contos sol e lua

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Como pensa um morto.

Para começarmos a entender as diferenças entre uma pessoa comum e um vampiro, precisamos compreender algo muito importante: um vampiro está morto. Por mais que ele queira ainda se manter humano, seu estado de morte-em-vida o faz se distanciar das pessoas comuns.
Desprovido de funções biológicas, ele é incapaz de sentir diversas das necessidades de uma pessoa comum. Isso afeta seu comportamento, suas atitudes, suas prioridades e até seus sentimentos.
Em primeiro lugar, estando morto, um Cainita não respira. Embora alguns (aqueles com alta Humanidade) ainda o façam inconscientemente, a maioria dos vampiros precisa se concentrar nessa função para simulá-la, e isso não é fácil: qualquer distração e ele inconscientemente pararão de respirar. A falta de respiração parece algo pequeno para afetar o comportamento de um vampiro, mas não é. Analisemos mais a fundo.
Vejamos. Você não respira. Logo, não suspira, não boceja, não bufa, não fica ofegante. Parece pouco, mas muitas de nossas expressões são acompanhadas por um ritmo específico de nossa respiração. Para as pessoas, o vampiro parece frio, desprovido de emoções em muitos casos. Um vampiro furioso não irá bufar enquanto um apaixonado não suspira... Mesmo que sinta tais emoções, ele as demonstra de forma imperfeita. Essa frieza aparente afeta os relacionamentos de um vampiro com pessoas comuns. A dificuldade em se expressar aos poucos faz com que o vampiro se isole das pessoas, mesmo que inconscientemente. Esse isolamento com o tempo vai mudando o comportamento do vampiro. Conforme ele se afasta dos mortais, se distancia de sua própria humanidade.
Respiração é, porém, um fator pequeno se comparado a outras funções biológicas. Aí, um dos fatores mais importantes do comportamento humano, a sexualidade, precisa ser discutida. Em primeiro lugar, sexo é, para a maioria dos vampiros, algo supérfluo e sem sentido. Eles não sentem atração sexual como os mortais. Uma pessoa bonita é apenas isso: uma pessoa bonita. Não há aquela atração forte, não há excitação involuntária. O vampiro consegue se excitar apenas quando quer, e ainda assim isso gasta a energia de seu precioso sangue. O ato sexual, então, não traz o mesmo prazer. Embora o toque e as carícias sejam semelhantes, não há orgasmo, não há a respiração, o suor, tornando relações sexuais extremamente frustrantes. Os vampiros que praticam relações sexuais costumam usá-las para aquilo que
Realmente lhes dá prazer: beber sangue e adquirir vantagens. Ou então o fazem tentando se sentir humanos novamente, embora as sensações não sejam em nada semelhantes a sexo real entre duas pessoas vivas.
Há outras funções importantes. Até mesmo a falta de vontade de comer ou de ir ao banheiro afeta os vampiros. Conforme se esquecem de como era ter tais necessidades quando vivos, os Cainitas tendem a tratar os vivos como fracos que perdem muito tempo em suas necessidades biológicas. Pode parecer besteira, mas até mesmo isso impede que um vampiro de compreender a humanidade.
Conforme seus anos de vida ficam mais distantes, ele perde aquilo que o fez humano um dia.Wikepédia.

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