contos sol e lua

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Sugestões de Sagitário.

A personalidade e o Corpo Denso regido pelo signo de fogo e comum de Sagitário são influenciados pelos Senhores da Mente, a humanidade do Período de Saturno. Este signo da casa nona rege a mente superior e encontramos dois tipos indicados por seu símbolo, o centauro, aqueles que seguem os impulsos do eu inferior e da mente concreta; e os que aspiram ou atiram ao céu com seu arco e flecha. Se o filho de Sagitário puder conservar seu alvo elevado e não for afastado do seu rumo pela parte animal da sua natureza, a seta atingirá próximo ao alvo e ele será também beneficiado em sua saúde. Há um ditado em que os nativos deste signo devem ter sempre presente “não é o fracasso que é crime, mas sim o alvo inferior”. É bom estudar astrologia do ponto de vista cósmico e evolucionário de nos interessarmos pelo nosso próprio tema. Verificaremos que a razão principal para este estudo é dar-nos a habilidade de associar nossa mente com o Mundo do Pensamento Abstrato, o mundo onde o Ego tem seu lar. Aprendemos também a dar ajuda prática, servindo a humanidade por meio da astrologia médica. A prática de se deter sobre os aspectos negativos que nós ou os outros tenhamos, ou de erigir temas para pessoas que querem saber quando os deuses lhes são favoráveis ou adversos, não é aconselhado pela Fraternidade Rosacruz, nem por nenhuma outra escola ocultista séria. Daí só observarmos as tendências, de modo a podermos combater os problemas de saúde. Eles são, é certo, muito mais reais neste plano físico, e o corpo saudável é a primeira consideração para o estudante ocultista. A mente sã e o coração terno surgirão quando purificarmos e refinarmos o Corpo Denso. Um corpo gerado sob um signo é tão bom como o gerado sob qualquer outro para o propósito de fazer progresso, o progresso necessitado pelo possuidor do corpo. De fato, qualquer que seja a espécie do corpo que você tenha, é certo que ele é o melhor para você no momento. A personalidade oportunista do animal Sagitariano é o esportista profissional ou alguém interessado em esportes. Alguns esportes são desumanos e podem até induzir ao crime, mas o tipo inferior do nativo de Sagitário é mais susceptível de ser indulgente com os baixos apetites do que a ser violentamente criminoso. O tipo elevado de Sagitário, o lado humano, tem interesse por assuntos elevados. Procura a religião e a filosofia e é amante da justiça. Poderá ser um bom juiz, possuidor do mais elevado padrão moral. Sagitário rege as coxas e os quadris, o ilíaco, o fêmur, a região sacra e coxígea da espinha, as artérias e veias ilíacas e os nervos ciáticos. O Sol rege o fluido vital especializado pelo baço, o coração e o “ponsvaroii” (massa de fibras transversais na parte inferior do cérebro, no extremo anterior da medula). Daí que o Sol aflito em Sagitário de tendência à ciática, a paralisia das pernas e por ação reflexa em Gêmeos, perturbações pulmonares. Ar puro e Sol, combinados com exercícios moderados são as necessidades dessas pessoas. Vênus regente d Touro e Libra têm domínio sobre a garganta, os rins, a glândula Timo e a circulação venosa e quando aflita em Sagitário dá tendências para tumores e doenças semelhantes nos quadris. E por ação reflexa, podem manifestar-se afecções nos brônquios e nos pulmões. O estelar Mercúrio, regente de Gêmeos e Virgem, também rege o hemisfério cerebral direito, os nervos sensoriais, os brônquios, a glândula tireóide, a circulação pulmonar, o sistema cérebro-espinhal, o fluido vital dos nervos, as cordas vocais, os ouvidos, a visão, a língua, todos os sentidos da percepção e a respiração. Quando adversamente aspectado em Sagitário, causará sofrimentos nos quadris e nas coxas. E por ação reflexa poderá produzir tosse, asma ou pleurisia. A órbita Lunar, regente o signo de Câncer, tem domínio sobre o esôfago e o estômago, o útero e os ovários, o sistema nervoso simpático, o sistema linfático e o fluido sinovial. Quem tiver a Lua aflita em Sagitário poderá vir a sofrer de doenças do sangue, doenças nos quadris ou talvez tenha um fêmur quebrado. E por ação reflexa, poderá ter asma. Alimentação cuidadosa e tratamentos ou cuidados para melhorar a ação linfática será muito benéfico para tais pessoas. Saturno é considerado o estelar da obstrução e da cristalização, e tem regência sobre a vesícula biliar, a pele (proteção). Quando está em Sagitário e recebendo aspectos adversos de outros estelares, dá tendência para contusões dos quadris e das coxas, à gota, a ciática e doenças dos quadris. Tendência para quedas ou pancadas que produzirão injúria nos quadris e nas coxas. Cultivar o otimismo e a alegria será de grande auxilio para essas pessoas manterem a saúde. Júpiter, o regente de Sagitário, também rege o fígado, o glicogênio, as supra-renais, a circulação arterial, a fibrina do sangue e a distribuição das gorduras pelo corpo. Por isso muitas vezes vemos as pessoas de Sagitário com Júpiter aflito nesse signo, ser corpulenta, com excesso de peso, por gostar demais de alimentos ricos. As supra-renais de quem como muito se tornam doentes e tais pessoas têm pouca energia quando dele necessitam. Sua circulação torna-se pobre e o corpo pode tornar-se balofo e fácil de ser invadido pelos germes. Aqueles que comem com moderação e fazem os exercícios necessários, são também os mais joviais e benevolentes de todas as pessoas, o otimismo puro. Da atitude otimista vêm fortes vibrações de saúde. Marte, regente de Áries e Escorpião, também têm domínio sobre o ferro e a matéria corante do sangue, os nervos motores, o hemisfério cerebral esquerdo, os movimentos musculares, os genitais e o Corpo de Desejos. Quando aflito em Sagitário sugere tendências para fratura ou distensão do fêmur, ciática e ulcerações nas coxas. Por ação reflexa, pneumonia, bronquite, tosses e resfriados serão manifestados. A prática do equilíbrio e moderação em todas as coisas auxiliará essas pessoas a manterem a harmonia do corpo. A estrela fixa Antares, nos 8º graus de Sagitário, tem efeito pernicioso sobre a visão. Qualquer dos luminares (Sol e Lua) situado nesta estrela mau aspectado por um maléfico, ou maléfico nesta nebulosa sendo adverso ao Sol ou a Lua, tem efeito semelhante nas perturbações da visão. O cuidado adequado dos olhos e a formação de habito de exercício dos olhos durante o ciclo infantil da vida mitigará os efeitos que poderão se manifestar mais tarde. Aqui, como em todos os pontos fracos do tema devemos tomar a nossa “gama de prevenção”, no principio da vida aprendendo a lição de cuidar dos olhos, do que nos sujeitarmos ao caminho mais duro do sofrimento na sua parte posterior. Para a tensão dos nativos de Sagitário, sugerimos a execução do exercício vespertino da retrospecção diária, em ordem inversa, como o explicam os ensinamentos Rosacruzes, e também a do exercício matinal da concentração. Fazendo esses exercícios, essas pessoas experimentarão os resultados mais benéficos do que se usarem qualquer outra forma de terapia mental. O relaxamento muscular e a fixação da mente em assuntos ou ideais elevados não é tarefa difícil para o Sagitariano que aspira. Finalmente, não nos esqueçamos de qualquer um, seja nativo de Sagitário ou de qualquer outro signo, que tenha problemas sobre saúde, deve começar agindo sobre o ser interior. O ser humano interior construiu e continua a construir a sua forma externa. Revista Rosacruz – Dez/60.

A Roda da Fortuna nas Casas e Signos.

Max Heindel disse num folheto, intitulado “O Arco na Nuvem”, no qual o arco-íris inaugurou uma nova fase (Época Ariana) da evolução espiritual da humanidade. Em Gênesis lemos: “E disse Deus; este é o sinal de pacto que firmo entre mim em vós, e todo ser vivente que está conosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto nas nuvens, este será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra” – (Gênesis 9: 12-13). De posse destas duas fontes, vale ressaltar que a Roda da Fortuna – de acordo com várias interpretações e estudos astrológicos – não deve apenas ser interpretada como aquisição de bens materiais (2ª Casa Zodiacal e o Signo de Touro). É interessante e significativo lembrar também que determinados mitos nos informam que ao final do arco-íris (Época Ariana) encontramos um Pote de Ouro (a Roda da Fortuna). A Roda da Fortuna em nosso horóscopo é uma “bússola“ para encontrarmos o equilíbrio necessário para que nosso Cristo Interno possa nascer. E um destes equilíbrios pode ser adquirido através de, sabiamente, utilizarmos nossos bens materiais em auxílio de nossos semelhantes. Em “Iniciação Antiga e Moderna”, capítulo II - O Lavabo de Bronze - nos é dito que “.... pode conservar suas posses materiais, usando-as com fé e sabedoria, como um sagrado depósito que lhe é confiado...”. Eis um belo resumo do que se constitui a Roda da Fortuna! A Roda da Fortuna não é um astro, sendo sua posição num horóscopo determinada pelo Sol, Lua e Signo Ascendente. A diferença - em graus - entre o Sol (Espírito) e a Lua (Alma) deve ser exatamente igual à diferença – também em graus - entre o Ascendente (Eu) e a Roda da Fortuna (sublimação do Espírito Humano, o Pote Dourado contido na Arca, situada no mais ocidental extremo do Tabernáculo no Deserto). Abaixo veremos – ainda que resumidamente – a interpretação da Roda da Fortuna nas Casas e Signos. Fica aqui nossa sugestão, para nossos estudantes usarem a intuição para um aprofundamento maior, bem como a interpretação dos aspectos da Roda da Fortuna com os astros. Repetimos que, uma das formas de analisarmos o que representa a Roda da Fortuna em nosso horóscopo, pode ser entendida também como o uso que fazemos de nossos bens materiais para o auxílio amoroso e desinteressado ao próximo, sempre se utilizando do discernimento. As interpretações abaixo são preceitos a serem assimilados. Na 1ª Casa ou em Áries (^): Aqui devemos entender nossos bens materiais como algo temporário, pois nada levaremos (fisicamente) quando deixarmos este plano. O desprendimento material, a não identificação com os bens materiais é a lição. (Mateus 19:16). Não é o que possuímos o que define quem somos, mas as nossas conquistas anímicas e é para elas que devemos dirigir nossa energia. Na 2ª Casa ou em Touro (_): O excesso do “eu tenho” pode gerar orgulho. A humildade deve ser compreendida (e aplicada) em sua essência. Não possuímos nada que pertença a este Mundo Físico, pois estamos aqui de passagem como meros administradores. Na 3ª Casa ou em Gêmeos (`): A razão deve – gradualmente – estar em equilíbrio com o coração, em termos de utilizar as posses para o auxílio aos demais. Devemos aprender a compartilhar dadivosamente aquilo que recebemos, sem querer estar em vantagem, atentando sempre para as necessidades do próximo. Para receber graça, devemos ser graciosos. Na 4ª Casa ou em Câncer (a): O auxílio aos nossos semelhantes deve iniciar-se no local de mais difícil prática: nosso lar. Somente depois, expandir-se para outros segmentos. No âmbito familiar, é preciso lutar contra a tendência egoísta que por vezes alimentamos. Neste contexto de lar, acreditamos que todos devem algo para nós e que possuímos apenas direitos. Na 5ª Casa ou em Leão (b): O orgulho e a soberba devem ser transmutados em humildade, à exemplo de Áries, outro signo ígneo, mas aqui a ostentação financeira pode causar problemas na elevação espiritual de forma acentuada. Lembrar de assemelhar-se ao Sol que se exibe gradual e discretamente conforme as necessidades daqueles a quem se dispõe a iluminar, ou seja, mostra-se em seu maior e melhor brilho, não para a sua glória, mas a serviço de todos. Na 6ª Casa ou em Virgem (c): Evidentemente que de nosso trabalho honesto – suor de nosso rosto - devemos obter nosso sustento. Porém não unicamente para nós, e sim para nosso semelhante, com discernimento. Aqui vale evocar o signo complementar Peixes, para que prevaleça a compaixão que nos leva a dividir o pão nosso de cada dia. Na 7ª Casa ou em Libra (d): Servir (materialmente) nosso semelhante requer um equilíbrio entre mente e coração, caso contrário, podemos cair em radicalismos. Somente o discernimento pode nos manter a salvo da prodigalidade ou da avareza e nos levar a justa medida. Na 8ª Casa ou em Escorpião (e): Quando prestamos auxílio a nossos irmãos, de uma forma material, estamos acumulando tesouro no céu, onde o ladrão não rouba, nem a traça corrói. Elevamo-nos espiritualmente. Aqui se sintetiza a lei de dar e receber e, a quem muito tem, possuirá ainda mais. Na 9ª Casa ou em Sagitário (f): O ser “mão aberta”, não significa possuir um coração nobre. Quando damos algo material - auxiliando alguém, nosso sentimento amoroso deve acompanhar este auxilio material. Dar de si mesmo é o verdadeiro serviço amoroso e desinteressado. Na 10ª Casa ou em Capricórnio (g): A avareza e o acúmulo exagerado de posses materiais, não sendo canalizado para o bem estar de outras pessoas, paralisa nosso desenvolvimento espiritual. Uma cristalização. Aqui temos o verdadeiro ressecamento da alma que condena o espírito a uma sede indizível. Na 11ª Casa ou em Aquário (h): Assim como no símbolo de Aquário (um homem derramando o Éter Crístico), devemos “derramar”, amorosamente nosso auxílio material para a humanidade. Na 12ª Casa ou em Peixes (i): Muitas pessoas se queixam de não estarem em condições de prestar auxílio material para um irmão. Ninguém é tão rico que nada possa receber, nem tão pobre que nada possa d ar. É preciso perceber o seu semelhante para perceber o que lhe falta, isto não é possível sem empatia, sem o desejo sincero de reconhecer nele um irmão. palestra, realizada na Fraternidade Rosacruz – Sede Central do Brasil.

Um homem misterioso.

O Conde de St. Germain, a quem o grande filósofo e escritor Frances Voltaire chamou: "O homem que tudo sabe e que nunca morre", é sem duvida uma das figuras mais surpreendentes e misteriosas da história. A Enciclopédia Britânica o qualifica de "Homem Milagroso" e realmente não se conhece a sua origem até o dia de hoje. Sua vida, sua obra e seu desaparecimento final estão tão velados, que seu nome já é sinônimo de misterioso e de incógnito. Nas cartas e memórias dos grandes vultos da história podemos encontrar os motivos que o animaram em seus fins e ações. Só desta forma poderemos ter uma idéia estimativa desse homem que procurou apagar suas pegadas e as de sua obra. Aparentemente, viveu durante centenas de anos e parece ser um homem que conseguia transmutar metais comuns em ouro fino e seixos em pedras preciosas. Por centenas de testemunhas dignos de confiança sabemos que ele não envelhecia durante um período de cem anos; parecia até tornar-se mais jovem. Temos também relatos de que o Conde conseguia abandonar seu corpo físico à vontade, aparecendo, em questão de momentos, a seus amigos que estivessem a milhares de quilômetros de distancia. Nada se sabe do seu nascimento nem de sua linhagem. Rumores não autênticos indicavam que ele era filho do príncipe Racoczy de Transilvânia. Outros acreditavam que o rei de Portugal era seu pai. Mas estas histórias não têm provas. Apenas podemos descobrir que o conde apareceu cedo nos círculos das côrtes européias, pelo século XVIII. E desde seu aparecimento tornou-se pessoa célebre; fabulosamente rico, formoso e culto, possuindo aparentemente poderes sobrenaturais e conhecimentos incríveis. Em seu fascinante livro "Souvenir de Marie Antoniete", a condessa dAdhemar descreve a apresentação do St. Germain na corte da França: “No ano de 1743 correu o rumor de que havia chegado a Versailles um estrangeiro enormemente rico, a julgar pela magnificência de suas jóias. De onde veio jamais se soube. Sua figura era agradável e graciosa, suas mãos delicadas e seus pés pequenos e suas pernas bem proporcionadas, realçadas por meias bem ajustadas. Seu sorriso mostrava dentes magníficos, barba muita bem tratada, cabelos negros, um olhar suave e penetrante, e seus olhos, oh! Nunca vi olhos semelhantes! Parecia ter 40 anos. Freqüentemente era encontrado nos apartamentos reais, onde tinha admissão sem restrições”. Nos perigosos dias que precederam a revolução francesa, vamos encontrá-lo como constante conselheiro e confidente de Luis XV, Maria Antonieta e de Madame de Pompadour. Ele lhes predisse exatamente a revolução dos dias de terror e, apesar de deplorar os sofrimentos, o derramamento de sangue e as injustiças que se aproximavam, procurou fazer com que Eles compreendessem a inevitável e a grande necessidade das mudanças como parte da evolução humana. Ele profetizou o dia e a hora em que Maria Antonieta devia morrer na guilhotina, e, mais tarde, temos o testemunho da própria rainha de que ele Ihe apareceu na prisão em seu corpo astral, assegurando que a guiaria no país além da morte. Por isso, ela foi capaz de andar com soberba altivez para a guilhotina, sendo admirada por todos que a viram. Madame de Pompadour o menciona repetidamente em suas memórias. Em uma delas disse: "Ele possui um conhecimento sólido de todas as línguas antigas e modernas, uma memória prodigiosa, uma erudição da qual se vislumbra algo entre o esmero de sua conversação. Ele contava anedotas da corte de Valois e de príncipes ainda mais antigos, com detalhes tão preciosos, que deu a impressão de ter sido testemunha ocular daquilo que contou. Ele viajara por todo o mundo e o rei gostava de escutar as narrativas de suas viagens pela Ásia, África, pelas cortes da Rússia, Turquia e Áustria. Parecia estar mais a par dos segredos dessas cortes do que os próprios embaixadores do rei. Em uma ocasião manifestou ter conhecido pessoalmente Cleópatra e de ter conversado com a rainha de Sabá. De qualquer maneira, esta e uma pretensão assombrosa, mas a nota de autenticidade é dada pelo famoso compositor Rameau, que declara tê-Io conhecido em Veneza no ano de 1710 e que em 1795 o conde St. Germain parecia consideravelmente mais jovem do que o era 85 anos antes. Em sua biografia de Maria Antonieta, a condessa d Adhemar conta ter ouvido uma conversação entre St. Germain e a condessa de Gergy, uma senhora com certa idade: "- Faz cinqüenta anos fui embaixadora em Veneza e lembro-me de tê-Io visto naquela ocasião, chamando-se Marquês Balleti. Sua aparência era como a atual, só que parecia estar em idade mais madura, pois agora é mais jovem do que antes". "- Madame - respondeu o conde sorrindo - tenho muita, mas muita idade. "- Mas então deve ter centenas de anos! exclamou a condessa surpreendida. "- É possível que eu seja muito mais velho – respondeu ele e fez Madame de Gergy lembrar-se de uma porção de detalhes que ambos conheciam do Estado de Veneza. Como a condessa ainda não acreditasse fêz-Ihe lembrar certas circunstancias e observações. "- Não! Não! interrompeu a velha embaixadora com voz trêmula. Já estou convencida; por certo sois um deus ou um diabo?" Marques Balleti foi apenas um de tantos nomes assumidos pelo conde. Entre os anos de 1710 e 1822 este homem surpreendente passeou pelo mundo sob os mais diferentes disfarces de nomes e títulos. Lemos dele como sendo um agente jacobino em Londres; um conspirador em St. Petersburgo; um alquimista e perito artista em Paris; um aventureiro no México e um general russo em Nápoles. Também temos crônicas a seu respeito relatando que fundou e influenciou grandemente a muitas sociedades espirituais e entre elas estão os Franco mações, os Rosacruzes, os Cavaleiros da Luz, os Cavaleiros Templários, os Iluminati, etc. Esses últimos foram dirigidos por ele nas suas reuniões nas cavernas do Rio Reno. Este homem pasmoso praticamente encontrou-se e conversou com todas as figuras de alguma importância durante o século XVIII. Existem cartas pessoais que indicam que o conde fez muitas pessoas jurarem que se calariam, mas existem suficientes relatos que indicam que ele deu conselhos altamente significativos a cada um. Horácio Walpole falou-lhe em Londres no ano de 1745; Clive, o conquistador da Índia, conheceu-o intimamente naquele país em 1756; Madame dAdhemar, afirma que ele a visitou cinco vezes depois de sua suposta morte, ou seja, trinta e seis anos depois. O famoso Mesmer confessou que St. Germain era seu instrutor, e o escritor Bulwer Lytton era um dos seus amigos. Uma indicação dos seus poderes telepáticos está contida em "Recordações de Viena", de Franz Graffer: "St. Germain pouco a pouco se fez esquisito. Por uns momentos ficou rígido como uma estátua; seus olhos, sempre expressivos, mais do que se poderia descrever, tornaram-se sem briIho e sem cor. Mas, de repente, todo seu ser tornou a se animar; fez um aceno com a mão como se despedisse e disse: "Devo partir imediatamente,pois precisam de mim em Constantinopla e depois na Inglaterra, para preparar as invenções que Ihes serão entregues no próximo século: trens e barcos a vapor". Considerando que isso foi escrito muito antes da invenção das duas máquinas a vapor, não podemos duvidar que ele opere em dimensões e sob leis desconhecidas da humanidade. Notícias pouco fidedignas anunciam a morte do conde de St. Germain no ano de 1784, no Palácio de Carlos de Hesse (Alemanha). Uma autoridade escreveu: "Uma grande incerteza cerca os últimos anos de St. Germain, pois não se pode depositar nenhuma confiança no anuncio da morte de um iluminado feito por outro, pois pode ter servido aos interesses da sociedade que se fizesse crer na morte do conde". H. P. Blavatsky escreve em data posterior: “Acaso não é absurdo supor que, se ele realmente morreu no lugar e no tempo indicado, fosse enterrado sem pompa nem cerimônias, nem supervisão oficial e sem o registro policial que acompanha os funerais de personagens de sua envergadura? Onde estão esses dados? Ele desapareceu da vida pública há mais de um século, mas não existe registro desse acontecimento. Um homem, em torno de quem se fez tanta publicidade, não pode desaparecer sem deixar pegadas. "Além disso, temos provas positivas alegando que ele continuou vivendo durante outros anos depois de 1784. Teve uma conferencia particular muito importante com a lmperatriz da Rússia em 1785 e apareceu à princesa de Lombelle, quando ela esteve ante o tribunal, minutos antes que fosse derrubada com um golpe e que um rapaz carniceiro lhe cortasse a cabeça. Da mesma forma apareceu a Jeanne Du Barry, a concubina de Luiz XV, quando esperava, em Paris, no cadafalso da guilhotina, durante os dias de terror no ano de 1793". Inúmeras outras personalidades declararam ter visto e conversado com o Conde de St. Germain depois do anúncio de sua morte. Entre estes se encontra o Conde de Challon que declarou numa reportagem ter conversado com ele, longamente, em diferentes ocasiões, depois de 1784; aí está também à asserção de Madame de Genlis, de que lhe falou durante as negociações para o Tratado de Viena em 1821; afirmação de Madame dAdhemar, dos seus encontros com ele até o ano de sua morte em 1822 e a manifestação da doutora Annie Besant, no órgão "Theosofist", de janeiro de 1912, de que ela o encontrara e falava pela primeira vez em 1896. Nos documentos oficiais do Franco maçonaria, encontramos que ele foi eleito representante dos francos mações franceses em 1785, detalhe esse que é mencionado na Enciclopédia Britânica. Na Grande Biblioteca Ambrosiona, de Milão, está registrado que Ele presidiu a uma reunião da Grande Loja, juntamente com Cagliostro, St. Martin e Mesmer, no ano de 1867. De modo que devemos forçosamente deduzir que não existe um documento autentico da morte de St. Germain. Sua partida deste mundo é tão misteriosa como seu aparecimento, se é que partiu realmente. (Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – maio/1959)

A Senhora do mar.Mirella Faur.

O mar engloba as misteriosas origens da vida, que, após inúmeras transmutações e percursos, para ele volta no final do seu ciclo. Desde o instante em que nascemos do líquido salgado do ventre materno, até quando os nossos pulmões se preenchem com os fluidos corporais no momento da morte, somos um receptáculo para o caminho da água, o nosso mais precioso e sagrado presente. Desde a antiguidade o mar simbolizou vida, magia e mistério, sendo o berço da própria vida, pois ele existiu desde o começo dos tempos, antes que a terra fosse formada. Em muitas culturas a primeira imagem do mundo era de um oceano, ilimitado, indefinido e eterno, pleno de energias que podiam criar as variadas formas da vida. O primeiro estágio do mundo era descrito como uma massa aquática inerte, da qual emergiram a Terra, o céu e todos os seres. O mar primordial, informe, escuro e silencioso representava um modelo para o caos, que existia antes da criação e uma metáfora para o líquido amniótico que sustentava a vida. Os povos antigos respeitavam o mar como uma força criadora e nutridora, mas também temiam o seu poder destruidor. O mar detinha segredos e mistérios, suas profundezas ocultavam seres sobrenaturais - benéficos ou não - e divindades que moravam em palácios repletos de riquezas e tesouros. As lendas sobre os tesouros enterrados no fundo do mar na realidade são as reminiscências das antigas lendas sobre as divindades que governavam a fertilidade representada pela riqueza da fauna e flora aquáticas. A Deusa se manifesta em todos os elementos, Ela é a Mãe Terra, o Sopro da Inspiração, a Senhora das Chamas, mas o elemento em que A encontramos mais facilmente é a água, pois assim Ela está presente em todos nós. A vida começou no mar e o nosso corpo guarda esta lembrança no líquido amniótico, nas lágrimas, no sangue, nas células e nos fluidos corporais. Nossos ventres e nossas emoções respondem ao chamado das marés e da Lua e retornaremos ao ventre primordial seguindo o eterno fluir do tempo, do seu inicio até o fim. A Grande Deusa é a quintessência fluida formada das águas, as celestes e as subterrâneas (onde pertencem os córregos, riachos, rios, cachoeiras, fontes, lagos, mares), em cujo ventre a vida se formou como se fosse um peixe. A Mãe do Mar aparece de várias formas, às vezes Ela é escura e profunda como o vazio primordial onde a vida apareceu primeiramente. Outras vezes Ela brinca e ri com as ondas na areia, brilha com a luz do Sol ou da Lua ou se enfurece e rodopia com o rugido da tempestade. A sua presença foi louvada e honrada em inúmeras canções e poemas, apareceu em mitos, histórias, contos e lendas em vários lugares do mundo. Dion Fortune - escritora, ocultista e sacerdotisa da Deusa - vê o mar como “origem de todos os seres, a vida nela aparecendo como uma onda silenciosa que segue seu rumo e volta para recolhê-la no final.” Ao longo dos milênios a Mãe do Mar recebeu muitos nomes e representações, Ela era a Grande Deusa cujas marés seguiam as fases da Lua e que foi vista como Tiamat, o dragão das profundezas, Atargatis e Derceto, deusas sírias com caudas de peixe e regentes da fertilidade, equivalentes das deusas venusianas Astarte e Ishtar, Ísis e Maria adoradas como Stella Maris, a Estrela do Mar ou Iemanjá, a nossa Mãe das águas. A Mãe do Mar como “Senhora dos peixes” tem uma origem muito antiga, foram encontradas esculturas de uma deusa–peixe datadas de 6000 a.C. no sitio arqueológico de Lepenski Vir na antiga Iugoslávia, indicando um culto exclusivo de moças, que nos períodos de seca ou enchente se ofertavam à Deusa - deixando-se levar pelos redemoinhos do rio Danúbio - para implorar Sua benevolência. Na Grécia existiam antigos cultos da Senhora da navegação e da Mãe das criaturas marinhas que tinham vários altares. A Mãe do mar é um emblema universal do nascimento e renascimento, reproduzido nas religiões patriarcais de maneira oculta e simbólica pelo batismo e a pia batismal. O peixe é totem da Deusa Mãe e aparece como sua montaria ou emblema, estilizado como yoni, símbolo do órgão sexual feminino, uma imagem central do ventre nos mitos de fertilidade e renascimento, adotado depois como símbolo cristão (por ter sido considerado Cristo o pescador das almas). No mito babilônio da criação o primeiro ser foi Tiamat, Mãe de todos os deuses e detentora das tábuas dos destinos, que se apresentava como uma grande serpente – ou dragão- e regia as águas salgadas dos mares. Fecundada pelas águas doces pertencendo ao seu amado Apsu, do seu imenso ventre nasceram todas as formas de vida, perfeitas e monstruosas, até que no final nasceram os deuses. Após um tempo, os filhos divinos se revoltaram contra seus pais, mataram Apsu e o primogênito Marduk despedaçou Tiamat, criando das metades do seu corpo o céu, a Terra e todas as águas. Mari significava mar e ventre na tradição suméria, Afrodite Mari era conhecida como a Mãe de todos, nascida do mar e Criadora da essência da água. Como Afrodite Pandemos é representada cavalgando um golfinho e foi reverenciada na Síria como Atargatis. A Mãe primordial grega era Rhea, que separou os elementos sólidos e líquidos do abismo primordial e criou assim a Terra e o mar. Tetis, descrita como a Grande Rainha grega do oceano, filha de Gaia e Urano, chamada de Mare Nostrum pelos romanos, era mãe de 6000 filhos, suas 3000 filhas sendo as Ocêanides. Depois da revolta e vitória dos deuses olímpicos sobre as divindades pré-helênicas, a regência do mar foi conferida a Posêidon. Para poder governar ele teve que casar-se com a regente ancestral do mar, a deusa Anfitrite, que continuou governando as profundezas do mar, enquanto Posêidon dirigia sua carruagem na superfície das ondas, acompanhado pelas ninfas marinhas, as Nereidas. Na mitologia celta a deusa Fand também regia as profundezas do mar, enquanto seu marido Manannan Mac Lyr navegava na superfície. O casal de gigantes nórdicos Ran e Aegir era temido pelos navegantes, que lhes pediam proteção fazendo oferendas e orações, para evitar que as tempestades levassem seus barcos para as moradas divinas do fundo do mar. Suas filhas, as Donzelas das Ondas em número de nove eram as mães do deus Heimdall, o guardião de Bifrost, a ponte do arco-íris da mitologia nórdica. Temu era o nome egípcio do vazio uterino cósmico e primordial, do qual foram criadas as divindades e os mundos. Na China existe a lenda de uma moça - Lin Mo Ning - cujas qualidades extraordinárias de devoção a Kwan Yin, a sua bondade e as curas milagrosas por ela realizadas lhe permitiram a iluminação e ascensão. Aos 28 anos ela foi elevada para o céu em uma nuvem dourada e se transformou em um arco-íris, equivalente chinês do dragão e símbolo de cura e boa sorte. Ela foi deificada e tornou-se Mat-su ou Mazu, a deusa do mar reverenciada até hoje em inúmeros templos a Ela dedicados, como protetora dos barcos nas tempestades e das pessoas nas inundações. O mito de Sedna, deusa do mar dos inuits - Senhora dos animais marinhos, Doadora da fertilidade - retrata a trajetória mítica de uma jovem mortal passando por decepções afetivas e filiais. Ao ser sacrificada pelo seu pai (para ele se salvar) representa o caos seguido pela abundância, pois ao mergulhar nas profundezas do mar, a jovem Sedna se transformou na mãe arquetípica fornecedora do alimento para o seu povo. Na África a regência do mar é dividida entre Olokun (que aparece ora como orixá masculino, ora como feminino) e Yemayá ou Iemanjá, também honrada como Iyá Mo Ayé, a Mãe dos mundos, Criadora do céu e do mar. Originariamente Iemanjá era divindade das águas doces, regente do rio Ogum, associada à fertilidade das mulheres, maternidade, criação do mundo e continuidade da vida. Por ser regente do plantio e colheita (dos inhames) e da pesca, seu nome ficou Yeyé Omo Ejá, a “Mãe dos filhos peixes”. Nas representações míticas e nas várias imagens seus poderes - gerador e nutridor - são revelados pelos seios fartos e as ancas largas. Nos mitos Ela aparece como uma Grande Mãe, protetora das cabeças dos mortais, generosa nas suas dádivas e representando os diversos papéis da mulher: mãe, filha, esposa, irmã. Na transposição para o Brasil foi transferido para Iemanjá a regência do mar, que na África pertencia a seu pai ou mãe, Olokun, pois segundo conta uma lenda “ as lágrimas derramadas pelos escravos na travessia do oceano salgaram as águas doces de Iemanjá”. Mas mesmo considerada orixá do mar, Iemanjá continua sendo saudada no Candomblé como Odo Iyá, Mãe do rio, da qual sua filha Oxum herdou o domínio das águas doces. Outro aspecto de Iemanjá no Brasil é relacionado à sua denominação de Rainha do mar, que a associa à figura da sereia, de origem africana (as três sereias de Angola: do mar, do rio e da lagoa) e européia (dos mitos gregos, celtas, e nórdicos). Como divindade marinha Iemanjá tem um papel duplo: de mãe que controla as marés e propicia a pesca, e também de sereia sedutora e sensual que atrai o pescador ou o navegante para as profundezas do mar. Concebida popularmente como a Mãe propiciadora de saúde, prosperidade e boa sorte, além de garantir sanidade, equilíbrio e clareza mental como “dona das cabeças”, Iemanjá aos poucos foi perdendo seus atributos originais de divindade guerreira e mulher sensual dos mitos africanos e foi sendo ampliado o seu papel de deusa mãe. À medida do fortalecimento do seu papel materno, Iemanjá foi sendo aproximada da figura de Nossa Senhora com quem Ela é sincretizada em Cuba e Brasil e suas festas comemoradas de acordo com o calendário católico (como Nossa Senhora das Candeias na Bahia, do Carmo no Recife, dos Navegantes no Rio Grande do Sul, da Conceição em São Paulo). Aos poucos Ela foi assumindo novos aspectos iconográficos trocando seus traços africanos por características européias e sendo retratada como uma mulher branca, com longos cabelos negros e lisos, de vestido azul com cauda, caminhando sobre as ondas do mar, espalhando rosas brancas e usando uma tiara em forma de estrela, aparecendo assim como a própria Stella Maris. Na Umbanda foi atribuída à Iemanjá a chefia de falanges de “caboclos e caboclas do mar”; associada a diferentes Mães d’Água indígenas foi sendo chamada de Iara, a Mãe d’Água ou Senhora Janaina. Seus atributos de sedução e sensualidade foram transferidos para uma entidade complexa e controvertida - Pomba Gira - e realçados apenas os atributos maternos e protetores. Na Santeria cubana Iemanjá é sincretizada com La Virgem dela Regla e retratada como uma Madona Negra, protetora dos navegantes. A crescente participação da população nas Suas festas nas praias brasileiras - principalmente nos dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro - tornou Iemanjá o orixá mais popular e reverenciado no Brasil, não somente pelos adeptos de Candomblé e Umbanda, mas pela sociedade como um todo. Transcendendo as tradições afro-caribenhas que deram origem aos cultos modernos, Iemanjá é cultuada atualmente pelos círculos sagrados femininos, os adeptos dos grupos da tradição Wicca e neo-pagãos, nos Estados Unidos e no Brasil, como uma Deusa Mãe. Apesar das suas modificações ao longo do tempo e espaço, os atributos de amor e nutrição que Iemanjá traz para seus adeptos são prova do seu poder milenar como protetora das crianças, mulheres e famílias. Enquanto Olokum detém os poderes de destruição subindo enfurecida das profundezas do mar, Iemanjá rege em contrapartida a superfície e a calmaria. A suavidade da filha pode acalmar a fúria da mãe, pois ambas representam os ciclos de mudança: dar a vida, proteger, abrigar, nutrir, transformar ou dar-lhe o fim. Com a ajuda de Iemanjá podemos superar as marés e mudanças na nossa vida e buscar a tranqüilidade mesmo no meio da tempestade. Os mitos da Mãe do Mar refletem o mundo natural ao nosso redor e principalmente o poder do oceano, que inspira respeito e medo pela sua força destruidora como vemos nos tsunamis, tufões e maremotos. A mutabilidade do mar nos ensina como buscar o equilíbrio e a conciliação dos opostos na nossa própria natureza, alternando a ação e a quietude, a aceitação da dor e da alegria, as fases de tumulto ou de estagnação. Ao longo dos séculos os seres humanos lidaram com os desafios do mar e por isso o reverenciavam por saberem que estavam à mercê das suas forças. Mas agora, pela primeira vez na história da humanidade, os homens têm o poder de envenenar as suas águas, de matar sem discernimento ou necessidade os seres vivos que nele habitam. Para continuarmos a receber as bênçãos e dádivas da Mãe do Mar precisamos nos envolver em alguma atividade ecológica para impedir a destruição dos recifes de corais, a extinção das espécies marinhas, a poluição pelos resíduos industriais e domésticos. Precisamos honrar a Mãe do Mar e lhe pedir compaixão e generosidade para o nosso renascimento, nos elevando da cobiça, violência, falta de respeito e compaixão com os outros seres para a harmonia, o convívio pacifico e a serenidade, exterior e interior. “Devemos nos lembrar de que o nosso espírito nos leva de volta para a água, pois ele flui no pulsar do rio e retorna para o mar onde a vida começou. Nossas almas são pesadas com tanta dor e decepção e difíceis de carregar, mas nós pediremos ao rio levar nosso peso para o mar e oraremos ao mar lavar e renovar os nossos espíritos. Nossas lágrimas de dor e tristeza lavam nossas almas e nos libertam de tudo o que nos atordoa, removendo as marcas de sofrimento. Levantemo-nos radiantes e sigamos em paz, pois o nosso espírito foi lavado pelas ondas do mar e por elas renovado”.

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