contos sol e lua

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sábado, 5 de setembro de 2009

ADONIS, O FILHO-AMANTE DE AFRODITE.


Adonis nasceu de uma árvore de mirra, segundo conta uma lenda. Ele era filho de uma relação incestuosa de Mirra e seu pai, Ciniras, rei de Pafos. De acordo com uma versão dessa história, a própria Afrodite teria motivado essa paixão proibida pelos seguintes motivos: porque a mãe de Mirra teria negligenciado venerar Afrodite. De qualquer forma, ela se aproximou do pai disfarçada e no escuro, e se tornou sua amante secreta. Depois de diversos encontros clandestinos, ele descobriu que a tal mulher era a sua própria filha. Tomado de horror e de repugnância, induzido pela necessidade de puni-la, ele tentou matá-la. Grávida e desesperada e ainda,quando seu pai estava a ponto de alcançá-la, orou aos deuses para que a salvassem.
Por ordem divina, para protegê-la da ira do pai, pois ela foi transformada em uma árvore de mirra, de modo, que sua gravidez se converteu na gravidez da árvore. Dez meses depois, a árvore se abriu e Adonis nasceu. Ele é portanto, meio-humano e meio-divino.
Tão belo era o bebê que Afrodite o ocultou em um baú e o deu a Perséfone para que o cuidasse. Porém, quando a Deusa o vê, decide ficar com ele, enquanto que Afrodite decide que o quer de volta. Afrodite apelou então para Zeus, que julgando as exigências, permite que Adonis passe parte do ano com Perséfone e a outra parte com Afrodite.
Adonis cresceu e se transformou num lindo rapaz, amado e protegido por Afrodite. Porém um dia, contra seu conselho, foi caçar um javali selvagem e por circunstâncias do destino é morto pelo animal. Afrodite escuta seus gemidos e vai buscá-lo com sua carruagem puxada por aves, porém já o encontra sem vida e ensangüentado. O sangue era tão brilhante que a Deusa o transforma em uma flor, a anêmona, que cresce na primavera nas ladeiras das colinas.
Adonis, como deus da vegetação, do trigo e de todas as formas de vida visíveis, que crescem e morrem, deve morrer para que tudo viva, do mesmo modo que Osíris e Atis (há um javali que também o mata em certos relatos). O javali encarna o aspecto masculino da Grande Mãe. A Deusa sacrifica o amante para que possa renascer como filho e o filho-amante deve aceitar a morte, porque é a imagem do ser encarnado que, como a semente, regressa à fonte que o originou; enquanto a Deusa, aqui o princípio contínuo da vida, permanece para produzir novas formas a partir de seu inesgotável depósito.
Em rituais anuais que se acompanhava a essa cerimônia, celebrada durante o verão na Grécia e Alexandria, e na primavera na Síria, se carregava pelas ruas efígies de Adonis e, em certas ocasiões, também de Afrodite. Em seguida, entre prantos e lamentos, Adonis era jogado no rio ou no mar.
Afrodite é uma divindade da Lua Cheia, a qual sustenta e nutre a vida. Seus poderes são maduros, cheios de vida e poderosos, mas ela também protege ferrenhamente tudo aquilo que cria. Por simbolizar o amor e a fertilidade, seus símbolos são as vacas, cervos, cabras, ovelhas, pombas e abelhas.
A Deusa presidia ainda, os casamentos, os nascimentos, mas particularmente à galanteria.

A IRA DA DEUSA.


Embora seja considerada a Deusa do Amor, Afrodite não foi muito amável com seus adversários, sendo muito vingativa e impiedosa nas suas vinganças. Para punir o deus Sol (Apolo) da indiscrição de haver advertido Hefesto do seu adultério com Ares, tornou-o infeliz em quase todos os amores. Perseguiu-o mesmo pelas armas, até os seus descendentes. Castigou da mesma maneira, a musa Clio, que havia censurado o seu amor por Adonis.
Fedra foi outra vítima do poder de Afrodite. Era a madrasta de má sorte de Hipólito, jovem elegante que tinha se dedicado a Ártemis e a uma vida de celibato. Afrodite usou Fedra como instrumento de seu descontentamento com Hipólito, que se recusou honrar a Deusa do amor ou seus ritos. Afrodite motivou Fedra a apaixonar-se perdidamente por seu enteado.
No mito, Fedra tentou resistir à paixão, lutou contra seu desejo ilícito e ficou doente. Finalmente, uma criada descobriu a causa de sua miséria, e aproximou o jovem em favor dela. Ele ficou tão insultado e horrorizado diante da sugestão de ter um romance com sua madrasta que irrompeu num discurso longo e alto, que ela pode ouvi-lo.
Humilhada, Fedra se enforcou, deixando uma nota suicida acusando falsamente Hipólito de tê-la estuprado. Quando seu pai Teseu retornou para encontrar sua esposa morta e a nota, chamou Poseidon, deus do mar, para matar o filho. Enquanto Hipólito dirigia sua carruagem pela praia, Poseidon enviou enormes ondas e um monstro marinho para amedrontar os cavalos. A carruagem tombou e Hipólito foi levado de rastos até a morte. Dessa forma Afrodite se vingou, às custas de Fedra.

AMORES DE AFRODITE.


Na mitologia tardia, Afrodite estava casada com Hefesto, o coxo, o deus que como o vulcão, produzia o fogo nas profundezas da terra. É filho de Hera que, como deus ferreiro, forjava os relâmpagos para Zeus. Conta-se que seu pai, Zeus, a entregou como esposa à Hefesto, para castigar o seu orgulho. A Deusa aceitou, pensando que o deus ferreiro seria fácil de contentar.
São inumeráveis os episódios que a relacionam com relações amorosas infiéis.
A relação adúltera de Afrodite com Ares, o deus da guerra, alternadamente valente e covarde, porém sempre indisciplinado, foi descoberta por Hefesto.
Com Ares, a Deusa teve três filhos: uma filha, Harmonia e dois filhos, Deimos (Terror) e Fóbos (Medo). A união entre estes dois deuses, o amor e a guerra, são duas paixões incontroláveis, as quais se em perfeito equilíbrio, poderiam estabelecer a harmonia.
Afrodite também uniu-se a Hermes e dessa união nasceu um deus Hermafrodito, que herdou a beleza de ambos os pais, trouxe igualmente consigo seus nomes, e teve as características sexuais de ambos. Como um símbolo, este deus pode representar a bissexualidade ou a androginia.
Com Dionísio procriou a Príapo, um feio menino de grandes genitais.
Eros (Cupido), deus do amor, foi o filho mais famoso de Afrodite. Armado com seu arco, desfechava as setas do desejo no coração dos deuses e dos homens. Entretanto, mitos posteriores descrevem-no como filho ilegítimo de Afrodite. Com o tempo, passou a ter sua força diminuída e o que hoje conhecemos dele é a representação sob a forma de um bebê de fraldas com um arco e flechas, conhecido com o nome de Cupido.
Carl Jung definiu Eros como a capacidade de relacionar-se, a qualidade de ligar-se aos outros. Segundo Hesíodo, Eros foi a força fundamental da criação, presente antes dos titãs e dos deuses olímpicos.
SEUS AMORES MORTAIS
Sob o nome romano de Vênus, viu Anquines cuidando de seu gado em uma certa montanha, enamorou-se . Fingindo ser uma jovem muito linda, arrancou fervorosa paixão dele. Mais tarde, revelou sua real identidade e contou que concebera um filho, o piedoso Enéias, que foi o lendário fundador de Roma.
Os romanos consideravam Vênus sua mãe ancestral e a cidade de Veneza recebeu este nome em sua homenagem.

AFRODITE COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA.


Afrodite chegou à Grécia vinda do Chipre e, antes disso, desde Mesopotâmia. Era portanto, uma Deusa muito antiga, tão antiga como o tempo, entretanto, no Monte Olimpo era uma divindade de aparição recente, cujo papel havia sido reduzido, pois sua esfera de atuação era tão somente as paixões humanas. As divindades anteriores tem maior transcendência: tendem a ser deidades que realizam todo tipo de obra. Porém quando é esculpida e pintada com seus animais e pássaros, os golfinhos, o bode macho, o ganso, o cisne e a pomba, pode-se vislumbrar claramente sua antiga linhagem. Como Deusa do mar, se desliza por cima das ondas sobre o lombo dos delfins; como Deusa dos animais, faz com que o desejo os impulsione, atraindo-os entre si; como Deusa da terra em seu aspecto fértil, através da chuva reúne o céu e a terra, e faz com que as sementes da terra úmidas brotem raízes raízes e folhas.
Como Deusa do céu, viaja pelo ar em carruagens de cisnes e gansos, e se senta sobre um trono de cisnes.
Afrodite rege o céu, a terra, as ondas e a todas as criaturas vivas. "Foi ela que deu o germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas, com o carneiro. Mas teme ferir a ovelha. O touro cujos longos mugidos faziam ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes era peculiar. Dela foi que nos vieram o atavio e o cuidado do próprio corpo." (Ovídio).
Igual a Inanna-Isthar, Afrodite encarnava a estrela mais brilhante do céu, a estrela da manhã e do entardecer que chamamos por seu nome romano, Vênus. O templo micênico chipriota do século XII a. C. consagrado a Afrodite estava decorado com uma estrela e com uma lua crescente e também com a pomba.
No século IV a.C., a filosofia platônica distinguiu entre uma Afrodite Celeste e uma terrena com a finalidade de expressar os distintos tipos e intensidades do amor. Através disso se queria reconhecer a amplitude de seu domínio, porém também se separava aquilo para cuja união ela existe. A figura da Afrodite Urania, Afrodite celeste, inspirava a possibilidade de um amor global e incluía a paixão pelas idéias e sugeria a paixão da alma onde quer que estivesse.
Afrodite Pandemo, literalmente Afrodite do povo, põe em relação à toda humanidade através do vínculo comum da natureza: era a imagem de um tipo de amor mais terreno e direto no qual todos podem tomar parte.
Essa expressão de Afrodite também implicava o ritual da "prostituição" sagrada do templo, um serviço que se oferecia sem pedir nada em troca, em nome da Deusa e sempre provocava longas filas. O animal de Afrodite que representava esse aspecto é o bode macho, conhecido por sua natureza amorosa.
Em todos os mitos gregos que versam sobre ela, Afrodite "nasceu" no Chipre, de onde os micênicos também emigraram. Fenícia só se distância 96 Km no ponto mais longínquo, ou seja, um dia de viagem de barco à vela. No segundo milênio a.C., os fenícios se estenderam ao longo da costa da Palestina, comercializando suas tintas púrpura e seus tecidos, e também trocando crenças e costumes.
Chifre foi um ponto de encontro de muitas tradições diferentes: fenícia, frígia, micênica, entre outras. Os aqueus micênicos chegaram à Chifre já no século XII a.C., e construíram em Pafos um templo monumental à Afrodite que foi uma das maravilhas do mundo antigo. Essas tradições diferentes se mesclaram para criar uma figura que não era simplesmente a versão grega do antigo mito e sim uma imagem totalmente nova de vida. Entretanto, a imagem comum a todas essas culturas é a pomba: consagrada à Afrodite como foi à Inanna-Isthar. A pomba é na tradição cristã a imagem da união por excelência que representa o aspecto feminino ausente na divindade. Essa expressão é significativa se recordarmos o domínio de Afrodite sobre o céu e a terra e seu papel de mediadora entre eles; a pomba é o Espírito Santo que coloca em relação a humanidade com a deidade.

POSÉIDON,O DEUS DO MAR.


Levou-a para Cítera, uma ilha nas costas da Lacónia. Poséidon contava guardar Afrodite para ele, mas a notícia da sua extrema beleza chegou aos ouvidos de Zeus, que a levou para o Olimpo.
Embora a sua beleza bastasse para fascinar todos os que a viam, Afrodite usava um cinto mágico que tinha o poder de fazer com que todos os homens a amassem. E, de fato, todos os deuses caíram no seu feitiço.
Poséidon achou que tinha mais direitos do que todos os outros, por ser ele quem a tinha descoberto no seu reino. E, levantando o tridente, desencadeou uma tempestade que pôs o mar em fúria.
Hermes prometeu levar Afrodite a dar a volta ao Mundo num carro dourado. Apolo também tentou convencê-la, cantando-lhe uma canção de amor. Mas Afrodite não deu atenção a nenhum, porque esperava arranjar um deus mais belo e mais poderoso ainda do que os outros que a perseguiam tão ansiosamente.
Mas de fato não teve oportunidade de escolher, porque Hera decidira casá-la com Hefesto, quando viu os olhos de Zeus brilharem de amor pela jovem deusa.
Hefesto ficou louco de alegria, mas todos os outros olharam para a cara de Afrodite quando ela encontrou pela primeira vez o pobre aleijado que ia ser seu marido.
Mas Afrodite ficou calma, e abraçou Hefesto.
Conforme era de esperar, o casamento da deusa do amor não foi fácil. Depressa se viu que ela preferia a companhia dos outros homens à do marido, e chegou aos ouvidos de Hefesto que a mulher passava a maior parte do tempo com o impetuoso Ares.
Então Hefesto fabricou uma rede de arame de bronze tão fina que era quase invisível, mas mais forte do que feita de mil cordas. Quando a acabou disse a Afrodite que ia para fora durante alguns dias. Depois introduziu-se em segredo em casa de Ares e pendurou a rede entre as cortinas da cama do deus da guerra. Despediu-se de Afrodite, como se fosse para uma grande viagem, mas depois de andar uma ou duas milhas voltou para trás e escondeu-se debaixo da cama de Ares.
Nessa noite Afrodite foi a casa do deus da guerra, e a armadilha de Hefesto funcionou como ele esperava. Quando os apanhou abraçados, puxou por um fio de bronze, que fez a rede cair sobre eles. E, apesar de lutarem e puxarem pelos arames, não houve possibilidade de escaparem.
E ali ficaram, apanhados como dois pássaros. Depressa os outros deuses souberam o que tinha acontecido, e ao princípio acharam muita graça, mas depois as deusas ficaram muito chocadas com a atitude de Afrodite.
Todavia, Hefesto estava disposto a libertá-los, mas não sem que Ares lhe desse uma compensação. Moedas de ouro, espadas e escudos preciosos, e os despojos de cem batalhas foram guardados num buraco feito na montanha, e ali ficaram para todo o sempre.
E o ridículo foi castigo suficiente para Ares. Mas Afrodite não se importou muito. Afinal era a deusa do amor e não estava no seu feitio ficar sossegada muito tempo.
Quando havia alguma festa, Afrodite era sempre convidada. Um dia assistiu ao casamento de Tétis, uma das nereidas que tinham tratado de Hefesto em criança. Tétis casava-se com um mortal, o rei Peleu da Ftiótida.
No meio do festim, Éris, uma das deusas convidadas, atirou ao chão uma maçã de ouro. E na casca da maçã estava gravada esta frase: <Páris era um jovem belo e desembaraçado, e não receava as três deusas ciumentas. Mandou-as porem-se em fila e, caminhando de uma para a outra, fez a sua escolha. E entregou a maçã de ouro a Afrodite.
E pouco tempo depois, Páris apaixonou-se loucamente por Helena, filha de Zeus, casada com Menelau. Com a ajuda de Afrodite conseguiu raptar Helena e levá-la para Tróia. A história da prolongada guerra que se seguiu quando os Gregos tentaram recuperar Helena.

Afrodite, deusa do amor.


Havia uma grande excitação na corte de Zeus, porque a sua esposa Hera ia ter outro filho. Zeus previra que ia ser um rapaz e já lhe escolhera o nome de Hefesto.
E, quando o rapaz nasceu, era horrível e aleijado. A deusa mal viu o filho agarrou nele por uma das pernas e atirou-o do alto do Olimpo.
Ele foi caindo em direção às montanhas da Terra. Mas, por sorte, havia um braço de mar no sítio onde se despenhou, e duas nereidas, Tétis e Eurínome, receberam-no e cuidaram muito bem dele.
Passaram-se os anos, e Hefesto tornou-se exímio em trabalhos artísticos de ferro e outros metais. Tétis arranjou-lhe uma forja e uma oficina numa gruta debaixo do mar, e o deus trabalhava ali, fabricando toda a espécie de objetos de metal e de jóias delicadas.
E, certo dia, Tétis vestiu-se com os seus mais lindos vestidos e pôs um colar que Hefesto tinha feito para ela.
Hera chamou-a imediatamente de parte e perguntou-lhe quem era o artista que tinha feito coisa tão fabulosa.
A pobre Tétis fez os possíveis por não dizer, mas Hera não desistiu. Por fim a deusa teve que confessar que o joalheiro não era senão o filho desprezado de Hera.
- Então manda-o imediatamente à minha presença - ordenou Hera.
Conforme Tétis suspeitara, Hefesto recusou-se a abandonar a sua forja no fundo do oceano. Não se tinha esquecido nem perdoara a Hera o seu procedimento descaroável. Apesar disso, começou imediatamente a trabalhar numa prenda para lhe oferecer: um lindo cadeirão de ouro lavrado, que Hera aceitou como oferta de paz, convencida de que em breve ele voltaria para junto de si.
Hera sentou-se orgulhosamente no seu novo trono, gabando-se da habilidade do filho. Só quando tentou levantar-se verificou que não conseguia sair dali.
- Hefesto tem que vir libertar-me - ordenou ela. - Não consinto em ser vexada desta maneira pelo meu próprio filho.
Zeus mandou primeiro mensageiros, e depois até mesmo alguns deuses para falarem com Hefesto, mas o deus das forjas manteve-se firme. Finalmente, o próprio irmão de Hefesto, Dioniso, conseguiu entontecê-lo com vinho e convenceu-o a abandonar o mar e regressar ao Olimpo.
Quando lá chegou, Hefesto libertou Hera do seu trono e, em troca, a rainha dos deuses mandou fazer para ele uma forja magnífica, cavada na encosta de uma montanha. Hefesto possuía agora tudo o que ambicionava, menos uma coisa: uma esposa. Como símbolo de reconciliação final, Hera prometeu-lhe a mão de Afrodite, a deusa do amor.
Hefesto estava encantado com a idéia de casar com Afrodite, a mais linda mulher do Mundo.
Para os Gregos antigos, Afrodite era o símbolo de tudo quanto era belo e desejável, e a própria deusa do amor. A estranha história da sua origem remonta à Idade dos Titãs, quando Crono combateu e matou o pai Urano com uma foice. O corpo desmembrado de Urano foi precipitado no mar, e em volta as ondas fervilharam lançando uma coluna de espuma. No centro desta coluna apareceu a mais encantadora ninfa do mar, Afrodite.

A SACERDOTISA DO AMOR.


Dance com Teu corpo
Dance com tua alma dance em torno de si mesma
Dance com a Deusa
Abra a caverna que habita no âmago do Teu ser
Volte a essência
Sacerdotisa da Deusa do amor
Faça a amor com tua alma
e com tua Deusa no interior
mulher de encantos e perfumes
Dispace de tua vaidade
E descubra na tua mulher oculta
o Teu duplo luminoso
A Tua mulher Celeste

Era feliz, muito feliz.


Depois de algum tempo, no entanto, apesar de toda sua felicidade, Psiqué começou a sentir saudade de seus pais e de sua família. Pediu permissão a seu esposo para visitá-los, persistindo em seu intento apesar das advertências de que essa viajem poderia Ter péssimas conseqüências. Vencido pelas súplicas de Psiqué, seu marido concordou com a visita à família, e o mesmo vento que a trouxera transportou-a de volta para a casa de seus pais.
Levou consigo riquíssimos presentes, e foi recebida com enorme alegria por todos. Suas irmãs também vieram vê-la, e constataram com enorme inveja o quanto ela era feliz. Psiqué havia contado a elas que ainda não havia tido a oportunidade de ver seu esposo e sobre as advertências que ele lhe fizera caso tentasse vê-lo. Ciumentas, as duas irmãs convenceram Psiqué de que ela deveria vê-lo para completar sua felicidade. Seguindo a idéia que lhe haviam sugerido, Psiqué, à noite, após voltar para seu palácio, tendo seu esposo adormecido ao lado, acendeu uma luz para vê-lo, e ficou maravilhada com a adolescente que ali estava , tão belo quanto ela. Enternecida e
comovida com a agradável surpresa, Psiqué esquece-se que tinha uma lanterna na mão, e uma gota de azeite quente pingou na mão de Eros, o Amor. Pois esse era o mostro de que falara o oráculo. Este acordou com o calor do azeite e, cumprindo as ameaças que fizera, fugiu para
não mais voltar.
Eros era o deus do Amor, nascido ao mesmo tempo que a Terra, gerado a partir do caos primitivo, sendo uma das forças fundamentais do mundo. Outras versões trazem Eros como filho de Hermes e Afrodite, sendo esta a descrição que encontramos em Platão em sua obra O banquete.
Afrodite, mãe de Eros, é apresentado ora como Afrodite Urânia, deuses dos amores etéreos, ora como Afrodite Pandêmica, deusa do desejo brutal. Eros, por sua vez, é representado como uma criança ou como um adolescente nu, com olhos vendados, sempre acompanhado de suas flechas, utilizadas para atingir os corações dos seres humanos, inflamando-os e zombando das conseqüências de seus ataques. Eros assegura não apenas a continuidade das espécies, mas também a coesão interna do Cosmos, representando o centro unificador.

Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiqué, a Alma, passou a vagar pelo mundo, perseguida por Afrodite, que invejava sua beleza. Ninguém se atrevia a acolhê-la, e Afrodite acabou por aprisioná-la, encarregando-a de tarefas penosas e perigosas.

Numa dessa missões, Psiqué teve de descer aos infernos e roubar de Perséfone um frasco cheio de água retirada da fonte da juventude eterna. As instruções de Afrodite eram claras: Psiqué deveria trazer o frasco intacto, sem abri-lo. Mas Psiqué desobedeceu e abriu o frasco, imediatamente caindo num sono profundo.
Enquanto isso acontecia Eros, o Amor, estava desesperado, pois não conseguia esquecer Psiqué. Depois de algum tempo de busca encontrou-a naquele estado, e para acordá-la teve de usar a ponta de uma de suas flechas.
Em seguida Eros regressou ao Olimpo e solicitou a permissão de Zeus para de casar com a mortal Psiqué. Zeus aprovou o casamento, e ordenou a Afrodite que se reconciliasse com Psiqué.

Depois de unidos pelo amor divinizado, Eros e Psiqué, ou seja, o Amor e a Alma, não mais tiveram presença física, embora permaneçam juntos durante toda a eternidade.

EROS E PSIQUÊ.


Os personagens da mitologia greco-romana vêm encantando a humanidade há séculos, aparecendo nos dias de hoje, com muita assiduidade, nas campanhas publicitárias que ditam a moda e cativam o público, porque ativam a energia das pessoas.
Um dos mitos de mais destaque neste final de milênio é Eros, o deus do amor, conhecido em Roma como Cupido. Na Alexandria era representado pela figura de um menino alado, com uma flecha que incendiava os corações. Atualmente está sempre presente, representado nas cenas de amor, do primeiro encontro ao grande final.

A história de Eros está ligada à de Psiqué, como nos conta Apuleio, em sua obra Metamorfoses.
Psiqué (a Alma) era uma das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe só para vê-las. Alvos de tanta atenção, logo as duas irmãs de Psiqué se casaram. Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiqué buscaram ajuda através de um oráculo, que os instruiu a vestir Psiqué com as roupas destinadas a seu casamento, e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la.
Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, os pais de Psiqué seguiram as instruções recebidas, conduzindo-a para o alto de uma montanha, onde a deixaram. Logo após começou a soprar um vento muito forte, e Psiqué foi carregada pelos ares, sendo depositada, depois de algum tempo, no fundo de um vale. Exausta, Psiqué adormeceu profundamente. Quando acordou viu-se em frente de um palácio de ouro e mármore. Entrou, e ficou maravilhada com tudo que viu. As portas abriram-se para ela e vozes sussurravam-lhe tudo que queria e precisava saber, apresentando-se como escravas que ali estavam para servi-la. Ao anoitecer Psiqué sentiu junto de si uma presença, que só podia ser, e era, o esposo de que falara o oráculo. Este lhe explicou quem era, mas advertiu-a de que jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre. Assim passou a decorrer a vida de Psiqué. Ficava só durante o dia,ouvindo aquelas vozes que a serviam; à noite tinha a companhia do esposo, que se revelara extremamente terno e carinhoso.

DRAGÕES.CRIATURAS DAS SOMBRAS.


Na grande península de Beleriand, habitavam vários povos, anões, elfos e homens, entretanto, ao mesmo tempo morava Melkor, o Senhor do Escuro, “Rei” e Senhor da Fortaleza de Angband (norte de Beleriand). Ocorreram inúmeras batalhas entre os exércitos de Melkor contra os reinos dos anões, elfos e homens. Nestes conflitos, as forças de Melkor não eram compostas apenas de orcs, mas de incontáveis criaturas que habitavam os calabouços da fortaleza de Angband, dentre as criaturas, os terríveis dragões, uma manifestação demoníaca dos desejos obscuros do Primeiro Senhor das Trevas, e quando estas bestas estavam em combate, podia-se perceber através de seus olhos a própria maldade e malicia de Melkor.
Havia diferenças entre os dragões ao longo dos milhares de anos, os que voavam e os que lançavam (cuspiam) fogo. Percebe-se que esta diferença se deu numa simples adaptação e/ou aperfeiçoamento de Melkor quando da necessidade de investidas contra seus inimigos com melhor eficácia, ou até mesmo uma espécie de evolução natural. De acordo com o Silmarillion, Melkor maquinou este mal em total segredo nos calabouços de Angband e a primeira (primogênito) besta a se manifestar foi o Glaurung, conhecido como o Pai dos Dragões. Ele foi o líder das hostes de dragões que destruíram vários opositores de Angband e durante anos aterrorizou os povos de Beleriand através de sua força, malicia, feitiço e exército, entretanto, este poderoso dragão conheceu a morte. Ele matou Túrin, mas ao mesmo tempo foi apunhalado pela espada Ghurthang que o filho de Húrin empunhava.
Mas o fim de Glaurung não significava o fim dos dragões, pois Melkor, na época de Guerra da Ira soltou de Angband os dragões alados, até então desconhecidos dos homens, elfos e anões. Uma grande hoste lideradas pelo terrível e mais poderoso de todos, o Ancalagon, o Negro, dizimou grande parte das hostes do Ocidente, e o resultado foi tão terrível, que só uma intervenção dos Valar seria capaz de livrar os povos de Beleriand deste mal horrendo.
Após anos e mais anos de guerra contra Angband, Eärendil veio através dos céus em Vingilot para lutar contra dos dragões, e com o auxilio das águias e seu líder, Tarondor eles conseguiram matar Ancalagon, que caiu sobre as Thangorodrim, destruindo-as com sua forte queda, decretando assim o fim de Angband e o aprisionamento do Senhor do Escuro, Melkor. É importante ressaltar que devido a Guerra da Ira, a grande península de Beleriand entrou em convulsão e afundou fazendo com que as águas do mar inundassem todos os seus domínios, restando apenas a porção leste compostas pelas Ered Luin ou Montanhas Azuis e a região costeira de Forlindon e Harlindon (Lindon) após a vertente oeste, onde foi construído os Portos Cinzentos pelos elfos.
Mesmo com a vitória dos Valar, alguns dragões bem como orcs e balrogs escaparam e foram para várias regiões da Terra média. Com o inicio da Segunda Era, os dragões se posicionaram nas regiões Leste e Norte da Terra média, e não houve muitas informações acerca das ações deles neste período. Na Terceira Era, os dragões foram mais presentes e atuantes fazendo vários estragos na Terra média, principalmente no Oeste, especificamente as Montanhas Cinzentas. Fizeram guerra contra os anões e acabaram vencedores e conquistando e pilhando todos os tesouros. Um destes dragões era o Scatha, o Verme. Mas depois da conquista do reino e dos tesouros, acabou sendo morto por Fram, príncipe pertencente ao povo Éotheód. Ainda na Terceira Era outro dragão voltou a assolar a Terra Média, era Smaug, o Dourado.
Devido as suas características, ele era muito parecido com seus ancestrais da Primeira Era. Era um poderoso animal alado cuspidor de fogo que abriu guerra contra o reino dos anões em Erebor, a Montanha Solitária e no reino dos homens adjacente, Valle. Ambos os reinos foram destruídos e os remanescentes fugiram para outras regiões da Terra média. Mas Smaug estava com os dias contados, pois foi organizado uma campanha dos anões através da liderança de Thorin Escudo-de-Carvalho, descendente de reis, o mago Gandalf e o hobbit Bilbo Bolseiro. Tal campanha fez com que Smaug saísse de Erebor e fosse atacar Esgaroth, a Cidade do Lago, mas seu fim estava por perto quando o dragão foi atingido em seu ponto mais fraco por uma flecha, a flecha negra atirada por Bard, descendente do reino de Valle. Smaug caiu morto sobre a Cidade do Lago, decretando assim o fim dos dragões e da ameaça para os Povos Livres da Terra média.