contos sol e lua

contos sol e lua

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Querer o Impossível.



Siga seu senso comum
Você não pode se esconder
Atrás de um conto de fadas
Para todo o sempre
Apenas revelando toda a verdade nós podemos descobrir
A alma desse reduto para sempre
Para todo o sempre

Mentes doutrinadas com muita frequência
Contém pensamentos doentios
E cometem a maioria dos pecados que pregam contra

Não tente me convencer
Com mensagens de Deus
Vocês nos acusam de pecados
Cometidos por vocês mesmos
É fácil condenar sem olhar no espelho
Atrás das cenas abre a realidade.

Silêncio eterno chora por justiça
O perdão não está à venda
E nem a vontade de esquecer

Siga seu senso comum
Você não pode se esconder
Atrás de um conto de fadas
Para todo o sempre
Apenas revelando toda a verdade nós podemos descobrir
A alma desse reduto para sempre
Para todo o sempre

A virgindade foi roubada numa idade muito nova
E o extintor perdeu sua imunidade
Abuso mórbido de poder no Jardim do Éden
Onde a maçã possui um rosto jovem

Silêncio eterno chora por justiça
O perdão não está à venda
E nem a vontade de esquecer

Siga seu senso comum
Você não pode se esconder
Atrás de um conto de fadas
Para todo o sempre
Apenas revelando toda a verdade nós podemos descobrir
A alma desse reduto para sempre
Para todo o sempre


Silêncio eterno chora por justiça
O perdão não está à venda
E nem a vontade de esquecer


Você não pode continuar se escondendo
Atrás de contos de fadas ultrapassados
E continuar lavando suas mãos na inocência.
Epica.Tradução automática via Ferramentas de idioma.

Sete Chaves Wicca.

A noite trás meu erros
Mas eu vivo sem pensar demais
Não quero mais correr atrás
Do que me faz, perder a paz

Um livro aberto
Um risco de mistério
Que parecem manipular

Um passo certo
Embora indireto
Vagando sem saber
Em algum lugar

Os olhos não enganam
As mentes que profanam
Em quem podem acreditar
O tempo não perece
Apenas engrandece
Os segundos que devem passar

Mil destinos
Ditando seus hinos
Escritos, em um quarto escuro
Uma velha parede
Guardada a sete chaves

Um passo certo
Embora indireto
Vagando sem saber
Em algum lugar

Os olhos não enganam
As mentes que profanam
Em quem podem acreditar
O tempo não perece
Apenas engrandece
Os segundos que devem passar...
Mystifier.Tradução automática via Ferramentas de idioma.

Livro Um Adorador elisabetano Devil's Prayer


Livro Um Adorador elisabetano Devil's Prayer
Tradução automática via Ferramentas de idioma.
meu livro negro da doutrina do demônio
escrito em latim em papel fino e encadernado em couro
meu pergaminho diabólico com alguns símbolos cabalísticos,
círculos de magia e sortilégios
meu precioso livro que eu uso para fazer minhas exortações e
uma variedade de rituais de Magia Negra
para satisfazer a minha excitação e prazeres carnais
livro imoral de conspiração com satanás

duas velas de gordura humana iluminar o meu altar
o bode grande onipotente senta-se no pentagrama
na minha mão esquerda uma espada a magia de alça preta
e sobre a mesa um cálice de ouro com sangue

meu ritual satânico está começando

na minha prophane cerimónia de apresentação para o mal
Eu cumpri-la vestida como o diabo
meus discípulos, se dedicam à alegria, terror e sensualidade
Eu preparo os anfitriões da comunhão com a farinha, fezes,
pus e sangue da menstruação
eles usam isso como o ânus ea vagina artificial
que eles copulam ferozmente
gritando que eles são sodomizar Jesus e deflorating virgem

Recito as palavras de encantamento
do meu livro negro de um tempo perdido
um sacrifício para o onipotente
meu ritual satânico apenas começou


empanar a hóstia consagrada
e blasfemando YHVH
raiz de mandrágora, suco de água acônito eo profano são meus artefatos
profanação e bestialidade

pela face da majestade e profana
com as feras na frente do trono
Suplico-los
oh príncipes e demônios das trevas

Lúcifer, Baco, súcubo,
Astarte, Incubus e belphegor
Eu chamo você!

Eu sei que você está aqui!

Uma História Wicca.


Era uma história
De um amor inacabável
Um garoto, uma garota
Feitos um pro outro
Ninguém podia negar
Que iria durar


Mas um dia
Algo estranho aconteceu
Os seus planos,os seus sonhos
Tudo desapareceu

Ninguém podia explicar
E nem acreditar

Ela foi embora, sem explicação
Deixou ele pra traz, partiu seu coração
Ela foi embora, sem explicação
Deixou ele pra traz, partiu seu coração


Então
Naquela tarde descobriu
Que o amor
Na verdade nunca existiu

Não fez questão de saber
não queria sofrer

Os seus lábios
Nunca mais se encontraram
Nem caminhos, nem olhares
Não se cruzaram

Mas nem o tempo secou
As lágrimas que ele chorou

Ela foi embora, sem explicação
Deixou ele pra traz, partiu seu coração
Ela foi embora, sem explicação
Deixou ele pra traz, partiu seu coração

Ela foi embora, sem explicação
Deixou ele pra traz, partiu seu coração
Nada vive mais, apenas os momentos
que só existem na memória, sumiram como o vento

Ela foi embora....Mystifier.
Tradução automática via Ferramentas de idioma.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Intuição.


O Espiritismo é o conjunto de leis morais que disciplinam as relações do "Mediunismo" entre o plano visível e o invisível, coordenando também o progresso espiritual de seus adeptos. Mas os fenômenos mediúnicos começaram a ocorrer muito antes de ser codificada a doutrina espírita, assim como também podem se registrar independentemente de sua existência. Sem dúvida, temos que distinguir que a mediunidade é uma manifestação que pode ocorrer independentemente do Espiritismo; o primeiro é uma "faculdade", que pode não estar sujeita a doutrinas ou religiões; o segundo é "doutrina" moral e filosófica codificada por Allan Kardec, cuja finalidade é a libertação do homem dos dogmas asfixiantes e das paixões escravizantes.
Intuição e mediunidade são termos normalmente associados ao Espiritismo no entanto podem existir bons médiuns, mesmo ignorando as obras de Allan Kardec e que professem outras crenças como o Catolicismo, o Protestantismo, a Teosofia, o Esoterismo, o Budismo, o Islamismo, o Hinduísmo e o Judaísmo ou que pertençam à diversas ordens iniciáticas como a Maçonaria, Rosa-Cruz, Templários, etc. e que possuem alto critério espiritual, mesmo alheios aos postulados espíritas.
Isso porque todas as pessoas possuem um certo grau de mediunidade, sabendo ou não deste fato. Há vários tipos desse dom do ser humano, o mais comum e que cada um de nós já pôde experimentar algum dia é a intuição. Intuição é uma palavra de origem latina "In tueri" que significa "olhar para dentro". Quem nunca teve um pressentimento de fatos felizes ou tristes em sua vida e que algum tempo depois se concretizou ? Quem nunca ouviu aquela voz interior elogiando ou criticando uma atitude tomada ?. Você já apostou numa rifa com a certeza de que acertaria o número premiado ?.
Todo mundo nasce com essa vocação, o difícil é coloca-la em prática. Na correria do dia a dia, quase ninguém tem tempo, vontade e paciência para ouvir os sinais da intuição, e sem esses ingredientes , não é possível captar as mensagens enviadas por ela antes de tomar uma decisão.
A mediunidade permite o intercâmbio entre as duas dimensões principais que formam a nossa vida : a material ( Corpo ) e a imaterial ( Espírito ). A intuição não é truque, ela faz parte da natureza humana e age no lado direito do cérebro, responsável pelas emoções. Quando uma mensagem intuitiva brota na mente, o lado direito do cérebro encaminha essa mensagem para o lado esquerdo, que é ligado ao intelecto e a razão. No momento em que essa informação é interpretada, o organismo libera substâncias químicas, que estimulam a atividade cerebral. Por isso a pessoa tem a impressão de que algo vai acontecer. Nesse instante, sente o coração bater mais rápido, pode suar e ficar com a pele avermelhada.
Esse processo é defendido pela neurologia, a área da medicina que estuda o funcionamento do cérebro. Porém os místicos têm outra explicação; para eles, a intuição é "soprada" pelo plano Divino, seja por meio dos Anjos ou de "Espíritos do Bem". Esses seres de luz beneficiam as pessoas com a capacidade de intuir para que elas se apeguem menos aos bens materiais e possam reconhecer a importância dos valores espirituais para a evolução da alma.
Os místicos vão mais além , segundo eles, é possível não apenas usar a intuição para receber auxílio no presente, como também recorrer a esse dom para lembrar de acontecimentos experimentados em outras vidas, corrigindo os erros do passado. Quantas vezes você já foi apresentado a uma pessoa e teve a impressão de que o rosto dela lhe é familiar ? Pode ser obra de sua intuição, que o(a) desperta para uma outra época em que você e essa pessoa compartilharam momentos, sejam eles bons ou ruins. Por algum motivo, a sua memória é ativada para que juntos, possam "acertar as contas" na existência atual e prosseguir no desenvolvimento espiritual.
Os sonhos também podem ser canais de expressão da sua intuição, muitas vezes, forças espirituais transmitem conselhos ou avisos durante o sono. Quem sonha com a morte de uma pessoa querida e esse fato se confirma, deve aceitar esse aviso como uma preparação emocional para aquele acontecimento. Mas os sonhos não são apenas mensageiros de eventos infelizes, muitos cientistas fizeram grandes descobertas por meio de mensagens recebidas enquanto dormiam. Friedrich Kekulé em 1865, sonhou com uma estranha cadeia molecular, acordou assustado, porque o sonho havia lhe revelado a fórmula do benzeno, utilizado na fabricação de inseticidas e plásticos em geral.
Você pode "ouvir" o que os seus sonhos dizem. Habitue-se a anotar num caderno as imagens trazidas pelo inconsciente assim que acordar. Dessa forma, ficará mais próximo(a) das suas emoções e, portanto sensível ao poder da sua intuição.
A história está repleta de fatos curiosos que atestam a validade da intuição. Júlio Rasec tecladista dos Mamonas Assassinas, deixou gravado em vídeo o seu mal pressentimento em relação ao acidente que se confirmou em março de 1996, onde ele e os amigos perderam a vida em um acidente de avião. James Dean, ignorou o alerta feito por um amigo de que sofreria um acidente automobilístico, uma semana depois bateu com seu Porshe que havia comprado há uma semana e morreu na hora.
É preciso estar preparado para conviver com uma intuição forte, pois como podemos constatar nem sempre as mensagens são agradáveis. Ficamos deprimidos quando reconhecemos a nossa impotência diante de fatos que conseguimos prever, mas que não podemos evitar. Muitas vezes ficamos com a impressão de que fomos nós que provocamos aquele fato, o que não é verdade. Por essa razão é preciso praticar diariamente rituais e exercícios espirituais, como : mantras, orações, meditação e boas leituras, para que nosso espírito possa suportar a carga emocional que acompanha essas premonições.
O êxito do trabalho intuitivo e mediúnico depende muito mais de renúncia, desinteresse, humildade e ternura de seus praticantes do que de qualquer manifestação fenomênica espetacular, que empolga os sentidos físicos mas que não converte o espírito ao Bem.
Perguntam se intuição é apenas um dom ou pode ser desenvolvida, : Intuição é um dom que precisa ser exercitado para desenvolver-se.
Saiba que todo mundo tem um pouco de intuição, basta exercitá-la, acredite mais nos seus pressentimentos e saiba que nem tudo no Universo tem explicação científica. Para ativar o seu dom, fique algum tempo só, não seja tão racional e preste mais atenção à sua voz interior. Você descobrirá um Universo maravilhoso no seu interior !
F.P.Wikepédia.

A ORDEM ROSA CRUZ E A MAÇONARIA.


O Rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosóficas-religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão e alquimia. Existe ligação entre a Maçonaria e os rosacruzes e essa ligação começou já na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporações operativas (englobadas sob rótulo de maçonaria de Ofício ou operativa), estas começaram, paulatinamente, a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos francos-maçons.
Como a Ordem Rosa-cruz estava impregnada pelos alquimistas, deu-se a ligação do rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração, também, que durante o governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e co-regente dos domínios hereditários da Casa d'Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosa-cruz e sua comunidade, atingindo até a Corte e fazendo com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo exceção , apenas aos maçons, o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas maçônicas para alí poder continuar com os seus trabalhos.
Ambas as Ordens são medievais, se for considerado o maior incremento da Maçonaria de Ofício durante a Idade Média e o início de sua transformação em "Maçonaria dos Aceitos" (também chamada, indevidamente, de "Especulativa"). Se, todavia, considerarmos o início das corporações operativas, em Roma, no século VI antes de Cristo, históricamente a maçonaria é mais antiga. Isso, é claro, levando em consideração apenas, as evidências históricas autênticas e não as "lendas", que faz remontar a origem de ambas as instituições ao Antigo Egito.
A maçonaria é uma ordem totalmente templária, ou seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Seus graus vão do 1 ao 3 nas "Lojas Base" e do 4 ao 33 nas "Lojas de Graus Filosóficos". Já a Antiga e Mística Ordem Rosa-cruz dá ao estudante o livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosa-cruz. O estudo em casa é acompanhado à distância, e assim como na maçonaria, é composto de vários graus, que vão do neófito (iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.
O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante além do contato social como os demais integrantes, a possibilidade de participar de experimentos místicos em grupo, e poder discutir com os presentes os resultados, e por último, a reunião templária fortalece a egrégora da organização, o que também ocorre na maçonaria.
A maior evidência de uma ligação histórica entre a Ordem Rosa-Cruz e a Maçonaria é a existência do "Capítulo Rosa-Cruz" que é o 18º Grau do "Rito Escocês Antigo e Aceito" da Franco-Maçonaria, (representando simbolicamente a 9ª Iniciação Menor no grau de "Cavaleiro Rosa-Cruz"), que tem como símbolos principais o Pelicano, a Rosa e a Cruz.
AS INICIAÇÕES.

Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria, são as iniciações nos seus respectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. No caso da Maçonaria a iniciação é no grau de Aprendiz, na AMORC, a admissão se dá no Primeiro Grau de Templo. As iniciações têm o mesmo objetivo, impressionar o iniciante, levá-lo à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante, e se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os símbolos, usos e costumes da instituição de que fará parte.
O SIMBOLISMO.
Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres com cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente.
Cada ponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosa-cruz, na figura de um mestre instalado, que ocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e a caminhada somente no sentido horário, também é similar. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.
O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem Rosa Cruz, sendo que neste último não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que são acesas no início do ritual e apagadas ao final deste, simbolizando a luz, a Vida e o Amor.
Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que os oficiais, (equivalente aos mestres com cargo), usam paramentos especiais, cada qual simbolizando o cargo que ocupa no ritual.
O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo.
Algumas das diferenças ficam por conta da condução do ritual, onde na rosa cruz tem caráter místico-filosófico.
Os iniciantes na Ordem Rosa Cruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto que os aprendizes maçons recebem suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, o formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem Rosa Cruz (AMORC) lembra as construções egípcias.F.P.Wikpédia.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

São Cosme & Damião.


Os gêmeos que curavam com as mãos são considerados os primeiros santos médicos do cristianismo.Nascimento: No século 3, na região da Arábia
Morte: Em 270, na Cilícia, na Síria
A história de Cosme e Damião é tão envolta por lendas que fica difícil saber o que é folclore e o que realmente aconteceu. Sabe-se que os irmãos gêmeos nasceram na Arábia, no século 3, e que, assim como em outros lugares do mundo, a população acreditava em várias divindades simultaneamente. Era comum as pessoas adorarem astros e fenômenos da natureza. Sol, vento e chuva eram considerados manifestações divinas. Os meninos, porém, não confiavam muito nessa crença.
"Você não acha que deve haver um pai de todas as coisas?”, perguntou Damião. “Acho, sim”, respondeu Cosme. Como o imperador Diocleciano havia proibido a crença em um único Deus, característica do cristianismo, os meninos não tinham conhecimento sobre os ensinamentos do messias. Mesmo assim, a partir desse dia, os gêmeos passaram a invocar o nome desse “pai de todos” para curar animais. Como deu certo, eles começaram a fazer o mesmo com crianças doentes da vila onde moravam. Bastava um toque ou algumas palavras para que curassem os amigos.
A mãe deles, Teodora, logo percebeu a movimentação e questionou o que estava acontecendo com os filhos. Os meninos eram órfãos de pai, um mercador árabe que morrera quando ainda eram bebês. Criados pela mãe com ajuda da família, os gêmeos contaram a ela o que haviam descoberto. Carinhosa, Teodora prometeu ajudá-los a descobrir quem era o criador do mundo.
O dom de Cosme e Damião permaneceu durante a adolescência. Sua mãe decidiu mudar com os rapazes para a Cilícia (sul da Turquia), onde morava o irmão dela, e os levou junto. Porém, deixou seus outros filhos Antimio, Leôncio e Euprério com mercadores locais. Durante a viagem, a família conheceu muitos cristãos e ouviu falar pela primeira vez de Jesus Cristo. Ao chegar ao novo destino, foram batizados e abraçaram o cristianismo.
Tiveram mais contato com as práticas médicas graças a um homem chamado Levi, um misto de santo e curador da comunidade local. Experiente, transmitiu aos jovens o que sabia e os ajudou a atender os enfermos. Os doentes faziam filas para serem salvos pelo toque das mãos dos gêmeos e suas palavras de fé.
Antigos relatos também contam que Cosme e Damião eram excelentes cirurgiões e que realizaram um dos primeiros transplantes de que se tem notícia. Os novos médicos deram uma nova perna a um homem que teve gangrena e o fizeram andar.
Bondosos, tinham um lema: nunca cobrar por seus serviços e recusar qualquer forma de pagamento dos pacientes. O trabalho era feito apenas pelo amor ao próximo. Desta forma, ajudaram a disseminar o cristianismo e a converter muitas pessoas.
A fama de Cosme e Damião se espalhou rápido e o cônsul Lísias, representante do imperador na Cilícia, ficou furioso com os cristãos. Sua primeira providência foi proibi-los de exercer a medicina. Depois, ordenou que toda a família dos gêmeos fosse presa. Seus outros três irmãos foram acusados de feitiçaria e obrigados a renegar o cristianismo. Cosme e Damião tentaram se explicar, dizendo que curavam em nome de Jesus, mas só pioraram a situação deles. Foram jogados numa masmorra e sofreram variadas torturas. Eles conseguiram fazer milagres até nesse momento difícil. As flechas e pedras jogadas contra os dois não conseguiam feri-los e se voltavam para seus algozes. Após um mês de martírio, Cosme e Damião morreram decapitados. Eles foram canonizados por aclamação popular e são considerados os primeiros santos médicos do cristianismo.
Nos anos que se seguiram, ficaram ainda mais populares. O papa Félix IV construiu em Roma, no século 6, uma igreja em homenagem a eles, a basílica de São Cosme e São Damião. Por volta do ano 560, o imperador Justiniano também ajudou a difundir a crença nos irmãos ao restaurar a cidade de Ciro, onde eles estão enterrados, e reconstruiu a igreja dedicada a eles localizada em Istambul.
No Brasil, o culto aos santos teve início em 1535, quando foi erguida a primeira igreja católica do país, em Igarassu (PE), que recebeu o nome deles. Eles são venerados principalmente no Rio de Janeiro e em Pernambuco. Na paróquia de Andaraí, na capital carioca, acontece uma procissão com 8 mil pessoas no dia 27 de setembro. A data ainda é comemorada em vários lugares do país porque já foi o Dia de São Cosme e Damião. Na década de 70, o Vaticano mudou para 26 de setembro o dia de homenagear os santos, mas em alguns lugares a data antiga foi mantida.
A sincretização de São Cosme e Damião com os cultos afro-brasileiros gerou o costume de oferecer doces à população nas semanas que antecedem os festejos. Na época da escravidão, não havia liberdade religiosa para os negros. Então, eles precisavam misturar sua fé com os santos do catolicismo. Com o surgimento da umbanda, Cosme e Damião foram associados aos guias espirituais conhecidos como Ibeji, que também são gêmeos. Como são espíritos de crianças, gostam de receber doces como oferendas. Mesmo não tendo uma origem cristã, essa prática é aceita pela Igreja por estimular a caridade.
Como estão ligados à figura infantil, os católicos pagam suas promessas, geralmente ligadas à cura de doenças em crianças, acendendo velas do tamanho delas.
briga dos irmãos.
Diz uma lenda popular que, certa vez, Damião teria aceitado pagamento de uma paciente por uma consulta. Cosme ficou indignado e brigou com o irmão por ter feito algo contra os princípios deles. Chateado, pediu para ser sepultado separado do gêmeo, em um lugar bem longe. Após o martírio dos dois médicos, um camelo falou a todos os presentes que Damião só aceitou a oferta da doente porque não quis humilhá-la. Com tudo devidamente esclarecido, Cosme e Damião foram sepultados juntos.
Wikepédia.

domingo, 26 de setembro de 2010

O Médium e o Mediador.


Dissemos que para adquirir o poder mágico são necessárias duas coisas: desembaraçar a vontade de toda servidão e exercê- la à dominação.
A vontade soberana é representada nos nossos símbolos pela mulher que esmaga a cabeça da serpente, e pelo anjo radiante que reprime e contém o dragão embaixo do seu pé e da sua lança.
Declaremos aqui, sem rodeios, que o grande agente mágico, a dupla corrente de luz, o fogo vivo e astral da terra, foi figurado pela serpente de cabeça de touro, de bode ou de cão, nas antigas teogonias. É a dupla serpente do caduceu, é a antiga serpente do Gênese; mas é também a serpente de zinco e Moisés, entrelaçada ao redor do tau , isto é, do ligham gerador; é também o bode o Sabbat e o Baphomet dos Templários; é o Hyle dos Gnósticos; é a dupla cauda da serpente que forma as pernas do galo solar dos Abraxas; é, enfim, o diabo do Sr. Eudes de Mirville, e é realmente a força cega que as almas têm de vencer para libertar- se das cadeias da terra; porque, se a sua vontade as não separar desta imantação fatal, serão absorvidas na corrente pela força que as produziu, e voltarão ao fogo central e eterno.
Toda obra mágica consiste, pois, em desembaraçar- se dos anéis da antiga serpente, e depois pôr o pé na cabeça dela e guiá - la aonde se quiser. “Eu te darei – diz ela, no mito evangélico – todos os reinos da terra se te ajoelhares e me adorares ”. O iniciado deve responder- lhe: “Não me ajoelharei, e tu te arrastarás aos meus pés; nada me dará, mas servir-me - ei de ti e tomarei o que quiser: porque sou teu senhor e dominador! ”Resposta que está compreendida, mas oculta, na que lhe fez o Salvador!
Já dissemos que o diabo não é uma pessoa. É uma força desviada, como, aliás, seu nome indica. Uma corrente ódica ou magnética, formada por uma cadeia de vontades perversas, constitui este mau espírito, que o evangelho chama legião e, que precipita os porcos ao mar: nova alegoria do arrastamento dos seres baixamente instintivos pelas forças cegas que pode por em movimento a má vontade e o erro.
Podemos comparar este símbolo ao dos companheiros de Ulisses, transformados em porcos pela maga Circe.
Ora, vede o que faz Ulisses para se preservar a si próprio e libertar seus companheiros: recusa o copo da encantadora e lhe ordena com a espada. Circe é a natureza com todas as suas volúpias e atrativos; para gozar dela, é preciso vencê - la: tal é o sentido da fábula homérica, porque os poemas de Homero, verdadeiros livros sagrados da antiga Helênia, contêm todos os mistérios das altas iniciações do Oriente.
O médium natural é, pois, a serpente, sempre ativa e sedutora das vontades preguiçosas, à qual é preciso resistir sempre, dominando -a.
Um mago apaixonado, um mago guloso, um mago colérico, um mago preguiçoso são monstruosidades impossíveis. O mago pensa e quer, nada ama com desejo, nada repele com paixão; a palavra paixão representa um estado passivo, e o mago é sempre ativo e vitorioso. O mais difícil, nas altas ciências, é chegar à realização disto; por isso, quando o mago criou a si próprio, a grande obra está realizada, ao menos no seu instrumento e da sua causa.
O grande agente ou mediador natural da onipotência humana só pode ser subjugado e dirigido por um mediador extranatural , que é uma vontade livre. Arquimedes pedia um ponto de apoio fora do mundo para levantar o mundo. O ponto de apoio do mago é a pedra cúbica intelectual, a pedra filosofal de Azoth isto é, o dogma da absoluta razão e das harmonias universais pela simpatia dos contrários.
Um dos nossos escritores mais fecundos e menos fixos nas suas idéias, Eugênio Sue, compôs uma epopéia romanesca completa sobre uma individualidade que se esforça em se fazer odiosa e que se torna interessante a seu pesar, tanto ele lhe dá força, paciência, ousadia, inteligência e gênio! Trata - se de uma espécie de Sixto Quinto, pobre, sóbrio, sem ódio, que tem o mundo inteiro preso nas malhas das suas combinações.
Este homem excita à vontade as paixões dos seus adversários, destrói - os uns pelos outros, chega sempre aonde quer chegar, e isto sem alarde, sem brilho, sem charlatanismo. O seu fim é libertar o mundo de uma sociedade que o autor do livro crê perigosa e perversa, e, para isso, nada lhe custa: dorme em maus quartos, está mal vestido, alimenta - se como o último dos pobres, mas está sempre atento à sua obra. O autor, para ficar na sua idéia, o representa pobre, sujo, feio, nojento ao tato, horrível à vista. Mas, se até este exterior é um meio de disfarçar a ação e de chegar mais seguramente, não é a prova de uma coragem sublime?
Quando Rodin for papa, pensai vós que ficará ainda mal vestido e sujo? Eugênio Sue errou o seu alvo; quer atacar o fanatismo e a superstição, e une- se à inteligência, à força, ao gênio, a todas as grandes virtudes humanas! Se houvesse muitos Rodins entre os jesuítas, até se houvesse um só, não daria muito grandes coisas ao partido contrário, apesar das brilhantes e incorretas defesas dos seus ilustres advogados.
Querer bem, querer longo tempo, querer sempre, tal é o segredo da força; e é este arcano mágico que Tasso põe em ação na pessoa dos dois cavaleiros que vêm libertar Renato e destruir os encantamentos de Armida. Resistem tão bem às ninfas mais encantadoras como os animais ferozes mais terríveis; ficam sem desejos e sem temor, e chegam a seu fim.
Resulta disso que um verdadeiro mago é mais temível do que amável. Não discordo disso, e, reconhecendo perfeitamente quanto são agradáveis as seduções da vida, fazendo justiça ao gênio gracioso de Anacreonte e a toda a florescência juvenil da poesia dos amores, convido seriamente os estimáveis amigos do prazer a considerar as altas ciências só como um objeto de curiosidade, mas a nunca se aproximar da trípode mágica: as grandes obras da ciência são mortais à volúpia.
O homem que se libertou da cadeia dos instintos perceberá primeiramente a sua onipotência pela submissão dos animais. A história de Daniel na cova dos leões não é uma fábula, e mais de uma vez, durante as perseguições do cristianismo nascente, este fenômeno se renovou em presença de todo o povo romano. Raramente um homem tem alguma coisa a recear de um animal do qual não tem medo. As balas de Gerard, o matador de leões, são mágicas e inteligentes. Somente uma vez correu um verdadeiro perigo: tinha deixado ir consigo um companheiro que teve medo, e então, considerando este imprudente como perdido adiantadamente, teve medo também, mas pelo seu companheiro.
Muitas pessoas dirão que é difícil e até impossível chegar a uma resolução semelhante, que a força de vontade e a energia do caráter, são dons da natureza, etc. Não discordo disto, mas reconheço também que o hábito pode refazer a natureza; a vontade pode ser aperfeiçoada pela educação e, como disse, todo cerimonial mágico, semelhante, neste ponto, ao cerimonial religioso, só tem por objetivo experimentar, exercitar e habituar, assim, a vontade à perseverança e à força. Quanto mais as práticas são difíceis e humilhantes, tanto mais têm efeitos; agora deveis compreendê - lo.
Se até o presente foi impossível dirigir os fenômenos do magnetismo é que ainda não se achou magnetizador iniciado e verdadeiramente livre. Quem pode, com efeito, vangloriar- se de o ser? E não temos sempre de fazer novos esforços sobre nós mesmos? Todavia, é certo que a natureza obedecerá ao sinal e à palavra daquele que se sentir assaz forte para não duvidar. Digo que a natureza obedecerá, não digo que ela se desmentirá ou perturbará a ordem das suas possibilidades. As curas das doenças nervosas por uma palavra, um sopro ou um contato; as ressurreições em certos casos; a resistência às vontades mais capazes de desarmar e derrubar os assassinos; até a faculdade de se fazer invisível, perturbando a vista daqueles aos quais é importante escapar: tudo isto é um efeito natural da projeção ou do afastamento da luz astral. É por isso que Valente ficou ofuscado e aterrorizado, ao entrar no templo de Cesaréia, como outrora Heliodoro, fulminado por uma demência súbita no templo de Jerusalém, acreditou ter sido enxovalhado e pisado por anjos.
É por isso que o almirante Coligny impôs respeito aos seus assassinos, e só pôde ser morto por um homem furioso que se lançou sobre ele, perdendo a razão. O que fazia Joana d ’Arc sempre vitoriosa era o prestígio da sua fé, a maravilhosidade da sua audácia; ela paralisava os braços que queriam feri - la, e os ingleses puderam seriamente crê - la maga ou feiticeira. Ela era, com efeito, maga sem o saber, porque acreditava que agia de modo sobrenatural, ao passo que dispunha de uma força oculta, universal e sempre submissa às mesmas leis.
O magista magnetizador deve governar ao médium natural, e, por conseguinte, ao corpo astral que faz comunicar a nossa alma com os nossos órgãos; pode dizer ao corpo material: - “Dormi! ”e ao corpo sideral: - “Sonhai! ”Então as coisas visíveis mudam de aspecto como nas visões do haschich .
Cagliostro possuía, dizem, este poder, e ajudava a sua ação por fumigações e perfumes; mas o verdadeiro poder magnético deve abster- se desses auxiliares mais ou menos venenosos para a razão e nocivos à saúde. O Sr. Ragon, na sua sábia obra sobre a maçonaria oculta, dá a receita de uma série de medicamentos próprios para exaltar o sonambulismo. É um conhecimento que, sem dúvida, não é para ser rejeitado, mas de que os magistas prudentes devem abster- se de fazer uso.
A luz astral projeta - se pelo olhar, pela voz, pelos polegares e a palma da mão. A música é um poderoso auxiliar da voz, e daí provem a palavra encantamento . Nenhum instrumento de música é mais encantador que a voz humana, mas os sons longínquos do violino ou da harmônica podem aumentar o seu poder. Prepara - se assim o paciente que se quer submeter; depois, quando estiver meio adormecido e como que envolto por este encanto, estende- se a mão para ele e ordena - se - lhe dormir ou ver , e ele obedece contra a sua vontade. Se resistir, é preciso, olhando - o fixamente, pôr um polegar na sua fronte entre os olhos, e o outro polegar no seu peito, tocando - o levemente com um único e rápido contato; depois aspirar lentamente e expirar brandamente um sopro quente, e lhe repetir em voz baixa: - Dormi ou Vede .
Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia.

sábado, 25 de setembro de 2010

Oração de Dante.



Quando a escura floresta caiu perante mim
E todas a trilhas ficaram cobertas
Quando os padres do orgulho disseram que não havia outro caminho
Cultivei mágoas de pedra

Eu não acreditava porque não podia ver
Embora tu vieste a mim pela noite
Quando o amanhecer pareceu perdido para sempre
Mostraste-me o teu amor na luz das estrelas

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Então a montanha se elevou diante de mim
Pelo profundo poço dos desejos
Da fonte do perdão
Além do gelo e do fogo

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Embora partilhemos deste humilde caminho, sozinhos
Como é frágil o coração
Oh, dê a estes pés de barro - asas para voar
Para tocar a face das estrelas

Sopre vida dentro deste fraco coração
Suspenda este véu mortal de medo
Leve estas esperanças despedaçadas, marcadas com lágrimas
Nos ergueremos sobre estas preocupações mundanas

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Por favor, Lembre-se de mim....
loreena-mckennitt.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Dança Wicca.



Quando na primavera do ano
Quando as árvores estão coroadas de folhas
Quando o freixo e o carvalho, e a bétula e o teixo
Estão vestidos em fitas claras

Quando as corujas chamam pela respiração da lua
No véu azul da noite
As sombras das árvores aparecem
Entre a lanterna de luz

Nós passeamos a noite inteira
E algumas horas deste dia
Agora voltamos novamente
Trazemos uma guirlanda maravilhosa

Quem abaixará esses arranhados sombrios
E chamar as sombras lá
E atar uma fita nesses braços protetores
Na primavera do ano

Nós passeamos a noite inteira
E algumas horas deste dia
Agora voltamos novamente
Trazemos uma guirlanda maravilhosa

As canções dos pássaros parecem encher o bosque
Que quando o violinista toca
Todas as vozes podem ser ouvidas
Os dias de seus bosques passados

E eles juntavam suas mãos e dançavam
Girando em círculos e em filas
E então a jornada da noite acaba
Quando todas as sombras se vão

“uma guirlanda maravilhosa trazemos para você aqui
E ficamos parados na sua porta
É um poço de brotos brotando
O trabalho da mão de nosso senhor”.

Nós passeamos a noite inteira
E algumas horas deste dia
Agora voltamos novamente
Trazemos uma guirlanda maravilhosa

Nós passeamos a noite inteira
E algumas horas deste dia
Agora voltamos novamente
Trazemos uma guirlanda maravilhosa.
loreena-mckennitt.

Angels.Gregorian.



Angels (Anjos)
Eu sento e aguardo
Um anjo que contempla meu destino?
E eles conhecem
Os lugares onde nós vamos
Quando estamos grisalhos e velhos?
Pois me foi dito
Que a salvação deixa as asas deles estendidas
Então, quando eu quase dormindo na minha cama,
Pensamentos correndo pela minha cabeça,
E eu sinto que o amor está morto,
Estou amando anjos em vez disso...

REFRÃO
E através disso tudo ela me oferece proteção,
Muito amor e afeto,
Esteja eu certo ou errado.
E debaixo da cachoeira,
Onde quer que isso possa me levar,
Eu sei que a vida não me arruinará.
Quando eu vier chamar,
Ela não me abandonará.
Estou amando anjos em vez disso...

Quando estou me sentindo fraco
E minha dor caminha por uma rua de mão única,
Eu olho para cima
E sei que serei sempre abençoado por esse amor.
E conforme o sentimento cresce
Ela dá vida ao meu corpo.
E quando o amor estiver morto,
Estou amando anjos em vez disso...

Voyage Voyage.Gregorian.



Acima dos velhos vulcões
Deslizando tuas asas sob o tapete do vento
Viaje, viaje,
eternamente
Das nuvens aos pântanos
Do vento da espanha à chuva do equador
Viaje, viaje,
voe até as alturas
Acima das capitais,
das idéias fatais
Olhe o oceano

(refrão) Viaje, viaje,
mais longe que a noite e o dia
Viaje, viaje,
no espaço inaudito do amor
Viaje, viaje,
sobre a água sagrada de um rio indiano
Viaje, viaje
e jamais retorne

Sobre o ganges ou o amazonas
Entre os negros, entre os sikhs, entre os amarelos
Viaje, viaje
em todo o reino
Sobre as dunas do saara
Das ilhas Fiji ao monte Fuji
Viaje, viaje,
não pare
Acima das cercas,
dos corações bombardeados
Olhe o oceano

(refrão)Viaje, viaje,
mais longe que a noite e o dia
Viaje, viaje,
no espaço inaudito do amor
Viaje, viaje,
sobre a água sagrada de um rio indiano
Viaje, viaje
e jamais retorne

Acima das capitais,
das idéias fatais
Olha o oceano

(refrão)Viaje, viaje,
mais longe que a noite e o dia
Viaje, viaje,
no espaço inaudito do amor
Viaje, viaje,
sobre a água sagrada de um rio indiano
Viaje, viaje
e jamais retorne

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pentagrama Flamejante


Chegamos à explicação e à consagração do santo e misterioso pentagrama.
Que o ignorante e o supersticioso fechem o livro aqui: pois só verão nele trevas ou ficarão escandalizados.
O pentagrama, que é chamado, nas escolas gnósticas, a estrela flamejante, é o sinal da onipotência e da autocracia intelectuais.
É a estrela dos magos; é o sinal do Verbo feito carne; e, conforme a direção dos seus raios, este símbolo absoluto em magia representa o bem ou o mal, a ordem ou a desordem, o cordeiro de Ormuz e de São João, ou o bode maldito de Mendes.
É a iniciação ou a profanação; é Lúcifer ou Vésper, a estrela da manhã ou da tarde.
É Maria ou Lilith; é a vitória ou a morte, é a luz ou à noite.
O pentagrama elevando ao ar duas das suas pontas representa Satã ou o bode do Sabbat , e representa o Salvador quando eleva ao ar um só dos seus raios.
O pentagrama é a figura do corpo humano com quatro membros e uma ponta única que deve representar a cabeça.
Uma figura humana com a cabeça para baixo representa naturalmente um demônio, isto é,a subversão intelectual, a desordem ou a loucura.
Ora, se a magia é uma realidade, se esta ciência oculta é a lei verdadeira dos três mundos, este signo absoluto, este signo tão antigo como a história e até mais que a história, deve exercer, com efeito, uma influência incalculável sobre os espíritos desembaraçados dos seus envoltórios materiais.
O signo do pentagrama chama - se também o signo do microcosmo, e representa o que os cabalistas do livro de Zohar chamam o microprósopo.
A interpretação completa do pentagrama é a chave dos dois mundos. É a filosofia e a ciência natural absolutas.
O signo do pentagrama deve ser composto dos sete metais ou, ao menos, ser traçado em ouro puro no mármore branco.
Pode- se também desenhá - lo, com vermelhão, numa pele de cordeiro sem defeitos e sem manchas, símbolo de integridade e luz.
O mármore deve ser virgem, isto é, nunca ter servido a outro uso; a pele de carneiro deve ser preparada sob os auspícios do sol.
O carneiro deve ter sido degolado no tempo da Páscoa, com uma faca nova, e a pele deve ter sido salgada com o sal consagrado pelas operações mágicas.
A negligência de uma única destas cerimônias difíceis e, em aparência, arbitrárias, faz abortar todo o sucesso das grandes obras da ciência.
Consagramos o pentagrama com os quatro elementos; sopramos cinco vezes sobre a figura mágica; e aspergimo - lo com a água consagrada; secamo - lo com a fumaça dos cinco perfumes, que são o incenso, a mirra, os aloés, o enxofre e a cânfora, aos quais podemos ajuntar um pouco de resina branca e âmbar- pardo; sopramos cinco vezes, pronunciando o nome dos cinco gênios, que são: Gabriel, Rafael, Anael, Samael e Orifiel; depois pomos o pantáculo no chão, alternativamente ao norte, ao sul, ao oriente, ao ocidente e no centro a cruz astronômica e pronunciamos, uma após outra, as letras do tetragrama sagrado; depois dizemos, em voz baixa, os nomes de Aleph e do Thau misterioso, reunidos no nome cabalístico de Azoth .
O pentagrama deve ser colocado no altar dos perfumes e sobre a trípode das evocações. O operador deve também trazer consigo a figura com a do macrocosmo, isto é, a da estrela de seus raios, composta de dois triângulos cruzados e superpostos.
Quando evocamos um espírito de luz, é preciso virar a cabeça da estrela, isto é, uma das suas pontas para a trípode da evocação, e as duas pontas inferiores do lado do altar dos perfumes. É o contrário se se tratar de um espírito das trevas; mas então é preciso que o operador tenha o cuidado de conservar a ponta da baqueta ou da espada sobre a cabeça do pentagrama.
Dissemos que os signos são o verbo ativo da vontade. Ora, a vontade deve dar seu verbo completo para transformá - lo em ação; e uma única negligência, representando uma palavra ociosa ou uma dúvida, imprime em toda a operação o cunho da mentira e da importância, e volta contra o operador todas as forças gastas em vão.
É , pois, preciso abster- se absolutamente das cerimônias mágicas, ou realizar escrupulosa e exatamente todas!
O pentagrama traçado, em linhas luminosas, no vidro, por meio da máquina elétrica, exerce também uma grande influência sobre os espíritos e aterroriza os fantasmas.
Os antigos magos traçavam o signo do pentagrama no batente da sua porta, para impedir aos maus espíritos de entrar e aos bons de sair. Este constrangimento resulta da direção dos raios da estrela. Duas pontas para fora, afastavam os maus espíritos; duas pontas para dentro, os retinha prisioneiros; uma só ponta para dentro, cativava os bons espíritos.
Todas estas teorias mágicas, baseadas no dogma único de Hermes e nas induções analógicas da ciência, sempre foram confirmadas pelas visões dos extáticos e pelas convulsões dos catalépticos, ditos possessos dos espíritos.
O G no qual os franco - maçons colocam no meio da estrela flamejante significa Gnosis e Geração , duas palavras sagradas da antiga Cabala. Quer dizer também Grande Arquiteto, porque o pentagrama, de qualquer lado que o olhemos, representa um A .
Dispondo - o de modo que duas das suas pontas estejam em cima e uma só ponta embaixo, podemos ver nele os chifres, as orelhas e a barba do bode hierático de Mendes e torna - se o signo das evocações infernais.
A estrela alegórica dos magos não é outra coisa senão o misterioso pentagrama; e estes três reis, filhos de Zoroastro, guiados pela estrela flamejante ao berço do Deus microcósmico, seriam suficientes para provar as origens inteiramente cabalísticas e verdadeiramente mágicas do dogma cristão. Um destes reis é branco, outro é preto e o terceiro é moreno. O branco oferece ouro, símbolo da vida e da luz; o preto oferece mirra, imagem da morte e da noite; o moreno apresenta o incenso, emblema da divindade do dogma conciliador dos dois princípios; depois, voltam a seu país por um outro caminho, para mostrar que um culto novo é simplesmente um novo caminho, para levar a humanidade à religião única. A do ternário sagrado e do irradiante pentagrama, o único catolicismo eterno.
No Apocalipse , São João vê esta mesma estrela cair do céu na terra. Ela se chama, então, absíntio ou amargura, e todas as águas ficam amargas. É uma imagem clara da materialização do dogma que produz fanatismo e as amarguras das controvérsias. É ao próprio cristianismo que podemos, então, dirigir estas palavras de Isaías: “Como caíste do céu, estrela brilhante, que eras tão esplêndida em tua manhã? ”
Mas o pentagrama, profanado pelos homens, brilha sempre sem sombra na mão direita do Verbo de verdade, e a voz inspiradora promete àquele que vencer dar- lhe a posse da estrela da manhã; reabilitação solene prometida ao astro de Lúcifer.
Como vemos, todos os mistérios da magia, todos os símbolos da Gnosis, todas as figuras do ocultismo, todas as chaves cabalísticas da profecia, se resumem no signo do pentagrama, que Paracelso proclama o maior e mais poderoso de todos os signos.
Será para se admirar, depois disso, da confiança dos magistas e da influência real exercida por este signo sobre os espíritos de todas as hierarquias? Os que desprezam o sinal da cruz tremem ao aspecto da estrela do microcosmo. O mago, pelo contrário, quando sente enfraquecer- se a sua vontade, leva os olhos para o símbolo, toma - o na mão direita e sente - se armado da onipotência intelectual, contanto que seja verdadeiramente um rei digno de ser guiado pela estrela ao berço da realização divina; contanto que saiba , que ouse , que queira , e que se cale ; contanto que conheça o emprego do pantáculo, do copo, da baqueta e da espada; enfim, contanto que os olhares intrépidos de sua alma correspondam a este dois olhos que a ponta superior do nosso pentagrama lhe apresenta sempre abertos.
Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia.

Finn MacCumhal e a Corsa.


Um dia em que Finn e seus companheiros regressavam com seus cães de uma caçada no monte Allen, uma corsa cruzou por seu caminho e todos começaram a correr atrás dela.
Logo os perseguidores foram ficando para trás, exceto Finn e seus dois cães, Bran e Skolawn. Estes cães tinham uma origem muito peculiar já que eram filhos de Tyren, tia de Finn, que havia sido transformada em uma cadela por um encantamento.Eram os melhores cães de toda a Irlanda e Finn os admirava e amava muito.
Quando a caçada se dirigia a um vale, a corsa se deteve, se abaixou, e Finn viu que seus cães brincavam com ela lambendo-lhe o rosto.Finn ordenou que ninguém lhe fizesse dano e ela os seguiu durante todo o caminho de volta.
Naquela mesma noite, ele acordou e viu junto a sua cama a mulher mais bela que jamais havia visto em toda sua vida, e ela lhe disse: "Sou Saba, Finn, sou a serva que perseguiste na caçada de hoje. Por não querer dar meu amor ao druida da terra das fadas, ele me converteu no que viste, e tenho estado assim durante três anos. Mas um de seus escravos, apiedando-se de mim, me revelou que se pudesse chegar até vossa morada de Allen, oh Finn, voltaria a minha forma original. Temia ser destroçada por vossos cães ou ferida pelos caçadores, e por isso deixei me alcançar por ti, e por Bran e Skolawn, quem possuem a natureza de homem e não me fariam dano".
Finn prometeu protege-la e pronto a fez sua esposa. Tão profundo foi o amor que viveu, que durante meses não se preocupou em lutar nem guerrear, mas sim simplesmente em passar cada dia com sua bela esposa.
Um dia chegou a notícia de que barcos de guerra do Norte estavam na baia de Dublin, assim mandou chamar todos seus homens, e disse a sua esposa: "Os homens de Erin nos dão tributo e hospitalidade para que os defendamos dos invasores, e seria uma vergonha aceitar os pagamentos sem dar de nossa parte o que se pede".
Durante sete dias esteve ausente Finn, até que os escandinavos se afastaram das costas de Erin. Ao oitavo dia voltou aos seus, mas viu a preocupação nos olhos dos homens e mulheres e Saba não estava na muralha esperando seu regresso.
Ante o pedido de Finn, lhe contaram o que havia sucedido: Saba esperava ansiosa seu regresso, e um dia apareceu Finn com seus dois cães, e até se escutaram as notas da chamada da casa dos Fianna no vento.Saba pulou sobre a cerca para receber seu amado, mas era um falso Finn que brandiu uma varinha e a transformou de novo em uma corsa. Seus cães começaram a persegui-la, fazendo-a fugir. Os homens tomaram todas as armas que puderam e selaram em busca do feiticeiro, mas não encontraram nenhum dos dois.
Finn se retirou aos seus aposentos e ficou trancado o dia todo, entretanto logo seguiu ocupando-se dos assuntos de Fianna como sempre. Durante sete anos buscou Saba por bosques e cavernas de toda Irlanda, com a companhia apenas de seus fiéis cães até que perdeu toda esperança e abandonou a busca.
Um dia enquanto caçava em Ben Bulban ouviu que os cães grunhiam com fúria, ele e seus homens correram até eles e viram que os cães tentavam se aproximar de um garoto de longos cabelos ruivos, que estava nu ao pé de uma árvore, enquanto Bran e Skolawn os mantinham a distância. Os fians apartaram os cães e levaram consigo o garoto que, quando aprendeu a falar, lhes contou sua história.
Ele não havia conhecido nem pai nem mãe alguma.Sempre havia vivido num vale cerrado por escarpas altíssimas e havia sido criado por una corsa amorosa.Durante o verão se alimentava de frutos silvestres e durante o inverno se mantinha com as provisões que guardava em sua gruta.
De quando em quando, aparecia um homem de aspecto obscuro que falava com a corsa, umas vezes com ternura e outras com ameaças, mas a cerva sempre fugia dele.Um dia, o homem chegou e esteve por um longo tempo com a corsa, até que a tocou com uma varinha e a obrigou a seguir-lhe sem olhar para trás.O menino tentou ir com eles e não pode mover seu corpo, chorando de raiva e desolação, caiu ao solo e perdeu os sentidos.
Quando voltou a si estava na ladeira da montanha de Ben Bulban e durante dias buscou aquele vale verde, até que os cães o encontraram. Finn se deu conta de que era seu próprio filho e o chamou Oisin, pequeno cervo. Foi conhecido como guerreiro e grande compositor de canções e fábulas.Wikepédia.

FREIHEIT.


FREIHEIT (Tradução).


Se você andar pelas ruas
Tu deverás estar tranquilo
se você fizer o que você sonhar
Tu deverás estar tranquilo
se você ver o que você pensa
Tu deverás estar tranquilo
se você dizer o que pensa
Tu deverás estar tranquilo

Se você acha que vivemos
Tu deverás estar tranquilo
se você amar o que você beijos
Tu deverás estar tranquilo
Se você sabe que você é
Tu deverás estar tranquilo
se você sentir que você está diferente
então você gritar bem alto

Liberdade
Eu não será silenciosa
Liberdade
Eu quero gritar bem alto
Liberdade
Eu não será silenciosa
Liberdade
Eu quero gritar bem alto

se você sabe o que você quiser
Tu deverás estar tranquilo
se você ver o que você odeia
Tu deverás estar tranquilo
Se você acha que espero
Tu deverás estar tranquilo
se você sentir que você está diferente
então você gritar bem alto

Liberdade ...

Se eu sinto que eu morrer
então eu serei calma
Se eu sinto que eu vivo
então vou gritar bem alto

Liberdade ...

An deiner Seite Unheilig.


Unheilig - An deiner Seite (Premiere)
Carregado por bloodysanctuary. - Videos de musica, clipes, entrevista das artistas, shows e muito mais.

An deiner Seite (Tradução).


Fique calma meu coração
Não fique assustada
Eu sou um amigo
Que quer conversar contigo.

Tenho aguardado e tido esperança
Por esse momento que talvez nunca venha
Que simplesmente passa
Ou talvez nunca aconteça.

Eu olho para trás
Em um belo momento
Você foi o refúgio
E o berço do meu ser
Você tem lutado
E compartilhado cada momento comigo
Estou orgulhoso
De estar contigo agora.

Capturo uma imagem sua
E fecho os olhos
Então os espaços não estão mais vazios
Simplesmente deixo tudo de lado
Capturo uma imagem sua
E este único momento
Continua sendo a propriedade da minha mente
O Céu nunca o terá de volta.

Você veio a mim
Antes mesmo de qualquer primeiro som
Quando a ampulheta parecia inesgotável
Você tem vivido
Lutado comigo em cada tempestade
Nunca exigindo nada
Apenas dando e doando.

Você me mostrou
O que é realmente importante
Você sorriu para mim
Com o seu olhar calmo
Sem qualquer palavra
Mas cheio de amor e vida
Há muito de você em mim.

Eu olho para trás
Em um belo momento
Você foi o refúgio
E o berço do meu ser
Você tem lutado
E compartilhado cada momento comigo
Estou orgulhoso agora
Por estar ao seu lado.

Capturo uma imagem sua
E fecho os olhos
Então os espaços não estão mais vazios
Simplesmente deixo tudo de lado
Capturo uma imagem sua
E este único momento
Continua sendo a propriedade da minha mente
O Céu nunca o terá de volta.

Eu olho para trás
Em um belo momento
Você foi o refúgio
E o berço do meu ser
Você tem lutado
E compartilhado cada momento comigo
Estou orgulhoso agora
Por estar ao seu lado.

Capturo uma imagem sua...

Eu olho para trás
Em um belo momento
Você foi o refúgio
E o berço do meu ser
Você tem lutado
E compartilhado cada momento comigo
Estou orgulhoso agora
Por estar ao seu lado.

Estou deixando você ir
E desejo-lhe toda a sorte do mundo
Neste momento
Você é a única coisa que conta
Deixe-se cair
E simplesmente adormecer
Estarei sempre ao seu lado.

Vem..


Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.
Sem exibir os dentes,
sorri comigo, como um botão de rosa.
Entendamo-nos pelos pensamentos,
sem língua, sem lábios.
Sem abrir a boca,
contemo-nos todos os segredos do mundo,
como faria o intelecto divino.
Fujamos dos incrédulos
que só são capazes de entender
se escutam palavras e vêem rostos.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Como podes dizer à tua mão: "toca",
se todas as mãos são uma?
Vem, conversemos assim.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
Jalaluddin Rumi.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Max Heindel.


Max Heindel nasceu na família da real dos Von Grasshofs, que estavam ligados à Corte Germânica durante a vida do Princípe Bismark. O seu pai, François L. von Grasshoff, emigrou, ainda em jovem, para Copenhague, Dinamarca, onde casou com uma mulher da nobreza dinamarquesa. Tiveram dois filhos e uma filha. O mais velho destes filhos era Carl Louis von Grasshof, que viria mais tarde a adoptar o nome "Max Heindel", quando de sua imigração para os Estados Unidos. O seu pai faleceu quando Max Heindel tinha seis anos de idade, deixando a mãe com três filhos pequenos e em circunstâncias muito difícies. A sua infância foi vivida numa pobreza remediada,sendo que a sua mãe fazia um grande sacrifício para que o pequeno rendimento que tinha chegasse para proporcionar tutores privados aos seus filhos e sua filha. Era sua intenção dar-lhes uma educação apropriada para que estes pudessem, um dia mais tarde, ocupar o seu lugar por direito de nascença como membros da nobreza.
Experiência de vida.
Aos dezesseis anos, recusando um futuro que se previa entre a classe da nobreza, deixou a casa materna para entrar nos estaleiros navais de Glasgow, na Escócia, e aí aprender a profissão de engenharia. Cedo foi escolhido para Engenheiro Chefe de um navio comercial, posição que o levou a viagens por todo o mundo e lhe proporcionou uma grande conhecimento acerca do mundo e dos seus povos. Posteriormente, durante alguns anos foi Engenheiro Chefe de um dos maiores navios a vapor de passageiros da Cunard Line, que fazia a travessia entre a América e a Europa. De 1895 a 1901 tornou-se engenheiro consultor em Nova Iorque, embora não tivesse êxito, e durante este tempo teve um casamento efêmero, que terminaria com a morte de sua esposa, em 1905. Deste casamento nasceram um filho e duas filhas.
Max Heindel mudou-se para Los Angeles, Califórnia, em 1903, para procurar trabalho. Entretanto, devido ao sofrimento durante a sua dura infância, que inclusive lhe trouxe problemas de saúde que nunca ficaram sarados, e a acontecimentos infelizes na sua vida recente, começou nesta altura a crescer em seu íntimo a necessidade de compreender as causas dos sofrimentos da humanidade. Nesta fase de sua vida interessou-se pelo estudo da metafísica e, após ter presenciado um conjunto de palestras pelo teosofista C.W. Leadbeater, juntou-se à Sociedade Teosófica de Los Angeles, da qual foi vice-presidente em 1904 e 1905. Tornou-se também vegetariano e iniciou o estudo da astrologia, tendo descoberto nela a chave com a qual conseguia desvendar os mistérios na natureza interna do homem. Nesta altura conheceu Augusta Foss que se interessava também por linhas similares de pesquisa e pela astrologia; ela viria a ser a sua futura esposa. Contudo, a sobrecarga de trabalho neste período e privações por que passava trouxeram-lhe um problema cardíaco severo que durante meses o colocou entre a vida e a morte. Após a recuperação verificou que se encontrava mais sensível do que nunca às necessidades da humanidade. Diz-se que durante este periodo em que se encontrava internado, terá passado a maior parte do tempo fora do corpo, procurando e trabalhando conscientemente nos planos invisíveis.
De 1906 a 1907 começou, por iniciativa própria, um conjunto de conferências para divulgar o seu conhecimento do oculto. Estas conferências inciaram-se primeiro em São Francisco e depois na parte norte dos Estados Unidos da América em Seattle. Após uma série de conferências nesta última cidade, foi novamente forçado a passar algum tempo no hospital com novo problema cardíaco. Mesmo assim, quando ainda em recuperação, continuou o seu trabalho de conferências na parte noroeste do país.
Iniciado Rosacruz.
No Outono de 1907, durante um período de conferências de bastante sucesso, viajou para a Berlim, Alemanha com a sua amiga Alma von Brandis, que durante vários meses o tentava persuadir para assistir a um ciclo de conferências de um professor do oculto chamado Rudolf Steiner. Durante a sua estadia na Alemanha, Heindel nutriu uma grande estima pela personalidade deste conferencista, conforme mais tarde o expressa numa dedicatória da sua obra magna, mas simultaneamente entendeu que este professor tinha pouco para lhe oferecer. Foi então, já decidido em sua mente a retornar e desiludido por haver parado o trabalho de sucesso que se encontrava a desenvolver na América para poder fazer esta viagem, que Heindel reporta haver sido visitado por um Ser Espiritual (envolvido no corpo vital).
Este suposto Ser identifica-se posteriormente como um Irmão Maior da Ordem Rosacruz. Conforme Heindel posteriormente menciona, este Irmão Maior facultou-lhe informação concisa e lógica que estava para além do que ele seria capaz de escrever. Mais tarde soube que durante a visita anterior ele foi colocado, sem o disso ter noção, perante um teste para determinar o seu mérito para ser mensageiro dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Ele conta que apenas após este teste lhe terá sido dada instrução de como alcançar o Templo etérico da Rosa Cruz, na Baviera, próximo à fronteira com a Boémia, e neste Templo Max Heindel teria estado em comunicação directa e sob instrução pessoal dos Irmãos Maiores da Ordem Rosa Cruz. A Ordem Rosacruz é descrita como sendo composta por doze Imãos Maiores, reunidos em torno de um décimo terceiro que é a Cabeça invísivel da Ordem. Estes grandes Adeptos, pertencentes à evolução humana mas havendo avançado muito para além do ciclo do renascimento, são descritos como pertencedo ao conjunto de exaltados Seres que guiam a evolução da humanidade, os Seres Compassivos.
Obra magna.
Conceito Rosacruz do Cosmos.
Heindel voltou à América no verão de 1908 onde de imediato iniciou a formulação dos Ensinamentos Rosacruzes, que, segundo ele, havia recebido dos Irmãos Maiores, tendo-os publicados em um livro intitulado Conceito Rosacruz do Cosmos em 1909. É uma obra de referência na prática do Cristianismo místico e na literatura de estudo do ocultismo, contendo os fundamentos do Cristianismo esotérico numa perspectiva Rosacruz. O Conceito contém um esboço detalhado dos processos de evolução do homem e do universo, correlacionando ciência com religião.
Escola esotérica.
Fraternidade Rosacruz (Max Heindel)
De 1909 a 1919, sofrendo de um grave problema de coração e com uma situação financeira adversa, diz-se que Max Heindel conseguiu realizar a grande obra para os Irmãos da Rosa Cruz, com o auxílio, apoio e inspiração de Augusta Foss, a quem se juntou em casamento em 1910. Deu palestras de muito sucesso sobre os ensinamentos rosacruzes e enviou lições de correspondência para os estudantes, que entretanto haviam formado grupos de estudo em várias cidades, escreveu volumes (que se encontram traduzidos para muitas línguas pelo mundo) e fundou a Fraternidade Rosacruz em 1909/1911 em 'Mount Ecclesia' Mount Ecclesia, Oceanside (California); publicou a revista Cristã esotérica Rays from the Rose Cross em 1913 e, acima de tudo, lançou o Serviço de Cura Espiritual da Fraternidade.
Por último, é digno de menção que o trabalho preparado por Max Heindel, tem sido, desde então, continuado pelos estudantes dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que, como Auxiliares Invisíveis da humanidade, assistem os Irmãos Maiores da Ordem da Rosa Cruz a realizar a Cura Espiritual por todo o mundo. Este é referido com o trabalho especial na qual a Ordem Rosacruz está interessada [1] e é providenciado de acordo com os comandos de Cristo, nomeadamente, "Pregai o evangelho e curai os doentes". Escritos de ocultismo.
OBRAS ESCRITAS.
* Conceito Rosacruz do Cosmos, Novembro de 1909.
* Astrodiagnose.
* Astrologia Científica Simplificada.
* Cartas aos Estudantes.
* Colectâneas de um Místico.
* Como Conheceremos Cristo Quando Ele Voltar?
* Corpo de Desejos.
* Corpo Vital.
* Cristianismo Rosacruz.
* Ensinamentos de um Iniciado.
* Espíritos e as Forças da Natureza.
* Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas.
* Iniciação Antiga e Moderna.
* Interpretação Mística da Páscoa.
* Interpretação Mística do Natal.
* Maçonaria e Catolicismo.
* Mensagem das Estrelas.
* Mistérios da Grandes Óperas.
* Mistérios Rosacruzes.
* Princípios Ocultos de Saúde e Cura.
* Princípios Rosacruzes para a Educação Infantil.
* Teia (ou Véu) do Destino.
* H.P. Blavatsky e a Doutrina Secreta. Introdução de Manly P. Hall

Divina Discórdia.


Quando o nome Fausto é mencionado, a maioria das pessoas pensa imediatamente na representação teatral da obra de Gounod. Alguns admiram a música, porém a história em si mesma não parece impressioná-los. A primeira vista, parece ser a história, infelizmente muito comum, de um indivíduo sensual que seduz uma jovem confiante e depois a abandona, deixando-a expiar sua loucura e sofrer por ter confiado nele. O toque de magia e encantamento que permeia a obra é considerado por muitos como simples fantasia de um autor, que as usou para tornar mais interessantes as sórdidas condições apresentadas.
Quando Fausto é levado por Mefistófeles para o submundo e Margarida é levada, no final da peça, para o céu em asas angelicais, parece prevalecer apenas o sentido moral comum, para dar à história um fim sentimental.
Uma minoria sabe que a ópera de Gounod é baseada no drama escrito por Goethe. E os que estudaram as duas partes de sua apresentação de Fausto, percebem a diferença entre a idéia original e a que foi apresentada na peça. Esses poucos, que são místicos iluminados, vêem na obra de Goethe a mão inconfundível de um Iniciado esclarecido, e percebem plenamente o grande significado cósmico nela contido.
Devemos entender que a história de Fausto é um mito tão antigo quanto a humanidade. Goethe apresentou-a envolta numa verdadeira luz mística, iluminando um dos maiores problemas da época, o relacionamento e luta entre a Franco-Maçonaria e o Catolicismo, que apresentamos sob outro ponto de vista num livro anterior.
Dissemos diversas vezes em nossa literatura, que um mito é um símbolo velado que encerra uma grande verdade cósmica, uma concepção que difere radicalmente da que é geralmente aceita. Do mesmo modo que damos livros ilustrados para nossas crianças para transmitir-lhes lições além de sua capacidade intelectual, também os grandes Mestres deram à humanidade infantil estes símbolos pictóricos, e, assim, inconscientemente para a humanidade, uma percepção dos ideais apresentados foi gravada em nossos veículos mais sutis.
Assim como uma semente germina oculta no solo antes que possa florescer acima da superfície da terra, do mesmo modo essas gravações traçadas pelos mitos sobre nossas sutis e invisíveis vestes colocaram-nos num estado de receptividade que nos leva prontamente a ideais mais altos e eleva-nos acima das condições mesquinhas do mundo material. Estes ideais teriam sido sufocados pela natureza inferior se não tivessem sido preparados durante eras pela influência legítima de mitos tais como Fausto, Parsifal e narrações semelhantes.
Semelhante à história de Job, a cena do mito de Fausto tem seu início no céu, com a convocação dos Filhos de Seth, entre eles Lúcifer. O final é também no céu como o apresentou Goethe. Como é muito diferente daquilo que é representado comumente no palco, estamos face a face com um problema gigantesco. Na realidade, o mito de Fausto retrata a evolução da humanidade durante a época presente. Também nos mostra como os Filhos de Seth e os Filhos de Caim representam sua parte no trabalho do mundo.
O autor tem o hábito de ater-se e concentrar-se o mais possível sobre cada assunto que está expondo. Mas, algumas vezes, as circunstâncias justificam o afastamento do tema principal, como agora acontece com o mito de Fausto. Se fôssemos discorrer sobre ele, apenas no que se refere à Franco-Maçonaria e ao Catolicismo, teríamos que voltar ao tema mais tarde, para iluminar outros pontos de vital interesse como o desabrochar da alma e o trabalho da raça humana. Esperamos, portanto, que as digressões não sejam criticadas.
Na cena de abertura, três dos Filhos de Deus, Espíritos Planetários, são vistos curvando-se ante o Grande Arquiteto do Universo, cantando a música das esferas em sua adoração ao Ser Inefável, que é a fonte de vida, o autor de todas as manifestações. Goethe apresenta um desses sublimes Espíritos estelares dizendo:
"O Sol entoa sua velha canção,
Entre os cânticos rivais das esferas irmãs,
Seu caminho predestinado vai trilhar
Através dos anos, em retumbante marchar".
Modernos instrumentos científicos foram inventados, por meio dos quais, em testes de laboratório, ondas de luz são transmutadas em som, demonstrando assim no Mundo Físico o aforismo místico da identidade dessas manifestações. O que antes era evidente apenas para o místico capaz de elevar sua consciência para a Região do Pensamento Concreto, agora também é percebido pelos cientistas. Portanto, o canto das esferas, primeiramente mencionado por Pitágoras, não deve ser encarado como uma idéia vaga concebida por uma imaginação poética, nem como uma alucinação de um cérebro demente.
Goethe pôs um significado em toda a palavra que proferiu. As estrelas têm, cada uma, sua própria nota-chave e viajam em torno do Sol à velocidades tão diversas que suas posições de agora não se repetirão até que se passem 27.000 anos. Assim, a harmonia dos céus muda a cada momento e, ao mudar, o mundo altera também suas idéias e ideais. A dança circular das orbes em movimento, ao som da sinfonia celestial criada por elas, marca o progresso do homem ao longo do caminho que chamamos evolução.
Mas é uma idéia errada pensar que a harmonia constante é agradável. A música assim expressa tornar-se-ia monótona; ficaríamos fatigados com a harmonia contínua. Na verdade, a música perderia seu atrativo se não fossem as dissonâncias entremeadas freqüentemente. Quanto mais próximo da dissonância o compositor puder chegar, sem realmente incorporá-la à partitura, mais agradável será sua composição quando esta criar vida através de instrumentos musicais. O mesmo acontece no canto das esferas; nós nunca atingiríamos a individualidade para a qual toda a evolução se dirige, sem a dissonância divina.
Portanto, o Livro de Job designa Satã como sendo um dos Filhos de Deus. E o mito de Fausto fala de Lúcifer como estando presente também na convocação que ocorre no capítulo inicial da história. Dele vem a nota salvadora de dissonância que forma um contraste na harmonia celestial, e, como a luz mais brilhante provoca a sombra mais densa, a voz de Lúcifer realça a beleza do canto celestial.
Enquanto os outros Espíritos Planetários inclinam-se em adoração quando contemplam as obras do Mestre Arquiteto reveladas no Universo, Lúcifer emite a nota de crítica, de censura, nas palavras dirigidas contra a obra-prima de Deus, o rei das criaturas, o homem:
"Dos sóis e dos mundos nada tenho a dizer,
Vejo apenas quanto o homem se atormenta:
Esse pequeno deus do mundo, sua marca quer reter,
Tão surpreendente agora como no primeiro dia.
Pobre ser, se ele pudesse ter-se afastado, melhor seria,
Tivesses Tu conservado nele a luz celestial,
Que ele chama de razão mas não a usa,
E cresce mais grosseiro que o irracional".
Considerado sob o ponto de vista de gerações anteriores, isto pode soar como sacrilégio, mas, sob a luz dos tempos modernos, podemos entender que mesmo num ser tão exaltado que é designado pelo nome de Deus, deve haver crescimento. Podemos sentir o esforço para maiores aptidões, a contemplação de futuros universos oferecendo maiores facilidades para a evolução de outros Espíritos Virginais, que são o resultado das imperfeições notadas no esquema de manifestação por seu exaltado Autor. Além disso, como "em Deus vivemos, nos movemos e temos nosso ser", assim também a nota dissonante emitida pelos Espíritos de Lúcifer elevar-se-ia dentro Dele. Não seria um agente externo que chamaria a atenção para erros ou O censuraria, mas Seu próprio e divino reconhecimento de uma imperfeição a ser transmutada em bem maior.
Lemos na Bíblia que Job era um homem perfeito, e no mito de Fausto, o detentor do papel principal é designado como um servidor de Deus, pois naturalmente o problema do desabrochar, de maior crescimento, deve ser solucionado pelos mais avançados. Pessoas comuns, ou aqueles que estão mais baixo na escala da evolução, ainda têm que percorrer a parte da estrada já vencida por outros, como Fausto e Job, que são a vanguarda da raça e que são considerados pela humanidade comum da mesma maneira que Lúcifer os descreve, isto é, como tolos e esquisitos.
"Pobre tolo, sua comida e bebida não são da terra,
UM impulso interno para a frente o empurra;
Ele próprio, meio consciente de seu humor exaltado.
Pela mais linda estrela do céu tem ansiado.
O melhor e o mais alto da terra tem desejado,
E tudo o que está perto e está longe, do mesmo jeito;
Nada pode acalmar os anseios do seu peito".
Para tais pessoas deve ser aberto um novo e mais elevado caminho para lhes dar maiores oportunidades de crescimento; daí a resposta de Deus:
"Embora, em perplexidade, ele me sirva agora,
Para onde aparecer a luz, Eu logo o guiarei;
Quando a árvore nova tiver brotos, o jardineiro sabe,
Com flores e frutos seus anos vindouros beneficiarei".
Max Heindel.

A Esfinge e a Cruz.


O grande Enigma dos séculos antigos, a esfinge, depois de ter feito a volta ao mundo sem achar repouso, parou ao pé da cruz, este outro grande enigma; e há dezoito séculos e meio a contempla e medita.
Que é o homem? - pergunta a esfinge à cruz, - e a cruz responde à esfinge, perguntando-lhe: - Que é Deus?
Já dezoito vezes, o velho Ahasverus fez também a volta do globo; e, no fim de todos os séculos, e no começo de todas as gerações, passa perto da cruz muda e diante da esfinge imóvel e silenciosa.
Quando estiver cansado de caminhar sempre, sem nunca chegar, é aí que ele repousará, e então a esfinge e a cruz falarão por sua vez para o consolar. Eu sou o resumo da sabedoria antiga - dirá a esfinge. - Sou a síntese do homem. Tenho uma fronte que pensa e peitos que se inflamam de amor; tenho garras de leão para a luta, flancos de touro para o trabalho e asas de águia para subir à luz. Só fui entendida nos tempos antigos pelo cego voluntário de Tebas, este grande símbolo da misteriosa explanação que devia iniciar a humanidade à eterna justiça; mas agora o homem não é mais o filho maldito que um crime original faz expor à morte do Cytheron; o pai veio, por sua vez, expiar o suplício do filho; a sombra de Laios gemeu com os tormentos de édipo; o céu explicou ao mundo o meu enigma nesta cruz. é por isso que eu me calo, esperando que ela mesma se explique ao mundo: repousa, Ahasverus, porque é aqui o termo da tua dolorosa viagem. Eu sou a chave da sabedoria futura - dirá a cruz. - Sou o signo glorioso do stauros que Deus fixou nos quatro pontos cardiais do céu, para servir de duplo eixo ao universo. Expliquei na Terra o enigma da esfinge, dando aos homens a razão da dor: consumei o simbolismo religioso, realizando o sacrifício. Eu sou a escada sangrenta pela qual a humanidade sobe a Deus e pela qual Deus desce aos homens. Eu sou a árvore do sangue, e as minhas raízes o bebem em toda a terra, para que não seja perdido, e forme nos meus braços frutos de devotamento e de amor. Sou o sinal da glória, porque revelei a honra; e os príncipes da terra me penduraram ao peito dos bravos. Um dentre eles me deu um quinto braço para fazer de mim uma estrela; mas sempre me chamo a cruz. Talvez aquele que foi o mártir da glória previa o sacrifício, e queria, acrescentando um braço à cruz, preparar um encosto para a sua própria cabeça ao lado da do Cristo. Estendo os meus braços tanto à direita como à esquerda, e espalhei igualmente as bênçãos de Deus sobre Madalena e sobre Maria; ofereço a salvação aos pecadores, e aos justos a graça nova; espero Caim e Abel para os reconciliar e unir. Devo servir de ponto de ligação entre os povos, e devo presidir ao último julgamento dos reis; sou o resumo da lei, porque trago escrito nos meus braços: Fé, Esperança e Caridade. Sou o resumo da ciência, porque explico a vida humana e o pensamento de Deus. Não temas, Ahasverus, não mais temas minha sombra; o crime do teu povo tornou-se o do universo, porque também os cristãos crucificaram o seu Salvador; eles o crucificaram, lançando aos pés a sua doutrina de comunhão; eles o crucificaram na pessoa dos pobres; eles o crucificaram, maldizendo a ti próprio e prescrevendo o teu exílio; mas o crime de todos os homens os envolve no mesmo perdão; e tu, o Caim humanitário, tu, o mais velho dos que a cruz deve resgatar, vem repousar embaixo de um dos seus braços ainda tinto do sangue redentor! Depois de ti, virá o filho da segunda sinagoga, o pontífice da lei nova, o sucessor de Pedro; quando as nações o tiverem proscrito como tudo, quando não houver senão a coroa do martírio, e quando a perseguição o tiver feito submisso e dócil como justo Abel, então virá Maria, a mulher regenerada, a mãe de Deus e dos homens; e ela reconciliará o judeu errante com o último papa, depois começará de novo a conquista do mundo para dá-lo aos seus dois filhos. O amor regenerará as ciências, e razão e a fé. Então serei a árvore do paraíso terrestre, a árvore da ciência do bem e do mal, a árvore da liberdade humana. Os meus imensos ramos cobrirão o mundo inteiro, e as populações afadigadas descansarão debaixo da minha sombra; os meus frutos serão o alimento dos fortes e o leite das criancinhas; e as aves do céu, isto é, os que passam cantando, levados nas asas da inspiração sagrada, estes repousarão nos meus ramos, sempre verdes e carregados de frutos. Repousa, pois, Ahasverus, na esperança deste belo porvir; porque é aqui o termo da tua dolorosa viagem.
Então o judeu errante, sacudindo o pó de seus pés doloridos, dirá à esfinge:
Eu te conheço desde há muito! Ezequiel te via outrora, atrelada a esta carruagem misteriosa que representa o universo e cujas rodas estreladas giram umas nas outras; realizei uma segunda vez os destinos errantes do órfão do Cytheron; como ele, matei meu pai, sem o conhecer; quando o deicídio se realizou e quando chamei sobre mim a vingança do seu sangue, me condenei a mim mesmo à cegueira e ao exílio. Eu fugia de ti e te procurava sempre, porque era a primeira causa das minhas dores. Mas tu viajavas penosamente como eu, e, por caminhos diferentes, devíamos chegar juntos; bendito sejas tu, ó gênio das antigas idades, por me haveres levado ao pé da cruz!
Depois, dirigindo-se à própria cruz, Ahasverus dirá, enxugando a sua última lágrima:
Desde há dezoito séculos te conheço, porque eu te vi levada pelo Cristo que sucumbiu sob este fardo. Abanei a cabeça e te blasfemei então, porque ainda não tinha sido iniciado à maldição; era preciso à minha religião o anátema do mundo para lhe fazer compreender a divindade do maldito; é por isso que sofri com coragem meus dezoito séculos de expiação, vivendo e sofrendo sempre no meio das gerações que morriam ao redor de mim, assistindo à agonia dos impérios e atravessando todas as ruínas e olhava sempre com ansiedade para ver se não estavas caída; e depois de todas as convulsões do mundo, sempre te via de pé! Mas não me aproximava de ti, porque os grandes do mundo ainda te haviam profanado, e feito de ti o patíbulo da Liberdade santa! Não me aproximava de ti, porque a Inquisição tinha entregue meus irmãos à fogueira em presença da tua imagem; não me aproximava de ti, porque não falavas, ao passo que os falsos ministros do céu falavam, em teu nome, de danação e vinganças; e eu só podia ouvir as palavras de misericórdia e união! Por isso, desde que a tua voz chegou ao meu ouvido, senti meu coração mudado e a minha consciência se acalmou! Bendita seja a hora salutar que me levou ao pé da cruz!
Então uma porta se abrirá no céu e a montanha do Gólgota será o seu sólio e, diante desta porta, a humanidade verá, com admiração, a cruz irradiante guardada pelo judeu errante, que terá deposto a seus pés o seu bastão de viagem, e pela esfinge, que estenderá as suas asas e terá os olhos brilhantes de esperança, como se fosse tomar um novo vôo e se transfigurar!
E a esfinge responderá à pergunta da cruz, dizendo: - Deus é aquele que triunfa do mal pela prova de seus filhos, aquele que permite a dor, porque possui em si o remédio eterno; Deus é aquele que é, e diante de quem o mal não existe.
E a cruz responderá ao enigma da esfinge: - O homem é o filho de Deus que se imortaliza ao morrer, e que se liberta, por um amor inteligente e vitorioso, do tempo e da morte; o homem é aquele que deve amar para viver, e que não pode amar sem ser livre; o homem é o filho de Deus e da Liberdade! “Dogma e Ritual de Alta Magia”, de Eliphas Levi.