mente subconsciente tem acesso a elas. Até o tempo em que o matrimônio fora da família começou, os indivíduos eram dirigidos por um Espírito Familiar (Anjo) que penetrava em seu sangue por meio do ar inspirado e ajudava cada Ego a controlar seus veículos. Quando teve início a prática do matrimônio fora da família, os Egos haviam chegado a tal ponto de Evolução da consciência própria que podiam depender completamente de si mesmos e deviam deixar de ser autômatos guiados pelos deuses, convertendo-se em indivíduos, capazes de governarem-se a si mesmos. Quanto maior é a mistura de sangue tanto menos influenciável é o Ego individual pelo Espírito de Raça ou de Família.
O sangue puro, sem mistura, nos deu o auxílio ancestral quando dele necessitávamos. O sangue misturado criou a independência de qualquer ajuda exterior. Um Deus (criador) tem que ser independente.
O calor do sangue é o campo do Ego e os Espíritos Lucíferos de Marte ajudam a manter este calor, dissolvendo em nosso sangue o ferro, metal marciano, para atrair o oxigênio, que é um elemento solar.
O calor adequado para a expressão real do Ego não está presente até que a Mente não nasça da Mente Concreta Macrocósmica, quando o indivíduo chega aos vinte e um anos de idade. As leis humanas também reconhecem que esta é a idade em que o homem adquire a maioridade.
Nas espécies inferiores dos animais o sangue é fluido e nucleado. Os núcleos, que são centros de vida, são o ponto de apoio de um Espírito Grupo. Por meio dos núcleos sangüíneos o Espírito Grupo dirige os animais e regula seus processos vitais. Durante a primeira parte do período gestatório, o sangue do feto é também nucleado pela vida da mãe, sendo ela que regula os processos de formação do corpo. Mas, logo que o Ego entra no corpo da mãe, começa a impor sua individualidade e a resistir à formação de células sangüíneas nucleadas. As células velhas vão desaparecendo gradualmente, de modo que quando o cordão prateado é ligado ao produzir-se a vivificação e o Ego penetra em seu corpo, todos os núcleos já desapareceram e o Ego passa a ser o autocrata absoluto do seu novo veículo, herança mais preciosa do que qualquer outra posse terrestre. Esta herança, se usada devidamente, é o único meio para gerar poder anímico e amontoar riquezas no céu. Quando abandonamos este veículo ao controle de outros Espíritos, dificultamos seriamente nossa evolução e cometemos grande pecado.
Vemos pois que o sangue é o veículo particular do Ego e assim como nos passados Eons de desenvolvimento cristalizamos a matéria a fim de formar nosso corpo denso, assim também está destinado que agora eterializemos nossos veículos a fim de podermos espiritualizar, tanto a nós, como a todo o mundo material. Portanto, naturalmente, o Ego trata em primeiro lugar de fazer o sangue gasoso. A visão espiritual, este sangue vermelho, não nucleado, não é um fluido mas um gás. De nada vale o argumento de que no mesmo instante em que picamos a pele o sangue sai como líquido, porque também quando abrimos o registro de uma caldeira, o vapor que por ele escapa se condensa, liquefazendo-se. Se fizermos uma máquina a vapor, de vidro e observarmos como nela o vapor trabalha, veremos que os êmbolos se movem para diante e para trás, impelidos por um agente invisível, o vapor vivo. E assim como o vapor vivo da caldeira é invisível e gasoso, assim também o sangue vivo do corpo humano é um gás e quanto mais elevado é o estado de desenvolvimento de um Ego, tanto mais etéreo e sutil será o seu sangue.
Quando pelos processos vitais o alimento alcança o mais elevado estado alquímico, tem começo o processo de condensação e o gás sangüíneo forma os tecidos dos vários órgãos para substituir os que tenham sido deteriorados ou destruídos pelas atividades corporais. O Baço é a entrada das forças do corpo vital. Por ele entram, em corrente contínua, as forças solares que abundam na atmosfera para nos ajudar nos processos vitais, e é justamente no baço onde se trava com maior energia, a batalha entre o corpo de desejos e o corpo vital. Os pensamentos de temor, de ira e de preocupação, interferem nos processos de evaporação no baço. Forma-se uma partícula de plasma, da qual se apodera um pensamento elemental que forma um núcleo e nele se incorpora. Começa então uma vida de destruição aliando-se a outros produtos ou elementos de desgaste, fazendo do corpo um depósito de resíduos, um ossário, em vez do templo do Espírito Vivo. Por isso podemos dizer que todo corpúsculo branco que tenha sido apropriado por uma entidade exterior é, para o Ego uma oportunidade perdida. E quanto maior for o número dessas oportunidades perdidas, tanto menor é o controle do Ego sobre o corpo. Por isso os encontramos em maior quantidade em um corpo doente do que em um saudável. Pode-se dizer também que a pessoa de natureza jovial e devotadamente religiosa e que tem absoluta fé e confiança na Divina Providência e Amor de Deus, tem um coeficiente de oportunidades perdidas ou corpúsculos brancos muito menor do que as que estão sempre se preocupando ou que vivem inquietas.
Assim é, pois, que a única parte do corpo que é realmente nossa, é o sangue. O grau de capacidade do Ego em exprimir-se por meio do corpo, indica o controle que tem sobre o sangue. O Ego só pode agir por intermédio dos corpúsculos vermelhos. Toda vez que nos deixamos dominar negativamente, elaboramos corpúsculos brancos os quais, como já vimos, não são os "policiais do sistema", como acredita a ciência, mas destruidores.
Quando o sangue circula pelas artérias profundas do corpo, é um gás, como dissemos, porém, a perda de calor que se produz na superfície do corpo faz com que se condense parcialmente e justamente nessa substância o Ego está aprendendo a formar cristais minerais. A ciência descobriu recentemente que o sangue de diferentes pessoas contém cristais diferentes, de modo que é possível distinguir-se o sangue de um negro de um branco. Chegará, porém, o tempo em que se conhecerão ainda maiores diferenças porque da mesma maneira que há diferenças entre os cristais formados pelas diferentes raças, também as há entre os formados pelos diferentes indivíduos.
Encarando o assunto sob outro ponto de vista, observamos que quando o sangue é batido com um bastonete, se separa em três distintas substâncias: o soro, ou seja, uma substância aquosa, subordinada a Câncer e regida pela Lua (Hierarquia Lunar); a substância corante vermelha, que é a substância marciana gerada por Escorpião; e a mais importante de todas, a fibrina, substância filamentosa, que está sob a influência do terceiro signo aquoso, Piscis. Quando o esqueleto estava por fora da carne, a consciência era muito obscura, como nos crustáceos. Estando fora da estrutura óssea tivemos um grau de consciência muito mais elevado e quando espiritualizarmos o esqueleto interno que temos, por meio do sangue, extrairemos a essência de tudo o que aprendemos nas Épocas passadas e a transmutaremos em poder anímico que empregaremos no Período de Júpiter. Interferir nesta obra é cometer um crime contra a alma.
Tendo a mulher um corpo vital positivo, amadurece antes que o homem e as partes do corpo que têm certa semelhança com as plantas, como o cabelo, crescem mais luxuriante e abundantemente. Naturalmente, um corpo vital positivo gera mais sangue do um corpo vital negativo, como o que possui o homem, e daí haver na mulher uma pressão sangüínea maior, da qual tem necessidade de livrar-se mediante o fluxo mensal, produzindo-se, ao cessar este na idade crítica, uma espécie de segundo crescimento na mulher, que adquire os caracteres de matrona.
Os impulsos do corpo de desejos impelem o sangue através de todo o sistema, com diferentes velocidades, de acordo com a força das emoções. Como a mulher tem excesso de sangue, age sob pressão muito maior do que o homem, e embora esta pressão diminua durante o fluxo mensal, há momentos em que ela necessita de uma válvula extra: são as lágrimas que na realidade constituem uma hemorragia branca que serve para dar saída ao fluído excessivo. O homem, embora seja capaz de sentir emoções tão fortes como a mulher, não é tão propenso às lágrimas porque não tem mais sangue do que o que pode utilizar confortavelmente.
O sangue tem agora constituição diferente da que tinha nas primeiras etapas da evolução humana. No Batismo via-se o Espírito de Cristo descer ao corpo de Jesus enquanto o espírito de Jesus abandonava o seu corpo. Ficou Jesus com a missão de guiar as igrejas enquanto seu corpo estava sendo utilizado por Cristo para difundir seus ensinos. O sangue de Jesus estava sendo preparado para servir como um "abre-te Sesámo" para o reino de Deus.
Quando se mata alguém, o sangue venoso, com suas impurezas, adere firmemente à carne e, portanto, o sangue arterial que flui é evidentemente mais puro e limpo do que seria de outra forma. Tendo sido eterificado pelo grande Espírito de Cristo, o sangue purificado de Jesus foi derramado sobre o mundo, purificando do egoísmo, em grande extensão, a região etérea, e possibilitando ao ser humano formar e concretizar propósitos e desejos altruístas.
As Glândulas de Secreção Interna
O astrólogo esotérico sabe muito bem que o corpo humano tem atrás de si um imenso período de evolução e que seu esplêndido organismo é o resultado de um lento processo de desenvolvimento gradual que ainda continua e fará com que cada geração seja melhor que a anterior, até que num futuro longínquo, alcance um estado de perfeição que hoje não nos é dado sequer imaginar. Os estudantes de ocultismo sabem também que, além do corpo físico, o homem tem outros veículos sutis, não vistos pela maioria. Todos nós possuímos latente um sexto sentido que quando for devidamente desenvolvido nos dará o conhecimento dessas camadas mais finas da alma.
Esses veículos sutis são: corpo vital; formado de éteres, o corpo de desejos, constituído por matéria de desejo ou seja o material por meio do qual elaboramos sentimentos e emoções que com a adição da "capa" mental e do corpo Físico completa-se o que podemos denominar a personalidade, a qual é a parte evanescente do Espírito imortal. Esses veículos são empregados pelo Espírito para sua expressão. Os veículos sutis interpenetram o corpo denso, da mesma forma que o ar interpenetra a água, e tem domínio particular sobre certas partes dele, porque o corpo físico, em si, é como uma cristalização dos veículos sutis, de acordo com o mesmo processo pelo qual as substâncias fluídicas do corpo do caracol vão se cristalizando gradualmente ate converterem-se na concha dura que leva sobre as costas. Para os fins a que nos propomos nesta dissertação, podemos dizer, em linhas gerais que as partes moles do corpo, que comumente chamamos "carne", podem dividir-se em duas classes: as glândulas e os músculos.
O corpo vital teve sua origem no Período Solar. A cristalização que foi produzindo-se a partir daquele tempo, nesse veículo, é o que atualmente chamamos glândulas. No momento, essas glândulas e o sangue são as manifestações especiais do corpo vital dentro do corpo físico. Portanto, em termos gerais, podemos dizer que as glândulas, em conjunto, são regidas pelo Sol que é o doador de vida, e pelo grande e benéfico Júpiter. As funções do corpo vital são: formar e restaurar o tônus dos músculos, quando em tensão e cansados pelo trabalho que lhes impõe o incansável corpo de desejos. Como o Corpo de Desejos começou a germinar no Período Lunar, os músculos são regidos pela errante Lua – que é o ponto de apoio dos Anjos, ou seja, a humanidade do Período Lunar – e também pelo impulsivo e turbulento Marte, onde habitam os assim chamados "Anjos caídos", os Espíritos Lucíferos. Dizemos isto de modo muito generalizado porque os estudantes devem notar com cuidado que as glândulas, individualmente, e certos grupos de músculos são governados por outros planetas. Seria como dizer que todos os que vivem nos Estados Unidos da América são cidadãos daquele país, porém alguns estão sujeitos particularmente às leis da Califórnia, outros às do Maine, etc.
Conhecemos o aforismo hermético que diz "Assim como é em cima, é em baixo" que é a chave mestra de todos os mistérios. E da mesma maneira que existem na Terra – o Macrocosmo – inúmeros lugares por explorar, também existem no microcosmo do corpo muitas coisas desconhecidas que são como um livro selado para os exploradores cientistas. Entre essas coisas, está, principalmente, um pequeno grupo de glândulas chamadas de "secreção interna", sete em número, a saber:
O Corpo Pituitário, regido por Urano.
A Glândula Pineal, regida por Netuno.
A Glândula Tiróide, regida por Mercúrio.
A Glândula Timo, regida por Vênus.
O Baço, regido pelo Sol.
As duas Supra-renais, regidas por Júpiter.
Estas glândulas são de grande e particular interesse para os ocultistas, e em certo sentido, podem chamar-se as "Sete Rosas" sobre a Cruz do corpo, porque estão intimamente relacionadas com o desenvolvimento oculto da humanidade. Quatro delas, a Timo, o Baço e as Supra-renais, estão relacionadas com a personalidade. O Corpo Pituitário e a Glândula Pineal estão correlacionadas particularmente com o lado espiritual de nossa natureza e a Glândula Tiróide forma o elo entre elas. Sua regência astrológica é a seguinte:
O Baço é a porta de entrada das forças solares que cada ser humano especializa e que passam a circular pelo corpo como o fluido vital, sem o qual ninguém poderia viver. Este órgão, portanto, está governado pelo Sol. As Supra-renais, sob a regência de Júpiter, o grande benefício, exercem um efeito calmante, tranqüilizante e suavizante, quando as atividades emocionais da Lua, Marte ou Saturno destroem o equilíbrio. Quando a mão obstrutora de Saturno provoca melancolia, oprimindo o coração, as secreções das Supra-renais são levadas pelo sangue ao coração e agem como um poderoso estimulante no esforço de manter a circulação, enquanto o otimismo jovial luta contra as preocupações saturninas ou contra o impulso marciano que provoca no corpo de desejos as turbulentas emoções da ira ou da paixão, pondo os músculos tensos e trêmulos, dissipando todas as energias do sistema. Então as secreções das Supra-renais vêm em socorro, pondo em liberdade o glicogênio do fígado em quantidade maior do que a comum para que possa lutar nessa emergência até que o equilíbrio seja recuperado, ocorrendo o mesmo quando se produzem estados de grande tensão e ansiedade. O conhecimento deste fato levou os antigos astrólogos a porem os rins sob o governo de Libra, a Balança, e para evitar toda confusão de idéias diremos que os rins desempenham papel importantíssimo na nutrição do corpo, estando sob a regência de Vênus, planeta regente de Libra. Júpiter, porém, governa as Supra-renais, das quais estamos nos ocupando agora.
Tanto Vênus como sua oitava superior Urano, governam as funções da nutrição e do crescimento, mas de diferentes maneiras e com propósitos distintos. Vênus rege a Timo que é o elo entre os Pais e o filho até que este último atinja a puberdade. Esta glândula está situada diretamente atrás do esterno. Seu tamanho é maior durante a vida pré-natal e na infância, quando o crescimento é mais rápido. Durante esse período o corpo vital da criança realiza um trabalho mais interno porque então ela não está sujeita às paixões nem às emoções geradas pelo corpo de desejos que nasce aproximadamente aos quatorze anos. Porém, durante os anos de crescimento a crianças não pode manufaturar corpúsculos sangüíneos vermelhos, como o adulto, porque o corpo de desejos ainda não nascido nem organizado, não pode agir como condutor para as energias marcianas que assimilam o ferro dos alimentos e os transmutam em hemoglobina. Para compensar esta falta há armazenada na glândula Timo, uma essência espiritual dos pais, e com esta essência, proveniente do amor dos pais, o filho pode realizar temporariamente a alquimia do sangue, até que seu corpo de desejos se torne dinamicamente ativo. Então o glândula Timo se atrofia e a criança tira de seu próprio corpo de desejos a força marciana necessária. A partir desse tempo, em condições normais, Urano, que é a oitava de Vênus e regente do Corpo Pituitário, encarrega-se das funções do crescimento e da assimilação, da forma seguinte:
Sabe-se que todas as coisas, incluindo nossos alimentos, irradiam continuamente pequenas partículas que indicam de onde emanaram, exprimindo, inclusive, sua qualidade. Desta maneira, quando levamos o alimento à boca, uma quantidade dessas partículas invisíveis penetra no nariz e ao excitar o aparelho olfativo, nos indica se o alimento que vamos tomar é adequado ou não, sendo o olfato que nos induz a repelir os alimentos que têm mau odor. Contudo, além dessas partículas que fazem o alimento atraente ou repulsivo por sua ação sobre o aparelho olfativo, há também outras que penetram no osso esfenóide e agem sobre o Corpo Pituitário, provocando a alquimia de Urano, graças à qual forma-se uma secreção que é injetada no sangue. Isto favorece a assimilação por intermédio do éter químico, afetando assim o crescimento e o bem-estar normais do corpo humano durante a vida. Às vezes Urano tem uma influência excêntrica sobre o Corpo Pituitário responsável por certos crescimentos anormais e estranhos que encontramos na natureza.
Além de ser a causa dos impulsos espirituais que geram as já mencionadas manifestações do crescimento físico, Urano, agindo por intermédio do Corpo Pituitário, é também a causa das diferentes fases de crescimento espiritual que ajudam o homem nos seus esforços para penetrar através do véu e alcançar os Mundos Invisíveis. Neste trabalho é, sem dúvida, ajudado por Netuno, o regente da Glândula Pineal. A fim de ficar bem claro este assunto, é preciso estudarmos simultaneamente as funções da Glândula Tiróide, regida por Mercúrio, e as da Glândula Pineal que está sob o domínio de sua oitava superior, Netuno.
Compreendemos facilmente que a Glândula Tiróide está sob o domínio de Mercúrio, o planeta da razão, se analisarmos o efeito que a degeneração desta glândula tem sobre a mente, como se observa no cretinismo e no mixedema. As secreções desta glândula são tão necessárias para o funcionamento normal da mente, como o éter o é para a transmissão da eletricidade, isto é, no plano físico da existência, onde o cérebro transmuta o pensamento em ação. O contato com os Mundos Invisíveis e sua expressão neles depende da capacidade funcional da Glândula Pineal – que é inteiramente espiritual e, por conseguinte, é regida pela oitava de Mercúrio, Netuno, o planeta da espiritualidade – que age conjuntamente com o Corpo Pituitário, regido por Urano.
Os cientistas perderam muito tempo especulando sobre a natureza e o funcionamento destes dois pequenos corpos – o Corpo Pituitário e a Glândula Pineal – sem nenhum resultado, principalmente porque, como disse Mefistófeles, sarcasticamente, ao jovem que queria estudar ciência com Fausto:
"Quem quiser conhecer as cousas vivas e as manuseia,
Procura primeiro o espírito vivente que as anima e o expulsa;
Fica, então com fragmentos inanimados
Porque lhes falta o ESPÍRITO VITAL que as unia."
Ninguém pode, realmente, observar as funções fisiológicas de nenhum órgão nas condições existentes nos laboratórios ou nas mesas de operações, nem na sala de vivissecção ou de dissecação. Para chegar à compreensão necessária é imprescindível ver tais órgãos exercendo suas funções fisiológicas no corpo vivo, o que só pode ser feito por meio da visão espiritual. Existe um certo número de órgãos que estão se desenvolvendo ou se atrofiando. Estes últimos assinalam o caminho já percorrido em nossa evolução, enquanto que os primeiros são os indicadores do nosso desenvolvimento futuro. Existe, todavia, outra classe de órgãos que não estão nem se degenerando nem se desenvolvendo. Encontram-se simplesmente adormecidos, latentes (espiritualmente) no tempo presente. Os fisiológos acreditam que o Corpo Pituitário e a Glândula Pineal estão se atrofiando, porque vêem que esses órgãos estão mais desenvolvidos em algumas formas inferiores de vida, como nos vermes, mas de fato, estão completamente equivocados. Alguns deles suspeitam que a Glândula Pineal está, de alguma forma, relacionada com a mente porque contém, depois da morte, certos cristais cuja quantidade é muito menor nas pessoas mentalmente pouco desenvolvidas do que nas pessoas mais adiantadas. Esta conclusão é exata pois o vidente sabe que o canal espinhal do ser vivo não está cheio de fluido: que o sangue não é líquido e que aquele órgão não contém nenhum cristal enquanto o corpo está vivo.
Fazemos estas afirmações com pleno conhecimento do fato de que o sangue e a essência espinhal são líquidos ao saírem do corpo, vivo ou morto, e que o conteúdo do Corpo Pituitário e da Glândula Pineal parece cristalizado quando se disseca o cérebro. Todavia, a causa é a mesma que faz o vapor de uma caldeira condensar-se imediatamente depois de pôr-se em contato com a atmosfera ou que o metal derretido que sai do crisol se cristalize e solidifique imediatamente ao sair dele.
Essas substâncias são essências puramente espirituais quando se encontram dentro do corpo. São etéricas e a substância que se encontra na Glândula Pineal, vista por meio da visão espiritual, parece luz. Além disso quando um clarividente contempla a Glândula Pineal de outra pessoa que esteja exercendo suas faculdades espirituais, esta luz se apresenta cheia do mais intenso brilho e de uma iridescência que transcende em beleza a maravilhosa combinação de cores da Aurora Boreal. Pode-se dizer também que as funções deste órgão parecem ter mudado no curso da evolução humana. Durante as épocas anteriores à nossa estadia atual na Terra, quando o corpo humano era muito grande e com forma de saco - no qual o Espírito ainda não havia penetrado, mantendo-se apenas como uma presença protetora - existia uma abertura na parte superior do corpo onde estava situada a Glândula Pineal. Era um órgão de orientação que dava o sentido de direção. À medida em que o corpo humano foi se condensando, tornou-se cada vez menos capaz de suportar o intenso calor que havia naquela época. Então, a Glândula Pineal advertia quando o corpo se aproximava demasiado de uma das muitas crateras dos vulcões que existiam na fina crosta terrestre, fazendo com que o Espírito se afastasse dos lugares perigosos. Era um órgão de direção que agia como órgão sensorial e que depois se estendeu por toda a pele do corpo. Isto é uma indicação para o ocultista de que também os outros sentidos, a visão e a audição, serão um dia expandidos de modo idêntico, de forma que poderemos ver e ouvir com todo o corpo, tornando-nos muito mais sensitivos do que agora.
Desde então a Glândula Pineal e o Corpo Pituitário ficaram temporariamente adormecidos (espiritualmente), fazendo com que os homens esquecessem o Mundo Invisível, enquanto aprendem as lições proporcionadas pelo mundo material. O Corpo Pituitário, por vezes, manifesta à influencia uraniana nos crescimentos físicos anormais, criando monstruosidades de diversas espécies. Netuno agindo anormalmente pela Glândula Pineal, é o responsável pelo crescimento anormal do poder espiritual dos curandeiros, feiticeiros e médiuns quando controlados por espíritos maléficos. Quando são normalmente postas em atividade essas duas glândulas facultam com segurança a percepção dos mundos invisíveis enquanto a Tiróide, regida por Mercúrio, o planeta da razão, produz as secreções necessárias para dar equilíbrio ao cérebro.
No futuro as glândulas de secreção interna desempenharão um papel importante e seu desenvolvimento acelerará extraordinariamente a evolução, porque seus efeitos serão principalmente mentais e espirituais. Estamos chegando à Idade de Aquário e o Sol começa a nos transmitir as elevadas vibrações intelectuais desse signo, o que explica as intuições, premonições e transmissões telepáticas tão comuns hoje em dia. Em última análise, tais fenômenos são devidos ao despertar do Corpo Pituitário, regido por Urano, o Senhor de Aquário, e isso se tornará mais manifesto com o decorrer dos anos.
O Sistema Linfático
O sistema Linfático é tubular e está um tanto associado aos capilares que unem as circulações venosa e arterial, terminando nas grandes veias próximas do coração. A linfa que flui por seus canais vai numa direção: o centro da circulação - o coração. Podemos considerar este sistema como uma espécie de pequenos desaguadouros do corpo, porque na realidade, recolhe a água suja dos tecidos, depois de banhá-los na linfa que transporta. Se compararmos os canais a tubulações de drenagem que recolhem a água suja, podemos considerar os gânglios linfáticos, que se encontram ao longo desses canais, como comportas, nas quais a linfa tem que se deter e ser filtrada antes de passar à corrente sanguínea venosa.
Estes gânglios estão situados nos cotovelos, nas axilas, nos espaços popliteos, nas virilhas e especialmente na parte anterior do pescoço (a parte que fica fronteira à vértebra cervical) no abdomem entre as pregas do mesentério que fixa o intestino delgado a coluna vertebral e no peito entre os pulmões, espaço este conhecido como mediastino.
Cada um dos vasos linfáticos passa por um ou mais destes gânglios no seu caminho para as veias. As células linfáticas, como as demais existentes no corpo, não possuem paredes celulares, movendo-se como a medusa na água. Quando a inflamação, em qualquer de suas formas, ataca o corpo humano, todos os líquidos venenosos passam aos canais linfáticos.
Os gânglios podem adoecer devido à natureza venenosa da linfa que se filtra por eles. O sistema linfático é de ação tríplice: recolhe a linfa dos tecidos, o "quilo" do intestinos (depois de elaborado pelo processo da digestão) e, por meio dos gânglios linfáticos, cria as células linfáticas que são semelhantes aos corpúsculos brancos do sangue.
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-39992442614584993152020-04-18T17:32:00.001-03:002020-04-18T17:32:38.379-03:00O PODER DO PENSAMENTO..Norman Vincent Peale.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ELhFuQBGycuhotH9EmuFGU5CPvwU-Vl9Zc8J-GxDzjJLQbh_z9XPWPTxh6yaLcS7i69EEijxFNCBT5hcTO8S25eu-NIeSZAWxkOaylDSFdJ1rBomT_21hMQ7CuZNY2toIJP1IXqJYtA/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ELhFuQBGycuhotH9EmuFGU5CPvwU-Vl9Zc8J-GxDzjJLQbh_z9XPWPTxh6yaLcS7i69EEijxFNCBT5hcTO8S25eu-NIeSZAWxkOaylDSFdJ1rBomT_21hMQ7CuZNY2toIJP1IXqJYtA/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
O pensamento pode ser um dos mais significantes fatores da evolução, e ainda assim, o menos
compreendido. As pessoas geralmente consideram o processo do pensamento como uma matéria
puramente privada de influência pessoal momentânea. Elas não têm nenhuma consciência das
ramificações complicadas e das consequências dos pensamentos aparentemente mais insignificantes que
se formam nas suas mentes.
Para ilustrar a importância do pensamento, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental dizem-nos que tudo
o que existe no universo foi primeiramente um pensamento. O Novo Testamento, originalmente escrito
em Grego, usa a palavra “logos” para significar ambos, a “palavra” e o pensamento que precede a
palavra. A palavra pode ser considerada como a forma manifestada do pensamento – um som que constrói
todas as formas e, de acordo com o conhecimento oculto, é a sua alma. O homem, evoluindo como um
Deus potencial tem em si as faculdades latentes da criação. Ele está atualmente a aprender a criar; ele tem
a capacidade de pensar e de dar voz aos seus pensamentos. Quando não consegue por si próprio realizar
as suas ideias, pode procurar a ajuda de outros através da fala. À medida que a evolução continua, chegará
provavelmente a altura em que ele será capaz de criar diretamente através da palavra emitida da sua
laringe espiritualizada. É necessária a aprendizagem através de uma série de encarnações, para que ele
não cometa erros. O homem ainda não está espiritualmente desenvolvido e, se atualmente fosse capaz de
criar diretamente pela palavra, as suas criações seriam imperfeitas e prejudiciais.
A grande maioria das pessoas adquiriu o hábito de pensar superficialmente, o que as torna incapazes de
tratarem de um assunto até que esteja completamente dominado. Apesar dos pensamentos que vêm à
mente poderem ser bons, maus ou indiferentes – principalmente os últimos – a mente não os retém o
tempo suficiente para aprender a sua natureza. O controlo do pensamento é muitas vezes, muito difícil de
2conseguir. Uma vez conseguido, no entanto, o possuidor tem em suas mãos a chave para o sucesso seja
qual for a linha que prossiga.
A força do pensamento é o meio mais poderoso para obter o conhecimento. Se ela for concentrada sobre
um objeto, ela queimará o seu caminho através de qualquer obstáculo e resolve o problema. Se a
quantidade necessária de força de pensamento é exercida, não há nada que fique para além do poder da
compreensão humana. Enquanto a dispersarmos, a força do pensamento é de pouca utilidade para nós,
mas assim que estivermos preparados para nos darmos ao trabalho de aproveitá-la, todo o conhecimento
será nosso. Como o pensamento é o nosso principal poder, temos de aprender a ter o controlo absoluto
sobre ele, de modo a que o que produzirmos não seja ilusão induzida pelas condições exteriores, mas
verdadeira imaginação gerada no interior, pelo Espírito.
Esta é uma das razões pela qual os estudantes dos Ensinamentos Rosacrucianos são aconselhados a
realizar o exercício matinal da concentração, regularmente e com persistência. Eles são ensinados a fixar
profundamente as suas mentes num único objeto, ficando tão absorvidos nele que tudo o resto é eliminado
com êxito, da consciência. Uma vez que o estudante aprenda a fazer isto, ele é capaz de ver o lado
espiritual de um objeto ou uma ideia iluminada pela luz espiritual, e assim, obtém um conhecimento da
natureza interior das coisas nem sequer sonhado pelo homem mundano.
Falamos dos pensamentos como tendo sido concebidos pela mente, mas tal como ambos, pai e mãe são
necessários na geração de um filho, também ambos, a ideia e a mente são necessárias antes que o
pensamento seja concebido. As ideias são geradas por um Ego humano na substância do espírito dos
mundos internos. Esta ideia é projetada sobre a mente receptiva, dando origem a um pensamento. Assim,
quando cada ideia se encerra a si própria numa forma feita de matéria do pensamento, é então um
pensamento, tão visível para a visão interna de um clarividente suficientemente desenvolvido, como a
criança é visível para os seus pais.
Vemos, pois, que as ideias são pensamentos embrionários, núcleos de substância do espírito dos mundos
internos. Concebidos inadequadamente numa mente doente tornam-se caprichos e delírios, mas quando
são gerados numa mente sã e formados em pensamentos racionais são as bases de todo o progresso
material, moral e mental.
Atualmente, no entanto, a mente não está focada de modo a ser capaz de dar uma imagem clara e
verdadeira daquilo que o Espírito imagina. Não está direcionada. Dá imagens vagas e enevoadas. Daí a
necessidade da experiência para mostrar a inadequação da primeira concepção, e de trazer novas
imaginações e ideias até que a imagem produzida pelo Espírito em substância mental seja reproduzida na
matéria física.
Na melhor das hipóteses estamos aptos a modelar através da mente, apenas as imagens que têm a ver com
a forma, porque a mente humana só foi criada no atual Período Terrestre da nossa evolução, por isso, está
agora na sua forma, ou estágio, “mineral”. (Ver o Conceito Rosacruz do Cosmos), por isso, nas nossas
atividades, estamos confinados a formas e minerais. Podemos imaginar meios de trabalhar com as formas
minerais dos três reinos inferiores, mas não podemos fazer nada ou quase nada com corpos vivos.
Podemos de fato enxertar um ramo numa árvore viva, ou uma parte de um animal ou de um homem,
noutro animal ou homem vivos, mas não estamos a trabalhar com a vida; é apenas a forma. Estamos a
criar condições diferentes, mas a vida que já habitava a forma continua a ser a mesma. Criar vida está
para além do poder do homem até que a sua mente se torne viva.
Muitas pessoas acreditam que tudo resulta de outra coisa, e não consideram a possibilidade de qualquer
nova construção original. Aqueles que estudam a vida, normalmente falam apenas de involução e
evolução; aqueles que estudam a forma, nomeadamente, os modernos cientistas, só estão preocupados
com a evolução. Os mais avançados de entre eles, no entanto, estão a começar a encontrar outro fator, ao
qual chamaram epigénese, o impulso criativo. No início de 1787, Caspar Wolff formulou a sua Theorea
Generationis, na qual mostrou que no desenvolvimento do óvulo, há uma série de novas transformações
nunca antes mostradas pelos seus antecessores. Nas formas de vida inferiores, nas quais as mudanças são
rápidas, a epigénese pode ser demonstrada no microscópio.
Desde que a mente foi dada ao homem, este impulso criativo original, a epigénese, tem sido a causa de
todo o nosso desenvolvimento. É verdade que construímos sobre aquilo que já foi criado. No entanto,
também há sempre qualquer coisa nova, devida à criatividade do Espírito. Assim, é que nos tornamos
criadores. Se só imitássemos aquilo que já nos foi dado por Deus, nunca seria possível tornarmo-nos
inteligências criativas – seríamos simplesmente imitadores. E, novamente, o pensamento está por trás de
tudo o que é criado através da epigénese.
Fomos colocados neste mundo físico para que possamos aprender a pensar bem e desenvolver a epigénese
de forma construtiva. Por exemplo, vejamos o caso de um inventor que tem uma ideia. A ideia não é
ainda um pensamento; é um instantâneo que ainda não tomou forma. Gradualmente, no entanto, o
inventor visualiza-a na sua mente. Ele forma uma máquina no seu pensamento, e perante a sua visão
mental essa máquina aparece com as rodas a girar desta e daquela maneira, conforme é necessário para
realizar o trabalho pretendido. Então ele começa a desenhar os planos para a máquina, e mesmo neste
estágio ele certamente verá as modificações que são necessárias. Vemos assim, que já as condições físicas
mostram ao inventor onde o seu pensamento não estava correto. Quando ele constrói a máquina no
material apropriado para a realização do trabalho, normalmente são necessárias mais modificações.
Provavelmente, ele tem que rejeitar a primeira máquina e construir outra completamente diferente. Assim,
as condições físicas concretas possibilitaram-lhe detectar os erros no seu raciocínio; elas forçam-no a
fazer as modificações necessárias no seu pensamento original para construir uma máquina que faça o
trabalho.
Em empreendimentos mercantis ou filantrópicos aplica-se o mesmo princípio. Se as nossas ideias
relacionadas com os vários assuntos da vida estão erradas, são corrigidas quando são trazidas à vida
prática. Por isso, é absolutamente necessário que habitemos neste mundo físico e aprendamos a exercer o
poder do pensamento – um poder que atualmente está a ser testado em grande medida pelas nossas
condições materiais.
Para ilustrar a importância do pensamento, diremos que tudo o que existe neste mundo que foi feito pela
mão do homem é pensamento cristalizado: as cadeiras onde nos sentamos, as casas onde vivemos, os
vários objetos que usamos – todos eles foram um pensamento na mente do homem. Se não fosse por esse
pensamento, o objeto nunca teria aparecido. De maneira semelhante, as árvores, as flores, as montanhas, e
os mares são formas pensamento cristalizadas das Forças da Natureza.
Neste mundo somos compelidos a investigar e a estudar uma coisa antes de sabermos sobre ela. No
entanto, os investigadores do oculto que têm sido capazes de funcionar nos mundos espirituais, chamado
Mundo do Pensamento, descobrem que lá é diferente. Ali, quando desejamos saber sobre qualquer objeto
em particular, dirigimos a nossa atenção para ele e o objeto, fala-nos, por assim dizer. O som que ele
emite dá imediatamente uma luminosa compreensão de cada fase da sua natureza. Podemos atingir a
compreensão do seu passado histórico; toda a história da sua manifestação é revelada e nós parecemos ter
vivido todas essas experiências juntamente com o objeto que estamos a investigar. No entanto, toda esta
informação, flui para, e em nós com enorme rapidez, num momento, para que não tenha princípio nem
fim. No Mundo do Pensamento, tudo é um grande AGORA, e o tempo não existe.
Quando queremos usar esta informação arquetípica no nosso Mundo Físico, devemos, portanto, separá-la
e organizá-la em ordem cronológica com princípio e fim antes que se torne inteligível aos seres que
vivem num reino onde o tempo é o principal fator. Esta reorganização é uma tarefa muito difícil, pois as
palavras são cunhadas em relação às três dimensões do espaço e a evanescente unidade de tempo; por
isso, muita dessa informação continua inacessível.
Muitas pessoas argumentam que temos o direito de pensar o que queremos, e que os maus pensamentos,
se não se traduzirem em más ações, são inofensivos. Isto está longe da verdade, e o poder dos maus
pensamentos, tal como o poder dos pensamentos bons e beneficentes, é de fato grande. Através dos
séculos, por exemplo, os maus pensamentos de medo e de ódio dos homens têm cristalizado como
bacilos. Os bacilos de doenças infecciosas são particularmente as encarnações do medo e do ódio, e por
isso, são também vencidos pela força oposta – a coragem. Se encararmos uma pessoa infectada com uma
doença contagiosa a tremer e com medo, seguramente desenvolveremos nós próprios os micróbios
venenosos. Se, por outro lado, nos aproximarmos dessa pessoa com uma atitude sem medo, escaparemos
à infecção, sobretudo se somos movidos pelo amor.
No Sermão da Montanha, Cristo Jesus diz-nos que “O homem que olhou para uma mulher com desejo, já
cometeu, de fato, o adultério”. Quando tomamos consciência de que “Como o homem pensa no seu
coração, assim ele é”, teremos uma concepção muito mais clara da vida do que temos se só tivermos em
consideração as ações dos homens. Cada ação é o resultado de um pensamento prévio, mas não
necessariamente o pensamento da pessoa que cometeu a ação.
Se um diapasão vibrar num determinado tom e estiver outro diapasão na proximidade, o segundo vibrará
em sintonia com o primeiro. Do mesmo modo, quando temos um pensamento e outra pessoa no nosso
ambiente estiver na mesma linha de pensamento, os nossos pensamentos unem-se com os dela e
fortalecem-no para o bem ou para o mal, conforme a natureza do pensamento.
Quando vamos a um tribunal e vemos um criminoso, só consideramos o ato; não temos nenhum
conhecimento do pensamento que lhe deu origem. Se tivermos o hábito de pensar mal, de ter
pensamentos maliciosos em relação a alguém, esses pensamentos podem ter sido atraídos pelo criminoso.
Segundo o princípio de que uma solução saturada de sal necessita apenas de um cristal desse sal para
solidificar, assim também, se um homem saturou o seu cérebro com pensamentos assassinos, o
pensamento assassino que outra pessoa envia pode ser a última gota e destruir a última barreira que teria
afastado o assassino de cometer a sua má ação.
Por isso, os nossos pensamentos são de maior importância do que as nossas ações. Se pensarmos sempre
bem, agiremos sempre bem. Nenhum homem pode pensar no amor ao seu companheiro, ou pode planear
como ajudar espiritual, mental ou fisicamente os outros, sem também agir conforme esses pensamentos.
Se cultivarmos tais pensamentos, depressa encontraremos a luz do Sol espalhando-se à nossa volta;
descobriremos que encontramos pessoas imbuídas do mesmo espírito que nós enviamos.
Então, se virmos mesquinhez e pequenez nas pessoas que encontramos, será bom verificar se nós próprios
não estamos a causar essas qualidades que emanam de nós próprios. O homem que é mesquinho e
pequenino irradia ele próprio essas qualidades e aqueles que encontrar parecer-lhe-ão mesquinhos porque
os seus pensamentos causaram algo de natureza idêntica a vibrar na outra pessoa.
Por outro lado, se cultivarmos uma atitude serena e pensamentos livres de inveja, e formos francamente
honestos e prontos a ajudar, faremos sobressair o melhor das outras pessoas. Por isso tomemos
consciência que enquanto não tivermos cultivado as melhores qualidades em nós próprios não podemos
esperar encontrá-las nos outros. Somos, pois, seguramente, responsáveis pelos nossos pensamentos.
Somos na realidade, os protetores dos nossos irmãos, pois assim como pensarmos quando os
encontramos, assim lhes aparecemos, e eles refletem a nossa atitude. Se quisermos obter ajuda para
cultivar melhores qualidades, então procuremos a companhia de pessoas que já são boas, pois a sua
atitude mental será de imensa ajuda para trazer ao de cima as nossas melhores qualidades.
Se nem sempre é fácil afastar os maus pensamentos, e a maioria de nós não pode deixar de encontrar
pessoas ou situações que evocam pensamentos negativos, tentem combatêlos como nós fazemos. Mas há
uma maneira simples de descartar esses pensamentos indesejados que não envolve, de modo nenhum,
“combatê-los”.
Ambos, gostar e não gostar tendem a atrair um pensamento ou ideia para nós, e a acrescida força que
enviamos para combater os maus pensamentos mantê-los-á vivos e trazê-los-á para a nossa mente muitas
vezes, do mesmo modo que uma discussão com uma pessoa que nos desagrada pode causar-nos rancor.
Por isso, em vez de lutar, adotemos uma táctica de indiferença. Se virarmos a cara para o outro lado
quando encontramos uma pessoa de quem não gostamos, ela certamente ficará cansada de nos seguir.
Segundo o mesmo princípio, se nós nos afastarmos com indiferença quando os maus pensamentos entram
nas nossas mentes, e as aplicarmos a algo que é bom e ideal, descobriremos que ao fim de pouco tempo
estaremos livres dos maus pensamentos e só teremos os bons pensamentos que desejamos para nos
entretermos.
Vemos assim, até que ponto é realmente grande e poderoso o alcance do pensamento. Todas as coisas
quer sejam para o bem ou para o mal, podem ser realizadas com ele. De fato, o poder do pensamento é
uma das mais poderosas forças que o homem conhece. Só quando a humanidade tiver uma compreensão
da verdadeira natureza e do uso apropriado desta força divina a humanidade se libertará dos grilhões do
materialismo e continuará a subir o caminho para se tornar um Ser Criativo autoconsciente.Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-37256311099446033592020-03-09T18:39:00.000-03:002020-03-09T18:39:10.232-03:00Somos todos mágicos?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqDTpvJr-EwS6Rt9tGA9Vpb7vhzX1G1qKpts816x0U4Qo80CpNqzISkTT8TGvoeBWnnKHQbNrfJ3MSHSwPNQaBmi-1Me8qu-RRmN8-1-EELN8UmjUuIOT9XUJPFSgUOSPLFshoS9PNjgw/s1600/071.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqDTpvJr-EwS6Rt9tGA9Vpb7vhzX1G1qKpts816x0U4Qo80CpNqzISkTT8TGvoeBWnnKHQbNrfJ3MSHSwPNQaBmi-1Me8qu-RRmN8-1-EELN8UmjUuIOT9XUJPFSgUOSPLFshoS9PNjgw/s320/071.gif" width="320" height="40" data-original-width="400" data-original-height="50" /></a></div>
O que é a Magia?
Sinceramente não sei lá muito bem, talvez porque seja possível considerá-la segundo diferentes perspectivas, variando correlativamente as respectivas definições… Aliás, não gosto muito de definir coisas, porque já dizia o antigo sábio, definir é limitar, e neste caso (e em minha humilde opinião), a Magia é ilimitada e ilimitável!
Não sei se já repararam que o título desta despretenciosa conversa é uma pergunta. Ora, quem pergunta quer saber! Ou seja — eu não sei, e gostava que me dessem alguma resposta! Será que somos todos mágicos? Todos, mesmo? Ou só alguns? Ou, quem sabe, talvez nenhum? Ou talvez apenas aqueles que tiraram o respectivo curso, como o Harry Potter na Escola de Feitiçaria de Hogwarts?…
Dizia eu há pouco que a Magia é ilimitada e ilimitável… Não acreditam? Ora comecemos por alguns exemplos:
— a Magia dum pôr-de-Sol num mar de Verão;
— a Magia dum sorriso de criança;
— a Magia duma obra de arte que nos encanta…
Que Magia é esta?
Fascinação, graça, enlevo, sedução… ou feitiço!? Feitiço lembra feitiçaria… que é talvez uma forma de baixa magia, mas não percamos agora tempo a discutir isso. Os prosaico-pragmáticos dirão apenas: Oh! Não passa duma metáfora, a magia dum sorriso… Bom, metáfora ou não, um sorriso no momento certo tem um espantoso poder de cura — não será isso Magia, e da melhor?
Mas ainda há mais: vejamos uma outra espécie de Magia, e uma das não menos curiosas:
— a Magia da Ciência.
Que tal? Bom, já estou mesmo a ouvir os comentários: não pode ser! Ou é Magia, ou é Ciência!… Mas a verdade é que parece que por vezes, no espírito do ser humano contemporâneo, a Ciência tem a sua Magia, e uma Magia eficaz, que através da tecnologia produz os efeitos mais surpreendentes: a fissão nuclear, os computadores, os clones, as viagens espaciais, a engenharia genética, a VA [Vida Artificial]…
E não só! Em geral associamos a Magia a um poder que produz efeitos visíveis por meio de forças invisíveis — ora, a verdade é que estamos rodeados, para não dizer constantemente interpenetrados, por forças invisíveis (e nem sequer me refiro ao invisível da religião ou da mística, ou dos pressentimentos e dos sonhos), mas já que falámos em Ciência, e, por arrastamento, em Tecnologia, aí vai:
— basta-nos referir o invisível electromagnético que «governa» as nossas vidas com surpreendentes efeitos visíveis e é tanto ou mais fantástico que os assombros e prodígios das histórias mágicas de bruxas e feiticeiras dos séculos passados: a electricidade, as ondas de rádio, o telemóvel, a TV, os raios-X, o ciberespaço, a ressonância magnética nuclear, a Internet, o comando a distância sob todas as suas formas, a RV [Realidade Virtual], os infravermelhos, as microondas, a electrónica em geral…
Será esta a Nova Magia?
¿Terá a ver com as novas modalidades em que a «velha Magia» se intercruza com as novas tecnologias? Por exemplo, os New Agers usam cristais sólidos (tal como as novas tecnologias usam cristais líquidos) para memorizar, armazenar e processar «espírito»; os praticantes de channelling e os adeptos de OVNIlogia transformam as «mensagens» recebidas em «informação viva». Por outro lado, muitos cristãos evangélicos acreditam que a tecnologia das comunicações, que leva a Palavra (o Verbo!) aos recantos mais remotos do planeta, é o rastilho que contribuirá para fazer acelerar o «fim dos tempos», tal como se lê no Novo Testamento: «E este evangelho do Reino será prègado em toda a orbe, para dar testemunho a todos os povos, e então virá o fim» (Mateus 24, 14). Alguns chegam ao ponto de afirmar que os Anjos do Apocalipse não são mais do que os satélites globais de comunicações.
E quanto à velha Magia, já agora?
A velha é muito velha, vem dos arcanos tempos dos Colégios de Magos — do Egipto, da Caldeia, da Pérsia, donde teriam vindo os famosos Magos que seguiram a Estrela de Belém até ao Presépio onde havia nascido o Salvador do Mundo.
Sem querer entrar em excessiva pormenorização histórica, para o que não tenho nem capacidade nem aqui o tempo, basta-nos adoptar a distinção que os antigos Gregos faziam entre os que se dedicavam às kryptai technai (lat. secretae artes), ou seja, uma distinção tripartida:
De imediato vinha o que os Gregos chamavam o goês (pl. goêtes), o mágico vulgar, que se dedica a fazer «passes mágicos» e adivinhações populares, muitas vezes apenas ilusionistas, de tal modo que essa palavra acabou por ter a conotação de charlatão, bruxo, impostor. A magia praticada por esses, a Goêteia, já no tempo de Sócrates (séc. V a. C.) se identificava com superstição e impostura.
Um bom degrau acima temos o magos (pl. magoi), de que o Evangelho de Mateus nos dá como exemplo os que vieram do Oriente em direcção a Belém da Judeia, seguindo a Estrela que os conduziu ao berço do Salvador. Os verdadeiros magoi eram uma classe iniciática e sacerdotal que proveio da Média e da Pérsia, e entraram em cena na Grécia no século VI a. C.
Pelo testemunho de fontes tão diversificadas como Heródoto, por um lado, ou a Bíblia, por outro — o sonho do Faraó (Gen 41, 8), o sonho de Nebuchadnezzar (Dan 2,2), etc. — sabemos que os Magos invocavam o fogo do céu, propiciavam sacrifícios, interpretavam sonhos, augúrios e obravam prodígios. Mas, com o correr dos tempos, tão-pouco os magoi escaparam ao anátema: nos primeiros séculos da era cristã — talvez por influência das acusações dos apologetas «ortodoxos» cristãos (p. ex. Justino o Mártir, Ireneu de Lião, etc.) — também já eram acusados de pertencer a torpes sociedades secretas, e de praticar incesto, adoração de maus demónios, sacrifícios humanos, canibalismo, barbarismo, etc.
Finalmente, a mais elevada classe de magoi era constituída pelo que os Gregos chamavam theios anêr, o «homem divino» (atenção!, «homem» varão, e não «homem» ser humano em geral!). O theios anêr era um deus ou um daimon disfarçado, percorrendo o mundo em um corpo aparentemente humano. O «homem divino» podia fazer tudo quanto o magos podia fazer, nomeadamente a prática do bem (embora também pudesse amaldiçoar os «maus»), mas era sobretudo capaz de realizar milagres e prodígios graças ao poder divino que tinha em si, sem precisar de rituais nem de incantações exteriores. Um exemplo de «homem divino» é-nos dado por Cristo Jesus: reparai que todos os «prodígios» ou «sinais» que Ele realizava, fazia-o sem precisar de palavras encantatórias, gestos rituais ou traçado mágicos, que eram imprescindíveis ao mágico vulgar como lemos nos manuais de Magia desses tempos.
Um outro exemplo documentado de theios anêr é o do pitagórico Apolónio de Tyana, contemporâneo de Jesus, cuja exaustiva biografia, redigida por Filostrato a pedido da imperatriz romana Júlia Domna (sécs. II-III d. C.), contém muito material que os estudiosos consideram em parte verdadeiro, e em parte fantasioso, sendo que este útimo faria parte duma espécie de «encomenda» do Império romano para fazer dele um herói mítico do seu paganismo, por oposição à crescente e preocupante disseminação cristã.
Seja como for, e quer se trate de «velha» Magia com as suas ramificações de Hermetismo, de Astrologia, de Alquimia, de Theo-Sophia (Mestre Eckhart, Paracelso, Giordano Bruno, Jacob Boehme, Eckartshausen, Swedenborg, Schelling, etc.), dos ocultismos do século XVI (Agrippa) ou do século XIX (Eliphas Lévi), do Teosofismo de Helena P. Blavatsky ou ainda da «recuperação» da tradição mágica da Wicca, — ou da «nova» Magia da Ciência e das tecnologias de que falámos, os princípios são sempre os mesmos:
— O universo é uma central global de força e energia;
— Essa energia está em tudo e em todos — é o princípio das correspondências;
— Essa energia, ou essa força, pode ser concentrada e armazenada;
— Essa energia, ou essa força, pode ser «programada» ou modulada com alteração da sua qualidade vibratória;
— Essa energia modulada constitui um «poder» que pode ser dirigido com uma finalidade específica para exercer efeitos sobre determinado alvo ou função.
A diferença entre a «velha», ocultista, e a «nova», tecnológica, está nos intrumentos utilizados: a velha utiliza varinhas, cristais, velas de diversas cores, óleos, palavras misteriosas, símbolos, incenso, cânticos, etc. e, sobretudo, o PODER INTERNO DO MAGO, ao passo que a nova utiliza fios eléctricos, microchips, circuitos integrados e outros utensílios e aparelhagens dependentes de leis da Física, da Química, da Matemática, etc. que podem ser manipulados «por fora», sem o concurso do poder interno do mago — neste caso, entenda-se, do técnico ou do simples utente que saiba carregar nos respectivos botões.
Mas mesmo sem entrar em tecnologias «mágicas» que são um dos grandes feitos da nossa época, penso que podemos dizer que de facto «somos todos mágicos», na linha do que descobriu o erudito padre dominicano André-Jean Festugière (1898-1982), estudioso das religiões antigas, das mitologias greco-romanas, do Hermetismo, do Cristianismo primitivo: ao analisar o Corpus Hermeticum, que ele traduziu na íntegra, Festugière julgou discernir nesse material uma clara diferença entre o que ele chamou um «Hermetismo popular» e um «Hermetismo erudito». No primeiro incluiu a Astrologia, a Alquimia e as Artes Ocultas, ao passo que o segundo seria uma Philo-Sophia gnóstica mais sofisticada que acentua o poder que o ser humano tem para descobrir dentro de si o conhecimento (Gnôsis) de Deus e do Cosmos — ou seja, no fundo o ser humano é um daimon astral em disfarce corpóreo, capaz de recuperar os seus poderes cósmicos através da Gnose, ou da sua natural capacidade de iluminação mística.
O próprio Cristo nos dá uma pista incontestável.
Se Ele disse: «Aquele que crê em mim, as obras que eu faço, também ele as fará, e maiores do que estas fará» (João 14, 12) — logo, somos todos mágicos, ou melhor: Magos!
Mas será realmente assim? Na verdade, Jesus pronunciou esta afirmativa no Sermão da Ceia, não no Sermão da Montanha (ou da Planície!) — o que significa que estava a dirigir-se aos «escolhidos», e não às multidões em geral…
Não tenhamos receio: trata-se apenas de um ou outro degrau temporário! As multidões estão apenas num degrau abaixo na escadaria da Evolução (ou da Iniciação, para quem opte por entrar numa Escola de Mistérios), mas subirão um dia, porque a Evolução é ascendente.
Nem podia ser de outro modo, o simples facto da vinda histórica de Cristo como Salvador e Redentor é a prova de que todos somos «escolhidos», pois Ele mesmo o disse: «Não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo» (João 12, 47). Bastaria que um só de nós se perdesse, e a Sua missão teria sido vã: logo, somos todos escolhidos, somente depende do nosso esforço ascendermos mais depressa ou mais devagar.
Além disso, Ele foi muito explícito quando afirmou aos Seus discípulos em Cafarnaúm: «Em verdade vos digo, o que ligardes na terra será ligado nos céus, e o que desligardes na terra será desligado nos céus» (Mateus 18, 18).
É um ensinamento importante, este de Jesus aos Seus discípulos: tudo quanto se ata ou desata cá em baixo, tudo quanto se tece ou destece, projecta-se para o alto e tem um efeito análogo nos reinos supra-sensíveis e por conseguinte no Banco Cósmico (Central de Energia Acumulada), além de que vai construindo — ou desfazendo — a nossa futura morada «nos céus».
Quereis um exemplo da nossa magia, singelamente humana mas altamente eficaz?
Quando, instintivamente, pousamos a mão sobre o ombro ou sobre a cabeça dum parente ou dum amigo que está a sofrer, para lhe transmitirmos ânimo e lhe darmos «apoio moral», no fundo estamos a repetir um gesto dum ritual mágico muito antigo, que encontramos reproduzido em grutas pré-históricas, em baixos-relevos egípcios ou expresso noutras culturas e civilizações, incluso no Cristianismo: a «imposição das mãos». Este rito é eficaz, de um ponto de vista do «Mago» (e não do goês, entenda-se!), porque primeiro o Mago ergueu a mão, ou ambas as mãos, de palmas para cima para receber o influxo benéfico da divindade (ou da Energia Cósmica), armazenando-o em si e podendo portanto transfundi-lo, através das mesmas mãos, a outrem.
Até em simples jogos infanto-juvenis como «brincar às adivinhas», ou em jogos pré-adultos como queimar uma alcachofra ou atirar as meias por cima dos pés da cama, ao deitar, para «ver» qual o nome do/da namorado/a que as meias formaram ao cair, a tentação mágica subjaz em todos nós — nem que seja com a desculpa da imaturidade.
Mas mesmo depois, já mais velhinhos, quando preenchemos o boletim do Totoloto ou do Totobola, no fundo estamos, sem nos darmos conta, a «convocar» (para não dizer invocar) alguma misteriosa força invisível que nos transmita o dom da precognição e nos faça acertar nos resultados correctos. Até no acto ritual de apagar as velas dum bolo de aniversário, ou ao fazer um brinde tocando nos copos, emitindo votos de bons desejos, estamos a convocar as energias positivas para o bom sucesso dalguma coisa — ou longa e feliz vida para o aniversariante, ou êxito na empresa, ou situação, que justificou o brinde.
Por isso devemos ter o maior cuidado com o que pensamos, dizemos ou fazemos, pois todos somos receptores e emissores de energia, logo, cuidado! podemos estar a fazer magia negra sem o saber, basta um ressentimento, uma inveja, um dito rancoroso, um acto de vingança, uma projecção de ódio — e as energias invisíveis desencadeadas dirigem-se para o alvo. O que é muito grave, por todas as razões, não só pelo prejuízo que tal atitude causa no nosso avanço espiritual, mas também por razões de mera segurança pessoal: se o alvo está protegido — e muitas vezes basta ser uma pessoa boa sem maus sentimentos, ou correctamente devota, ou bem-fazeja, ou que esteja nesse momento a ter pensamentos amorosos e positivos — dá-se o «choque de retorno», e o emissor de energias malévolas apanha com o ricochete daqulo que emitiu.
O erro dos baixos mágicos é que usam e abusam das energias invisíveis, que buscam controlar para a obtenção de inconfessáveis proveitos pessoais. Cuidado, pois! Longe de nós a veleidade de pretender fazer-nos servir pelo sobrenatural — e muito menos pelo divino. Até no emprego duma simples oração é preciso a maior cautela! A oração é uma poderosa invocação mágica, sem dúvida, e por isso nunca a devemos usar para mudar as coisas, a vontade ou a maneira de ser dos outros e muito menos os desígnios de Deus — mas única e exclusivamente para louvá-Lo, render-Lhe adoração e agradecer-Lhe, ou, quando assuma a forma de súplica, para nos sabermos amoldar à Vontade Divina com aceitação compreensiva do que a razão não alcança — e grato júbilo. Quando estou enfermo e rezo: «Meu Deus, cura-me!», devo logo acrescentar, seguindo o exemplo de Cristo: «Pai, que se não faça porém a minha vontade, e sim a Tua».
E por aqui me fico, porque ficarmo-nos com a Vontade de Deus é compreender luminosamente que a Vontade de Deus é Boa, e que se eu souber amoldar a minha Vontade à Vontade Divina, estou de certeza a contribuir não só para o meu Bem, mas para o Bem de todos nós.
António de Macedo.Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-15844682533267289662020-03-06T17:05:00.003-03:002020-03-06T17:05:50.503-03:00William Shakespeare.A Bíblia Laica .<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfTgPxy_zROKgNTUUEAtNe49F20W2GDTG_jua3Qe5HuvDT9Cuw-22l7NlHlKaMewE5M2Rzlm3Y8gZDgJYmkRPpNPqyV6v9RELw4M4bud9rHtijoOkqmYjuRi4dc91O1OA8aWcPJdHGpTg/s1600/91+%25281%2529.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfTgPxy_zROKgNTUUEAtNe49F20W2GDTG_jua3Qe5HuvDT9Cuw-22l7NlHlKaMewE5M2Rzlm3Y8gZDgJYmkRPpNPqyV6v9RELw4M4bud9rHtijoOkqmYjuRi4dc91O1OA8aWcPJdHGpTg/s320/91+%25281%2529.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
SHAKESPEARE - A BÍBLIA LAICA
Os trabalhos de Shakespeare e a Bíblia são tesouros estreitamente
relacionados com a vida cultural e espiritual dos povos ocidentais. Ambos são
proeminentes entre as forças que construíram os melhores e mais duradouros
traços de nossa presente civilização. Incorporando todos os melhores
princípios fundamentais existentes no âmago da vida, eles têm sido tecidos em
nosso pensamento e aspiração. Inúmeras expressões que foram dadas àqueles
princípios em arte e literatura têm sido diretamente inspirados pelas
Escrituras Sagradas, por um lado, e pela Bíblia Laica de Shakespeare, por
outro.
Parece haver ampla justificativa para olhar Shakespeare como a Bíblia Laica
quando se leva em consideração suas muitas correspondências, dentro e fora,
com as da Bíblia Sagrada. Ambas são “bestsellers”. Ambas possuem uma
coleção de Livros, as Sagradas Escrituras tendo sessenta e seis e Shakespeare,
trinta e sete. Ambas têm textos apócrifos. Ambas suscitaram inumeráveis
comentários. Livrarias especiais têm-se dedicado ao seu estudo. Em
dicionários de citações, a Bíblia e Shakespeare lideram todas as outras obras.
No volume de citações do Bartlett, o Novo Testamento e o Velho Testamento
combinados tomam trinta e seis páginas, enquanto que Shakespeare requer
não menos que cento e vinte e duas.
Citações destas obras primas dotaram os autores com incontáveis títulos para
livros e artigos. Uma simples expressão de um solilóquio de Macbeth -
“amanhã – e amanhã” - serviu de título para onze livros.
Muitas expressões bíblicas e citações foram inseridas em textos de
Shakespeare. De acordo com um levantamento sobre este assunto,
Shakespeare citou não menos que quarenta e dois livros da Bíblia e dos Textos
Apócrifos.
Shakespeare e a Bíblia são inesgotáveis fontes de inspiração. Cada época
descobre neles o que mais necessita. Daí, o fluxo de material explicativo desde
sua primeira aparição. A reinterpretação se torna necessária quando as
condições mudam, quando o conhecimento se amplia e a experiência se
aprofunda. Mas, apesar das mudanças, a Bíblia e Shakespeare continuam
vivos. Em todas as épocas, as eternas verdades permanecem e em nenhum
lugar podem ser encontradas em plenitude, beleza e sublimidade com que
encontramos tanto na Bíblia como em Shakespeare. Excluindo as Escrituras,
as peças de Shakespeare constituem o maior estudo do homem. “Depois de
Deus”, escreve Alexandre Pushkin, o maior poeta da Rússia, “Shakespeare é o
maior criador dos seres vivos. Ele criou uma humanidade inteira”.
3Estas peças lidam com a natureza externa e interna do homem; com os
mundos visível e invisível. Os dois lados da vida, o material e o espiritual, são
tratados com igual certeza e consistência. Os elementos sobrenaturais nos
dramas não são invenções incidentais introduzidas com o propósito de efeitos
teatrais. São fundamentais ao tema. Qualquer um que possua as chaves para
a sua significação mais profunda compreende uma riqueza de sabedoria.
Ninguém com conhecimento das doutrinas esotéricas pode ter qualquer
dúvida quanto à familiaridade de Shakespeare com a sabedoria dos
Iluminados.
Estudos ocultos de magia, negra e branca, recebem um tratamento
esclarecedor em “Ricardo III” e na “Tempestade”, respectivamente. Os
significados espirituais dos Solstícios de Inverno e de Verão são desdobrados
em “Conto de Inverno” e “Sonho de uma Noite de Verão”. Sob o véu da
fantasia, o último é a transição virtual do ritual do casamento místico como
encenado nos Mistérios Eleusianos, nos quais o local do drama é uma floresta
perto de Atenas. Os “Sonetos” traduzem as doutrinas Herméticas em poesia,
enquanto as tragédias como “Hamlet” e “MacBeth” trazem os seres e as forças
do mundo espiritual impenetrável para a visibilidade. Cada um dos dramas
trata de alguma lei oculta ou princípio espiritual. Isto constitui seu tema
esotérico. Tudo que encontra expressão no desdobrável roteiro, surge
inevitavelmente de acordo com a natureza desta idéia arquetípica central.
Considerando-se as características internas comuns a Shakespeare e à Bíblia,
observa-se que toda a literatura pode ser dividida em duas classes – sagrada e
secular. Acredita-se que a literatura sagrada provenha de uma fonte de
inspiração mais alta que a secular. Acredita-se que a sabedoria divina tenha
encontrado expressão nas bíblias do mundo numa maneira mais direta e
imediata do que qualquer outra literatura. Em outras palavras, é uma parte
da crença religiosa de todos os povos que, nas sagradas escrituras, Deus
estabelece uma comunicação direta com o homem, revelando-se a Si Mesmo
de um modo especial e comunicando, àqueles desejosos de recebê-los,
mistérios pertinentes à vida espiritual interna e modos e maneiras pelas quais
o homem progressivamente desdobra sua divindade latente. Com este conceito
geral, o esoterista concorda plenamente.
Há, no entanto, quem afirme que a distinção geralmente feita entre literatura
sagrada e secular é puramente arbitrária e que, enquanto a classificação serve
para um propósito útil, existe uma linha firme de demarcação como muitas
pessoas acreditam. Aqueles que mantêm este ponto de vista acreditam que a
única diferença entre as duas classes é sutil, uma fundindo-se
imperceptivelmente dentro da outra. Sustentando esta posição, eles sinalizam
que elementos humanos certamente se introduziram nas escrituras sagradas e
que as verdades sagradas recebem frequentemente expressão superlativa na
literatura secular.
Neste ponto, Swedenborg argumenta dizendo que, enquanto é verdade que a
diferença é tênue, há um grau discreto. Isto quer dizer que há um ponto na
escala ascendente de valores no qual um novo fator entra e um novo princípio
se torna operante, e que resulta em trazer algo novo. Por exemplo, toda vida é
una, mas nem tudo o que vive é humano. Há vida na planta e no animal. Mas,
quando uma planta adquire a faculdade de sentir dor e prazer e se torna
capaz de locomover-se, ela se torna animal; e quando um animal adquire as
faculdades racionais da mente, ele se torna humano. Graus discretos marcam
a distinção entre reinos da vida e da natureza.
Aplicando isto à literatura, Swedenborg observou que um grau discreto divide
a literatura sacra da secular. A literatura sacra é, em princípio, puramente
religiosa. Mas nem todos os trabalhos religiosos são escrituras sacras. Para
serem assim qualificadas, eles têm que lidar com assuntos espirituais e
também possuir um certo conteúdo interno. Isto é, escondido debaixo da
forma externa e envolto em história e biografia, é necessário haver na fábula e
na parábola uma estrutura espiritual, um conteúdo esotérico, claramente
perceptível àqueles que desenvolveram em si o conhecimento espiritual
necessário, mas irreconhecível por aqueles que não vêem “mais do que seus
olhos podem ver”. Escrituras sagradas, além disso, são registros da vida,
trabalho e/ou ensinamentos de grandes Salvadores do mundo.
Consequentemente, elas lidam exclusivamente com os mistérios espirituais
mais profundos que o homem consegue alcançar.
Resumindo, podemos dizer que a literatura que lida com a vida espiritual e é
construída em torno de Mestre e Salvadores do mundo, e, além disso, se
revestem de uma estrutura baseada nos mistérios, torna-se, em virtude destes
vários atributos e elementos, escrituras sagradas. Todas as outras literaturas
têm menor classificação.
Voltando à análise da literatura não sagrada, encontraremos, por sua vez, que
ela se divide em duas. Na primeira, temos a literatura que é possuidora de um
sentido “interno”; na segunda, o “externo” somente. A primeira, como as
escrituras sagradas, está fundamentada nos Mistérios e contém, na sua forma
externa, um véu de Sabedoria Arcana claramente organizada, enquanto que
na outra classe tal esoterismo não está presente. Para o esoterista, portanto,
tal distinção que fizemos não é aceita como sendo válida pela simples razão
que a existência à qual chamamos de Gnose Divina ou Doutrina Secreta é
completamente irreconhecível. Há trabalhos sobre assuntos espirituais,
experiência religiosa e mesmo sobre os Mistérios que não possuem este
sentido interno. Eles podem ser trabalhos altamente inspirados, contudo
somente simplesmente estruturados. Por outro lado, temos trabalhos como os
dramas de Shakespeare que o mundo não reconhece como literatura
“espiritual”, mas que, em virtude de sua dupla estrutura, cultuam um
compêndio de Sabedoria Iniciática só comparável a das sagradas escrituras.
Daí, a Bíblia Laica.
A verdadeira autoria dos trabalhos que levam o nome de Shakespeare pode ser
percebida atrás do véu que esconde os Guardiães dos Mistérios. Lá, podem ser
encontrados os Iluminados da raça, os custódios da Sabedoria Sem Idade,
donos da verdade que liberta o homem. Lá, irreconhecíveis e desconhecidos
para a maioria da humanidade, está aquele grupo de exaltados Seres, a quem
chamamos de Irmãos Maiores, que realizam no mundo, de tempos em tempos,
através de adequados e qualificados instrumentos humanos, revelações muito
necessárias para seu desenvolvimento.
É neles que devemos procurar o altíssimo impulso criativo que se manifestou
na Europa como Renascença e encontrou sua primeira expressão inglesa nas
brilhantes luzes literárias da Era Elizabetana - o maior deles foi
Shakespeare. Então, Shakespeare transforma-se num elo da cadeia de
mediadores inspirados através dos quais a raça humana adquire posse de um
conhecimento sempre crescente dos divinos Mistérios.
As obras de Shakespeare, assim como os dramas musicais de Wagner, o
Fausto de Goethe, a Divina Comédia de Dante e muitos outros livros de igual
valor, são designados esotéricos, embora de leitura exotérica. Eles são
comunicações diretas dos centros planetários da Divina Sabedoria. No caso de
Shakespeare, a fonte foi a Escola Rosa Cruz da Sabedoria Ocidental. Para o
esoterista, nenhuma outra evidência disto é necessária senão os trabalhos
mesmos. Mas, sinais específicos, ocultamente transmitidos, estão também
presentes nos dramas. Em “Love´s Labour´s Lost” (Trabalhos de Amores
Perdidos), uma cena completa é dedicada à revelação da conexão Rosacruz,
mas está tão engenhosamente envolvida na brincadeira das palavras que só
possuindo a chave para o seu significado velado se poderá ler corretamente. A
cena se fecha com um comentário dirigido ao “Goodman Dull”, representante
da multidão que nada percebe e que durante toda a cena não falou uma só
palavra. “Não”, vem sua resposta, “ nem entendi nada”.
Shakespeare foi chamado de “A Máscara Rosacruciana”. Max Heindel é a
autoridade para a citação de que as obras que trazem o nome de Shakespeare
e aquelas que trazem o nome de Bacon foram influenciadas pelo mesmo
Iniciado Rosacruz. Outros escritores ocultistas apontam para uma conclusão
similar.
Na classe de literatura que aqui descrevemos, os dramas de Shakespeare se
mantêm supremos. Não são trabalhos religiosas. Não são cristãos, nem
budistas ou escrituras hindus. Eles são o que chamamos de dramas seculares
ou peças mundiais, se preferir, mas tão transcendentes em sua beleza e tão
luminosos em seu conteúdo interno que têm cativado milhões de espectadores
durante suas apresentações ininterruptas nos palcos do mundo desde sua
primeira aparição há centenas de anos atrás. As pessoas vêem e lêem as peças
por prazer e lazer. Fazendo isso, elas se expõem a uma mágica que, por sua
natureza, trabalha no seu interior despertando modelos básicos do bem, da
verdade e da beleza, impregnando com impulsos que elevam no caminho em
direção a Deus. A influência mágica que esses trabalhos exercem deriva
daquele elemento que fluiu para dentro deles vindo de níveis super-humanos.
Estes elementos são puramente espirituais. É a sua presença nos dramas que
verdadeiramente faz das peças de Shakespeare a Bíblia Laica da humanidade.Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-89440869942617067942020-02-01T17:19:00.000-03:002020-02-01T17:19:03.574-03:00Oração do Pai Nosso no Zodíaco por Corinne Heline.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfaz59JkhswxvC2Y3fh25xcKFJ6SmlpA4bBnaQ62ZHuREABEVH-9FNaGFbhBijxbkCVMCZbDgvs-icAD4HzBDm6L53Bw-_rfPNgwIy71j6YkOPKH-YOxkxl14nOxCRBxqcb6tdtiAxfRU/s1600/2034366563_1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfaz59JkhswxvC2Y3fh25xcKFJ6SmlpA4bBnaQ62ZHuREABEVH-9FNaGFbhBijxbkCVMCZbDgvs-icAD4HzBDm6L53Bw-_rfPNgwIy71j6YkOPKH-YOxkxl14nOxCRBxqcb6tdtiAxfRU/s320/2034366563_1.gif" width="320" height="149" data-original-width="341" data-original-height="159" /></a></div>
Oração do Pai Nosso no Zodíaco
por Corinne Heline
A Oração do Pai Nosso pode ser sintonizada com o Zodíaco através das
duodécuplas invocações às doze Hierarquias Criadoras que circundam
o nosso Sistema Solar, invocando suas bênçãos sobre o planeta Terra e
todos os que nela habitam.
O Pai Nosso no Zodíaco
Pai Nosso que estais no Céu [Invocação ao Sol Central]
Santificado seja o Vosso Nome [Áries - Princípio]
Venha a nós o Vosso Reino [Touro - Harmonia]
Seja feita a Vossa Vontade Assim na Terra como no Céu [Gêmeos -
Polaridade]
O pão nosso de cada dia nos dai hoje [Câncer - Fecundidade]
Perdoai as nossas ofensas [Leão - Amor]
Assim como perdoamos os que nos têm ofendido [Virgem -
Discriminação]
Não nos deixeis cair em tentação [Libra - Equilíbrio]
Livrai-nos de todo mal [Escorpião- Transmutação]
Pois Vosso é o Reino [Sagitário - Luz]
O Poder [Capricórnio - Poder de Cristo]
E a Glória [Aquário - Irmandade]
Para todo o sempre. Amém. [Peixes - Culminação Divina, encerrando
um ciclo cósmico].
Editado pela Fraternidade Rosacruz - Centro Autorizado Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-55723360853695707032020-02-01T17:09:00.001-03:002020-02-01T17:09:40.124-03:00Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline.Peixes.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZKJZyn14p1PfmzJHtm0sziC9qcNv2ge4ozB-5PjlqRl1HCgpciplMjELrQx-WJOf-c-iMEW8y2IAhfCiQBe9_QXMkLOrqNZBvM7wgVY_oLH1MaAXfBjjibCWIBOxLe2RLrgFBM2ZJ0_g/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZKJZyn14p1PfmzJHtm0sziC9qcNv2ge4ozB-5PjlqRl1HCgpciplMjELrQx-WJOf-c-iMEW8y2IAhfCiQBe9_QXMkLOrqNZBvM7wgVY_oLH1MaAXfBjjibCWIBOxLe2RLrgFBM2ZJ0_g/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
Meditação de Mt. Ecclesia para o Mês Solar de Peixes
(Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline)
Os egípcios, com seu fabuloso conhecimento a respeito da ciência das estrelas, criaram uma série de gravuras representando simbolicamente o caminho do Cristo Solar através dos doze signos do Zodíaco.
Há duas importantes representações de Peixes no simbolismo do Tarô. Um representa um indivíduo sem sentidos, ilustrado por um homem enforcado, com um pé sobre o joelho oposto, formando assim uma cruz. A outra representação é uma alma iluminada simbolizada por um casal apaixonado em pé, de mãos dadas, e rodeado por uma grinalda de folhas verdes significando a imortalidade. A grinalda indica a ressurreição do Cristo planetário por ocasião do Equinócio da Primavera.
Saint Germain comparou a influência deste signo a um cometa brilhante que, misteriosamente, corta o céu como um relâmpago e ilumina, momentaneamente, a Terra que flutua sobre um mar de cor escura, sob o qual acham-se duas mãos entrelaçadas.
O símbolo astrológico de Peixes consiste de dois peixes um ao lado do outro, mas com as cabeças em direções contrárias. Um peixe apenas tem sido amplamente usado para simbolizar o Iniciado porque ele vive nas profundezas misteriosas. Na história de Jonas e da baleia, Jonas permaneceu três dias dentro do corpo do animal, uma alegoria da Iniciação. A história é uma descrição velada da introdução aos Mistérios Menores, conforme eram observados nos Templos pré-cristãos. Esse mesmo modelo é repetido na vida de Cristo, que passou três dias nos reinos internos da Terra durante o intervalo entre Sua Crucificação e Sua Ressurreição. Vale relembrar que o símbolo do peixe foi usado como uma senha entre os primeiros cristãos e por eles usado de vários modos como um símbolo místico. O signo de Peixes tem dois regentes, Júpiter e Netuno. Júpiter é o planeta da Lei e da Ordem. Sob sua influência, a Idade de Peixes testemunhou o desenvolvimento da Igreja Esotérica, da qual duas proeminentes características foram a água (Peixes) e o pão (Virgem). Cristo Jesus rasgou o véu diante do Templo da Iniciação no limiar da Idade de Peixes, abrindo a porta para “todo aquele que quisesse” entrar. Os que respondem a esse chamado ficam sob a influência de Netuno, o regente espiritual de Peixes. Sob Netuno, eles aprendem a percorrer o caminho que os conduz à libertação, o tipo de liberdade que pertence aos filhos de Deus, da qual Paulo falou.
Em relação ao desenvolvimento do homem, o trabalho da Idade de Peixes tem sido direcionado para a purificação de sua natureza de desejo. Assim, vemos a batalha para o controle emocional e da alma como sendo a mais importante provação dos Santos medievais e dos personagens que aparecem nas lendas do Santo Graal. O mais elevado objetivo do trabalho de Peixes tem sido a transmutação das emoções básicas em poderes anímicos através da devoção, como ilustrado nas visões extasiadas dos religiosos devotos enclausurados.
Peixes é o último dos doze signos do Zodíaco e contém o sumário final das experiências cármicas pertencentes a um completo ciclo de vida. Por esse motivo, ele tem sido chamado o signo das lágrimas e do sofrimento. Vênus, o planeta do amor pessoal, é exaltado em Peixes. Quando o amor pessoal dos nativos de Peixes é egoísta e possessivo, um Jardim de Getsêmane lhes é muito familiar. A nota chave bíblica de Peixes para esse aspecto é: “Seja feita a vossa Vontade e não a minha.” Só através de completa submissão e renúncia é que os portões do Jardim do Sofrimento serão fechados para sempre.
Os dois peixes ligados que representam Peixes contêm um profundo significado esotérico. No seu mais alto significado, eles indicam um estado perfeito de equilíbrio. Nas duas colunas do corpo, o templo físico (os dois sistemas nervosos) a força da direita e da esquerda interagem em harmonia, estabelecendo o equilíbrio entre a cabeça e o coração. Através do sistema nervoso cérebro-espinhal, o espírito se comunica com o mundo objetivo e, através do sistema nervoso simpático, ele se comunica com o mundo subjetivo.
Somente dois signos têm Júpiter e Netuno como seus planetas regentes: Câncer e Peixes. Júpiter governa as forças da alma e Netuno, os poderes do espírito. A peregrinação zodiacal sob Peixes irá unir a essência divina da alma com os poderes do espírito. Esse supremo ideal foi dado à humanidade pela Hierarquia de Câncer e sua consecução será consumada sob a orientação de Peixes. A humanidade perfeita fará sua morada na Constelação de Peixes, apropriadamente descrita por aquela figura de um homem e uma moça, de mãos dadas, dentro de uma grinalda sempre verde. Esses seres perfeitos fizeram jus à vida imortal e à eterna juventude. A nota chave bíblica de Peixes, primeiramente soada pela Hierarquia de Peixes no grande Fiat Criador, “Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança”, ressoará então triunfalmente por toda a Terra.
Uma antiga máxima astrológica declara que o nativo de Peixes está tão próximo do monte da pureza e da divindade, por um lado, e do abismo caótico da autodestruição, por outro, que tanto os anjos como os demônios permanecem a seu lado para apressá-lo na escolha do caminho a seguir. O hieróglifo acompanhando esta descrição é o de uma linda mulher. Um gênio acha-se ajoelhado a seus pés oferecendo-lhe as riquezas da Terra, enquanto um anjo paira sobre sua cabeça, oferecendo-lhe tesouros celestiais, retratando, assim, a natureza dual de Peixes. Os nativos desse signo podem planar nas alturas da inspiração e muitas das mais privilegiadas almas do mundo aí se encontram, mas ocorre freqüentemente que seus dons são desperdiçados através de suas indulgências para com as desenfreadas emoções do signo.
Peixes é o décimo-segundo signo. Quem nasce sob essa configuração está completando uma série de vidas terrenas e está, por conseguinte, ocupado em limpar dívidas cármicas engendradas no passado. A vida do pisceano é usualmente rica em várias experiências e sobrecarregada de várias responsabilidades. Vênus, aqui exaltado, proclama que os sofrimentos de Peixes normalmente dão origem a obstinados comprometimentos pessoais. Peixes regenerado significa morte do eu pessoal e vida da alma imortal. A morte mística nesse signo ocorre sob as forças de Netuno, planeta da Iniciação. Os que passam através dessas experiências tornam-se pioneiros da Nova Idade.
Meditação de Mt. Ecclesia para o Mês Solar de Peixes
Fevereiro 20 a Março 20
Regência : Planetas Júpiter e Netuno
As grandes verdades que os Ministros de Deus estão imprimindo nas Almas humanas , durante este mês solar, são as seguintes:
Não existe vida que não seja vida de Deus. Assim sendo, somos unos com Ele e com todo outro Ser.
Ao compreender isto, sentimos igual compaixão para com o amigo ou inimigo, porque sabemos que os dois se esforçam, consciente ou inconscientemente, por expressar a Beleza e o Poder de Deus.
Só obedecendo às Leis gloriosas de Deus - como foram ensinadas pelo Cristo Senhor - poderemos ser liberados da dor, da pobreza e do pesar.
Que nossa meditação durante este mês e nossa reflexão diária sejam, portanto, sobre:
UNIDADE - COMPAIXÃO - OBEDIÊNCIA - LIBERAÇÃO
e assim, progrediremos cada vez mais no caminho que nos conduz ao alto fim que nos espera.
"E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos tornará livres".
-São João, 8:32Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-79357026036710714832020-02-01T17:04:00.001-03:002020-02-01T17:04:13.212-03:00Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline.AQUÁRIO.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvf0vawNBNKb6fPs04a278tM8CO2lH3blaL_mYviB062nUkk-PC2hb5PDWTCa7Hj20KGoT2c0zGHpSHSu8zQ9_7jtvUYYU1C4yNWhxe2ZT58SJTiCRMzEjobBgHgwh4fXnzSGXEvONBk4/s1600/91+%25281%2529.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvf0vawNBNKb6fPs04a278tM8CO2lH3blaL_mYviB062nUkk-PC2hb5PDWTCa7Hj20KGoT2c0zGHpSHSu8zQ9_7jtvUYYU1C4yNWhxe2ZT58SJTiCRMzEjobBgHgwh4fXnzSGXEvONBk4/s320/91+%25281%2529.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE AQUÁRIO
( Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline )
O símbolo pictórico de Aquário é o Portador de Água, um homem vertendo, de um vaso, a água da vida, despejando-a sobre a terra para seu revigoramento e sua renovação.
Aquário rege a aurora da Nova Era. O Sol, pela precessão, já tocou a aura de sua influência eletrizante e, como resultado, a vida humana, em todos os seus aspectos, está experimentando uma tremenda aceleração.
Através de seu regente planetário, Urano, Aquário governa as forças mais sutis da Natureza. Por conseguinte, sob sua inspiração, o mundo material vem sendo transformado pelas forças extraídas das fontes de luz e de poder tal como os encontrados na eletricidade e nas forças do átomo agora liberadas. Similarmente, processos que aceleram e despertam os poderes latentes da mente e da alma do homem estão sendo ativados na medida em que os ensinamentos da Iniciação vão sendo a ele retornados.
O Portador de Água é uma figura andrógina na qual os princípios masculino e feminino acham-se igualmente combinados. O resultado psicológico deste estado de equilíbrio é uma relação perfeitamente balanceada entre os sistemas nervosos simpático e cérebro-espinhal. Na terminologia da Iniciação, esse desenvolvimento é conhecido como o Casamento Místico. Uma versão bíblica do processo envolvido é o milagre de Canaã, quando Cristo transforma a água em vinho. Uma concepção simbólica dessa fase da Iniciação é dada por Saint Germain e ela retrata um mar tempestuoso sobre o qual brilham oito estrelas reluzentes. Uma figura feminina despida acha-se parada com um pé sobre a terra e o outro sobre o mar. Segura duas conchas em suas mãos; de uma jorra bondade e, da outra, caridade, qualidades que promovem amizade e fraternidade. Sobre sua cabeça, acha-se uma estrela de oito pontas, formando uma pirâmide em seu centro; uma parte dela é branca e a outra, preta, simbolizando os dois aspectos da lei oculta. Perto da mulher, há uma planta com três botões desabrochados e sobre ela paira uma borboleta com as asas abertas. O símbolo, num todo, indica vida mais rica e os poderes ampliados que Aquário irá doar à humanidade. É sob esse signo que o homem se move na direção do estado de super-homem, e, através desse poder, o reino humano fará nascer um quinto reino, o reino das almas.
O símbolo do tarô é similar em alguns aspectos ao de Saint Germain. Ele representa a figura ajoelhada de uma mulher carregando uma urna em cada mão. De uma delas, um líquido está sendo derramado no mar; da outra, sobre a terra. Logo atrás dela, aparece o glorioso reino descrito por São João como o novo céu e a nova terra. Sobre sua cabeça, está a luz brilhante de uma estrela de oito pontas. Em baixo da figura, acha-se a inscrição: “Aquele que quiser entrar aqui terá que morrer para o seu eu inferior.” E assim continua para declarar que, pela contemplação ( um grau mais profundo de meditação), os olhos da alma se dirigirão do reino exterior das aparências para o reino interno da realidade. A interpretação oculta do líquido sendo despejado sobre a terra e o mar é a abundante chuva do éter de Cristo, pois o Cristo está se aproximando mais da Terra, e os éteres espirituais estão se tornando mais densos, com efeitos mais potentes. O derramamento deles está tornando mais fácil para o homem despertar, em seu interior, seus próprios poderes Crísticos, os quais ele poderá usar para ajudar os outros. E também para apressar a volta do Senhor.
São Paulo se referiu ao trabalho natural da lei espiritual quando disse que há leite para os bebês e carne para o homem forte. Toda grande religião universal tem duas fases de ensinamento: profundas verdades esotéricas dadas apenas aos poucos que estejam prontos para recebê-las, e uma versão simplificada dessas verdades para as massas. Como o Equinócio de Março se desloca para trás através de cada signo do Zodíaco, a religião dada ao povo em geral está em harmonia com o signo corrente. As verdades esotéricas mais profundas vêm sob o signo oposto, o do Equinócio de Setembro. Por exemplo, a religião Aquariana para as massas será centrada na Paternidade de Deus e na Irmandade do Homem. Os ensinamentos esotéricos reservados para os poucos serão centrados no signo oposto, Leão, cuja nota-chave está biblicamente descrita nas palavras de São Paulo: “ O Amor é o cumprimento da Lei”.
Sob Leão, o coração iluminado ou sagrado se tornará a luz central do corpo, e o poder do amor será o principal fator motivador da vida. Compartilhamento em vez de avareza será o objetivo principal do mundo de negócios, e então a cooperação tomará o lugar da atual competição. A tolerância irá superar o fanatismo e a reabilitação substituirá a pena capital. Cada indivíduo vai colocar o bem do próximo adiante do seu próprio, e o ideal supremo da vida será servir uns aos outros com amor. A nota-chave bíblica para a nova civilização Aquariana pode ser encontrada nas palavras do próprio Cristo: “ Sois meus amigos ”.
Aquário é a décima primeira casa, signo da amizade, camaradagem e fraternidade. A Era Aquariana que está para vir substituirá a ênfase do desenvolvimento espiritual do indivíduo para o grupo. Isso já se faz notar na crescente atenção dada pelas instituições educacionais ao treinamento de estudantes para o serviço social. Nas escolas ocultas, está evidente uma tendência similar. A conhecida declaração de Cristo, “onde duas ou três pessoas estejam reunidas em meu nome, eu lá me encontro entre elas”, adquire um significado mais profundo à luz do desdobramento Aquariano.
Aquário tem dois governantes: Saturno e Urano. O primeiro governa o que é antigo e pertence ao passado. Urano governa tudo o que é novo e pertence ao futuro. Os antigos retratavam Aquário como uma árvore da vida com dois galhos: um galho terminando numa figura indicativa da velhice e representando o produto de Saturno e o outro galho terminando na figura de belo jovem carregando em suas mãos o Cálice Sagrado, símbolo da realização sob a influência transformadora de Urano.
As forças dos dois éteres superiores estão se tornando muito mais potentes em sua influência sobre a humanidade. O Éter de Vida ajuda no desenvolvimento da percepção extra-sensorial enquanto o Éter Refletor desperta uma força latente no discípulo na preparação para a Iniciação.
Não está tão distante a época em que a palavra Iniciação será bem conhecida e o trabalho de Iniciação recuperará o seu lugar de suprema conquista na vida espiritual. Uma evidência dessa tendência pode ser notada no fato de que, em inúmeras igrejas ortodoxas, grupos de pessoas têm sido formados para estudarem e desenvolverem suas faculdades espirituais latentes no homem que até agora tinham sido vistas como pertencentes exclusivamente ao reino da metafísica e, portanto, bastante distante da esfera da religião como é hoje compreendida.
Meditação de Mt. Ecclesia para o Mês Solar de Aquário
Janeiro 20 a Fevereiro 19
Regência: Planetas Saturno e Urano
O Sol, em seu trânsito pelo Zodíaco, nos traz cada mês as radiações de uma das Hierarquias Criadoras que nos ajudam a desenvolver as forças da Chispa Divina de nossa Alma.
Se nos esforçamos conscientemente a responder às notas-clave que emitem estas Hierarquias - que são os Grandes Ministros de Deus - chegaremos com maior rapidez à obtenção da saúde , alegria, poder e entendimento.
As lições que nos dão neste mês são:
ALTRUÍSMO - Espírito de servir ao próximo.
COOPERAÇÃO - Trabalhar em harmonia com os demais.
AMIZADE - Sentir no coração carinho por todo ser vivo, mantendo firmes na mente nossas responsabilidades individuais.
"Se andamos em Luz , como Ele está em Luz, teremos comunhão uns com os outros".
I Epíst. São João, 1:07
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-62550191613481541952020-02-01T17:01:00.002-03:002020-02-01T17:01:14.192-03:00Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline.CAPRICÓRNIO.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKt16m8VGAVKsPXlkVBAWY58ambaaIJp70KsfyGpatXKD5og91rq3gjeWrD5noUfbz2pgAiq6vEJvubIt5b8cJbLFNKetu4LdoaZgT7S-YU_04Zy1yFUT-aLLcA55ga1zpflAPYib7RFE/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKt16m8VGAVKsPXlkVBAWY58ambaaIJp70KsfyGpatXKD5og91rq3gjeWrD5noUfbz2pgAiq6vEJvubIt5b8cJbLFNKetu4LdoaZgT7S-YU_04Zy1yFUT-aLLcA55ga1zpflAPYib7RFE/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE CAPRICÓRNIO
(Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline)
O corpo físico da Terra alcança suas mais elevadas vibrações quando o Sol entra em Capricórnio. O símbolo pictórico para esse signo é uma cabra. A cabra foi o animal oferecido em sacrifício durante a Idade de Áries, quando o Solstício de Inverno estava na constelação de Capricórnio. Esses sacrifícios antigos têm sido sublimados em seus equivalentes espirituais, mas seu significado esotérico, o significado conhecido pelos candidatos às Iniciações, tem sempre sido o mesmo. Mesmo para os Antigos, uma cabra simbolizava sabedoria devido ao reconhecimento geral de que a conquista no caminho se faz apenas através de sacrifício.
Nos antigos cerimoniais israelitas, duas cabras eram sacrificadas pelos pecados do povo. Uma era sacrificada diante do altar, enquanto a outra era carregada com seus pecados e levada para o deserto depois das imprecações sacerdotais terem sido colocadas sobre ela. A cabra que era sacrificada representava o estreito e reto Caminho da Iniciação, seguido por poucos, ao passo que a outra era uma referência ao lento progresso do homem através do impulso evolucionário feito sem ajuda.
O ritual das Duas Cabras também mostra uma verdade quando destaca a expiação vicária tal como foi promulgada posteriormente por Cristo Jesus, quando Ele tomou para si mesmo os pecados da humanidade. Esses pecados haviam se tornado por demais pesados para os humanos carregarem sozinhos e não poderiam ser liquidados sem assistência divina.
Saint Germain representou Capricórnio em um quadro exibindo uma brilhante aurora boreal em ambos os lados de um fundo negro, sobre o qual brilhava uma estrela solitária.
Em sua bela canção de amor, Salomão compara os dentes de sua amada a um rebanho de cabras e também ao agrupamento de fogueiras ao lado dos vinhedos de Engedi, um nome com o significado de fonte das cabras que, por sua vez, refere-se às águas da vida eterna. Isso dá um significado mais profundo a muitas referências bíblicas sobre as águas da vida. Davi queria beber as águas de Belém. Os israelitas deixaram, por certo tempo, suas águas próprias naturais por estranhas águas frias. Cristo disse à mulher no poço de Samaria que se ela bebesse da água que Ele lhe deu, ela jamais voltaria a ter sede.
Todas essas referências acham-se correlacionadas com o simbolismo espiritual de Capricórnio. Falando de modo místico, há dois “portões” através dos quais os egos passam ao entrar e sair do corpo físico. Cosmicamente, esses são os portões de Câncer e Capricórnio. Os egos adquirem para si trajes de carne através dos poderes de Câncer e da Lua porque Câncer é o signo da Madona cósmica e a Lua é seu regente. Através dos poderes do signo oposto do Zodíaco, Capricórnio, que é regido por Saturno, o ceifador, ocorre a dissolução do corpo mortal do Ego, liberando-o desse modo para que possa retornar aos planos superiores. O fluxo de almas descendo e ascendendo através desses dois portões celestiais é a realidade cósmica do que Jacó viu em sua visão. A história bíblica diz que Jacó viu Anjos subindo e descendo a escada; mas escritores da Bíblia usaram o termo anjo no mesmo significado como agora é geralmente usado para indicar muitas classes de seres não materiais, incluindo egos desencarnados.
Cada constelação tem seu lado sombrio que pertence, não às estrelas, mas à terra sobre a qual a sombra cai. A espiritualidade capricorniana não despertada manifesta um forte desejo para adquirir poder pessoal. Os desse signo freqüentemente buscam poder para eles mesmos, seja esse poder material ou espiritual. Os capricornianos são, por isso, inclinados a ser ambiciosos, embora não tanto pelas coisas materiais em si, mas pelo poder inerente a essas posses.
As notas-chaves bíblicas para Capricórnio são “Abençoado é o pobre de espírito, pois dele é o Reino do Céu” e “Abençoados são os mansos, pois herdarão a Terra”.
Tem sido dito que Capricórnio cobre três estágios distintos da evolução humana, isto é, o dos escravos, o dos capatazes de escravos e o dos donos.
MEDITAÇÃO DE MT. ECCLESIA PARA O MÊS SOLAR DE CAPRICÓRNIO
Dezembro 22 e Janeiro 20
Regência : Planeta Saturno
O ano passado fica para trás e diante de nós estende-se o Novo Ano, como uma folha em branco em que poderemos escrever nossas resoluções para o futuro.
E é preciso que examinemos o coração , do ponto de vista das experiências do ano que passou, para extrair o que nos espera: dias cheios de novas e ilimitadas possibilidades de saúde espiritual e física.
Assim como a criança tem que aprender a andar, também o homem deve aprender a utilizar as coisas da natureza que lhe propiciem crescimento e progresso no Plano da Evolução - para começar corretamente, pois tomamos como claves para este mês as palavras:
REFLEXÃO - FIDELIDADE - CONSTÂNCIA NAS BOAS OBRAS
a fim de estabelecer estas virtudes em nossas Almas.
Este será outro passos no viver segundo as Leis Divinas da Natureza. E se vivermos integralmente segundo elas, nos elevaremos ao Plano em que não se encontra a enfermidade, nem a dor, nem a ignorância.
"Velai e estejas firmes na Fé; portai-vos varonilmente e esforçai-vos"
-São Paulo, I Cor., 16:13Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-10087026166693004532020-02-01T16:55:00.002-03:002020-02-01T16:55:48.314-03:00Do Livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline.SAGITÁRIO.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKNLHILIhhaIe75mOYgy8rEaZ3j0nkxHYwHqWCSZGPqeYZQpG99KuIP5sAiwUpbThUkFGVsuyJclNz95Hr_HjA0tbz_ankz3reTBCcglRnmw6UvskUbX4JQEY_RzmuH1gqu8_ZlO-HLx4/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKNLHILIhhaIe75mOYgy8rEaZ3j0nkxHYwHqWCSZGPqeYZQpG99KuIP5sAiwUpbThUkFGVsuyJclNz95Hr_HjA0tbz_ankz3reTBCcglRnmw6UvskUbX4JQEY_RzmuH1gqu8_ZlO-HLx4/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
EDITAÇÃO ESPIRITUAL DE SAGITÁRIO
(Do Livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline)
Sagitário, assim como Escorpião, é de natureza dual. Seu símbolo pictórico é um centauro, metade cavalo, metade homem. O primeiro simboliza a natureza inferior do homem; o último, sua natureza superior. O espírito imortal sempre aspira os planos superiores a despeito de parecer o contrário. Por ora, a humanidade elegeu seguir o caminho da materialidade (Escorpião) em vez do caminho da espiritualidade (Virgem). Sagitário tem sido o signo da promessa, da esperança e da aspiração.
Basil Valentine, um antigo Iniciado Rosa Cruz, ilustrou a história da Iniciação com uma série de quadros. Neles, Sagitário é representado por um número de lâmpadas sempre queimando, um hieróglifo que chama a humanidade a elevar-se além da materialidade e obter união com a Divindade para que possa compartilhar do verdadeiro êxtase espiritual.
É interessante notar que quando o fogo espinhal espiritual eleva-se do nível da geração ao plano de regeneração, o ponto onde ele deixa o nível de geração é o plexo sagital localizado na base da espinha dorsal regida por Sagitário.
O signo de Sagitário é governado por Júpiter, planeta da benevolência e expansão. Ele aponta o caminho para o nascimento do Cristo Cósmico que ocorre anualmente na Noite Santa, quando o Sol deixa Sagitário para entrar no primeiro decanato de Capricórnio.
O símbolo pictórico de Sagitário mostra que a metade humana do Centauro mira uma seta para as estrelas. Esse pictograma acha-se modificado numa representação do Cupido, deus do amor, mostrado originalmente com sua seta apontada para a glândula pineal em vez de para o coração. Mais tarde, como o homem perdeu consciência de seu objetivo espiritual elevado, e as afeições centravam-se no pessoal mais do que no princípio, o dardo de cupido foi redirecionado para o coração em vez do centro espiritual localizado na cabeça.
Sagitário correlaciona com o Vau Hebreu, significando Sol ou olho. Essa letra representa brancura e brilho, a luz espiritual de Gênesis e Revelação. É a luz que brilha nas trevas, mas as trevas não prevaleceram contra ela. O símbolo do Tarô para Vau é um homem de pé entre duas mulheres. Uma delas está coroada com ouro do espírito e a outra com a vinha, símbolo do falso espírito. O fruto da vinha estimula o corpo do homem a um êxtase, mas seu impulso por uma tal experiência é sua resposta equivocada da personalidade ao chamamento de seu ego. Thomas De Quincy tornou isso claro em seu “Confessions of an Opium Eater”, a separação da mente da personalidade e sua ligação com a espiritualidade é o estímulo de Sagitário; e esse é o propósito e o fim da Grande Obra. A Maçonaria Moderna adotou esse símbolo para reproduzir a mesma idéia.
Daí poder-se ver que a mensagem das estrelas revela o caminho da evolução para toda a humanidade. Para a massa semi-adormecida, o Caminho dá voltas e mais voltas em torno da montanha do objetivo; mas para as almas despertas há um caminho curto, estreito e direto que leva ao cume.
Sagitário rege a mente superior do homem, a mente capaz de raciocínio abstrato. A nota-chave bíblica é encontrada na admoestação de Paulo: “Deixe sua mente estar com você, a qual está também em Cristo Jesus”.
Na mitologia grega, a virgem Ariadne leva Teseu para fora do labirinto por meio de um fio. Tanto a virgem quanto o seu fio perderam-se para o homem moderno, mas a intuição superior de Sagitário os substitui, pois a intuição espiritual (o fio) é, de fato, a essência da razão. Quando, havendo percorrido o circuito do Zodíaco, um espírito libertado retorna ao ponto de partida, onde encontra a Virgem dos Céus esperando-o como Ariadne esperou Teseu segundo o antigo mito.
Meditação de Mt. Ecclesia para o Mês Solar de Sagitário
Novembro 23 a Dezembro 22
Regência : Planeta Júpiter
Todos nós, no fundo da alma, sabemos que somos uma parte de Deus e que é nosso destino desenvolver-nos à semelhança de Sua Perfeição; e no recôndito de nosso ser subsiste o desejo de conhecer Deus e unir-nos à Sua Luz.
As palavras-clave para este mês representam as qualidades que aumentam essa aspiração. São elas:
IDEALISMO - REVERÊNCIA - BENEVOLÊNCIA - BONDADE - GENEROSIDADE .
A meditação sobre essas palavras-clave ajuda-nos a preparar-nos e a apressar o dia da consecução do que desejamos, porque "o obreiro é digno de seu salário".
"Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus".
São Mateus, 5:16Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-26903690860926985512020-02-01T16:51:00.001-03:002020-02-01T16:51:08.352-03:00Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline .ESCORPIÃO.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiePh3lTk7tYGHMM5NfeR_JH16um-peUcIYqU-FHqy6UMY_qMo3270UyWUhaahqoiWcBTcSLHyiKUh_hZ7yHXza702Fd6BHoCLEC1WZYiapRb5zDThy5Ecs1oH5pNG8l0WQX4CdSsbHVrM/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiePh3lTk7tYGHMM5NfeR_JH16um-peUcIYqU-FHqy6UMY_qMo3270UyWUhaahqoiWcBTcSLHyiKUh_hZ7yHXza702Fd6BHoCLEC1WZYiapRb5zDThy5Ecs1oH5pNG8l0WQX4CdSsbHVrM/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE ESCORPIÃO
Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline
Desde o início do Período Terrestre, a criativa Hierarquia de Escorpião tem dado à humanidade padrões das formas de pensamento cósmico. Por esses padrões, o homem tem aprendido a construir seus corpos característicos. Por isso, os membros da Hierarquia de Escorpião são denominados Senhores da Forma. O Dr. Rudolf Steiner diz que a mente cerebral do homem nada mais é que uma taça para se imergir nesses pensamentos arquetípicos.
Nos primeiros dias da evolução humana, os estudantes do Templo de Mistérios podiam contatar diretamente as Hierarquias Celestiais e observar o enorme serviço que elas estavam prestando à raça humana. Por esse motivo, a mensagem das estrelas foi incluída entre os estudos do Templo, e nenhum candidato tinha permissão para receber essas instruções sem uma longa e árdua preparação.
Transmutação é a palavra-chave dominante de Escorpião. Durante o período entre o Equinócio de setembro e o Solstício de dezembro, quando a força dourada de Cristo está penetrando mais profundamente nesta esfera, o Arcanjo Miguel, segundo apenas em glória e poder ao Próprio Cristo, acha-se empenhado em limpar e transmutar o acúmulo dos desejos malignos do homem que pendem como uma escura nuvem de miasma sobre a Terra. Juntos, eles purificam e transmutam as formas de pensamentos negativos do homem que permeiam a atmosfera mental do planeta. Devido ao trabalho que executam, pensamentos e substância de desejo mais pura tornam-se disponíveis para o uso do homem na construção de corpos mental e astral mais fortes. Esses, por sua vez, penetram e fortalecem seus veículos etéreo e físico.
Escorpião é o signo enigma do Zodíaco. Ele tem dois símbolos: um escorpião, que carrega o ferrão da morte em sua cauda, e uma águia que pode voar mais perto do Sol que qualquer outra ave. Esses símbolos retratam dois aspectos amplamente divergentes deste signo. Sob a influência do escorpião, o homem pode descer às profundezas da degradação; sob a influência da águia, sua natureza inferior é transmutada, podendo ele, assim, subir a maiores alturas espirituais.
Outro aspecto do paradoxo de Escorpião são as influências da água e do fogo exercidas através deste signo de elementos opostos, pois Escorpião, um signo aquoso, é governado pelo ígneo planeta Marte. Esta é mais uma indicação das propriedades místicas de Escorpião e do papel que ele tem na regeneração que precede a iluminação. A última só pode ser realizada depois que os princípios água e fogo tiverem chegado a uma união harmoniosa.
Tal união foi demonstrada quando o ígneo Raio do Cristo arcangélico tomou posse do corpo do Mestre Jesus. Como um membro da raça humana, Jesus veio sob a Hierarquia de Peixes, estando assim sintonizado com o princípio da água. O que foi posteriormente realizado pelo Ser composto conhecido como Cristo Jesus foi a suprema demonstração do estado ideal, um certo grau de entendimento que toda a humanidade vai ter quando tiver aprendido a combinar os princípios do fogo e da água. Cristo ensinou esta verdade a Nicodemus quando Ele disse: “A menos que o homem nasça da água e do espírito, não poderá entrar no reino de Deus”, sendo o espírito o princípio do fogo.
As condições externas nunca serão dominadas até que as forças interiores opostas e discordantes sejam harmonizadas. Uma vez tendo isso sido feito, o mistério amplamente oculto de Escorpião será revelado. Geração será transmutada em regeneração, de modo a não haver repetição das tragédias como as de Caim e Abel , e Salomão e Hiram Abiff. Os fatores que dividem essas correntes opostas da humanidade terão se rendido ao princípio que a todos une em harmonia. Em muitos mitos e lendas, tanto religiosos como profanos, este preceito está diferentemente mostrado. Mas, apenas através de um estudo da ciência espiritual das estrelas, pode o seu significado ser compreendido com segurança e clareza.
Os Antigos Egípcios, que eram muito versados nos profundos mistérios do conhecimento das estrelas, divulgaram nas pinturas ensinamentos sobre polaridade para que aqueles que não podiam apreendê-los como ciência pudessem deles ter conhecimento intuitivamente através de símbolos apropriados. O seu glifo para Escorpião era o de um esqueleto dentro de uma sepultura aberta atravessada por um arco-íris. Num horóscopo, Escorpião governa a oitava casa, a casa da morte. Mas a casa da morte é também a casa da regeneração. Nela são encontrados ambos o escorpião e a águia. Formas imperfeitas e impuras são levadas à morte. Isso é beneficamente verdade porque nem tudo o que pertence a esse plano é digno de imortalidade. Só a essência da experiência mortal, agregada e incorporada à natureza superior do homem, assimilada, isto é, em sua alma, se torna imortal. É através do poder de Escorpião para realizar a regeneração que um espírito encarnado é capaz de utilizar as formas físicas e a morte inerente a elas como degraus para alcançar uma vida superior e renascer em veículos possuindo elementos de imortalidade.
Retornando ao esqueleto como um símbolo dos poderes de Escorpião, encontramos que ele também representa as obras da lei cármica. Nesse aspecto, se apresenta como uma segadeira para ceifar a humanidade; em outras palavras, para remover as formas que são transitórias por natureza. Mas ele também revela que, enquanto a vida não tenha sido identificada com essas formas, não depende delas para a sua existência. Em meio às formas sendo ceifadas, surgem novas mãos, pés e braços, indicando a supremacia do espírito sobre a matéria e apontando para a lei cíclica do renascimento. O arco-íris que atravessa a sepultura é o símbolo da imortalidade. A esse respeito, apresenta-se ainda outra marca do aspecto regenerativo de Escorpião: a promessa de um tempo quando não mais existirão o sofrimento, a dor e a morte.
“ O ESPÍRITO JAMAIS NASCEU !
O ESPÍRITO JAMAIS DEIXARÁ DE SER ,
NUNCA HOUVE TEMPO EM QUE ELE NÃO EXISTISSE ;
O FIM E O PRINCÍPIO SÃO SONHOS ,
O ESPÍRITO PERMANECE PARA SEMPRE , INDEPENDENTE DOS NASCIMENTOS E DAS MORTES ;
A MORTE NÃO TEM NENHUMA INFLUÊNCIA SOBRE ELE ;
EMBORA PAREÇA MORTA EM SUA HABITAÇÃO.
ASSIM COMO TIRAMOS NOSSA ROUPA USADA
E APANHAMOS OUTRA DIZENDO :
HOJE USAREI ESTA !
ASSIM TAMBÉM O ESPÍRITO ABANDONA SUA VESTE DE CARNE,
E PARTE PARA VOLTAR
MEDITAÇÃO DE MT. ECCLESIA PARA O MÊS SOLAR DE SCORPIO
Outubro 24 a Novembro 23
Regência: Planeta Marteã
As forças ocultas da Natureza atuam sobre este Mês Solar para que a vida recôndita no coração humano, a Chispa Divina proveniente de DEUS, desperte para mais nobres atividades e progrida em seu desenvolvimento evolutivo.
Encontra-se nesta vida todo o Poder de DEUS, e também Seu Amor, a fim de que o Poder seja usado somente para o que é bom.
A admoestação constante de Scorpio é : AGI de acordo com a inspiração do amor, para que a escória seja transmutada no Ouro do Espírito.
As palavras-clave para este Mês Solar são:
VALOR - ENERGIA - HABILIDADE - REGENERAÇÃO
"E tudo o que fizeres, em palavra ou em obra, faze-o em nome do Senhor Cristo Jesus, dando graças a DEUS e ao Pai por Seu intermédio"
- São Paulo, Col. 3:17Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-55077766737760482862020-02-01T16:45:00.001-03:002020-02-01T16:45:14.106-03:00MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE LIBRA Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR6JhcWJZTn0qSr03sgKXYpK1CPqc8CeQRC4uQimaybJ8KHNSyLNjFOx0Jd09DKv-jKnf8gJJ2cWeF72pCIg4YaKHC6rlJJp2j5vTXCMRw7Cq7f10T7riXPMZnNe4-lAhWxtd7DGdrjo8/s1600/91+%25281%2529.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR6JhcWJZTn0qSr03sgKXYpK1CPqc8CeQRC4uQimaybJ8KHNSyLNjFOx0Jd09DKv-jKnf8gJJ2cWeF72pCIg4YaKHC6rlJJp2j5vTXCMRw7Cq7f10T7riXPMZnNe4-lAhWxtd7DGdrjo8/s320/91+%25281%2529.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE LIBRA
Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline
Cada nação tem celebrado o Ano Novo relacionado com a passagem do Sol por determinado ponto na eclíptica. Esses pontos são quatro, denominados pelos astrônomos de Solstícios e Equinócios. Alguns celebram o Ano Novo no Equinócio da Primavera; outros no Equinócio do Outono; outros ainda no Solstício de Verão ou Inverno.
Os antigos Hebreus criaram dois calendários, um laico e outro sacro. O Ano Novo do calendário laico mais antigo começa no mês de Tishri próximo ao Equinócio do Outono. O Ano Novo sacro, que eles parecem ter adotado dos Babilônios, mas que foi sancionado por Moisés (Êx.13:4), cai próximo ao Equinócio da Primavera. Sua festa da Páscoa era celebrada em observância àquela estação. As festas hebraicas eram todas determinadas pelas posições relativas do Sol e da Lua e a Lua Nova era contada no primeiro dia de cada mês.
Embora essa disposição enfatizasse a influência lunar de Jeová, ela era esquematizada por Iniciados que entendiam a correlação entre as forças espiritual e material. O Ano Novo laico e o Dia da Expiação ou julgamento eram celebrados na estação do Equinócio do Outono, e ainda são observados desse modo. Eles eram harmonizados a forças que fluíam através do universo com particular intensidade naquela ocasião, e impactavam a terra de modo especial. A constelação na qual o Sol cruza o equador celeste no Outono (hemisfério norte) é Libra, o signo da Balança no simbolismo astrológico e associado a ideais de justiça e equilíbrio.
Desde a vinda do Cristo espiritual, a ênfase faz-se sobre o Sol, o calendário solar e o Equinócio da Primavera, mas isso não tem alterado as verdades conhecidas pelos antigos Iniciados. Para os neófitos no Caminho da Santidade que conduz à Iniciação em Cristo, há ainda o Ano Novo espiritual celebrado no Outono, na ocasião em que o Sol cruza o equador celeste.
De acordo com a lenda astrológica Cristã, que naturalmente busca correlacionar os fenômenos astronômicos com os ensinamentos bíblicos, Virgem e Escorpião estavam unidos numa mesma constelação antes da Queda. Depois da Queda, eles se separaram e Libra foi inserida entre eles. A configuração astronômica para essa lenda é ainda perceptível no céu. A constelação de Virgem é uma das mais extensas no céu espiritual, atingindo no seu estado natural cerca de vinte e quatro graus do signo de Virgem, através do signo de Libra, a cinco graus do signo de Escorpião, como são medidos hoje em dia quando o Equinócio da Primavera acha-se a cerca de dez graus de Peixes.
Os estudantes poderão observar que fazemos uma distinção entre a constelação e o signo. As constelações são as estrelas visíveis aos olhos. Os signos são divisões matemáticas arbitrárias do espaço, medidas a partir do Equinócio da Primavera ao longo da eclíptica em segmentos de trinta graus. O primeiro deles chamado de Áries, o segundo de Touro, o terceiro de Gêmeos e assim por diante, através do Zodíaco. Em um momento, essas divisões matemáticas do espaço ao longo da eclíptica, o caminho do Sol, coincidiam com o Zodíaco natural como aparece no céu. Os Gregos, de acordo com o restante do mundo antigo, usavam primeiro o Zodíaco natural, mas depois mudaram para as divisões matemáticas equalizadas por conveniência astronômica. Diz-se que Hipparchus liderou essa mudança, mas arqueólogos mostraram que os Babilônicos já usavam as doze divisões do Zodíaco da época de Hipparchus, e tornou-se evidente que os Babilônicos também calculavam a relação da precessão dos Equinócios ante de Hipparchus. No que diz respeito à civilização européia, entretanto, o sistema moderno de signos iguais suplantou as mais antigas divisões desiguais do zodíaco natural na época de Hipparchus (século dois A.C.), e o primeiro tem sido usado na astrologia ocidental desde então.
Para os Gregos, o signo de Virgem era Astrea, a Virgem dos céus. Ela segura em suas mãos os Pratos da Justiça (Libra) que estendem-se até a área dos céus que hoje chamamos de Escorpião. Outro sistema chama Libra de “As Garras do Escorpião”, pelo mesmo motivo.
Assim, Libra representa o marco miliário no local da decisão da alma, apontando a única direção no caminho da pureza, da castidade e da Concepção Imaculada como simbolizadas em Virgem. Na outra direção, aponta para a “queda” na procriação como simbolizada por Escorpião, o signo da oitava casa que ordena que todas as formas humanas concebidas pelo modo atual de geração têm que morrer.
Esta hora de cada um ter de escolher o seu caminho, todos os neófitos vão enfrentar, como um campo de provas. Antes, ele será julgado digno de receber a luz que sua alma anseia. Os Egípcios representavam esse estado de consciência pela figura do homem de olhos vendados caminhado na direção de um precipício onde enorme crocodilo o aguardava. Nenhum outro símbolo pode verdadeiramente melhor retratar a atual condição da humanidade. Cego dos seus cinco sentidos, o homem apressa-se imprudentemente para a beira da destruição onde a boca escancarada do materialismo (o crocodilo) está pronta para devorá-lo.
A personificação da justiça (Libra) é convencionalmente retratada de olhos vendados porque a ação da justiça é impessoal. Não é movida nem por preferência nem por preconceito, colocando-se acima tanto da predileção emocional quanto do preconceito mental de modo semelhante, vendo com clara visão interior os resultados de causas passadas de sucessivos ciclos de renascimento. Quando a visão espiritual tornar-se uma capacidade comum à raça, a justiça deixará de ser representada com olhos vendados. Mais exatamente, virá com olhos abertos, destemida e compadecidamente, contemplar o homem e seu mundo.
Em outras constelações do Zodíaco, encontramos simbolizada a Queda do Homem. A Cristandade Esotérica reconhece que isso era também um fenômeno cósmico desse próprio globo físico em sua relação para com o universo e a humanidade que habita a Terra. Uma vez que cada homem é um cosmo em miniatura, ele também incorpora a história da Queda planetária. Quando ele, homem, entra no Caminho da Iniciação, conhecido na Bíblia como “o caminho da santidade”, ele parte da Queda Cósmica para encontrar seu caminho de volta ao estado Edênico.
Lendas santas contam que, antes da guerra no Céu e da queda de Lúcifer e seus Anjos, o Sol achava-se diretamente sobre o equador terrestre e a Lua permanecia cheia. Não havia mudanças de estações; o dia e a noite eram de igual duração. Essa foi a Idade de Ouro.
Coincidente à queda de Lúcifer, houve um acontecimento cósmico: o eixo da terra moveu-se para a sua posição atual. Está agora inclinada 23 graus e meio em relação ao equador celeste. Essa mudança de posição ocasionou a mudanças das estações. A natureza da Queda também levou a uma descida gradual do estado etéreo no qual vivia o homem Edênico, para as condições materiais densas que temos hoje. À medida que o Homem seja redimido através da regeneração, a terra irá vagarosamente endireitar-se e tornar-se mais e mais etérea.
Assim, o nosso Globo permanece entre o impulso de Virgem e o seu governante (Mercúrio) de um lado e o Escorpião e seu governante (Marte) do outro. Que a derradeira conquista será de Mercúrio sobre Marte (a mente sobre a matéria) acha-se indicada pelo fato de que em sua evolução a terra já passou pelo que os ocultistas chamam de “A Metade de Marte” do Período Terrestre e já entrou na “Metade de Mercúrio”. Paralelo à evolução do planeta, está o progresso dos reinos da natureza evoluindo a partir disso, um desenvolvimento que terá culminância na vida da humanidade, a onda de vida astrologicamente correlacionada com a constelação de Peixes.
MEDITAÇÃO DE MT. ECCLESIA PARA O MÊS SOLAR DE LIBRA
Setembro 23 a Outubro 24
Regência: Planeta Vênus â
"Parai e conhecei que Eu Sou DEUS" - é o pensamento que nos chega neste mês Solar. Somente sossegando a personalidade pode o Eu verdadeiro, que é o Deus Interior, falar-nos e amar-nos.
Meditar nas palavras-clave:
REPOUSO - EQUILÍBRIO - JUSTIÇA - ESPERANÇA - HARMONIA ,
ajuda-nos a sossegar a personalidade e a equilibrar as atividades da vida.
A meditação ajuda-nos a estabelecer o equilíbrio, e estamos todos trabalhando para alcançar o plano espiritual, no qual não sejamos perturbados pelas condições exteriores e em que seremos corretos em nossos juízos.
O Amor é o Fator Básico do Equilíbrio - e DEUS é Amor.
"Tu guardarás em completa paz aquele cujo pensamento a ti foi confiado".
Isaias, 26:3Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-15381115194440523002020-02-01T16:34:00.003-03:002020-02-01T16:34:35.008-03:00Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline .VIRGEM.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwr_wd0_IOGFDPRPb5I3AJO4KEj-iAAD-CsCPzmHpH72rN2T4e75IW_1jL4qVdRT5bnzpAywSa1Yta-zN8JSz9W6PJkyCSw8_2gSJ6tPnhDRqbz5DTih0Z7p6xs88zTjHc_nzEXh8atVI/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwr_wd0_IOGFDPRPb5I3AJO4KEj-iAAD-CsCPzmHpH72rN2T4e75IW_1jL4qVdRT5bnzpAywSa1Yta-zN8JSz9W6PJkyCSw8_2gSJ6tPnhDRqbz5DTih0Z7p6xs88zTjHc_nzEXh8atVI/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
Signo de Virgo Regente: Mercúrio
EDITAÇÃO ESPIRITUAL DE VIRGEM
Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline
O lírio da pureza é ostentado pela donzela vestida de branco, no painel de Virgo no Templo Rosacruz de Mount Ecclesia. O aprendizado e a sabedoria de Mercúrio são representados pelos livros. O aspecto do serviço de Virgo é mostrado pela representação de Mercúrio na sexta casa da roda do horóscopo; a citação extraída das Cartas aos Tessalonicenses na faixa azul sustentada por dois anjos, e os cachos de trigo maduros, representam a colheita das ações mundanas para serem amalgamadas na alma, que é representada pela vidraça.
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE VIRGEM
A Mãe Imaculada de todas as religiões do mundo acha-se representada no céu pela constelação de Virgem. Esse Eterno Símbolo Feminino é Ísis do Egito, Ishtar da Babilônia, Minerva da Grécia, Maya da Índia e Maria de Belém.
A líder feminina da Hierarquia de Virgem é a Mãe Cósmica do planeta. Para o homem, ela é a personificação do mais elevado princípio divino feminino. As supremas Mestras que vieram à Terra como as Madonas das maiores religiões do mundo são levadas a esse exaltado Ser para serem instruídas no mistério da Concepção Imaculada.
A representação pictórica da Virgem é uma donzela carregando numa das mãos um feixe de trigo e segurando na outra uma jóia magnífica, a bela estrela azul e branca Espiga, uma estrela de primeira grandeza. As radiações espirituais dessa estrela foram reconhecidas por muitos dos antigos. Eles construíram Templos dedicados à sua luz celestial onde poderiam receber sua bênção especial. Quando Espiga for novamente contactada, dessa feita por uma raça mais sensível e espiritualizada, o homem realmente estará sob o mais profundo significado da Imaculada Concepção. Como Mãe Cósmica, é incumbência do signo de Virgem guiar a humanidade nos caminhos da pureza e despertar os elevados veículos do homem através das correntes etéreas mais elevadas em potência que qualquer uma jamais gerada em seu corpo.
Espiga significa um feixe de trigo e, assim, descobrimos que tanto o trigo como as estrelas são símbolos associados com Virgem e com as diversas Madonas. Eles não são meramente símbolos ornamentais, mas a insígnia verdadeira dos poderes possuídos por aqueles que tenham alcançado a condição espiritual onde as potências criadoras masculina e feminina acham-se unidas.
Belém significa a casa do pão. Uma das mais belas histórias relacionadas com o casamento místico é o relato bíblico sobre Ruth e Boaz. Ruth foi a Belém colher trigo ( o pão da vida ), e levou sua oferenda a Boaz, colocando-a a seus pés. Foi por meio de sua oferenda que ela tornou-se capaz de receber instruções de Boaz, seu professor espiritual, e, mais tarde, sob sua orientação, receber o ritual exaltado do Casamento Místico.
Acha-se estabelecido na doutrina esotérica que o trigo foi um presente de Vênus para a Terra. É uma planta capaz de se reproduzir sem polinização, uma vez que contém em si os dois poderes criadores, um poder propriamente semelhante ao do Senhor Cristo que contém dentro de Si o poder andrógino. Com relação a isso, é interessante notar que o trigo e a Cristandade acham-se intimamente relacionados, pois onde o trigo não crescer, a Cristandade não florescerá.
De acordo com a bela lenda grega, os deuses e deusas abandonaram um a um a humanidade após sua descida ao materialismo, até que apenas Astrea, a deusa da justiça, restou. As condições finalmente tornaram-se tais que ela também teve que sair por um tempo e recomeçar nos céus, onde foi transformada na constelação de Virgem. De lá, entretanto, ela continua a guiar e abençoar o mundo e a humanidade.
Virgem é o sexto signo, o significado numérico do seis entrando numa nova vida através do serviço. Na verdade, tem-se dito que “A Sabedoria Secreta está oculta no número. O número esconde o poder de Eloim”. E Virgem é um signo mental. É governado por Mercúrio, o planeta da razão, que encontra seu lugar de exaltação nesse signo. Ele dá a vivacidade mental que, em sua expressão inferior, inclina-se para o criticismo, mas, em seu aspecto mais elevado, torna-se construtivamente analítico.
O primeiro passo na conservação da força vital é pelo auto-controle. O segundo passo é a transmutação. A conservação é realizada pelo princípio da força de vontade masculina; a transmutação é obtida pela elevação do princípio do amor feminino. Esse trabalho está descrito no antigo símbolo da donzela ( Virgem ) fechando a boca de um leão ( Leo ).
Um nativo iluminado de Virgem responde à exaltação de Mercúrio neste signo, que transforma o conhecimento em sabedoria, pois sabedoria é conhecimento da alma. Virgem personifica o princípio feminino, sempre associado a sacrifício. Voluntariamente, ele se submete, como o pólo negativo da energia divina, a um ritmo vibratório inferior para que o princípio masculino, o pólo positivo, possa obter uma forma pela qual se manifeste. É esse princípio feminino que é sacrificado pelo bem do mundo, assim como na descida divina do Senhor Cristo, a Terra e seu povo poderão resgatar a luz perdida e alcançar a vida mais abundante.
Virgem é o signo da pureza e do serviço. Sua pureza engloba a do alimento que nutre o corpo e a que embeleza a vida. “Aquele que se humilhar será exaltado.”
A palavra-chave bíblica de Virgem é: “Aquele que quiser ser o maior de todos deve ser o servo de todos.” O serviço, simbolizado pelo grão dourado de trigo, preenche o tesouro espiritual do nativo de Virgem que os ladrões não podem arrombar e roubar.
Virgem é também o signo da cura, um poder que vem com uma vida pura e espiritualizada. É o signo da Mãe Terra ( Virgem é um signo de terra ) que protege e nutre seus filhos como o fez a Diana dos gregos. Todos os filhotes de animais vivem os primeiros meses sob a benéfica influência do aspecto materno de Virgem. No Cristianismo, entretanto, Virgem é, acima de tudo, o signo da Imaculada Concepção.
MEDITAÇÃO DE MT. ECCLESIA PARA O MÊS SOLAR DE VIRGO
Agosto 24 a Setembro 23
Regência: Planeta Mercúrio
Virgo diz:
SERVIÇO, fundamentado em PUREZA - RAZÃO - DISCERNIMENTO .
Esta é a clave para este mês Solar.
Divinos são os impulsos que nos chegam nesta época astrológica, porque seu propósito é preparar-nos para servir como Cristo, o Bom Pastor, que nos ensinou que somente quando o coração é puro e pleno de renúncia de si mesmo, se entrega às mais nobre das causas: servir desinteressadamente.
Quando possamos distinguir entre o verdadeiro e o falso, por meio da razão chegaremos realmente a ser amigos do Sublime Pastor.
"Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros por amor."
-São Paulo, Gál, 5:13
Mês Solar de VirgoAyram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-91086138545293834882020-02-01T16:29:00.000-03:002020-02-01T16:29:10.344-03:00Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline..LEÃO.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0LrMZDgiBKwTP6D5jhRvUx6BqO6PpWfBLNuVzuE2RVTiYIIrsSTlrjfv1y6uIN4swW2LmYkahvl3wpuDjnhNafS20QkyCfHCfbiGzxXWfygEVENOOimvaOI5rDgm7ssV1f6HZlMz2B-c/s1600/91+%25281%2529.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0LrMZDgiBKwTP6D5jhRvUx6BqO6PpWfBLNuVzuE2RVTiYIIrsSTlrjfv1y6uIN4swW2LmYkahvl3wpuDjnhNafS20QkyCfHCfbiGzxXWfygEVENOOimvaOI5rDgm7ssV1f6HZlMz2B-c/s320/91+%25281%2529.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE LEO
Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline
Um sábio antigo declarou que como é acima, é abaixo, e como é abaixo, é acima. Todos os Templos de Mistério verdadeiros que existem no plano físico são construídos em harmonia com o modelo zodiacal do céu. Naquele círculo de doze constelações, Câncer e Leo formam as duas colunas da entrada do Templo Cósmico. Correspondentemente, colunas simbólicas foram construídas na entrada de todos os Templos de Mistério. Todo candidato tem que passar entre elas no seu caminho para a iluminação. Esses dois pilares receberam muitos nomes através dos tempos e seu significado tem sido enfatizado na literatura de mistério de todas as nações. A elas se faz referência como representando os elementos água e fogo, ou indicando os dois metais preciosos, prata e ouro, ou ainda como símbolos de dois corpos celestes, a Lua e o Sol. Câncer tem sido chamado de mãe e Leo, de pai das almas.
Por entre essas colunas, o homem e a mulher da Nova Era terão que passar, de mãos dadas, em completa igualdade, para receberem a gloriosa herança que essa Era irá conceder a seus pioneiros. A Confraria Maçônica ainda tem que aprender que seus segredos mais profundos nunca serão compreendidos até que a Divindade Feminina tenha sido recolocada no seu estado de igualdade com a polaridade masculina oposta.
Os Antigos concebiam o signo de Leo como um alto sacerdote sentado numa carruagem, conduzindo duas esfinges, uma branca e outra preta. Um símbolo similar relaciona-se com Gêmeos, mas, nesse caso, as duas esfinges se ajoelham diante do alto sacerdote, significando que era sua tarefa escolher entre o caminho da luz e a senda da escuridão. Em Leo, a decisão já foi tomada. Tanto a natureza inferior quanto a superior já se acham sob controle.
As palavras-chave de Leo são autoridade, domínio e triunfo. Um dos símbolos de Leo é uma espada, signo de conquista e vitória. Que essa espada também representa o poder criativo no interior de um indivíduo é mostrado em várias histórias da Bíblia. Em Gênesis, por exemplo, encontra-se a descrição da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden por eles terem comido do fruto proibido da Árvore do Conhecimento do bem e do mal. Em conseqüência de seu pecado, os Querubins montam guarda diante do portão, brandindo uma espada flamejante para impedir que o homem, por meio do acesso à Árvore da Vida, possa adquirir os segredos do corpo etéreo e aprender, desse modo, a imortalizar sua imperfeita forma física.
Esses mesmos Seres Celestiais eram representados de pé diante do Templo de Salomão, mas uma flor inteiramente desabrochada substituiu a espada. Aqui, numa simbologia primorosa, está retratada a conquista de um Alto Iniciado, cujo corpo está misticamente descrito como um jardim florido. Nesse jardim, os dois principais centros de flores são o coração, a estrela diurna do corpo, e a glândula pituitária, o mais elevado dos dois centros espiritualizados da cabeça. É através desses centros de flores, quando totalmente despertados, que as poderosas forças de fogo de Leo agem sobre todo o corpo.
Na vida de Cristo, Sua Entrada Triunfal está relacionada às radiações magnificentes de Leo. O Espírito de Cristo estava, nessa ocasião, carregado magneticamente com a glória radiante do Pai, que havia sido conferida sobre ele, uma vez que o Sol estava transitando pelo signo majestoso dos céus. Isso, instintivamente, suscitou, da multidão, hosanas que acompanharam a Sua entrada.
Essa cena triunfal foi o começo dos acontecimentos culminantes no ministério terreno de Cristo, seguido por Sua assunção da regência deste planeta para a redenção do mundo. Isso também exemplifica a procissão festiva de um bem sucedido candidato entrando num Templo de Luz Iniciatório. Foi quando ele ouviu o canto angelical dos céus: “ Abençoado é o que vem em nome do Senhor (lei)”, isto é, aquele que caminha na luz espiritual e no amor.
A ciência materialista reconhece o Sol apenas em seu aspecto físico. A ciência esotérica reconhece duas esferas solares adicionais ou corpos espirituais interpenetrados. O primeiro desses é o veículo do Logo Solar que conhecemos como o Cristo Cósmico; o outro, de freqüência vibratória ainda mais elevada, é o corpo celestial do Pai do nosso sistema solar.
A humanidade comum responde principalmente à influência do Sol físico, cujas emanações são correlacionadas a Jeová e às religiões de raça desenvolvidas sob sua influência. Foi durante o regime de Jeová que os Mistérios Menores foram inaugurados pelos Senhores de Mercúrio. Com a vinda de Cristo, foi instituída uma nova era, sob a qual o homem não olharia mais para a lei externa a ele, mas para a lei em seu interior, pois o propósito principal da vida para o homem é despertar sua divindade latente, o Cristo interno. Sob a influência de Mercúrio, foram inaugurados os primeiros Mistérios. Cristo veio trazendo os quatro Mistérios Maiores, cujo esboço é dado nos quatro Evangelhos do Novo Testamento. Netuno, o planeta da divindade e da Iniciação, dá à humanidade a ajuda necessária para a compreensão desses Mistérios Maiores que guardam as verdades mais elevadas que podemos entender nesse momento. Mais tarde, a Religião do Pai virá. Quando os pioneiros se qualificarem para a iluminação mais elevada inerente àquela religião, o planeta espiritual Vulcano emergirá para a percepção do homem, fato esse decorrente da lei que estabelece que, na seqüência do tempo, eventos exteriores se seguem aos ocorridos nos planos internos. Isso vai significar a revelação da glória e do poder muito além da capacidade atual da mente humana de compreender ou da linguagem humana de descrever.
MEDITAÇÃO PARA O MÊS SOLAR DE LEO
Julho 23 a Agosto 24
Regência: Sol
Este mês nos acerca ao próprio Coração do Universo, e, assim como nossos corpos sentem o calor ou o frio dos Raios do Sol físico, nossos corações sentem as irradiações de Amor que vêm do Sol Espiritual, porque o coração é o lar do Amor.
Estas são as vibrações astrológicas de que o Signo de Leo é depositário, para penetrar toda a humanidade e tudo o que vive sobre a Terra.
O Sol Espiritual neste mês nos diz:
VALOR - que tenhamos valor em nossas convicções;
FORÇA - que tenhamos a força nascida de um caráter nobre;
GENEROSIDADE - que a pratiquemos mas nascida do desinteresse;
LEALDADE - que sejamos leais a tudo que é nobre e verdadeiro.
Tais virtudes formam os degraus da Escola da Vida pelos quais subimos, à semelhança do Cristo Senhor, partilhando com os demais as bênçãos que recebemos.
"Não julgueis segundo as aparências, mas julgai segundo a reta justiça".
São João, 7:24
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-56709890540052264922020-02-01T16:22:00.001-03:002020-02-01T16:22:13.810-03:00CANCER.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMTUkU3i5kHuAIr_NbFgQNkDWlp5Y4h42cHQMN6O0rJ5hZYE_6skeQ95xUcHiu0CoQkCQKvBlXTC6U2RtYCWfvv4Fe5I_DhK1QafmCfBkeg1q0_FHqNhgiWKIb7oHTidVYJLFUJVSuUig/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMTUkU3i5kHuAIr_NbFgQNkDWlp5Y4h42cHQMN6O0rJ5hZYE_6skeQ95xUcHiu0CoQkCQKvBlXTC6U2RtYCWfvv4Fe5I_DhK1QafmCfBkeg1q0_FHqNhgiWKIb7oHTidVYJLFUJVSuUig/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE CANCER
(Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline)
Câncer é o signo mais profundamente místico, o principal signo feminino. A Lua, regente de Câncer, é o local de exaltação de Júpiter e Netuno, e sua nota-chave é fecundidade. Nas águas cósmicas de Câncer, acham-se os germes que animam toda forma terrena pertencente aos diversos reinos da natureza. Câncer também governa o lar e a família, e suas qualidades tendem a desenvolver atributos de caráter que possibilitam aos pais comandarem amorosa e harmoniosamente seus familiares.
O misticismo de Câncer deriva, em parte, de Júpiter, o planeta de expansiva compaixão e generosidade, porém, mais ainda de Netuno, a mais elevada oitava de Mercúrio e o planeta da divindade. O Solstício de Verão no hemisfério norte ( Inverno no hemisfério sul) ocorre quando o Sol entra nesse signo e a estrela fixa Sírius, azul-brilhante-esbranquiçada, derrama sua influência espiritual em grande quantidade sobre a Terra. Como signo da mãe cósmica, Câncer é o portal por meio do qual os egos humanos vêm para renascer.
Através da influência de Júpiter, as artes criativas são especialmente inspiradas nessa estação, enquanto que Netuno faz desse período o mais propício para as almas iluminadas passarem pelos portões da luz para o mundo interno e lá experimentarem a vida imortal. Um dos três princípios do ser tríplice do homem é governado pela Lua, por Júpiter ou Netuno. Em suas correlações, a Lua está relacionada com seu corpo físico, Júpiter com sua alma e Netuno com seu espírito.
A humanidade em geral responde a Jeová através da influência do Sol físico. Os Iniciados nos Mistérios Menores respondem através da influência do Sol espiritual, o corpo do Cristo Cósmico. Os Iniciados nos Mistérios Maiores respondem através da influência de Vulcano, que corresponde ao corpo solar do Pai. Os astrônomos ainda não descobriram o planeta Vulcano. Ele irá, porém, tornar-se conhecido para o mundo através do resultado de observações científicas, quando bastantes indivíduos tiverem se tornado suficientemente sensíveis para receber suas vibrações. Essa foi a condição sob a qual os planetas Urano, Netuno e Plutão começaram a ter assentamento nos veículos superiores do homem.
Os antigos representavam Câncer pela figura de uma mulher com a Lua sob seus pés e a coroa de doze estrelas na cabeça. Esse símbolo foi também usado por São João na Revelação para representar a triunfal restauração do princípio feminino caído, a Eva do Gênesis, para seu divino estado original. Essa exaltada figura feminina simbólica do grande Iniciado da Hierarquia de Câncer é conhecida como Querubim. Um dos maiores Iniciados dessa Hierarquia é a Mãe Cósmica do universo, ao qual pertence este planeta Terra.
A Lua como regente de Câncer significa geração; Netuno exaltado em Câncer significa regeneração. A transmutação da geração em regeneração é o novo nascimento sobre o qual Cristo falou a Nicodemus quando ele foi ao Mestre “durante a noite” . A nota-chave bíblica de Câncer é encontrada nestas palavras de Cristo: “ Enquanto o homem não nascer novamente, ele não verá o Reino de Deus... Enquanto o homem não nascer da água ( Lua em Câncer) e do espírito ( Júpiter em Câncer), ele não poderá entrar no Reino de Deus ( Netuno em Câncer)”. Este é um dos mais explícitos ensinamentos da Iniciação dada por Cristo durante Seus três anos de ministério. Todo homem conhece o nascimento natural sob a Lua em Câncer, mas poucos há que aprenderam a percorrer o “estreito e apertado caminho” da renúncia da carne e dedicação ao espírito implícito na exaltação de Júpiter e Netuno em Câncer. Porém, esta é a única e verdadeira chave à elevação da consciência, pela qual o homem é levantado do nascimento natural ou “de água” para a divina expiação do nascimento “de fogo” em espírito.
Cancer por Johfra-Bosschart
MEDITAÇÃO DE MT. ECCLESIA PARA O MÊS SOLAR DE CÂNCER
Junho 22 a Julho 23
Regência : Lua é
Durante este mês estamos sob a influência da Mãe Cósmica - o Signo de Câncer - e se nos fizermos acessíveis a suas correntes, mais fácil e perfeitamente aprenderemos as lições que ela nos ensina.
Ela desejaria que em nossas mentes IMAGINÁSSEMOS as coisas de modo claro e preciso. Ajuda-nos, também , ela , a desenvolver a faculdade da INTUIÇÃO - o comando que recebemos através do coração.
Por meio da intuição conhecemos a unidade de toda a vida e, com este conhecimento, surge a SIMPATIA. O Amor faz dessa simpatia um sentimento tão grande e nobre que se estende muito além dos limites do lar individual, abrangendo o mundo inteiro que, em realidade, nada mais é que uma grande e única família de todos os filhos de DEUS em sua escola de experiência.
As palavras-clave para este mês são:
IMAGINAÇÃO - INTUIÇÃO - SIMPATIA
"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei a vós".
São João, 13:34
HINO DE CANCER
SIGNO DE CANCER: MÃE CÓSMICAAyram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-23137020403959395982020-02-01T16:17:00.000-03:002020-02-01T16:17:06.860-03:00GEMINI.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHuEYaOe7iCvzWE2dNr68Y3tEZM00uuCSfeb1mm_p01zK5nbwWOU-o013Y1CtG2SZA8jS053jLFvxkbfiO_6ABIuNA4tbER7scFSjNGAkENOh0GOqP3cS-pxS-4FH9zS9wnx0ivyKYc-I/s1600/91+%25281%2529.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHuEYaOe7iCvzWE2dNr68Y3tEZM00uuCSfeb1mm_p01zK5nbwWOU-o013Y1CtG2SZA8jS053jLFvxkbfiO_6ABIuNA4tbER7scFSjNGAkENOh0GOqP3cS-pxS-4FH9zS9wnx0ivyKYc-I/s320/91+%25281%2529.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
MEDITAÇÃO ESPIRITUAL DE GEMEOS
(Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline)
Este é o signo dos gêmeos. No plano material, isso significa dualidade; no plano espiritual, polaridade. Os Antigos designavam a Gêmeos duas estrelas brilhantes: Castor e Pólux. Eles ensinaram que Mercúrio, regente de Gêmeos, outorga imortalidade sobre essas duas estrelas em dias alternados, sugerindo assim, sutilmente, a natureza dual do signo. Sob a influência de Gêmeos, o homem facilmente oscila de um modo ou de outro: do material para o espiritual, do pessoal para o impessoal.
A nota-chave de Gêmeos é a versatilidade. Seus nativos estão caracterizados pela habilidade de fazer bem muitas coisas. Os nativos de Gêmeos freqüentemente se empenham em escrever e falar sobre assuntos espirituais e, algumas vezes, tornam-se pessoas que curam espiritualmente.
Gêmeos é um signo mental, e a mente pode conduzir tanto na direção da escuridão ou da luz. São Paulo bem compreendeu isso quando fez o ponto focal de seus ensinamentos o ideal de que “Cristo se forme em você”. Até a mente se cristianizar, acha-se cheia de grandes perigos. Para novamente citar São Paulo: “A mente carnal é antagônica a Deus”.
O antigo hieróglifo de Gêmeos era a figura de um alto sacerdote num trono. Duas esfinges, uma branca e outra preta, estavam ajoelhadas a seus pés, um outro símbolo retratando a dualidade do signo de Gêmeos.
De acordo com a natureza de Gêmeos, aqueles predominantemente sob sua influência freqüentemente enfrentam a necessidade de escolher uma ou duas coisas ou caminhos; daí ser essencial para eles cultivarem seus poderes de discriminação, poderes enfatizados em Virgem, também regido por Mercúrio, como especialmente importantes. Eles têm que cultivar estabilidade e fixação de propósitos porque são facilmente influenciáveis. O nativo de Gêmeos precisa de muito tempo para concentração e meditação sob a afirmação “Aquiete-se, e saiba que eu sou Deus”.
Rafael é o embaixador angélico de Mercúrio na Terra, o guardião e o diretor de todos os movimentos de cura no mundo. Rafael também governa os mais elevados ensinamentos do Templo, sendo o mais importante o poder de cura da mente. Esse princípio encontrou ampla aceitação e prática nesses tempos modernos.
Uma bela lenda diz que, ao fim de cada dia, o Anjo Sandalphon recolhe todas as orações de ajuda e de cura que vieram da Terra e as coloca diante do Trono de Deus onde, em terna bendição, elas são transformadas em um glorioso arranjo de perfumadas flores. Essa lenda recebeu de Longfellow bela expressão nas seguintes linhas.:
E ele reuniu as orações onde se encontrava,
Que transformaram-se em flores em suas mãos,
Em guirlandas de vermelho e púrpura;
E sob o grande arco do portal,
Através das ruas da Cidade Imortal,
Foi espalhada a fragrância que delas emanava.
O mesmo pensamento aplica-se a Rafael, o Anjo da Cura, que, por sua proximidade à nossa raça, tem sido chamado de “o amigo do homem”.
Rafael, o embaixador de Mercúrio, exemplifica em seu próprio ser os Senhores de Mercúrio que agora acham-se desempenhando um papel incrivelmente ativo no trabalho de iniciação da humanidade. Ele governa os Mistérios, o trabalho inicial da raça humana para a parte remanescente do Período Terrestre. Os Mensageiros de Mercúrio servem a todos aqueles que estão aspirando à Iniciação e, de acordo com Max Heindel, eles receberão sempre mais ajuda com o passar do tempo. Muitas pessoas sensitivas estão percebendo a presença deles, pois os Mercurianos pertencem à nossa onda de vida que originalmente tinham seu lar no Sol. Eles são, entretanto, muito mais adiantados que a humanidade terrestre e Rafael é o protótipo deles diante do Trono de Deus.
Gemeos por Johfra-Bosschart
MEDITAÇÃO DE MT. ECCLESIA PARA O MÊS SOLAR DE GEMINI
Maio 22 a Junho 22
Regência: Planeta Mercúrio á
Em DEUS vivemos, nos movemos e temos nosso ser.
As radiações que vêm a nós neste mês, enquanto o Sol passa pelo Signo Zodiacal de Gemini, nos inspiram e nos animam a esperar e escutar a Verdade de DEUS, que preenche todo o Universo para que conheçamos e compreendamos, e ao fim cheguemos a ser perfeitos , como ELE é Perfeito.
Que tenhamos abertas as janelas do Espírito e da Mente; que nenhuma dúvida, temor, ânsia nem preocupação ofuscante nos deslumbre, para que a Verdade nos torne livres de toda condição adversa.
As claves de meditação para este mês Solar são:
RAZÃO - ADAPTABILIDADE - CONCÓRDIA - DISPOSIÇÃO
para que estabeleçamos e mantenhamos aquele equilíbrio mental que nos permita desenvolver o poder da lógica e adaptar-nos às sempre flutuantes condições do progresso evolutivo, e equilibrar as incursões de nossa energia vital.
"Antes, como está escrito: Coisas que o olho não viu, nem ouvido escutou, nem subiu ao coração do homem, são as que DEUS preparou para aqueles que O amam."
São Paulo, I Cor., 2:9
Hino de Gêmeos
PROCURANDO A VERDADEAyram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-55314945424499243782020-02-01T15:55:00.001-03:002020-02-01T16:22:50.636-03:00Meditando com os Signos por Corinne Heline.AIRES.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBFwVAKLifJ1brtBq95UK6z6Hl_2Yxw-5KnL6gIcbilfECOvAlSy6dxpECG2VZUoxR_vFZapkcIOofCySA01_oZOW_7WnvdIw00LykjXMFm82m_7KRxDGN2blx016-KGKtSD3gfIoVZWw/s1600/0_88705_cff1c083_L.jpg.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBFwVAKLifJ1brtBq95UK6z6Hl_2Yxw-5KnL6gIcbilfECOvAlSy6dxpECG2VZUoxR_vFZapkcIOofCySA01_oZOW_7WnvdIw00LykjXMFm82m_7KRxDGN2blx016-KGKtSD3gfIoVZWw/s320/0_88705_cff1c083_L.jpg.png" width="320" height="126" data-original-width="350" data-original-height="138" /></a></div>
Meditando com os Signos
por Corinne Heline
Em cada período astrológico estabelecido por um mês solar, os impulsos divinos provenientes de cada uma das Hierarquias Criadoras nos chegam, através dos Astros Regentes, como ajuda para que possamos desenvolver as forças da Alma. Cada um desses períodos, portanto, nos ensina a lição correspondente aos valores que cada Hierarquia Criadora, por Amor, deseja fazer chegar até nós. Outrossim, associadas a cada mês solar, encontramos as palavras-clave sobre as quais deveremos meditar de forma a conseguirmos a correspondente realização espiritual. Que o proveito que cada irmão tire de suas meditações seja o maior possível, em especial das que realizar durante as noites de Harmonias Planetárias, quando, no mês solar correspondente, mais intensos e vibrantes estarão aqueles impulsos.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDcf4_yVIeJt_1gKmgsLPYUnwlAwAnDhPqSbI7-QnkXbQME1dlml3kqpthZD-WHfRCG_oJYIe23qYL041vIrdjSTgUr4DJYyBFWsZZBlwV6pKhyphenhyphenLWrPBXjoN-XVaxIsKw7eiKIp5FOIK0/s1600/%25C3%25ADndice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDcf4_yVIeJt_1gKmgsLPYUnwlAwAnDhPqSbI7-QnkXbQME1dlml3kqpthZD-WHfRCG_oJYIe23qYL041vIrdjSTgUr4DJYyBFWsZZBlwV6pKhyphenhyphenLWrPBXjoN-XVaxIsKw7eiKIp5FOIK0/s320/%25C3%25ADndice.jpg" width="320" height="199" data-original-width="285" data-original-height="177" /></a></div>
( Do livro “Interpretação da Bíblia para a Nova Era” de Corinne Heline )
Como Áries é o primeiro signo de Zodíaco, ele é o local de novos começos. Nos ciclos anuais das passagens do Sol pelos doze signos, ele anuncia o início do ano espiritual. Ele tem sido assim visto mesmo nas nações em que o ano civil se inicia em outros signos do Zodíaco. Moisés indicou o mês de Abib (março-abril) como o começo do ano (Ex 13:4), por ser o mês da germinação do trigo e do milho. Uma ordem também foi dada a Moisés de que a imolação do cordeiro pascal deveria ocorrer quando a Lua Nova estivesse em Áries. No tempo da Páscoa original, o Sol achava-se próximo da estrela El Natik, que significava perfurado, ferido, imolado. A Lua Cheia estava então próxima à estrela Al Sheraton, que também significa machucado ou ferido. Como a Páscoa antecedeu a crucificação de Jesus Cristo, então os Céus proclamam a vinda de grandes acontecimentos para o destino da humanidade.
As palavras chave para Áries são pureza e sacrifício, e o símbolo de Áries é um cordeiro ou carneiro. Uma vez que foi sob a égide de Áries que o Senhor Cristo veio à Terra, ele é conhecido como o Bom Pastor. Uma representação pictórica bem conhecida mostra o Senhor carregando um cordeiro nos braços.
Durante os primeiros anos da era Cristã, como tem sido dito, o símbolo mais usado não foi o do Cristo crucificado, mas a cruz com um cordeiro repousando em sua base. Não foi senão pelo quarto século de nossa era que o cordeiro foi substituído por uma figura humana pregada na cruz.
Há duas cartas do Tarô que representam Áries, uma é a do Bufão e outra a do Alto Sacerdote. O primeiro representa um jovem com uma sacola sobre os ombros e uma rosa aberta na mão. Ele caminha para frente, destemido e ousado, para enfrentar os desafios da vida. É chamado de bufão porque ainda não iniciou sua busca e ninguém verdadeiramente compreende a vida enquanto não entrar no Caminho da Santidade. A outra carta mostra um Alto Sacerdote sentado em um trono, com um halo de luz dourada sobre a sua cabeça. Com ele, estão duas das mais sagradas relíquias, o santo cálice e a sagrada lança. Em sua mão direita, segura o cálice cheio das paixões humanas. Sobre este, colocou sua mão esquerda, indicando que ele obteve domínio sobre os elementos de sua natureza inferior. Essa figura retrata com detalhes a mais elevada expressão de Áries: autocontrole. As palavras do sábio Rei Salomão carregam a nota chave bíblica dessa conquista: “aquele que demora a se zangar é melhor que aquele que é poderoso e aquele que governa seu espírito é melhor que o que toma uma cidade!” Em um estágio mais elevado, o seguinte texto da Revelação se aplica: “Veja, eu faço novas todas as coisas.”
Richard Wagner, o Iniciado músico, fundamentou sua magnífica peça espiritual sobre Parsifal, na verdade oculta na simbologia dessas duas cartas do Tarot. Parsifal, o verdadeiro tolo, entra casualmente, como assim o foi, nas terras do Castelo do Graal. Involuntariamente, mata um cisne que flutuava nas águas do lago de cura. Através de seu sofrimento e contrição pela má ação cometida, sua alma desperta e ele entra no Caminho da Busca. Ele agora precisa sair pelo mundo para ser tentado para provar sua força, sua coragem e sua perseverança. Wagner disse que o tema de Parsifal era para ser enquadrado no tema “ forte é o poder do desejo, mas mais forte ainda é o poder anímico ganho através da resistência”. No fim, Parsifal retorna para tornar-se o Alto Sacerdote do Salvat ou Rei dos Cavaleiros do Graal. Usando o traje branco de Mestre e carregando a lança sagrada, ele entra no Templo do Graal para curar o ferimento de Amfortas. Depois disso feito, ele torna-se o instrutor dos Cavaleiros do Graal e o guardião fiel do Cálice Sagrado.
O que proporciona a transformação do tolo em Alto Sacerdote? O que transmuta um homem mortal em um que demonstra divindade? É o despertar do grande princípio do EU SOU dentro de si mesmo. É a Ressurreição de seu próprio Espírito Crístico. Esse é o tema do antigo cântico do Templo que ecoa o mais elevado conceito da ressurreição:
Antes de todos os mundos, Eu fui!
Através de todos os mundos, Eu sou!
Quando todos os mundos forem apenas lembranças, Eu serei!
Na época da Páscoa, quando o Sol ascende do hemisfério sul para o norte, as forças de Cristo passam dos reinos físicos para os espirituais. O corpo da Terra é como o corpo do homem. É interpenetrado pelos veículos mais sutis que se estendem para muito além do corpo físico do planeta.
Repetindo, durante os seis meses do ano em que o Sol passa pelos seis signos abaixo do Equador e, pelos seis meses seguintes, quando passa pelos seis signos acima do Equador, a força de Cristo interpenetra os mais elevados reinos espirituais da Terra. Esses reinos são o lar da chamada morte, a região onde eles prosseguem com suas atividades normais por um tempo num ambiente de encantadora beleza e radiância. É aí que os Anjos e Arcanjos conduzem seus vários ministérios para os habitantes do planeta e sua descendência.
Quando o Sol entra em Áries, ele aponta para a Ressurreição gloriosa, iniciando a estação da transmutação do ano. Então as águas brancas de Peixes se fundem com o fogo vermelho de Áries, uma combinação que se manifesta na exuberância de flores e canções da primavera. É também, para o homem, a estação de transmutação, a época mais propícia para ele arremessar longe a pedra de sua vida passada e aflorar no poder total de uma consciência ressuscitada. Assim como a natureza troca a melancolia do sono do inverno pelo resplendor da primavera, e o Cristo transcende a agonia do Gólgota pela exaltação da alvorada da Ressurreição, do mesmo modo o discípulo que fervorosa e persistentemente acompanhou o Cristo no íngreme e estreito caminho tem a sua própria ressurreição nos recém despertados poderes de Cristo dentro de si mesmo.
Essa é a ocasião em que uma transformação surpreendente pode ocorrer dentro de seu corpo templo. Uma nova força emana do líquido branco de seus nervos e se une com uma nova essência nas correntes vermelhas de seu sangue, uma fusão que produz a luz dourada que infunde e envolve o corpo de um Iluminado. São João se referia a essa transformação quando escreveu que algum dia iremos andar na Luz como Ele está na Luz. Vermelho e branco são as cores de Áries e são também as cores da transmutação tanto na Natureza como no homem.
MEDITAÇÃO DE MT. ECCLESIA PARA O MÊS SOLAR DE ÁRIES
Março 20 a Abril 21 Regência: Marte
Nesta época do ano uma nova vida, um aumento de energia, surge com força irresistível em todos os seres vivos, que os inspira e neles infunde uma nova vitalidade, impelindo-os a novas atividades, mediante as quais aprendem novas lições na Escola da experiência.
O Espírito Solar, Cristo, permaneceu em nossa Terra desde o Natal, irradiando a todo ser vivo a Sua Luz, Sua Vida e Seu Amor, que são Seus dons para o mundo.
Na Páscoa Ele volta ao Pai para descansar e absorver nova Vida, que nos trará no próximo Natal.
Que usemos Seus dons para desenvolver nossas possibilidades espirituais, construir corações nobres e corpos sadios - como os utilizam as plantas para crescer em belas formas e delicado aroma.
A clave de Áries é : INICIATIVA - VALOR - AÇÃO RETA.
Façamos bom uso desta Força!
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-50210742951773465872019-12-25T16:38:00.000-03:002019-12-25T16:38:30.368-03:00O Cristo Recém-Nascido.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipsIFJtGrK744LUBkK7RPe6stmgGZmSY7ODa6UzvtbBTtM8Hc7RqhP3_6BHH3wkVtIgwUHgoBPWAiQLUyU7-YGrgRV_D7nqmMHRuFc5YanHIiiZ2px6dFXQrAb8n1raIFm7UKJLwpvZXM/s1600/5dbb8dfb.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipsIFJtGrK744LUBkK7RPe6stmgGZmSY7ODa6UzvtbBTtM8Hc7RqhP3_6BHH3wkVtIgwUHgoBPWAiQLUyU7-YGrgRV_D7nqmMHRuFc5YanHIiiZ2px6dFXQrAb8n1raIFm7UKJLwpvZXM/s320/5dbb8dfb.gif" width="320" height="53" data-original-width="600" data-original-height="100" /></a></div>
Temos repetido com freqüência em nossa literatura, que o sacrifício de Cristo não foi um acontecimento que teve lugar no Gólgota, nem foi consumado de uma vez por todas em poucas horas, mas que os nascimentos e mortes místicas do Redentor são contínuas ocorrências cósmicas. Concluímos que esse sacrifício é necessário à nossa evolução física e espiritual durante a presente fase do nosso desenvolvimento. Como se aproxima a época do nascimento anual de Cristo, mais uma vez é-nos apresentado um tema para meditação, um tema que nunca envelhece e é sempre novo. Podemos tirar muito proveito refletindo sobre ele e dedicando-lhe uma oração, para que faça nascer em nossos corações uma nova luz que nos guie no caminho da regeneração.
O apóstolo deu-nos uma maravilhosa definição da Divindade quando disse: "Deus é Luz", pelo que a "Luz" tem sido usada para ilustrar a natureza do Divino nos Ensinamentos Rosacruzes, especialmente o mistério da Trindade na Unidade. As Sagradas Escrituras de todos os tempos ensinam claramente que Deus é uno e indivisível. Ao mesmo tempo verificamos que, do mesmo modo que a luz branca una refrata-se nas três cores primárias - vermelho, amarelo e azul - Deus também revela-Se em papel tríplice durante a manifestação pelo exercício de três funções divinas: criação, preservação e dissolução.
Quando Ele exercita o atributo criação, Deus revela-se como Jeová, o Espírito Santo, Ele é o Senhor da lei e da geração, projetando a fertilidade solar indiferentemente através dos satélites lunares de todo planeta em que seja necessário fornecer corpos para seus seres evoluintes.
Quando Ele exercita o atributo preservação, com o propósito de sustentar os corpos gerados por Jeová sob as leis da Natureza, Deus, revela-se como Redentor, Cristo, e irradia os princípios de amor e regeneração diretamente a todo planeta, onde as criaturas de Jeová requeiram essa ajuda para libertarem-se das malhas da morte e do egoísmo, e alcançarem o altruísmo e a vida infinita.
Quando do exercício do divino atributo dissolução, Deus aparece como o Pai. Chama-nos de volta ao lar celestial para assimilarmos os fruto das experiências e do crescimento anímico que acumulamos durante o dia de manifestação. Este Solvente Universal, o raio do Pai, emana então do Invisível Sol Espiritual.
Esses processos divinos de criação e nascimento, preservação e vida, dissolução, morte e retorno ao autor de nosso ser, nós os vemos em toda parte, em tudo o que nos cerca. Então, reconhecemos o fato de que são atividades do Deus Trino em manifestação. Porventura já nos demos conta de que no mundo espiritual não existem acontecimentos definidos, nem condições estáticas; que o começo e o fim de todas as aventuras, de todas as eras estão presentes no eterno "tempo" e "espaço"? Gradativamente, tudo se cristaliza e torna-se inerte, precisando dissolver-se para dar lugar a outras coisas e outros eventos.
Não há como escapar dessa lei cósmica, que se aplica a tudo no reino do "tempo" e do "espaço", inclusive ao raio Crístico. Como o lago que se derrama no oceano volta a encher-se quando a água que o abandonou evapora-se e a ele retorna em forma de chuva, para tornar novamente a correr incessantemente em direção ao oceano, assim o Espírito do Amor que nasce eternamente do Pai derrama-se incessantemente, dia após dia, hora após hora, no universo solar para libertar-nos do mundo material que nos prende em seus grilhões mortais. Portanto, onda após onda partem do Sol em direção a todos os planetas, o que proporciona um impulso rítmico às criaturas que neles evoluem.
No sentido mais verdadeiro e literal, é um Cristo recém-nascido que saudamos em cada festa natalina, e o Natal é o mais importante acontecimento anual para a humanidade, quer tenhamos consciência disso ou não. Não se trata meramente de comemorar o aniversário de nascimento do nosso amado Irmão Maior, Jesus, mas sim da chegada da rejuvenescente vida-amor do nosso Pai Celestial, por Ele enviada para libertar o mundo do glacial abraço da morte. Sem esta nova infusão de vida e energia divinas, logo pereceríamos fisicamente, frustando o nosso progresso no que tange às atuais linhas de desenvolvimento. Precisamos esforçar-nos por compreender muito bem este ponto, a fim de que possamos aprender a apreciar o Natal da maneira mais profunda possível.
A este respeito, como em muitos outros, podemos aprender uma lição observando nossos filhos ou recordando a nossa própria infância. Como eram fortes nossas expectativas à aproximação dos festejos natalinos! Como ansiosamente esperávamos pela hora de receber os presentes que pensávamos serem deixados pelo Papai Noel, o misterioso benfeitor universal que distribuía os brinquedos! Como nos sentiremos se nossos pais nos dessem apenas as bonecas estragadas e os tamborzinhos já gastos do ano passado? A sensação seria certamente de infelicidade total, além de uma profunda quebra de confiança em tudo, sentimentos que os pais achariam cada vez mais difícil restaurar. Isso nada seria, comparado à calamidade cósmica que se abateria sobre a humanidade, se o nosso Pai Celestial deixasse de enviar como Presente Cósmico de Natal, o Cristo recém-nascido.
O Cristo do ano anterior não nos pode livrar da fome física, como as chuvas daquele ano não podem agora encharcar o solo e desenvolver os milhões de sementes que dormitam na terra, à espera de que as atividades germinadoras da vida do Pai as façam crescer. Assim como o calor do último verão já não nos pode aquecer, o Cristo do ano passado não pode acender de novo em nossos corações as aspirações espirituais que nos impelem para cima em busca de algo mais. O Cristo do ano passado deu-nos seu amor e sua vida sem restrições ou medidas. Quando Ele renasceu na Terra no Natal anterior, Ele impregnou de vida as sementes adormecidas, que cresceram e muito gratamente encheram os nossos celeiros com o pão da vida física. O amor que o Pai Lhe deu, Ele o derramou profusamente sobre nós, e do mesmo modo que a água do rio volta para o céu pela evaporação, assim também Ele eleva-se outra vez ao seio do Pai, após esgotar toda a sua vida e morrer na Páscoa.
Mas, o amor divino jorra infinitamente. Como um pai apieda-se de seus filhos, assim também nosso Pai Celeste compadece-se de nós, pois Ele conhece a nossa fragilidade e dependências física e espiritual. Por conseguinte, esperamos mais uma vez, confiantemente, o nascimento místico do Cristo que virá com renovada vida e renovado amor. O Pai no-Lo envia acudindo à fome física e espiritual que sofreríamos se não tivéssemos d’Ele essa amorosa oferenda anual.
As almas jovens, via de regra, acham difícil separar em suas mentes as personalidades de Deus, de Cristo e do Espírito Santo, de modo que algumas podem amar apenas a Jesus, o homem. Esquecem Cristo, o Grande Espírito, que introduziu uma nova era na qual as nações estabelecidas sob o regime de Jeová serão destroçadas, a fim de que a sublime estrutura da Fraternidade Universal possa ser edificada sobre as suas ruínas. No devido tempo, o mundo inteiro saberá que "Deus" é espírito, para ser adorado em "espírito e em verdade". É bom que amemos Jesus e O imitemos; desconhecemos ideal mais nobre e alguém mais digno. Se pudesse ter sido encontrado alguém mais nobre, não teria sido Ele o escolhido para ser o veículo do Grande Unigênito, Cristo, em que reside a Divindade. Fazemos bem em seguir "Seus passos".
Ao mesmo tempo devemos exaltar Deus em nossas próprias consciências, aceitando a afirmação bíblica de que Ele é espírito e que não podemos tentar representar a Sua imagem, nem retratá-Lo, pois Ele a nada se assemelha, quer nos céus quer na Terra. Podemos ver os veículos de Jeová circulando como satélites em volta de diversos planetas. Também podemos ver o Sol, que é o veículo visível de Cristo. Mas o Sol Invisível, que é o veículo do Pai e fonte de tudo, este só pode ser visto pelos maiores clarividentes e apenas como a oitava superior da fotosfera do Sol, revelando-se como um anel de luminosidade azul-violeta por trás do Sol. Mas nós não precisamos vê-Lo. Podemos sentir Seu amor e essa sensação nunca é tão grande como na época do Natal, quando Ele nos está dando o maior de todos os presentes: o Cristo do novo ano.Max Heindel.
FIMAyram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-48315532092475298942019-12-25T16:34:00.000-03:002019-12-25T16:34:34.581-03:00A Missão de Cristo e o Festival das Fadas .<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNF-otX__8AfVPoFom5BEQLkv57DtwDfxtgrCFF53LeVXoVcCaNXN2Pi2fIziP6D87N_hUZ7ng06blUtivat5hbuC5e5VP8IfW1A_jOWBLhHP4Fwfqx9eLx25Uk5RXc8kAzvQAyBJG0vI/s1600/3.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNF-otX__8AfVPoFom5BEQLkv57DtwDfxtgrCFF53LeVXoVcCaNXN2Pi2fIziP6D87N_hUZ7ng06blUtivat5hbuC5e5VP8IfW1A_jOWBLhHP4Fwfqx9eLx25Uk5RXc8kAzvQAyBJG0vI/s320/3.gif" width="320" height="71" data-original-width="275" data-original-height="61" /></a></div>
Sempre que nos defrontamos com um dos mistérios da natureza que não compreendemos, simplesmente acrescentamos um novo termo ao nosso vocabulário, uma espécie de truque para ocultar a nossa ignorância a respeito do assunto. O exemplo temos em relação a palavra "ampére" que utilizamos para medir o volume da corrente elétrica e a voltagem que empregamos para medir a força da corrente, e o "ohm" que empregamos para assinalar o grau de resistência que um dado condutor oferece à passagem da corrente. Dessa maneira, depois de muito estudar a respeito de termos e figuras, as mentes mestras da ciência elétrica tentam persuadir-se e aos demais que compreenderam e penetraram no mistério dessa força ilusória que desempenha um papel tão importante no trabalho do mundo. Mas, depois de tudo dito, esses homens iminentes admitem que as mais brilhantes luzes da ciência elétrica não conhecem senão um pouquinho mais do que uma criança da escola primária quando começa a experiência com pilhas e baterias.
O mesmo se passa com as outras ciências. Os anatomistas não podem distinguir o embrião de um cão do de um ser humano durante um longo período, e enquanto o fisiologista discorre com autoridade sobre o metabolismo, não pode deixar de admitir que as experiências de laboratório, pelas quais se esforça para imitar nosso processo digestivo, devem ser e são muito diferentes das transmutações que se operam no laboratório químico do corpo, pela alimentação que ingerimos. Isto não é dito para desacreditar ou menosprezar as maravilhosas descobertas da ciência, mas para demonstrar que existem fatores por detrás de todas as manifestações da natureza - inteligências de diversos graus de consciência, construtivas e destrutivas, que desempenham parte importante na economia da natureza - e até que esses agentes sejam identificados e seu trabalho estudado, nós mão podemos ter um conceito adequado do modo como atuam essas forças da natureza, as quais chamamos calor, eletricidade, gravidade, ação química, etc.. Para os que cultivam a visão espiritual, é evidente que os chamados mortos empregam parte de seu tempo em aprender a construir corpos sob a direção de certas hierarquias espirituais. Eles são os processos metabólicos e anabólicos; eles são os fatores invisíveis na assimilação e é, portanto, literalmente exato que seriamos incapazes de viver sem a importante ajuda daqueles que chamamos mortos.
Para conceber a idéia de como esses agentes trabalham e da sua relação conosco, podemos citar um exemplo mencionado no Conceito Rosacruz do Cosmos. Suponhamos que um carpinteiro está construindo uma mesa, e um cachorro, que é um espírito em evolução pertencente a uma outra onda de vida, está observando-o. Ele vê o processo de cortar tábuas; gradualmente a mesa é formada desse material e finalmente fica pronta. Mas, ainda que o cão esteja atento ao trabalho do homem, ele não tem um conceito claro de como esse trabalho foi feito, nem do uso final da mesa. Suponhamos ainda mais, que o cachorro estivesse dotado somente de uma limitada visão e incapaz de perceber o carpinteiro e suas ferramentas; veria somente as tábuas de madeira sendo divididas em partes, depois juntarem-se e ficarem dispostas de outra maneira até a mesa tomar forma e ficar pronta. Ele teria visto o processo da formação e o objeto terminado, mas não teria idéia que a ativa ação do trabalhador foi necessária para transformar a madeira em mesa. Se o cachorro pudesse falar, explicaria a origem da mesa como Topsy1 ( personagem do romance "A Cabana do Pai Tomás" ) referiu-se a si mesma dizendo: "simplesmente cresceu".
Nossa relação com as forças da natureza é semelhante àquela do cachorro com o invisível carpinteiro, e nós somos tão capazes de explicar os mistérios da natureza, como o fez Topsy. Eruditamente, narramos às crianças como o calor do Sol evapora a água dos rios e oceanos, fazendo que este vapor ascenda às regiões mais frias do ar onde se condensa em nuvens, que tornam-se, finalmente, tão saturadas de umidade que elas gravitam em direção à Terra em forma de chuva para preencher os rios e oceanos, e novamente a água ser evaporada. É tudo muito simples, um belo processo automático de movimento contínuo. Mas, é só isso? Não há nesta teoria um número de omissões? Sabemos que sim, embora não possamos desviar-nos muito do nosso assunto para discuti-lo. Falta explicar totalmente uma coisa, a saber, a ação semi-inteligente das sílfides que levantam as delicadas partículas da água volatizada em vapor, e que são separadas da superfície do mar pelas ondinas, que as levam o mais alto possível antes que aconteça a condensação parcial e as nuvens até que as ondinas as forcem a libertá-las. Quando dizemos que há tempestades, na verdade, batalhas estão sendo travadas na superfície do mar e no ar, algumas vezes com a ajuda das salamandras, para acender a tocha do relâmpago dos separados hidrogênio e enviar seu aterrorizante zig-zag através da negra escuridão, seguida do poderoso troar do trovão na atmosfera transparente, enquanto as ondinas triunfalmente lançam as resgatadas gotas de água sobre a Terra para que elas possam novamente unir-se ao seu elemento materno.
Os pequenos gnomos são necessários para construir as plantas e as flores. Seu trabalho é pintá-las com matizes inumeráveis de cor, que deleitam os nossos olhos. Eles também cortam os cristais em todos os minerais e elaboram as gemas valiosas que cintilam nos diademas preciosos.
Sem eles não haveria ferro para nossas máquinas e nem ouro com que pagá-las. Eles estão em todas as partes e a proverbial abelha não é tão atarefada como eles. Enquanto para a abelha é dado todo o crédito pelo trabalho que ela faz, os pequenos espíritos da natureza, que desempenham uma parte imensamente importante no trabalho do mundo, são desconhecidos, salvo por alguns que são chamados de sonhadores ou loucos.
No solstício de verão, as atividades físicas da natureza estão no apogeu ou zênite, portanto, é no "Solstício do Verão" que se realiza o grande festival das fadas que trabalharam para construir o universo material. Nutriram o gado, cultivaram o grão e estão saudando com alegria e dando graças à onda de força, que é a sua ferramenta, para colorir as flores, na assombrosa variedade de delicados matizes requeridos por seus arquétipos, pintando-as em inúmeras tonalidades que são o prazer e o desespero do artista.
Na maior de todas as noites da alegre estação do verão, as fadas se reúnem vindas dos pântanos e das florestas, dos estreitos e pequenos vales para o Festival das Fadas. Elas realmente cozem e preparam seus alimentos etéricos e, mais tarde, dançam em êxtases de alegria - a alegria de terem realizado o seu trabalho e desempenhado importante papel na economia da natureza.
É um axioma científico que a natureza não tolera o que é inútil; os parasitas e os zangões são uma abominação; o órgão que se torna supérfluo atrofia-se, assim também acontece com o membro ou o olho que não é usado. A natureza tem um trabalho a fazer e necessita da colaboração de todos que se propuseram a justificar suas existências, pois todos são parte dele. Isto se aplica à planta, ao planeta, ao homem, ao animal e também às fadas. Elas têm seu trabalho a cumprir; elas são hostes ativas e suas atividades são a solução para muitos mistérios da natureza, como já foi explicado.
Nós estamos agora no outro pólo do ciclo anual, quando os dias são curtos e as noites mais longas. Fisicamente falando, a escuridão cai sobre o Hemisfério Norte, mas a onda espiritual de luz e vida, que será a base do crescimento e progresso do próximo ano, está agora na maior altura e força. Na Noite de Natal, no solstício de inverno, quando o celestial signo da Virgem Imaculada está no horizonte oriental à meia noite, o sol do novo ano nasce para salvar a humanidade do frio e da fome, que continuariam se a manifestação dessa luz fosse suprimida. Nessa ocasião, o Espírito Cristo nasce na Terra e começa a fermentar e fertilizar os milhões de sementes que as fadas prepararam e regaram para que possamos ter alimento físico. Mas "o homem não vive somente de pão". Importante como é o trabalho das fadas, torna-se insignificante comparado com a missão de Cristo, que nos traz a cada ano o alimento espiritual necessário para que avancemos no caminho do progresso, para que possamos alcançar a perfeição no amor com tudo o que ele implica.
É o advento desta maravilhosa luz de amor que nós simbolizamos pelas lamparinas acesas no altar e pelo soar dos sinos do Natal que, a cada ano, anunciam as alegres novas do nascimento do Salvador, pois para o sentido espiritual, luz e som são inseparáveis. A luz do Natal que brilha sobre a Terra é dourada, induzindo os sentimentos de altruísmo, amor e paz, os quais nem mesmo a grande guerra consegue obscurecer.
A guerra passou e como normalmente damos mais valor ao que perdemos, esperemos que toda a humanidade se una neste Natal para o canto dos cantos "Paz na Terra e Boa Vontade entre os homens".Max Heindel
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-81427153869794936112019-12-25T16:31:00.001-03:002019-12-25T16:31:12.628-03:00O Místíco Sol da Meia-Noite.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDF9ncGzq0g4RbbhSeys2ROwafVFxsp_T983S3Rh2kmczVodRZ2yuyjdd-1kKllA6eb6sXg6cSLyhIdVPqRWysE-OyqMuZMgLyr41U_e_hOccFLQSF3m0vTVjtZWXjaPElJhoxnh78QPA/s1600/91.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDF9ncGzq0g4RbbhSeys2ROwafVFxsp_T983S3Rh2kmczVodRZ2yuyjdd-1kKllA6eb6sXg6cSLyhIdVPqRWysE-OyqMuZMgLyr41U_e_hOccFLQSF3m0vTVjtZWXjaPElJhoxnh78QPA/s320/91.gif" width="320" height="65" data-original-width="388" data-original-height="79" /></a></div>
Esotericamente e desde épocas imemoriais, o Sol tem sido reverenciado como o dador de vida, porque a multidão era incapaz de ver além do símbolo material de uma grande verdade espiritual. Mas, além daqueles que adoravam a órbita celeste que é vista com o olho físico, sempre houve e continua a haver uma pequena mas crescente minoria, um sacerdócio consagrado pela virtude mais do que por rituais, que viu e vê as eternas verdades espirituais por trás das formas temporais e efêmeras que revestem essas verdades, nas mudanças de cerimonial consoante à época e aos povos a que foram destinadas originalmente. Para estes, a lendária Estrela de Belém brilha todos os anos como o Místico Sol da Meia-Noite, o qual penetra em nosso planeta no solstício de inverno os três atributos divinos: Vida, Luz e Amor. Estes raios de esplendor e poder espirituais inundam o nosso globo com uma luz sobrenatural que envolve todos sobre a Terra, do mais insignificante ao mais importante, sem distinção. Mas nem todos podem participar desse maravilhoso dom na mesma medida. Alguns conseguem mais, outros menos. Alguns nem participam da grande oferta de amor que o Pai preparou para nós em Seu Filho Unigênito, porque ainda não desenvolveram o imã espiritual, o Cristo menino interno, que unicamente pode guiar-nos ao Caminho, à Verdade e à Vida.
“Se não tiver olhos para ver?
Se o Cristo é meu, como posso saber
a não ser através do Cristo em mim?
A voz silenciosa dentro do meu peito
é o penhor do pacto entre Cristo e eu, e enfim
Ela confere a fé, a força do Feito.”
Esta é, sem dúvida, uma experiência mística que soa verdadeira para muitos de nossos estudantes, tão verdadeira como a noite segue-se ao dia e o inverno segue-se ao verão. A menos que tenhamos Cristo dentro de nós, e que um maravilhoso pacto fraternal de sangue tenha sido consumado, não podemos ter parte no Salvador, embora os sinos de Natal nunca parem de soar. Mas, quando Cristo formar-se em nós, quando a imaculada concepção tornar-se uma realidade em nossos próprios corações, quando nos tenhamos postado aos pés do Cristo recém-nascido para oferecer-Lhe os nossos presentes, dedicando a natureza inferior ao serviço do Eu Superior, então, e só então, as festividades natalinas são compartilhadas por nós, ano após ano. E, quanto mais arduamente tenhamos labutado na vinha do Mestre, mais clara e distintamente poderemos ouvir a voz silenciosa em nossos corações, sussurrando o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo... porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve". Então, ouviremos uma nova nota nos sinos de Natal como nunca ouvimos antes. porque não há dia mais alegre do que o do nascimento de Cristo, quando Ele renasce na Terra, trazendo consigo presentes para os filhos dos homens - presentes que significam a continuação da vida física, porque sem essa vitalizante e enérgica influência do Espírito de Cristo, a Terra permaneceria fria e árida; não haveria uma nova canção da primavera, nem os pequeninos coristas da floresta para alegrar os nossos corações à chegada do verão. A pressão gélida dos pólos Boreais manteria a Terra agrilhoada e muda para sempre, impossibilitando-nos de prosseguir em nossa evolução material, tão necessária para aprendermos a usar a força do pensamento através de canais criativos apropriados.
O espírito de Natal é, pois, uma realidade viva para todo aquele que já desenvolveu o Cristo interno. O homem e a mulher comum sentem esse espírito somente nas proximidades das festas natalinas, mas o místico iluminado pode vê-lo e senti-lo meses antes e meses depois do seu ponto culminante na Noite Santa. Em setembro ocorre uma mudança na atmosfera terrestre; uma luz começa a brilhar nos céus. Essa luz parece permear todo o universo solar e, gradualmente, vai crescendo em intensidade, parecendo envolver o nosso globo. Então, ela penetra a superfície do planeta e, pouca a pouco, concentra-se no seu centro, onde os espíritos-grupo das plantas têm o seu lar. Na Noite Santa ela alcança o mínimo de seu tamanho e o máximo de seu fulgor. Então, passa a irradiar luz concentrada, dando nova vida à Terra para que esta prossiga com as atividades da Natureza no ano entrante.
Isso é o começo do grande drama cósmico ‘Do Berço à Cruz", que acontece anualmente durante os meses de inverno (no Hemisfério Norte).
Cosmicamente, o Sol nasce na mais longa e escura noite do ano, quando o signo zodiacal Virgo - a Virgem Celestial - situa-se no horizonte oriental a meia-noite para dar à luz o Filho Imaculado. Durante os meses que se seguem, o Sol transita pelo Violento signo de Capricornus onde, segundo a mitologia, todos os poderes das trevas concentram-se em frenético esforço para matar o Portador-da-Luz, fase do drama solar que é apresentado misticamente no episódio da perseguição movida pelo rei Herodes, e a fuga de Jesus para o Egito a fim de escapar à morte.
Quando em fevereiro o Sol entra no signo de Aquarius - o Portador-da-Água - temos a época das chuvas e tempestades e, do mesmo modo que o batismo consagra misticamente o Salvador à sua obra de serviço, assim também a abundância de umidade que desce sobre a Terra torna-a de tal maneira branda e rica, que pode produzir frutos para preservar a vida de todos os que nela habitam.
A seguir, o Sol transita pelo signo de Pisces - os Peixes. Nesta altura, os estoques de alimentos do ano anterior já foram quase totalmente consumidos, de forma que as provisões do homem ficam escassas. Temos, por conseguinte, o longo jejum da Quaresma, que representa misticamente para o aspirante o mesmo ideal mostrado cosmicamente pelo Sol. Neste momento do ano ocorre o carne-vale (carnaval), o adeus à carne, pois todo aquele que aspira a vida superior precisa algum dia despedir-se para a Páscoa que, então, aproxima-se.
Em abril, quando o Sol cruza o equador celestial e entra no signo de Áries - o Cordeiro - a cruz se ergue como um símbolo místico que o candidato à vida superior precisa entender e, em seguida, aprender a abandonar o veículo mortal e começar a escalada para o Gólgota, o lugar na caveira e daí cruzar o limiar do mundo invisível. Finalmente, imitando a subida do Sol para os céus do norte, ele precisa aprender que o seu lugar é com o Pai e, com todo fervor, deve elevar-se até aquele exaltado lugar. Assim como o Sol não permanece naquele alto grau de declinação, mas ciclicamente desce para o equinócio de outono e solstício de inverno a fim de completar muitas vezes o círculo para benefício da humanidade, do mesmo modo todo aquele que aspira tornar-se um Caráter Cósmico, um salvador da humanidade, precisa preparar-se para oferecer-se muitas vezes como um sacrifício em benefício de seus semelhantes.
Este é o grande destino colocado diante de nós. Cada um é um Cristo-em-formação, se o quiser ser, porque como disse Cristo aos Seus discípulos: "Aquele que crer em Mim fará também as obras que faço, e maiores ainda". Além disso e de acordo com a máxima: "A necessidade do homem é a oportunidade de Deus", nunca houve tão grande oportunidade de imitar o Cristo, de fazer as obras que Ele fez, como nos dias que correm, quando todo o continente europeu vive sob o paroxismo de uma guerra mundial e quando o maior de todos os cânticos de Natal - "Paz na Terra e boa vontade entre os homens"(Lucas 2:14) parece mais longe de concretizar-se do que nunca. Temos em nós o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em PAZ, pois a ação conjunta de milhares de pessoas transmite impressões ao Espírito de Raça quando a ele enviadas, especialmente quando a Lua está em Cancer, Scorpio ou Pisces, que são os três grandes signos psíquicos mais apropriados para trabalhos ocultos dessa natureza. Usemos os dois dias e meio que a Lua transita por cada um desses signos para propósito de meditar sobre a paz - Paz na Terra e boa vontade entre os homens. Mas, ao fazê-lo, estejamos certos de não tomar partido, a favor ou contra, por quaisquer das nações conflitantes. Lembremos a todo instante que cada um dos seus membros é nosso irmão. Cada um merece o nosso amor tanto quanto o outro. Tenhamos em mente que o que queremos ver é a Fraternidade Universal sobre a Terra, ou seja, a paz na Terra e boa vontade entre os homens, a despeito de terem os combatentes nascido de um lado ou de outro das linhas traçadas nos mapas, ou como eles se expressam neste, naquele ou em qualquer outro idioma. Oremos para que a paz possa reinar sobre a Terra. Uma paz duradoura e uma boa vontade entre todos os homens, não importando quaisquer diferenças de raça, cor ou religião. Na medida em que tenhamos êxito em formular com os nossos corações e não apenas com os nossos lábios essa prece impessoal a favor da paz, estaremos antecipando a chegada do Reinado de Cristo para recordar que é a Ele que estamos todos destinados na época oportuna - o reino dos céus, onde Cristo é "Rei dos reis e Senhor dos senhores".
Max Heindel.
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-61952347856592078102019-12-25T16:24:00.001-03:002019-12-25T16:24:05.342-03:00O Sacrifício Anual de Cristo.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkqeozF089b-o28mRhc2WbllSBY3CM7E61r3S_gx-SL3pMh6qhJKu1ajBgodmYAZaFQZBbjNMKI9hcvAR5Cw29ot1JBJwZ0EcSSEjpSGnVIVWXBWGTR8q4h_ozqG_fAcQk4FpOV8bFNuE/s1600/separador+ingles.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkqeozF089b-o28mRhc2WbllSBY3CM7E61r3S_gx-SL3pMh6qhJKu1ajBgodmYAZaFQZBbjNMKI9hcvAR5Cw29ot1JBJwZ0EcSSEjpSGnVIVWXBWGTR8q4h_ozqG_fAcQk4FpOV8bFNuE/s320/separador+ingles.png" width="320" height="48" data-original-width="320" data-original-height="48" /></a></div>
Você já esteve ao lado do leito de um amigo ou parente que se encontrasse prestes a passar deste mundo para o além? Muitos de nós já tivemos essa experiência, pois qual o lar que não foi visitado pelo Pai Tempo? Nem é incomum a fase que se segue ao ocorrido, à qual devemos prestar atenção especial. A pessoa ao transpor os umbrais do invisível, muitas vezes fica em estado de torpor. Então acorda, e vê não apenas este mundo, mas também o mundo em que está prestes a entrar. É muito significativo que nesses momentos ela vê pessoas que foram suas amigas ou parentes nesta vida física - filhos, filhas, esposa ou qualquer pessoa que lhe tenha sido realmente muito próxima ou muito querida - postadas ao redor do seu leito e aguardando o momento da transição. A mãe pode estender os braços: "Oh! é o João e como ele cresceu! Que esplêndido rapaz está!". Deste modo ela pode reconhecer, um após outro, todos os filhos já falecidos. Estes estão reunidos em volta da sua cama à espera que ela vá unir-se a eles, invadidos pela mesma sensação que assalta as pessoas quando uma criança está para nascer neste mundo: o regozijo pela chegada de alguém que eles sentem, instintivamente, ser um amigo que regressa a eles.
O mesmo se dá com as pessoas que, tendo passado, antes ao além, reúnem-se para receber um amigo que está prestes a cruzar a fronteira e juntar-se a eles do outro lado do véu. Vemos assim que o nascimento em um mundo é morte, sob o ponto de vista do outro mundo, isto é, a criança que vem a nós morre para o mundo espiritual, e a pessoa que sai do alcance dos nossos olhos ao transpor o véu pela morte, nasce em novo mundo e junta-se a seus amigos.
"Como é em cima, assim é em baixo". A Lei da Analogia, que é a mesma para o microcosmo e para o macrocosmo, diz-nos que aquilo que acontece ao ser humano sob determinada condições, deve também aplicar-se ao sobre-humano em circunstâncias análogas. Estamos nos aproximando do solstício de inverno (no Hemisfério Norte), dos dias mais escuros do ano, época em que a luz brilha com menos intensidade quando o Hemisfério Norte se torna frio e melancólico. Porém, na noite mais longa e mais escura do ano, quando o Sol retoma o seu caminho ascendente, a luz de Cristo nasce de novo na Terra e o mundo inteiro rejubila. No entanto, conforme nossa analogia, quando Cristo nasce na Terra, Ele morre no céu. Assim como o espírito, livre ao nascer, fica fortemente enclausurado no véu da carne, que o restringe por toda a vida física, assim também o Espírito de Cristo é agrilhoado e tolhido toda vez que nasce na Terra. Este grande Sacrifício Anual - começa quando soam os nossos sinos de Natal, quando os alegres sons do nosso louvor e gratidão ascendem aos céus. No mais literal sentido da palavra, Cristo é aprisionado desde o Natal até a Páscoa.
O homem pode zombar da idéia de que existe nessa época do ano um influxo de vida e luz espirituais. Não obstante, isso é um fato, creiamos ou não. Nesta época do ano, no mundo inteiro, todos se sentem mais leves, diferentes, algo como se um fardo fosse tirado dos seus ombros. O espírito de paz na terra e boa vontade entre os homens prevalecem, e o espírito de que nós também devemos dar algo expressa-se nos presentes de Natal. Este espírito não pode ser negado, já que é evidente a qualquer observador e é um reflexo da grande onda de dádiva divina. Deus amou o mundo de tal maneira, que lhe deu Seu Filho único ou Unigênito. O Natal é a época das dádivas, mesmo que a consumação do sacrifício aconteça apenas na Páscoa. Aqui situa-se o ponto crucial, o ponto crítico, quando sentimos ter ocorrido algo que garante a prosperidade e a continuidade do mundo.
Quão diferente é o sentimento do Natal daquele que se manifesta na Páscoa! Neste último há uma expressão de desejo, uma energia que se expressa em amor sexual visando a perpetuação de si mesmo como nota-chave. Quão diferente é o amor que se expressa no espírito de dar ao invés de receber, que sentimos no Natal.
Agora, observe as igrejas. Nunca suas luzes brilham tanto quanto neste dia e nesta noite do ano. Em nenhuma outra ocasião os sinos ressoam tão festivos do que quando proclamam para o mundo a mensagem: "O Cristo nasceu!".
"Deus é Luz", diz o inspirado apóstolo e nenhuma outra descrição é capaz de transmitir tanto da natureza de Deus quanto essas três pequenas palavras. A luz invisível, que se encontra envolvida pela chama sobre o altar, é uma representação cabal de Deus, o Pai. Nos sinos, temos um símbolo muito apropriado de Cristo, a Palavra, pois suas línguas metálicas proclamam a mensagem evangélica de paz e boa vontade, enquanto o incenso, simbolizando maior fervor espiritual, representa o poder do Espírito Santo. Por conseguinte, a Trindade é simbolicamente parte da celebração que faz do Natal a época do ano de maior regozijo espiritual, sob o ponto de vista da raça humana que está atualmente na matéria.
Todavia, não se deve esquecer, conforme dissemos no terceiro parágrafo deste capítulo, que o nascimento de Cristo na Terra significa Sua morte para a glória dos céus, e que, quando nos rejubilamos pelo seu regresso anual a nós, Ele de fato toma novamente sobre Si o pesado fardo físico que cristalizamos ao nosso redor, e que é agora a nossa habitação - a Terra. Neste pesado corpo, Ele é incrustado e espera ansiosamente pelo dia da libertação. Podemos compreender, naturalmente, que existem dias e noites tanto para os maiores espíritos quanto para os seres humanos; que, do mesmo modo que vivemos em nossos corpos durante o dia, cumprindo o destino que nós mesmos criamos no mundo físico e somos liberados à noite para nos recuperarmos nos mundos superiores, assim também existe essa alternância para o Espírito de Cristo. Parte do ano Ele habita o interior do nosso globo, e depois se retira para os mundos superiores. Assim, o Natal é para Cristo o começo de um dia de vida física, o início de um período de limitação.
Qual deve ser, portanto, a aspiração do místico devotado e iluminado, que compreende a grandeza da dádiva de Deus à humanidade nesta época do ano; que compreende este grande sacrifício de Cristo por nossa causa; essa dádiva de Si mesmo sujeitando-se a uma virtual morte para que pudéssemos viver esse maravilhoso amor que se derrama sobre a Terra nessa época? Unicamente a de imitar, mesmo em pequeníssima escala, as maravilhosas obras de Deus. Ele deve aspirar fazer de si mesmo um servo da Cruz como jamais o fora antes; mais disposto a seguir o Cristo em todas as coisas, sacrificando-se a si mesmo pelos seus irmãos e irmãs; colaborando, dentro de sua esfera imediata de trabalho, para a elevação da humanidade, de modo a apressar o dia da libertação pela qual o Espírito de Cristo está esperando, gemendo e labutando. Falamos de uma libertação permanente, do dia e do advento de Cristo.
Para concretizarmos essa aspiração na medida mais ampla, avancemos pelo ano entrante plenos de auto-confiança e fé. Se até aqui temos descrido de nossa capacidade de trabalhar para Cristo, ponhamos de lado essa descrença lembrando o que Ele disse: "Maiores obras que estas vós o fareis!" Teria Ele, que era a Palavra da verdade, dito tais coisas se elas não fossem possíveis? Todas as coisas são possíveis àqueles que amam a Deus. Se de fato trabalharmos em nossa própria pequena esfera, não buscando coisas maiores até havermos feito aquelas que estão à mão, então descobriremos que um maravilhoso crescimento anímico pode ser alcançado, de forma que as pessoas que nos rodeiam possam ver em nós algo que não saberão definir, mas que, não obstante, ser-lhes-á evidente - verão a luz natalina, a luz do Cristo recém-nascido brilhando dentro da nossa esfera de ação. Isto pode ser conseguido; depende apenas de nós mesmos aceitá-Lo por Sua palavra, cumprindo o que Ele ordenou: "Sêde perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus". A perfeição pode parecer uma longa caminhada. E quanto mais consideramos Cristo, mais nos apercebemos como estamos longe de viver à altura dos nossos ideais. Não obstante, é pela luta diária, hora após hora, que finalmente chegaremos lá. E a cada dia algum progresso pode ser feito, algo pode ser realizado. Podemos deixar a nossa luz brilhar de tal maneira, que os homens a vejam como faróis na escuridão do mundo. Que Deus nos ajude durante o próximo ano a alcançar maior semelhança com Cristo do que jamais conseguimos antes. Vivamos a vida de tal modo que, quando outro ano tiver passado, quando contemplarmos novamente as luzes do Natal e ouvirmos os sinos chamando para as cerimônias da Noite Santa, possamos sentir que não temos vivido em vão.
Cada vez que nos damos completamente ao serviço em benefício dos outros, acrescentamos brilho aos nossos corpos-alma feito de éter. É o éter de Cristo que permite este nosso globo flutuar, e recordemos que, se quisermos trabalhar por sua libertação, devemos todos desenvolver nossos corpos-alma até ao ponto em que eles é que façam flutuar a Terra. Deste modo tomamos o Seu fardo e livramo-Lo da dor da existência física.Max Heindel.
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-18806924253824061302019-12-25T16:18:00.003-03:002019-12-25T16:18:33.238-03:00O Significado Cósmico do Natal.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirI4Av0N9o8RfAOjMDpt2Tnw60SYOd48YrEv55PDU7M_NlsstA9_rec7WBEYrnvxxLopAIGFdZlefCPTuYf4iY5XC7NNbwhHnNyyEeRCvuVjDlLO1IrqvXm9IgVolqHTTSIn6vuoMxcl4/s1600/18-1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirI4Av0N9o8RfAOjMDpt2Tnw60SYOd48YrEv55PDU7M_NlsstA9_rec7WBEYrnvxxLopAIGFdZlefCPTuYf4iY5XC7NNbwhHnNyyEeRCvuVjDlLO1IrqvXm9IgVolqHTTSIn6vuoMxcl4/s320/18-1.gif" width="320" height="70" data-original-width="450" data-original-height="98" /></a></div>
Mais uma vez, no decorrer do ano, estamos às vésperas de Natal. A visão de cada um de nós sobre esta festividade difere uma da outra. Para o religioso devoto é um período reverenciado, sagrado e repleto de mistério, não menos sublime por ser incompreendido. Para o ateu é uma tola superstição. Para o puramente intelectual é um enigma, pois está além da razão.
Nas igrejas narra-se a história de como na noite mais santa do ano, Nosso Senhor e Salvador, imaculadamente concebido, nasceu de uma virgem. Nenhuma outra explicação é dada; o assunto é deixado a critério do ouvinte que o aceita ou rejeita, de acordo com o seu temperamento. Se a mente e a razão levam-no a excluir a fé, se ele vê apenas o que pode ser demonstrado aos sentidos, então, é forçado a rejeitar a narrativa como absurda e desarmônica com as várias e imutáveis leis da natureza.
Interpretações diferentes têm sido dadas para satisfazerem a mente, principalmente as de natureza astronômica. Diz-se que na noite de 24 para 25 de dezembro, o Sol começa sua jornada do sul para o norte. Ele é a "Luz do Mundo". O frio e a fome exterminariam inevitavelmente a raça humana se o Sol permanecesse sempre no sul. Por isso, é motivo de grande regozijo quando ele começa sua jornada em direção ao norte, pelo que é então aclamado "Salvador", pois vem "salvar o mundo", vem para dar o "pão da vida" quando amadurece o grão e a uva. Assim, "Ele dá sua vida na cruz (cificação) do equador (no equinócio da primavera) e começa sua ascensão no céu (norte). Na noite em que começa sua jornada em direção ao norte, o signo Virgo, a Virgem Celestial, a "Rainha do Céu", está no horizonte astrologicamente, "seu signo Ascendente". Portanto Ele "nasce de uma virgem", sem intermediários, sendo daí "concebido imaculadamente".
Esta interpretação pode satisfazer a mente quanto à origem da suposta superstição, mas o lamentável vazio que existe no coração de todo cético, esteja ou não ciente do fato, deve permanecer até que a iluminação espiritual seja alcançada, a qual fornecerá uma explicação aceitável tanto ao coração como à mente. Derramar tal luz sobre este mistério sublime será nosso empenho neste livro. A concepção imaculada será o assunto da lição seguinte. Por enquanto, queremos mostrar como as forças materiais e espirituais fluem e refluem alternadamente no decurso do ano, e por que no Natal é realmente um "dia santo".
Digamos que concordamos com a interpretação astronômica, assim como é verdadeiro o que se segue quando contemplamos o nascimento místico sob outro ângulo. O Sol nasce, ano após ano, na noite mais escura. Os Cristos Salvadores do mundo nascem também quando as trevas espirituais da humanidade são maiores. Há um terceiro aspecto de suprema importância, isto é, não há nenhuma futilidade nas palavras de Paulo quando ele fala do Cristo sendo "formado em vós". É um fato sublime que todos somos Cristos-em-formação, de modo que quando compreendemos que temos de cultivar o Cristo interno antes que possamos perceber o Cristo externo, mais apressaremos o dia da nossa iluminação espiritual.
Citamos novamente nosso aforismo preferido, de Angelus Silesius, cuja sublime percepção espiritual fê-lo proferir:
"Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
Em vão olharás a Cruz do Gólgota
A menos que dentro de ti, ela seja
novamente erguida. "
No solstício de verão, em junho, a Terra está mais distante do Sol, mas o raio solar atinge-a quase em ângulo reto em relação ao seu eixo no Hemisfério Norte, resultando daí o alto grau de atividade física. Nessa ocasião, as irradiações espirituais do Sol são oblíquas a essa parte da Terra e são tão fracas como os raios físicos quando são oblíquos.
Porém, no solstício de inverno, a Terra está mais perto do Sol. Os raios espirituais caem em ângulos retos na superfície da Terra no Hemisfério Norte, estimulando a espiritualidade, enquanto as atividades físicas diminuem em razão do ângulo oblíquo em que o raio solar atinge a superfície de nosso planeta. Por este princípio, na noite entre 24 e 25 de dezembro, as atividades físicas estão no seu mais baixo nível e as forças espirituais no seu mais elevado fluxo, por isso, ela é chamada a "noite mais santa do ano". Por sua vez, o pleno verão é a época de divertimento para duendes e entidades semelhantes interessadas no desenvolvimento material do nosso planeta, conforme demonstrado por Shakespeare no seu "Sonho de Uma Noite de Verão".
Se nadarmos quando a maré está mais forte, alcançaremos uma distância maior com menos esforço do que em qualquer outra ocasião. É de grande importância para o estudante esotérico saber e compreender as condições especialmente favoráveis que prevalecem na época do Natal. Sigamos a exortação de Paulo, Cap. 12 aos Hebreus, atirando à distância toda carga embaraçante, como fazem os indivíduos que correm numa competição. Batamos no ferro enquanto ele está quente. Isso significa que devemos nessa época do ano concentrar todas as nossas energias em esforços espirituais para colher o que não conseguiríamos obter em nenhuma outra ocasião.
Lembremo-nos também que o aperfeiçoamento próprio não deve ser a nossa única consideração. Somos discípulos de Cristo. Se aspiramos ser distinguidos, lembremo-nos do que Ele disse: "Aquele que quiser ser o maior entre vós, seja o SERVO de todos". Existe muita aflição e sofrimento à nossa volta; há muitos corações solitários e doloridos em nosso círculo de conhecidos. Busquemo-los de maneira discreta. Em nenhuma outra época do ano serão mais sensíveis aos nossos desvelos. Espalhemos a luz do Sol em seus caminhos. Desse modo ganharemos suas bênçãos e também as dos nossos Irmãos Maiores. Por sua vez, as vibrações resultantes promoverão um crescimento espiritual impossível de ser atingido por qualquer outro modo.Max Heindel.
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-87183773336341210492019-08-30T18:36:00.000-03:002019-08-30T18:36:15.337-03:00Causa da Obsessão...<<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK1fEIfBlel4M-PMrd28nk8se_h5i3wlQU5mftvF1u5RVDK-KYQqbPXTi38qmHvmtcnYYo-C28ywqz1hHKqNCBOScyMkPd3QhmEuPztAO1LsicFnTEgBy_a8JaKczlYoahOHhJWRCpZo8/s1600/8.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK1fEIfBlel4M-PMrd28nk8se_h5i3wlQU5mftvF1u5RVDK-KYQqbPXTi38qmHvmtcnYYo-C28ywqz1hHKqNCBOScyMkPd3QhmEuPztAO1LsicFnTEgBy_a8JaKczlYoahOHhJWRCpZo8/s320/8.gif" width="320" height="237" data-original-width="69" data-original-height="51" /></a></div>
A causa de todas as obsessões é a imperfeição moral, conforme palavras de Kardec, no capítulo XXVIII de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “do mesmo modo que as doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau.”
André Luiz, no livro “Ação e Reação”, explica como se dá esse processo, através das palavras do Espírito Leonel, um obsessor:
“Sim, aprendemos nas escolas de vingadores que todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, em qualquer fase da vida, um “desejo-central” ou “tema básico” dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam a experiência rotineira, emitimos com mais frequência os pensamentos que nascem do “desejo-central” que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade. Desse modo, é fácil conhecer a natureza de qualquer pessoa, em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver. Assim é que a crueldade é o reflexo do criminoso, a cobiça é o reflexo do usurário, a maledicência é o reflexo do caluniador, o escárnio é o reflexo do ironista e a irritação é o reflexo do desequilibrado, tanto quanto a elevação moral é o reflexo do santo... Conhecido o reflexo da criatura que nos propomos retificar ou punir é, assim, muito fácil superalimentá-la com excitações constantes, robustecendo-lhe os impulsos e os quadros já existentes na imaginação e criando outros que se lhes superponham, nutrindo-lhe, dessa forma, a fixação mental. Com esse objetivo, basta alguma diligência para situar, no convívio da criatura malfazeja que precisamos corrigir, entidades outras que se lhe adaptem ao modo de sentir e de ser, quando não possamos por nós mesmos, à falta de tempo, criar as telas que desejemos, com vistas aos fins visados, por intermédio da determinação hipnótica. Através de semelhantes processos, criamos e mantemos facilmente o “delírio psíquico” ou a “obsessão”, que não passa de um estado anormal da mente, subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo sensorial, infinitamente acrescidas de influência direta ou indireta de outras mentes desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo. E, sorrindo, o inteligente perseguidor disse, sarcástico: – Cada um é tentado exteriormente pela tentação que alimenta em si próprio.”
É ainda o próprio André Luiz quem nos elucida sobre o início do processo obsessivo, na mensagem Influenciações Espirituais Sutis, do livro Estude e Viva, que transcrevemos:
"Sempre que você experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurando há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação espiritual sutil.
Seja claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você. Essa é a verdadeira ocasião da humildade, da prece, do passe.
Dentre os fatores que mais revelam essa condição da alma, incluem-se:
• dificuldade de concentrar ideias em motivos otimistas;
• ausência de ambiente íntimo para elevar os sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante;
• indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastre imediato;
• aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los;
• pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa;
• interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou dos outros, que você sabe não corresponder à realidade;
• hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto;
• ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio;
• teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja influenciação espiritual consigo, mas, passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de que é tarde para desfazer o erro consumado.
São sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo.
O Espírito responsável pode estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa.
Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta, clímax de negócio ou crise imprevista de serviço.
Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase-obsidiados, despercebidas, contudo bem mais frequentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras.
Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim?
Estude em sua existência se nessa última quinzena você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. Estude e ajude a você mesmo."
Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-88101737825448836532019-08-30T18:21:00.001-03:002019-08-30T18:25:47.359-03:00Sinais da Obsessão.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhdvPQtWo-3uJ5ZnJNRqO1GzTWp9u0GUkQkc4hDqbNyv4p1xwpzhmxaKH2BFvIl6j-duCgiPeI2Zm_WWx3MQwl0x_Tsh7HC0l388VI3_5Iv678O7FD9qhePLou8UfYy5qEilawXzgAzIk/s1600/xqy789fxjn3.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhdvPQtWo-3uJ5ZnJNRqO1GzTWp9u0GUkQkc4hDqbNyv4p1xwpzhmxaKH2BFvIl6j-duCgiPeI2Zm_WWx3MQwl0x_Tsh7HC0l388VI3_5Iv678O7FD9qhePLou8UfYy5qEilawXzgAzIk/s320/xqy789fxjn3.gif" width="320" height="87" data-original-width="460" data-original-height="125" /></a></div>
O espírita consciente compreende que qualquer tarefa, realizada ou não na Casa Espírita, está passível de sofrer interferências indevidas que podem comprometer o seu funcionamento harmônico. No que diz respeito à prática mediúnica em geral, e ao comportamento dos integrantes da reunião mediúnica, em particular, a vigilância deve ser redobrada, a fim de que a obsessão não se instale. Daí Emmanuel recomendar: “Toda vez que obstáculos se nos interponham entre o dever da ação e a necessidade da cooperação no serviço do bem aos semelhantes, que redundará sempre em benefício a nós mesmos, peçamos o Auxílio Divino, através da prece silenciosa.
A obsessão é, segundo Allan Kardec, uma das maiores dificuldades que a prática espírita pode apresentar. Caracteriza-se pelo... domínio que alguns Espíritos exercem sobre certas pessoas. É praticada unicamente por Espíritos inferiores, que procuram dominar, pois os Espíritos bons não impõem nenhum constrangimento.... A obsessão, por sua vez, está relacionada há três fatores básicos: a) falta moral ou comportamento social, incompatíveis com o bem (viciações); b) grave desarmonia mental/psíquica (distúrbios mentais); lesões físicas que afetam certas estruturas ou órgãos relacionados ao raciocínio, à cognição, à emoção, etc. (por exemplo, certas enfermidades do sistema nervoso).
A obsessão é considerada fator primário quando a pessoa sofre ação direta de um perseguidor espiritual. As imperfeições morais (egoísmo, orgulho, vaidade, ciúme, inveja, ganância, rancor, entre outras) e vícios, de qualquer natureza, são em geral definidos como fator secundário, uma vez que o indivíduo se compraz em manter sintonia mental com entidades que apresentam as mesmas tendências/inclinações e gostos.
De uma forma ou de outra, a obsessão conduz a pessoa a quedas morais, pois suas estruturas mentais e o seu pensamento são continuamente submetidos a influências perniciosas, próprias ou estranhas, que produzem, em consequência, atordoamento, do raciocínio, da ideação, das emoções e dos sentidos como pondera Emmanuel:
Não ignoramos, porém, que os sentidos transviados conduzem fatalmente à deturpação e ao desvario.
Os olhos são auxiliares imediatos dos espiões e dos criminosos que urdem a guerra e povoam as penitenciárias...
Os ouvidos são colaboradores diretos da crueldade e da calúnia que suscitam a degradação social...
O sexo, que constrói o lar em nome de Deus, por toda parte é vítima de tremendos abusos pelos quais se amplia terrivelmente o número de enfermos cadastrados nos manicômios...
Em se tratando da prática mediúnica, Kardec apresenta nove sinais mais evidentes do processo obsessivo, aplicados tanto ao médium, propriamente dito, ou seja, aquele que é portador de mediunidade de efeitos patentes (psicofonia, psicografia, vidência, etc.) como a qualquer outro trabalhador da reunião mediúnica:
1ª persistência de um Espírito em se comunicar, queira ou não o médium, pela escrita, pela audição, pela tiptologia [ruídos, como pancadas e batidas], etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam;
2ª ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe;
3ª crença na infalibilidade e identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas e absurdas;
4ª confiança do médium nos elogios que lhe fazem os Espíritos que por ele se comunicam;
5ª disposição para se afastar das pessoas que podem dar-lhe conselhos úteis;
6ª reagir mal à crítica das comunicações que recebe;
7ª necessidade incessante e inoportuna de escrever [ou de se manifestar por outro tipo de mediunidade];
8ª constrangimento físico qualquer, que domine a vontade do médium e o force a agir ou falar contra a própria vontade;
9ª ruídos e perturbações persistentes ao redor do médium, dos quais ele é a causa ou o objeto visado.
O Codificador esclarece, também, em A Gênese, como prevenir e combater as obsessões:
Assim como as moléstias resultam das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral é preciso que se contraponha uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, é preciso fortificá-lo; para garantir a alma contra a obsessão, tem-se que fortalecê-la. Daí, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar pela sua própria melhoria, o que na maioria das vezes é suficiente para livrá-lo do obsessor, sem o socorro de pessoas estranhas. Este socorro se torna necessário quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão [entendida aqui como uma manifestação gravíssima da subjugação], porque neste caso o paciente não raro perde a vontade e o livre-arbítrio.5
O Espírito André Luiz, por sua vez, esclarece:
Você, enfim, talvez se veja em qualquer estado de introdução ao desequilíbrio espiritual, prestes a cair sob cadeias obsessivas… Mas, se você realmente deseja livrar-se disso, deve compreender, antes de tudo, que precisa de esclarecimento e de amparo. Entretanto, para que você obtenha luz e auxílio é indispensável adote duas atitudes fundamentais:
Estudar e raciocinar,
a fim de instruir.
REFERÊNCIAS.
1 XAVIER, Francisco Cândido. Rumo Certo. Pelo Espírito Emmanuel. 12 ed. 1 imp. Brasília: FEB Editora, 2013. Cap. 8, pág. 30.
2 KARDEC, Allan. O Livro dos médiuns. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. Pt 2, cap. XXIII, it. 237, p. 259.
3 XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos Médiuns. Pelo Espírito Emmanuel. 20 ed. 1 imp. Brasília: FEB Editora, 2013 Cap. 43, pág.146/147.
4 KARDEC, Allan. O Livro dos médiuns. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. Pt 2, cap..XXIII, it. 237, pág. 259
5 _______. A Gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. 1 imp. Brasília: FEB Editora, 2013. Cap. XIV, it. 46, pág. 259.
6 XAVIER, Francisco Cândido. Meditações diárias.Pelo Espírito André Luiz. 1. ed. Araras: IDE, 2009. Capítulo: Terapêutica desobsessiva, p.142.Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-11540627039589373582019-06-28T20:11:00.001-03:002019-06-28T20:11:35.788-03:00Julgamento – Rabindranath Tagore.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5p90woAMmMQVqQWV0M6viwRHSefbyNAozYj3a-NTnbTObMZuBi7YYe67_ZodRjC-3Z9BJUCYR1wxbaAv0dipOOl3jtq84iWceYVXHAsk5ix8uQanDDzbllTVa2RCBWRUEAsns2OEX9J0/s1600/61845mxc8c88sg9.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5p90woAMmMQVqQWV0M6viwRHSefbyNAozYj3a-NTnbTObMZuBi7YYe67_ZodRjC-3Z9BJUCYR1wxbaAv0dipOOl3jtq84iWceYVXHAsk5ix8uQanDDzbllTVa2RCBWRUEAsns2OEX9J0/s320/61845mxc8c88sg9.gif" width="320" height="59" data-original-width="350" data-original-height="65" /></a></div>
Não julgues…
Habitas num recanto mínimo desta terra.
Os teus olhos chegam
Até onde alcançam muito pouco…
Ao pouco que ouves
Acrescentas a tua própria voz.
Mantém o bem e o mal, o branco e o negro,
Cuidadosamente separados.
Em vão traças uma linha
Para estabelecer um limite.
Se houver uma melodia escondida no teu interior,
Desperta-a quando percorreres o caminho.
Na canção não há argumento,
Nem o apelo do trabalho…
A quem lhe agradar responderá,
A quem lhe agradar não ficará impassível.
Que importa que uns homens sejam bons
E outros não o sejam?
São viajantes do mesmo caminho.
Não julgues,
Ah, o tempo voa
E toda a discussão é inútil.
Olha, as flores florescem à beira do bosque,
Trazendo uma mensagem do céu,
Porque é um amigo da terra;
Com as chuvas de Julho
A erva inunda a terra de verde,
E enche a sua taça até à borda.
Esquecendo a identidade,
Enche o teu coração de simples alegria.
Viajante,
Disperso ao longo do caminho,
O tesouro amontoa-se à medida que caminhas.
Rabindranath TagoreAyram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5648003470573574451.post-20214926623178683062019-06-28T20:02:00.002-03:002019-06-28T20:02:39.623-03:00Carpe Diem – Sociedade dos Poetas Mortos.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhimiImE9he09wOVqUbbvTIK4clvVakEfjwS34_9aPXo4OvOxE12iszJ6cb0mqxRacyUEzPc269K6TVYwY3dRFyLwdjTn06JjZ4NsR9AMwLQK_HH7wNz6H69JyRjVtBQOLsLVlstM7vEq8/s1600/0104plumedt5.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhimiImE9he09wOVqUbbvTIK4clvVakEfjwS34_9aPXo4OvOxE12iszJ6cb0mqxRacyUEzPc269K6TVYwY3dRFyLwdjTn06JjZ4NsR9AMwLQK_HH7wNz6H69JyRjVtBQOLsLVlstM7vEq8/s320/0104plumedt5.gif" width="320" height="71" data-original-width="450" data-original-height="100" /></a></div>
Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso.
Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido…
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Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também utilizada como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.
Vindo da decadência do império Romano o termo Carpe diem era dito para retratar o “cada um por si”, devido o império estar se desfazendo, naquele momento a visão de que cada dia poderia ser realmente o último era retratado pela frase que hoje é utilizada como uma coisa boa, porém sua origem vem do desespero da destruição de um grande império antigo.
No filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”, o personagem de Robin Williams, Professor Keating, utiliza-a assim:
“Mas se você escutar bem de perto, você pode ouvi-los sussurrar o seu legado. Vá em frente, abaixe-se. Escute, está ouvindo? – Carpe – ouve? – Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas.”Ayram Sorrabhttp://www.blogger.com/profile/09320870540791119081noreply@blogger.com0