terça-feira, 20 de outubro de 2009
Sistemas de magia.
Magia ascética.
Magia de natureza ascética, enquadra todos os sistemas de pensamento místico e religioso que defendem a verdadeira pratica esotérica como tendo fundamento única e exclusivamente a traves de processos espirituais. Estes sistemas advogam que o corpo é um mero invólucro sem qualquer valor, e que o corpo deve ser totalmente excluído do processo de evolução espiritual. Apenas pela abstinência, oração, meditação e privação física, é que um espírito pode pretender, seja produzir um efeito milagroso e magico neste mundo, seja ascender espiritualmente. O isolamento, a privação, o processo mental interior, são para estes magos e sacerdotes, a única forma de verdadeira produção espiritual. A magia ascética costuma encontrar escolas de pensamento com certo grau de equivalência teológica, na magia branca, assim como na magia relacionada com os anjos e entidades celestiais angélicas.
Magia branca.
Sistema de crenças religiosas e magicas, que professa a existência de entidades espirituais boas, ( brancas), por oposição a entidades espirituais más, ( negras), e que no decorrer desse principio teológico, advogam que apenas se devem contactar com as forças espirituais «brancas» para alcançar os fins desejados. Este sistema magico é profundamente influenciado pelas crenças das religiões Abraamicas, sendo que por outro lado, em muitos sistemas religiosos politeístas, as divindades não eram tidas como «brancas» nem «negras», não tão somente entidades espirituais. Nos sistemas de magia branca, podemos encontrar quatro grandes escolas:
* magia Encohiana, fundada na mítica figura bíblica e apócrifa de Encoh;
* magia de Abramelim, dirigida ao contacto com os anjos;
* magia Cabalista, a vertente mística do judaísmo;
* magia gnóstica, a vertente mística do cristianismo
Magia do Caos.
Muitos afirmam que a Magia do Caos é um ramo descendente das tradições místicas fundadas por Aleister Crowley. a Magia do Caos nasce dos trabalhos e textos originais de Austin Osman Spare , um antigo seguidor de Crowley. A Magia do Caos cruza-se fortemente com a magia Xamanica e a Magia Sexual. Alias, a magia do caos é caracterizada pelo seu princípio ecléctico, ou seja, pelo paradigma a que alguns chamam…da «pirataria». A magia do caos credita técnicas, conceitos e princípios a quaisquer fontes de conhecimento místico que sejam susceptíveis de produzir fortes resultados.
Magia Wicca.
A magia Wicca descende fundamentalmente das ancestrais crenças religiosas da Europa. A crença na Grande Deusa, era professada em toda a latitude e longitude do espaço europeu pré-cristianizado, desde o norte da Europa á península ibérica. Os celtas foram talvez os mais reconhecidos praticantes da magia que mais tarde veio a ser conhecida por «wicca», mas na verdade tratava-se de uma crença amplamente divulgada. Com o evento do Cristianismo, as crenças religiosas e magicas pagas foram altamente reprimidas, e terá sido neste momento em que as praticas espirituais europeias foram forçadas a ser praticadas em rigoroso secretismo, ( professar estas religiões e sistemas mágicos era punido com tortura e morte na fogueira), que nasceu um quadro de diferentes movimentos religiosos distintos. A velha religião europeia evoluiu assim para uma série de sistemas mágicos diferentes:
* alguns, mantendo a pureza das tradições religiosas, acabaram fundando o sistema que séculos mais tarde seria conhecido por Wicca;
* outros, incorporando nas velhas crenças, conceitos do cristianismo, ( como o de anjos, de demónios, de Diabo, etc), evoluíram diferentemente e acabaram séculos mais tarde por formar o sistema religioso denominado simplesmente por «bruxaria»
A magia Wicca, possui uma forte componente de contacto com espíritos elementais, ou seja, tanto espíritos que incorporam nas forças da natureza, como entidades que são emanações das próprias forças da natureza.
Igualmente na perspectiva das tradições esotéricas mais ancestrais que procuram a relação e o contacto com espíritos elementais, encontramos também a magia Celta.
Tanto a Magia Wicca com a Magia Celta, são sistemas mágicos sustentados numa crença religiosa politeísta, na qual se professa a fé em Deuses e Deusas, bem como visões mitológicas próprias. A Magia Celta, assumirá contudo contornos de druidismo, o que virá a enquadrar na classe dos sistemas mágicos xamanistas.
Magia negra.
Sistema de crenças magicas, que professa a existência de entidades espirituais terrenais, por oposição a entidades espirituais celestiais, e que no decorrer desse princípio teológico, advogam que o tratamento eficaz de assuntos relacionados com as nossas vidas terrenas, apenas pode encontrar resposta nas entidades espirituais terrenais. Algumas doutrinas de magia negra, defendem que os espíritos celestiais são espíritos iluminados e evoluídos, por isso ascendidos a esferas existenciais superiores, e em consequência excluídos de uma influência directa com este mundo. Esses seres de luz são fundamentais na nossa evolução espiritual, mas são espíritos «inúteis» quando se trata de abordar assuntos terrenos. Tratando-se de espíritos distantes e que não oferecem respostas aos assuntos práticos deste mundo terrenal, em magia negra procura comunicar com espíritos terrenais. Enquanto que a magia wicca procura um grande parte um contacto com espíritos elementais, a magia negra procura grandemente um contacto com espíritos terrenais. Espíritos terrenais são espíritos desencarnados, e que vagueiam pelo nosso mundo. Desde espíritos de pessoas falecidas, a espíritos de antepassados, a espíritos ancestrais, a espíritos de anjos caídos e exilados neste mundo, a magia negra faz por alcançar todas essas forças e influências de forma vantajosa. Nessa perspectiva, a chamada magia negra dos nossos dias, é na verdade a ancestral «necromancia» praticada á milhares de anos atrás. Normalmente, o conceito de magia negra engloba as praticas de:
*Magia demoníaca, ( goetia)
* Satanismo
* Luciferianismo
* Necromancia
* Necromancia.
Um dos sistemas religiosos e mágicos que procura o contacto com espíritos ancestrais, podendo usar esse processo espiritual para fins de magia branca ou magia negra, é o Vodu, e as religiões africanas em geral. Contudo, não é licito catalogar tais praticas religiosas como típicas de magia negra, muito pelo contrário.
Magia vermelha.
Muitos defendem que a magia vermelha é um ramo independente da magia, ao passo que outros a situam no plano da magia negra. Por outro lado, alguns defendem tratar-se de uma forma de magia relacionada com o sangue, ao passo que outros afirmam tratar-se antes de uma pratica magica relacionada com assuntos de natureza sexual, erótica e amorosa. Nas religiões Afro-Brasileiras, algums estudiosos apontam que a magia vermelha é toda aquela que se encontra dirigida a entidades femininas e luxuriosas, com finalidades essencialmente afectivas ou sexuais. Nos exemplos mais conhecidos desta tese, podemos encontrar Maria Padilha. Outros exemplos desta relação com entidades espirituais relacionadas com a carnalidade, podemos encontrar com particular destaque na religião Vodu. Na religião crista, a magia vermelha é tida como um apelo a entidades demoníacas ligadas á luxúria e ao sangue e por isso, uma mera vertente da magia negra.
Magia Natural.
Sistema mágico que procura encontrar nas propriedades espirituais secretas de elementos naturais, a resposta para assuntos da nossa vida. A magia natural faz uso por isso de terapias magicas que passam pela administração de banhos, o uso de incensos, óleos, essências, pedras, cristais, etc. Na sua grande maioria, todos os procedimentos ritualistas das demais praticas magicas, acabam por incorporar alguns destes elementos e princípios nos seus processos místicos. A magia celta, a magia egípcia, a magia africana , a religião Vodu e a magia wicca, são alguns dos sistemas mágicos que incorporam fortemente esta componente de magia natural.
Magia Sexual.
A magia que por oposição á magia ascética, defende que o corpo é uma parte fundamental do processo magico e do caminho de evolução espiritual. O corpo como instrumento de produção de energias espirituais, é o postulado fundamental da magia sexual. A magia sexual não pode conceber a distinção compartimentada entre corpo e espírito, uma vez que professa que um corpo necessita de um espírito, tal como um espírito necessita de um corpo, da mesma forma que não haveria luz sem trevas, nem morte sem vida, nem positivo sem negativo. Este princípio dialéctico é fundamental á filosofia da magia sexual. Um corpo habita um espírito, um espírito vive num corpo. Por assim ser, o corpo beneficia do espírito e o espírito usufrui do corpo, e ambos constituem uma essência. Por assim ser, tendencialmente a magia sexual tende a advogar o processo de reencarnação, ou seja, a crença em que o espírito procura o corpo, assim como um corpo não vive sem espírito, e todo este processo corresponde a um grande ciclo de migração de almas. Na antiguidade a magia sexual foi praticada no Egipto, Babilónia, Grécia, etc…pelos sacerdotes dos templos dedicados a divindades femininas relacionadas com a fertilidade, guerra e prosperidade. Nos tempos modernos, a magia sexual foi amplamente divulgada por magos como Aleister Crowley. A magia sexual, através dos seus mais distintos sistemas, tem ao longo dos tempos procurado produzir pelos seus rituais, influencias espirituais poderosas sobre o nosso mundo.
Xamanismo.
Muitos chamar-lhe-iam, apenas: «a crença nas profundas e poderosas capacidades espirituais de um homem/uma mulher». No xamanismo, é professada a crença em que o homem, usando de certos meios rituais, pode induzir-se a estados alterados de consciência que lhe permitem aceder ao mundo dos espíritos. Ao faze-lo, o homem pode não só sintonizar-se em plena harmonia com o mundo espiritual, como com o mundo terreno. Ao faze-lo, o homem pode também produzir efeitos benéficos, tanto no mundo terreno como no mundo espiritual. No Xamanismo, não existe a clássica distinção entre mundo físico e mundo espiritual, como se se tratassem de duas realidades distintas e separadas. No Xamanismo ambos os mundos, ( físico e espiritual), são realidades paralelas que se entrecruzam permanentemente, são fios distintos contudo entrelaçados na mesma rede, formando o grande tecido cósmico. O Xaman, é tanto aquela mulher como aquele homem, que fazem a «ponte» entre estes dois mundo entrelaçados entre si. O Xaman, consegue descobrir a porta que ninguém consegue ver e que conduz ao mundo espiritual, entrando por ela e regressando. Muitas das religiões nativas do continente americano, bem como africano, ( e dos respectivos sistemas de crenças Afro-Brasileiros, dos Índios Americanos, etc), tem origem nos princípios Xamanistas. O Xamanismo na magia europeia, assumiu forma na magia Druidica.
Magia Musical.
Na bíblia, são reconhecidos exemplos em que profetas usam a música para espantar demónios, ou mesmo ouvem musica de forma a atingir estados proféticos. Pois esta crença persistiu desde os templos bíblicos aos dias de hoje, e Juanita Wescott foi a sua maior estudiosa e defensora. Muitos defensores destes princípios, hoje em dia suportam as suas teses nas mais avançadas descobertas da física quântica, advogando que o universo é constituído na sua essência por cordas energéticas que vibram em frequências sub atómicas. Assim sendo, a musica, (que é em si um conjunto de frequências harmonicamente compostas), seria uma das formas de abrir a porta ao mundo espiritual, influenciando a consciência de forma a que ela consiga penetrar nos tecidos mais íntimos da existência, e contactar com o mundo espiritual. Muitas teses cabalistas foram também associadas a esta escola de pensamento místico. Segundo essas teses, defende-se que os nomes de Deus e dos anjos são tão secretamente conservados em segredo, pois enunciados eles emanam vibrações sonoras, (musicais), que abrem a porta ao mundo espiritual, aos seus segredos e ao seu poder.
Magia Planetária.
Remontando aos tempos babilónicos, a magia planetária, também conhecida por magia astrológica, é o sistema de magia que considera as influências astrológicas dos corpos celestes sobre as nossas vidas, ( outrora essas forças cósmicas foram designadas na forma de deuses), e actua por via de processos místicos, de forma a usar dessas influencias celestiais para fins vantajosos. Enquadrada no sistema de magia planetária ou cósmica, pode encontrar uma das suas mais fortes expressões.PESQUISA: WIKIPEDIA.
LILITH.A LENDA.
Lilith é provavelmente o demónio feminino mais conhecido nos círculos do oculto, e também provavelmente um dos mais temidos seres espirituais.
Lilith encontra-se amplamente retratada nas lendas e mitologias hebraicas, tendo sido na antiguidade um dos mais temidos anjos negros, o demónio feminino tão terrivelmente receado que o seu nome não era sequer invocado.
Lilith foi a primeira mulher criada pela mão de deus, mesmo antes de Eva. Lilith foi por isso a primeira esposa de Adão.
Contudo ao contrário de Eva que foi criada a partir da costela de Adão, Lilith foi gerada do mesmo barro que Adão, e por isso era um ser em pé de igualdade com Adão.
Por assim ser, Lilith era um ser feminino independente e á mesma escala de Adão, o que que desagradou ao seu esposo humano.
Lilith era livre, irresistivelmente bela e cheia de luxúria, sendo que se recusava a sujeitar sexualmente a Adão, ou sequer e submeter á sua suposta superioridade, Lilith recusava-se a ficar debaixo de Adão durante o coito, sendo que Adão não aceitava essa posição de inferioridade do macho , o que muito desagradava ao primeiro homem.
Farta do machismo dominador de Adão, Lilith abandonou o Paraíso e fugiu para o Mar Vermelho, onde em viveu em liberdade. Lilith ali conheceu e manteve relações com diversos demónios.
Ao perceber que a sua esposa tinha fugido, Adão chorosamente pediu ajuda a Deus. Deus ouviu os lamentos de Adão, e enviou três anjos para ir buscar Lilith ao mar vermelho e faze-la regressar para junto do seu esposo.
Quando os 3 anjos encontraram Lilith, ela maliciosamente respondeu que já não poderia regressar ao paraíso para viver na companhia do marido, pois já tinha desgraçado a sua honra de esposa nas suas prostituições com os demónios.
A resposta era inegavelmente verdadeira, e não havia como negar que as regras de Deus haviam sido violadas. Lilith usou as regras do Criador em seu proveito com inteligência, conseguindo assim manter a sua liberdade.
Lilith continuou assim a viver com os demónios, prostituindo-se com eles e dando origem a filhos igualmente demoníacos.
Adão ficou só, e Deus achou que isso não era bom.
Assim, segundo algumas tradições mitológicas hebraicas, foi então criada Eva.
Como conta o Livro de Génesis, a historia não ficou por aqui. Também Eva foi seduzida por Lúcifer, e algumas correntes teológicas defendem que dessa relação nasceu Caim.
Certas mitologias dizem também que verdadeiro o motivo que levou Lilith a abandonar o paraíso foi ter-se apaixonado por Samael, o anjo da morte. Samael deu-lhe a conhecer o prazer de Adão não era capaz de oferecer. Lilith, enquanto um ser feminino de grande luxúria, apaixonou-se irremediavelmente pelo anjo. Em troca das relações sexuais, o anjo deu a Lilith não só o nome secreto de Deus, como também toda a sabedoria mística e magica.
Foi com o poder que deriva do nome de Deus que Lilith obteve a chave para sair do paraíso e fugir a Adão, ao passo que foi com a sabedoria da magia negra que Lilith conseguiu invocar os demónios com quem se prostituiu, e assim conseguiu grande e terrível poder sobrenatural.
Lilith foi por isso a primeira bruxa da humanidade, e é a padroeira de todas as bruxas.
Ao contrário de Eva que morreu como um ser humano mortal, Lilith alcançou a imortalidade tendo casado com Samael, ao passo que tornando-se amante de Lúcifer.
Lilith é um demónio feminino de uma irresistível beleza, sendo que rezem certas mitologias hebraicas e gnósticas, que Lilith é uma das 5 amantes de Lúcifer.
Mais que isso, Lilith é a concubina preferida de Lúcifer.
Outras mitologias apontam Lilith com a esposa de Samael, aquele que é o anjo da morte. Samael encontra-se referido indirectamente na Bíblia, no II Livro de Samuel, sendo que o seu nome significa «a ira de Deus», ou o «veneno de Deus».
Consta em certas tradições místicas hebraicas, que Deus aceitou o casamento entre Lilith e Samael, sendo que em virtude desse matrimónio, transformou Lilith, a primeira mulher criada por Deus, de mera humana mortal em anjo caído e imortal.
Contudo, Deus castrou o anjo Samael como forma de eterna punição pela transgressão de ambos, porquanto Lilth era humana quando Samael a possuiu, e as relações carnais e amorosas entre anjos e mulheres são proibidas pela Lei de Deus – veja-se que segundo o livro de Enoch, o dilúvio sucedeu porque um grupo de 200 anjos desertou do céu e casou com mulheres, possuindo-as e tendo com elas filhos que povoaram a terra, aqueles chamados de nefilins.
Segundo a etimologia judaica vulgar, o nome Lilith deriva de «Layil», que significa «noite». O mesmo nome, de acordo com as tradições assírio -babilónicas, significa «demónio feminino» ou «espírito dos ventos». Na antiguidade, Lilith foi igualmente associada ás deusas lunares, e consequentemente tanto ao mundo dos espíritos ou dos mortos, como ao mais temível poder da magia negra.
Em certos círculos ocultistas, Lilith é uma das entidades espirituais mais invocadas para presidir a rituais e celebrações de magia negra, da mesma forma que entidades como pomba gira, são regularmente conjuradas em trabalhos espirituais de magia vermelha. Também de acordo com certas teses ocultistas, para alem de padroeira das bruxas, Lilith é igualmente tida como a responsável pela reencarnação das bruxas, concedendo ás que são do seu agrado a vida eterna, intercedendo junto de Lúcifer para que a imortalidade seja concedida ás suas seguidoras predilectas.PORTAL DE ASTROLOGIA E ESOTERISMO.
Bruxas.
O dia 31 de outubro, o famoso "Dia das Bruxas". No hemisfério Sul, aproxima-se o verão e comemoramos o Festival de Beltane, o auge da fertilidade da terra, quando a Deusa e o Deus unem-se no rito sagrado que levará ao nascimento da criança da promessa em Yule, o Solstício de Inverno. No Norte, origem das comemorações dos oito sabbaths, é inverno e esse é o dia do Festival de Samnhain, a festa dos mortos que deu origem ao moderno Halloween. O início da comemoração de Samhain remonta aos celtas pré-cristãos. Era seu Ano-Novo, um dia fora do tempo (não pertencia nem ao ano que terminava nem ao que começava). Por isso, é quando o limite entre o mundo visível e o invisível está mais tênue e os vivos podem comunicar-se mais facilmente com os mortos. Na Europa celta, Samhain era uma festa popular, com a participação de toda a tribo, não apenas dos druidas (sacerdotes de alto grau hierárquico). Seu grande tema era a honra aos ancestrais - não apenas os parentes mortos, mas aqueles que deram origem aos povos e à humanidade, os espíritos da terra. Com a invasão romana, houve as primeiras mudanças no festival. Os conquistadores, naquele tempo ainda politeístas, comemoravam nessa época o festival de Pomona, a deusa das flores e das frutas. Os celtas acabaram incorporando a seu Samnhain algumas das características desse festival. Por outro lado, os romanos adotaram o 31 de outubro como dia de culto aos ancestrais e, assim, a tradição acabou espalhando-se pela Itália. O pesquisador e praticante de magia natural Cláudio Crow Quintino, 32, autor de A Religião da Grande Deusa, conta que, quando os romanos se converteram ao cristianismo, tiveram que incorporar muitas das características da religião celta à sua crença nas regiões em que a cultura antiga era mais forte, como a Irlanda, a Grã-Bretanha e a Gália. "Todos os festivais celtas que chegaram até hoje eram muito populares, por isso a Igreja Católica não teve como "apagá-los". Isso aconteceu não só com Samhain, mas também com Yule [que deu origem ao Natal] e as Festas Juninas [herança de Beltane, comemorado em maio no hemisfério Norte]". O cristianismo sempre teve um dia de culto aos ancestrais, que, originalmente, era em fevereiro. Esse dia, ou, mais, precisamente, essa noite, era chamado "Hallow Evening", ou "Noite Sagrada" e, no decorrer do tempo, o nome acabou sendo abreviado para Halloween. Logo nos primeiros séculos do cristianismo, um concílio decidiu mudar a data para aquela na qual os pagãos (que estavam sendo convertidos) já a comemoravam. É por isso que, atualmente, o calendário cristão tem 1o. de novembro como o Dia de Todos os Santos e o dia seguinte como Finados. A tradição do Halloween foi levada com os imigrantes para a América do Norte, que recebeu muitos irlandeses e ingleses. Popularizada entre os americanos, a festa acabou virando algo mais comercial e assim chegou a outras partes do mundo, como a América do Sul. "Essa comemoração do Halloween nas escolas de inglês e com festas a fantasia é algo recente no Brasil", conta Crow. "Quando eu era criança, ninguém falava nisso". Ao que parece, a difusão da festa acompanha um interesse crescente pela bruxaria, ao menos entre os brasileiros. Crianças aprendem na escola a lenda de Jack Lanterna, famílias organizam festas a fantasia e as mães incentivam os filhos a sair pela vizinhança pedindo doces. Na imprensa, vemos cada vez mais matérias sobre a bruxaria do século XXI. "É boa essa atenção que o paganismo está tendo da mídia, mas devemos tomar muito cuidado com as informações que passamos. Essa exposição aumenta a responsabilidade de cada pagão em relação a seus conhecimentos", argumenta Crow. O pesquisador e praticante de bruxaria Gabriel "Quíron" Meissner, 21, completa: "Para os leigos, Halloween é só diversão e não há nenhum problema nisso. A parte mágica e religiosa da data tem importância para quem segue linhas como a bruxaria ou o druidismo moderno. Mas mesmo essas pessoas podem entrar na diversão sem problemas". Isso, aliás, é algo que os neopagãos podem aprender com o Halloween moderno: "Antes de mais nada, os sabbaths são dias de celebração e, portanto, de alegria. Não é porque é a noite dos mortos que precisamos ficar sérios ou tristes", defende Quíron. Na Itália, uma herança celta-cristã: Além do Halloween, os italianos comemoram, no dia 5 de janeiro, o Dia da Befana ("bruxa" em italiano). Conta a lenda que a Befana era uma bruxa que, uma vez por ano, saía com sua vassoura pela Itália distribuindo presentes para as crianças que haviam se comportado bem durante o ano. Qualquer semelhança com a história do Papai Noel não é mera coincidência. Quíron conta que, muito provavelmente, as duas histórias têm uma origem comum. "Elas devem ter vindo de um mesmo mito pagão, mas foram adaptadas pelo cristianismo". Outro mito ainda hoje vivo entre os italianos e os germânicos é o da Procissão dos Mortos, também chamada de O Grande Sabbath. Trata-se de uma reunião de espíritos de pessoas que morreram de forma trágica, assassinadas ou em conseqüência de doenças degenerativas, crianças e fetos abortados e pessoas vivas que têm a habilidade de sair do corpo. Geralmente, a procissão é regida por uma divindade feminina, Diana ou Herodíades (Aradia) na Itália, Holda ou Vênus na Alemanha. A data do encontro varia conforme a região e uma das possibilidades é 31 de outubro. "Vemos, portanto, que sabbath não é só um ritual realizado oito vezes por ano, mas também essa reunião dos espíritos", explica Quíron. "E podemos resgatar essa tradição e usar a grande energia desse evento nas práticas da bruxaria moderna".
Eu sou uma Bruxa.
Eu sou uma bruxa
Com rimas e razões.
Eu estou em mudança como as estações.
Minha mãe é a lua,
Meu pai é o sol,
Eu sou uma com a Deusa Terra.
Eu sou uma bruxa, uma criança Pagã.
Espírito da natureza da mãe selvagem
Cresce dentro de mim, flui dentro de mim,
Serpenteando como um córrego enfeitiçado,
Encantando cada meu despertar sonhando.
Eu respiro o ar da libertação,
Eu tendo o fogo da transformação,
Eu bebo a água da criação,
A Magia da Terra é minha conjuração.
Eu sou uma bruxa da sombra e ilumino-me,
Do vôo das névoas e dos corvos de Avalon.
Eu sou uma bruxa, com orgulho dizer Eu,
Para uma bruxa a alma nunca morre.
Tradução Daniel e Ayesha Tamarix (Tamaris Fontanella)
Lua Negra.
Há muitas divergências quanto à celebração da face negra da Lua. Alguns dizem que é a Lua Nova outros explicam que é a fase de total escuridão da lua, que são os últimos três dias da lua minguante, quando a lua acabou de minguar e desapareceu totalmente, abandonando os céus. Isso vai depender da Tradição ao qual você escolher para estudar.
Nas antigas religiões o lado negro da Deusa era representado pela lua nova, quando a lua estava totalmente coberta pela sombra da terra e não era vista no céu.
Representava a passagem do mito da Deusa onde ela descia às profundezas do mundo subterrâneo. Um mito recorrente nas mais variadas mitologias, desde a descida de Deméter ao Hades em busca da sua filha Perséfone, passando pela busca de Ísis por seu amado Osísis, Cibele em busca de Átis e, o mais antigo e significativo, no qual Inana, uma deusa múltipla com atributos luminosos como fertilidade e sensualidade, desce ao submundo para consolar sua irmã Ereshkigal, despindo-se no caminho de todos seus atributos luminosos e divinos, e chega junto a sua irmã, nua e encurvada pelo cansaço, numa atitude de submissão e reconhecimento do poder crônico do interior do planeta. Assumindo a própria morte, Inana conhece a si mesma já que Ereshkigal é ela própria. Não é apenas mais uma das fases visíveis da lua, mas sim o lado dela que nunca vemos, a face oculta da Lua e portanto pela primeira vez a deusa se sente completa e plena.
A maioria dos bruxos não celebra a Lua Negra.
Nessa fase as deusas então se mostram como a Deusa Negra, a que revela o Seu lado obscuro e terrível, muitas vezes cruel, bem como o nosso. Essa fase da lua é mais difícil de ser trabalhada e não é recomendável que alguém recém-chegado à bruxaria já comece a celebrá-la.
Não leve ao pé da letra o "não ser celebrada", porque com conhecimento você pode utilizar esse poder em seu benefício.
As Deusas negras seriam o lado obscuro de suas faces.
E se nós somos a personificação dessas Deusas ...
O encontro com o lado obscuro é sempre assustador, é reconhecer em nós mesmos uma mola propulsora que pode causar loucura e até mesmo tragédias. E se é aterrorizante em nós que somos humanos, é o próprio terror em se tratando de Deuses.
É por isto que lemos em muitos autores que a Deusa Negra é devoradora e destruidora por natureza, mas na verdade o que não reconhecemos na divindade é que é o obscuro, o negrume é o véu que uma vez desvelado nos revela a totalidade das deusas, ou mesmo dos deuses., Dionisio desceu aos mundos inferiores em busca da Mãe, fazendo o roteiro inverso de Deméter; Orfeu, seu maior profeta, pode ter sido Deus consorte de uma Deusa Mãe anterior aos olímpicos, desmembrado e devorado pela Ménades, coisa típica de consortes das Grandes Mães do neolítico depois humanizado pelos dominadores.
A Lua Negra é tão poderosa quanto o plenilúnio
Porém, o Seu poder é das sombras, do terror, da face destrutiva da Divindade,em geral assusta quem começa a trabalhar com ele, mas é um poder necessário de ser compreendido, pois faz parte da Deusa (e portanto de nós).
Os esbás da Lua Negra são voltados ao conhecimento do nosso lado obscuro e a sua cura, para que transmutemos as nossas características improdutivas (nervosismo, ódio, etc) em características produtivas (paz interior, amor, etc) e para que aprendamos a lidar com as nossas sombras.
As deusas normalmente relacionadas a esses rituais são Hécate, Ceridwen e Lillith e Kali, Mas também podem ser encontradas citações em Sekhmet, Baba Yaga, Ereshkigal, Éris, Ísis, Afrodite, Kuan Yin, Gaia, Lakshmi.Tamaris Fontanella.
Nas antigas religiões o lado negro da Deusa era representado pela lua nova, quando a lua estava totalmente coberta pela sombra da terra e não era vista no céu.
Representava a passagem do mito da Deusa onde ela descia às profundezas do mundo subterrâneo. Um mito recorrente nas mais variadas mitologias, desde a descida de Deméter ao Hades em busca da sua filha Perséfone, passando pela busca de Ísis por seu amado Osísis, Cibele em busca de Átis e, o mais antigo e significativo, no qual Inana, uma deusa múltipla com atributos luminosos como fertilidade e sensualidade, desce ao submundo para consolar sua irmã Ereshkigal, despindo-se no caminho de todos seus atributos luminosos e divinos, e chega junto a sua irmã, nua e encurvada pelo cansaço, numa atitude de submissão e reconhecimento do poder crônico do interior do planeta. Assumindo a própria morte, Inana conhece a si mesma já que Ereshkigal é ela própria. Não é apenas mais uma das fases visíveis da lua, mas sim o lado dela que nunca vemos, a face oculta da Lua e portanto pela primeira vez a deusa se sente completa e plena.
A maioria dos bruxos não celebra a Lua Negra.
Nessa fase as deusas então se mostram como a Deusa Negra, a que revela o Seu lado obscuro e terrível, muitas vezes cruel, bem como o nosso. Essa fase da lua é mais difícil de ser trabalhada e não é recomendável que alguém recém-chegado à bruxaria já comece a celebrá-la.
Não leve ao pé da letra o "não ser celebrada", porque com conhecimento você pode utilizar esse poder em seu benefício.
As Deusas negras seriam o lado obscuro de suas faces.
E se nós somos a personificação dessas Deusas ...
O encontro com o lado obscuro é sempre assustador, é reconhecer em nós mesmos uma mola propulsora que pode causar loucura e até mesmo tragédias. E se é aterrorizante em nós que somos humanos, é o próprio terror em se tratando de Deuses.
É por isto que lemos em muitos autores que a Deusa Negra é devoradora e destruidora por natureza, mas na verdade o que não reconhecemos na divindade é que é o obscuro, o negrume é o véu que uma vez desvelado nos revela a totalidade das deusas, ou mesmo dos deuses., Dionisio desceu aos mundos inferiores em busca da Mãe, fazendo o roteiro inverso de Deméter; Orfeu, seu maior profeta, pode ter sido Deus consorte de uma Deusa Mãe anterior aos olímpicos, desmembrado e devorado pela Ménades, coisa típica de consortes das Grandes Mães do neolítico depois humanizado pelos dominadores.
A Lua Negra é tão poderosa quanto o plenilúnio
Porém, o Seu poder é das sombras, do terror, da face destrutiva da Divindade,em geral assusta quem começa a trabalhar com ele, mas é um poder necessário de ser compreendido, pois faz parte da Deusa (e portanto de nós).
Os esbás da Lua Negra são voltados ao conhecimento do nosso lado obscuro e a sua cura, para que transmutemos as nossas características improdutivas (nervosismo, ódio, etc) em características produtivas (paz interior, amor, etc) e para que aprendamos a lidar com as nossas sombras.
As deusas normalmente relacionadas a esses rituais são Hécate, Ceridwen e Lillith e Kali, Mas também podem ser encontradas citações em Sekhmet, Baba Yaga, Ereshkigal, Éris, Ísis, Afrodite, Kuan Yin, Gaia, Lakshmi.Tamaris Fontanella.
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