contos sol e lua

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Avalon - Terra dos Deuses.


Avalon, a terra dos Deuses, a ilha das maçãs. Reino perfeito de amor e beleza, a busca constante de todo o ser humano que, apesar de suas desilusões, ainda tem a esperança de fazer deste mundo uma lenda real, ou seja, um lugar melhor para se viver.
A Terra da Promessa, espécie de paraíso celta, às vezes chamado Emain Ablach, nome no qual se encontra o termo que designa as macieiras, o que remete para a ilha de Avalon da lenda arthuriaria. (Jean Markale - A Grande Epopéia dos Celtas).
A maçã representa a imortalidade, o conhecimento e a magia. Existem vários relatos referentes a sua simbologia e às viagens célticas, conhecidas como Immran, ao Outro Mundo, supostamente, uma realidade contígua à realidade comum.
Os Immram são jornadas místicas, nas quais o herói é atraído por uma fada, que lhe entrega um ramo de maçã e o convida para ir ao Outro Mundo, como em "A Viagem de Bran, filho de Fébal", uma analogia a Avalon e a Morgana. "Além disso, é de crer que a mulher feérica que leva um ramo de macieira de Emain ao herói Bran, filho de Fébal, antes de levá-lo a empreender uma estranha navegação, seja a própria Morrigane." (Jean Markale - A Grande Epopéia dos Celtas).
Outro Immram que relata "A Viagem de Maelduin" trata da busca do herói pelos assassinos de seu pai. "Na tradição celta, dois fatores são constantes: o Outro Mundo fica do outro lado da água; e a direção da jornada geralmente é oeste." (Caitlín Matthews - O Livro Celta dos Mortos).
Avalon também recebe o nome de Ilha Afortunada, pois suas colheitas são fartas e abundantes. Diz a lenda que, era governada por Morgana e suas nove irmãs, sacerdotisas guardiãs do caldeirão do renascimento, símbolo da Deusa Mãe, capaz de curar todos os males. Além de evocar as brumas para adentrarem à ilha encantada.
Avalon está associada a Caer Siddi (Fortaleza das Fadas), o Outro Mundo ou Annwn, a Terra da Eterna Juventude. Ilha feérica, onde apenas o povo das fadas e os nobres cavalheiros de alma pura podiam adentrar.
Existia em Caer Siddi uma fonte que jorrava vinho doce e onde o envelhecimento e a doença eram desconhecidos. Entre os seus tesouros havia um caldeirão mágico, tema diretamente ligado à abundância existente na Ilha das Maçãs. (Ellis, 1992 - Geoffroy de Monmouth, Vita Merlini e Jean Markale - A Grande Epopéia dos Celtas).
Na mitologia céltica existem vários mitos sobre as três propriedades inesgotáveis do caldeirão: inspiração, regeneração e fertilidade. Dagda, pai de todos os Deuses, possuía um caldeirão proveniente da cidade de Múrias. Ao provar dele, ninguém passava fome, (Ellis, 1992). E Matholwch recebera o caldeirão do renascimento do Deus Bran, que com ele era possível ressuscitar um morto, mas que perderia a capacidade de falar. (Mabinogion, 1988).
Na tradição galesa a história de Taliesin oferece um exemplo do caldeirão do renascimento, após a luta de transformação e metempsicose (transmigração da alma de um corpo para outro) da Deusa Cerridwen e Gwion. (J. A. Macculloch - A Religião dos Antigos Celtas).
O caldeirão, mais tarde, deu origem ao mito do Graal, inicialmente nas obras de Chrétien de Troyes. Com a sua cristianização em fins do século XII, o conteúdo do cálice passou a ser o sangue de Cristo. Simbolizando o conhecimento e o alimento da alma. A propósito da temporalidade do Outro Mundo, representada pela "Insula Pomorum", a Ilha Paradisíaca, onde a passagem do tempo não é percebida pelos humanos que para lá vão, como pode ser visto nos relatos sobre Bran. (Jacques Le Goff, 1993).
A ilha sagrada de Avalon não existe nas dimensões de tempo e espaço conhecidos por nós. Ao longo dos séculos, as pessoas tentam localizá-la, em locais como: o País de Gales, a Irlanda, a Cornualha e a Bretanha. "A identificação de Avallon com Glastonbury é, provavelmente uma referência pós-pagão." (J. A. Macculloch - A Religião dos Antigos Celtas).
A cidade de Glastonbury, em Somerset na Inglaterra, é particularmente associada a Tor em GlastonburyAvalon, através dos seus mitos e lendas locais, relacionando a colina do Tor como sendo a entrada do Annwn, lar de Gwynn ap Nud, o rei das fadas e guardião do submundo. Descendo a colina, em meio aos carvalhos, chega-se a "Chalice Well Gardens", os Jardins do Cálice Sagrado, fonte de água avermelhada com propriedades curativas, reforçando o mito do Santo Graal.
Invisíveis aos olhos descrentes, as brumas revelam seus mistérios apenas aos que servem o princípio maior, junto aos Deuses. A lenda se torna realidade, mas o medo, como sempre, é o grande desafio daqueles que estão na travessia deste portal, prestes a desvendar os segredos do Outro Mundo.
Avalon é o templo do mundo interior, terra da eterna magia e saber que oferece iniciação e esclarecimento a todos que ingressam nessa jornada. E, somente, aqueles que compreendem que a vida é infinita em suas possibilidades poderão abrir as portas deste mundo.
O universo nos coloca, sincronicamente, em caminhos que irão modificar não apenas a nossa existência, mas toda a realidade que nos cerca.
Avalon se apresenta nos corações daqueles que são sinceros e seguem o que lhes foi traçado pelos Deuses. Nunca duvide daquilo que foi revelado. A Luz das Deusas é a divina inspiração que nos chama, a todo instante, ao seu sagrado caminho, mas somente nós é que poderemos tecer o fio desse destino.
A espiritualidade é a energia presente em todos nós, é a essência da vida que nos leva ao equilíbrio e a plenitude. Através da sensibilidade e da intuição começamos a discernir aquilo que é melhor e o que realmente faz a nossa alma feliz.
Avalon é a lenda que nos desperta para uma nova realidade!
A Lenda e o Mito
São as lendas e os mitos que tornam os nossos dias mais reais e cheios de magia.
Sabemos que muitas lendas sobre o famoso Rei Arthur, foram inventadas, além do seu fim misterioso em Avalon, conhecido através do livro, "As Brumas de Avalon" de Marion Zimmer Bradley, um romance lindo e envolvente, mas que poucas verdades nos traz sobre os mitos e as lendas dos povos celtas.
Rowena Arnehoy Seneween

Ilha de Avalon.


Avalon minha razão e minha emoção,
Minha alegria e minha tristeza.
As brumas sempre voltam ao amanhecer.
Antes eram mais amenas,
E os mundos quase podiam se tocar.
Mas algo foi lançado ao vento,
Que maculou os sentimentos.
As brumas encobriram tudo novamente.
O Templo é a essência do que restou,
Para honra do código dos filhos de Avalon.
Lá não existem mentiras,
O que se sente é verdadeiro.
A força que atravessou o tempo e o espaço,
É vivido no momento presente.
O futuro é o presente que se vive agora.
Avalon está viva para quem quiser
Viver, amar, arriscar...
Sem medo de nada perder.
Pois apenas se perde
Aquilo que não se vive!
Rowena Arnehoy Seneween.

Tradução da letra Witches' Garden.


No segredo eu sou, terra e inferno.
Começo e a extremidade.
Na escuridão eu resido, dentro de meu escudo.
Com a honra a defender.

Deixe meu espírito crescer na paz.
Leve embora sua opinião falsa.
Jardim das bruxas - terra de mãe.
Eu sou morte e eu sou nascimento.
O conhecimento secreto.

Na poeira dos pensamentos, dos estares abertos.
Eu presto-lhe atenção violar minha alma.
Torturando a verdade secreta.
Os depositários e minha juventude.


Cristandade, uma tentativa a governar.
Um tributo aos tolos.
Você ajustou-me livre, a entidade.
Esse prende o mistério.
Deixe meu espírito crescer na paz.
Leve embora sua opinião falsa.
Jardim das bruxas - terra de mãe.
Eu sou morte e eu sou nascimento.
O conhecimento secreto.
Morgana Lefay.

Escuridão silenciosa.


Na escuridão silenciosa.
Acho que o lugar.
A fim de desaparecer na noite eterna.
Eu vi uma luz nova.

Meu destino é claro para mim.
Serei sempre.
E lutar contra o pecado antigo "

mundos mágicos.
E a eternidade perdida.
Uma das mágicas dos velhos tempos.

À luz suave do crepúsculo.
Entre o coração e a alma.
O pôr do sol mais além.


mundos mágicos.
E a eternidade perdida.
Uma das mágicas dos velhos tempos.
Aisha jalilah.