contos sol e lua

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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

As Sete Chaves para o Desdobramento Astral.PAPUS.

PRIMEIRA CHAVE. O discípulo deve adormecer ao tempo em que vocaliza o mantra FARAON. Este mantradeve ser dividido em três sílabas, da seguinte maneira: FFFFFFFAAAAAAARRRRRRRAAAAAAAOOOOOOONNNNNNN. A vocalização da letra R já foiexplicada anteriormente. O discípulo deitará com a boca para cima. Colocará as palmasdas mãos estendidas sem tensão alguma sobre a superfície do colchão, as pernasflexionadas, joelhos para cima e plantas dos pés descansando sobre a cama. Todo ocorpo deve estar relaxado, membro por membro. Depois de cumprir todas as indicaçõesanteriores, o discípulo deve adormecer fazendo inspirações profundas e vocalizando omantra FARAON. Inevitavelmente adormecido, o discípulo sairá do corpo físico semsaber em que momento nem como. Já nos mundos internos, na quinta dimensão,projetará irresistivelmente seu corpo astral e despertará totalmente a Consciência, querdizer, dar-se-á conta de suas inauditas experiências nesses mundos. Assim, poderádedicar-se ao exercício da Teurgia. No entanto, antes de se deitar, o estudante fará osinal da Estrela Microcósmica da seguinte forma: levantará os braços até que as palmasdas mãos se toquem entre si sobre a cabeça. Depois, estenderá os braços lateralmente,de modo que fiquem em posição horizontal, formando com o resto do corpo uma cruz.Por último, cruzará os antebraços sobre o peito tocando essa região com as palmas dasmãos, fazendo as pontas dos dedos toquem a frente dos ombros. Nosso AdorávelSalvador do Mundo, Jesus, o Cristo, utilizava esta misteriosa chave quando estudava napirâmide de Quéfren. Agora a estamos revelando. Por outro lado o Mestre Huiracochaaconselhava também queimar algum aroma, essência, incenso ou simplesmente aspergirum bom perfume no quarto durante a prática. SEGUNDA CHAVE. Outro exercício. O discípulo deve adormecer vocalizando o seguinte mantra: TAI RERE RE. Este mantra deve ser cantado acentuando-se fortemente a vogal A:TAAAAAIIIII As três sílabas restantes são vocalizadas dando à vogal E um som decampainha, melodioso, prolongado. A letra R é pronunciada de maneira simples:REEEEEEEEEEEEEE REEEEEEEEEEEEEE REEEEEEEEEEEEEE A sílaba TAIdeve ser cantada em tom profundo e a repetição da sílaba RE em tom mais alto que o dasílaba TAI. Quando o discípulo já estiver adormecendo, quando se encontrar nessepreciso instante de transição entre a vigília e o sono, deverá levantar-se da cama semvacilações, sem preguiça, sem dúvidas, sem racionamentos, com naturalidade, de formareflexa, instintiva, automática e absolutamente infantil. Observai as aves, quando elasvão levantar vôo não raciocinam para isso, não titubeiam... simplesmente voam, instintivamente, diríamos automaticamente. O discípulo deve proceder, desta mesmamaneira, imitando as aves. Deve levantar-se da cama, sair do quarto e dirigir-se aqualquer lugar do infinito, para onde quiser. Quando dizemos que o estudante deve"levantar-se" da cama, traduza-se isto em fato efetivo e imediato, sem dar lugar aosprocessos do pensar. TERCEIRA CHAVE. No cérebro humano, no interior de suas células, ressoa incessantemente a "Sutil Voz";um som sibilante, agudo. Esse som é o canto do grilo, o silvo da serpente, o ‘SomAnahat", a "Voz de Brahama" que tem dez tonalidades e que o teurgo deve aprender aescutar. A mente do estudante deve absorver-se nesse som tal como a abelha no néctardas flores. Aquele que quiser escutar o "Som Anahat" deve esvaziar a mente,mantendo-a quieta . Não digo aquietada. Não, repito: quieta. Aquele que intente e seproponha a escutar esse místico som precisa manter a mente em silêncio, contudo, nãosilenciada, Repito: em silêncio. Distingue-se entre uma mente que está quieta porquecompreendeu que é inútil pensar e uma mente aquietada artificialmente. Diferencie-seentre uma mente que está em silêncio natural, espontaneamente, de uma mente que foisilenciada à força, violentamente. Quando a mente está quieta, em profundo silêncio, oestudante então poderá escutar inevitavelmente o som do grilo: um som sutil, agudo,penetrante. Ademais, quando a Alma absorve-se nesse místico som, abrem-se para oestudante as portas do mistério. Então, nesses instantes, levantar-se-á da camainstintivamente, sairá do quarto e dirigir-se-á aos templos da Loja Branca ou a qualquerlugar do Universo. O discípulo deverá aprender a tocar a Lira de Orfeu. Esta Lira é oVerbo, o Som, a Grande Palavra ! QUARTA CHAVE. O estudante deve adormecer vocalizando a letra S, como um silvo suave e aprazível:SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS Com a vocalização desta letra, adquirirá acapacidade de fazer ressoar em seu cérebro a "Sutil Voz", o "Som Anahat", a Vontade,que o permitirá sair conscientemente em corpo astral. QUINTA CHAVE. A força sexual se bipolariza positiva e negativamente. Pelo cordão ganglionar da direita,que se enrosca na medula espinhal, ascendem os átomos solares a partir de nossosistema seminal. Pelo cordão ganglionar da esquerda, que também se enrosca na medulaespinhal, ascendem os átomos lunares desde o nosso sistema seminal. Pois bem, osátomos solares ressoam com o mantra RA; os átomos lunares vibram intensamente como mantra LA. Para ressoar a "Sutil Voz", o "Som Anahat", dentro do cérebro, deveutilizar-se o poder sexual das duas "Testemunhas" que são conhecidas no Oriente comos nomes de Idá e Pingalá. O "Som Anahat" é produzido pelas forças sexuais emmovimento. Já se sabe que todo movimento produz som. Ao fazer vibrar comintensidade os átomos solares e lunares do sistema seminal, o "Som Anahat" seproduzirá mais forte, mais intenso, outorgando a capacidade para você sairconscientemente em corpo astral. Portanto, você deve adormecer, vocalizando mentalmente o mantra LA RA da seguinte forma: LAAAAAAAAAAAAAARAAAAAAAAAAAAAA Com estes mantras, os átomos solares e lunares girarãointensamente num redemoinho elétrico. Tal movimento produzirá o "Som Anahat" eatravés dele o estudante poderá escapar conscientemente do corpo físico. O importante éque, aproveitando o "místico som", levante-se da cama no instante em que estiveradormecendo. As duas "Testemunhas" do Apocalipse de São João outorgam o poder deprofetizar porque produzem o despertar da Consciência. Pelo cordão ganglionar dadireita sobe o "Fogo Solar"; pelo cordão ganglionar da esquerda sobe a "Água Lunar".Fogo mais Água é igual a Consciência. O "Fogo de Flagetonte" e a "Água deAqueronte" se entrecruzam na "Nona Esfera" (o Sexo) para formar o "Signo doInfinito". Este Signo é o "Santo Oito". Se observarmos cuidadosamente o Caduceu deMercúrio podemos perceber que as duas serpentes enroscadas formam o "Santo Oito". SEXTA CHAVE. Nossos discípulos devem adquirir o poder de sair em astral. Esse poder se adquirevocalizando diariamente por uma hora o mantra sagrado “EGIPTO”. A vogal “E” fazvibrar a glândula tiróide e confere ao homem o poder do ouvido oculto. A “G” despertao chacra do fígado e quando este chacra chegou a seu pleno desenvolvimento, então ohomem pode entrar e sair do corpo cada vez que queira. A vogal “I” combinada com aletra “P” desenvolve no homem a clarividência e o poder para sair em corpo astral pelajanela de Brahama, que e a glândula pineal. A letra “T” golpeia sobre a vogal “O”intimamente relacionada com o chacra do coração e assim pode o homem adquirir opoder para desprender-se deste plexo e sair em corpo astral. A pronúncia correta domantra é assim: EEEEEEEEGGGGGGGGIIIIIIIIIIIIIIPPPPPPPTOOOOOOO. Aquelesque ainda assim não tenham conseguido sair em corpo astral com nossas chaves, éporque não tem esse poder e então devem adquiri-lo primeiro vocalizando por uma horadiária o mantra “EGIPTO”. Este mantra desenvolve totalmente os chacras relacionadoscom o desdobramento astral, e assim adquire o discípulo o poder para o desdobramentoastral, o discípulo poderá entrar e sair do corpo físico à vontade. SÉTIMA CHAVE. Aqueles que quiserem aprender a sair em corpo astral à vontade, aqueles que quiserementrar na ciência dos Jinas, para aprender a meter-se, com seu corpo físico, dentro daquarta dimensão e transportar-se, com o corpo físico, sem necessidade de avião, aqualquer lugar do mundo, aqueles que necessitem, com urgência da clarividência e daclariaudiência, devem concentrar diariamente sua mente no chacra cardíaco e meditarprofundamente nesse centro maravilhoso. Uma hora diária de meditação neste centroresulta maravilhoso. O mantra deste chacra é a vogal “O”, que se vocaliza, prolongandoo som assim: OOOOOOOOOOOOOO. É preciso orar ao cristo pedindo durante aprática aqui indicada, que nos desperte o chacra do coração.

As Sete Orações Misteriosas Do Enchiridião.

A imantação das forças psíquicas deve ser feita no silêncio. É pela perseverança, pela calma e, sobretudo , pelainvestigação exclusiva da verdade por si mesma e não por fim material e vil, que se chega pouco a pouco, à intuição doastral e à posse da prática.O dia do magista deve ser consagrado à prece sob estas três formas: a palavra, o trabalho e a meditação.Ao levantar-se dirá, depois de ter purificado fisicamente o mais possível pela água, a oração do dia diante do altar. Emseguida se entregará ao trabalho que é a mais útil e eficaz das preces.A noite, finalmente,consagrar-se-á alguns instantes à meditação relativamente às observações e aos ensinamentos quese pode recolher durante o dia que acaba de transcorrer. Domingo. Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, etc., mas livrai-nos do mal.Assim seja. Livrai-me, Senhor, eu vo-lo peço, a mim que sou vossa criatura, (nome da pessoa), de todos os malespassados, presentes e futuros, tanto da alma como do corpo; dai-me pela vossa bondade a paz e a saúde e sede-mepropício, a mim que sou vossa criatura, pela intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, dos vossos apóstolos S.Pedro, S. Paulo e Santo André e de todos os santos. Dai a paz à vossa criatura e a saúde durante minha vida, a fim deque, sendo assistido pela ajuda de vossa misericórdia, nunca fique escravo do pecado, nem do temor de qualquerperturbação, pelo mesmo Jesus Cristo vosso Filho, Nosso Senhor, que sendo Deus, vive e reina na unidade do EspíritoSanto em todos os séculos dos séculos. Assim seja. Que a paz do Senhor esteja sempre comigo. Assim seja.Que esta paz celeste, Senhor, que deixastes aos vossos discípulos, habite sempre no meu coração e esteja sempreentre mim e meus inimigos, tanto visíveis como invisíveis. Assim seja. Que a paz do Senhor, sua fonte, seu corpo, seusangue, me ajude, me console e me proteja, a mim que sou vossa criatura, (nome da pessoa), tanto à minha alma comoao meu corpo. Assim seja. Cordeiro de Deus, que vos dignaste nascer da Virgem Maria; que, na sua cruz, lavastes omundo dos seus pecados, tende piedade da minha alma e do meu corpo. Cristo, cordeiro de Deus imolado para asalvação do mundo, tende piedade da minha alma e do meu corpo. Cordeiro de Deus, pelo qual todos os fiéis são salvos,dai-me vossa paz, que deve durar sempre, tanto nesta como na outra vida. Assim seja. Segunda----Feira. O’ grande Deus pelo qual todas as coisas foram libertadas! livrai-me também de todo mal. O’ grande Deus quedestes vossa consolação a todos os seres! Dai-me também, O’ grande Deus que socorrestes e assististes a todas ascoisas! ajudai-me e socorrei-me em todas as minhas necessidades, minhas misérias, minhas empresas, meus perigos;livrai-me de todas as oposições e laços dos meus inimigos, tanto visíveis como invisíveis, em nome do Pai que criou omundo inteiro (sinal da cruz), em nome do Filho que o resgatou (sinal da cruz), em nome do Espírito Santo que realizoua lei em toda sua perfeição. Lanço-me totalmente em vossos braços e ponho-me inteiramente debaixo de vossaproteção. Assim seja. Que a benção de Deus, o Pai Todo-poderoso, do Filho e do Espírito Santo, esteja sempre comigo.Assim seja (sinal da cruz). Que a bênção de Deus Pai, que só por sua palavra fez todas as coisas, esteja sempre comigo(sinal da cruz). Que a bênção de Nosso Senhor Jesus Cristo, filho do grande Deus vivo, esteja sempre comigo (sinal dacruz). Assim seja. Que a bênção do Espírito Santo, com seus sete dons, esteja sempre comigo (sinal da cruz), Assimseja. Que a bênção da Virgem Maria, com seu Filho esteja sempre comigo. Assim seja. Terça----Feira. Que a bênção e a consagração do pão e do vinho que Nosso Senhor Jesus Cristo fez quando os deu aos seusapóstolos, dizendo-lhes: “Tomai e comei isto; este é o meu corpo que será entregue por vós, em memória minha e pararemissão de todos os pecados”, esteja sempre comigo (sinal da cruz). Que a bênção dos santos, anjos, arcanjos,virtudes, potências, tronos, dominações, querubins, serafins, sempre esteja comigo (sinal da cruz). Assim seja. Que abênção dos patriarcas e profetas, apóstolos. mártires, confessores, virgens e de todos os santos de Deus, esteja semprecomigo (sinal da cruz). Assim seja. Que a bênção de todos os céus de Deus esteja sempre comigo (sinal da cruz). Assimseja. Que a Majestade de Deus Todo poderoso me ampare e me proteja; que a sua bondade eterna me guie; que a suacaridade sem limites me inflame; que a sua divindade suprema me dirija; que o poder do Pai me conserve; que asabedoria do Filho me vivifique; que a virtude do Espírito Santo esteja sempre entre mim e meus inimigos tanto visíveiscomo invisíveis. Poder do Pai, fortificai-me; Sabedoria do Filho, iluminai-me; Consolação do Espírito Santo, consolai-me.O Pai é a paz. O Filho é e a vida. O Espírito Santo é o remédio da consolação e da salvação. Assim seja. Que adivindade de Deus me abençoe. Assim seja. Que a sua piedade me anime; que seu amor me conserve. O’ Jesus Cristo,Filho do grande Deus vivo! tende piedade de mim, pobre pecador! Quarta----Feira. O’ Emanuel! defendei-me contra o inimigo maligno e contra todos os meus inimigos visíveis e invisíveis, e livrai-me domal. Jesus Cristo veio em paz, Deus feito homem, que sofreu com paciência por nós. Que Jesus Cristo, rei clemente,esteja sempre entre mim e meus inimigos para defender-me. Assim seja. Jesus Cristo triunfa, Jesus Cristo reina, JesusCristo manda. Que Jesus Cristo me livre continuamente do mal. Assim seja. Que Jesus Cristo se digne dar-me a graçade triunfar de todos os meus adversários. Assim seja. Eis a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fugi à sua vista, inimigosmeus; o leão da tribu de Judá triunfou. Raça de Davi, Aleluia, Aleluia, Aleluia. Salvador do mundo, salvai-me e socorrei-me. Vós que me resgatastes pela vossa cruz e vosso preciosíssimo sangue,socorrei-me, conjuro-vos para isso, meu Deus, ó Agios! óTheos!Agios Ischyros, Agios Athanatos, Eleison Himas, Deussanto, Deus forte, Deus misericordioso e imortal, tende piedade de mim, vossa criatura (nome da pessoa), sede meu am-paro, Senhor; não me abandoneis, não rejeiteis minhas súplicas, Deus da minha salvação; sede meu auxílio, Deus daminha salvação. Quinta----Feira lluminai meus olhos com a verdadeira luz, afim de que não fiquem fechados com um sono eterno, para que meu inimigonão diga que o ultrapassei. Enquanto o Senhor estiver comigo não temerei a malícia dos meus inimigos. O’ dulcíssimoJesus! conservai-me, ajudai-me, salvai-me; que só com a pronunciação do nome de Jesus todo joelho se dobre, tantoceleste, como terrestre e infernal, e que toda língua publique que Nosso Senhor .Jesus Cristo goza da glória de seu Pai.Assim seja. Sei, sem nunca pôr em dúvida, que apenas invoque o Senhor em qualquer dia ou hora que seja, serei salvo.Dulcíssimo Senhor Jesus Cristo, Filho do grande Deus vivo, que fizestes tão grandes milagres pela única força do vossopreciosíssimo nome e enriquecestes tão abundantemente os indigentes, pois que pela sua força os demônios fugiam, oscegos viam, os surdos ouviam, os coxos andavam direito, os mudos falavam, os leprosos eram lavados, os doentescurados, os mortos ressuscitados; porque apenas pronunciavam o dulcíssimo nome de Jesus o ouvido ficava extasiado ea boca cheia do que há de mais agradável; a esta só pronunciação os demônios fugiam, todo joelho se dobrava, todas astentações, mesmo as piores, desapareciam, todas as enfermidades eram curadas, todas as disputas e combates queexistem e existiam entre o mundo, a carne e o diabo eram dissipadas, e todos ficavam cheios de bens celestes; quemquer que invocava ou invocar este santo nome de Deus era e será salvo; este santo nome revelado pelo Anjo, aindaantes de ser concebido no seio da Santa Virgem. a Sexta feira. O’ doce nome! nome que fortifica o coração do homem, nome de vida, de salvação, de alegria, nome precioso,irradiante, glorioso e agradável, nome que fortifica o pecador nome que salva, guia, conserva e governa tudo, fazei, pois,preciosíssimo Jesus, pela força deste mesmo .Jesus, que o demônio se afaste de mim; iluminai-me, Senhor, a mim quesou cego, tirai minha surdez, endireitai-me, a mim que sou coxo; dai-me a palavra, a mim que sou mudo; curai minhalepra, dai-me a saúde, a mim que sou doente e ressuscitai-me, a mim que sou morto; dai-me a vida e rodeai-me em todaparte, tanto por dentro como por fora, a fim de que, estando munido e fortificado com este santo nome, viva sempre emvós e louvando-vos, honrando-vos, porque tudo vos é devido, porque sois o mais digno de glória, o Senhor e o Filhoeterno de Deus pelo qual todas as coisas estão em alegria e são governadas. Louvor, honra e glória vos sejam dadaspara sempre, para todos os séculos dos séculos. Assim seja. Que Jesus sempre esteja em meu coração, nas minhasentranhas. Assim seja. Que Nosso Senhor Jesus Cristo esteja sempre dentro de mim, que Ele me cure; que sempreesteja ao redor de mim, que me conserve; que esteja adiante de mim, que me guie; que esteja atrás de mim paraguardar-me; que esteja sobre mim para abençoar-me; que esteja em mim para vivificar-me; que esteja junto a mim paragovernar-me; que esteja em cima de mim para fortificar-me; que sempre esteja comigo para libertar-me de todas aspenas da morte eterna, Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos. Assim seja. o Sábado. Jesus, filho de Maria, salvador, do mundo, que o Senhor me seja favorável, bondoso e propicio, que me conceda umespírito são e voluntário para lhe dar a honra e o respeito que lhe são devidos a Ele que é o libertador do mundo.Ninguém pode pôr a mão Nele porque a sua hora ainda não tinha chegado, Ele que é, que era e será sempre, foi Deus ehomem, começo e fim. Que esta oração que lhe faço me garanta eternamente contra meus inimigos. Assim seja. Jesusde Nazaré, rei dos Judeus, título honroso, Filho da Virgem Maria, tende piedade de mim, pobre pecador, e guiai-meconforme a vossa doçura no caminho da salvação eterna. Assim seja. Ora, Jesus sabendo as coisas que deviamacontecer-lhe, adiantou-se e lhes disse: — A quem buscais? Eles responderam-lhe: — A Jesus de Nazaré. Jesus lhesdisse: — Sou eu. Ora, Judas, que devia entregá-lo, estava com eles. Apenas lhes disse que era Ele, caíram por terra.Ora, Jesus lhes perguntou de novo: — A quem buscais? Eles disseram ainda: -- A Jesus de Nazaré. Jesus lhesrespondeu: — Já vos disse que Sou eu. Se é, pois, a mim que buscais, deixai que estes se vão (falando de seusdiscípulos). Á lança, os cravos, a cruz (sinal da cruz), os espinhos, a morte que sofrestes provam que apagastes eexpiastes os crimes dos miseráveis; preservai-me, Senhor Jesus Cristo, de todas as chagas da pobreza e dos laços demeus inimigos; que as cinco chagas de Nosso Senhor me sirvam continuamente de remédio. Jesus é o caminho (sinal dacruz), Jesus é a vida (sinal da cruz), Jesus é a Verdade (sinal da cruz), Jesus sofreu (sinal da cruz), Jesus foi crucificado(sinal da cruz). Jesus filho de Deus, tende piedade de mim (sinal da cruz). Ora, Jesus passou pelo meio deles,e ninguém pôs sua mão ímpia sobre Jesus, porque sua hora ainda não tinha chegado. O Sétimo Dia. O dia do Sol deve ser, tanto quanto possível, consagrado unicamente à ocupação e não à profissão.Não nos esqueçamos que o único repouso verdadeiro sob o ponto de vista intelectual, é o exercício desta ocupaçãopreferida, porque a cessação absoluta de todo trabalho físico ou intelectual pode constituir o ideal do bruto, porém não ode um homem suficientemente desenvolvido.A prece deverá ser feita, naquele dia, completa e tão solene quanto possível, quer no quatro mágico, quer, depreferência, na igreja, que é um maravilhoso laboratório de magia, aberto a todos, ricos e pobres.No inverno e durante o mau tempo, a primeira parte da manhã deverá ser consagrada a esta cerimônia. Na belaestação, convém substituir o templo, obra dos homens, pela manifestação direta da natureza, e a prece em plena florestaou em pleno campo é particularmente indicada.A tarde dos domingos será consagrada ou ao preparo dos objetos mágicos fornecidos pela natureza e, porconseguinte, à adaptação das ciências naturais, ou à educação estética da sensação nos museus ou nos concertossinfônicos, ou, ainda, à realização das pequenas operações de magia cerimonial, conforme o tempo, o lugar e asdisposições tomadas. A noite será, enfim, consagrada a recapitular e a classificar os resultados obtidos durante asemana, no que se relacione com as ocupações, ou à leitura, à cópia das fórmulas e das obras preferidas, ou ainda aoteatro, sempre conforme as épocas e as disposições.Voltando ao seu laboratório, o magista terminará o dia por uma longa meditação, seguida de uma prece diante doaltar ou no círculo mágico. E’ neste momento que o emprego dos isolantes, como o vidro ou a lã, deverá ser particular-mente estudado.De resto, a adaptação da meditação ao meio e ao indivíduo não pode ser indicada em todos os seus detalhes emum tratado tão elementar; esperamos que os exemplos enunciados acima servirão para guiar o estudante, e que oexercício e a prática ativarão facilmente a obra começada por seu desejo e sua aplicação.E’ pelo exercício progressivo da meditação que se chega, pouco a pouco, ao desenvolvimento das faculdadespsíquicas superiores, de onde derivam três ordens de fenômenos dos mais importantes, classificados pelos autoresantigos sob os nomes de arroubo, êxtase e sonho profétic Extraído do livro. Tratado Elementar de Magia - Papus.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Os Cegos

Constantino I, Imperador de Roma, abraçou o cristianismo no ano 312. E logo no ano seguinte, estando em Milão, declarou o cristianismo religião oficial em todo o Império Romano. A partir do ano 313, os cristãos perderam aquela pureza que tanto os tinha notabilizado. E de vítimas converteram-se em algozes daqueles que até havia pouco os perseguiam. Assim perderam aquela força espiritual que tanto os elevara. Destruíram as religiões antigas, matando os seus chefes. Destruíram os seus ídolos e apossaram-se dos templos, onde passaram a oficiar. Mas... surgiu uma dificuldade: os povos, habituados, a conduzirem a sua fé com o auxílio de imagens dos deuses, sentiam agora um vácuo, pois os cristãos eram contrários ao culto das imagens! Isto causava-lhes dificuldades. E, então, os cristãos voltaram ao culto idólatra, mas, em vez dos deuses pagãos, levaram para o altar imagens de mártires cristãos ou de pessoas que no cristianismo se distinguiram pela sua virtude e santidade, ou mesmo por feitos em favor dos cristãos. Santa Luzia. Assim, Santa Luzia surge nos altares em substituição duma antiquíssima deusa a quem os pagãos pediam a defesa da sua vista. E esta deusa, que teve o seu culto em vários países com diferentes nomes, não era mais do que o Logos planetário de Vénus, o planeta que vemos brilhar no Céu em duas épocas do ano, como estrela matutina e como estrela vespertina. Quando Vénus era estrela da manhã, os antigos chamavam-lhe Lúcifer, palavra que significa "o que traz ou faz luz". Só depois do poeta Milton haver dado publicidade aos seus trabalhos, é que Lúcifer passou a ter o significado de "diabo". Um dos primeiros papas da Igreja Católica Romana intitulava-se "Lúcifer". E no quarto século da nossa era, existia uma seita cristã intitulada "Luciferianos". "Lúcifer" é uma palavra derivada de outra, latina, lucifer, que significa "o portador de luz", "o que ilumina". Equivale exactamente à palavra grega phosfóros. Também no livro de Job se chama ao planeta Vénus, ou estrela matutina, "Filho de Deus". Santa Luzia é, para os católicos Romanos, protectora da vista. E, por esse facto, a 13 de Dezembro de cada ano, celebram festas em sua honra. Em Portugal foi consagrado o dia de Santa Luzia à recolha de óbulos para fomentar a protecção aos cegos, sem os humilhar. O que se pretende não é exercer caridade amesquinhando, mas a solidariedade edificante, pois o que se procura é criar estabelecimentos que valorizem os cegos e os convertam em elementos úteis à sociedade em que vivem, para os dignificar e libertar das condições duras que actualmente suportam. De facto, os cegos podem ser preparados para vários serviços, o que lhes dará meios de subsistência e alegria, ganhando com isso a sociedade, por recuperar alguns cooperadores e por se libertar duma verdadeira legião de inválidos, de condenados a uma vida duplamente infeliz, por falta de vista e por não ganharem dignamente o seu pão de cada dia. A vida, que tem sempre espinhos para todos, é ainda mais dura para os deserdados da sorte. Mas para os cegos, só porque não podem ver, é particularmente espinhosa. A Origem da Cegueira. O que estará na origem da cegueira? Não se nasce cego, rico, pobre, são, enfermo, perfeito, defeituoso, escravo ou livre, para mandar e dirigir ou para ser mando e dirigido, por acaso, como aquelas ervas daninhas que ninguém semeia e nascem sozinhas. Nasce-se cego por alguma razão. Ao longo de vidas passadas, comportamo-nos por forma que temos de renascer tantas vezes quantas forem necessárias para mudar a natureza do mal que fizémos, no bem que temos de aprender a praticar amorosamente. Por isso mesmo, o Destino é que nos compele a renascer nas condições que temos. E isso para que tenhamos o ensejo de emendar os nossos erros e nos tornarmos cada vez mais perfeitos. O que é o Destino? E o que é o Destino? É o efeito da soma de tudo quanto fizémos em vidas passadas, de bom e de mau. É uma espécie de conta-corrente do passado, para orientação do porvir. Tudo quanto fazemos numa vida ficará esperando por nós, na vida ou vidas seguintes. O que semeámos no passado dará os seus frutos no futuro! Não estamos neste mundo para gozar, como todos sinceramente desejamos. Estamos aqui para evolucionar, para nos aperfeiçoarmos, para ascendermos a condições mais dignas, a estados superiores ao presente. E esta ascese consome a vida, custa muito sofrimento. Realiza-se vagarosamente, sendo necessário nascer e morrer muitas vezes antes de atingirmos a perfeição que nos libertará das condições terrenas, sempre mesquinhas e vis. O que somos numa vida prepara o programa da seguinte. E por esta razão o povo diz uma grande verdade quando afirma: "Elas cá se fazem e cá se pagam". Os ricos que não souberem usar bem a fortuna, aproveitando-a para seu proveito exclusivo, para seu regalo apenas, indiferentes a todas as penas e dificuldades que sofrem os seus semelhantes, serão os pobres do amanhã, da vida seguinte! Eles serão, na sua próxima volta ao mundo, os mendigos e os sem trabalho, os infelizes que sempre lutarão com falta de meios de subsistência, para que saibam buscar o equilíbrio em tudo, se façam justos, aprendam a sublime lição do amor que deve unir todos os seres, porque a finalidade das nossas vidas é a busca da perfeição. E esta não existirá enquanto olharmos uns para os outros com orgulho, vaidade, egoísmo, inteiramente fechados em nós e nos do nosso próprio sangue. Quantas vezes surpreendemos nos mendigos uns resquícios de orgulho que não podem ter outra origem senão a vida passada? Conservam uma vaga e imprecisa memória do que foram e não se conformam inteiramente com o destino. Por isso não levam resignadamente a sua cruz. E desta maneira o seu penar torna-se mais agudo, o horizonte faz-se cada vez mais escuso, até que o pobre aprenda a sua dura lição. Os que nascem enfermos ou aleijados são os que, em vidas passadas, abusaram da sua saúde, vitalidade, assim como também da dos seus semelhantes, para sustentarem vícios, ou para darem largas aos seus instintos cruéis, sem piedade nem consideração. Os cegos... esses usaram mal a vista, e por esse facto agora estão privados dela. O Rei David. Vejamos um caso da história, que todos conhecem. O rei David, numa tarde quente de Verão, após a sesta, estava no terraço do seu palácio. Viu uma linda mulher, descuidada, a tomar banho em sua casa. Os seus olhos não foram suficientemente castos. A sua alma, em vez de resistir aos ardores terrenos da carne, lançou-se na fogueira da sensualidade. E as chamas subiram tão alto que o famoso rei mandou apresentar essa mulher diante de si. Vendo-a tão formosa, não se lembrou que dentro dela havia um ser divino que nasceu para ser dignificado. E, em vez de se comportar dignamente diante dela, submeteu-a ao seu desmedido desejo libidinoso. Esta mulher era casada, e o seu marido andava numa guerra que o próprio rei David mantinha. Betsabé, esposa de Urias, fez saber ao rei, um dia, que se preparava para lhe dar descendência. David ficou inquieto e tratou de buscar os meios de encobrir o seu delito. Escreveu a Joab, comandante da campanha, e ordenou-lhe que mandasse Urias à sua presença. Depois, disfarçadamente, mandou-o para sua casa, para que estivesse algum tempo com sua mulher e mais tarde se julgasse autor do fruto adulterino. A ordem real foi prontamente cumprida. Urias apresentou-se diante do seu monarca e foi por ele interrogado a respeito de operações guerreiras. Seguidamente foi-lhe ordenado por David: "Desce a tua casa e lava os teus pés". Urias retirou-se e o rei mandou atrás dele um manjar, para que, depois de comer e beber, ficassem embotados os seus sentidos e pudesse cair inconscientemente na armadilha. Mas Urias, em vez de ir para sua casa juntar-se a Betsabé, deixou-se ficar à porta do palácio do rei. E dali não quis sair. A notícia deste facto alarmou novamente o monarca, que mandou ir a sua presença o ultrajado marido. Interpelou-o deste modo: – Não vens tu duma jornada? Porque não desceste a tua casa? Urias, solenemente, respondeu: – A Arca, Israel e Judá ficam em tendas; Joab, meu senhor, e os servos do meu senhor estão acampados no campo; e hei-de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com a minha mulher? Pela tua vida, e pela tua alma, não farei tal coisa. O rei sentia-se descoberto! O seu ardil falhara inteiramente. E agora? O adulterino monarca, rebuscando um novo plano, ensaiou outro processo: convidar Urias para tomar com ele uma refeição e embriagá-lo, mandando-o depois para sua casa, a fim de se consumar o objectivo. "E David o convidou, e comeu e bebeu diante dele, e o embebedou: e à tarde saiu a deitar-se na sua cama como os servos do seu senhor; porém, não desceu a sua casa". Mais uma vez caíram os ardis do rei. E outro foi buscado, mais realista e cruel: "E sucedeu que, pela manhã, David escreveu uma carta a Joab: e mandou-lha pela mão de Urias". Nesta carta, o monarca ordenou o seu último plano: "Coloca Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de trás dele, para que seja ferido e morra". Desta vez não falhou o plano traiçoeiro; "... tendo Joab observado bem a cidade, pôs Urias no lugar onde sabia estarem homens valentes. E, saindo os homens da cidade, e pelejando com Joab, caíram alguns do povo, e dos servos de David. Urias também morreu".1 Por causa duma teia de aranha, que mal se tocou e logo se desfez, maculou-se toda a pureza duma alma, destruindo-se totalmente um ideal. Foram ceifadas muitas vidas humanas. E tudo se fez com a maior facilidade, por abundar o poder e faltar a fiscalização. Betsabé na Corte de David. Quanto sofrimento desencadeado em tão curto espaço de tempo! E que proveito recebeu o famoso rei David do seu tresloucado acto? Toda esta criminosa situação foi devida à excelente vista do monarca! Se não tivesse visto, não teria pecado. E aquelas vidas teriam sido poupadas. O rei não teria criado tão grande responsabilidade. Será digno nascer com vista, quem dela fez tão mau uso? Passado o tempo de luto, David levou para o seu palácio a viúva de Urias. E fez dela sua mulher. O filho adulterino não viveu por muito tempo, e o rei sofreu muito com a sua perda. Depois, Betsabé deu a David o seu sucessor, o glorioso rei Salomão. Mas o monarca, depois que viu Betsabé, nunca mais pôde ter descanso na vida. Os desgostos sucederam-se ininterruptamente. E com eles foram tão abundantes as lágrimas vertidas, que ao fim da sua existência estava quase cego. Desta maneira, o monarca tinha iniciado o esgotamento das suas gravíssimas culpas, de que tinha a mais viva e profunda consciência, como se depreende dos salmos que escreveu. Por ter dado largas ao instinto sexual, David lançou-se no cadinho ardente para sofrer depois as consequências dos seus actos e aprender as lições que nele se encerram. Devemos ser prudentes no uso da vista, nunca a usando para fins delituosos, se queremos possuir, ao regressar a este mundo, boa visão. Quem Mal Anda... Qual será a pena que merece aquele que seduz, colhe a flor inocente e pura, e depois de apreciar a sua beleza e perfume a lança indiferentemente na fama dos mais duros e escabrosos caminhos? Como resgatará as suas culpas? Não sorverá depois, na próxima vida, gota a gota, todo o fel que derramou? Ah! Decerto que sim. Pagará sofrendo na mesma medida, para que aconteça o que diz o povo: "é para saber o gosto que o fado tem"! O fado é o Destino, o registo de tudo o que semeámos, bom e mau, em vidas passadas. "Quem mal anda, mal acaba"!, diz ainda uma voz popular. E na voz do povo, que se diz ser a voz de Deus, há muita sabedoria profunda, embora inconsciente. "Quem com ferros mata, com ferros morre", diz outro antigo e sábio prolóquio, que Jesus recordou a Pedro no momento em que o pescador feriu com espada o soldado que prendia o Messias. E, de facto, neste mundo de expiação, tudo se paga. Só nos isentamos das penas ajudando os que sofrem a suportar as suas punições. Ajudemos por todos os meios aqueles que sofrem, não recebendo pelo que fizermos a menor paga. Ajudemos entusiasticamente e por amor, porque na medida em que ajudarmos os que sofrem, aliviaremos o peso do nosso próprio Destino. Façamos, portanto, todo o bem que pudermos. E sempre sem olhar a quem o fazemos. E se tivermos oportunidade para isso, façamo-lo mesmo aos que nos aborrecem ou nos causam algum mal, porque desta maneira estaremos a vencer o nosso próprio Destino. Francisco Marques Rodrigues.

Mestres Individuais.

Um dos problemas mais difíceis que tem de enfrentar o instrutor de um movimento espiritual é a impaciência dos estudantes que desejam colher o que não semearam, que são incapazes de esperar pela colheita. Estudantes esses que desejam resultados imediatos e, se não lhes nascem asas em determinado prazo, fixado por eles mesmo, elevam o grito ao céu e buscam um "mestre individual", estando dispostos a atirar o senso comum pela janela fora, caso o mesmo garanta resultados. Já tratámos deste assunto noutra ocasião, mas como há sempre quem se esqueça e, além deles, há os novos estudantes que diariamente chegam à Fraternidade, é necessário que assuntos de tão grande importância sejam regularmente apreciados. Já alguém viu alguma vez, em qualquer instituição de ensino, desde o jardim de infância à universidade, um professor para cada estudante? Nós, não. Nenhum conselho directivo sancionaria semelhante desperdício de energia. Nem tão-pouco se recomendaria um só professor para determinados alunos, só pelo facto de eles serem impacientes ou quisessem passar pelos diversos anos académicos "rapidamente". E, finalmente, se houvesse alguma excepção que aconselhasse tal anormalidade, seriam precisos professores que tivessem a capacidade de transmitir os conhecimentos aos seus alunos de uma forma maciça, método que teria, naturalmente, grandes perigos. Se isto é verdade para o ensino académico oficial, por que razão pode haver diferença para as escolas da ciência espiritual? Disse o Cristo: "Se eu lhes falei de coisas terrenas, não me acreditaram, como me acreditariam se lhes tivesse falado de coisas espirituais?". A razão disto, amigos, é que nenhum "mestre individual", mesmo no caso de existirem, poderia iniciar alguém nos mistérios da alma, se o discípulo não preparar, primeiro, o seu trabalho. E quem quer que diga, ou que publique, que garante a iniciação de alguém, define-se e cataloga-se, a si mesmo, como impostor. Além disso, quem se deixar enganar mostra, também, muito pouco discernimento. De outro modo compreenderia que nenhum mestre aceitaria usar o seu tempo e energia, egoisticamente com um só aluno, quando poderia usá-lo com a mesma facilidade, para instruir muitos outros. Acrescentemos, por último, que jamais os Irmãos Maiores assistiriam a alguém com carácter de "mestres individuais". Quem assim o julgar cai num tremendo engano, ou em deliberada desonestidade. Max Heindel

Solidariedade e Cooperação.

A vida do homem é um contínuo anseio: ou procura bens materiais ou busca ilusões. Se levado a certos limites, estimula o estudo e o trabalho fecundo. Para além de determinada meta, leva à prática da violência, à selecção brutal dos indivíduos ou dos grupos e à desumanização da vida social e internacional. Nos círculos cultos e esclarecidos, este espírito de conquista evolui pacificamente. Desenvolve-se no sentido de obtenção da virtude, do saber, do carácter, da perfeição. O sábio, o erudito e o investigador, que se consagram ao estudo dos problemas que os preocupam, levam a cabo um esforço benéfico voltado para a conquista positiva, procurando adquirir conhecimentos, alcançar ideias, verdades, certezas ou conceber técnicas. Porém, uma educação orientada no sentido da competição do egoísmo e da violência, associada ao refinamento dos mecanismos de embrutecimento, levam a que a espécie humana organizada em “sociedades” se comporte no planeta Terra como espécie predadora, aniquilando recursos, alterando equilíbrios e até invertendo evoluções. Apoiadas em valores quantitativistas, estas sociedades modificam a qualidade de vida e a própria mentalidade social. Passam a ser dominadas por uma febre incontrolável de conquista desaustinada de bens materiais ou de riquezas. E é assim que, apesar de se falar muito em solidariedade e cooperação, todos se lançam, consoante os temperamentos, à conquista de certos objectivos tidos como valiosos e sinais de êxito pela mentalidade social contemporânea: a celebridade, a glória, a luxúria, o luxo, a ociosidade. O mais vulgar e mediático é a celebridade. Geralmente, nem se toma sequer a consciência de que a celebridade desprovida de conteúdo é um êxito vazio. O dinheiro e as propriedades, encarados com um fim em si mesmo, é outra expressão do referido êxito. Mas a expressão mais elevada do dito êxito é o Poder, considerado este como a capacidade, real ou virtual, de tomar e fazer cumprir decisões que afectam a vida própria e as alheias. É aqui que se identifica muitas vezes a distância desproporcionada que separa o demérito de algumas pessoas do estatuto social em que vivem. Uma inevitável preocupação surge à luz quanto se pensa em tudo o que ficou dito e perguntamos a nós próprios: que pecados originais contaminam o homem e as variadíssimas formas sociais, atraindo-os para esses falsos êxitos, o orgulho e a malevolência? Aqui, as opiniões dividem-se. Todas as grandes religiões preconizam o domínio da “carne”. E aconselham a vencer, pelo espírito, a exteriorização dos seus apetites. A condição animal do homem seria então o obstáculo impeditivo da integração na harmonia cósmica, a conseguir através do espírito universal, dos valores da renúncia, da purificação e da ascese. Mas admitem outros que, pelo contrário, a adulteração da humanidade se fica a dever aos elementos corruptos da vida social. É a explicação dos mitos bíblicos. Adão e Eva foram corrompidos pela serpente – o símbolo do conhecimento. E até alguns filósofos – como Rousseau – defendem a existência do “bom selvagem”. É certo que a vida social pressupõe a realização de esforços próprios por parte de cada um. São legítimos e enobrecedores. Mas tais esforços devem ser convergentes e não antagónicos. O que se passa é que o mundo, embora nos pareça grande, é suficientemente pequeno para inter-relacionar todos os nossos interesses. Convém, pois, harmonizá-los, em vez de pô-los em conflito. Os produtores precisam dos consumidores; os trabalhadores manuais precisam dos trabalhadores intelectuais. Os homens grosseiros beneficiam com a delicadeza das almas sensíveis. Os ociosos lucram com o esforço e o exemplo dos homens activos, e por aí adiante. Sendo hoje altamente gregária, a humanidade vê a sua equação de sobrevivência posta também em termos da compreensão de que a vida social só pode existir com base na cooperação e na solidariedade. A partir de certos limites, a luta tem como consequência a impossibilidade de se desenvolver um trabalho fecundo e contínuo, atiçando ódios e suprimindo garantias necessárias a qualquer actividade eficaz e produtiva. A fraqueza e insuficiência de cada indivíduo devem ser fortalecidas pela fraqueza e insuficiência dos seus semelhantes. Todos precisamos uns dos outros. E com as nações dá-se o mesmo que com os indivíduos membros da sociedade. Alguma coisa deve ser cedida para garantir o todo. Neste ponto de vista, ganhamos pelo que damos. Procurar justificar logicamente toda a ordem de desgraças que os homens têm derramado sobre si próprios na ânsia de atingir os falsos êxitos tem sido uma constante no processo que antecede o acender dos conflitos e o posterior varrer das cinzas resultantes do fogo da violência. Poderá ir-se iludindo o assunto com a procura das causas em factos importantes e espectaculares, em vez de os identificar naqueles actos individuais “infinitamente pequenos”, que o simples exame retrospectivo, ou “exame de consciência”, ajuda a dominar e a disciplinar. Uma sociedade onde esta reflexão não esteja enraizada nos hábitos pessoais não pode ter condições de desenvolvimento. E, portanto, não elabora mundivisões originais e adequadas à experiência do dia-a-dia e do progresso sofrendo assim uma carência que nada pode colmatar. Essa sociedade fica entregue à confusão, correndo o risco de não identificar o essencial e de sacrificá-lo ao acidental. E quando o essencial e o acidental se encontrem confundidos, a anarquia de valores e ideias torna-se inevitável, depressa surgindo equívocos e fracassos que parasitariamente minam o edifício social. É no seio dos mecanismos de intervenção destas sociedades em que vivemos que a filosofia rosacruz desempenha o seu papel. A sua missão decisiva, neste campo, é a de ajudar a compreender que o ser humano é um universo em miniatura e que tem dentro de si as mais estranhas forças, às vezes difíceis de interpretar. E, também, ajudar a conhecê-las dentro do possível, e também dentro do possível dominá-las, para que o ser humano não se torne num motivo de crítica e numa fonte viva de desordem. F. M. C.