domingo, 20 de dezembro de 2009

Soneto Sombrio.


Quando veio a noite tenebrosa,
Eu segui caminhando ao cemitério
Para ter, em meus olhos, a formosa
Que me fez cometer vil adultério.

Eu me lembro daqueles olhos negros
Que fitavam o céu tão estrelado
Numa noite de amor e de sossego,
Bem distantes do marido enganado.

Mas o ódio também o amor alcança!
E os lábios que beijei foram mortos,
E o corpo que amei ficou inerme.

O marido cometeu uma vingança:
Se a perdeu para mim, de versos tortos,
Eu perdi o seu corpo para um verme.
[Autor: Cretchu]

Para perder o medo das verdades.


Atravessei inúmeros desertos
Que me foram destinadas.
Caminhei ao lado dos teus passos
Retratando tesouros
Buscando nas preciosidades eternas
Ética, luz e coragem.
Temperei a alma e o caráter
Tendo você, o meu maior referencial
Poliste meu talento
E no mundo da fantasia
Fizeste da dor, o alento
Cantaste a canção do vento
Buscando na musa distante
A poesia como fonte
E entre risos, lágrimas e emoções
Fizeste de mim
A mais bela estrela viajante!
Conceição Bentes.