contos sol e lua

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A deusa Virgem-mãe do antigo Egito.


“Sonho, metafísica e poesia - tudo a um tempo”: assim T. Rundle Clark considera a mitologia egípcia. E se o mito era a única via de expressão das idéias sobre o Cosmos e sobre o Humano, nesses mais antigos estágios da humanidade, podemos entender porque as lendas e a religião egípcias surgem-nos, hoje, como simples, absurdas ou tão profundas. É que não há necessidade de coerência, de lógica, para os mitos.
No tocante a essa mitologia citada especificamente, sabe-se que funcionava como uma linguagem. Daí, as ações surgirem alteradas, reaparecerem com outros protagonistas, até, sem incorrer, isso, em trunfo do incoerente.
Verdade, também, que a linguagem sagrada fundamentou-se em certos princípios, ainda não cabalmente entendidos pela modernidade histórica. Um dos conceitos mais comuns do pensamento religioso do Antigo Egito, o da Alma, reconciliava a idéia de que “todo o poder pertence a Deus” com o sentimento que os egípcios tinham da “multiplicidade do mundo”. O que encontra fundamento no parecer de O. E. James, quando diz que “o estudo dos testemunhos arqueológicos revelou que a religião pré-histórica concentrou-se e desenvolveu-se em torno dos três fatos mais desconcertantes com que o homem primitivo teve de se defrontar no decurso de sua vida cotidiana: o nascimento, a morte e a obtenção dos meios de subsistência nas precárias condições em que vivia...”
Equívoco comum, do agora, é crer-se que toda a religião egípcia evidenciava um “culto da morte”. Nos períodos turbulentos do desmoronamento do Antigo Reino, surge um escrito, o Diálogo dos Angustiados, que precisa e exata o apego dos egípcios à vida. Trata-se do colóquio entre o homem e a própria alma. A “atualidade” do mesmo dissolve tempo e espaço: “O homem afirma que em tempos desesperados - em que a honestidade é caçoada, a honra espezinhada, a ânsia desregrada, quando não se pode confiar mais nem no irmão - a morte é a única solução desejada” - Federico A. Arborio Mella. E, nesse diálogo, a resposta da alma é: “A morte é sempre o pior dos males, o corpo jazerá inerte num túmulo luxuoso até que se deteriore, mas também o túmulo está destinado à ruína; nunca mais verá o Sol, não gozará mais da natureza. Escuta-me, esquece a pena e passa um dia feliz”.
Se a religião é um termo complexo, a antiga religião egípcia o é assim, especialmente: pela diversidade da civilização, bem como por penetrar e moldar todo o aspecto da vida. Os deuses estavam em toda parte, não havia dicotomias tais religião e ciência, clérigo e leigo. O rei era o Sumo-Sacerdote. Tudo pertencia à mesma ordem, não havia reinos distintos do ser. E o ritual constituía o “primeiro e mais característico sinal da religião”.
Também de modo original, essa religião surgiu diretamente dos costumes dos agricultores e pastores pré-históricos. É provável que o culto principal do povo pré-histórico fosse o da Deusa-Mãe (no começo, o céu). Essa adoração primitiva parece ter se mantido entre a plebe, até a grande expansão dos Mistérios de Ísis, nos séculos II e III a.C.
Paulo de Tarso dizia: “A letra, o espírito vivifica”. A tradição egípcia repousa, notadamente, em seus hieróglifos, ao contrário de outras culturas sobreviventes atlantes (lacedemônios, etruscos e druidas da Britânia), que se fixaram na tradição oral. Para os antigos egípcios, o criador real era a Palavra - a primitiva fala que proveio de Deus e da qual todas as coisas obtiveram seus nomes. A teologia egípcia padrão resume-se em: “A palavra é tudo o que é bom e justo”.
E a Senhora da Palavra é a deusa Ísis.
No passado nilótico houve, desde os inícios, a consciência de que havia um só Deus, do qual, mesmo Osíris, ao surgir no panteão egípcio, era apenas uma forma parcial - como religião primitiva, não admitia outra realidade que não Deus; portanto, todas as coisas são reflexos, ainda que distorcidos, da divindade. O “deus despedaçado” - Osíris -, portanto, como um deus masculino, constitui-se numa “especialização” da divindade maior, vez que esta transcende valores tais como masculino e feminino. Para Antônio Carlos Fanjani, quando o mito define o sexo de um deus, está “simplesmente ressaltando um dos aspectos da divindade, deixando o outro oculto, latente”.
Ísis, a contra-parte, o complemento de Osíris, encarna o princípio feminino.
Através dos seus tratados médicos, fica evidenciado o conhecimento que os egípcios tinham, de que os vasos sanguíneos nascem do coração, espalhando-se para todos os membros. Daí, para eles, o coração ser o órgão do pensamento, a “sede da mente”. O órgão onde se inscrevem carmicamente as ações dos indivíduos. Para esse povo antigo, era o coração que falava contra as pessoas no Juízo - que é o julgamento de cada um. Portanto, o órgão do Amor, por excelência.
E é como símbolo do Amor que essa deusa egípcia se agiganta: pareceu, sempre, digna, ao povo, pela sua dedicação conjugal, pela face de mãe ou como doadora de afeto genuíno.
Admitindo-se que o oriental, em particular os sumérios e antigos egípcios, experimentavam as variações climáticas das estações de forma mais dramática que os povos do ocidente, chegaremos a um dos elementos construtivos dos famosos Mistérios.
No Antigo reino do Nilo, a iniciação consistia no culto, ou seja, na compreensão da Grande Mãe: “Antes de se conhecer o Grande Negro, deve-se conhecer o Grande Verde” - que é Ísis. Não podemos entender Ísis e Osíris separados um do outro. Esta a causa d’Aquela de Muitos Nomes ter merecido o culto e a celebração de tantas pessoas, por todo o mundo antes; e no atual, sob a aparência da Virgem Maria (ambas são “compassivas libertadoras dos sofrimentos do mundo”).
No Papyrus de Turin, constatamos ser esta deusa a Mediadora entre o Celestial e o terreno. Dela, foi dito: “Aquela que amou os deuses; Aquela que melhor amou o reino dos espíritos”. Ocupava um lugar intermediário, na teogonia egípcia, tal como a própria terra de Khem, à época: ponte entre o passado primordial e o futuro secular e materialista, entre o Sagrado e o profano.
São palavras atribuídas à Deusa: “Revelei à humanidade iniciações místicas. Ensinei a reverência pelos deuses, estabeleci os templos”.
Todas as experiências dos Mistérios, em linhas gerais, convertiam-se em duas vertentes, que formavam a essência das revelações recebidas: naqueles chamados de Menores, ou Mistérios de Ísis, os candidatos conheciam a alma humana e resolviam o mistério da morte. Nos graus mais adiantados, os Maiores, ou Mistérios de Osíris, conheciam a Alma Divina: “Eram levados à comunhão pessoal com o Criador”. Revelava-se-lhes, então, a autêntica história da Atlântida, intimamente ligada à Queda do homem.
Há uma espécie de autobiografia, de Apuleio, escritor do século II, onde esse iniciado revela, desses Mistérios, “o que pode ser revelado”.
Plutarco escreveu: “... devemos ouvir as histórias e fábulas e aceitá-las de quem as interpreta, com espírito reverente e filosófico”.
O grego Platão testemunhou sobre esses Mistérios, assim: “Em consequência dessa divina iniciação, convertemo-nos em espectadores de benditas visões singulares, inerentes à luz pura, e nós mesmos nos purificamos e nos libertamos da roupagem que chamamos corpo, ao qual estamos agora ligados como uma ostra à sua concha”.
Na tradição egípcia, “aquele que conhece o Nome tem o Poder”. Por isso, também, Ela, Ísis, merece o cognome de Poderosa.
Tanto a religião como a magia egípcias tornaram-se inconcebíveis para o homem moderno, quando ele perdeu a capacidade de pensar, em termos simbólicos, de estabelecer verdades em uma linguagem análoga.
Certo é que, dadas manifestações do Uno ajudam mais que outras, num determinado período histórico. Falam a uma época fixa e a uma necessidade específica desse instante. Segundo Artur Versluis, isso foi - e, talvez, ainda o seja - o que se passou com a citada deusa egípcia.
Pausânias conta as histórias de dois homens que desejaram descobrir, por simples curiosidade, os Mistérios da Deusa. Ambos castigados, ao fim das narrativas, o autor conclui: “Não faz bem à humanidade ver os deuses em forma corporal”. E nós corroboramos sua afirmativa, com a frase: “O Sagrado Conhecimento se protege a si mesmo”. Razão especial porque devemos nos aproximarmos desses deuses antigos, com o máximo respeito e devoção. Eles estiveram esquecidos há tanto tempo que, só gradual e humildemente, conseguiremos ganhar-lhes outra vez a confiança.
Se admitirmos o Arquétipo como preexistente a toda experiência humana, pelo fato de pertencer ao plano imaterial, fica estabelecido que “o homem não cria os seus mitos, mas simplesmente os intui”.
Louvor e Serviço, pois, Àquela que de Si disse: “Eu sou tudo o que foi, é ou será, e jamais houve alguém que tenha retirado meu véu”.
Edna Duarte Dantas é advogada, escritora, cantora, artista plática, teosofista, rosa-cruz e maçona ligada à Ordem Maçônica Mista Le Droit Human
Revista ISIS, março de 1996

Fragmentos do Livro de Nod.


Eu sonho com os primeiros tempos; a memória mais longa; eu falo dos primeiros tempos; o mais velho Pai que eu canto dos primeiras tempos e o amanhecer da Escuridão. Em Nod, onde a luz do paraíso ilumina o céu noturno e as lágrimas de nossos pais molharam o solo, cada de nós, de algum modo, define viver e levar nosso alimento da terra.
E eu, Caim o primeiro-nascido, eu, com coisas afiadas, plantei as sementes, no escuro as molhei nas suas covas de terra, as assisti crescer; e Abel, o segundo-nascido Abel, cuidou os animais ajudado por seus herdeiros de sangue e alimentaram-se deles, os assistiam crescer.
Eu o amo, meu Irmão. Ele era o mais luminoso, o mais doce, o mais forte. Ele foi o primeiro motivo de toda minha alegria. Então um dia que nosso Pai disse a nós: Caim, Abel, sobre Mim vocês tem que fazer um sacrifício - um presente da primeira parte de tudo aquilo que vocês têm.
E eu, Caim o primeiro-nascido, eu juntei os brotos tenros, as frutas mais luminosas, a mais doce grama.
E Abel, o segundo-nascido, Abel sacrificou o mais jovem,
o mais forte, o mais doce dos seus animais.
No altar de nosso Pai nós pusemos nossos sacrifícios e acendemos fogo debaixo deles e assistimos que a fumaça os levasse até o único Acima. O sacrifício de Abel, o segundo-nascido, cheirou docemente ao único Acima e Abel foi santificado.
E, eu, Caim o primeiro-nascido, eu fui golpeado de além por uma palavra severa e uma maldição, por meu sacrifício ser desmerecido. Eu olhei o sacrifício de Abel, ainda fumegando, a carne, o sangue. Eu chorei, eu cerrei meus olhos eu rezei noite e dia; e quando o Pai disse: o tempo por sacrifício veio novamente e Abel conduziu seu mais jovem, seu mais doce, seu mais amado para o fogo sacrificatório, eu não levei o meu mais jovem, meu mais doce, porque eu sabia o único Acima não os quereria.
E meu irmão, amado Abel disse para mim, Caim, você não trouxe um sacrifício, um presente da primeira parte de sua alegria, para queimar no altar do único Acima. Eu chorei lágrimas de amor por mim e então, com ferramentas afiadas, sacrifiquei a que foi a primeira parte de minha alegria, meu irmão. O sangue de Abel cobriu o altar e cheirou docemente quando queimou. Mas meu Pai disse "Amaldiçoado é você, Caim que matou seu irmão". Eu fui expulso assim como deveria ser e Ele me exilou para vagar na Escuridão, na Terra de Nod. Eu voei na Escuridão; não vi fonte de luz e eu tive medo. Eu estava só.
A Magia de Lilith.
Eu estava só na Escuridão e eu tive fome. Eu estava só na Escuridão. E eu tive frio. Eu estava só na Escuridão e eu chorei. Então veio até mim uma doce voz, uma voz de mel. Palavras de auxílio. Palavras de conforto. Uma mulher, sombria e adorável, com olhos que perfuravam a escuridão, veio a mim.
Eu conheço sua história", Caim de Nod. Ela disse, sorrindo. "Você tem fome. Venha! Eu tenho comida. Você tem frio. Venha! Eu tenho roupas. Você está triste. Venha! Eu tenho conforto." Quem confortaria um amaldiçoado como eu? Quem me vestiria? Quem me alimentaria ? "Eu sou a primeira esposa de seu Pai, aquela que discordou com o único Acima e ganhou Liberdade na Escuridão. Eu sou Lilith. Uma vez, eu tive frio, e não havia nenhum calor para mim. Uma vez, eu tive fome, e não havia nenhuma comida para mim. Uma vez eu estava triste, e não havia nenhum conforto para mim.
Ela me alojou, ela me alimentou. Ela me vestiu. Nos braços dela, eu achei conforto. Eu chorei até sangue gotejou de meus olhos e ela os beijou. E eu morei durante um tempo na Casa de Lilith e lhe perguntei: "Fora da Escuridão, como você construiu este lugar? Como você fez roupas? Como você cultivou comida?" E Lilith sorriu e disse, ao contrário de você, eu estou "Acordada". Eu vejo as Linhas que giram ao redor de você. Eu faço o que eu preciso com Poder. "Desperte-me, então, Lilith" - eu disse. "Eu tenho necessidade deste Poder. Então, eu poderei fazer minhas próprias roupas, fazer minha própria comida, fazer minha própria casa." A preocupação dobrou as sobrancelha de Lilith. "Eu não sei o que fazer para você Despertar, porque você verdadeiramente é amaldiçoado por seu Pai. Você poderia morrer. Você poderia mudar para sempre." Caim disse: 'Mesmo assim, uma vida sem Poder não será pago vivendo. Eu morreria sem seus presentes. Eu não viverei como seu Thrallî." Lilith me amou, e eu soube isto. Lilith faria o que eu pedi, entretanto ela não desejou isto. E assim, Lilith, os olhos brilhantes de Lilith, me Despertaram. Ela se cortou com uma faca sangrou para mim em uma tigela. Eu bebi profundamente. Era doce. E então eu entrei no Abismo. eu caí eternamente, caindo na escuridão mais profunda.
A Tentação de Caim.
E para a Escuridão veio uma luz-fogo brilhando luminoso à noite. E o arcanjo o Michael se revelou para mim. Eu era destemido. Eu perguntei o que ele queria. Michael, General do Céu, portador da Chama Santa, disse para mim: "Filho de Adão, Filho de Eva, seu crime é grande, e também a clemência de meu Pai é grande. Você não se arrependerá do mal que você fez, e deixará sua clemência lavá-lo para que fique limpo ?"
E eu disse a Michael: "Não por graça do único Acima, mas por minha própria vontade que eu vivo, com orgulho." Michael me amaldiçoou dizendo: "Então, que você caminhe nesta terra; você e suas crianças temerão minha chama viva, que morderá profundamente e saboreará sua carne. " E pela manhã„, Raphael veio de asas de lambent, iluminando o horizonte, o guia do Sol, vigia do Leste. Raphael disse: "Caim de Adão, filho de Eva, seu irmão Abel o perdoou de seu pecado; você se arrepende e aceita a clemência do Todo-Poderoso?" E eu disse a Raphael: "Não pelo perdão de Abel, mas pelo meu próprio perdão."
Raphael me amaldiçoou, dizendo "Então, que você caminhe nesta terra, você e suas crianças temerão o amanhecer, e os raios do sol irão queimá-lo como fogo onde quer que você se esconda. Esconda-se agora para o nascer do Sol levar sua ira até você". Mas eu achei um lugar secreto na terra e me escondi da luz ardente do Sol. Profundamente na terra, eu dormi até a Luz do Mundo ser escondida atrás da montanha da Noite. Quando eu despertei de meu dia de sono, eu ouvi o som de suaves asas avançando e eu vi as asas negras de Uriel estendidas ao redor de mim - Uriel, ceifeiro, anjo de Morte, Uriel Sombrio que mora na escuridão. Uriel falou quietamente a mim, dizendo: "Filho de Adão, Filho de Eva, o Deus Todo-Poderoso o perdoou de seu pecado. Você aceitará sua clemência e me deixará levá-lo de volta, já não amaldiçoado ?"
E eu disse a Uriel escuro alado: "Não pela clemência de Deus, mas minha própria vontade que eu vivo. Eu sou o que eu sou, eu fiz o que eu fiz, e isso nunca mudará." E então, por Uriel o terrível Deus Todo Poderoso me amaldiçoou, dizendo: "Então, para que você caminhe nesta terra, você e suas crianças se agarrarão a Escuridão. Você só beberá sangue. Você só comerá cinzas. Você sempre será como você estava na morte. Nunca morrerá, se mantendo vivo. Você entrará para sempre na Escuridão, tudo que você tocar irá se tornar em nada, até os últimos dias."
Eu dei um grito de angústia a esta maldição terrível e rasguei a minha carne. Eu chorei sangue. Eu peguei as lágrimas em uma xícara e as bebi. Quando eu observei minha bebida pesadamente, o arcanjo Gabriel, Gabriel gentil, Gabriel o senhor da clemência, apareceu a mim. O arcanjo Gabriel disse para mim: "Filho de Adão, Filho de Eva – vá! A clemência do Pai é maior que você sempre soube, agora há um caminho aberto, uma estrada de clemência que você chamará de Golconda e fala para suas crianças disto, para que seguindo esta estrada possam morar na Luz uma vez mais." E com isso, a escuridão foi erguida como um véu e a única luz eram os olhos luminosos de Lilith. Olhando ao redor de mim, eu soube que tinha Despertado.
Quando minhas primeiras energias surgiram através de mim eu descobri como me mover como o raio [Celeridade], como obter a força da terra [Potência], como ser como pedra [Resistência]. Lilith então mostrou para mim, como ela se esconde de caçadores [Ofuscação], como ela ordena obediência [Dominação], e como ela exige respeito [Presença]. Então, despertando-me adiante, eu achei o modo para alterar formas [Metamorfose], o modo de ter domínio sobre animais [Animalismo], o modo para fazer olhos ver o passado [Auspícios].
Então Lilith mandou que eu parasse, dizendo que eu tinha alcançado meus limites. Que eu tinha ido muito distante. Que eu ameacei minha essência. Ela usou seus poderes e me comandou que parasse. Por causa do seu poder, eu atendi, mas profundamente dentro de mim uma semente foi plantada, uma semente de rebelião e quando ela virou sua face para mim, eu me abri mais uma vez, para a Noite, e vi as possibilidades infinitas nas estrelas e soube que um caminho de poder, um caminho de Sangue eu tomei, e assim despertado em mim este Caminho Final, do qual todos os outros caminhos cresceriam. Com este mais novo poder, eu quebrei os laços que a Senhora da Noite que me vestiu. Eu deixei a Rainha Maldita naquela noite, me escondendo nas sombras, eu fugi as terras de Nod e vim para um lugar onde os demônios dela não poderiam me achar.
Do Livro de Nod. As Crônicas de Caim.

AS PALAVRAS DE CAIM APÓS O DILÚVIO.


É chegada a hora,
Minhas Crianças,
De me despedir da noite.
Porém saibam que não os abandono.
Aguardem a época em que me juntarei a vocês novamente
Após terem aprendido o preço
De sua vaidade, pecado e orgulho.
E marquem bem os sinais de minha volta
Pois não pretendo deixar os afazeres de minha casa
Para serem maculados pelas Crianças de Seth.

A CONFISSÃO DE CAIM AO COLO DE LILITH.

E eu viajei por séculos antes de encontrar
A primeira esposa de meu pai
De quem o sangue bebi
Apesar dela estar Desperta então.
"Eu preciso falar com Aquele Acima de Nós", eu falei
E ela sorriu.
"Fale com Ele," disse ela,
"Mas saiba que ele te deu as costas
Pelo seu pecado."
Nisso eu chorei treze lágrimas de sangue
E nomeei cada uma enquanto caíam
Quando Lilith falou:
"Por que chama pelos nomes de nossos filhos?
Eles não podem
E não irão
ajudá-lo.
Eles não são nada além de outros pecados
Cometidos para tornar a morte do doce Abel
Menos afiada em seu coração frio."
E para ela eu falei
"Minha mãe, minha amante,
Eu nada posso sentir.
Nós os criamos para me deixar feliz
E então eles me arrastam para o [inferno]."

AS PALAVRAS DE CAIM ANTES DE ENTRAR NA TERRA.

E eu cresci cansado,
Meu coração morto pesa com tudo o que fiz.
Então peço para dormir até que meus erros
Tenham se corrigidos.
Com a faca de Lilith eu me corto e declamo:
"Desses ferimentos abertos
A vida deve vir da morte,
Enquanto a última filha
Que carrega a marca da lua,
Mande o veneno de [Lasombra] para as cinzas,
Mande as crias de [Gangrel] para a pedra fria,
Infeste o ninho de [Nosferatu] com [cobras] e abatam sua mulher,
E fure o resto de meus netos
Com o fogo dos sábios."
Com essas palavras, eu afundo
Abraçado pelos frios braços do
Jardim de Lilith.
Por favor [Deus]
Apague minha loucura
E acabe com isso.
Retirado do Nights of Profecy, White Wolf 2000.
Tradução automática.Via ferramentas de idiomas.