sábado, 9 de fevereiro de 2013
Minha Mente é Para Mim Um Reino.
Minha mente para mim é um reino;
Encontro nela um bem-estar tão perfeito
Que supera qualquer outra bênção,
Venha de Deus ou da natureza.
Por mais que eu queira o que a maioria busca,
Minha mente proíbe e afasta a ambição.
Nenhum porto principesco, nenhum estoque de riquezas,
Coisa alguma para forçar a vitória;
Tampouco sagaz destreza para atenuar uma ferida,
Nem aparências para atrair um olhar afetuoso.
Não sou escravo de nada disso.
Por quê? Minha consciência despreza esse tipo de coisas.
Vejo que muitos com freqüência se excedem;
E os que escalam rapidamente – logo vão despencar.
Vejo aqueles que estão no alto serem
Mais ameaçados que os outros, por desgraças.
Eles conquistam com esforço e guardam com medo;
E tais preocupações minha mente não quer tolerar.
Prefiro não adotar uma atitude de orgulho;
Não desejo mais que o suficiente,
E nada faço além do que posso fazer bem.
Tudo que necessito, minha mente me garante.
Veja! Assim triunfo como um rei,
Com qualquer coisa tenho a mente contente.
Eu não rio da perda que o outro sofre,
Nem invejo o ganho do outro;
Nenhuma onda do mundo pode agitar minha mente;
Eu tolero bem o que é a ruína de muita gente.
Não temo o inimigo, e nem bajulo o amigo,
Não detesto a vida, nem temo o meu fim.
Minha riqueza é a saúde, e uma perfeita calma;
E a consciência limpa é minha principal defesa;
Não uso suborno ou sedução para agradar,
Nem me afasto de alguém para ofender e ferir.
Assim eu vivo, assim irei morrer,
E gostaria que todos tivessem – esse jeito de ser!
Sir Edward Dyer.
Destino.
Perceba que uma gota não tem como saber o que é um oceano até que se dissolva no próprio oceano.
Do mesmo modo, enquanto o indivíduo existir, a vontade da existência não será conhecida.
Se vc puder abrir mão da sua individualidade, se puder abrir mão do ego, se puder se entregar totalmente, se vc puder desaparecer no Todo e lutar como um instrumento, como uma testemunha...
Então a vontade da existência será conhecida o tempo todo.
Tente perceber que não há maneira de alterarmos a realização da existência.
Mas podemos lutar, podemos nos arruinar, podemos destruir a nós mesmos na esperança de alterarmos a vontade da existência.
Existe uma história muito interessante de dois pedaços de palha que estão se afogando em um rio caudaloso.
Uma das palhas, que está disposta em diagonal na correnteza, está tentando conter o rio, está gritando que não deixará o rio continuar.
Apesar das águas do rio continuarem rolando e a palha ser incapaz de controlá-las, ela continua gritando que o rio será contido.
Mas essa palha continua se afogando.
O rio não ouve a sua voz e não sabe que a palha está lutando contra ele.
É uma palha muito pequena, o rio não sabe que ela existe, e ela não faz a menor diferença para ele.
Mas para a palha é uma questão de grande importância.
É a maior dificuldade de sua vida, ela está se afogando, mas continua lutando... Ela chegará ao mesmo lugar que chegaria se não estivesse lutando.
No entanto, como está lutando, esse momento, esse período será de dor, pesar, de conflito e ansiedade.
A palha perto dela se soltou. Ela não está indo contra o fluxo. Ela está deitada reta, na direção em que o rio está correndo...
E acredita que está ajudando o rio a correr.
O rio também não conhece a existência dessa palha.
Mas a palha pensa que, como está levando o rio para o mar, o rio vai chegar lá. E o rio desconhece essa ajuda.
Tudo isso não faz a menor diferença para o rio, mas para as duas palhas trata-se de um assunto de grande importância.
Aquela que está guiando o fluxo do rio está sentindo uma imensa alegria; está dançando, repleta de prazer.
A palha que está lutando contra o rio está sofrendo muito.
Sua dança não é uma dança, é um pesadelo.
Na vida é a mesma coisa...
Um indivíduo não consegue fazer qualquer coisa exceto pela vontade da existência.
Mas ele tem a liberdade de lutar, e lutando ele tem a liberdade de ficar ansioso.
Segundo Sartre “o homem está condenado a ser livre”.
No entanto, o homem pode usar a sua liberdade de duas maneiras:
Pode usar sua liberdade contra a existência e criar um conflito. Nesse caso sua vida será de pesar, dor e angústia.
Outro indivíduo pode fazer de sua liberdade um objeto de entrega à existência – e sua vida será uma vida de alegria, uma vida de dança e canção.
Então é impossível conhecer a vontade da existência, mas certamente é possível transformar-se em um com Ela.
E se for o caso, então a vontade da pessoa desaparecerá e apenas a vontade da existência permanecerá.osho.
Círculos ilusórios.
A vida vivida inconscientemente não pode ter nenhum sentido.
Na verdade, a vida não tem nenhum significado em si mesma.
O significado surge quando a consciência surge em você.
Então, a vida reflete a sua consciência, então a vida se torna um espelho, então, a vida ecoa a sua canção, a sua celebração, a sua música interior.
Ouvindo aqueles ecos, você começa a sentir a significância, o significado, o valor.
Vivendo uma vida inconsciente, você pode ir mudando de um trabalho para outro – isso não vai ajudar.
Talvez, por alguns dias, enquanto o trabalho for novo e houver excitação, você possa sentir-se bem.
Você pode novamente projetar suas ilusões, você pode novamente começar a ter expectativas: “Desta vez vai acontecer. Talvez não tenha acontecido até agora, mas desta vez vai acontecer”.
Um homem de consciência vive sem expectativas, desse modo, ele não sente nenhuma frustração, jamais.
Mais cedo ou mais tarde, quando a lua-de-mel acabar, você se sentirá frustrado.
E por quanto tempo a lua-de-mel pode durar?
E cada vez, a frustração vai ser maior, porque seus fracassos estão se amontoando – eles estão se tornando uma montanha.
E você falhou tantas vezes, que, lá no fundo, em algum lugar, o medo oculto está sempre presente – mesmo quando você está em lua-de-mel, lá no fundo, o medo está sempre presente, de que aquilo não vai ser diferente.
Mas você tem de ter esperanças para viver, caso contrário...
Assim, as pessoas vão mudando seus empregos, vão mudando seus passatempos, vão mudando suas esposas, seus maridos, vão mudando suas religiões.
Elas vão mudando tudo que pode mudar – com a esperança de que, “desta vez”, algo vá acontecer.
Mas a menos que você mude, nada vai acontecer.
Não é uma questão de mudar algo do lado de fora... Você permanece o mesmo!
A razão é clara!
Aquele que escolhe é o mesmo, seus gostos são os mesmos.
Você irá sempre gostar de um certo tipo de mulher ou de um certo tipo de homem.
Quando você se apaixona por uma mulher ou um homem, você sabe por quê?
Você não tem consciência, você não tem consciência do seu próprio funcionamento.
A menos que você se torne consciente do por que de você fazer certa coisa, do por que de você escolher certa pessoa, certo trabalho, certo emprego, certa mulher, certo homem, você está fadado a permanecer frustrado.
E de novo, e novamente, você perderá o significado da vida.
A vida é apenas uma tela vazia: você tem de pintar o significado nela.
Seja o que for que você pinte será o significado da sua vida.
Então, ao invés de mudar as coisas – em qualquer direção ou dimensão externa – mude sua consciência.
A mudança tem de ser interna.
Somente a mudança interna pode mudar alguma coisa, caso contrário, todas as mudanças serão falsas.osho
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