quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Lilith.A infernal Deusa da Bruxaria.
Lilith é provavelmente o demónio feminino mais conhecido nos círculos do oculto, e também provavelmente um dos mais temidos seres espirituais.
Lilith encontra-se amplamente retratada nas lendas e mitologias hebraicas, tendo sido na antiguidade um dos mais temidos anjos negros, o demónio feminino tão terrivelmente receado que o seu nome não era sequer invocado.
Lilith foi a primeira mulher criada pela mão de deus, mesmo antes de Eva. Lilith foi por isso a primeira esposa de Adão.
Contudo ao contrário de Eva que foi criada a partir da costela de Adão, Lilith foi gerada do mesmo barro que Adão, e por isso era um ser em pé de igualdade com Adão.
Por assim ser, Lilith era um ser feminino independente e á mesma escala de Adão, o que desagradou ao seu esposo humano.
Lilith era livre, irresistivelmente bela e cheia de luxúria, sendo que se recusava a sujeitar sexualmente a Adão, ou sequer e submeter á sua suposta superioridade, ( Lilith recusava-se a ficar debaixo de Adão durante o coito, sendo que Adão não aceitava essa posição de inferioridade do macho ), o que muito desagradava ao primeiro homem.
Farta do machismo dominador de Adão, Lilith abandonou o Paraíso e fugiu para o Mar Vermelho, onde viveu em liberdade. Lilith ali conheceu e manteve relações com diversos demónios.
Ao perceber que a sua esposa tinha fugido, Adão chorosamente pediu ajuda a Deus. Deus ouviu os lamentos de Adão, e enviou três anjos para ir buscar Lilith ao mar vermelho e faze-la regressar para junto do seu esposo.
Quando os 3 anjos encontraram Lilith, ela maliciosamente respondeu que já não poderia regressar ao paraíso para viver na companhia do marido, pois já tinha desgraçado a sua honra de esposa nas suas prostituições com os demónios.
A resposta era inegavelmente verdadeira, e não havia como negar que as regras de Deus haviam sido violadas. Lilith usou as regras do Criador em seu proveito com inteligência, conseguindo assim manter a sua liberdade.
Lilith continuou assim a viver com os demónios, prostituindo-se com eles e dando origem a filhos igualmente demoníacos.
Lilith_sucubus
Adão ficou só, e Deus achou que isso não era bom.
Assim, segundo algumas tradições mitológicas hebraicas, foi então criada Eva.
Como conta o Livro de Génesis, a historia não ficou por aqui. Também Eva foi seduzida por Lúcifer, e algumas correntes teológicas defendem que dessa relação nasceu Caim.
Certas mitologias dizem também que verdadeiro o motivo que levou Lilith a abandonar o paraíso foi ter-se apaixonado por Samael, o anjo da morte. Samael deu-lhe a conhecer o prazer Adão não era capaz de oferecer. Lilith, enquanto um ser feminino de grande luxúria, apaixonou-se irremediavelmente pelo anjo. Em troca das relações sexuais, o anjo deu a Lilith não só o nome secreto de Deus, como também toda a sabedoria mística e magica.
Foi com o poder que deriva do nome de Deus que Lilith obteve a chave para sair do paraíso e fugir de Adão, ao passo que foi com a sabedoria da magia negra que Lilith conseguiu invocar os demónios com quem se prostituiu, e assim conseguiu grande e terrível poder sobrenatural.
Lilith foi por isso a primeira bruxa da humanidade, e é a padroeira de todas as bruxas.
Ao contrário de Eva que morreu como um ser humano mortal, Lilith alcançou a imortalidade tendo casado com Samael, ao passo que tornando-se amante de Lúcifer.
Lilith é um demónio feminino de uma irresistível beleza, sendo que rezem certas mitologias hebraicas e gnósticas, que Lilith é uma das 5 amantes de Lúcifer.
Mais que isso, Lilith é a concubina preferida de Lúcifer.
Outras mitologias apontam Lilith com a esposa de Samael, aquele que é o anjo da morte. Samael encontra-se referido indirectamente na Bíblia, no II Livro de Samuel, sendo que o seu nome significa «a ira de Deus», ou o «veneno de Deus».
Consta em certas tradições místicas hebraicas, que Deus aceitou o casamento entre Lilith e Samael, sendo que em virtude desse matrimónio, transformou Lilith, ( a primeira mulher criada por Deus), de mera humana mortal em anjo caído e imortal.
Contudo, Deus castrou o anjo Samael como forma de eterna punição pela transgressão de ambos, porquanto Lilth era humana quando Samael a possuiu, e as relações carnais e amorosas entre anjos e mulheres são proibidas pela Lei de Deus – veja-se que segundo o livro de Enoch, o dilúvio sucedeu porque um grupo de 200 anjos desertou do céu e casou com mulheres, possuindo-as e tendo com elas filhos que povoaram a terra, aqueles chamados de nefilins.
O mesmo nome, de acordo com as tradições assírio -babilónicas, significa «demónio feminino» ou «espírito dos ventos». Na antiguidade, Lilith foi igualmente associada ás deusas lunares, e consequentemente tanto ao mundo dos espíritos ou dos mortos, como ao mais temível poder da magia negra.
Em certos círculos ocultistas, Lilith é uma das entidades espirituais mais invocadas para presidir a rituais e celebrações de magia negra, da mesma forma que entidades como pomba gira, são regularmente conjuradas em trabalhos espirituais de magia vermelha. Também de acordo com certas teses ocultistas, para alem de padroeira das bruxas, Lilith é igualmente tida como a responsável pela reencarnação das bruxas, concedendo ás que são do seu agrado a vida eterna, intercedendo junto de Lúcifer para que a imortalidade seja concedida ás suas seguidoras predilectas.WIKEPÉDIA.
Pantáculos dos Anjos.
A palavra "pantáculo" deriva do grego Pantos e Kleos, que significam "obra gloriosa".
Os Pantáculos são símbolos que possuem um significado de natureza mágica ou esotérica, cada um com as suas características e atribuições, destinados a um ritual específico.
Considera-se que os pantáculos pertencem à classe da Alta Magia.
Há quem lhes chame de pentáculos, no entanto no entender ocultista, estes últimos têm um significado mais restrito: apenas são considerados “pentáculos” a estrela de 5 pontas, a que também se chama pentagrama, e o Tetragramaton, desde que devidamente envolvidos por um círculo.
Nos tratados de magia, dá-se o nome de Pantáculo a um selo mágico, impresso em diversos materiais (como pergaminhos, peles de animais, tecidos, metais preciosos, pedras…). Considera-se que os Pantáculos têm relação com determinadas realidades invisíveis, cujos poderes eles permitem compartilhar.
Os pantáculos são também símbolos gráficos dos planetas e dos seres espirituais, que regem e dirigem esses corpos planetários. Tais seres podem ser chamados de Anjos, Arcanjos, Querubins, Potestades etc.
Os pantáculos seriam armas brancas vinculadas à proteção, saúde, prosperidade financeira, sorte…sendo assim utilizados como poderosos talismãs de protecção. Podem ser colocados em casa, no local de trabalho, no carro, ou simplesmente pode trazê-los consigo.
O maior criador de pantáculos foi o rei Salomão.
A maior colecção de pantáculos vem do Grimório: as Clavículas de Salomão.
Os Pantáculos Mágicos apresentados a seguir foram recolhidos pelo Abade Julio Houssay de livros antigos, os Benedicionais, que continham estes símbolos mágicos criados na Idade Média.
Arcanjo Miguel.
Poderoso signo contra os malefícios do demônio. Para quem esteja atormentado por causa desconhecida. Também pode ser empregado para descobrir coisas ocultas.
Arcanjo Gabriel.
Signo de paz, boa saúde e sucesso em toda empreitada. Acalma os desentendimentos, as disputas e os combates.
Arcanjo Rafael.
Para a cura de todas as moléstias psicológicas. Este signo defende contra as adversidades, contra um inimigo pessoal conhecido e as força naturais descontroladas
Anjo da Guarda.
Poderoso signo para vencer as insónias, pesadelos, inquietações e angústias inexplicadas.
Anjo da Justiça.
Contra litígios, processos e ataques injustificados de pessoas mal-intencionadas.
Anjo da Prece.
Quem se encontra submerso nas águas amargas da dor deve invocá-lo para que sua alma se eleve e não se abata jamais. Este signo é bom contra os reverses da fortuna causados por inimigos ou pela própria imprudência.
Do Livro das Orações Mágicas, de autoria do Abade Julio Houssay.
O CORVO.
Numa meia-noite cava, quando, exausto, eu meditava
Nuns estranhos, velhos livros de doutrinas ancestrais
E já quase adormecia, percebi que alguém batia
Num soar que mal se ouvia, leve e lento, em meus portais.
Disse a mim: "É um visitante que ora bate em meus portais´-
É só isto, e nada mais."
Ah! tão claro que eu me lembro! Era um frio e atroz dezembro
E as chamas no chão, morrendo, davam sombras fantasmais,
E eu sonhava logo o alvor e pra acabar com a minha dor
Lia em vão, lembrando o amor desta de dons angelicais
A qual chamam Leonora as legiões angelicais,
Mas que aqui não chamam mais.
E um sussurro triste e langue nas cortinas cor de sangue
Assustou-me com tremores nunca vistos tão reais,
E ao meu peito que batia eu mesmo em pé me repetia:
"É somente, em noite fria, um visitante aos meus portais
Que, tardio, pede entrada assim batendo aos meus portais.
É só isto, e nada mais.
Neste instante a minha alma fez-se forte e ganhou calma
E "Senhor" disse, ou "Senhora, perdoai se me aguardais,
Que eu já ia adormecendo quando viestes cá batendo,
Tão de leve assim fazendo, assim fazendo em meus portais
Que eu pensei que não ouvira" - e abri bem largo os meus portais: -
Treva intensa, e nada mais.
Longamente a noite olhei e estarrecido me encontrei,
E assustado, tive sonhos que ninguém sonhou iguais,
Mas total era o deserto e ser nenhum havia perto
Quando um nome, único e certo, sussurrei entre meus ais -
- "Leonora" - esta palavra - e o eco a repôs entre meus ais.
E isto é tudo, e nada mais.
Para o quarto então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Logo ouvi mais uma vez alguém batendo em tons iguais.
- "Certamente este ruído da janela é que é partido.
Nela irei, e esclarecido então serei destes sinais.
Sorverá o meu coração o desvendar destes sinais. -
Isto é o vento, e nada mais."
A janela abri então, quando, em estranha vibração,
Um altivo Corvo entrou, como os dos tempos ancestrais.
Não me fez um cumprimento, não deteve-se um momento,
Mas com ar de nobre acento pousou sobre meus umbrais,
Pousou num busto de Palas que há por sobre os meus umbrais.
Pousou mudo, e nada mais.
E este pássaro noturno fez-se menos taciturno
Com o modo rijo e sério dos seus gestos glaciais.
"Não trazendo embora crista", disse eu, "ninguém avista
Covardia em tua pista, egresso de orlas infernais.
Qual é lá teu nome, lá nas orlas infernais?"
Disse o Corvo: "Nunca mais."
E eu fiquei maravilhado vendo a ave ter falado
Tão correto, embora o senso fosse falho em frases tais;
Mas que todos digam sim a que jamais antes de mim
Viu um homem ave assim entronizada em seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais
Se chamando "Nunca mais."
Mas o Corvo empoleirado nada disse além, velado,
Como se coubesse inteiro nestas sílabas fatais.
Nem um gesto então vibrou e pena alguma se agitou,
Minha boca murmurou: - "Por amanhã também te vais,
Como os sonhos e os amigos voaram antes, tu te vais."
Disse o Corvo: "Nunca mais".
Pasmo a ouvir esta resposta no silêncio tão bem posta
Disse:- "Ao certo ele só sabe esta expressão de funerais.
Deve tê-la ouvido um dia de seu dono que sofria
Com a Desgraça que o seguia e na Miséria onde seus ais
Foram ruindo e enfim compondo um estribilho feito em ais
Que é este "Nunca, nunca mais."
Mas o Corvo novamente fez-me à dor sorrir contente
E sentei-me em frente a ele, olhando o busto em meus umbrais,
E enterrado no veludo somei sonhos quieto e mudo
Pra entender, ligando tudo, o que dos dias ancestrais
Quis tal magra e agra ave negra desses dias ancestrais
Ao grasnar-me "Nunca mais."
Por ali fiquei pensando, mas nem sílaba falando
Aos seus olhos me queimando como chamas infernais
E afundei-me discorrendo, com a cabeça me pendendo,
Na almofada onde ia erguendo a luz cruel sombras triunfais,
No veludo onde ela à luz que me olha em sombras triunfais
Não se deita, nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio de um incenso
Que espalhassem alvos anjos dando passos musicais.
"Infeliz! Por teu lamento, Deus te deu o esquecimento."
Disse a mim em pensamento. "Olvida a causa dos teus ais!
Deita logo este nepente em Leonora e nos teus ais!"
Disse o Corvo: "Nunca mais."
"Profeta!", eu disse, "Ente mau! - Profeta em ave e obra infernal! -
Que o Demônio ou a tormenta aqui lançou nos meus umbrais,
Nesta casa e este deserto, nesta terra, ainda desperto,
Neste encanto escuro e incerto! Dize a mim, pelos meus ais!
Há um bálsamo em Galaad? Responde a mim, pelos meus ais!"
Disse o Corvo: "Nunca mais."
"Profeta!", eu disse, "Ente mau! - Profeta em ave e obra infernal! -
Pelo Deus que é de nós dois e dorme em sombras eternais
Dize a esta alma atormentada se no Éden que há além do nada
Há de achar a antiga amada que hoje em sons celestiais
Anjos chamam Leonora, em meio a sons celestiais."
Disse o Corvo: "Nunca mais."
-"Que a esta voz voltes aos ares, ave ou diabo - vai! Não pares!
Volta até!" eu gritei de pé, "tuas turvas orlas infernais!
Não me fique pena alguma a te lembrar! Também se suma!
A mentira que te esfuma não me reste em meus umbrais!
Tira o bico do meu peito e a forma atroz dos meus umbrais!"
Disse o Corvo: "Nunca mais!"
E o Corvo que não voará, lá ainda está, lá ainda está
No busto branco de Palas, em meu quarto, aos seus portais;
E os seus olhos vão lembrando os de um demônio então sonhando,
E minha alma desta sombra, que se alonga em meus umbrais,
Não há de erguer-se - nunca mais!
Edgar Allan Poe.
Raven (tradução).
Certa vez, em noite sombria
Enquanto ponderava, fraco e enfastiado
Perdi minha esposa, chamada Leonore
Agora um anjo eternamente
Raio, iluminando o céu
Um corvo parou diante dos meus olhos
Voou pela porta da sala
Com um nome... "Nunca Mais"
Eleve seu rosto ao sol da meia noite
Não toque o anjo, não se esconda e corra
Olhe nos olhos desse brinquedo do mal
Voe com o corvo, busque e destrua
Pego de algum mestre descontente
Um cruel desastre
O corvo desbotou minha tristeza
Me faz sorrir, mas me tirou o descanso
"Profeta", disse eu, "Coisa maléfica"
"Horror sombrio, sacerdote do mal"
Me deixe aqui com minha dor
Demoníaca aflição rasteja por minhas veias
Eleve seu rosto ao sol da meia noite
Não toque o anjo, não se esconda e corra
Olhe nos olhos desse brinquedo do mal
Voe com o corvo, busque e destrua
Grave Digger.
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