contos sol e lua

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DEUSES GREGOS.panteão grego, características e representações.

A mitologia grega compreende o conjunto de mitos, lendas e entidades divinas e/ou fantásticas, (deuses, semideuses e heróis) presentes na religião praticada na Grécia Antiga, criados e transmitidos originalmente por tradição oral, muitas vezes com o intuito de explicar fenómenos naturais, culturais ou religiosos - como os rituais - cuja explicação não era evidente. As fontes remanescentes da mitologia grega ou são transcrições dessa oralidade, ou trabalhos literários feitos em tempos posteriores à criação dessa oralidade. Os historiadores da mitologia grega têm, muitas vezes, de se basear em dados fragmentários, descontextualizados (fragmentos de obras literárias, por exemplo) ou através de indícios transmitidos na iconografia grega (principalmente, os vaso vasos) para tentarem reconstituir a riqueza narrativa e conceptual de uma das mitologias mundiais que mais interesse desperta. Em suas várias lendas, histórias e cânticos, os deuses da antiga Grécia são descritos como quase humanos em aparência, porém imunes ao tempo e praticamente imunes a doenças e feridas, e capazes de se tornarem invisíveis, de viajarem grandes distâncias quase que instantaneamente e de falarem através de seres humanos sem o conhecimento destes. Cada um dos deuses tem sua própria forma física, genealogia, interesses, personalidade e sua própria especialidade. Essas descrições, no entanto, têm variantes locais que nem sempre estão de acordo com as descrições usadas em outras partes do mundo grego da época. Quando esses deuses eram nomeados em poesias ou orações, eles se referiam à uma combinação de seus nomes e epítetos, com estes os indentificando distinguindo-os de outros deuses. Natureza da mitologia grega Enquanto todas as culturas através do mundo têm suas próprias mitologias, esse termo é de cunhagem grega e teve um sentido específico nessa cultura. Ele deriva de muthologia: muthos, que no grego homérico significa superficialmente um discurso ritualístico de um chefe, um poeta ou um sacerdote; logos, que no grego clássico significa "uma história convincente, um argumento em ordem"; Originalmente, então, a mitologia é uma tentativa de trazer sentido às narrativas estilizadas que os gregos recitavam em festivais, sussurravam em locais sagrados e espalhavam em banquetes de aristocratas. Visão geral. O espectro da mitologia grega é enorme. Abrange desde os crimes mais cruéis dos primeiros deuses e as sangrentas guerras de Tróia e Tebas, à infância de Hermes e o sofrimento de Deméter por Perséfone. A era dos deuses. Assim como seus vizinhos, os gregos acreditavam num panteão de deuses e deusas que eram associados a específicos aspectos da vida. Afrodite, por exemplo, era a deusa do amor, enquanto Ares era o deus da guerra e Hades o dos mortos. Algumas deidades como Apolo e Dionísio revelavam personalidades complexas e uma variedade de funções, enquanto outros como Hestia (literalmente "lar") e Helios ("sol") eram pouco mais que personificações. Existiam também deidades de lugares específicos, como deuses de rios e ninfas de nascentes e cavernas. Tumbas de heróis e heroínas locais eram igualmente veneradas. Apesar de centenas de seres poderem ser considerados deuses ou heróis, alguns não representavam mais que folclore ou eram honrados somente em lugares (Trophonius) e/ou festivais específicos (Adonis). Rituais de maior abrangência e os grandes templos eram dedicados, em sua maioria, a um seleto círculo de deuses, notadamente os doze do Olimpo, Heracles e Asclepius. Estas deidades eram o foco central dos cultos pan-Helênicos. Muitas regiões e vilas tinham seus próprios cultos à ninfas, deuses menores ou ainda a heróis e heroínas desconhecidos em outros lugares. A maioria das cidades adoravam os deuses maiores com rituais peculiares e tinham para estes lendas igualmente próprias. ORIGEM DOS DEUSES. Para os gregos, não foram os deuses que criaram o Universo, e sim o Universo que oscriou. No princípio era o Caos (fenda), que gerou Géia ou Gaia (a Terra), que por sua vezespontaneamente gerou Pontos (o mar) e Urano (o céu). A união entre Géia e Pontos gerou as antigas divindades marítimas, praticamentepersonificadas em Nereu, o velho do mar, que podia assumir todas as formas, diluir-se edesmanchar-se na água. Nereu é representado como um ancião de barbas brancas ecorpo de peixe. Géia e Urano tembém se uniram, deles surgindo os Titãs (Oceano, Coeus, Crius,Hyperion, Japetus e Cronos), e as Titânidas (Thétis, Phoebe, Mnemósine, Théia, Themise Réia). Os irmãos uniram-se às irmãs, gerando uma série de divindades. Por escolha de Géia, coube a Cronos destronar o pai Urano, o que fez com uma foice deferro, metal gerado por Géia. Cronos castrou Urano, e atirou ao mar a bolsa escrotal e opênis, que provocaram uma onda de espuma manchada de sangue, da qual nasceuAfrodite. Cronos, por sua vez, foi destronado por Zeus, um dos filhos de sua união com Rhea.Cronos temia ser destituído como o pai, por isso devorava seus filhos. Quando donascimento de Zeus, Rhea enganou Cronos, dando-lhe uma pedra envolta em cueiros, eentregou a criança aos cuidados da ninfa Adrastéia, que o alimentou de mel e do leiteda cabra Amaltéia. Zeus chegou rapidamente à idade viril, e com a ajuda de Géia, derrubou Cronos,forçando-o a ingerir um remédio de mostarda e sal; Cronos regurgitou primeiro a pedra,depois os demais filhos (Héstia, Hades, Posseidon, Hera e Deméter). Zeus e osdeuses mais jovens combateram os Titãs, nas planícies da Tessália, e se apossaram doMonte Olimpo, que passou a ser a morada dos deuses. Na mitologia romana, Cronos éSaturno. O encadeamento dessa sucessão de divindades tem como uma de suas explicações aprópria história da Grécia, cujos habitantes primitivos, os pelasgos, sofreram as invasõesdos aqueus, eólios, jônios e dórios, tribos de origem indo-européia ou ariana, quepenetraram e se fixaram na Grécia entre os séculos 20 e 12 a.C.. Esses povos invasoresfundiram seus mitos e lendas aos dos povos conquistados, daí resultando as diversasversões em torno da origem dos deuses, bem como a variação dos padroeiros dascidades e regiões. DEUS ZEUS É o chefe supremo do Panteão Olímpico grego. Seu nome, de origemindo-européia, significa resplandecente, brilhante; é associado ao trovão e ao raio.Homero o chama de "Pai dos deuses e dos homens", colocando-o na posição depatriarca ou chefe de tribo, responsável pela justiça e pela ordem moral e social daGrécia. É representado como um homem robusto, majestoso, com uma barba imponente. Era odeus mais venerado da Grécia, e o seu principal centro de culto era em Olímpia. Zeus inspirou muitos mitos e lendas na literatura grega, sobretudo pela quantidade demulheres que possuiu. Tinha como mulher oficial Hera, uma de suas irmãs. Na religião romana, Zeus era conhecido como Júpiter. DEUS POSEIDON. Era o senhor do mar, segundo em importância na escala do Olimpo, poispara os gregos o comércio marítimo era uma peça fundamental da economia. Posseidon tinha um esplendoroso palácio no fundo do mar; sua mulher era Anfitrite, netado titã Oceano. É representado como um homem de boa aparência, barbudo, com umtridente nas mãos. Entre os romanos, era conhecido como Netuno. DEUS HADES. Dominava o mundo subterrâneo. Embora seja conhecido como o deus dosmortos, era também chamado Pluto, o deus das riquezas contidas no subsolo. Sombrio esinistro, raramente visitava a Terra, e possuía um capacete ou elmo que tornavaqualquer um invisível. Costuma ser representado num carro de ouro, com a cornucópiada abundância nas mãos. Sua mulher era Perséfone, filha de Zeus e da irmã de ambos, Deméter. DEUS ARES. Deus da guerra, filho de Zeus e Hera. A sua figura surgiu na época em que oferro passou a ser utilizado para a fabricação de espadas e escudos, e os Exércitospassaram a ter normas precisas para ataque e defesa. Possuía um caráter violento,apreciava cenas brutais e tinha prazer em observar a dor alheia. Ares não era cultuado na Grécia, onde o povo preferia a concórdia e a harmonia. Poressa razão, era muitas vezes o derrotado nos mitos gregos; Atena, deusa da sabedoria,o venceu várias vezes, o que era uma forma de demonstrar o triunfo da razão sobre abrutalidade. A versão romana de Ares é Marte. DEUS APOLO. Deus do sol, irmão gêmeo de Ártemis, deusa da caça, filho de Zeus e Leto, filhados titãs Coeus e Phoebe, tios de Zeus. Tinha qualidades atléticas, musicais e poéticas,possuía uma bela voz e tocava lira; os gregos o invocavam também em relação àmedicina, criação de gado, agricultura e no manejo do arco e flecha. Era também o deusdas profecias, concedendo esse dom aos humanos que apreciava; o seu oráculo emDelfos, era o mais célebre do mundo helênico. Os atributos de Apolo eram relativos à sua luminosidade, e integravam o modelo ideal dohomem grego, capaz de equilibrar heroísmo, beleza e sabedoria. Alguns mitos o colocamtambém como impiedoso e cruel, como no caso da transformação da ninfa Dafne numa árvore. DEUS HERMES. Conhecido como o mensageiro dos deuses, era filho de Zeus com a ninfaMaia, filha de Atlas, neta dos titãs Oceano e Thétis; Zeus a possuiu na calada da noite,enquanto Hera dormia, e Hermes nasceu pela manhã. Foi o deus dos pastores, viajantes por via terrestre, mercadores, pesos e medidas,atletas, e ladrões; venerado pela astúcia e sagacidade, inspirava também a literatura ea oratória. Ainda dedicava-se à música, sendo o inventor da lira e da flauta; no campoesportivo, era considerado o criador do pedestrianismo e do pugilismo. Como mensageirodos deuses, guiava as almas dos mortos para o mundo subterrâneo, e também estavaassociado com a transmissão dos sonhos aos mortais. Hermes é representado por um jovem bonito, de porte atlético, com sandálias ecapacete alados, portando o caduceu, símbolo dos plenos poderes como executor dasordens de Zeus, e do seu caráter conciliador. Em Roma era venerado como Mercúrio. DEUS HEFESTO. Deus do fogo, artesão divino, que produzia muitos dos objetos e acessóriosutilizados pelos deuses, inclusive os raios de Zeus. Hefesto, segundo Hesíodo, foi gerado espontaneamente pela vingativa e ciumenta Hera,em represália a paixão de Zeus por Métis. Porém, Hera decepcionada com a feiúra dofilho, o atirou Olimpo abaixo. Em outra versão, Zeus o atira por ter apoiado Hera numadiscussão. Como artesão, Hefesto pretendia Atena como mulher, por ser a padroeira da indústria,mas ela o recusou por ser muito feio; em outra versão, ela desaparece do leito nupcial,e Hefesto ejacula no chão; num conto semelhante, o esperma derramado na coxa deAtena gera Erecteu, que foi rei de Atenas. Apesar dos desencontros, ambos são muitovenerados na cidade de Atenas, na qual as manufaturas tinham um papel importante naeconomia. Hefesto também aparece como o marido traído de Afrodite; depois desse episódio, segundo Homero (Ilíada), desposou Aglaea, uma das Graças. Na mitologia romana erachamado Vulcano. DEUS DIONÍSIO. Era um dos deuses mais populares. Conhecido em Roma como Baco, foicaracterizado de duas maneiras: na primeira como o deus do vinho, da vegetação,fertilidade, e também padroeiro do teatro; na segunda, como o iniciador no êxtasemístico resultante da entrega do corpo às substâncias inebriantes, com ênfase para asbebidas alcoólicas. Assim, era o inspirador de cultos orgiásticos. Dionísio era filho de Zeus com Semele, uma bela mortal a quem prometera satisfazetodos os desejos. Semele pediu para ver Zeus em toda a sua majestade, mas os raiosluminosos procedentes dessa visão a carbonizaram; como estava esperando Dionísio, elae o filho em gestação foram para o Hades, de onde Zeus o resgatou, levou para oOlimpo, costurando-o em sua coxa, de onde foi retirado ao completar a gestação. Háoutra versão em que Dionísio seria filho de Perséfone, deusa do mundo subterrâneo. DEUSA HERA. Além de irmã de Zeus, também foi a sua mulher oficial. Protetora do matrimônio, extremamente ciumenta, buscava castigar as mulheres pelas quais Zeus se apaixonava. Não perdoava aqueles(as) que a ofendiam. As mulheres casadas invocavam o seu auxílio no momento do parto. Em algumas cidades, Ilítia ou Eileithyia, a divindade consagrada a esse acontecimento, identificava-se com a própria Hera, em outras como sua filha. Os romanos tratavam Hera como Juno. DEUSA HÉSTIA. Deusa dos laços familiares, simbolizada pelo fogo da lareira. Cortejada por Possêidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus; embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam o fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra mater. Em Roma era cultuada como Vesta; suas sacerdotisas eram chamadas vestais, e faziam voto de castidade. DEUSA DEMÉTER Deusa da terra fértil, dos campos e dos cereais, especialmente do trigo. Era uma das deusas mais antigas, associada a Géia e à sua própria mãe Réia. Seu culto era praticado em diversas regiões do mundo helênico, onde assumia os nomes de Cibeles (Frígia), Ísis (Egito) e Ceres (Roma). DEUSA ARTEMIS. Deusa das florestas, da caça e dos animais selvagens. Em algumas cidades era a deusa da fertilidade e do nascimento das crianças; também era considerada a divindade da luminosidade lunar, e protetora da juventude feminina. Existiam contradições nos papéis a ela atribuídos. Ao mesmo tempo em que era a deusa da caça, protegia os animais, especialmente os cervos; embora fosse virgem, virtude que foi defendida em vários mitos, protegia os partos. Era descrita como uma mulher alta, que se destacava das ninfas que a acompanhavam; portava arco e flecha, e era rodeada por uma matilha. Também é representada com cabelo preso e seios à mostra. Em Roma era venerada como Diana. DEUSA ATENA. Deusa da sabedoria, indústria, justiça, guerra e artes. Era filha somente de Zeus, que ao sentir uma terrível dor de cabeça, pediu a Hefesto, deus do fogo e padroeiro dos artesãos, lhe abrisse o crânio; então, dele saltou Atena, já dulta. Atena teria sido concebida por Métis, a antiga deusa da prudência, que em alguns mitos foi a primeira mulher de Zeus, porém havia uma profecia de que a criança o destronaria; então, Zeus devorou Métis, e teve Atena sozinho. Na guerra, Atena associava-se ao combate individual, estratégia e justiça, diferentemente de Ares, que tinha prazer apenas pela brutalidade. O atributo da vitória era em algumas cidades consagrado a Atena, em outras aparecia Nike, uma deusa específica para a vitória, representada por uma mulher alada. Minerva era o nome que os romanos designaram para Atena, e Victória para Nike. DEUSA AFRODITE. Deusa do amor, beleza e êxtase sexual. De acordo com Hesíodo, nasceu quando Urano foi castrado por Cronos, que atirou os órgãos genitais ao mar; um turbilhão levantou-se e dele ela surgiu. Há uma outra versão em que Afrodite é filha de Zeus e Dione. Afrodite era uma deusa de origem asiática, similar a Ishtar da Mesopotâmia, e a Ashtart sírio-palestina. Seus símbolos eram o delfim, o pombo, o cisne, a romã e a limeira. A presença de Afrodite causou um alvoroço no Olimpo; Zeus, temendo uma briga entre os deuses, por causa dos seus encantos, resolveu casá-la com Hefesto, deus do fogo e ferreiro dos deuses, por ele considerado o mais estável emocionalmente; também se conta que foi uma forma de Zeus castigá-la pela vaidade. O casamento não deu certo; a bela, alegre e atraente deusa não se encantou pelo feio, coxo e encardido ferreiro, e o traiu com Ares. Eros, o garoto alado que atirava as flechas para que as pessoas se apaixonassem, é filho dessa união. Em Roma, Afrodite foi cultuada como Vênus, e Eros como Cupido. Além desses deuses, que junto a muitos outros pululavam no Olimpo, havia heróis (filhos de deusas ou deuses com mortais), semideuses, faunos, sátiros e uma infinidade de entidades mitológicas que explicavam por lendas todos os fenômenos da natureza. Entre os heróis mais populares, podemos citar: Io - amada por Zeus, que a transformou em novilha para escondê-la da ciumenta Hera. Deucalião e Pirra - únicos sobreviventes do dilúvio que Zeus mandou ao mundo pervertido. Héracles - ou Hércules, autor dos famosos Doze Trabalhos; era filho de Zeus e da moratal Alcmena. Édipo - que matou a esfinge e casou-se com sua própria mãe. Perseu - que matou a Medusa, uma das Górgonas, e libertou a princesa Andrômeda da serpente marinha. Cadmo - que matou um dragão e no local fundou a cidade de Tebas. Europa - irmã de Cadmo, foi amada por Zeus que lhe apareceu sob a forma de um touro e, em suas costas, atravessou o mar. Jasão - chefe dos Argonautas, equipe de heróis - Héracles, Orfeu, Castor e Pólux, e outros - que navegou no navio "Argos" em busca do Velocino de Ouro. Teseu - que penetrou o labirinto de Creta e matou o Minotauro, acabando por unificar a Ática. Atalanta - mulher aventurosa que se casou com o ardiloso Hipomenes. Belerofonte - que matou o monstro Quimera e domou o cavalo alado, Pégaso. Os heróis de Tróia -Aquiles, Heitor, Ájax, Agaménon, Ulisses - autor da idéia do cavalo de Tróia - e outros.fonte.wikepédia.

A questão religiosa nas culturas mesopotâmicas.

Em geral, as sociedades antigas dispunham de uma quantidade significativa de mitos que, em diferentes graus, influenciavam a realidade cultural desses povos. Esses mitos narravam uma criação, descrevendo como algo foi produzido ou quando começou a existir. Nesse sentido, a finalidade primeira dos mitos era a atualização periódica de experiências vividas em eras primordiais, a fim de que o presente pudesse ser revigorado, rejuvenescido de tempos em tempos. Essa é, pois, a influência que os mitos exerceram nas sociedades antigas (inclusive na Mesopotâmia): a garantia de “sucesso” sobre o presente, ao se reviver o passado. Assim, para o homem antigo, os mitos não só reconstruíam um passado heróico, primordial, como também possibilitavam que o presente se manifestasse sob a forma dos tempos heróicos dos começos. ZigurateNa Mesopotâmia, muitos mitos revelam uma gênese que, através das tradições orais, fundamenta o nascimento constante das coisas e do mundo. Alguns desses mitos, antes de tratarem de suas especificidades próprias, iniciam-se com o esboço de uma cosmogonia – é o caso, por exemplo, das narrativas babilônicas acerca da criação do homem, as quais são precedidas pela descrição do surgimento do cosmos. Essas histórias míticas exerceram muita influência sobre as civilizações da Mesopotâmia, a ponto de se construir um amplo aparato religioso, enquanto também se estruturavam suas organizações sociais, econômicas e políticas. Dentre as formações religiosas relacionadas ao poder dos mitos mesopotâmicos, cita-se os templos e o panteão de deuses; elementos estes, privilegiados pela centralização maior que receberam, naquilo que diz respeito à vida espiritual dos povos mesopotâmicos. Os templos, em virtude de seu número e função, conferem, em toda a história da Mesopotâmia, um alto grau de importância. Cada cidade possuía muitos deles: Lagash, por exemplo, no início do III milênio, parece ter contado com cerca de 50 edificações sagradas. O mais importante dos templos da cidade era sempre aquele construído em homenagem à divindade protetora, o que pressupõe uma certa hierarquia entre os deuses. Geralmente, este é o templo maior e bem mais ornamentado de todos. Além disso, era também o que contava com um grupo maior de sacerdotes, de pessoal de exploração e administração. A “sociedade” interna do templo parece constituir uma casta praticamente fechada, pois existiam técnicas ou atividades (ainda que aparentemente laicas) que só poderiam ser aprendidas no templo e a partir da infância. As funções exclusivamente agrícolas eram as únicas que escapavam a essa obrigatoriedade. Todas as pessoas ligadas ao templo constituíam uma grande comunidade que, vivendo a serviço dos deuses, viviam também da renda deles, isto é, do produto de seus bens e do excedente das oferendas e sacrifícios. Apesar disso, esses membros religiosos não deixavam o convívio com a vida laica, nem entregavam ao templo suas fortunas particulares. As terras do templo eram divididas em lotes, cujas funções eram bem variadas: alguns domínios eram “arrendados”, outros, diretamente postos a render, através do gado e da mão-de-obra, geralmente escrava. Da mesma forma, o templo tinha suas oficinas, seus armazéns, seus depósitos e seu tesouro. Os templos controlavam, portanto, uma parte relativamente expressiva da vida econômica do país, principalmente porque seu poder associava-se à sua força espiritual.deusa da fertilidade Ishtar Quanto aos deuses propriamente ditos, as cidades da Mesopotâmia compartilhavam um mesmo panteão ou assembléia (como era chamada na Babilônia), embora os nomes divinos sofressem alterações de acordo com a região. Esse panteão (ou assembléia) era formado por seres vivos imortais e de forma humana, que, apesar de invisíveis, criaram e controlavam o cosmos, de acordo com planos bem estabelecidos e leis devidamente prescritas. Supunham que cada um destes deuses tinha a seu encargo um componente particular do universo e guiava as suas atividades com regras e regulamentos. É possível que essas idéias estivessem relacionadas à estrutura da sociedade humana, entregue ao controle e à guarda de homens, sem os quais as terras e as cidades se arruinariam. Também o cosmos e todo os seus complicados fenômenos deveriam estar sendo guardados e supervisionados por seres divinos, uma vez que o universo é muito mais extenso e complexo. Por analogia com a organização política do homem, o panteão (ou assembléia) de deuses mantinha uma hierarquia, segundo um grau de importância. Esses dois aspectos da vida na Mesopotâmia, explicitam claramente o grau de vínculo existente entre os povos antigos e suas crenças míticas (de onde decorrem os sistemas religiosos). Esses sistemas religiosos, na Mesopotâmia, detinham em seu conteúdo uma visão de mundo geral, englobando aspectos da vida que, para nós, ocidentais, são diferentes: religião, política, economia, direito e ética. Com efeito, na Antigüidade, o que dividimos, aparecia integrado num todo indivisível para os homens de então.

Dandara

Muita coisa não se sabe sobre Dara, ou Dandara (ou, dependendo da região ou raça, Tara, Danra ou Tanha), para começar, há uma grande dúvida se Dandara seria uma deusa ancestral ou se seria uma grande feiticeira (talvez de nossa Era) que teria sido cultuada como uma santa. E também não se sabe como é a aparência de Dandara, a não ser que todos dizem que seria uma deusa muito linda, o que não é muita novidade, pois todas as deusas são muito lindas. Mas isto acontece porque não são feitas estátuas inteiras de Dandara, ela é representada apenas pela sua mão, normalmente a esquerda, com a palma para cima e usando um anel no polegar e outro no dedo médio. Isto acontece por causa de seu feitiço mais conhecido: A mão de Dandara. Este feitiço é o que transforma bestas em feras, dando a elas uma mão parecida com a humana (com polegares opositores, que é o que permite os humanos manipularem ferramentas com mais precisão que qualquer outro animal) e permitindo que elas possam se apoiar apenas nas patas traseiras. Segundo a versão de que Tara seria uma deusa, ela foi a primeira a dar a dádiva da postura divina à outras raças, sendo que a raça humana foi a mais abençoada por ela, que compensou sua formação fraca com a postura privilegiada. Portanto Tara teria sido a primeira deusa a criar os humanos. Segunda a versão de que seria uma feiticeira de nossa era, ela teria sido uma feiticeira que amava os animais, e vendo que alguns dos seus atingiam grande inteligência, quis permitir a eles que pudessem se desenvolver ainda mais, se tornando mais parecidos com humanos. Provavelmente as primeiras feras a se beneficiarem da Mão de Dandara foram os lupinos, depois os homens-urso entre outros. Os leonídios (que por sinal são os maiores adoradores de Tanha) só apareceram bem depois, mas sabe-se que os primeiros leonídios surgiram exatamente pelo mesmo feitiço da Mão de Dandara, cujo ritual foi executado por outra feiticeira (Ranŝansa), que acreditam ser descendente de Tanha. Por este motivo, Dandara é tida como a falsa deusa ou deusa ancestral (nota, para os leonídios, dizer que Tanha, nome de Danra para eles, é uma falsa deusa, constitui motivo de grande ofensa) mais reverenciada entre as feras, especialmente os leonídios (os reptilianos adoram Apep, embora alguns dos maiores líderes entre eles tenham hábito de usar anéis nos polegares e médios, como Dara, que são considerados os dedos mais importantes, pois que são os que mais diferenciam as mãos das raças superiores das garras das bestas). f.p.wikepédia.