contos sol e lua

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

As Valquírias.


São os espíritos femininos chamados de Valquírias, que aguardam os guerreiros em Valhala (morada de Odin); e nenhuma descrição dos Deuses da batalha estaria completa sem elas. Nas descrições dos poetas, elas aparecem como mulheres usando armadura e montadas em cavalos, passando rapidamente acima do mar e da terra. Elas levam as ordens de Odin enquanto a batalha se desenrola, dando vitória segundo a vontade dele, e, no fim, conduzem os guerreiros derrotados e mortos a Valhala. Às vezes, porém, as Valquírias são retratadas como as esposas de heróis vivos. Supostamente, as sacerdotisas humanas se transforma­riam em Valquírias, como se fossem as sacerdotisas de algum culto.
Reconhecemos algo semelhante às Norns, espíritos que decidem os destinos dos ho­mens; as videntes, que eram capazes de proteger os homens em batalha com seus encantamentos; aos poderosos espíritos femininos guardiões apegados a certas famílias, trazendo sorte a um jovem sob sua proteção; e até a certas mulheres que se armavam e lutavam como homens, das quais existe alguma evidencia histórica nas regiões em tomo do Mar Negro. Pode também haver a lembrança das sacerdotisas do Deus da guerra, mulheres que presidiam os ritos sacrificais quando os prisionei­ros eram condenados à morte apos a batalha.
Aparentemente, desde tempos remotos, os germanos pagãos acre­ditavam em ferozes espíritos femininos seguindo os comandos do Deus da guerra, espalhando a desordem, participando de batalhas, agarrando e talvez até devorando os mortos.
O conceito de uma companhia de mulheres associadas a batalhas entre os germanos pagãos é ainda mais enfatizado pelos dois encantamentos que sobreviveram até os tempos cristãos. Um vem de Merseburgo no sul da Germânia, e é um feitiço para abrir as correntes. Ele descreve como certas mulheres chamadas "Idisi" (termo derivado do nórdico antigo, "dísir" - Deusas) se sentavam juntas, algumas travando fechos, outras segurando a equipagem e outras ainda puxando as correntes. Concluindo com estas palavras: "Salta fora das amarras, foge do inimigo".
Pode ser comparado a esse um feitiço em "Old English" contra uma dor súbita. A principio parece um feitiço simples e inócuo, até a dor ser visualizada como sendo infligida pelas lanças de determinadas mulheres sobrenaturais. Nesse ponto, o feitiço assume uma postura heróica.The Valkyrie's Vigil de Edward Robert Hughes
"Ruidosas eram elas, eis que eram ruidosas,
Cavalgando sobre a colina.
Tinham a mesma e única intenção,
Cavalgando pela terra;
Protege-te agora para escapar desse mal.
Sai pequena lança se aqui tu estás.
Sob o escudo de luz eu me coloquei,
Quando as poderosas mulheres
Preparavam o seu poder
E enviavam suas lanças ferinas"...
Mais adiante no encantamento são mencionadas armas atiradas pelos Deuses, e a impressão é que temos aqui algo que era originalmente um encantamento de batalha, como o de Merseburgo, que foi passado de geração em geração pelo mundo, até poder ser evocado por razões prosaicas. Uma segunda sugestão de mulheres sobrenaturais em outro encantamento é o termo "sigewif", mulheres da vitória, usado para descrever um enxame de abelhas.
Abrir e fechar correntes e amarras, atirar lanças e o poder de voar são atividades associadas à Odin. Em Hávamál (expressão daquele que é Grande), ele entoa um encantamento para providenciar "correntes para os meus adversários". Provavelmente não são amarras físicas, e sim para a mente, do tipo descrito em Ynglinga Saga (relatos dos antigos reis da Suécia):
"Odin sabia como agir de modo que seus inimigos em batalha ficassem cegos ou surdos ou tomados pelo pânico, e suas lanças não espetassem mais do que varinhas de condão".
Um exemplo vivido dessa condição é encontrado em uma das sagas da Islândia, Hardar Saga (36). O herói Hord estava fugindo de seus inimigos quando subitamente foi dominado pelo que e descrito como "corrente de guerra" (herfjgturr). Ele foi conjurado por meio de magia hostil:
A "corrente de guerra" veio para cima de Hord, e ele livrou-se uma e duas vezes. A "corrente de guerra" atacou uma terceira vez. Em seguida, os homens conseguiram cercá-lo formando um círculo de inimigos, mas ele lutou ate sair do círculo e matou três homens.
Essa atitude não deve ser confundida com pânico em batalha 'pois Hord era um homem excepcionalmente corajoso e um esplêndido guerreiro. Parece, antes, uma espécie de paralisia, como a que se experimenta em um pesadelo. Três vezes ele conseguiu se libertar, mas quando a corrente o atacou pela quarta vez, foi cercado novamente e morto. Vale dizer que um dos nomes das Valquírias é Herfjgturr, "corrente de guerra", a mesma palavra na passagem acima. A interpretação sugerida de um dos nomes das Alaisiagae, Friagabi, como "concedente da liberdade", pode ser relevante nessa conexão.
Aliteratura nórdica antiga nos deixou um retrato das dignificadas Valquírias montadas em cavalos e armadas com lanças; mas também sobreviveu um quadro diferente, mas rústico, de mulheres sobrenaturais ligadas a sangue e sacrifício. Criaturas fêmeas, às vezes de tamanhos gigantescos, despejam sangue sobre um distrito onde haverá uma batalha; às vezes, elas são descritas carregando cochos de sangue ou montadas em lobos ou são vistas remando um barco em meio a chuva de sangue caindo do céu.
Essas figuras geralmente são augúrios de luta e morte; elas às vezes aparecem para os homens em sonhos, e são descritas mais de uma vez nos versos dos escaldos, nos séculos X e XI. O mais famoso exemplo de uma visão em sonho e mencionado em Njáls Saga(sagas das famílias islandesas), que teria acontecido antes da Batalha de Clontarf, travada em Dublin em 1014. Um grupo de mulheres foi visto tecendo uma tapeçaria tétrica formada das entranhas de homens e pesada com cabeças decepadas. Elas estavam colocando a cena do fundo, que era de lanças cinza, com um carmesim. Eram chamadas pelos nomes das Valquírias. Um poema é citado na Saga, que teria sido recitado por elas, no qual declarariam que são elas que decidem quem deve morrer na batalha iminente:
"Tecemos, tecemos a teia da lança,
Enquanto vai adiante o estandarte dos bravos.
Não deixaremos que ele perca a vida;
As Valquírias tem o poder de escolher os aniquilados...
Tudo é sinistro de se ver, agora,
Uma nuvem de sangue atravessa o céu,
O ar esta vermelho com o sangue de homens,
Enquanto as mulheres da batalha entoam sua canção".
Esse poema, conhecido como "Darradarljod" ou "Passagem das Lanças", pode não ter sido necessariamente composto a respeito da Batalha de Clontarf; já foi sugerido que alguma outra batalha na Irlanda o teria inspirado. De qualquer forma, temos aqui, em um período relativamente prematuro, um retrato das Valquírias, "mulheres de batalha", que está de acordo com as outras descrições de terríveis criaturas fêmeas decidindo sobre a sorte dos guerreiros em batalha.
Outras figuras que mostram uma grande semelhanca as Valquírias dessa espécie são encontradas nas historias dos povos celtas. São elas, Morrigu e Bobd, mencionadas nas sagas irlandesas. Elas costumavam aparecer no campo de batalha ou às vezes se tomavam visíveis antes de uma batalha. Podiam tomar a forma de aves de rapina e geralmente faziam profecias de guerra e massacre.
A associação dessas mulheres de batalha com as aves de rapina que voam sobre um campo de batalha e interessante. No poema em "Old English, Exodus", o adjetivo para "escolhendo os aniquilados", "welceasig", é usado para descrever o corvo; e um dos mais antigos poemas em nórdico antigo, "Hrafnsmál" é em formato de um diálogo entre um corvo e uma valquíria. O corvo junto ao lobo é mencionado em praticamente todas as descrições de uma batalha em poesia composta em "Old English", e os dois animais eram considerados as criaturas do Deus da guerra, Odin.
Essas notáveis semelhanças entre as figuras de mulheres de batalha sobrenaturais na literatura dos escandinavos e dos germanos pagãos de um lado, e dos povos celtas de outro, são significativas. Conforme o escritor, Charles Donahue, sugeriu que havia uma crença em ferozes espíritos de batalha ligados ao Deus da guerra numa época em que os celtas e germanos viviam em contato próximo, durante o período romano.
Sem dúvida, a figura da valquíria na literatura nórdica se desenvolveu em algo mais dignificado e menos sanguinário como resultado do trabalho de poetas durante um considerável período de tempo. As criaturas alarmantes e terríveis que sobreviveram na literatura apesar desse esforço parecem, no entanto, mais próximas em caráter daquelas que escolhiam os aniquilados, conforme eram visualizadas nos tempos pagãos. (Os Deuses da Batalha)
Deuses e Mitos do Norte da Europa de Hilda R. Ellis Davidson.

O mundo Viking.


Embora a mesma língua (o escandinavo arcaico) fosse falada em toda a Escandinávia; os vikings nunca foram uma nação. No início da era viking a lealdade fundamental era para com o clã (um grupo de famílias aparentadas) e havia muitas regiões diferentes, cada uma com seu regente próprio. Gradualmente, durante os tempos vikings, os três reinos que formam a moderna Escandinávia - Noruega, Suécia e Dinamarca - foram formados.
Por contraste, no ano 800 da nossa era o resto da Europa foi dominado por três poderosos impérios. 0 Sagrado Império Romano incluía a França, a Itália e a Alemanha e era regido pelo Imperador Carlos Magno. No leste, a cidade de Bizâncio (atual Istambul) era o centro do rico Império Bizantino. A sul e leste do Mar Mediterrâneo estendia-se o Império Muçulmano Árabe. Os vikings não tinham nenhum governo central ou polícia coordenada, ainda que por trezentos anos tenham sido capazes de aterrorizar esses três grandes impérios.
Religiao e sagrificios
Os deuses vikings eram violentos e impiedosos. Odin, o deus da guerra, regia a Valhalla, a Sala dos Eleitos. Cavalgava pelos céus em um cavalo de oito patas, acompanhado por lobos. Os guerreiros que morriam em batalha eram levados para a Valhalla pelas Valquírias (donzelas guerreiras). Nesse céu viking eles lutavam o dia todo e festejavam a noite toda. Odin era também o deus da sabedoria e o pai da escrita e da poesia. Não se podia confiar realmente em Odin.
Thor, o deus do trovão, era o mais popular dos deuses. As pessoas comuns usavam talismãs da sorte feitos na forma do martelo que ele carregava. Thor defendia a lei e a justiça, razão pela qual a Assembléia Islandesa abria sempre numa quinta-feira. (N.T. Em inglês, Thursday = Thors day = dia de Thor.)
Freir, o deus da colheita, e sua irmã Freyja, a deusa do amor, garantiam boas colheitas e famílias grandes. 0 pai deles, Njord, era o deus da riqueza, da pesca e da navegação. Tanto Odin como Freir exigiam sacrifícios – em raras ocasiões, sacrifício humano. Inimigos capturados eram amarrados com os membros esticados. Fazia-se um corte ao longo da espinha, as costelas eram abertas dos lados e os pulmões puxados para fora, como as asas de uma águia. Um escritor alemão do século XI, Adão de Bremen, foi informado por um cristão de um festival em Uppsala, na Suécia, que acontecia de nove em nove anos e durava nove dias.
Se seu informante estava falando a verdade, nove machos de diversos tipos de criatura, inclusive o homem, eram abatidos e dependurados numa árvore sagrada pelos gothis (sacerdotes). Eles mergulhavam varas de bétula no sangue e borrifavam os adoradores. Os vikings acreditavam que Freir ficava mais satisfeito com o sacrifício de cavalos; por isso os cristãos da época eram proibidos de comer carne de cavalo.
O maior sacrifício era oferecer um filho. Quando a guerra contra os vikings vizinhos estava indo mal, Hakon, regente da Noruega (965-95), prometeu sacrificar seu filhinho, Erling. Os negócios melhoraram imediatamente e Hakon deu o menino a seu criado para ser morto.
No inicio
Apesar de seus rituais religiosos, os vikings não eram bárbaros incivilizados. No século VIII seus ancestrais escandinavos já tinham uma forma de democracia e extensas ligações comerciais. Na ilha de Helgö, perto de Estocolmo, os arqueólogos encontraram até um Buda de bronze, proveniente da Índia. Tesouros de moedas e jóias foram descobertos, o que mostra que os suecos, particularmente, eram muito ricos. Mostram também que o século antes de 800 da nossa era foi um tempo de guerra na Escandinávia - o tesouro era enterrado pelos donos, que não sobreviviam para recuperá-lo. Durante esse período os vikings desenvolveram seu espírito de luta e táticas piratas, tornando-se hábeis navegadores. Viagens e invasões tornaram-se parte do modo de vida escandinavo.
Ninguém sabia realmente o que inspirava os vikings a atacar o resto da Europa, mas em 808 da nossa era Godofredo, Rei da Dinamarca, sentiu-se poderoso o bastante para declarar guerra ao Sagrado Império Romano. Embora fosse incapaz de derrotar Carlos Magno, destruiu a cidade comercial de Reric e persuadiu seus comerciantes a se mudarem para uma nova cidade que ele tinha construído na Dinamarca. Seu nome era Hedeby. Godofredo não era um assassino sem compaixão. Ele estava usando o poder naval e militar viking para desenvolver o mercado e aumentar a riqueza de seu país. Seguiram-se três séculos de invasões, comércio e conquista viking.
Atividades de inverno
Nos tempos vikings, o clima na Escandinávia era mais quente do que é hoje. Os invernos porém eram rigorosos, portanto o fazendeiro e sua família deixavam a choupana e voltavam para o baer. Eles faziam o sacrifício de inverno (14 de outubro) para pedir aos deuses um clima ameno. Em 12 de janeiro faziam o sacrifício de Yule. Durava três dias, durante os quais os gothis sacrificavam o "porco do perdão" e pediam a Freir, deus da fertilidade, prosperidade e paz.
Para os homens vikings o inverno era uma época de grande lazer. Eles consertavam suas ferramentas e armas. De acordo com um poeta viking, os filhos dos jarIs e dos homens livres aprendiam a "atirar flechas, cavalgar, caçar com cães, brandir espadas e fazer feitos na natação", habilidades de que iriam precisar quando fossem para a guerra. 0 passatempo dos adultos incluía luta romana, um jogo de bola chamado knattleikr e truques com facas. Os homens desafiavam uns aos outros para escalar uma rocha íngreme ou pular de um rochedo. Desse modo mantinham-se em forma, prontos para a batalha.
A violência era parte de tudo o que os vikings faziam. Eles gostavam de assistir a lutas de garanhões até um matar o outro. Nas competições de natação os competidores tentavam afogar seus oponentes. Lutas romanas e knattleíkr muitas vezes terminavam em morte. Mesmo o hnefatafl, um jogo de tabuleiro, podia acabar em discussão e em socos que faziam o sangue jorrar.
Batalha para pilhar
Um monge francês escreveu que depois de 800 da nossa era, invasores noruegueses e dinamarqueses "Ievavam a todos os lugares a fúria do fogo e da espada, entregavam as pessoas à morte e à escravidão, devastavam todos os mosteiros e deixavam todos cheios de terror".
De fato, muitas vezes os vikings eram derrotados mas todo ano eles voltavam. Gradualmente eles começaram a se estabelecer nas ilhas de Shetland e Orkney, ao norte da Escócia, fazendo os habitantes de escravos. Construíram fortes na Islândia e os usavam como bases, de onde atacavam os mosteiros irlandeses. Em 844 os vikings se estabeleceram nas ilhas ocidentais da França. Em 855 invasores vikings permaneceram na Inglaterra além do inverno pela primeira vez.
Os ataques se tornaram uma invasão. Em 865 inúmeros nobres vikings se juntaram para formar uma grande hoste (exército) que durante os 30 anos seguintes aterrorizou a Europa ocidental. 0 norte o leste da Inglaterra foram conquistados e tomaram-se subordinados à lei dinamarquesa. Em 6 de janeiro de 878 os dinamarqueses surpreenderam o rei inglês, Alfred, e devastaram Wessex, no sul da Inglaterra. Alfred e um pequeno grupo de guerrilha esconderam-se nos pântanos. Depois de uma série de batalhas, forçaram a hoste a se render. 0 líder dinamarquês e seus homens foram batizados como cristãos e estabeleceram-se no leste inglês.
VIKINGS de JOHN D. CLARE.

Fatalidade.


Com seu olhar longínquo, ele irradiava sabedoria.
Seu sorriso transmitia o mais mudo consolo.
Ele dizia, por si só.
De mim, arrancava a mais silenciosa serenidade.
Ao fitá-lo, meio que sorrateiramente,
podia sentir em mim a bondade
transpirada pelo seu coração.

O Destino, no entanto, golpeou-lhe duramente. Para ele, fora traçada a tríade que agora o atormenta , e há de acompanhá-lo até o fim de sua vida. Que não há lei, nem perdão ou Deus que lhe dêem conforto e paz, em lugar do pesar, da culpa e do sofrimento.

E eu, com esta mente tão distante quanto o seu olhar, morrerei como mortal inútil que nem uma mão pude lhe estender, que nem uma palavra de conforto pude lhe oferecer.

Morro pela minha incapacidade, pelas dores dos que se foram e dos que ficaram, pelas injustas escritas do Destino. Morro a cada instante, a cada pensar, a cada imaginar, a cada questionar - por quê ?

Uma parte de mim agoniza sem morrer, morre sem partir, parte sem viver. Como aqueles que agora se confrontam em pólos opostos, da lei e do crime, do perdão e da punição. Como a iluminada alma que agora vive nas mais escuras trevas. Para ele, não haverá mais Luz.

.......

Pudera eu ter o dom da luz da Vida. Quanta discórdia, quanto ódio, quantas lamúrias dissipar-se-iam ? Quantos corações acalmar-se-iam? Mas e se eu realmente pudesse trazê-lo de volta? Se eu pudesse deixá-lo junto àqueles que o amam e que agora clamam por justiça?

Pudera eu lutar contra as forças do Destino, nesta correnteza que flui para uma vida em um outro mundo. Mas não seria esse o seu caminho a trilhar? Não teria Deus assim determinado no momento em que lhe concedeu a Vida ?...

Pudera eu lutar contra a ignorância daqueles que traem, matam e pecam. Mas não seríamos nós, por força da Natureza, tão ou mais ignorantes e pecadores como eles ? Não seríamos todos nós vítimas da Fatalidade e, até os mais puros, sujeitos aos deslizes da Vida ?

Pudera eu tocar o coração dos homens e fazê-los discernir a Justiça da Vingança. Enxergar além do infinito horizonte. Compreender as leis naturais da Vida. Não há culpados nem inocentes; há, sim, vontade Divina.
Maguerita Lee

Poema do "Livro das Sombras, de Dorothy Morrison."


Unhas, lesmas e rabo de dragão:
Tudo isso é bom pra qual aflição?
Asa de morcego e olho de gavião:
Tudo isso funciona ou não?
Toda boa bruxa conhece bem essas receitas,
Todas elas são seguidas e bem aceitas.

Uma pitada a mais, um errinho de nada?
E eis alguém com a cabeça pelada!
Ao invés de belas fadas a voar,
Você conjurou um macaco feio de assustar!
E embora ele seja engraçado e adore brincar,
Como é que você dele vai se livrar?

Este é o livro da minha magia,
Cheio de risinhos, risadas e muita alegria!
Feitiços, poções e encantamentos
Tecidos por bênçãos e bons sentimentos,
Criados com calma e sem tremedeira
Por alguém orgulhosa de ser feiticeira!

ÁRVORE DA VIDA.