contos sol e lua

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

EQUINÓCIO CELTA.


Os Celtas, povo que praticava a magia 4 mil anos antes do nascimento de Cristo, faziam grandes celebrações em homenagem à Natureza, pois sabiam que sua força energética favorecia a realização dos pedidos. Os rituais eram feitos todos os meses, nas noites de lua cheia, período lunar que fortalece o poder da mente. Além desses eventos, eram realizados em datas específicas oito festivais mágicos chamados Sabbats. São eles: Samhain, Solstício de Verão, Imbolc, Equinócio de Outono, Beltame, Solstício de Inverno, Lunasa, Equinócio de Primavera. Para que os Sabbats ganhassem um sabor especial, essa civilização antiga preparava bolos, pães e sucos para cada comemoração. Por isso, além de descrever os rituais, explicar sua finalidades e dizer quando celebrá-los, ensinarei as receitas que os complementam. Faça os Sabbats com carinho e atenção e, a cada ritual, você estará renovando sua energia e atraindo harmonia e bem-estar para o ano inteiro.
Solstício de Verão Celebrado quando o Sol entra no signo de Capricórnio, em 22 de dezembro, este ritual comemora o dia mais longo do ano( para nós portugueses o mais pequeno). É motivo de alegria e festa, de agradecer as energias do Verão que se inicia. O momento também favorece o armazenamento de forças para o Outono. RITUAL
- Use uma roupa bem alegre, com cores vivas, dê preferência amarelo, azul ou verde.
- Separe: quatro velas (1 verde, 1 azul, 1 vermelha e 1 amarela); um punhado de sal; 1 vareta de incenso de sua preferência, a fruta e a flor que regem Saturno* (abacaxi e folhas de cipreste); suco de abacaxi e um pedaço de bolo de especiarias.
- Monte um pequeno altar: pode ser uma mesinha de centro com uma toalha branca por cima. Coloque todos os objetos relacionados em cima do altar.

Reverencie os elementos:
TERRA: acenda a vela verde, ofereça o bolo de especiarias ao altar, coma um pedaço e espalhe um pouco de sal pelo altar; avalie seu progresso material.
ÁGUA: acenda a vela azul, ofereça o suco ao altar e tome um pouco; reflita sobre suas dificuldades emocioanais e como conseguiu superá-las.
AR: acenda a vela amarela, incense o ambiente com o aroma dele, ofereça o abacaxi (se quiser coma um pouco); agradeça por ter enfrentado os momentos críticos com calma.
FOGO: acenda a vela vermelha e ofereça as folhas de cipreste ao altar; pense na sua saúde e na de seus familiares.
Pronto. Agora feche o ritual com a oração de sua preferência.
Deixe as velas e o incenso queimando em cima do altar, retire o bolo, o suco e o abacaxi,oferecendo às pessoas que você mais gosta.

RAINHA DAS SOMBRAS.

Ciclos infindáveis da árvore de prata,
Da infinita alegria à triste lembrança
Um tempo passado e repassado
Que jamais volta atrás.
Caminhando pela estrada da vida,
Verde esmeralda dos ancestrais,
Gira a Roda sem parar
E festeja a escuridão de Samhain.
Onde a noite ultrapassa o dia,
Rumo a um novo despertar.
Salve, Grande Rainha,
Senhora do começo, meio e fim!

SAMHAIN.


Grande Sabá, celebrado no dia 30 de abril, onde a Roda finalmente completa seu ciclo. Samhain, pronuncia-se ("Sou-ein"), é conhecido como a Noite Sagrada. Oíche Shamhna, na língua gaélica, representa o fim da colheita e o último Festival do Fogo. Ritual dedicado aos Deuses: Ceridween, Morrighan e Dagda.
Para nós é a comemoração do Ano Novo, momento misterioso que não pertence nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo e nem ao outro, é o momento onde os portões dos mundos se abrem e o véu que os separa se torna mais tênue. Época ideal para se honrar os antepassados.
Apalavra Samhain significa "sem luz" ou "o fim do verão", pois nessa noite o Deus morre e o mundo mergulha na total escuridão, preparando-se para a chegado do inverno. A Deusa vai ao mundo das sombras em busca do seu amado. Eles se amam e desse amor é gerada a semente da luz, no útero da Grande Mãe, para que possa novamente renascer em Yule, como a criança da promessa, o retorno do verão.
Samhain é a noite queSamhain marca o início de um novo período e um novo recomeço em nossas vidas. Homenageie a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e conte suas histórias aos seus descendentes.

FOLHAS DO OUTONO.

Num tempo não muito distante,
A vida segue as mansões da Lua,
A dança cósmica da natureza.
Realinha seu eixo energético
E cresce um pouco a cada dia.
A Roda do Ano completa seu ciclo
Nesta segunda colheita,
Girando sem parar, na sua infinita jornada.
Na linha do tempo não existem tradições
E nem contradições...
Existe, apenas o principio maior da criação,
O equilíbrio da unidade dentro de nós.

MABON.


Pequeno Sabá, celebrado no dia 21 de março, marca a entrada do Equinócio de Outono, onde se comemora a segunda colheita iniciada em Lammas. Mais uma vez os dias e as noites são iguais e o Deus agora é o ancião que caminha para o Outro Mundo e a Deusa alcança maturidade e sabedoria. As folhas começam a cair e o Sol a minguar rapidamente. A natureza declina e se prepara para a chegada do inverno.
Mabon Conhecido também como: Alban Elfed, Alban Elued ou a Luz de Outono, é o oposto de Ostara, onde a vegetação e a luz solar diminuem e o mistério da vida e da morte se fazem presentes novamente. Este é o Sabá do equilíbrio, da gratidão e do tempo de se fazer uma avaliação de tudo que foi plantado e colhido.
Este festival homenageia o Deus galês Mabon, representando a colheita dos frutos, a despedida do verão e a prepração para o inverno. No panteão celta, Mabon, também é conhecido como Angus, o Deus do Amor.

A PRIMEIRA COLHEITA.

Benditas sejam as águas sagradas
Que purificam a alma e o coração
Sob a Lua dessa colheita
Sombras anciãs trançam suas raízes pela terra
Ofertam seus primeiros grãos
Aos Senhores da semente e da fartura
Guiados pela lança sagrada de Lugh
Sofrimentos são banidos
Para uma terra distante
Girando pelas espirais do tempo
Caminho pela luz do dia
Rumo às estrelas da noite
Agradecendo o pão que nos é oferecido
Neste altar de feixes e de grãos
Consagro meu claddagh
Ao nobre de alma brilhante
Elo que une a verdadeira união
Pela doçura desse ciclo sem fim.

LAMMAS.


Lammas ou Lughnasadh é um grande Sabá, celebrado no dia 02 de fevereiro. "Lá Lúnasa" é um dos quatro Festivais do Fogo, basicamente um ritual de agradecimento, onde se comemora o primeiro dos três festivais da colheita, dedicado ao Deus Lugh e a Deusa Dana. Época ideal para agradecer todas as nossas colheitas, sejam elas boas ou não, pois sabemos que tudo é necessário para o nosso crescimento espiritual.
Neste festival são confeccionados bonecos com espigas de milho ou ramas de trigo, representando os Deuses, que são chamados de Senhor eLammas Senhora do Milho. O Sabá de Lammas ou Lughnasadh, significa "A massa de Lugh". Isso se deve ao antigo costume celta de colher os primeiros grãos para se fazer um grande pão, que depois seria dividido entre as pessoas do povoado.
O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do caldeirão juntamente com grãos de cereais e papéis, onde serão escritos todos seus agradecimentos.
Amuletos e talismãs antigos deverão ser queimados neste ritual, onde simbolicamente nos livramos de tudo aquilo que está velho e desgastado. Pois a vida se torna morte e a morte se torna vida, o ciclo eterno da criação.

SAUDAÇÃO A GREEN MAN

Louvado seja o Deus da fertilidade e da liberdade,
Aquele que dirige sabiamente os animais,
Os bosques e os campos verdes de infinita beleza.
Senhor dos espíritos da natureza,
Circunde de luz a terra sagrada,
Muito além do outro mundo,
Onde as fadas fazem sua morada,
Para o deleite de nossas almas cansadas.
Homem Verde, que regenera e fertiliza a mãe terra,
Aquele que é guiado pelos ventos da transformação,
Forjado pelo fogo ardente das paixões
E moldado pela água mais pura e cristalina.
Ser sagrado das folhas verdes do carvalho,
Ouça o chamado da tua Deusa,
Preserve junto de ti os antigos rituais,
Na divina sabedoria dos nossos ancestrais.
Resgate o amor e a esperança
Nos corações de todas as criaturas,
Nessa mais bela sincronia do universo
Faça valer o código da verdade, para o bem de todos.
Que assim se faça! Bênçãos plenas...

LITHA.


Pequeno Sabá, celebrado no dia 21 de dezembro, marca o Solstício de Verão, conhecido também como Alban Hefin, Alban Heruin ou a Luz do Verão. É o êxtase máximo da união sagrada, quando o Sol finalmente atinge o seu apogeu e a natureza encontra-se plena de poder e magia, abençoada pela gestação da Deusa.
Em Litha, a Deusa mostra toda a sua beleza como a rainha do verão e o Deus, na sua Lithaforça máxima, começa a caminhar rumo ao Outro Mundo. Os dias ainda são mais longos que a noite, período propício para realizar magia de todos os tipos.
Litha significa pedra e nas tradições pagãs costuma-se pular, novamente, fogueiras para a purificação, para aumentar a fertilidade, a saúde e o amor.
Aproveite esse ritual para fazer oferendas ao Povo das Fadas, pedindo-lhes conhecimento, inspiração e sabedoria. Enfeite seu altar com girassóis, frutas frescas e ervas secas como: lavanda, camomila, verbena ou qualquer erva específica do meio de verão.

FOGO BRILHANTE.

Pelas terras além do horizonte,
Os Deuses movimentam a Roda
Ventos sopram as chamas de Beltane
Fazendo o coração pulsar mais rápido
Dança do amor sob a luz do luar
Destino além das imagens
Que brilham diante das estrelas
Movimento do corpo que geme de prazer
Na dança sagrada que une a taça e a espada
Corações unidos pelo eterno brilho de Bel
Neste inebriante líquido sagrado
Que resgata as memórias de Avalon
Pelas brumas que florescem novamente
O anel de ouro sela o beijo de prata
E finalmente os amantes se encontram
Apenas para ritualizar esse divino amor.

BELTANE.


Grande Sabá celebrado no dia 31 de outubro, marca a entrada do Deus Cernunnos na fase adulta, transformando-se num verdadeiro homem que deseja ardentemente a Deusa, simbolizando toda a energia viril e a potência masculina da natureza. Beltane ou Bealtaine, significa literalmente "fogo brilhante", homenagem ao Deus Belenos.
Este ritual é o oposto a Samhain, os dois maioresBeltane Festivais do Fogo da tradição celta, indicando o início do verão e o final do inverno. É o casamento sagrado da Deusa e do Deus, a união entre o Céu e a Terra. As Fogueiras de Beltane com às 13 madeiras sagradas e o Mastro de Maio (May Pole), são atividades que simbolizam toda a abundância e a prosperidade da terra.
A Deusa e o Deus alcançam o auge da sua vitalidade e vigor. O calor do Sol e a exuberância da natureza representam a sua paixão, culminando na união sagrada da Deusa da Terra e do Deus da Vegetação, personificados nas figuras do Homem-Verde e da Rainha do Verão.
Casais costumam pular uma fogueira para atrair a boa sorte, fertilidade e abundância. Época excelente para fazer encantamentos de cura, amor e prosperidade, além de celebrar novas uniões. Handfasting é o compromisso tradicional pagão, que dura um ano e um dia, podendo ou não, ao término deste período, ser confirmado.
Ritual muito alegre celebrado com danças e músicas.

SEMENTES DA PRIMAVERA.

Mundos distintos
Momentos distantes
Sonhos perdidos
Além do horizonte
Esperanças renascem
Medos que partem
A roda segue adiante
Suave brisa da primavera
Leve embora as marcas
Que o triste inverno deixou.

OSTARA.


Pequeno Sabá, celebrado no dia 22 de setembro, marca o Equinócio da Primavera, conhecido como Alban Eilir ou a Luz da Regeneração, onde o dia e a noite se tornam iguais, portanto é uma data de maior equilíbrio e reflexão.
Os dias escuros agora se vão e a Terra está pronta para ser plantada. É quando o Deus e a Deusa se apaixonam e deixam de ser mãe e filho. Nessa data, a semente da vida está pronta para ser semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada e cheia de alegria. Época de transição e de transformações.
Ostara é o festival que homenageia à Deusa germânica Oster ou Eostre, Senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. A Páscoa surgiu através desse antigo festival.
Nessa época costuma-se abençoar a terra e colocar ovos pintados no altar, simbolizando a fecundidade e a renovação.

Oração a Brighid

Abençoada sejas, Senhora do Fogo!
Força ardente que cura todas as tristezas
Senhora da Luz e da sabedoria,
Que ilumina e protege seus filhos.
Mãe que irradia a promessa
Do ventre sagrado à luz renovada
Esteja entre nós nesta roda solar
Despertando a alegria do coração,
Doce mel que purifica a nossa alma.
Salve Brighid, pela inspiração sagrada!

IMBOLC.


- Primeiro de fevereiro ou a primeira lua cheia de aquário. É tempo de limpeza e dos carneiros, cordeiros que acabaram de nascer. O nome imbolc vem da palavra “oimelc” que significa leite de ovelha. É um festival da virgem em preparação para o crescimento e renovação.

MISTÉRIOS DA NOITE.

Noite escura adentra os mistérios da tua alma,
Expurga tuas sombras dentro desse absoluto infinito
No sentido contrário ao deosil, transmuta na chama
Do caldeirão as energias estagnadas que aqui deposito.

Deusa que atua na minha força ancestral
Venha com tua infinita sabedoria nos amparar
Seja a pedra, a vara, a faca e a taça elemental
Os regentes das mansões estelares a nos restaurar.

Pela borda das nove pérolas da tua proteção
E pela inspiração fervida da prímula silvestre,
Transforme a prata e o visco desta infusão
Abençoando-nos em teu ventre, hoje e sempre!
R.A Seneween

YULE.


- Solstício de inverno. Comemorado aproximadamente em 21 de dezembro. É o tempo de morte e renascimento do Deus Sol. Os dias são mais curtos e o sol está em seu ponto mais baixo. A lua cheia depois de Yule é considerada a mais poderosa de todo o ano.É interessante ressaltar que a lua cheia deste ano, 2001 de Yule virá no dia 30 de dezembro, repetindo-se o fenômeno da Lua Azul, tempo dedicado ao amor. Portanto, o dia 30 de dezembro será imensamente importante no ponto de vista místico e do conhecimento da magia celta (retornar ao capítulo-link Lua Azul...)
Este ritual é um ritual iluminado, com quantas velas for possível colocar no ou perto do altar, para dar boas vindas ao Filho Sol.

CELEBRAÇÕES E RITUAIS DOS CELTAS.


A seguir um pouco das celebrações e rituais dos celtas. Tomara que aqueles que acreditam no poder e magia dos sonhos tenham e obtenham reais resultados e bons fluídos druídas.
O sabá SAMHAIN – É hoje chamado de HALLOWEEN, representava o final do ano celta.
Para os celtas, o ano novo começava realmente com o pôr do sol do dia 31 de outubro.
E este ritual era conhecido como A Noite dos Ancestrais ou Festa dos Mortos. Face ao véu, a teia universal entre os mundos estar bem mais fino, esta noite era considerada uma boa noite para celebrações divinas. Festas eram feitas em reverência e homenagens aos ancestrais e em afirmação da continuação da vida em outro plano etério. Era tempo de ajustar problemas e jogar velhas idéias e influências fora. Comemorando, também, na primeira lua cheia de escorpião.

NESTE PROCESSO...

a verdade universal estaria refletindo a Roda da Vida e a imagem projetada dos 365 (366) dias de um ano. E na reflexão, também encontraríamos a inclusão de quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto mês, primeiro de abril sétimo – primeiro de julho e décimo – primeiro de outubro - meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos exatos, com correspondência direta nos elementais ar, terra, água e fogo . Temos, nesta concepção, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Logo, nossa roda do ano estaria formada e, novamente, girando em eterna harmonia com o universo.
Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano. E esses momentos eram celebrados e festejados, quando reuniam-se em clareiras e templos para reverenciar ritualisticamente essas oito datas. E no coração da floresta: a magia do pequeno e do grande fluiam simbioticamente. O sabá - ou o ritual celta destes oito momentos - ganhou nome, tributos convencionados:
* Ao início do ano, Samhain ( 1o de novembro );
* Yule ( solstício de inverno – em torno de 21 de dezembro );
* Imbolc (1o de fevereiro );
* Equinócio da Primavera ( em torno de 21 de março);
* Beltane (1o de maio );
* Midsummerm solstício de verão – em torno de 21 de junho );
* Lughnasadh (1o de agosto ); e
* Equinócio de Outono ( em torno de 21 de setembro ).
Esta ordem e os meses correspondentes aos sabás estão de acordo com o hemisfério norte – lugar de onde vem os Celtas.
Há grupos que trabalham o calendário celta voltado para as datas do hemisfério sul. Tudo é apenas uma questão de escolher e Ter a real intuição de como trabalhar a roda do ano.
Particularmente, como existe uma ordem e mecânica celestial predominantes, é aconselhável seguir a ordem natural ou seja os caminhos, ditames, celtas, visando manter a sintonia e a energia pura celta.

A RODA DO ANO CELTA.


Consta da tradição e celebração Celta que - no exato momento em que os raios do Sol se enfraquecem e diminuem a intensidade, sempre , ao cair da tarde - está na hora de um novo momento. Seria a reciclagem espiritual para o ungir e a preparação, agradecimento ao Senhor dos Astros, ao Pai Celestial, à Deusa, para o nascer e fluir de mais um milagre contínuo , um novo dia que se principia?
Os celtas apesar da sua origem pagã, porém de fé inabalável em um Pai Maior ou um Ser Celestial Superior, no caso a Deusa, irreparavelmente celebravam o começo dos dias da Roda da Vida, através do anoitecer. Na realidade, eles lembravam e reverenciavam a Deusa. Os mistérios e a magia da Natureza como, por exemplo, o surgimento da Lua, das novas emoções, das novas intuições, adormecidas...
No ponto de vista Celta, no momento do anoitecer, os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho. Mas, os sacerdotes e sacerdotisas não seguem á regra, trabalham na confecção de uma Alvorada Perfeita. Deus, segundo os celtas, também descansa durante a escuridão. Mas, em momento algum se afasta e continua próximo aos seus filhos. O Sopro Divino é inconsciente, é intuitivo para um novo brilhar, para a perfeição de todos os dias de um novo amanhecer.
As ondas do mar são assim, incessantes, no vai-e-vem celestial e etério. E o acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer, completam as engrenagens da Roda da Vida Celta, interação, Unicidade, Equilíbrio entre dia e noite, anoitecer e amanhecer, segundos preciosos e de intensa comunhão entre os seres vivos, espirituais e de luzes que habitam o Universo, vivem no coração da Floresta da Deusa.
OsCeltas tinham a Intuição Celestial à flor da pele. Sabiam que é realmente preciso ATIVAR as duas polaridades. Harmonia e Paz devem estar em perfeita sintonia. Só assim a Natureza poderá se manter em equilíbrio. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada.
Portanto nas escrituras celtas: homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir e gerar os magnânimos momentos de intensa união e perfeição.
E voltamos assim a eterna Roda da Vida, suave, frágil, mas de fios sustentáveis e indistrutíveis, movendo os momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia.
A magia está em nós, no Universo e a um passo daqueles que verdadeiramente acreditam no poder das magias.
Os Celtas sempre vivenciaram os momentos como se fossem eternos, cada segundo uma vida, cada vida um segundo mágico da Existência. E na Roda da Vida sempre houve a presença de pontos de intercalação até mesmo no real e no linear:
Assim os quatro momentos principais durante o ciclo de 24 horas seriam: 6 da manhã, meio-dia, seis da tarde e meia noite E nesta ação conjunta, haveriam pontos secundários, também de suma importância para o contexto: 9 da manhã, 3 da tarde, 9 da noite e 3 horas da madrugada.
Apesar de pagãos, os Celtas tinham a Intuição extremamente aguçada... sabiam de uma forma ou de outra que o universo é simetria, é perfeição. Tudo, absolutamente tudo que brilha e vive no Cosmos tem correspondência e equivalência no Microcosmos. E, muitas vezes, necessariamente, é preciso entender o Micro, o Pequeno para poder alcançar e sentir a importância do grande do Macro.
Desse modo, para os Celtas ficou claro e patente que era mais fácil compreender os Mistérios do Universo através dos pequenos momentos, pequenos detalhes, às vezes até impercebíveis e imperceptíveis, que compreendem a extensão ciclíca do dia-a-dia. Então... a partícula se faria Luz, na real noção da partícula por partícula dos grandes momentos.
Os Celtas acreditavam, também, nos Eixos Meridianos dos quatro momentos do dia ( no fluir mágico das 24 horas, pontos vitais, e na importância dos quatro pontos secundários, na formação completa do Equilíbrio) .

MERLIN.


MORGANE LE FAY:LETRA DA MÚSICA.


Olhos de rubi podem enxergar
Todos os segredos e histórias jamais contados
Com as sombras eu danço
Castelo sombrio, alma incandescente
Eu tenho o poder
Eu tenho a força
Morgane le Fay

Quando eu senti a morte de meu pai
Pendragon pôs minha mãe em desgraça
Lá próximo à lareira
Plantei a semente da minha maldade

Não se meta comigo
Não cruze meu caminho
Ou você fará parte
Do meu jogo malicioso

Eu sou o diabo disfarçado
Eu trago o mal para sua vida
Ouça, ouça - ouça o que eu digo
Meu nome é - Morgane le Fay

Eu destruo toda a felicidade
Eu revelo uma verdade simples
Me chame de Freira Negra
Eu sou invencível, eu nunca perco.

E-NOMINE.

MORGANA.


Era a irmã mais velha de Arthur. Filha de Igraine e Gorlóisda Cornualha. Ela foi criada em Avalon como uma
sacerdotisa, segundo asambições de Viviane, sua tia, Morgana seria a próximaSenhora de Avalon, ela tinha a linhagem real e era muito aplicada àDeusa e aos seus ensinamentos. Mas, depois da Cerimônia do Gamo-Rei,onde Morgana foi dada ao seu irmão Arthur em nome da deusa, elase aborreceu com Viviane e com o que foi obrigada a fazer e abandonou Avalon.Indo morar com Morgause e depois indo para a corte de seu irmão.Morgana também era apaixonada por Lancelot, mas este nunca aquis por ela ser sua prima e por ver em Morgana sua mãe Viviane.Morgana armou o casamento de Lancelot, e, com isso, afastou-o de Guineverese vingando de tudo que sofrera até então. Morgana teve um filho com o rei Arthur (Gwydion ou Mordred) que depois de muito tempo voltou para Camelot e se tornou o conselheiro de Arthur até virar o grande herdeiro do trono depois da morte do filho de Lancelot. Morgana foi expulsa de Camelot depois de roubar a bainha mágica de Excalibur e jogá-la no lago sagrado. Morgana não concordava com a transformaçãode Camelot num reino cristão e lutou com todas as suas forças para derrubar Arthur do poder. Ela fracassou em todas as tentativas dessa sua luta pessoal e perdeu com isso a amizade dos poucos que gostavam dela,Acolon, um consorte dela, morreu tentando derrubar o rei para Morgana,isso a deixou muito abalada e fez com que ela se exilasse em Avalon para a eternidade. Morgana morreu velha em Avalon que se perdeu para sempre nas brumas.Lancelot era filho de Viviane, o melhor guerreiro da Távola Redonda e o Mestre de Armas de Arthur. Lancelot mantinha vínculos com Avalon e sempre que podia visitava sua mãe, porém ele não seguia nenhuma das duas religiões da época (Católicae Wicca), Lancelot não era um homem ligado aos cultos religiosos,embora pertencesse à linhagem real e tivesse a visão. Ele era apaixonado por Guinevere antes mesmo desta se tornar rainha, a sua vida sempre foi regada de vitórias em batalhas e campeonatos, Lancelot tera o mais valioso guerreiro do rei e o mais hábil domador de cavalos selvagens. Lancelot casou-se tarde, com a filha do rei Pelinore e, com isso, se afastou um pouco do reino de Camelot e da rainha Guinevere, com quem mantinha encontros furtivos e de quem realmente pertencia o seu coração.O seu romance com Guinevere foi descoberto pelos cavaleiros da Távola Redonda, e depois disso ele foi expulso do reino de Arthur e nunca mais voltou. Lancelot morreu velho no reino de seu sogro, o Rei Pelinore.

DEPOIS DO NASCIMENTO DE ARTHUR.


Merlin se tornou o tutor do jovem menino, enquanto ele crescia com o seu pai adotivo, Senhor Ector. No momento definindo da carreira de Arthur, Merlin organizou uma competição da espada-na-pedra (a espada era Caliburnius e não a Excalibur, Excalibur veio após Arthur quebrar Caliburnius) pela qual o rapaz se tornou o rei. Depois, o mago conheceu a mística Dama do Lago na Fonte de Barenton (na Bretanha) e a persuadiu a presentear o Rei com a espada mágica, Excalibur. Nos romances, Merlin foi o criador da Távola Redonda, e esta sempre ajudando e dirigindo os eventos do rei e do reino Camelot. Ele é pintado por Geoffrey de Monmouth, ao término da vida de Arthur, acompanhando Arthur ferido para a Ilha de Avalon para a curar das feridas dele. Outros contam como tendo se apaixonado profundamente por Morgana, a meia irmã de Arthur, e ele concordou em lhe ensinar todos seus poderes místicos. Ela ficou tão poderosa que as habilidades mágicas dela "excederam" às de Merlin. Determinou que não seria escravizada por ele, e prendeu-o em um calabouço, uma caverna semelhantemente a uma prisão. Assim a ausência dele na Batalha de Camlann era no final das contas responsável pelo falecimento de Arthur.
È dito que a prisão e/ou o local onde ele está enterrado está em baixo do Montículo de Merlin na Faculdade de Marlborough em Marlborough (Wiltshire), a Drumelzier em Tweeddale (a Escócia), Bryn Myrddin (a Colina de Merlin) perto de Carmarthen (Gales), Le de Tombeau Merlin (a Tumba de Merlin) perto de Paimpont (Brittany) e Ynys Enlli (Ilha de Bardsey) fora a Península de Lleyn (Gales).
Esta é a Lenda de Merlin mas conhecida, tendo outras que diziam que ele era um louco que tinha o dom de prever as coisas que iriam acontecer e que vivia nas florestas como um selvagem. Senda assim Merlin é um dos seres mais enigmáticos que existiu, onde até hoje ninguém sabe se ele existiu mesmo ou se é apenas uma Lenda, o que se sabe são apenas fragmentos sobre ele, e estórias confusas, na qual não se consegue definir a sua identidade. Tendo momentos de total lucidez como um sábio (como o de aconselhar Arthur como reinar em perfeita harmonia e a de falar com os elementais) e outras como a de uma pessoa que deixou-se ser enganado pelo sentimento deixando de lado a razão (como o de ter se apaixonado por Morgana e ensinado a ela a sua arte). Isto faz com que ele seja tão enigmático e carismático ao mesmo tempo, onde até hoje quando se fala logo em mago, vem na cabeça Merlin.

A LENDA

Nos conta que a retirada romana da Inglaterra e a usurpação do trono dos herdeiros legítimos, fez com que Vortigern fugisse da saxônia e fosse para Snowdonia, em Gales, na esperanças de construir uma fortaleza em uma montanha em Dinas Emrys onde ele poderia estar seguro. Infelizmente, a construção vivia desmoronando e os feiticeiros da casa de Vortigern lhe falaram que um sacrifício de uma criança órfã resolveria o problema. Uma pequena dificuldade foi isto pois aquelas tais crianças eram bastante difíceis de serem encontradas. Felizmente para a fortaleza de Vortigern, Merlin era conhecido por não ter nenhum pai humano e o disponibilizaram.
Antes que o sacrifício pudesse acontecer, Merlin usou os grandes poderes visionários dele e atribuiu o problema estrutural a uma piscina subterrânea no qual viveu um dragão vermelho e um dragão branco. O significado disto, de acordo com Merlin, era que o dragão vermelho representou os Bretões, e o dragão branco, os Saxões. Os dragões lutaram, dragão branco levou a melhor, no princípio, entretanto o dragão vermelho empurrou o branco para trás. O significado estava claro. Merlin profetizou que Vortigern seria morto e o trono seria tomado por Ambrosius Aurelianus, depois Uther, depois o grande líder, Arthur. Caberia a ele empurrar os Saxões para trás.
De acordo com a profecia, Vortigern foi morto e Ambrosius tomou o trono. Depois, Merlin parece ter herdado o pequeno reino do avô dele, mas abandonou as terras dele em favor da vida mais misteriosa para a qual ele se tornou tão bem conhecido (a vida druídica). Depois que 460 nobres britânicos foram massacrados na conferência de paz, como resultado do artifício saxônio, Ambrosius consultou Merlin sobre erguer um marco comemorativo a eles. Merlin, junto com Uther, levou uma expedição para a Irlanda para obter as pedras do Chorea Gigantum, o Anel do Gigante. Merlin, pelo uso dos poderes extraordinários dele, devolveu as pedras para um local, um pouco a ocidente de Amesbury, e os reergueu ao redor da sepultura da massa dos nobres britânicos. Nós chamamos este lugar Stonehenge.
Após a sua morte, Ambrosius teve como sucessor o seu irmão, Uther, quem, durante a perseguição dele a Gorlois, conheceu a esposa irresistível de Gorlois, Igraine Uther voltou para as terras em Cornwall, onde foi pedir para Merlin ajuda-lo a possuir Igraine, e para Merlin ajuda-lo, Uther teve que fazer um trato com Merlin de que a criança que nascesse da união de Uther com Igraine fosse dada a Merlin para ele se torna o tutor da criança, Uther aceitou e foi ajudado por Merlin que o transformou na imagem de Gorlois. Uther entrou no castelo de Gorlois e conseguiu enganar Igraine a pensar que ele era o marido dela, e engravidou-a, concebendo ela uma criança, Arthur. Gorlois, no entanto não sabendo no que iria acontecer, saiu para encontrar-se com Uther no combate, mas ao invés, foi morto pelas tropas de Uther, enquanto Uther se passava por Gorlois.

HISTÓRIA DO MITO.O MAGO MERLIN


Os primeiros registros existentes onde consta Merlin (Armes Prydein, Y Gododdin) são do começo do século 10, nele consta que Merlin era um mero profeta, mas o papel dele foi evoluindo gradualmente como mago, profeta e conselheiro, ativo em todas as fases da administração do reinado do Rei Arthur. Ele foi aparentemente chamado ao nascer com o nome de Emrys num local chamado Caer-Fyrddin (Carmarthen). Só depois ele tornou-se conhecido como Merlin, uma versão latinizada da palavra gaulesa, Myrddin.
merlin era o filho bastardo da Princesa Real de Dyfed. Porém, o Rei, pai da princesa, Meurig ap Maredydd ap Rhain, não é encontrado nas genealogias tradicionais deste reino e provavelmente era um sub-rei da região que limita Ceredigion. O pai de Merlin, é dito, era um anjo que tinha visitado a Princesa Real e tinha a deixado com a criança. Os inimigos de Merlin diziam que o pai dele era um incubus, um espírito mau que tem relacionamento com mulheres enquanto dorme. As pessoas suspeitavam que a criança "diabólica" (Merlin) veio para ser um contra peso à boa influência que Jesus Cristo teve na terra. Merlin, felizmente, foi batizado cedo em vida, é contado que este evento negou o mal na natureza dele, mas os poderes do lado esquerdos ficaram intactos nele. A história original foi inventada para salvar a mãe dele do escândalo que teria acontecido presumivelmente a ligação dela com Morfyn Frych (o Sardento), Príncipe secundário da Casa de Coel, ato de conhecimento público.