terça-feira, 21 de outubro de 2014
A Roda da Fortuna nas Casas e Signos.
Max Heindel disse num folheto, intitulado “O Arco na Nuvem”, no qual o arco-íris inaugurou uma nova fase (Época Ariana) da evolução espiritual da humanidade.
Em Gênesis lemos: “E disse Deus; este é o sinal de pacto que firmo entre mim em vós, e todo ser vivente que está conosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto nas nuvens, este será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra” – (Gênesis 9: 12-13).
De posse destas duas fontes, vale ressaltar que a Roda da Fortuna – de acordo com várias interpretações e estudos astrológicos – não deve apenas ser interpretada como aquisição de bens materiais (2ª Casa Zodiacal e o Signo de Touro).
É interessante e significativo lembrar também que determinados mitos nos informam que ao final do arco-íris (Época Ariana) encontramos um Pote de Ouro (a Roda da Fortuna).
A Roda da Fortuna em nosso horóscopo é uma “bússola“ para encontrarmos o equilíbrio necessário para que nosso Cristo Interno possa nascer. E um destes equilíbrios pode ser adquirido através de, sabiamente, utilizarmos nossos bens materiais em auxílio de nossos semelhantes.
Em “Iniciação Antiga e Moderna”, capítulo II - O Lavabo de Bronze - nos é dito que “.... pode conservar suas posses materiais, usando-as com fé e sabedoria, como um sagrado depósito que lhe é confiado...”.
Eis um belo resumo do que se constitui a Roda da Fortuna!
A Roda da Fortuna não é um astro, sendo sua posição num horóscopo determinada pelo Sol, Lua e Signo Ascendente.
A diferença - em graus - entre o Sol (Espírito) e a Lua (Alma) deve ser exatamente igual à diferença – também em graus - entre o Ascendente (Eu) e a Roda da Fortuna (sublimação do Espírito Humano, o Pote Dourado contido na Arca, situada no mais ocidental extremo do Tabernáculo no Deserto).
Abaixo veremos – ainda que resumidamente – a interpretação da Roda da Fortuna nas Casas e Signos.
Fica aqui nossa sugestão, para nossos estudantes usarem a intuição para um aprofundamento maior, bem como a interpretação dos aspectos da Roda da Fortuna com os astros.
Repetimos que, uma das formas de analisarmos o que representa a Roda da Fortuna em nosso horóscopo, pode ser entendida também como o uso que fazemos de nossos bens materiais para o auxílio amoroso e desinteressado ao próximo, sempre se utilizando do discernimento.
As interpretações abaixo são preceitos a serem assimilados.
Na 1ª Casa ou em Áries (^): Aqui devemos entender nossos bens materiais como algo temporário, pois nada levaremos (fisicamente) quando deixarmos este plano. O desprendimento material, a não identificação com os bens materiais é a lição. (Mateus 19:16). Não é o que possuímos o que define quem somos, mas as nossas conquistas anímicas e é para elas que devemos dirigir nossa energia.
Na 2ª Casa ou em Touro (_): O excesso do “eu tenho” pode gerar orgulho. A humildade deve ser compreendida (e aplicada) em sua essência. Não possuímos nada que pertença a este Mundo Físico, pois estamos aqui de passagem como meros administradores.
Na 3ª Casa ou em Gêmeos (`): A razão deve – gradualmente – estar em equilíbrio com o coração, em termos de utilizar as posses para o auxílio aos demais. Devemos aprender a compartilhar dadivosamente aquilo que recebemos, sem querer estar em vantagem, atentando sempre para as necessidades do próximo. Para receber graça, devemos ser graciosos.
Na 4ª Casa ou em Câncer (a): O auxílio aos nossos semelhantes deve iniciar-se no local de mais difícil prática: nosso lar. Somente depois, expandir-se para outros segmentos. No âmbito familiar, é preciso lutar contra a tendência egoísta que por vezes alimentamos. Neste contexto de lar, acreditamos que todos devem algo para nós e que possuímos apenas direitos.
Na 5ª Casa ou em Leão (b): O orgulho e a soberba devem ser transmutados em humildade, à exemplo de Áries, outro signo ígneo, mas aqui a ostentação financeira pode causar problemas na elevação espiritual de forma acentuada. Lembrar de assemelhar-se ao Sol que se exibe gradual e discretamente conforme as necessidades daqueles a quem se dispõe a iluminar, ou seja, mostra-se em seu maior e melhor brilho, não para a sua glória, mas a serviço de todos.
Na 6ª Casa ou em Virgem (c): Evidentemente que de nosso trabalho honesto – suor de nosso rosto - devemos obter nosso sustento. Porém não unicamente para nós, e sim para nosso semelhante, com discernimento. Aqui vale evocar o signo complementar Peixes, para que prevaleça a compaixão que nos leva a dividir o pão nosso de cada dia.
Na 7ª Casa ou em Libra (d): Servir (materialmente) nosso semelhante requer um equilíbrio entre mente e coração, caso contrário, podemos cair em radicalismos. Somente o discernimento pode nos manter a salvo da prodigalidade ou da avareza e nos levar a justa medida.
Na 8ª Casa ou em Escorpião (e): Quando prestamos auxílio a nossos irmãos, de uma forma material, estamos acumulando tesouro no céu, onde o ladrão não rouba, nem a traça corrói. Elevamo-nos espiritualmente. Aqui se sintetiza a lei de dar e receber e, a quem muito tem, possuirá ainda mais.
Na 9ª Casa ou em Sagitário (f): O ser “mão aberta”, não significa possuir um coração nobre. Quando damos algo material - auxiliando alguém, nosso sentimento amoroso deve acompanhar este auxilio material. Dar de si mesmo é o verdadeiro serviço amoroso e desinteressado.
Na 10ª Casa ou em Capricórnio (g): A avareza e o acúmulo exagerado de posses materiais, não sendo canalizado para o bem estar de outras pessoas, paralisa nosso desenvolvimento espiritual. Uma cristalização. Aqui temos o verdadeiro ressecamento da alma que condena o espírito a uma sede indizível.
Na 11ª Casa ou em Aquário (h): Assim como no símbolo de Aquário (um homem derramando o Éter Crístico), devemos “derramar”, amorosamente nosso auxílio material para a humanidade.
Na 12ª Casa ou em Peixes (i): Muitas pessoas se queixam de não estarem em condições de prestar auxílio material para um irmão. Ninguém é tão rico que nada possa receber, nem tão pobre que nada possa d ar. É preciso perceber o seu semelhante para perceber o que lhe falta, isto não é possível sem empatia, sem o desejo sincero de reconhecer nele um irmão.
palestra, realizada na Fraternidade Rosacruz – Sede Central do Brasil.
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