contos sol e lua

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sábado, 26 de março de 2011

A Maldição de Turambar.


Tive uma vida amaldiçoada,
Sou de uma casa sem sorte.
Na zuna o fio da espada,
Inflingindo a outros a morte.

Aqueles a quem tanto amei,
Fins trágicos logo encontraram.
Fugi do julgamento de um rei,
De pessoas que muito me amaram.

Na fria escuridão da noite
A loucura andara comigo,
Tão súbito quanto um açoite
Tirei a vida de um amigo.

Compaixão de outro encontrei,
Mas o atingiu minha escuridão;
Sem querer eu me apaixonei
Pela dona de seu coração.


Pela minha inconseqüência eu sei
Que o forte oculto caiu,
A amada, o amigo e o rei
Jaziam agora em chão frio.

Vivi na floresta então,
O mistério em pessoa me desposou,
Acabei por matar o dragão
Que a verdade do sangue revelou.

Minha amada e irmã se matou,
E o líder dos homens matei.
Metal negro que tanto lutou
Com você eu me matarei.

Por último meus genitores
De mãos dadas encontram seu fim,
E do mundo se foram as dores
Da valorosa família de Húrin.

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