contos sol e lua

contos sol e lua

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

HALLOWEEN .

Durante todo o mês de outubro a pequena Salem (cidade do estado de Massachusetts, fundada em 1626 e por muito tempo um dos principais portos americanos) se agita, ou melhor, “treme” sob o efeito do festival Haunted Happenings, com intensa programação que celebra o Halloween. Trazido pelos colonizadores para o Novo Mundo, o costume de origem celta, relacionado ao culto aos mortos e reverência ao céu e à terra, sofreu influência dos romanos e da Igreja. A festa pagã, antes chamada de Samhain, tornou-se assim o Halloween (que vem de “All Hallow’s Eve” ou “Hallow Evening” – alusão à vigília de todos os mártires ou santos, que antecede o Dia dos Mortos do calendário católico). Nos Estados Unidos, ao longo dos anos, somaram-se à comemoração diversos elementos “assustadores” – monstros, esqueletos, assombrações, caveiras, gatos pretos, fantasmas – que divertem especialmente as crianças. Fantasiadas, elas saem em grupos, apavorantes ou nem tanto, batendo de porta em porta da para perguntar “trick or treat” (travessura ou gostosura, em tradução livre), para ganhar doces e balas em troca de nada aprontar contra os vizinhos. E as bruxas? – Embora a expressão “Dia das Bruxas” seja adotada como a tradução do Halloween para o português, a associação da data com a feitiçaria ganhou força na Europa a partir da Idade Média, quando ocorreram as intensas perseguições às bruxas (pessoas que supostamente praticavam magia). No fim do século 17, Salem entra definitivamente nessa história com os acontecimentos macabros que acabaram dando notoriedade sinistra à cidade. Por conta de pura superstição, uma onda de terror se impôs, gerando perseguição, prisão, julgamento e condenação à morte de pessoas, a maioria mulheres, acusadas de bruxaria. A histeria durou um ano – os últimos julgamentos ocorreram em 1692 –, até que uma lei libertou os presos e proibiu o processo por essa acusação em todo o território americano. O episódio inspirou o escritor Arthur Miller a criar, no início dos anos 50, a peça As Bruxas de Salem (The Crucible, no original). O texto foi adaptado para o cinema pelo próprio Miller, em 1996, no filme dirigido por Nicholas Hytner e estrelado por Daniel Day-Lewis e Winona Ryder. Ao incorporar tradição ancestral e sua própria história, Salem é toda Halloween, e ninguém, dos habitantes locais aos milhares de visitantes que lotam a cidade em outubro, deixa passar em branco a estação das “Jack O’ Lanterns” esculpidas em abóboras. O Haunted Happenings tem atrações o mês inteiro, incluindo eventos, manifestações, feirinha, visitas especiais a museus e casas de bruxas oficiais, apresentações e tours que rompem as madrugadas para aproveitar melhor as horas mais “bruxuleantes”, passando ainda por jardins “assustadora e humoradamente” decorados… Além do Halloween, o festival celebra também o outono, época em que as árvores e folhagens se tingem de cores quentes antes de caírem aos primeiros ventos invernais, atração extra em toda a região de New England. Cenário e clima perfeitos da “cidade Halloween”. Autora: Ivone Santos. HALOWEEN TUPINIQUIM - Waldyr Argento Jr) Parecia uma festa normal, a não ser, é claro, pelas fantasias oriundas do império americano. Entra ano e sai ano e nós brasileiros nos rendemos mais à cultura do capitalismo selvagem. Antes que digam que sou um comunista ou socialista, vou logo esclarecendo: sou meio humanista. Tudo bem, vocês podem me dizer que eu estou errado, e daí? É assim que penso! Mas, vamos ao que realmente é motivo dessa “croniqueta”. O povo todo vestido de bruxa, de caveira, fantasia de abóbora era uma perfeita festa de halloween... Exceto é claro pelo país, tupiniquim! Todos, todos sem exceção se divertiam, afinal era uma festa, né? E festa é conosco mesmo!!! Já viste povo mais animado que o nosso? Eu não!!! E lá pelas tantas da celebração às bruxas, aparece um indivíduo diferente... Não, não era uma das bruxas de Eastwood, e nem o Harry Porter, muito menos o Senhor dos Anéis... Era um negrinho franzino e que mancava, pois só tinha uma das pernas... Todos pensavam se tratar de um disfarce... Mas o cachimbo que exalava um cheiro tradicional e as evidências mostravam que era um ser diferente. Talvez oriundo das histórias em quadrinhos, ou mais precisamente um dos personagens do mestre Lobato... E o dito cujo riu para o pessoal, soltou uma baforada e indagou: - Eta festa boa essa molecada!!! Quanta animação pessoal!!! Posso saber o que vocês estão comemorando??? Um dos convidados mais exaltado resolveu retrucar o menino: - Que fantasia maneira, neguinho!!! Cadê a sua outra perna... – E riu do moleque, pensando se tratar de um truque de imagem, de espelhos... Ah, sei lá!!! O vulgo pretinho sorriu e deu mais uma baforada no seu cachimbo: - Uai, isso é festa das boas, mas não consigo entender de quê? E quanto a truques... Eu sou mesmo assim!!! Se falta a outra perna, sobra coragem!!! - Amigos... Bonita essa brincadeira, né??? Mas alguém pode me informar o quê está acontecendo? – indagou um dos participantes, curioso. - Sabemos não, amigo!!! Acho que deve ser coisa do pai de vocês!!! – retrucou outro participante do evento. - Que pai doces, o quê!!! Eu vi essa animação toda e resolvi participar!!! Afinal, uma festa cheia de indivíduos estranhos como eu e de bruxas!!! Que festa é essa??? – indagou o pretinho. - É Halloween!!! - O quê? É Haroldo ruim, é? Bem que me disseram que o menino não era flor que se cheire!!! Esse tal de Haroldo, hein? - Ô seu neguinho manco!!! Vai embora, vai!!! Não vê que Halloween é a festa das bruxas??? E o Haroldo é o filho do dono dessa mansão e que financiou essa festinha!!! - Das bruxas??? Interessante, né? Se é festa das bruxas por que não convidaram a Cuca? - Quê Cuca o quê, moleque!!! Tu tá é lelé da cuca!!! - A Cuca, oras!!! A bruxa mais conhecida do Brasil!!! Acho que ela vai ficar sentida com essa falta de consideração!!! Nisso, do nada aparece a feiosa em carne e osso. E com o seu rabão de jacaré!!! - Saci??? Tu me chamaste moleque??? - Aiiiii!!! Não falei!!! Mexeram com a dita cuja!!! Agora ocês que agüentem a sua fúria!!! Nisso, todos convidados começam a desconfiar dos dois personagens. Primeiro procuram em vão a outra perna do Saci. E se desesperam com o fato do moleque ir, vir e às vezes sumir sem deixar vestígios. Ao tentarem encarar a bruxa Cuca, alguns recebem um pouco da sua ira em raios elétricos de baixa intensidade... Outros chegam a se ferir um pouco testando os seus dentes. E alguns mais desavisados tomam uma pequena lambada dela. Sabe-se Deus quando irão despertar. Mas o fato é que quando se apercebem que se trata do Saci e da Cuca de verdade, os meninos vestidos de bruxa e de amigos do TIO SAM, fogem desesperados do local. Aos risos, o Saci indaga à Cuca: - Viu amiga, o que dá mexer com nós??? Saíram todos correndo pras suas casinhas, né??? - Isso aí, Saci amigo!!! - É, Cuca!!! E óia que eles nem conheceram o Curumim, o Boitatá e nem a Mula sem cabeça!!! - É, eta povinho fraco esse, né??? ORIGEM DA PALAVRA HALOWEEN. A palavra Halloween tem origem na religião católica. É uma contração da expressão "Ali Halliows Eve", no inglês atual, "All Hallows Eve", que significa "Véspera do Dia de Todos os Santos". O Halloween, conhecido no Brasil como Dia das Bruxas, é comemorado na noite de 31 de outubro. No aspecto religioso, essa ocasião é conhecida como a vigília da Festa de Todos os Santos, dia 1º de novembro. Estudiosos de folclore acreditam que os costumes populares do Halloween exibem traços do Festival da Colheita, realizado pelos romanos em honra à Pamona (deusa das frutas), e também do Festival Druída de Samhain (Senhor da Morte e Príncipe das Trevas). De acordo com a crença, Samhain reunia as almas dos que tinham morrido durante o ano para levá-los ao céu dos druídas, nesse exato dia. Para os druídas, Samhain era o fim do verão e o Festival dos Mortos. O dia 31 de outubro marca também o término do ano céltico. Período Pré-Cristão . Acreditava-se que os espíritos dos mortos voltavam para visitar seus parentes à procura de calor e provisões, pois o inverno aproximava-se e, junto a ele, o reinado do Príncipe das Trevas. Os Druídas invocavam forças sobrenaturais para acalmar os espíritos maus. Estes raptavam crianças, destruíam plantações e matavam os animais das fazendas. Acendiam-se fogueiras nos topos das colinas nas noites de Samhain. As fogueiras talvez fossem acesas para guiar os espíritos às casas dos seus parentes ou para matarem ou espantarem as bruxas. A inclusão de feiticeiras, fadas e duendes nesses rituais originou-se da crença pagã de que, na véspera do Dia de Todos os Santos, havia uma grande quantidade de espíritos de mortos que levavam avante uma oposição aos ritos da igreja de Roma, e que vinham ridicularizar a celebração de Todos os Santos, com festas e folias próprias deles mesmos. Supunha-se que fantasmas " frustrados" pregavam peças nos humanos e causavam acontecimentos sobrenaturais. Período Cristão. Com o passar dos tempos, a comemoração do Halloween tornou-se alegre e divertida, sem todos aqueles vestígios sombrios e tenebrosos da tradição céltica, tornando-se mais conhecida na América após a emigração escocesa, em 1840. Alguns dos costumes trazidos pelos colonos foram mantidos, mas outros foram mudados, a fim de que houvesse adaptação às novas maneiras de viver. Como exemplo, temos as Jack-O-Lanterns que, feitas com nabos primitivamente, passaram a ser feitas com abóboras. Essas Jack-O-Lanterns são um dos símbolos mais conhecidos do Halloween e têm sua origem entre os irlandeses. Jack-O-Lantern Conta a lenda que um homem chamado Jack não conseguiu entrar no céu porque era muito avarento, e foi expulso do inferno porque costumava pregar peças no diabo. Foi, então, condenado a vagar eternamente pela terra carregando uma lanterna para iluminar seu caminho. "Trick or Treat" (Travessuras ou Gostosuras) A fórmula Trick or Treat também se originou da Irlanda, onde as crianças iam de casa em casa pedindo provisões para as comemorações do Halloween, em nome da deusa irlandesa Muck Olla. As crianças inglesas continuaram esta tradição, vestidas com roupas extravagantes, pedindo doces e balas. Hoje em dia, principalmente nos EUA, o Halloween é lembrado com muitas festas e alegria. Nessas festas, as pessoas usam máscaras e se vestem como fantasmas, bruxas, Conde Drácula, Frankstein, ou da maneira que achar mais engraçado ou horripilante. As crianças saem às ruas fantasiadas, batendo de porta em porta, pedindo doces e dizendo: "Trick or Treat". Quem não as atende pode ter uma desagradável surpresa, pois elas podem lhe pregar alguma peça.