segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O DIA EM QUE O SOL ENCONTROU-SE COM A LUA.


Conta-se, que há muito o Sol
andava tristonho pela Terra.
Seus raios, já não eram tão "fortes" como antes e por mais que o fizesse,
sempre era encoberto por alguma nuvem escura que percorria o céu num forte vendaval.

Os pássaros, as flores, os animais, todos se questionavam sobre o distanciamento do sol.

Numa manhã; que seria bem mais bonita, se o Sol estivesse com seu esplendor total; uma ave de vôo inigualável chamada Condor; arriscou-se e quis tentar conversar com o astro rei.
O sol percebendo a dificuldade do Condor para se aproximar, tranqüilizou-o dizendo:

- Linda ave; de vôo quase perfeito,
porque queres chegar a mim, se estou por toda parte deste planeta?

O Condor ouvindo a pergunta do Sol lhe respondeu, já exausto pelo vôo:
- Gostaria muito de saber o que lhe deixa tristonho. O planeta está quase sem tua luz: os pássaros já não sabem mais para onde ir; as flores, principalmente o girassol;
já não sabe mais se fica acordado ou se dorme; os animais já não sabem mais se ficam em suas tocas ou saem para caçar; as lavouras estão se perdendo...
Tudo está tão confuso, que resolvi arriscar este vôo e lhe perguntar qual seria o problema.

O Sol percebendo a preocupação do Condor disse-lhe:
- Não sabia que estava causando tantos transtornos!
Confesso que me absorvi em meus pensamentos, que não me dei conta do que estava fazendo.
Posso tentar solucionar isto tudo;
prometo tentar...

O Condor percebendo a "dúvida" que ficou nas palavras do Sol, ainda insistiu na mesma pergunta:
- Mas o que está ocorrendo, que lhe tirou a atenção do resto do mundo?
Poderia lhe ajudar, se você me dissesse o motivo.

O Sol ainda encoberto, disse-lhe:
- Acho difícil alguém me ajudar...
Muito difícil mesmo...
E já que está disposto a conversar, diga-me:
você já amou alguém Condor?

O Condor apoiou-se nas encostas de uma montanha;
abaixou sua cabeça sem olhar para o abismo e respondeu:
- Sim, já amei...
Amei uma linda ave,
que não era um Condor...
Amei e sonhei...
Muito...
E porque você me pergunta isto?
Você que é o Sol!
Que possui bem mais dotes do que eu;
que possui o poder em suas mãos?
Não é possível que não consegue
conquistar o amor de sua amada?
Qualquer dama,
se renderia à sua luminosidade;
ao seu esplendor;
ao seu magnetismo natural;
ao seu calor...

E antes mesmo que o Condor continuasse,
o Sol o interrompeu dizendo:
- Qualquer uma, menos ela...

O Condor já intrigado de tanta curiosidade,
então perguntou:
- Quem Sol?
Quem é ela?
Que dama lhe ofusca os olhos?

O Sol, então olhou para o infinito
e disse-lhe com o semblante bem tristonho:
- A Lua...
A Lua, amigo!

Neste instante o Condor em respeito ao Sol, segurou seu sorriso e disse-lhe:
- A Lua?
Como você apaixonou-se por ela?
Como isso aconteceu?

O Sol percebendo o espanto do Condor,
lhe respondeu:
- Aconteceu, que nos encontramos por algumas vezes...
Em frações de segundos em alguns lugares, mas nos encontramos!
Por que você está surpreso com isso?

O Condor percebendo que o Sol
já estava se exaltando, tentou explicar:
- Por favor amigo, não quero que fique nervoso comigo.
Apenas estranhei a Lua ser sua amada...

- Como estranhou?
Nunca lhe perguntei a quem você amou
e se tivesse dado certo, você não me responderia da maneira como me respondeu!

O Condor então disse:
- Sim, você está certo...
Desculpe-me!
O que estranhei, foi que você viu muito pouco esta bela criatura, para poder se apaixonar por ela.

Neste instante o Sol então respondeu:
- Sim muito pouco...
Muito pouco mesmo...
Mas nestas poucas vezes, enxerguei dentro dos olhos dela.
Vi toda a beleza que ela trazia dentro de si...
Enxerguei o seu coração...
Senti-o bem próximo a mim...
Acreditei naquele olhar...
Vi cumplicidade...
Vi entrega...
Vi amor...


O Condor, observou que o Sol lhe falava, mas seus olhos ficavam fixos no infinito, procurando talvez os olhos da Lua.
Então disse-lhe:
- Ora, ora amigo, tenho que pensar em uma maneira de lhe ajudar.
E lhe ajudando, estarei sendo ajudado...
não só eu, todo o planeta!

O sol com mais emoção então perguntou:
- Como você poderá me ajudar?
- Devagar amigo!
Primeiro preciso me encontrar com alguns amigos de hábitos noturnos e depois lhe darei a resposta.


E o Condor saiu voando mais que rapidamente e em menos de 5 horas; quase à noitinha, apareceu junto à encosta de uma montanha, onde o Sol já se reclinara para adormecer e disse-lhe:

- Veja amigo, o que trouxe junto a mim!
São vários amigos de hábitos noturnos
e todos eles estão dispostos a lhe ajudar,
se você continuar durante o dia no céu,
mais forte do que nunca!
É esta a única condição imposta por eles, para lhe ajudar!

O sol intrigado com tantos animais ao seu redor, então os perguntou:
- Então digam, o que vocês fariam?

Neste instante uma coruja, com a fisionomia bem experiente e sábia, disse-lhe:
- Levaríamos à Lua, seus recados; suas notícias...
Tudo que precisar!

O Sol neste momento bramiu com grande satisfação ao dito pela coruja.
E depois sorriu aliviado dizendo:
- Então digam a ela uma "coisinha"
muito importante;
que nunca tive tempo para dizer;
pois quando nos víamos,
ficava tão preocupado
pelo pouco tempo de encontro;
que esquecia de lhe dizer...
Digam a ela, que a amo!
Que a amo, mais do que tudo!
Que estarei sempre esperando
para nos encontrarmos!
Que serei guardião do dia
e ela será a guardiã da noite...
E trabalhando juntos,
os dias e noites se passarão sem erros
e nos veremos novamente! E quando nos encontrarmos novamente,
a amarei mais e mais...
Nem que demore
meio século para este encontro,
mas a amarei!


Os animais neste instante se emocionaram com a clareza e transparência do Sol.
Agora sim, ele foi sincero em seu sentimento.
Ele não o escondeu entre as nuvens escuras e não teve medo de falar o que sentia.

E a noite chegou.

A primeira a levar o recado foi a coruja.
Do alto de uma árvore,
disse à Lua as palavras do Sol.

Naquela noite,
uma chuva muito branda, mas "molhada",
molhou a Terra.

Cada gota de água da chuva,
representava emoções e sensibilidade da Lua.
Cada gota de chuva representava
lágrimas de amor da Lua!
Lágrimas de esperanças...
Lágrimas de satisfação...
Lágrimas de confiança...
Agora a Lua sabia que não estava só...
E um dia, se encontraria novamente com o Sol...
Nem que demorasse meio século...
Mas o encontraria...
Na imensidão do tempo...
Márcia Aparecida Silva Zauza.

Ao "Sol " e a "Lua " que existem dentro de todo ser humano;
que as nuvens e turbulências, apenas dêem um sentido maior
a existência desses dois seres!

Meu nome é Felicidade.


Faço parte da vida daqueles que tem amigos,
pois ter amigos é ser Feliz.

Faço parte da vida daqueles que vivem
cercados por pessoas como você,
pois viver assim é ser Feliz!

Faço parte da vida daqueles que acreditam
que ontem é passado, amanhã é futuro
e hoje é uma dádiva,
por isso chamado presente.

Faço parte da vida daqueles
que acreditam na força do Amor,
que acreditam que para uma história
bonita não há ponto final.

Eu sou casada, sabiam?
Sou casada com o Tempo.

Ah... O tempo é lindo!
Ele resolve todos os problemas.
Ele reconstrói corações, ele cura machucados,
ele vence a Tristeza...

Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos:
A Amizade, a Sabedoria e o Amor.

A Amizade é a filha mais velha.
Uma menina linda, sincera, alegre.
A Amizade brilha como o sol...
A Amizade une pessoas,
pretende nunca ferir, sempre consolar.

A do meio é a Sabedoria...culta, íntegra,
sempre foi mais apegada ao Pai, o Tempo.
A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!

O caçula é o Amor.
Ah! como esse me dá trabalho!
É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar...
Eu vivo dizendo:
Amor, você foi feito para morar em dois corações,
não em apenas um...
O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo!
Quando ele começa a fazer estragos
eu chamo logo o pai dele, o Tempo...
e aí o Tempo sai fechando todas as feridas que o Amor abriu!

Uma pessoa muito importante me ensinou uma coisa...
Tudo no final sempre dá certo,
se ainda não deu, é porque não chegou o final.

Por isso, acredite sempre na minha família!
Acredite no Tempo, na Amizade,
na Sabedoria e principalmente no Amor...

Aí, com certeza um dia, eu, a Felicidade,
baterei à sua porta !

Tenha Tempo para os Sonhos...
Eles conduzem sua carruagem para as Estrelas!
[D.A]

A Estrela.


Como você recebeu o dia de hoje?

Da mesma maneira de sempre?

Ou como o único dia real?

Ele é apenas um reflexo do ontem.

Um intervalo para o amanhã.

Ou você escutou a explosão das novas possibilidades?

Essa é uma escolha sua...

O dia de hoje

pode não significar nada de especial.

Pode ser o retrato de uma rotina decorada
E conter os mesmos cheiros,
Os mesmo aspectos conhecidos,
As mesmas portas nos mesmos corredores.

Essa é uma escolha sua...

Porque todas as manhãs o dia chega novo
E traz em suas vestes a estrela inédita
Ele não vai se impor a essa entrega
Não vai exigir suas mãos abertas para o recebimento
Ele não vai gritar
Não vai lhe assustar
Não fará nenhum estardalhaço aos seus sentidos

Ele é apenas o dia
Simples, quieto e sutil em suas revelações.

Como um fiel guardião do seu caminho
Ele carrega feliz o seu despertar
Mas a decisão precisa ser sua diante da estrela
E ela só pode brilhar com o seu total consentimento
O dia não interfere nessa sua opção
Não é essa a função dele
Ele apenas É
Para que você SEJA

A freqüência do dia é de vibração suave
O coração dele é manso
A docilidade dele é exata
O respeito pelo seu querer é TODO
Por isso esteja atento
É absolutamente sua a estrela desse dia

Decida se é hoje ou não que você vai tocar em sua constelação

E não se entristeça se ainda não está pronta a sua casa
Amanhã o dia retornará ![D.A]

Lua.


O Sol já vai nascer
Com todo seu esplendor
Você lentamente está acordando
Passei a noite velando o sono teu
Te olhando e acarinhando
Até a Lua com ciúmes
Atrás das nuvens se escondeu

Na madrugada fria
Para muitos sempre vazia
Nós nos procuramos e nos encontramos
No calor da nossa paixão
Em momentos únicos nos amamos
Momentos que só nós compartilhamos

Como uma gota de orvalho
Que na noite acaricia a flor
Teus beijos e carícias
São a recompensa do meu amor.
Mas tão certo como o amanhecer
É chegada a hora
Não é possível adiar
O dia já clareou
Devemos nos separar

Seguindo nossos próprios destinos
Mesmo não querendo
Temos de aceitar, pois sabemos
Que são tantos os motivos
Que nos impedem de livremente amar.
Até outra hora, outra noite
Em que iremos nos encontrar
Nos amaremos intensamente
Provocando ciúmes na Lua
Até o Sol raiar.
Dibruck.