contos sol e lua

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Crença e Superstição.


Chineses e europeus acreditam que se alguma pálpebra esquerda for arrancado algo muito ruim acontecerá, e algo bom irá acontecer quando alguém arrancar uma pálpebra direita.
Os irlandeses acreditam que quando você está numa viagem e vê três pega ou pica-pica (uma espécie de corvo) na sua esquerda, você estará com azar. Dois pegas na sua direita, porém, significa sorte. Você terá um ano inteiro de sorte quando você ouvir um cuco na sua direita.
Se sua palma direita coçar, você ira receber algum dinheiro; se sua palma esquerda coçar, você perderá dinheiro. Esta superstição pode ser encontrada na Europa, América, algumas partes da África, e entre alguns ciganos.
Quando você entrar numa casa da Escócia e pisar primeiro com o pé esquerdo você estará trazendo demônio ou mal azar para dentro de casa. Esta é o famoso costume "primeiro passo" que pode ser encontrado na Europa.

Diabo e o Esquerdo

Por que o lado esquerdo é relacionado com demônios e diabos ? Embora o nome comum do diabo, Satanás, não tenha nenhuma relação com "esquerdao em hebreu. O Talmud (uma coleção de leis orais dos judaicos com explicações) diz que havia um comandante adversário (ou o chefe de Satanás) que ultimamente se tornou o Príncipe dos Demônios. Samuel, seu nome, é claramente relacionado com "se'mol", uma palavra hebraica que significa "o lado esquerdo". Esta é a crença de como o lado esquerdo se tornou diabo. Algo interessante, desde que as pessoas acreditem que o lado direito é diabólico, seria lógico concluir que todas as coisas do diabo deveriam ser feitos usando o lado esquerdo desde modo - conseqüentemente o diabo e o Chefe do Satanás deveria ser canhoto !

Alguns exemplos e decorrências desta crença :

Esquimós acreditam que todos os canhotos sejam poderosos feiticeiros.

Em Marrocos canhotos são considerados como demônios ou pessoas malvadas.

No passado ( talvez isto continue se manifestando nos dias atuais ), todos judaicos tinham que estar longes de algum dos "cem defeitos físicos" listados por Maimonides. Inclui-se na lista cegos, mancos, anões, etc... e como você sabe canhotos.

Esquerdo em Outras Religiões e Costumes

Na religião do Egito antigo, o deus Set é muito similar com o Satanás do cristianismo. Ele é chamado de "diabo" e "destrutivo", e seu nome é "O Olho Esquerdo do Sol". Horus, o deus da vida, é chamado de "O Olho Direito do Sol".
No budismo, o buda descreve que o caminho para o Nirvana ( o estado de purificação e salvação ) se divide em duas partes. Um é o caminho da mão esquerda que é o jeito errado de se viver, e que as pessoas deveriam evitar e seguir o caminho da mão direita porque este é o caminho digno para a purificação da alma.
Nos países islâmicos e na Índia, as pessoas são proibidas de comer com sua mão canhota porque isto é considerado sujo – literalmente. As pessoas destes países certa vez já usaram a mão esquerda para limpar o corpo depois de defecarem, uma vez que o papel higiênico é uma invenção recente. Esta restrição é um jeito fácil de se destinguir a mão suja da mão com que se deve comer ( eles usam a mão para comer ) para propostas higiênica.

Diz ainda a opinião popular que estas mouras se encontram nesses locais a guardar tesouros deixados pelos mouros, até que alguém os possa descobrir.


2 — Mouras fiandeiras. Estão associadas às construções dos antigos monumentos porque, acredita-se, enquanto acarretavam as pedras à cabeça iam a fiar com uma roca à cinta. E até se dizia em tempos, lá para os lados da Citânia de Briteiros, que se via de vez em quando uma moura a fiar enquanto pastoreava o gado.
A santificação e o culto das águas tinha para os antigos lusitanos uma grande importância. Não diminuiu na época lusitano-romana e em muitos casos mantém-se ainda.
Tudo indica, no entanto, que as histórias das mouras — encantadas ou fiandeiras — tenham origem muito anterior à presença dos mouros no país. Sabe-se que, no primeiro século da nossa era, tinham “sido vistos” à beira mar, perto de Lisboa, um tritão, com o seu búzio, e diversas nereides.
O tritão (sereia-macho) é um símbolo mitológico-cabalístico com origem na lenda de Perséfone e que significa que “alma sobrevive ao corpo” . Foi complexa a evolução da sua imagem. Entre os Gregos tem forma alada. Depois tomou a forma de mulher, com as pernas em forma de peixe.
É assim que aparece nas pinturas e esculturas nas igrejas. Com o tronco masculino e cara barbada surge nos documentos náuticos dos séc. XV e XVI e em alguns monumentos, como os de Conínbriga.
Não admira que em Lisboa se encontrem facilmente restos dessas crenças, sendo uma cidade tão antiga. Ainda hoje há um sítio, nesta cidade, chamado Cova da Moura.
De facto, na região existem muitas covas, lapas e grutas, que tiveram serventias diversas. Da cova da Moura não resta o menor vestígio, estando o sítio ocupado pelo casario.
A relação das mouras com o elemento líquido é evidente. E a água tem até uma grande importância em qualquer cerimónia religiosa. É um importante símbolo, que se relaciona com a vida, com as origens, com o renascimento e a regeneração.
Na crença popular há também, ainda hoje a convicção da existência de “águas mortas” (a que está fora de casa, à meia-noite) e de “águas vivas” (as que brotam da terra e têm prestígio sagrado.
As águas mortas podem ser vivificadas com uma fórmula que todas as crianças conheciam . Todavia, na manhã de S. João, todas as águas são consideradas sagradas, porque são fecundadas, nesse dia, pelo Sol. E daí a existência dos banhos santos no dia de S. João, como é hábito, por exemplo, na praia de S. Bartolomeu do Mar (Esposende) .
Ficámos a saber que as mouras são seres sobrenaturais, normalmente associadas às águas, e que a sua existência é assinalada muito antes das invasões dos árabes. E são, pelo menos em parte, as herdeiras das tradições culturais greco-latinas.
Na Idade Média, muitas pessoas ainda tinha restos de clarividência negativa e viam seres chamados elementais, cuja função estava associada às forças que designamos por leis da Natureza.
As ondinas e as ninfas eram os espíritos sub-humanos que habitavam nos rios e nas correntes de água. Além disso, as mouras também estão associadas às Parcas , que eram divindades que presidiam ao nascimento e depois ao casamento e à morte. Eram as “fiandeiras da vida e da morte”. Uma segura o fuso e puxa o fio da vida (o cordão prateado); a segunda enrola-o, registando o “filme” da vida e a base da existência futura e determina o momento da morte; e a terceira corta inflexivelmente esse fio. Na arte, as três parcas foram associadas às “três graças”.
Compreenderemos melhor, agora, este assunto, se nos lembrarmos que a palavra moura não deve ser considerada o feminino de mouro, mas um sinónimo de moira, palavra grega que significa “destino”, como se pode ver em Horácio .
O conceito popular de Moira atribui à fatalidade qualquer série de coincidências à primeira vista inexplicáveis e, sobretudo, as mais infelizes. Os mais conhecedores relacionam a Moira com a justiça e a providência, quer dizer, com a cadeia de causas ou série de causas, que determinam um efeito (lei de causa e efeito).
E falam, por isso, em moira maléfica e moira benéfica relacionando-as com divindades ctónicas, que são seres sobrenaturais que habitam as cavidades da terra
Encyclopédia Portuguesa Illustrada, Porto, 1901.

As Mouras Encantadas.


A tradição popular refere, amiúde, a existência de mouras, em menções de várias lendas. Os factos são complexos e baralhados. Vamos dividi-los em dois grupos, para melhor os estudar. Assim, temos:
1- — Mouras encantadas. São seres, diz Leite de Vasconcelos, dotados de força sobrenatural, que vivem em certos locais, como se estivessem adormecidos, enquanto certas circunstancias não lhes quebrar o encanto. Estes locais são, normalmente, poços, fontes, cisternas, montanhas e ruínas. Por vezes têm um aspecto sedutor e apresentam-se aos viajantes que passam pelos seus domínios, convidando-os a passarem no dia seguinte, com alusões a objectos preciosos que guardam e propostas diversas. A crença popular acredita na possibilidade de se transformarem em serpentes. Martinho de Dume, o evangelizador do Minho (Séc. VI), designava as mouras da época (lamias) como mulheres-demónios expulsos do céu!

CRENÇAS.




A crença é um sentimento inerente exclusivamente da raça humana, nenhum outro animal é capaz de cultivar ou transmitir tamanha subjetividade. De acordo com a epistemologia, a crença é a parte subjetiva do conhecimento, ou seja, aquilo que se acredita ser verdade mesmo que não haja nenhuma prova que confirme o fato.
Curiosamente, crença tem a mesma raiz etimológica da palavra opinião (do grego, doxa), o que leva a crer que mesmo os pensadores que elaboraram tal termo e seu significado entendiam crença como algo muito pessoal.
O interessante sobre a crença, no entanto, é que nela não cabe a dúvida ou incerteza, crer é tomar algo por verdade certa, independente de comprovações sociais ou científicas. Crer é confiar, acreditar, apostar em algo apenas pela convicção de que ali está a verdade, pode-se dizer que é a crença nos move a agir, sem a crença de que será bem sucedido, o homem não tomaria atitude alguma.
Vendo sob essa perspectiva, a crença também pode ser muito perigosa, uma vez que acreditar cegamente pode funcionar tanto para o bem quanto para o mal, ou seja, ao passo que Gandhi pregou a paz, Hitler pregou a guerra e o racismo, ambos criam verdadeiramente em sua concepção e lutaram por ela por toda sua vida. A crença pode criar tanto quanto destruir, o que define isso é o objeto da crença.
Frequentemente se confunde crença e fé com religiosidade, o que certamente é um equívoco, eles se confrontam, mas não são sinônimos. A religião é apenas uma forma de crença, tanto quanto a filosofia, a ciência em muitos aspectos, a teoria da relatividade, vida em outros planetas, Deus, enfim, toda e qualquer teoria sem comprovação.
A crença é a contraparte do agir e sentir, ela não pode ser ensinada ou aprendida por meio da ação ou percepção, senão desenvolvida em um momento de reflexão próprio e livre de influência externa e, porque não dizer, através de insights acidentais em ocasiões excepcionais. A teoria sobre a crença pode ser exposta, tal como seu objeto, é a chamada “crença de re” ou crença sobre algo, no entanto a crença enquanto processo cognitivo jamais poderá ser mesurada, posto que não há regra ou barreiras capaz de fazê-la universal.
Ora, como poderíamos fazer da crença uma regra? A regra é o que aceitamos de imediato, verdades que permitem a interação com o mundo exterior e, por isso, possuem aceitação espontânea de nossa parte, a crença, por sua vez, é a conclusão tirada depois da reflexão livre sobre a regra. Eu poderia dizer que a crença é uma evolução da regra ou mesmo um questionamento a veracidade da mesma após análise interna, a crença jamais pode ser aceita de forma espontânea e imediata porque não possui provas em sua defesa.
A crença por si só é especialmente árdua de conceituar, processos cognitivos tão peculiares como tal podem de certa maneira ser traduzidos em esquemas gerais e símbolos lingüísticos para elucidar determinada vivência ou ponto de vista, mas o importante é que, no fim, processos cognitivos são subjetivos demais e símbolos são apenas símbolos, como saberemos que crença eles evocam em cada um de nós?
F. Gouki Shinryu Heihou.

MEDITAÇÃO.Vipassana.


Osho fala sobre a estimulação de energia muitas vezes sentida pelas pessoas que começam a Vipassana.
Na meditação Vipassana pode acontecer algumas vezes de você se sentir muito sensual, pois estará muito silencioso e a energia não será dissipada. Normalmente, muita energia é dissipada e você fica exausto. Quando você se senta simplesmente, sem fazer nada, torna-se um reservatório silencioso de energia, e esse reservatório começa a ficar cada vez maior. Chega a um ponto de quase transbordar... e então, você se sente sensual. Sente uma nova sensibilidade, uma sensualidade, até mesmo uma sexualidade - como se todos os sentidos tivessem se tornado novos, rejuvenescidos, vivos, como se a poeira tivesse saído, como se você tivesse tomado um banho e se limpado. Isso pode acontecer.
É por isso que as pessoas - especialmente os monges budistas que têm feito Vipassana há séculos - não comem muito. Elas não precisam. Comem uma vez por dia, uma refeição muito pequena e magra, a qual você pode chamar, no máximo, de café da manhã... e só uma vez por dia!
Não dormem muito também, mas estão cheias de energia. E elas não são escapistas - trabalham duro. Cortam lenha, trabalham no jardim, no campo na fazenda; trabalham o dia inteiro! Mas alguma coisa aconteceu a elas e a energia não está mais sendo dissipada.
A postura sentada conserva energia. A posição de lótus em que os budistas sentam é feita de tal modo que as extremidades do corpo se unem - pé sobre pé, mão sobre mão. Estes são os pontos por onde a energia passa e flui para fora, porque para a energia sair, alguma coisa pontuda é necessária. Por isso, o órgão sexual masculino é pontudo, pois tem que deixar sair muita energia. É quase como uma válvula de escape. Quando a energia é demasiada em seu interior e você não pode fazer nada, você a libera sexualmente.
No ato sexual a mulher nunca libera nenhuma energia. Por isso ela pode fazer amor com várias pessoas numa só noite e o homem não pode. A mulher pode conservar a energia, se ela souber como; pode até mesmo conseguir mais energia.
Nenhuma energia pode ser liberada pela cabeça. Ela foi feita pela natureza num formato redondo. Assim, o cérebro nunca perde energia; ele a conserva - porque o cérebro é o ponto mais importante, o centro dirigente do corpo. Ele tem que ser protegido, - assim, ele é protegido por um crânio redondo.
A energia não pode escapar por nada que seja redondo. É por isso que todos os planetas - a terra, o sol, a lua e as estrelas - todos são redondos. Do contrário, perderiam energia e morreriam.
Quando você está sentado, torna-se redondo. As mãos tocam as mãos. Assim, se uma mão libera energia, esta vai para a outra mão. Os pés tocam os pés... essa maneira de sentar torna-se quase um círculo. A energia se move dentro de você; não sai. A pessoa a conserva e torna-se, aos poucos, um reservatório. Pouco a pouco, você sentirá quase um preenchimento em sua barriga. Você poderá estar vazio, poderá não ter comido, mas sentirá uma certa satisfação. E depois, uma onda de sensualidade. Mas isso é um bom sinal, um sinal muito, muito bom. Desfrute-o!
VIPASSANA - MEDITAÇÃO DA PERCEPÇÃO
Encontre um lugar confortável para sentar por 45 a 60 minutos. É melhor sentar-se todos os dias à mesma hora, no mesmo lugar. Não é necessário que o lugar seja silencioso. Experimente até encontrar a melhor situação para você. Sente-se uma ou duas vezes por dia, mas não logo depois de comer ou antes de dormir.
É importante sentar-se com as costas e a cabeça retas. Os olhos devem estar fechados e o corpo o mais imóvel possível. Um banquinho de meditação, uma cadeira com encosto ou almofadas podem ajudar.
Não há nenhuma técnica especial de respiração; basta a respiração comum e natural. A Vipassana é baseada na consciência da respiração, assim, o subir e o descer de cada respirada devem ser observados, onde quer que essa sensação seja sentida mais claramente - junto ao nariz, na área do estômago ou no plexo solar.
A Vipassana não é uma concentração e não tem um objetivo ao se ficar observando a respiração por uma hora. Quando os pensamentos, os sentimentos e as sensações surgirem, ou quando você perceber sons, cheiros e brisas de fora, simplesmente permita que sua atenção vá para isso. Qualquer coisa que surja pode ser observada como nuvens passando pelo céu - não se apegue a nada, nem rejeite. Sempre que houver uma escolha do que observar, volte a atenção para a respiração novamente.
Lembre-se de que nada de especial deve acontecer. Não há sucesso nem fracasso, nem existe qualquer aperfeiçoamento. Não há nada para entender ou analisar, mas muitas percepções podem vir sobre qualquer coisa. Questões e problemas podem ser vistos apenas como mistérios para serem desfrutados.
O livro orange.Osho.

MEDITAÇÃO DA LUZ DOURADA.OSHO.


Deve-se estar sentado confortável com a coluna vertebral bem direita.
Começamos por inspirar profundamente pelo nariz e expiramos pela boca. Visualizamos a inspiração em energia branca e pura e a expiração levando todas as toxinas e energias negativas em névoas negras.
Seguidamente concentramo-nos na energia do universo, das estrelas, dos planetas e focalizamo-nos em inspirar essa energia, preenchendo-nos completamente com ela. Sentimos o nosso corpo envolvido e preenchido com essa energia de paz e amor universal.
Mantemos esta sensação durante cerca de dois minutos e depois, lentamente, pensamos somente em inspirar paz. Pensamos na paz e concentramo-nos na respiração desse sentimento, um sentimento de paz. Quando expiramos, enviamos paz também para o universo, preenchendo-o. Fazer esta respiração durante cerca de dois minutos e está-se pronto para a Meditação da Luz Dourada.
Visualizamos de seguida, que inspiramos uma luz dourada. Sentimo-la a entrar para os nossos pulmões e a espalhar-se por todo o nosso corpo. Fazêmo-lo nove vezes.
Passamos a respirar regularmente pelo nariz. Depois, começamos a visualizar uma linha dourada desde a base da espinha até ao topo da cabeça. Visualizamos essa linha dourada da grossura de um fio de electricidade. Fazêmo-lo nove vezes.
Visualizamos então a grossura do fio dourado a aumentar lentamente até atingir a grossura de um lápis. Sentimos a luz dourada desde a ponta da espinha até ao topo da cabeça.
Novamente sentimos a expansão da grossura da luz dourada até atingir a grossura de um dedo a fluir desde o topo da cabeça até à base da espinha.
Agora, sentimos a luz a expandir-se para uma coluna de luz dourada que flui desde a base da espinha até o topo da cabeça. Visualizamos esta bela coluna de luz dourada a expandir-se lentamente até nos envolver completamente todo o corpo. Ficamos a sentir, pacificamente, essa luz dourada a envolver-nos.
Agora, lentamente visualizamos a coluna de luz que nos envolve, a transformar-se num grande ovo de luz dourada que nos envolve completamente. Sentimos a sua paz e também a sua protecção. Tudo o que está dentro desse ovo cintila de energia, alimenta a nossa aura de energia e fortalece-a.
Ficamos durante cerca de dois minutos sentindo-nos envolvidos por esse ovo de luz dourada. Depois, começamos a visualizar o encolhimento do ovo dourado. Primeiro sentindo-o voltar à forma de coluna, e depois lentamente sentimo-la encolher até à base da espinha e ao topo da cabeça. Depois sentimo-la a encolher lentamente até ficar do tamanho de um dedo, depois de um lápis, e finalmente, da grossura dum único fio dourado.
Agora, sentimos a energia desse fio dourado a fluir desde a base da espinha até ao topo da cabeça e focalizamo-nos no ponto de intersecção das linhas do terceiro olho e do topo da cabeça. Respiramos por nove vezes, sentindo a energia da luz dourada nesse local da cabeça e depois, deixamos a energia fluir de novo para a boca, estômago, baixo abdómen, deixando-a dissolver-se aí lentamente.
Respiramos fundo mais umas quantas vezes e sentimos toda a paz e protecção que essa luz dourada nos proporcionou. Sentimos que podemos fazer esse exercício sempre que quisermos, envolver-nos nessa luz dourada e fortalecer a nossa aura com a sua protecção e energia.

Eu estou aqui para aqueles.......


que são capazes de tornarem-se simples como uma criança, e somente assim eu posso fazer alguma coisa. Porque somente às crianças pode-se ensinar alguma coisa, somente as crianças podem ser mudadas, e uma revolução pode ocorrer apenas nas vidas das crianças.
Nos experimentos de meditação que acontecerão aqui, vomite, atire para fora todo sofrimento que você tiver em seu coração. Se você tiver raiva, atire-a para o céu, se você tiver violência, atire-a para o céu. Você não tem que ser violento com ninguém, simplesmente libere a violência para o céu aberto. Problemas, dores, culpas; qualquer coisa que estiver dentro tem que ser jogada para fora. Você tem que atirá-las tão totalmente quanto for possível. Use toda a sua energia de modo que qualquer problema que estiver dentro seja trazido a consciência.
Você deve compreender que enquanto você não ficar consciente da dor escondida no seu inconsciente, ela não o deixará, ela permanecerá escondida. Exponha-a, traga-a para a consciência. Puxe-a para fora, onde quer que ela esteja escondida na escuridão interna, traga-a para a luz.
Algumas coisas morrem com a luz. Se você puxar para fora da terra as raízes de uma árvore, elas morrerão. Elas necessitam da escuridão, elas vivem na escuridão, na escuridão está a vida delas. Assim como as raízes, o sofrimento também vive na escuridão. Exponha os seus sofrimentos e você descobrirá, eles morreram. Se você continuar escondendo-os dentro de si, eles irão permanecer seus companheiros constantes por muitas vidas. A infelicidade tem que ser expressada.
Compreenda uma coisa mais: foi de fora que você pegou as dores e as trouxe para dentro de si. Por favor, volte com elas para o lado de fora. A dor não é interna; todas as dores são trazidas do lado de fora.
Quando você nasceu, qual era a natureza do seu ser? Não havia dor: a dor foi trazida de fora. Se um homem o maltratou e fez você ficar infeliz, o maltrato foi trazido de fora. Agora, você irá acumular essa dor do lado de dentro, deixará que ela cresça, irá reprimi-la, assim ela se expandirá e envenenará toda e qualquer célula do seu corpo. Você se tornará um homem infeliz. Você traz a dor de fora. Ela não está em sua natureza. É por isso que eu lhe digo que você pode livrar-se da dor. Você não consegue se livrar da natureza, daquilo que é a fonte do sentir. Você pode livrar-se apenas daquilo que não é seu. Não há jeito de você livrar-se daquilo que é seu.
A dor tem que ser jogada fora. Durante esses próximos dias, quanto mais você puder jogar, jogue. E na medida em que você for jogando fora, irá crescer a sua compreensão que isso era uma loucura estranha que você estava cultivando. Isso poderia ter sido jogado fora naturalmente, estava em suas mãos, mas, desnecessariamente, você se bloqueou. E a segunda coisa: na medida que você joga fora a dor, que a envia de volta para fora, de onde ela veio, a alegria começa a brotar dentro de você.
A alegria está dentro. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua alma. Se for jogado fora esse lixo que veio de fora e que tem sido acumulado, então a alma interna começará a expandir, começará a crescer. Você começa a ver a sua luz e a ouvir a sua dança, você começa a mergulhar na música mais interna.
Mas isso só acontece se você liberar o lixo de modo que o céu interior possa se estabelecer, algum espaço criado. Então aquele espaço que está escondido dentro pode expandir-se.
A dor deve ser expressada para que aquela alegria possa expandir-se internamente. E quando a alegria começa a expandir-se, é necessário compreender também a segunda coisa. Se você reprimir a dor, ela cresce. Se a dor é reprimida ela cresce, se você a expressar, ela diminui. Com a alegria ocorre totalmente o oposto: se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta.
Assim, a primeira coisa é isso: que você tem que jogar fora a dor, porque ela diminui sendo expressada. Não a reprima, pois ela cresce com a repressão. E quando você tiver a primeira visão da alegria que vem de dentro, então expresse-a... porque quanto mais você expressar a alegria, mais ela aumenta internamente e camadas frescas começam a crescer.
Isso é exatamente igual, quando você fica tirando água de um poço: nova água de fontes frescas encherá o poço. A fonte da alegria está dentro, assim não tenha medo de que ela irá diminuir por você expressá-la. A dor fica reduzida ao expressá-la, porque a sua fonte não está dentro. Ela foi trazida de fora, assim se você a expressar, ela ficará reduzida.
Se você quiser enganchar-se na dor, então tenha isso em sua mente: nunca jogue-a fora. Se você quiser aumentar o seu sofrimento - e isso é o que você está fazendo e parece que muitas pessoas estão fazendo - então nunca expresse seu sofrimento, nunca manifeste-o. Se lágrimas estiverem jorrando, então engula-as, se você sentir raiva, reprima isso. Se qualquer problema estiver brotando internamente, reprima isso. Ele irá aumentar. Você se tornará um grande inferno.
Se você quiser reduzir a dor, então deixe-a acontecer; se você quiser aumentar a alegria, então deixe-a acontecer, porque a alegria está dentro e novas camadas continuarão se revelando. E na medida em que você segue deixando a alegria acontecer você começará a ter mais e mais vislumbres de pura alegria.

A alegria aumenta ao ser compartilhada.

A dor tem que ser liberada. E quando você começa a ter vislumbres de alegria, eles também têm que ser liberados. Você tem que se tornar como uma criancinha, que não tem qualquer preocupação a respeito do passado, nem qualquer questão a respeito do futuro, que nem mesmo sabe o que os outros estão pensando a seu respeito.
Somente então acontecerá aquilo para o que eu o chamei aqui, e aquela jornada na qual eu gostaria que você fosse bem suavemente. Um pouco de coragem é requerida, e então, os tesouros de alegria não estarão longe.
Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno - exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada. Da mesma maneira, a meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e alegria que é a sua natureza."The Ssadhana Sutra.Trad: Sw.Bodhi Champak

ALEGRIA É A SUA NATUREZA ~ OSHO ~


'Todo mundo passa a sua vida em busca de uma coisa: como livrar-se do sofrimento? Como obter felicidade e alegria? Você quer buscar alegria, mas o que você pagará por isso? O que você dará em troca daquilo que conseguiu?
SE um homem der um passo que seja, ele terá que deixar o pedaço da terra sobre o qual ele estava em pé. Somente assim ele poderá ir adiante. Não haverá qualquer progresso neste mundo se nós não quisermos abrir mão de alguma coisa. Sem sacrificar-se você não conseguirá dar nem mesmo um passo.
Se as suas mãos estão cheias de lama, de seixos e de pedras e você quer diamantes, você terá que abandonar as pedras. Para agarrar o objeto desejado, as suas mãos deverão estar vazias. Você deverá deixar as coisas inúteis.
Não tenha medo: eu não lhe direi para renunciar à sua riqueza, mesmo porque ninguém tem riqueza alguma, ninguém mesmo. Neste mundo, até o mais rico dos homens é um mendigo. Ninguém tem riqueza. Existem dois tipos de mendigos: um é o mendigo pobre e o outro é o mendigo rico, mas ambos são mendigos. Até agora, eu nunca vi um homem rico. Existem muitas pessoas que possuem dinheiro, mas elas não são ricas, elas também estão na corrida para agarrar o máximo que elas puderem, do mesmo jeito como faz o mais pobre dentre os homens pobres. Como um pedinte que segura tudo o que tiver com as mãos bem apertadas, também o homem que tem o maior dos cofres segura com as mãos apertadas tudo o que ele tiver. A avareza deles é a mesma e assim a pobreza deles também é a mesma.
Você não tem riqueza. Ninguém a tem. Por isso eu não insisto que você tenha que abandoná-la. Como você pode deixar alguma coisa que você não tem? Eu não lhe digo para desistir da sua vida - você nem mesmo tem isso. Como você pode ter alguma coisa, se nem mesmo tem consciência dela? E a cada momento você fica tremendo de medo da morte. Se você fosse a própria vida, por que você estaria com medo da morte?
A vida não tem morte alguma. Como a vida pode tornar-se morte? Mas você está tremendo de medo da morte. A cada momento a morte está rondando você. Você está tentando se salvar por qualquer caminho possível, para que você não desapareça, para que você não morra, para que você não chegue a um fim. Mesmo a vida, você não a tem. É por isso que eu não irei lhe pedir para desistir da sua vida. Como você pode dar alguma coisa que você não tem?
Eu só irei pedir aquilo que você tiver. E eu irei pedir aquilo que todos têm. Assim como eu disse que a busca de todo mundo é por alegria, também existe algo que todos têm em abundância: o sofrimento. Você tem uma quantidade suficiente de sofrimento, mais do que você precisa. Por muitas vidas você nada mais tem colecionado a não ser sofrimentos. Você colecionou pilhas disso. Mesmo o monte Everest parecerá pequeno se for comparado com as pilhas de problemas que você tem colecionado. Esse é o trabalho de suas muitas vidas; você nada tem ganho, exceto problemas. Mesmo agora você os está ganhando.
Eu gostaria que você largasse seus problemas, renunciasse aos seus problemas. Ninguém jamais pediu os seus problemas, mas eu estou pedindo. E se você puder desistir de seus problemas, aí o caminho para a alegria poderá ser aberto. E se você conseguir abandonar os seus problemas, você irá perceber que aquilo que você pensava ser problema nada mais era que ilusão. E os seus problemas não o estavam segurando; você é que os estava segurando. Mas uma vez que você os deixe ir, você irá saber então quem estava segurando quem.
Você está sempre perguntando como conseguir livrar-se do sofrimento. Perguntando assim, parece que o sofrimento o está segurando e você quer livrar-se dele. Se o sofrimento estivesse lhe segurando, então não seria possível você se livrar dele, porque a posse não estaria em suas mãos, mas nas mãos do sofrimento. Você seria impotente. E se depois de tantas vidas você ainda não conseguiu tornar-se livre, então como conseguir tornar-se livre agora?
Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo. E não apenas você compreenderá isso, mas você irá experienciar uma entrega; você saberá como o sofrimento pode ser abandonado. E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo. E ninguém, a não ser você, era responsável por isso. Por qualquer coisa que você tenha experienciado como sofrimento, nenhuma outra pessoa pode ser responsabilizada. Esse era o seu desejo: você queria sofrer. Tudo o que nós desejarmos será permitido. E tudo o que você é, é o fruto dos seus desejos. Nem Deus é responsável, nem a sorte; ninguém tem motivo algum para lhe causar problemas.
A verdade é que a existência está sempre querendo fazer você ficar alegre. Toda essa existência quer que a sua vida se torne um festival... porque quando você está infeliz, você também sai atirando infelicidade por toda a sua volta. Quando você está infeliz, o mau cheiro de suas feridas alcança toda a existência. E quando você está infeliz, a existência também sente dor. Todo esse mundo sente dor quando você está infeliz e sente alegria quando você está alegre. A existência não deseja que você deva ser infeliz. Isso seria suicídio para a própria existência. Mas você está infeliz e para se tornar infeliz você teve que fazer toda sorte de arranjos. E enquanto isso não for destruído, você não será capaz de abrir os seus olhos para a felicidade.
Quais são os seus arranjos? Que arranjo o homem faz para estocar os seus problemas? Como ele os coleciona? Compreenda isso um pouco e talvez fique mais fácil para você deixá-los. Uma criancinha quer chorar. Os psicólogos dizem que a ação de chorar da criança é a ação de vomitar. Sempre que uma tensão cresce dentro de uma criança, ela, ao chorar, atira para fora as suas tensões. Você foi uma criancinha. Uma criancinha está com fome e não estão lhe dando o leite na hora certa. É por isso que ela está chorando, é porque ela encheu-se de tensão. E isso é necessário para liberar a sua tensão para fora. Ela irá chorar, a tensão será liberada e ela se sentirá mais leve.
Mas nós ensinamos a criança a não chorar. Nós tentamos todas as maneiras para impedi-la de chorar. Nós colocamos brinquedos em suas mãos para que ela se esqueça; nós colocamos alguma coisa artificial em sua boca, ou colocamos o seu polegar em sua boca de modo que ela confunda isso com o seio de sua mãe e esqueça da fome. Nós começamos a balançá-lo para lá e para cá para que sua atenção se disperse e ela não chore. Nós tentamos tudo para não deixá-la chorar. Aquela tensão que poderia ter sido liberada pelo choro, não é liberada e vai sendo guardada. Desse jeito nós deixamos que isso vá se acumulando. Quem sabe quantas dores e angústias cada pessoa tem acumulado? Ela senta-se sobre essa coleção empilhada.
Quem sabe quantas tensões você acumulou? Você não tem chorado nem dado gargalhadas com seu coração totalmente presente. E porque você não chorou, alguma coisa ficou presa dentro de você. Você não tem ficado totalmente com raiva, nem tem perdoado completamente alguém. Você tornou-se uma pessoa pela metade. Os seus ramos querem se abrir mas eles não são capazes disto. As folhas querem brotar para todos os lados, mas elas não são capazes disto. A sua árvore ficou atrofiada. O nome dessa dor acumulada , dessa dor não liberada, é inferno. E você segue arrastando esse inferno ao seu redor.
Eu o chamei aqui para que o seu inferno possa ser jogado fora, e você pode jogá-lo fora. Neste Campo de Meditação você deve tornar-se como uma criancinha. Você deve esquecer que foi aculturado, que foi muito educado, que você ocupa uma posição elevada, que você conseguiu riquezas, que você é respeitado na cidade. Abandone tudo isso. Torne-se como um bebê recém-nascido, que não tem qualquer reputação, não tem educação, nem posição, nem riqueza, nem qualquer auto-respeito. Se você quiser salvar a sua estima, a sua posição, então, por favor saia daqui o mais rápido possível, e nem mesmo olhe para trás. Eu nada tenho a fazer com o você ou com o seu auto-respeito, conhecimentos, reputação. Para sua segurança, vá embora, não fique aqui.