terça-feira, 5 de abril de 2011

A Lei de Causa e Consequência.


A hereditariedade física produz certos tipos de fisionomias e serve para fazer evoluir algumas combinações materiais especiais, nomeadamente o desenvolvimento de certas faculdades ou de doenças hereditárias.

Assim, um Ego, dotado de faculdades artísticas musicais, será levado a encarnar-se numa família de músicos. Um Ego que se deixou arrastar pelos excessos do seu corpo de desejos e de pensamento inferior, que se abandonou à embriaguez, será conduzido a encarnar-se numa família onde o sistema nervoso esteja enfraquecido pelos excessos; por exemplo, pais alcoólicos irão fornecer-lhe para invólucro físico materiais pouco saudáveis.

A Eliminação do Destino.

A acção é movida pelo desejo. Uma acção é executada com o fim de obter por meio dela o objecto desejado.

O elemento que nos prende no destino é o desejo, e quando o Ego nada mais deseja sobre a terra ou nos mundos superiores, rompe os laços que o prendem à roda das reencarnações. Então a acção não tem mais nenhum poder sobre o Ego.

Quando o Homem começa a aspirar à libertação, é-lhe ensinada a prática de "renúncia aos frutos da acção", aprende a suprimir gradualmente em si mesmo o desejo de posse do inútil. Primeiro priva-se deliberada e voluntariamente de um certo objecto, adquire o hábito de passar sem ele, sem sentir descontentamento. Depois de certo tempo, o objecto já não lhes faz mais falta. Percebe então, que o próprio desejo se desvaneceu.

Uma vez atingida esta perfeição, não tendo mais desejos nem antipatias por nenhum objecto, o Homem não criará mais destino, nem será mais atraído para estes mundos. É a cessação do destino individual, na produção de novo destino.

Outra maneira de cessar o destino criado no passado é por meio do conhecimento das vidas passadas, contrariando os maus pensamentos, opondo-lhes forças iguais e contrárias.

Os que não possuem os conhecimentos necessários para passar em revista as suas vidas anteriores, podem também anular as numerosas causas que puseram em actividade na sua actual existência. Podem examinar toda esta existência e avaliar todas as circunstâncias em que produziram ou sofreram danos. Neutralizarão as causas de primeira categoria, prodigalizando pensamentos de amor e protecção e ao mesmo tempo executando no Mundo Físico, actos de dedicação à pessoa lesada, sempre que tiver ocasião. As de segunda categoria serão neutralizadas por pensamentos de perdão e boa vontade.

Também todos, que ao mal respondam com o bem, esgotam inconscientemente o destino, produzido no presente e destinado a produzir os seus efeitos no futuro.

O Destino e os Astros.

A necessidade de obter organismos de natureza específica para o Ego esgotar o seu destino, faz com que as leis do renascimento e de causa e consequência estejam relacionadas com o movimento dos astros, do Sol, dos planetas e das constelações zodiacais. Todos se movem nas suas órbitas, em harmonia com estas leis, guiados pelas suas inteligências espirituais internas – os Espíritos Planetários.

Todos os habitantes e acontecimentos da Terra estão relacionados com os corpos e movimentos siderais. Acontece o mesmo com as leis do renascimento e da causa e consequência. O clima e outras mudanças que resultam da passagem do Sol pelos diferentes signos, ao longo do ano, afectam a Terra, o homem e as suas actividades de várias maneiras. O Homem nasce quando a posição dos corpos do sistema solar proporciona condições necessárias para a sua experiência e desenvolvimento nessa encarnação. Podemos considerar os astros como um relógio do destino. Os doze signos do zodíaco correspondem ao mostrador, o Sol e os planetas ao ponteiro das horas, que indica o ano; a Lua, corresponde ao ponteiro dos minutos, que indica os meses em que os diversos acontecimentos do destino maduro se devem cumprir. Os astrólogos podem saber a ocasião exacta da vida de um Homem, determinada pelos Senhores do Destino, em que uma dívida (do destino maduro) deve ser paga. Nestes casos, o Homem não tem poder para alterar esta situação.

Bibliografia.
Annie Besant, Um estudo sobre o Karma, Editora Pensamento, S. Paulo, 1997.
Annie Besant, A Sabedoria Antiga, Livraria Freítas Bastos, Rio de Janeiro.
Cinira Riedel de Figueiredo, Leis Ocultas para uma Vida Melhor, Editora Pensamento, Lª, S. Paulo.
Max Heindel, Conceito Rosacruz do Cosmo, Fraternidade Rosacruz de Portugal, Lisboa, 1989.
Max Heindel, Renascimento e Consequência, Lição nº 10 do Curso Suplementar de Filosofia, Fraternidade Rosacruz de Portugal.

Hatshepsut ou Serenidade.


Hatshepsut, ou amuleto egípcio da serenidade, é um talismã de raro uso mas que segundo os crentes possui poderosíssimas influências na serenidade e controlo de estados de ansiedade.

Este amuleto ou talismã é pouco usado como pingente mas é frequentemente visto como talismã de lar em forma de busto.
O talismã da deusa da serenidade dá uma sensação de paz e de tranquilidade que é no mundo de hoje bastante esquiva. Está inspirado na rainha faraó. Durante mais de vinte anos, uma mulher, Hatshepsut, reinou no Egipto. Hatshepsut, era chefe de um Egipto rico e poderoso, inteligente, hábil, dotada de capacidades administrativas provavelmente excepcionais, chefe político, Hatshepsut era uma das filhas de um grande monarca, Tutmés I. Este preparou a sua filha para exercer o poder. Ela proferia-lhe um profundo afecto, tomando-o como exemplo.
Hatshepsut Hatshepsut herdou o carácter enérgico do seu pai. Casou-se com um filho deste, nascido de uma concubina, Tutmés II, cujo reinado foi breve. O jovem rei, cuja carreira parecia prometedora, morreu prematuramente. Este falecimento colocou o Egipto numa situação difícil. Tutmés II tinha tido duas filhas e um filho, o futuro Tutmés III. Mas este último era só uma criança, incapaz de desempenhar a pesada função a que estava destinado. Hatshepsut assegurou a regência. Filha de rei, irmã do rei, esposa do grande deus, grande esposa real, dirigiria o país segundo a vontade de seu sobrinho, afirmava ela.
Mas este tipo de governo não correspondia à mentalidade egípcia. Por esse motivo, Hatshepsut decidiu ser rei e não rainha porque adoptou as características masculinas que fizeram dela um faraó como os outros.
O túmulo de Hatshepsut foi encontrado. Foi o primeiro a ser escavado no Vale das Rainhas. Chega até mais de cem. metros debaixo da terra e não tem nem textos nem representações. Continha os sarcófagos de Hatshepsut e de seu pai, Tutmés I. Mas Hatshepsut, quando chegou a faraó mandou construir outro túmulo no Vale dos Reis. O eixo principal desta morada de eternidade está situado em direcção ao templo de Dayr el-Bahari, unindo assim de forma abstracta os monumentos essenciais da rainha-faraó. Reinado feliz, anos de paz e de serenidade, beleza de uma civilização que se reflecte no templo de Dayr el-Bahari.