contos sol e lua

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

SubCultura Vampyrica.


A liberdade é presente na identidade da Subcultura Vampyrica. Não existe uma etnia para ser Vampyrico - qualquer pessoa de qualquer raça pode se afirmar Vampyrica. Não existe uma religião e nem mesmo uma antireligião Vampyrica de nenhuma natureza. E principalmente pessoas de qualquer uma das diversas opções sexuais, podem se afirmar como Vampyros ou Vampyras ou mesmo Black Swams (Simpatizantes).
Ela é uma Subcultura Laica em seus aspectos de convívio social. É bastante comum de perceber citações e referências aos escritos de Carl Sagan, Wilhem Reich, Nietchze, Jung, Ken Wielber entre outros. A busca por um passado ou por histórias e lendas se dão com foco em livros de história, sociologia e afins do que nas interpretações presentes nos livros de new age e no PAGANISMO moderno nesta Subcultura.
Existe um contingente vistoso de integrantes relacionados ao neopaganismo na Subcultura Vampyrica.
Abordagens relacionadas a animismo, panteísmo, práticas oraculares, êxtase divinatório, metafísica, elementos poéticos e líricos para descrever o insondável e inefável são bastante frequentes nos conteúdos de suas conversas na internet. Mais de uma vez já ouví e lí Vampyros e Vampyras comparando-se a um tipo de xamã urbano nos EUA.
Não existem "conversões" e afins dentro desta Subcultura. As trocas informacionais e sociais de seus integrantes, baseiam-se na qualidade do resultado dos integrantes em gerar conteúdos e compartilhar vivências e experiências sobre os temas vinculados. Como bem dizem no exterior: "Do que adianta ter uma biblioteca de 300 livros, se você nunca leu realmente e curtiu um ou dois deles - ou ainda pior, se você apenas lê tão somente as orelhas deles".
A Subcultura Vampyrica organiza-se baseada atualmente em um código de ética e bom-senso chamado Black Veil, composto desde 2005 por cinco itens ou pilares como alguns mais românticos denominam.
Basicamente ele orienta sobre a necessidade de segredo e discrição, respeito entre os integrantes da Subcultura Vampyrica, a não participação de menores de idade nas atividades da cena e principalmente que o Sangue é apenas uma metáfora, não se ingere sangue ou qualquer coisa parecida, isto é prática repudiada em todos segmentos Laicos e Pagões da Subcultura Vampyrica. [leia detalhadamente sobre o Black Veil, aqui]
Outro ponto que deveria estar claro a essa altura é que Subcultura Vampyrica não tem e tampouco precisa exatamente do que podemos chamar de "textos sagrados" e afins. Também não existe uma espécie de liderança única ou de governo ou de alto sacerdote Vampyrico ou qualquer coisa parecida. Isso não impede de aparecer sempre algum candidato, que é extremamente mal recebido e tem seu filme, socialmente bem queimado.
Não temos e tampouco precisamos de uma bíblia ou de alguém que nos diga que só poderemos chegar a algum lugar ou a algum estado "sagrado", apenas e exclusivamente através dele.
O mais próximo que temos são textos informativos e livros que abordam sob diversos prismas e que compõem ou pelo menos tentam informar opiniões sobre os diversos aspectos de identidade e dos simbolos componentes da cosmovisão desta Subcultura.
Então vem o ponto igualmente negativo. Infelizmente no Brasil estes livros só podem ser obtidos via importadoras. Em nosso País, infelizmente foi publicado muito material duvidoso e baseado apenas na premissa de criar sensacionalismo barato sobre vampiros.
Alguns destes livros tentam ir além do mito, para darem veracidade a suas bobagens. E acabam por inventar situações e pessoas ficticias, que no mínimo são caso de polícia ou de sanatório quando o tema é o mito do vampiro no cotidiano.Ou seja não temos nada ainda em português, sobre conteúdo Vampyrico e de Subcultura Vampyrica publicado até novembro de 2007.
A brutalidade cotidiana parece insistir em que devemos visceralizar e exagerar no que sentimos para realmente justificarmos que sentimos de verdade. Nesse atropelamento perdemos a ambiguidade, a subjetividade e acabamos mecanizados e brutalizados. Este parece ser o modelo de correto e coerente com a visão de agressividade permitida e incentivada na cultura dominante.
Agora vem a pergunta, você provavelmente não é e nem pretende ser um militar ou coisa parecida. Então por que precisa ser encaixado ou tolera que o encaixem culturalmente neste modelo? Por que tanto videogame de "soldados" contra "terroristas"? Por que tanto filme e superproduções que exaltam essa noção romantizada "militarizada" e baseada na capacidade intimidativa e de agressão e violência em nome de um ideal? E um pouco pior, porque quando você se dá conta você acaba por agir e se comportar como alguém assim?
Quando precisamos ou acabamos por repetir padrões não condizentes com nossas escolhas, valores e suas identidades culturais, não estamos exatamente sintonizados com a gente mesmo.
Subcultura Vampyrica NÃO forma nenhum tipo de exército, seita, igreja, gangue ou mesmo grupos que precisem intimidar, coagir e se baseiam em didáticas de imediatismo e agressão. Então, NÃO caia nesses papos internéticos de ressureição de exércitos perdidos de Drácula e formação de grupos com idéias de imporem a força qualquer coisa que seja.
Se precisar impor alguma coisa, caia fora. Isso não é Subcultura Vampyrica em nenhum de seus aspectos ou mesmo de sua identidade e configuração cultural. Escolha, Questione, Pergunte, Peça, Sugira, Informe, Discuta, Não ceda, Não desista - mas nunca imponha. Imediatismo não resolve questões de longuíssimo prazo e de resolução possível apenas através trabalho informacional coerente e de longa duração.Lord A:. www.vampyrismo.org

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