contos sol e lua

contos sol e lua

sexta-feira, 26 de março de 2010

O silêncio da alma.


O silêncio da alma
Sublime silêncio...
que repara os erros,
que enxuga as lágrimas,
que apara arestas,
que fecha feridas
que induz ao raciocínio,
e abre as portas
antes trancadas
pela escuridão da ignorância,
permitindo a entrada da luz,
e o despertar da confiança.

Silêncio

Que desativa todos os sentidos,
e querendo falar, não se fala.
e querendo ouvir, não se ouve.
e querendo ver, não se vê.
e querendo tocar, não se toca.
e querendo aspirar, não aspira,
não respira, não se sente,
apenas pressente,
todo o desejo latente e perdido,
de um coração triste e reprimido.


Silêncio

para que todo o pensamento flua,
e reconhecendo cada erro, cada falha,
a alma arrependida, se destila e depura,
concebendo o dom do perdão e da graça.

Silêncio

para que se faça tangível a razão,
reconhecendo os jardins dos desamores,
e transformando-os em jardins de flores,
no templo puro e cristalino do coração.

Silêncio

para que todas as ofensas desapareçam,
todas as dúvidas em confiança se convertam,
e as esperanças perdidas sejam recuperadas,
na certeza de uma alegria docemente renovada.


Silencio

para que eu me lembre de ti,
de cada momento,
de cada sentimento,
de cada beijo tímido,
que foram dados às escondidas,
mas que nada devem ao pudor,
e que nada devem à dor ou mesmo aos desatinos,
das nossas almas separadas por um curto destino.

Silêncio

para que vendo uma rosa vermelha
eu me lembre do teu coração cheio de Amor.

para que vendo a Lua cheia e luminosa,
eu me lembre da ternura viva dos teus olhos.

para que vendo o Oceano em repouso,
eu me lembre a suavidade e a doçura da tua Paz.

Para que vendo o manto suave das nuvens,
eu recorde a tua pele macia e sedosa.

Para que vendo o nascer do Sol,
eu me lembre do esplendor do teu Sorriso,

E quando sentir em minha volta o milagre da vida,
eu possa recordar que me fizeste sentir igual
quando nos seus braços, revivi no calor do teu Amor.



Silêncio

Para que recordando cada toque de tua pele
ainda sinta o perfume do teu corpo.
para que recordando do calor dos teus lábios,
ainda sinta o toque quente e úmido nos meus.
para que recordando cada diálogo contigo
ainda sinta a vibração amorosa da tua voz.
para que recordando cada lugar que juntos caminhamos,
ainda sinta a energia de tuas mãos, apertando as minhas.

Silêncio

Este silêncio
que devora cada dia, cada hora,
cada minuto e cada segundo,
de uma forma lenta, triste, inconsolável.
E aos olhos atentos do mundo,
a dor e a solidão não serão notadas,
a minha alma vertendo-se em lágrimas,
de uma saudade incontrolável,
recordará a tua doce existência
como um Sol brilhando em minha alma.
Hassin Ghannam.

A ROSA DOS VENTOS DOS LAMENTOS RACIONAIS.


Barbas brancas sobre a face da noite
Ofuscam o brilho dos faróis da esperança;
Olhos perdidos na abóbada celeste do norte
Por onde caem as gotas do pesar indecente
A cair por entre os escombros da morte
Em meio as explosões do imperioso sonho demente!
São as mesmas lágrimas que movimentam a revolta das águas do leste;
Clamor das ondas devastando as terras áridas de vida
A sufocar os gritos da insanidade inocente.
O pranto dos mares: evapora-se , emudece-se, Cala-se!
Acima do reino dos famigerados do sul
Miseráveis frutos dos campos amargos dos desvalidos;
Infame arquitetura dos projetos de seca!
E tu que já derrubaste muros,
Ergueste edifícios, Desvendaste o segredo da vida,
Aventurando-se nos limites do espaço infinito,
Permaneces imóvel no ponto áureo da direção do oeste!
De pé ante a estátua dos cavaleiros de bronze;
Buscas o reluzido brilho perdido
Enquanto contemplas os raios de outrora!
Simplesmente ali ressecaste tuas vistas;
E apenas permites que a chuva escorra,
Suavemente, por dentre as cicatrizes do teu rosto de choro.
Andréia de Oliveira.

Crenças.


Cremos que a vida humana é múltipla em manifestações, mas uma só em essência e que somos um canal de manifestação da vida, e que lutar contra é uma forma de onipotência, é querer parar o fluxo harmônico da natureza.
Cremos que a família menos que um conjunto de obrigações, é um laboratório de treinamento na operacionalidade do amor, uma experiência comum das diferenças individuais, é na diferença que se situam o crescimento e o amor e que crescer é fazermos em níveis maiores a ligação entre os contrários!
Cremos que o tempo não existe, como força fora de nós, mas que o tempo somos nós mesmos em movimento, em transitoriedade... Que a segurança não existe a não ser como a aceitação da insegurança básica da pessoa humana. Que o amor, a bondade, a verdade e a ternura devem ser cultivados não por imposição moral, mas porque fazem parte das leis naturais do mundo.
Cremos que estamos na vida para louvar a gratuidade, a simplicidade e o imprevisto, que a vida só se vive no improviso, no rascunho. Que nenhum de nós é um todo, mas apenas uma parte, que a alma é um pedaço de nosso corpo e que nosso corpo é um pedaço de nossa alma.
Cremos que até nisso as pessoas são iguais, cada um é diferente, que somos criança, adultos e velhos ao mesmo tempo. Que viver é juntar diariamente o separado e separar diariamente o que está junto.
Cremos que se aprendemos a nadar, temos que aprender a mergulhar, e que para aprendermos a ganhar, temos que aprendermos a perder, que para aprendermos a viver temos que aprender a morrer, que para sentir prazer temos que aprender a sentir dor. Que para aprendermos, a saber, temos que aprendermos a não saber!
Cremos que ser diferentes é ser livre, que o passado e o futuro são importantes como referência da nossa vida, e não como uma determinante dela, que existem o conhecido, o desconhecido e o incognoscível. Que o vazio faz parte do mundo e é onde recebemos o mundo, jamais teremos segurança total, inteligência total, presença total, saúde total, potência total.
Cremos que nossa força vem da consciência de nossa fraqueza, que nossa coragem vem da consciência de nosso medo, que enfrentar as coisas vem da consciência do nosso desejo de fugir, que nossa alegria vem da consciência da nossa depressão, e que nossa esperança vem da consciência de nosso desespero.
Cremos que se após a morte não existir nada, este nada será uma forma de existir, que nós somos bons, verdadeiros, honestos, livres e sábios por natureza embora às vezes sejamos maus, desonestos, presos e ignorantes. Que o mal não existe em si mesmo, é apenas a ausência do bem.
Cremos que mestre é aquele que aprende e não o que ensina, que a autoridade vem dos fatos e não das pessoas. Que não queremos e não podemos ter qualquer compromisso com o sucesso, que viver é apenas viver, e não viver em função de alguma coisa.
Que não estamos neste mundo para viver em função da nossa esposa, do nosso marido, dos nossos filhos... Só estamos neste mundo para vivermos com eles. Que o amor é quando somos bons e verdadeiros ao mesmo tempo.
Cremos que nascemos para ser e não para ter, pois o dinheiro é um meio, instrumento do viver, e não um fim na vida, que pessoas não são coisas e, portanto não são propriedade de ninguém. Que amor é liberdade e que liberdade é o casamento entre o que queremos e o que podemos. Que a vida é um mistério e que nós somos parte dele, que ajudar alguém não é dizer ao outro como ele tem que se, é ajuda-lo a se ajudar, é ajuda-lo a não precisar de nós.
Cremos que é sempre possível arranjar uma desculpa para nos divertirmos, para sermos felizes. Que amar é ser inocente, acreditar nas pessoas como uma criança acredita na outra, que inocência é ver uma gota de orvalho numa flor, ver o broto das árvores,
É ver uma borboleta voar, é saudar o por do sol, é deixar cair uma lágrima, é sujar as mãos na terra, é rir dos nossos limites, é beijar o ar, é respirar uma música, é contar as estrelas, é desprevenir-se.Antonio Roberto Soares.

Um Segredo Áureo.


Há milhares de anos, no Egito, o Homem iniciou a investigação dos mistérios que o circundavam. A primeira e mais maravilhosa das descobertas que fez foi a da dualidade do Eu. Ele constatou que, além do corpo físico, com seus membros e órgãos, existia uma natureza ou elemento etéreo em seu Ser. O Homem tornou-se, então, pela primeira vez, verdadeiramente autoconsciente, ou melhor, consciente do transcendente Eu interior.
De onde veio essa essência de sua natureza, ou Eu? Ela não poderia ser afetada por aquilo que infligia dor ao corpo, pelo calor, frio ou fome. Poderia estar ativa, pensar e idealizar enquanto o corpo estivesse em repouso, ou mesmo adormecido. Além disso, o que lhe aconteceria no fim da vida, ou morte? Era ela indestrutível? Sobreviveria? Com perguntas semelhantes confundindo a mente dos antigos egípcios e, não obstante, despertando o seu interesse, iniciou-se uma busca que jamais terminou por parte dos homens e mulheres inteligentes em todo o Universo.
No fenômeno comum da vida cotidiana, na observação do início e fim das estações, no fluxo e refluxo das marés, no crescente e minguante da Lua, os homens primitivos descobriram a Lei dos Ciclos, a periodicidade de toda a Natureza. Com a morte periódica das plantas e seu renascimento na primavera, convenceram-se da ressurreição da Natureza, uma admirável imortalidade das coisas viventes. Tudo isso aumentou sua sede de conhecimento.
Mistérios do Eu.
Examinemos os fatos. Sua vida é influenciada por muitas coisas inexplicáveis – fenômenos e ocorrências, que às vezes, o leitor não pode explicar ou controlar. Poderia, mesmo, taxá-los de sobrenaturais; pode mesmo rir-se a seu respeito. Não obstante, eles são os fatores, diretos ou indiretos, que o impedem de realizar algum ideal, algo que está procurando alcançar ou conseguir, ou de libertar-se de preocupações e lutas. Você teve, por exemplo, essas sensações estranhas? Já encontrou pessoas, pela primeira vez, apresentáveis em aparência, mas, que algo, sem explicação, despertou-lhe uma onda de desconfiança e antipatia pela mesma? Por que? Essa é uma manifestação da aura humana. Hoje já sabemos cientificamente que o corpo emana esta radiação. Essa emanação tem um poder místico muito prático, que era e é conhecido pelos estudantes das ciências herméticas.
Estes mistérios e potencialidades do Eu estão sendo, cada vez mais, de domínio dos indivíduos. Todos as novas descobertas cientificas tem colaborado para que, um número cada vez maior de pessoas, se interesse por estudar e desenvolver estas habilidades inerentes a todos seres humanos. O nosso século está, indelevelmente, marcado pelo crescimento de muitas organizações que se dedicam a orientar e desenvolver estes atributos. Porém, estes conhecimentos não são novos. Os egípcios já dominavam grande parte deles, assim como, muitos outros povos ao longo de nossa história.
Podemos observar, de tempos em tempos, pessoas que se destacaram nos diversos campos da ciência e que possuíam qualidades especiais. Via de regra, elas estavam ligadas a organizações preocupadas em despertar este poder interior, latente no ser humano. Parece que, a simples descoberta destas potencialidade, adicionada à algumas técnicas de desenvolvimento e despertar, contribuíram para criar personalidades importantes para a mudança de nossa história.
Como teriam obtido tais informações? Será que faziam parte de uma classe especial de seres, ou teriam adquirido um conhecimento que lhes proporcionou um desenvolvimento acima da media de seus contemporâneos? Esta coluna não tem a intenção de responder a estas questões, mas provocar algumas reflexões e trazer a Luz de nossa consciência assuntos que sempre angustiaram muitas pessoas.Ordem Rosacruz - AMORC