contos sol e lua

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Druida-A Espiritualidade dos Celtas


Os historiadores costumavam dizer que os Druidas eram os sacerdotes dos povos Celtas, a antiga raça Celta era também uma criação do período de Renovação, provocado por ideais políticos ingleses e por ideais românticos num período no qual tanto a Escócia quanto a Irlanda lutavam para se desvencilhar do controle britânico. Atualmente é mais claramente aceito e compreendido o fato de que os europeus da Idade do Ferro não possuíam uma cultura homogênea, e que jamais houveram invasões desses ditos Celtas; ao invés disso, o que se espalhou pela Europa foi a tecnologia do trabalho em ferro e as vantagens e benefícios associados.
Os povos encontrados na Grã Bretanha pelos historiadores e escritores romanos há dois mil anos realmente possuíam uma espiritualidade muito clara e seus sacerdotes eram conhecidos como Druidas. Há quanto tempo esses sacerdotes eram conhecidos como "Druidas" é assunto para a evolução lingüística, e atualmente, para a tradição, é um tanto irrelevante. Mais importante é dizer que Júlio César, o único escritor a ter encontrado um Druida pessoalmente, nos diz que essa Tradição tem origem na Grã Bretanha.
O Druidismo é uma espiritualidade natural das Ilhas Britânicas. Como qualquer espiritualidade nativa que é profundamente arraigada na terra, suas bases são a própria Terra e os Ancestrais, através dos quais honramos as forças da Natureza. Ao honrar a Terra, o solo que nos alimenta, o sol que nos dá luz e calor, a fonte de nossa água, as plantas e os animais, honramos nosso mundo externo. Ao honrar nos ancestrais e todos os que nos tornaram o que somos, honramos nosso meio-ambiente interior. É esta teia de temas que confere às tradições pagãs muito de sua força.
Toda tradição local evolui de acordo com as cores e texturas do meio em que se desenvolve. Assim, se por um lado existem semelhanças entre as espiritualidades ancestrais dos índios americanos, Aborígenes, Huna, Maia, Shinto, Maori e outras, por outro elas diferem de modo determinante por conta do clima e da paisagem. O Druidismo surgiu das rochas, das florestas e da chuva da Grã-Bretanha, e sua própria natureza está envolta pela beleza, poder e lendas que envolvem a Grã-Bretanha desde tempos imemoriáveis. O Druidismo é a prática de se honrar a força vital enquanto ela floresce, vive, perece e gera vida novamente nestas terras.
Mas o fluxo de energia vital está sempre em constante mutação, e isto fica especialmente óbvio em uma ilha de clima temperado. Os botões da primavera se abrem, macios sob a chuva fria, alongando-se no verão antes de adotar a coloração dourada sob as luas da colheita, para então liberar seus grãos e dançar livremente ao sabor dos ventos frios do inverno. É a partir desta compreensão da vida como um rio que flui que recebemos o cerne da prática druídica: Awen. Esta antiga palavra galesa, que literalmente significa "Espírito Flutuante", é compreendida como a Inspiração divina e é justamente essa busca pela Inspiração que é parte tão importante da tradição. Awen é o poder, a água do fonte sagrado, ou o leite da Deusa Mãe, encontrado no Santo Graal. Awen é a Inspiração líquida e a essência de todo o conhecimento que era (ou é) fervido no caldeirão dos deuses ancestrais, os caldeirões do Renascimento.
Se a salvação pode ser vista, talvez de modo simplista, como a busca definitiva do cristianismo, então a Inspiração é a busca do Druidismo. Por sermos animistas, nós entendemos que toda a criação possui um espírito, e a matéria e o mundo físico são a criatividade desse espírito. O Druida sabe que é nesta relação, de espírito para espírito, que a Inspiração é encontrada. Ao sentar-se no topo de uma escarpa, observando o sol a se pôr no oceano, nosso espírito reconhece o poder e a beleza essenciais que formam o espírito, e então ele recebe a Inspiração. Ao segurar uma pedra que cintila com cristais, tocamos e somos tocados pelo espírito da pedra, de sua natureza, de sua história. Ao sentir a energia das árvores na floresta, a vitalidade das sementes que transplantamos na primavera, a força do cavalo que responde à nossa inclinação e muda de direção, ao sentir os véus prateados da lua sobre nossa pele nua, recebemos a Inspiração.
Quando reconhecemos o espírito de algum aspecto da criação - seja um elemental, uma planta, um animal, uma pedra ou um humano - recebemos a oportunidade de conhecer nosso próprio espírito, de responder a partir desse nosso espírito, e é esta consciência que nos dá o poder associado ao velho druida arquetípico: a mistura de vulnerabilidade e invulnerabilidade. Pois no Druidismo não existe o desejo de transcender a realidade. O Druida explora a suavidade e a beleza da carne e do sangue, desfrutando de seu potencial, expressando sua criatividade através do mundo físico e da matéria, descobrindo a beleza do mundo a sua volta, sempre ciente de sua impermanência e seu estado de constante mutação, sempre ciente da energia espiritual que é eterna e invulnerável.
Quando o espírito toca o espírito, onde há comunhão nesse nível e a energia vital é trocada, ali flui o Awen. É como o relâmpago que irrompe entre a terra e o céu, entre os olhos dos amantes.
Mas aspirar a beleza da Inspiração não é o bastante. É responsabilidade de um Druida assegurar que essa energia continue a fluir, de espírito para espírito, pois a energia retida no corpo ou na alma estagna e incha na forma de doença ou vaidade. Dessa forma, a Inspiração deve ser manifesta, a energia inalada deve ser exalada e isto ocorre através da critividade do Druida.Emma Restall Orr.

A Kabalah.


MALKUTHH – PRINCIPIUM - PHALLUS
Todas as religiões conservaram a lembrança de um livro primitivo escrito em figuras pelos sábios dos primeiros séculos do mundo, e cujos símbolos, simplificados e vulgarizados mais tarde, forneceram à Escritura suas letras, ao Verbo seus caracteres, à Filosofia oculta seus signos misteriosos e seus pantáculos.
Este livro, atribuído a Enoque, o sétimo senhor do mundo depois de Adão, pelos hebreus; a Hermes Trismegisto pelos egípcios; a Cadmo, o misterioso fundador da Cidade Santa, pelos gregos, - este livro era o resumo simbólico da tradição primitiva, chamada, depois de Cabala, uma palavra hebraica que é equivalente a tradição.
Esta tradição repousa inteiramente sobre o dogma único da magia: o visível é para nós a medida proporcional do invisível. Ora, os antigos, tendo observado que o equilíbrio é, em física, a lei universal, e que resulta da oposição aparente de duas forças, concluíram que em Deus, isto é, na primeira causa vivente e ativa, se deviam reconhecer duas propriedades necessárias uma à outra: a estabilidade e o movimento, a necessidade e a liberdade, a ordem racional e a autonomia volitiva, a justiça e o amor, e, por conseguinte, também a severidade e a misericórdia; e são estes dois atributos que os cabalistas judeus personificam de algum modo sob os nomes de Geburah e Chesed.
Acima de Geburah e Chesed reside a coroa suprema, o poder equilibrante, princípio do mundo ou do reino equilibrado, que vemos designado sob o nome de Malkuth no versículo oculto e cabalístico do Pater de que já falamos.
Mas Geburah e Chesed, mantidos em equilíbrio, em cima pela coroa e embaixo pelo reino, são dois princípios que podem ser considerados, quer na sua abstração, quer na sua realização. Abstratos ou idealizados, tomam os nomes superiores de Hocmah , a sabedoria, e de Binah , a inteligência.
Realizados, chamam - se à estabilidade e o progresso, isto é, a eternidade e a vitória: Hod e Netsah .
Tal é, conforme a Cabala, o fundamento de todas as religiões e de todas as ciências, a idéia prima e imutável das coisas: um tríplice triângulo e um círculo, a idéia do ternário explicada pela balança multiplicada por si mesma nos domínios do ideal, depois a realização desta idéia nas formas. Ora, os antigos uniram as noções primárias desta simples e grandiosa teologia à própria idéia dos números, e qualificaram, assim, todos os algarismos da década primitiva.
1. Kether - A Coroa, o poder equilibrante.
2. Hocmah – A Sabedoria, equilibrada na sua ordem imutável pela iniciativa da Inteligência.
3. Binah – A Inteligência ativa, equilibrada pela Sabedoria.
4. Chesed – A Misericórdia, segunda concepção da Sabedoria, sempre benévola, porque é forte.
5. Geburah – O Rigor necessitado pela própria Sabedoria e pela Bondade. Sofrer o mal e é impedir o bem. 6. Tiphereth – A Beleza, concepção luminosa do equilíbrio nas formas, o intermediário entre a coroa e o reino, o princípio mediador entre o criador e a criação. (Que sublime idéia não achamos aqui da poesia e do seu soberano sacerdócio!)
7. Netsah – A Vitória, isto é, o triunfo eterno da inteligência e da justiça.
8. Hod - A Eternidade das vitórias do espírito sobre a matéria, do ativo sobre o passivo, da vida sobre a morte. 9. Yesod - O Fundamento, isto é, a base de toda crença e de toda verdade, é o que chamamos em filosofia o Absoluto . 10. Malkuth - O Reino, é o universo, é a criação inteira, a obra e o espelho de Deus, a prova da razão suprema, a conseqüência formal que nos força a remontar às premissas virtuais, o enigma cuja palavra é Deus, isto é: razão suprema e absoluta.
Estas dez noções primárias, unidas aos dez primeiros caracteres do alfabeto primitivo, significando, ao mesmo tempo, princípios e números, são os que os mestres da Cabala chamam as dez Sephiroth.
O tetragrama sagrado.
Indica o número, a origem e as relações dos nomes divinos. É ao nome de Iodchavad, escrito com estes vinte e quatro sinais coroados de um tríplice florão de luz, que devem ser referidos os vinte e quatro anciãos coroados do Apocalipse. Na Cabala, o princípio oculto é chamado de ancião, e este princípio, multiplicado e como que refletido nas causas segundas, cria suas imagens, isto é, tantos anciãos quantas concepções diversas há da sua única essência. Estas imagens menos perfeitas, ao se afastarem da sua fonte, lançam nas trevas um último reflexo ou um último clarão que representa um velho horrível e desfigurado: é o que vulgarmente é chamado o diabo. Por isso, um iniciado ousou dizer: “O diabo é Deus compreendido pelos malvados ”; e um outro, em termos mais estranhos, mas não menos enérgicos, acrescentou: “O diabo é formado dos fragmentos de Deus ”. Podemos resumir e explicar estas asserções tão novas, fazendo notar que, até no simbolismo, o demônio é um anjo caído do céu por ter querido usurpar a divindade. Isso pertence à linguagem alegórica dos profetas e lendários. Filosoficamente falando, o diabo é uma idéia humana da divindade sobrepujada e despojada do céu pelo progresso da ciência e da razão. Moloch, Adramelek, Baal, foram, entre os orientais primitivos, as personificações do deus único, desonradas por atributos bárbaros. O deus dos jansenistas, criando para o inferno a maioria dos homens e comprazendo - se com as torturas eternas dos que não quis salvar, é uma concepção ainda mais bárbara do que a de Moloch; por isso, o deus dos jansenistas já é para os cristãos sábios e esclarecidos um verdadeiro Satã caído do céu.
Os cabalistas, multiplicando os nomes divinos, uniram todos, quer à unidade do tetragrama, quer à figura do ternário, quer à escada sefírica da década: traçam assim a escada dos nomes e dos números divinos.
Triângulo que se pode traduzir assim, em letras romanas:

I
IA
SDI
JEHV
ELOIM
SABAOT
ARARITA
ELVEDAAT
ELIM GIBOR
ELIM SABAOT
O conjunto de todos estes nomes divinos, formado do único tetragrama, mas fora do próprio tetragrama, é uma das bases do Ritual hebreu, e compõe a força oculta que os rabinos cabalistas invocam sob o nome de Semhamphorash.
Falaremos agora dos Taros, sob o ponto de vista cabalístico. Já indicamos a fonte oculta de seu nome. Este livro hieroglífico se compõe de um alfabeto cabalístico e de uma roda ou círculo de quatro décadas, especificadas por quatro figuras simbólicas e típicas, tendo cada uma, para raio, uma escada de quatro figuras progressivas representando a Humanidade: homem, mulher, moço e criança; senhor, senhora, combatente e criado. As vinte e duas figuras do alfabeto representam primeiramente os treze dogmas, depois as nove crenças autorizadas pela religião hebraica, religião forte e fundada sobre a mais alta razão.
Eis a chave religiosa e cabalística dos Taros, expressa em versos técnicos à maneira dos antigos legisladores:

1 Aleph. Tudo mostra uma causa inteligente, ativa.

2 Bet. O número dá prova da unidade viva.
3 Gimmel. Nada pode limitar aquele que tudo contém.
4 Dalet. Só, antes de qualquer princípio, está presente em toda parte.
5 Heh. Como é único senhor, é o único adorável.
6 Vav. Revela aos corações puros seu dogma verdadeiro.
7 Zayin. Mas é preciso um só chefe às obras da fé.
8 Het. É por isso que só temos um altar, uma lei.
9 Tet. nunca o Eterno mudará a sua base.
10 Yod. Dos céus e dos nossos dias regula cada fase.
11 Khaf. Rico em misericórdia e enérgico no punir.
12 Lamed.Promete a seu povo um rei no porvir.
13 Mem. O túmulo é a passagem para a terra nova. Só a morte acaba, a vida é eterna.
Tais são os dogmas puros, imutáveis, sagrados. Completemos, agora, os números reverenciados: 14 Nun.g O bom anjo é aquele que acalma e tempera.
15 Samekh. O mau é o espírito de orgulho e cólera.
16 Ayin. Deus manda no raio e governa o fogo.
17 Peh. Vésper e o seu orvalho obedecem a Deus.
18 Tzadi. Coloca sobre nossas torres a Lua como sentinela.
19 Kuf.O seu sol é a fonte em que tudo se renova.
20 Resh. O seu sopro faz germinar o pó dos túmulos.
0 ou 21 Shin. Onde os mortais sem freio descem em multidão.
21 ou 22 Tav. Sua coroa cobriu o propiciatório.
E sobre os querubins faz pairar sua glória.
Com o auxílio desta explicação, puramente dogmática, já se pode entender as figuras do alfabeto cabalístico do Tarô. Assim a figura nº 1, chamada o Pelotiqueiro, representa o princípio ativo na unidade de autotelia divina e humana; o nº 2, chamado vulgarmente a Papisa, figura a unidade dogmática dos números, é a Cabala ou a Gnose personificada; o nº 3 representa a Espiritualidade divina sob o emblema de uma mulher alada, que tem numa das mãos a águia apocalíptica, e, na outra, o mundo suspenso na ponta do seu cetro. As outras figuras são tão claras e tão facilmente explicáveis como estas primeiras. Os quatro signos, isto é, aos Paus, às Copas, às Espadas e aos Círculos ou Pantáculos,, vulgarmente chamados Ouros. Estas figuras são hieróglifos do tetragrama; assim, o Pau é o phallus dos egípcios ou iod dos hebreus; a Copa é o octeis ou o hê primitivo; a Espada é a conjunção de ambos ou o lingham figurado no hebreu anterior ao cativeiro pelo vô , e o Círculo ou Pantáculo, imagem do mundo, é o hê final do nome divino.
Tomemos um Tarô e reunamos, quatro por quatro, todas as páginas que formam a Roda ou ROTA de Guilherme Postello; ponhamos juntos os quatro ases, os quatro dois, etc., e teremos dez montes de cartas que dão a explicação hieroglífica do triângulo dos nomes divinos, de acordo com a escada do denário que demos precedentemente. Poderemos, pois, lê - los assim, referindo cada número à Sephirot correspondente:

Heh.Vav.Het.Yod.

Quatro letras do nome que contém todos os nomes.
1 . - KETHER.
Os quatro ases:
A coroa de Deus tem quatro florões.

2. – CHOCMAH
Os quatro dois:
A sua sabedoria se espalha e forma quatro rios.

3. - BINAH
Os quatro três:
Da sua inteligência dá quatro provas.

4. - CHESED
Os quatro quatro:
Da sua misericórdia há quarto benefícios.

5. - GEBURAH
Os quatro cinco:
O seu rigor quatro vezes pune quatro erros.

6. - TIPHERET
Os quatro seis:
Por quatro raios puros a sua beleza se revela.

7. – NETSAH
Os quatro sete:
Celebremos quatro vezes a sua vitória eterna.

8. - HOD
Os quatro oito:
Quatro vezes triunfa na sua eternidade.

9. - YESOD
Os quatro nove:
Por quatro fundamentos seu trono é suportado.


10. - MALCHUT
Seu único reino é quatro vezes o mesmo:
E conforme os florões do divino diadema.
Por este arranjo tão simples, o sentido cabalístico de cada lâmina. Assim, por exemplo, o cinco de paus significa rigorosamente Geburah de Jod , isto é, justiça do Criador ou cólera do homem; o sete de copas significa vitória da misericórdia ou vitória da mulher; o oito de espada significa conflito ou equilíbrio eterno; e assim outras. Assim podemos compreender como faziam os antigos pontífices para fazer este oráculo; as lâminas lançadas à sorte davam sempre um sentido cabalístico novo, mais rigorosamente verdadeiro na sua combinação, unicamente a qual era fortuita; e, como a fé dos antigos nada dava ao acaso, eles liam as respostas da Providência nos oráculos do Tarô, que eram chamados Theraph ou Theraphims entre os hebreus, como o pressentiu primeiramente o sábio cabalista Gaffarel, um dos magos habituais do cardeal Richelieu.
Quanto às figuras, eis um último dístico para explicá - las:

REI, DAMA, CAVALEIRO, VALETE

Esposo, moço, criança, toda a humanidade,
Sobem por estes quatro degraus à unidade.
As dez Sephiroth e as vinte e duas lâminas do tarô formam o que os cabalistas chamam os trinta e dois caminhos da ciência absoluta. Quanto às ciências particulares, dividem -nas em cinqüenta capítulos, que chamam as cinqüenta portas. (Sabemos que porta significa governo ou autoridade entre os orientais). Os rabinos dividem a Cabala também em Bereschit ou Gênese universal, e Mercavah, ou carro de Ezequiel; depois, das duas maneiras de interpretar os alfabetos cabalísticos, formam duas ciências, chamadas Gematria e a Temurah, e compõem delas a arte notória, que fundamentalmente nada mais é que a ciência completa dos signos do Tarô e a sua aplicação complexa e variada à adivinhação de todos os segredos, quer da filosofia, quer da natureza, quer do futuro. Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia.