contos sol e lua

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

SOBRE O XAMANISMO.

O xamanismo é uma técnica arcaica - começou na Europa por volta de 30 a 20 mil anos atrás - que tem como ideal usar todas as forças da natureza em benefício das pessoas. O registro da sua origem só foi possível graças às pinturas em cavernas encontradas na França e na Espanha. Os desenhos rupestres representam animais, como cervos, bisões e cavalos, simbolizando o pedido de proteção para a caça, ou seja, um pacto com o espírito destes animais.
A palavra xamã origina-se de saman (siberiano) e significa "inspirado pelos espíritos". Em tupi, o equivalente é pajé. O xamã pode ser homem ou mulher e é conhecido como um contador de mitos e histórias que são transmitidos através dos seus antepassados. Também é visto como uma figura tribal que exerce várias atividades: sacerdote, curandeiro, conhecedor de plantas (para a obtenção de cura para todos os males), músico e poeta.
O xamã é a ponte (para os espíritas, seria uma espécie de médium) entre o mundo divino e o mundo terreno. Ao entrar em transe por meio de rituais, músicas rítmicas e substâncias alucinógenas, seu espírito consegue "voar" a outros mundos, com a assistência de um guardião, para encontrar-se com diferentes espíritos, que podem ser bons (alguns celestiais que encorajam o xamã) ou maus (que devem ser combatidos e habitariam o mundo subterrâneo). Considerados como os protetores da Natureza, os xamãs respeitam os espíritos do mundo animal e vegetal.
Um fato que intriga os pesquisadores é que a pratica xamânica é idêntica entre os povos da Sibéria, Amazônia e Austrália. Em todos esses lugares, ocorre o transe e o xamã faz o "vôo mágico", desprendendo seu corpo espiritual para viajar a outros planos. Também é similar a associação com espíritos, sejam eles ancestrais ou animais selvagens.
Léo Artese, um dos mais renomados xamãs do Brasil, explica que o mais importante é fazer com que cada pessoa descubra seu poder pessoal. O distanciamento da natureza, a ausência de rituais e de ritos de passagem, entre outras coisas, provocam angústia às pessoas mais sensíveis.
O xamanismo é emocional, pois permite ao espírito humano harmonizar-se com o Criador. Ele pode ser dividido em duas escolas; o tradicional (segue as tradições nativas) e o neo-xamanismo (que adapta a essência com práticas terapêuticas, utilizando linhas diversas em uma realidade urbana).
Artese criou no Brasil o conceito do xamanismo universal, que une o xamanismo tradicional com o neo-xamanismo num só movimento para uma "nova consciência", fazendo conexões entre os conhecimentos esotéricos do Oriente e do Ocidente, sem cair na xenofobia dos povos do passado e nem na banalização típica de muitos movimentos new age.
Veja a seguir, as características dos grupos xamânicos:
Norte-americano: sua pratica é chamada de inipi, onde a busca da visão ocorre através de uma espécie de sauna (tenda do suor), além da prática do jejum e do isolamento. Os animais do poder são o coiote e a águia. A planta do poder é o peiote (botão de cacto). São utilizados tambores para o transe.
Sul-americano: a prática consiste no conhecimento das plantas com fins curativos. A mais utilizada é o cipó e um arbusto, derivando a ayahuasca, ou "vinho dos espíritos", considerada como "a grande professora". Os animais do poder são a jibóia e a onça. O transe ocorre através do uso da "maraca", chocalho de cabeça.
AUSTRÁLIA: os aborígenes acreditam que a outra dimensão é chamada de "templo dos sonhos" e que, através do transe, podem encontrar a grande serpente arco-íris, que simboliza a vida e a fertilidade. O xamã está ligado às cavernas, locais onde pode entrar em contato com as forças subterrâneas.
SIBÉRIA: daqui deriva a palavra xamã e o animal cultuado é a rena. O couro desse animal é usado como vestimenta protetora contra os maus espíritos. Também usam o couro para confeccionar o tambor. Assim, a alma do animal sobrevive e conduz o xamã para a outra dimensão. Utilizam um cogumelo alucinógeno.
REGIÃO ÁRTICA: os esquimós usam máscaras para representar seu poder e assim transportá-lo para outro mundo. Também invocam o espírito dos animais que serão mais caçados, como ursos ou baleias. Além de servir como alimentação, os xamãs usam os animais para negociar.

OS PODERES DO MANTRA OM.

A forma sânscrita de escrever o OM (ou AUM, como também é conhecido) é parecida com o número três (Veja a imagem). Para os hindus, este é o símbolo mais carregado de energia, pois é o próprio som do criador, a partir do qual se desenvolve a criação.
Segundo a tradição tântrica, o OM representa o arco e a flecha manuseados pelo ser humano onde o alvo é o deus hindu Brahma. Encontramos os mestres e discípulos yogues pronunciando este som. Colocado no início ou no final de toda recitação mágica, confere poderes mágicos, pois simboliza o exterior e o interior da alma, a própria divinização.
Este mantra (som) representa as três forças unificadas ou os três deuses vedas: A é Agni (fogo), V é Varuna (água) e M é Maruts (Ar).
Os homens devem pronunciá-la usando a boca bem aberta com um tom profundo e as mulheres, um tom mais alto. O "A" deve ser curto e a parte seguinte, o U, deve ser um pouco mais longo, e a final M, mais longa ainda.
Considerado o som primordial, ou o verbo do universo, quem o pronuncia recebe uma benéfica carga energética, muito eficaz na transformação espiritual.
Aocultista Helena Blavatsky (1831-1891), uma das responsáveis pela popularização da yoga no ocidente, explicava que este mantra é o mais sagrado de todas as palavras, pois é considerado uma bênção, afirmação e uma promessa.
Na maçonaria oculta primitiva, este mantra era tão sagrado que deveria ser pronunciado em voz baixa, somente quando ninguém estivesse perto.
Se o homem que pronunciar OM estiver puro de intenção, despertará o seu "Eu Superior", ou seja, a divindade que está em seu interior, fortalecendo sua moralidade.
Quem pronunciar este mantra várias vezes seguidamente em voz baixa, meditando profundamente sobre o som que está emitindo, fará com que os obstáculos que podem estar saturando sua aura, e provocando uma baixa resistência aos fatores externos, sejam eliminados.
O OM também tem a função de equilibrar e alinhar os chackras (pontos de energia) contidos em todas as pessoas. Ele fortalece o primeiro chackra (sexual) e tal energia ascende para os outros pontos, seguindo em direção ao chackra coronário (localizado na moleira) para libertar o corpo físico de todos os males e vícios.
O mantra OM ou AUM pode ainda ser associado à palavra hebraica amém, palavra esta que finaliza e abençoa as orações.

UNICÓRNIO É O SIMBOLO DA ALMA.

O unicórnio é o símbolo do poder da alma, nos estudos espiritualistas, e está associado ao luxo, à pureza da alma, à força e à boa sorte.
Embora seja um animal mitológico, contido apenas nas histórias e lendas, ele aparece em quase todas as culturas, simbolizando as qualidades que o ser humano ainda precisa ter: retidão e paz de espírito para conquistar seu caminho evolutivo.
Há registros sobre os seus poderes desde 398 a.C., quando alguns viajantes relataram ter avistado unicórnios em países distantes, do Oriente. A descrição foi de um animal com corpo de cavalo, patas traseiras de uma gazela, rabo de leão, barbas de bode e o mais impressionante: da sua testa saía um chifre torcido e retorcido com a virtude mágica de descobrir a presença de venenos, e conferir a longevidade - motivo pelo qual era procurado com afinco.
Ele figura em diversos desenhos contidos nos livros de tratados alquímicos por representar num único ser, a reunião dos opostos.
Os alquimistas viam no unicórnio a imagem do hermafrodita, um ser que transcende a própria sexualidade. Quando estavam prestes a realizar uma grande descoberta, os mestres desenhavam um unicórnio, como uma espécie de guardião desta informação.
Na Idade Média, os poderes medicinais do chifre do unicórnio constavam na lista dos remédios aprovados pela Sociedade Inglesa de Medicina. Seu preço era exorbitante; os comerciantes justificavam que "esse animal vivia na Índia e era muito difícil a sua captura". Neste mesmo período, foi transformado em símbolo da virgem fecundada pelo Espírito Santo.
Na China, o nome do unicórnio é Ki lin, símbolo da boa sorte. Essa designação representa o masculino-feminino, o yin e o yang, uma caracterização também aceita no Ocidente.
O unicórnio seria uma variante do dragão (símbolo que representa o senhor da chuva que luta contra o sol, responsável por secas e calamidades) que nasceu das nuvens (inconsciente) e sempre anuncia as chuvas da abundância (limpeza).