contos sol e lua

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Uma Rosa.


Ofereço essa rosa àvocê com todo o meu amor.
Um amor que hoje vive em mim mas sem esperança de sua volta
Mesmo assim ainda tenho a esperança de um dia vê-lo
Chegando e pedindo mais uma vez que o aceite
Em minha vida!

Essa rosa com seu doce perfume só me faz lembrar de nosso amor
Que foi tão lindo!

Éramos um casal tão apaixonado que sempre que nos encontrávamos
Sentíamos que seria eterno, eterno como o jardim que plantamos
Cercado de rosas por todos os lados
Sentados num banco desse jardim falávamos de um amor imensurável
Fazíamos planos para o futuro pensávamos em nossos filhos correndo
Ao redor das plantas e nos chamando...

Quantas e quantas vezes nos beijamos jurando amor eterno
Você, com muito carinho me dizia da importância
De termos nos conhecido ainda jovens
E dizia com todo carinho:
Você será sempre o meu amor, quando já velhinhos olharmos para traz
Sentiremos a alegria de termos vivido tantos e tantos anos juntos!
E dizia ainda:
Meu bem, minha boneca, nunca, ninguém
Irá nos separar, porque um amor assim
Como o nosso vive eternamente, supera todos os obstáculos
Sobrevive a qualquer crise
Ele será eterno como o perfume destas rosas que
plantamos neste nosso jardim do amor
Te amo minha querida, nunca duvide disso!

Hoje olho para essas rosas e procuro encontrar
uma resposta para me conformar e não encontro, não consigo entender!
Um dia você chegou e me disse adeus
Vou embora de sua vida, vou deixa-la
vou seguir meu caminho sem você...
Nem me pergunte porque não saberei
responder, mas saiba que sempre estará em meus pensamentos!

Adeus, cuide-se bem e seja feliz!
Foi assim que o vi pela última vez!
Não consigo escrever mais, sofro muito sem você
Vou secar minhas lágrimas que sempre caem quando sinto
O perfume de uma rosa, que só faz me lembrar você!

Um momento de reflexão.


Era uma manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e muito sol. Um trabalhador dirigiu-se para seu local de trabalho. Passando em frente a um templo religioso, decidiu entrar.
Era uma sala muito ampla e ele sentou num dos últimos lugares, bem ao fundo. Ali se pôs a fazer a sua oração cheia de vida, dialogando com Jesus. Ouviu, então, em meio ao silêncio, a voz de alguém, cuja presença não tinha percebido: venha aqui. Venha ver a rosa. Ele olhou para os lados, para frente, e viu uma pessoa sentada num dos primeiros lugares. Levantou-se e a voz falou outra vez: Venha ver a rosa.

Embora sem entender, ele se dirigiu até a frente e percebeu que sobre a mesa havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa. Parou e começou a observar o homem maltrapilho que, vendo-o hesitante, insistiu: venha ver a rosa. Sim, estou vendo a rosa, respondeu. Por sinal, muito bonita.

Mas o homem não se conformou e tornou a dizer: Não, sente-se aqui ao meu lado e veja a rosa. Diante da insistência, o trabalhador ficou um tanto perturbado. Quem seria aquele homem maltrapilho? O que desejaria com ele com aquele convite? Seria sensato sentar-se ali, ao lado dele? Finalmente, venceu as próprias resistências, e se sentou ao lado do homem. Veja agora a rosa, falou feliz o maltrapilho. De fato, era um espetáculo todo diferente. Exatamente daquele lugar onde se sentara, daquele ângulo, podia ver a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de arco-íris. Dali podia-se perceber um raio de luz do sol que vinha de uma das janelas e se refletia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projetando um colorido especial sobre a rosa, dando-lhe efeitos visuais de um arco-íris.

E o trabalhador, extasiado, exclamou: é a primeira vez que vejo uma rosa em cores de arco-íris. Mas, se eu não tivesse me sentado onde estou, se não tivesse tido a coragem de me deslocar de onde estava, de romper preconceitos, jamais teria conseguido ver a rosa, num espetáculo tão maravilhoso. É preciso saber olhar o outro de um prisma diferente do nosso. O amor assume coloridos
diversos, se tivermos coragem de nos deslocar de nosso comodismo, de romper com preconceitos, para ver a pessoa do outro de modo diferente e novo.

Há uma rosa escondida em toda pessoa que não estamos sendo capazes de enxergar. Há necessidade de sairmos de nós mesmos, de nos dispormos a sentar em um lugar incômodo, de deixar de lado as prevenções, para poder ver as rosas do outro, de um ângulo diferente.

Realizemos esta experiência, hoje, em nossas vidas. Procuremos aceitar que podemos ver um colorido diferente onde, para nós, nada havia antes, ou talvez,
de acordo com nosso modo de pensar, jamais poderiam ser vistas outras cores.[D.A]