contos sol e lua

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O mistério de "Quem sou Eu"? Osho.

Toda a nossa educação – seja através de nossos Pais, da própria sociedade, da escola e universidade - cria tensão em nós. E essa tensão persiste durante toda a sua vida. Essa mente criada pelos outros e implantada em você nunca vai deixa-lo descansar; faça você o que fizer, ela estará sempre o condenando. Desde a infância, a sociedade impõe certos padrões de pensamentos – competitividade, ambição, ganância, padrões em relação à sexualidade – e, como toda criança é pura, inocente, um quadro em branco você escreve o que quiser e, assim, uma falsa identidade é criada. A criança não tem escolha. E todos nós somos tocados que nem um rebanho. Em algum momento você entra na escola, em outro momento faz o catecismo (País Cristão), e assim você é conduzido a vários grupos – porque você tem que ser o melhor, tem que ser rico, tem que ser inteligente... Perceba... Você não escolhe nem a sua religião. E assim vamos colhendo ansiedade, tensão, medo, raiva, angústia, tristeza, depressão. Procure entender que essa falsa identidade que nos deram é um substituo. Mas esse substituto só é útil no mesmo grupo que deu essa identidade a você. No momento em que você está sozinho, o falso começa a desmoronar, e o real reprimido começa a se expressar. Daí o medo de ficar sozinho. Por isso a pessoa quer ser apoiada 24h por dia, porque o falso, sem apoio, não consegue se sustentar. E, de repente, em um momento de solidão, você começa a sentir que não é aquilo. Isso gera medo: então, quem sou eu? E essa lacuna, tem sido chamada pelos Místicos de “A noite escura da alma” – um momento onde você não é mais o falso e não é ainda o real. Por isso, quando você está sozinho, surge um medo profundo porque de repente o falso começa a desaparecer. E o real surge durante um pequeno espaço de tempo. Você o perdeu há muitos anos atrás. Então imediatamente começa a fazer alguma coisa apenas para que o falso permaneça ocupado e não comece a desaparecer. Por isso os fins de semana são os mais difíceis para as pessoas. Durante cinco dias elas trabalham, esperando que no fim de semana possam relaxar. Mas o fim de semana é a pior ocasião em todo o mundo – o maior número de acidentes acontece nos fins de semana, mais pessoas cometem suicídio, há mais assassinatos, mais roubos, mais estupros. É estranho... Essas pessoas estiveram ocupadas durante cinco dias e não houve problema. Mas o fim de semana, de repente, lhes proporciona uma escolha – estar ocupado em algo ou relaxar -, mas relaxar é apavorante; a falsa personalidade desaparece. Então, mantenha-se ocupado, faça qualquer coisa idiota. As pessoas correm para as praias, enfrentando um trânsito pesado de centenas de quilômetros. Se vocês lhes perguntar para onde estão indo, elas estão “fugindo da multidão”. E toda a multidão está indo com elas! Estão todas indo em busca de um espaço silencioso, solitário – todas elas. Na verdade, se elas permanecessem em casa teria sido mais solitário e silencioso. E estão se apressando como loucos, correndo, porque dois dias vão terminar logo e eles têm de chegar – só não pergunte aonde! E nas praias, observe você mesmo... Elas estão abarrotadas. E, por mais estranho que pareça, as pessoas estão se sentindo muito à vontade, tomando um banho de sol. Dez mil pessoas em uma pequena praia tomando banho de sol, relaxando. As mesmas pessoas estavam no escritório, as mesmas pessoas estavam nas ruas, as mesmas pessoas estavam no mercado, e agora as mesmas pessoas estão na praia. Perceba... A multidão é essencial para a existência do falso eu. Se o momento é solitário, você começa a se angustiar. No que diz respeito à meditação, o Ocidente não sabe nada. E a meditação é apenas um nome para estar sozinho, silencioso, esperando que o real se estabeleça. É aí que se deve entender um pouquinho de meditação. Não fique preocupado, porque o que pode desaparecer merece desaparecer. Não tem sentido se agarrar a isso; isso não é seu, não é você. Você é você quando o falso se foi e o ser novo – inocente, despoluído – surge em seu lugar. Procure entender... Você nasceu. Você veio ao mundo com vida, com consciência, com uma enorme sensibilidade. Pense em uma criança pequena, pense em seus olhos, no seu frescor. Tudo isso foi coberto por uma falsa identidade. E não se sabe nada sobre o dia de amanhã. Não morra antes de realizar o seu ser autêntico. Ninguém mais pode responder à essa pergunta “Quem sou eu?” – apenas você vai saber. Apenas essas poucas pessoas que viveram com o ser autêntico e morreram com o ser autêntico são os afortunados – porque eles sabem que a vida é eterna e a morte uma ficção.

A voz do ego... A voz da alma.osho.

Todos nos buscamos a felicidade e nessa busca percorremos caminhos que nem sempre nos levam a ela e muitas vezes nos afastam cada vez mais do ponto onde a felicidade se encontra. Aprendemos a querer coisas que na verdade não queremos numa total incoerência com a nossa natureza. Desde criança somos levados a acreditar que a felicidade será encontrada em coisas fora de nós e nos são dadas ao longo dos tempos muitas possíveis fórmulas prontas e muitos caminhos que apontam para a tal busca da felicidade. Acabamos acreditando que fora daqueles padrões e daqueles conceitos não existe a menor chance de ser feliz e vamos por aí conquistando coisas, cargos, status ,stress... Menos a felicidade. Dá um sentimento de vazio quando constatamos que não era bem aquilo que esperávamos... Uma sensação de ter vencido a corrida e não ter levado o prêmio. Mas a voz do ego nos chama de muitas formas, cada vez mais atrativas e mais convincentes e de novo embarcamos nessa busca que não tem conexão com a nossa vontade mais profunda. E podemos ficar perdidos no meio de tantos chamados do ego ou podemos escolher escutar uma outra voz. Uma voz que nos fala suavemente nos convidando a descobrir nosso próprio caminho sem receitas prontas e aonde cada um vai escrevendo a sua própria história. É a voz da Alma. Para seguir esse chamado da alma é preciso coragem desapego além de muita Fé. Coragem porque em alguns pontos precisamos abrir a nossa própria estrada, precisamos passar por onde ninguém passou buscando nos mergulhos profundos as pistas que indicam a direção do próximo passo. Desapego dos conceitos, das regras e principalmente do ego é preciso deixar espaço para as coisas novas e que fazem sentido para a nossa história. E fé para confiar nos caminhos que a Alma nos indica, sabendo que aqui não existem os limites da nossa mente racional e que o impossível pode se tornar possível quando menos esperamos. Quando nos abrimos para seguir a voz da Alma, aos poucos vamos descobrindo que a felicidade não se encontra nos prometidos finais, mas em cada passo em que estamos conectados com o nosso propósito Divino. Vamos percebendo que a felicidade é um atributo de cada um de nós que aparece na medida em que vamos nos conhecendo melhor e nos aproximando de quem realmente somos. A felicidade se aproxima da gente na medida em que nos aproximamos de nós mesmos. E chega um tempo onde não conseguimos mais fugir do chamado que vem da Alma, porque essa voz vai se fazendo tão presente e tão natural que entendemos que é a única voz que nos indica o caminho de volta pra casa. Então, procure escutar a voz da sua alma e siga esses caminhos assim você vai perceber que muito além do conhecido existem muitas possibilidades... Até a de Ser feliz.

Vendendo sua Alma a Satanás.

O mito de Fausto apresenta uma situação curiosa no encontro do herói, que é a alma que procura, com diferentes classes de Espíritos. O Espírito de Fausto, inerentemente bom, sente-se atraído para as ordens superiores; sente afinidade pelo benevolente Espírito da Terra, e deplora a incapacidade de retê-lo e aprender com ele. Face a face com o espírito de negação, ao qual está disposto a servir, ele se sente de um certo modo senhor da situação, porque esse espírito não pode sair pela parte superior do símbolo da estrela de cinco pontas na posição em que está colocada no chão. Mas, tanto sua incapacidade em reter o Espírito da Terra e obter instrução desse exaltado Ser, como seu domínio sobre o espírito de negação, decorrem do fato dele ter entrado em contato com eles por acaso e não através do poder da alma desenvolvido internamente. Quando Parsifal, o herói de outro desses grandes mitos da alma, visitou pela primeira vez o Castelo do Graal, foi-lhe perguntado como havia chegado ali, e ele respondeu: "Eu não sei". Aconteceu que ele entrou no lugar sagrado da mesma forma que uma alma percebe, às vezes, um vislumbre dos reinos celestiais numa visão; mas ele não podia ficar no Monte Salvat. Foi forçado a sair novamente para o mundo e aí aprender suas lições. Muitos anos depois ele retornou ao Castelo do Graal, triste e cansado da busca e a mesma pergunta lhe foi feita: "Como chegaste aqui?" Mas, desta vez, sua resposta foi diferente, pois disse: "Através da procura e do sofrimento eu vim". Este é o ponto fundamental que marca a grande diferença entre alguns que se põem em contato com Espíritos dos reinos suprafísicos por acaso e tropeçam no entendimento de uma lei da Natureza, ou aqueles que, por zelosos estudos e principalmente por viver a vida, obtêm a Iniciação, conscientes dos segredos da Natureza. Os primeiros não sabem como usar este poder inteligentemente e estão, portanto, desamparados. Os últimos são sempre senhores das forças que manejam, enquanto os outros são vítimas de quem quiser tirar vantagem deles. Fausto é o símbolo do homem, e a humanidade foi, no princípio, dirigida pelos Espíritos de Lúcifer e pelos Anjos de Jeová. Agora estamos olhando para o Espírito Cristo na Terra como o Salvador, para emancipar-nos da influência egoísta e negativa dos lucíferos. Paulo nos dá uma visão da evolução futura que nos está destinada, quando disse que, após Cristo estabelecer Seu reino, Ele o entregará ao Pai, e então será tudo em tudo. No entanto, Fausto procura primeiro comunicar-se com o macrocosmo, que é o Pai. Como o centauro celeste, Sagitários, ele aponta seu arco para as estrelas mais altas. Não está satisfeito em começar por baixo e galgar o cimo gradativamente. Quando repelido por aquele sublime Ser, desce um degrau na escala e procura comunhão com o Espírito da Terra, que também o desdenha, pois ele não pode tornar-se o pupilo das elevadas forças enquanto não ajustar-se às suas regras, para assim poder entrar no caminho da Iniciação pela porta verdadeira. Portanto, quando percebe que o pentagrama junto da porta detém o Espírito do mal, entrevê uma oportunidade para fazer um acordo. Está pronto para vender sua alma a Satanás. Mas, como foi dito antes, está totalmente despreparado para manter o domínio com êxito, e o poder do espírito rapidamente desobstrui o caminho e liberta Lúcifer. Mas este, embora saia do gabinete de Fausto, logo volta, pronto para negociar com a alma que procura. Ele descreve, diante dos olhos de Fausto, quadros brilhantes de como viver a vida, como poderá satisfazer suas paixões e desejos. Fausto, sabendo que Lúcifer não está desinteressado, pergunta que compensação ele quer. A isto, Lúcifer responde: " Eu me comprometo a ser teu servo aqui, enfim, E a todo o teu aceno e chamado, alerta vou estar; Mas, quando na esfera além nos formos encontrar, Então, tu farás o mesmo para mim". O próprio Fausto acrescentou uma condição aparentemente singular com respeito à época em que o serviço de Lúcifer terminar, e quando sua própria vida terrestre tiver chegado ao fim. Embora pareça estranho, nós temos na aquiescência de Lúcifer e na cláusula proposta por Fausto, leis básicas de evolução. Pela Lei de Atração somos postos em contato com Espíritos semelhantes, tanto aqui como na vida futura. Se servimos as forças superiores aqui e trabalhamos para elevar-nos, encontraremos companheiros com a mesma índole neste mundo e no próximo. Mas, se gostamos da escuridão mais do que da luz, estaremos ligados ao submundo aqui e no futuro também. Não há como escapar desta lei. Além disso, somos todos "construtores do templo" trabalhando sob a direção de Deus e Seus ministros, as divinas Hierarquias. Se evitarmos a tarefa que nos foi imposta na vida, seremos colocados sob condições que nos forçarão a aprender. Não há descanso nem paz no caminho da evolução e se procurarmos prazer e alegria a ponto de excluir o trabalho da vida, o dobrar fúnebre dos sinos logo será ouvido. Se chegarmos, alguma vez, a um ponto em que estejamos inclinados a ordenar que as horas parem ou se estamos tão satisfeitos com a nossa vida que até cessamos nossos esforços para progredir, nossa existência estará rapidamente terminada. Observamos que as pessoas que se retiram dos negócios vivendo apenas para aproveitar o que acumularam, logo morrem; enquanto que o homem que troca sua profissão por uma outra ocupação, geralmente vive mais tempo. Nada é tão fácil para encerrar uma existência do que a inatividade. Como já foi dito, as Leis da Natureza são enunciadas no acordo de Lúcifer e na condição acrescentada por Fausto: "Se eu me satisfizer com a indolência e o lazer, Que seja essa, então, a última hora que eu possa ter. Quando tu com lisonjas me fores adular Até que auto-complacente eu venha a ser; Quando tu com prazeres me puderes enganar, Seja esse o meu dia final. Sempre que a hora for passando Eu digo: 'Oh! fica, és tão leal!' Assim, a força a ti eu vou dando De levar-me ao mais profundo desespero. Meu dobrar de sinos não o deixes prolongar, De meu serviço, livre irás ficar; E quando do relógio o ponteiro indicador tiver caído, Esteja, então, o meu tempo concluído". Lúcifer pede a Fausto que assine o contrato com uma gota de sangue. E quando perguntado por que, diz astuciosamente: "O sangue é uma essência muitíssimo peculiar". A Bíblia diz que é assento da alma. Quando a Terra estava em processo de condensação a aura invisível que circundava Marte, Mercúrio e Vênus, penetrou na Terra e os Espíritos desses planetas estiveram em relacionamento especial e íntimo com a humanidade. O ferro é metal de Marte e pela mescla do ferro com o sangue, a oxidação torna-se possível; assim, o calor interno, necessário para a manifestação de um Espírito que habita internamente, foi obtido pela ação dos Espíritos Lucíferos de Marte. Eles são, portanto, responsáveis pelas condições sob as quais o Ego está enclausurado no corpo denso. Quando o sangue é extraído do corpo humano e coagula, cada partícula tem uma forma especial, distinta das partículas de qualquer outro ser humano. Portanto, quem tiver sangue de uma certa pessoa, tem um elo de ligação com o Espírito que construiu as partículas do sangue. Ele tem poder sobre essa pessoa, se souber como usar esse conhecimento. Foi essa a razão porque Lúcifer exigiu a assinatura com o sangue de Fausto, pois com o nome de sua vítima escrito em sangue, poderia conservar a alma escravizada de acordo com as leis envolvidas. Sim, de fato! O sangue é uma essência muitíssimo peculiar, importante tanto na magia branca como na negra. Todo conhecimento usado em qualquer direção, deve necessariamente alimentar-se da vida que é primariamente derivada dos extratos do corpo vital, isto é, a força do sexo e o sangue. Todo conhecimento que não seja assim alimentado e nutrido, é tão impotente como a filosofia que Fausto tirou de seus livros. Livros não são suficientes por si só. Somente na medida em que trazemos esses conhecimentos para nossas vidas, alimentando-os e vivenciando-os, é que eles têm real valor. Existe, no entanto, uma importante diferença a considerar: enquanto o aspirante da Ciência Sagrada alimenta sua alma com sua própria força sexual, e as paixões inferiores com seu próprio sangue que, então, ele transmuta e depura, aqueles que aderem à magia negra vivem corno vampiros à custa da força sexual dos outros e do sangue impuro sugado das veias de suas vítimas. No Castelo do Graal vemos o sangue puro e depurador operando maravilhas sobre os cavaleiros virtuosos que aspiravam desempenhar elevadas ações. Porém, no Castelo de Herodes, a personificação da voluptuosidade - Salomé - fez com que o sangue da paixão corresse desenfreadamente pelas veias dos participantes, e o sangue que jorrou da cabeça do martirizado Batista serviu para dar-lhes o poder que eles não tinham, por serem muito covardes para adquiri-lo através do sofrimento e da própria depuração. Fausto tenciona adquirir poder rapidamente com o auxílio de outros, tocando num ponto perigoso, do mesmo modo como fazem hoje aqueles que seguem os que se intitulam "adeptos" ou "mestres". Estes estão prontos para explorar os mais baixos apetites dos crédulos, da mesma forma que Lúcifer ofereceu-se para ajudar Fausto. Mas eles nunca poderão dar o poder da alma, não importa o que aleguem. Isto é conquistado internamente, pela paciente perseverança em fazer o bem, um fato que nunca será demasiado repetir.Max Heindel.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Vendendo sua Alma a Satanás.continuação.

O mito de Por estar aborrecido, Fausto responde com desdém à exigência de Lúcifer de assinar com sangue o pacto entre eles e, então, profere as seguintes palavras: "Não temas que faltar à minha palavra eu vá. O propósito de toda a minha energia Em inteira concordância com meu juramento está. Levianamente, muito alto tenho aspirado; Estou no mesmo nível que tu; Eu, o Grande Espírito escarnecido; desafiado. A própria Natureza se escondeu de mim. Rasgada está a teia do pensamento; minha mente Abomina toda a classe de conhecimento. Nas profundezas. de prazeres sensuais mergulhadas Deixemos ficar nossas paixões incendiadas, Envoltas nos abismos de mágicos véus formosos, E que nossos sentidos vibrem em encantos assombrosos". Tendo sido desdenhado pelas forças que conduzem ao bem e estando completamente dominado pelo desejo de obter conhecimento direto e de verdadeiro poder, está disposto a ir até as últimas conseqüências. Mas Deus está sempre presente, como foi dito no prólogo: "Um homem bom em sua mais escura aberração, Conhece ainda o caminho que o conduz à salvação". Fausto é a alma aspirante, e a alma não pode ser permanentemente desviada do caminho da evolução. A declaração de Fausto sobre seu objetivo corrobora,a afirmação de que ele tem um ideal elevado, mesmo quando chafurda na lama. Ele quer experiência: "O fim que eu aspiro não é o prazer. Agonizante bem-aventurança - eu anseio por realização. Ódio enamorado, rápido aborrecimento. Purgado do amor do saber, minha vocação. De hoje em diante, o objetivo de todos os meus poderes vai ser Livrar meu peito de toda angústia, conhecer Todo o infortúnio e o bem estar humanos no âmago do meu coração. O sublime e o profundo em pensamento abraçar, Os vários destinos do homem em meu peito acumular". Antes que alguém possa ser realmente compassivo, deve sentir, como Fausto também o deseja, tanto a profundidade das tristezas da alma humana como suas elevadas alegrias; pois, somente quando conhecemos estes extremos dos sentimentos humanos podemos sentir a compaixão necessária por aqueles que precisam ser ajudados, e assim colaborar na elevação da humanidade. Através de Lúcifer, Fausto é capaz de conhecer tanto a alegria como a tristeza. Lúcifer também admite isto quando diz: "A força que mesmo o mal planejando Para o bem está trabalhando". Pela interferência dos Espíritos de Lúcifer no esquema da evolução, as paixões da humanidade foram despertadas, intensificadas e conduzidas para um canal que tem causado todas as tristezas e enfermidades no mundo. Não obstante, isso despertou a individualidade no homem e libertou-o das condições liderantes dos Anjos. Fausto, pela ajuda de Lúcifer, é afastado dos caminhos convencionais, tornando-se assim individualizado. Quando o pacto entre Fausto e Lúcifer foi concluído, tivemos a réplica dos Filhos de Caim, que são os descendentes e protegidos dos Espíritos de Lúcifer, como vimos em "Maçonaria e Catolicismo". Na tragédia de Fausto, Margarida é a protegida dos Filhos de Seth, o clero, descrito na lenda Maçônica. No momento, as duas classes representadas por Fausto e Margarida devem defrontar-se, e entre elas será encenada a tragédia da vida. Em conseqüência das desgraças sofridas por elas, a alma criará asas que a elevarão novamente aos reinos das bem-aventuranças de onde veio. Nesse ínterim, Lúcifer leva Fausto à cozinha das bruxas onde ele vai receber o elixir da juventude, para que, rejuvenescido, possa tornar-se desejável aos olhos de Margarida. Quando Fausto aparece no palco, a cozinha das bruxas está repleta de instrumentos que são usados em magia. Um fogo infernal queima sob uma chaleira onde são preparadas as poções de amor, e há aí muito mais coisas fantásticas. Observamos vários objetos inanimados, mas o que mais desperta a nossa atenção é uma família de macacos, a qual tem um grande significado porque representa uma fase da evolução humana. A humanidade, satisfeita com a paixão instigada pelos Espíritos de Lúcifer ou Anjos caídos, libertou-se da hoste angelical liderada por Jeová. Como conseqüência desse obstinado desejo, foram logo envolvidos por "revestimentos de pele" e separados uns dos outros. O egoísmo suplantou o sentimento de fraternidade, atingindo o nadir do materialismo. Alguns foram mais passionais que outros. Por isso, seus corpos cristalizaram-se mais. Eles degeneraram e tornaram-se antropóides. Seu tamanho foi reduzido à medida que se aproximavam do limite onde a espécie devia ser extinta. Eles são, portanto, os pupilos especiais dos Espíritos lucíferos. Assim, o mito de Fausto mostra-nos uma fase da evolução humana não incluída na lenda Maçônica, e dá-nos uma visão mais completa e conjunta do que realmente aconteceu. Houve uma época em que toda a humanidade passou pelo ponto onde os cientistas acreditam estar localizado o elo perdido. Os que agora são antropóides degeneraram a partir daquele ponto, enquanto a família humana evoluiu até o presente estágio de desenvolvimento. Sabemos como a indulgência para com as paixões embrutece aqueles que por elas se deixam levar. Podemos compreender prontamente que quando o homem estava ainda em formação, sem individualidade e sob controle direto das forças cósmicas, esta indulgência não era controlada pelo sentimento da individualidade que, de certo modo, nos protege hoje. Portanto, os resultados seriam naturalmente mais desastrosos e de maiores conseqüências. Alguma vez, a alma aspirante deve entrar na cozinha das bruxas como o fez Fausto, e encarar o objetivo da lição que nos leva a considerar a conseqüência do mal, representada pelo macaco. A alma tem, então, permissão para encontrar-se com Margarida no jardim, para tentar e ser tentada, para escolher entre a pureza e a paixão, para cair como Fausto, ou permanecer firmemente na pureza, como fez Parsifal. Sob a Lei da Compensação receberá sua recompensa pelas ações praticadas no corpo. De fato, a sorte é irmã gêmea do merecimento, como Lúcifer mostra a Fausto, e a verdadeira sabedoria só se conquista com paciente perseverança na prática do bem. "Quão ligada está a sorte ao merecimento, Isso ao tolo jamais ocorreria. Eu juro, tivesse ele a pedra do homem sábio, A pedra do filósofo não seria". Fiel a seu propósito de estudar a vida em vez de livros, Fausto pede a Lúcifer que consiga introduzi-lo na casa da Margarida. Tenta conquistar a afeição dela com um principesco presente de jóias, que Lúcifer introduziu às escondidas em seu armário. O irmão de Margarida está ausente, lutando por sua pátria. Sua mãe não é capaz de decidir o que fazer com o presente, e o leva ao seu guia espiritual na igreja. Este aprecia mais o brilho das gemas do que as preciosas almas a ele confiadas. Negligencia seu dever à vista de um colar de pérolas, mais ansioso em garantir as jóias para o adorno de um ídolo, do que defender uma filha da igreja contra o perigo moral que a cerca. Assim, Lúcifer vence e rapidamente recebe uma recompensa de sangue e, em seguida, de almas humanas. Para conseguir acesso aos aposentos de Margarida, Fausto a persuade a dar à sua mãe uma poção para dormir, o que causa a esta, a morte. Valentino, o irmão de Margarida, é morto por Fausto. Margarida é encarcerada e sentenciada a sofrer pena capital. Quando uma semente adere à polpa de uma fruta ainda verde, é doloroso retirá-la de lá. Da mesma forma, o sangue, que é o assento da alma, está no corpo de uma pessoa e, quando esta encontra um fim súbito e prematuro, é fácil perceber o sofrimento de tal morte. Os Espíritos de Lúcifer deleitam-se com a intensidade do sentimento e evoluem através disso. Em relação ao objetivo, a natureza de uma emoção não é tão essencial quanto sua intensidade. Por isso, eles agitam as paixões humanas de natureza inferior, que são mais intensas em nosso presente estágio de evolução do que os sentimentos de alegria e amor. Como resultado, incitam à guerra e ao derramamento de sangue, e o que nos parece maligno agora, na realidade, são degraus para ideais mais nobres e elevados, pois, através da tristeza e do sofrimento, tais como foram gerados em Margarida, o Ego eleva-se cada vez mais na escala da evolução. Aprende o valor da virtude quando desliza na direção do vício. Foi com verdadeira compreensão deste fato que Goethe escreveu: "Quem nunca comeu seu pão em amargo afã, Quem nunca, acordado, a meia-noite viu passar, Chorando, esperando pelo amanhã, Os Poderes celestiais não sabe ainda avaliar".Max Heindel.

A importância da LUA em nossas vidas: Lilith - A Lua Negra.

No início das eras existia a Grande Deusa, e a Deusa era a própria Terra, Geia, e a Terra era a Deusa. As origens do culto à Grande Deusa são encontradas na penumbra do tempo pré-histórico. A Deusa governou por milhares e milhares de anos, anos em que a Terra vivia os ciclos lunares perfeitamente em harmonia com a vida orgânica da Mãe. Ao longo do tempo a Grande Mãe foi sendo arrasada e relegada à escuridão, e iniciou o triunfo do mais patriarcal dos arquétipos, aquele do Grande Deus Pai, Allah, IHVH, que foi completamente adotado com o crescimento do judaísmo, do cristianismo e da religião muçulmana. Foi somente na forma atenuada de Maria, Mãe de Deus, que alguns aspectos da Grande Deusa foram deixados subsistir. Várias Madonnas antigas ainda são resquícios do culto à Grande Deusa. A figura de Lilith – A Lua Negra – representa um dos aspectos da Grande Deusa. Na antiga Babilônia ela era reverenciada como Lilitu, Ischar ou Lamschtu. A mitologia judia já a colocou nos reinos mais obscuros dos demônios da noite, reino de Satã, capaz de subjugar os homens e matar crianças. O cristianismo fez dela uma prostituta por causa do medo que ela despertava nos homens. Representação de Lilith da época dos Sumérios: Terracotta. Aproximadamente 1950 Antes de Cristo. A Lilith astronômica. A Lua viaja ao longo de uma elíptica em volta da Terra. Uma elipse tem dois pontos focais e o outro ponto focal não ocupado pela Terra tem sido chamado de Lua Negra, ou Lilith. Essa é uma definição bastante simplificada pois, na realidade, a Lua e o Sol se movem, ambos, ao redor de seu centro de gravidade comum, e o caminho da Lua não possui uma elipse precisa mas um caminho bastante oscilante. Precisamos distinguir entre o ponto médio orbital da Lua, que possui uma elipse ligeiramente alongada, e a órbita real, que vacila em torno do caminho médio, devido a várias interferências. Assim como existe um Nó Lunar médio e um verdadeiro. Escrevi verdadeiro entre aspas porque o Nó lunar é verdadeiro somente duas vezes por mês, quando a Lua está realmente nele, no restante do tempo ele é tão não verdadeiro quando o Nó médio. De fato, quando trabalhamos com um ponto tão próximo à Terra, podemos somente tomar em consideração um grande eixo paralelo, ou seja, considerar, do ponto de vista da Terra, por onde estamos realmente olhando para um determinado ponto no espaço. Nesse caso a astrologia observa os planetas de forma geocêntrica, ou seja, tendo o centro da Terra como ponto de partida, e não topocentricamente, ou seja, do ponto preciso do observador. A Lua Negra tem sido definida como o afélio da órbita lunar, ou o ponto em que a órbita é mais longe da Terra. Ambos esses pontos, o afélio e o segundo ponto focal se encontram ao longo do grande eixo da elipse orbital, a linha das apsides. Vistos da terra, esses pontos estão na mesma direção e portanto ocupam o mesmo lugar no Zodíaco. O segundo ponto focal se encontra numa distância de somente 36.000 km aproximadamente da Terra, e o afélio a aproximadamente 400.000 km. À parte isso, as duas definições podem ser vistas como equivalentes: como a órbita da Lua translada continuamente no espaço, a Lua Negra se move ao longo do zodíaco aproximadamente 40º por ano. Uma revolução completa leva 8 anos e 10 meses. Lilith na Carta Astral O símbolo usado para Lilith é uma Lua Negra, em oposição à Lua real que é desenhada como cheia. Lilith é encontrada nas Cartas Astrais e desenhada de acordo com a tábua das posições planetárias ou Ephemeris. INTERPRETANTO LILITH. Muitos livros de astrologia oferecem explicações sobre Lilith. Em astrologia sua influência não deve ser negligenciada. A Lua Negra descreve nosso relacionamento com o absoluto, como nos oferecemos em sacrifício para um desenho superior e de que forma abrimos mão de nosso controle para servir ao TODO. Na mulher ela pode expressar o poder da Grande Deusa que reside em todos os seres do gênero feminino, capaz de gerar a vida. No trânsito, a Lua Negra indica alguns dos complexos de frustração e castração, freqüentemente na área do desejo, uma falta de poder da psique e uma espécie de inibição generalizada. Por outro lado, seu lugar no nosso mapa pode mostrar onde nos questionamos mais, onde questionamos nossa existência e nossas vidas, nossas crenças e nossas filosofias. Considero importante sua ação já que ela nos dá a oportunidade de abrir mão de algo, de deixar de exercer o controle deixando a vida fluir através de nós, sem levantar muros para proteger nosso EGO. Ao mesmo tempo em que nos questiona, Lilith não indica passividade, pelo contrário, mas simboliza um firme propósito de estarmos abertos e confiantes, de deixar o TODO fluir através de nós, confiando inteiramente nas grandes leis que regem o universo e às quais não podemos nos subtrair. Lilith nos prepara para abrir nosso entendimento para aquilo que é inevitável, como o nascimento de um novo ser, por exemplo, uma criação que vem através de nós mas não por nossa ação direta. Quando a vida abre caminho no ventre de uma mulher, o universo conspira para que essa vida flua através dela e não por causa dela. Daí a importância da locação de Lilith se desejarmos compreender, por exemplo, porque certas mulheres tem mais dificuldade que outras para engravidar. A confiança no desígnio superior do TODO é muito importante para deixar que a vida flua através de nossas entranhas, de nosso ventre fértil. Nada de controle, nada de vontade própria para interferir no plano divino. Graziella Marraccini.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Os grandes faraós.

Faraó era o título atribuído aos reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egito. O termo de origem egípcia que significava propriamente "casa elevada", indicando inicialmente o palácio real. Este termo, na realidade, não era muito utilizado pelos próprios egípcios. No entanto, devido à inclusão deste título na Bíblia, mais específicamente no livro do "Êxodo", os historiadores modernos adotaram o vocábulo e generalizaram-no. Em cerca de três mil anos de tradição faraônica, passaram pelo trono do Egito homens (e algumas mulheres) com aspirações bem diferentes. Desde os misteriosos construtores das pirâmides de Gizé, ao poeta místico Akhenaton, passando pelo lendário Ramsés II, encontramos toda uma diversidade de indivíduos que, no seu conjunto, governaram uma das mais importantes civilizações humanas. O poder dos faraós Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder. Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia. Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc.) e fazer a manutenção do reino. Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois esta deveria ser o túmulo para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam que Osíris (deus dos mortos) iria utilizá-la para julgar os mortos. Alguns faraós famosos e suas realizações: Tutmés I, faraó do Egito (1524-1518 a.C.) da XVIII dinastia, sucessor do seu cunhado Amenófis I (que reinou em 1551-1524 a.C.). Destacado militar, foi o primeiro faraó a ser enterrado no Vale dos Reis. Tutmés II, faraó do Egito (1518-1504 a.C.), filho de Tutmés I e meio-irmão e marido da rainha Hatshepsut. Enviou uma expedição contra as tribos núbias rebeladas contra sua soberania e contra os beduínos, povo nômade dos desertos da Arábia e do Sinai. Tutmés III, faraó do Egito (1504-1450 a.C.). Era filho de Tutmés II e genro de Hatshepsut. Durante seu reinado, Tutmés III realizou 17 campanhas militares bem sucedidas, conquistando a Núbia e o Ludão. Conseguiu que os mais importantes estados lhe rendessem tributo: Creta, Chipre, Mitani, Hatti (o reino dos hititas), Assíria e Babilônia. Tutmés III afirmou a hegemonia egípcia em todo o Oriente Médio. Tutmés IV, faraó do Egito (1419-1386 a.C.) da XVIII dinastia, filho de Amenófis II e neto de Tutmés III. Comandou expedições militares contra a Núbia e a Síria, e negociou alianças com a Babilônia e o Mitanni. Amenófis III, faraó do Egito (1386-1349 a.C.), da XVIII Dinastia, responsável por grandes trabalhos arquitetônicos, entre os quais parte do templo de Luxor e o colosso de Mêmnón. Seu reinado foi de paz e prosperidade. Akhenaton ou Amenófis IV, faraó egípcio (1350-1334 a.C.), também chamado Neferkheperure, Aknaton ou Amenhotep IV. Akhenaton era filho de Amenófis III e da imperatriz Tiy e marido de Nefertiti, cuja beleza é conhecida através de esculturas da época. Akhenaton foi o último soberano da XVIII dinastia do Império Novo e se destacou por identificar-se com Aton, ou Aten, deus solar, aceitando-o como único criador do universo. Alguns eruditos consideram-no o primeiro monoteísta. Depois de instituir a nova religião, mudou seu nome de Amenófis IV para Akhenaton, que significa "Aton está satisfeito". Mudou a capital de Tebas para Akhenaton, na atual localização de Tell al-Amama, dedicando-a a Aton, e ordenou a destruição de todos os resquícios da religião politeísta de seus ancestrais. Essa revolução religiosa determinou transformações no trabalho dos artistas egípcios e, também, no desenvolvimento de uma nova literatura religiosa. Entretanto, essas mudanças não continuaram após a morte de Akhenaton. Seu genro, Tutankhamen, restaurou a antiga religião politeísta e a arte egípcia uma vez mais foi sacralizada. Tutankamon – o faraó menino, (1352-1325 a.C.), reinou de 1334 a1325 a.C., da XVIII Dinastia, genro de Akhenaton, a quem sucedeu. Tornou-se faraó com nove anos, morreu provavelmente assassinado. Durante seu reinado, restaurou o culto a Amon, o que contribuiu para a paz no Egito. A pirâmide deste faraó foi encontrada por arqueólogos em 1922. Dentro dela foram encontrados, além do sarcófago e da múmia, tesouros impressionantes. Quéops, faraó egípcio (2638-2613 a.C.); o segundo rei da IV dinastia. A realização mais importante de seu reinado foi a construção da Grande Pirâmide de Gizé, perto do Cairo. Ramsés II (reinou em 1301-1235 a.C.), faraó egípcio, terceiro governante da XIX Dinastia, filho de Seti I. Seus principais inimigos foram os hititas; com eles assinou um tratado, segundo o qual as terras em litígio se dividiam. Durante seu reinado construiu-se o templo de Abu Simbel e concluiu-se o grande vestíbulo hipostilo do templo de Amón, de Karnak. Ramsés III (reinou de 1198 a 1176 a.C.), faraó egípcio da XX dinastia, grande líder militar que salvou o país de várias invasões. As vitórias de Ramsés III estão representadas nas paredes de seu templo mortuário em Madinat Habu, próximo à cidade de Luxor. O final de seu reinado foi marcado por revoltas e intrigas palacianas. Quéfren, quarto faraó (2603-2578 a.C.) da IV Dinastia do Egito. Construiu uma das pirâmides de Gizé. Durante muito tempo, pensou-se que a Grande Esfinge próxima a ela era uma representação do rei. Quéfren foi sucedido por seu filho Miquerinos. Seti I (reinou de 1312 a 1298 a.C.), faraó egípcio, segundo governante da XIX dinastia, filho e sucessor do faraó Ramsés I. Nos últimos anos de seu reinado, conquistou a Palestina, combateu os líbios na fronteira ocidental e lutou contra os hititas. Curiosidades. A maldição do faraó. No começo do século XX, os arqueólogos descobriram várias pirâmides no Egito Antigo. Nelas, encontraram diversos textos, entre eles, um que dizia que: "morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó". Alguns dias após a entrada nas pirâmides, alguns arqueólogos morreram de forma estranha e sem explicações. O medo espalhou-se entre muitas pessoas, pois os jornais divulgavam que a "maldição dos faraós" estava fazendo vítimas. Porém, após alguns estudos, verificou-se que os arqueólogos morreram, pois inalaram, dentro das pirâmides, fungos mortais que atacavam os órgãos do corpo. A ciência conseguiu explicar e desmistificar a questão. O período Ramsés. Ramsés foi um dos maiores faraós que o Egito já teve. Governou por 70 anos, talvez nenhum faraó tenha governado tanto. Foi um grande construtor e um grande lutador. Ramsés morreu com aproximadamente 90 anos e gerou pelo menos 90 filhos. Quando estudaram a múmia de Ramsés, viram grandes problemas com seus dentes. Pode ser que tenha morrido por infecção. Sabe-se que nos seus últimos dias sofreu bastante.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

solidão.

Ao longo de sua existência, cada ser humano precisa, às vezes, ficar só. Essa solidão é necessária para que a pessoa possa olhar-se, perceber-se, entender-se e estruturar-se, mesmo que estes sejam momentos difíceis e dolorosos. No entanto este estar só não significa, de forma alguma, o verdadeiro sentimento de solidão, que se manifesta como uma situação muito mais sofrida e penosa, indicando que algum aspecto importante da vida não está sendo suprido satisfatoriamente, podendo trazer conseqüências drásticas para a saúde física e mental do indivíduo. Esse estado de solidão traduz-se por um sentir-se estrangeiro no mundo, sem nenhuma identificação com ele e nenhum elo com as outras pessoas. Às vezes, isso causa uma depressão tão grande, que pode levar à loucura ou à morte, è deve-se entendê-lo não como uma situação física, mas como uma sensação psicológica. Para exemplificar o que é essa sensação, pode-se imaginar a vida de uma pessoa qualquer. Suponha-se uma adolescente que é alegre, comunicativa e que nunca se sentiu sozinha, mesmo quando está a sós em seu quarto. Um dia, por exemplo, ela descobre que está grávida; não sabe o que fazer e não tem coragem de repartir seu problema com mais ninguém. Mesmo cercada por seus pais, amigas e professores, ela se sente, pela primeira vez em sua vida, terrivelmente só. Seu segredo a separa das outras pessoas, e até o fato de contá-lo ou não para alguém depende de uma decisão unicamente sua. Ninguém poderá ajudá-la. Certamente, esse tempo a sós é importante para que ela possa situar-se diante da nova situação. Se ela tiver confiança em si mesma e nas pessoas que a cercam, conseguirá abrir-se, repartindo seu problema e aliviando-se do peso que carrega sozinha. Se não encontrar essa confiança nem a compreensão dos outros, poderá se isolar mais, construindo uma barreira à sua volta, consolidando sua solidão. Dentro dela poderá se formar um muro que a separará definitivamente das outras pessoas, modificando sua convivência com elas. Por isso, o psicólogo clínico Olegário de Godói define a solidão como uma torre que a pessoa constrói em volta de si mesma. Só que, quando a torre fica pronta, a pessoa percebe que se esqueceu de fazer portas e janelas, vendo-se completamente isolada, incomunicável dentro dela. Toda pessoa é limitada por seu próprio corpo. Fisicamente, ela termina onde acaba sua pele e, durante toda sua vida, carrega a si mesma, mas não pode carregar ou conter nenhum outro. "Ontologicamente, por sua própria natureza física, o ser humano é solitário. Entra no mundo, faz sua trajetória por ele e também o deixa completamente sozinho. Há certas situações que são vivenciadas apenas dentro de cada um, e, por maior que seja a união entre duas pessoas, há o limite do próprio corpo, que impede a interação total entre elas" — explica dr. Olegário. Ao mesmo tempo, o ser humano é também essencialmente gregário, como qualquer outro animal. À natureza fez dele um ser social, presenteando-o, dessa forma, com o recurso que lhe permite superar a solidão. Cada indivíduo, portanto, tem necessidade de se relacionar com os outros, de fazer parte de um grupo, de sentir-se unido ao todo, repartindo-se com seus semelhantes, para não cair num isolamento nocivo e destrutivo. O meio que possibilita satisfazer essa necessidade humana é a comunicação, que só ocorrerá de maneira plena e verdadeira quando estiver fundamentada no amor. Quanto maior a capacidade, a liberdade e as oportunidades de comunicação — de repartir sentimentos, emoções e impressões pessoais —, menos solitária a pessoa se sentirá. "O homem supera sua solidão ontológica quando vive num ambiente favorável às relações, que o deixa à vontade para trocas e diálogos. Mas, quando vive num meio adverso, que tolhe sua capacidade de comunicação, sente clara e aterradoramente sua condição existencial solitária" — diz o psicólogo. Eis, portanto, o segredo capaz de abrir as portas da torre habitada pêlos solitários. Porém a comunicação não constitui uma tarefa tão fácil e simples. Existem inúmeros fatores que impedem ou dificultam sua concretização, sustentando um exército de pessoas que vivem sozinhas e solitárias no mundo. Muitos indivíduos fracassam na difícil e complicada missão, dada a todo ser humano, de sair de si mesmo em busca do outro. Inúmeros e diferentes motivos contribuem para que isso ocorra com freqüência. De um lado, busca-se a interação com alguém, que sempre se apresenta como um outro mundo, estranho, indecifrável e misterioso, do qual teme-se a aproximação. De outro, grande parte das pessoas não aprendeu a expressar seus próprios sentimentos, seu "eu" verdadeiro, escondendo-se o tempo todo de si mesmas e dos outros. Às vezes, é o receptor que interpreta erroneamente a mensagem recebida e, baseando-se em seus próprios códigos, cria barreiras à comunicação. Em outras ocasiões, o emissor é quem não consegue enviar mensagens límpidas e claras, revelar suas reais intenções e fazer-se entender. As crianças e os jovens, por exemplo, são naturalmente muito espontâneos em seus contatos pessoais, não colocando obstáculos à comunicação. Mas essa espontaneidade vai sendo podada com o tempo; padrões de comportamento vão sendo impostos e barreiras vão sendo construídas. O medo de se expor demais, de não ser bem aceito e compreendido, e tantos outros medos cortam a autenticidade da comunicação e atrapalham os relacionamentos, isolando as pessoas umas das outras. Pode-se até dizer que são esses medos as principais causas da solidão. "Quando alguém se comunica, comunica a si mesmo" — argumenta dr. Olegário. "Comunicar-se, portanto, significa dar-se, revelar-se, o que constitui sempre um risco. Existe, então, muito medo de dar-se, ficando a comunicação num nível superficial, ilusório, que não tira ninguém da solidão." Por isso, um indivíduo pode sentir-se solitário, mesmo que viva no meio de muitas pessoas. Quando não há profundidade nos relacionamentos e acolhimento entre as pessoas, a comunicação não as satisfaz. A proximidade física, por si só, não significa nada. É necessário construir pontes de diálogo, no qual cada um sente-se valorizado, compreendido, aceito e recebido sem interpretações distorcidas, falsas ou preconceituosas. A sensação de solidão não surge de uma hora para outra. Esta é uma torre construída com uma pedrinha colocada hoje, um tijolo amanhã, até que o indivíduo se percebe preso lá dentro. Muitas vezes a torre foi construída pêlos outros ou por uma circunstância, e a pessoa foi jogada lá dentro sem querer. Por isso é necessário ficar atento, destruindo a primeira pedrinha que aparecer, pois a solidão, com certeza, trará danos profundos para a vida e a saúde.A socialização, fator importante para que cada um aprenda a conviver e a confiar nos outros, nem sempre ocorre de maneira adequada, contribuindo para que se formem pessoas arredias e solitárias. Muitas proibições, falta de amor e compreensão dos pais favorecem a tendência ao isolamento. Uma doença prolongada, responsabilidades assumidas muito cedo ou superproteção também podem impedir o desenvolvimento normal da socialização. Existem, também, alguns indivíduos que são naturalmente mais introvertidos, e qualquer condição adversa leva-os a retraírem-se ainda mais. Esses costumam criar um mundo à parte: vivem fantasias intensas, que acreditam ser reais; apegam-se a bichinhos de estimação; comunicam-se com livros, objetos ou visões, para se defenderem de sua dolorosa solidão. No entanto, deve-se evitar tal isolamento, não permitindo que os medos ganhem espaço, buscando ajuda de alguém e abrindo portas para o encontro com outros. Todos os seres humanos precisam de companhia, e não se pode ficar a vida inteira escondendo-se. Por isso, é necessário um pouco de coragem para sair do esconderijo, mostrando-se aos outros. "Se não encontramos receptividade em um determinado meio, sempre haverá uma outra platéia onde seremos bem aceitos" — propõe dr. Olegário —, "sempre haverá alguém disposto a nos ouvir, a compartilhar conosco alguns momentos e emoções verdadeiras, mas é preciso sair em sua busca." Na verdade, sair sozinho de uma situação de solidão constitui uma tarefa quase impossível. Mesmo depois de dar o primeiro passo, a pessoa solitária precisa da ajuda de uma outra, que se interesse por ela, que a trate com carinho e lhe inspire confiança. Sentindo essa mão amiga, consegue-se abandonar definitivamente a torre do isolamento. Por isso, os especialistas concordam que o amor é um fator essencial, pois só ele propicia a verdadeira comunicação, libertando as pessoas. "Não é, de forma alguma, saudável viver solitário" — garante dr. Olegário, e recomenda: "Deve-se evitar a solidão como um câncer da alma, pois o homem não foi criado para estar só. Sua condição ontológica, que o confina dentro da própria pele, faz dele uma unidade isolada, como um grão de areia. Mas o grão de areia só se realiza plenamente quando é praia". Finalmente, o psicólogo aconselha algumas atitudes, que podem ser tomadas por todos, como medidas preventivas contra a solidão. A primeira delas consiste em desenvolver os talentos, a inteligência e as habilidades, alargando o próprio mundo e adquirindo elementos que permitirão entrar em contato com outros mundos. Outra é participar de grupos — políticos, religiosos, esportivos ou culturais — que tenham a ver com a própria personalidade, criando oportunidades para encontros e convivências. Além disso, buscar dentro de si mesmo alegria e espontaneidade, que, com certeza, atrairão a amizade e companhia das outras pessoas. Sem dúvida, esses comportamentos constituem antídotos eficazes e uma porta sempre aberta, impedindo o isolamento. Não se pode esquecer que todo ser humano foi criado para relacionar-se com seus semelhantes, com o mundo que o rodeia e com seu Deus. A solidão indica que essa importante função humana não está sendo cumprida e que uma necessidade natural não está sendo satisfeita. Por isso ela é contrária à vida, que brota, se desenvolve, floresce e se renova com a comunicação, a partilha e o amor. Maria Helena Brito Izzo.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Minha Mente é Para Mim Um Reino.

Minha mente para mim é um reino; Encontro nela um bem-estar tão perfeito Que supera qualquer outra bênção, Venha de Deus ou da natureza. Por mais que eu queira o que a maioria busca, Minha mente proíbe e afasta a ambição. Nenhum porto principesco, nenhum estoque de riquezas, Coisa alguma para forçar a vitória; Tampouco sagaz destreza para atenuar uma ferida, Nem aparências para atrair um olhar afetuoso. Não sou escravo de nada disso. Por quê? Minha consciência despreza esse tipo de coisas. Vejo que muitos com freqüência se excedem; E os que escalam rapidamente – logo vão despencar. Vejo aqueles que estão no alto serem Mais ameaçados que os outros, por desgraças. Eles conquistam com esforço e guardam com medo; E tais preocupações minha mente não quer tolerar. Prefiro não adotar uma atitude de orgulho; Não desejo mais que o suficiente, E nada faço além do que posso fazer bem. Tudo que necessito, minha mente me garante. Veja! Assim triunfo como um rei, Com qualquer coisa tenho a mente contente. Eu não rio da perda que o outro sofre, Nem invejo o ganho do outro; Nenhuma onda do mundo pode agitar minha mente; Eu tolero bem o que é a ruína de muita gente. Não temo o inimigo, e nem bajulo o amigo, Não detesto a vida, nem temo o meu fim. Minha riqueza é a saúde, e uma perfeita calma; E a consciência limpa é minha principal defesa; Não uso suborno ou sedução para agradar, Nem me afasto de alguém para ofender e ferir. Assim eu vivo, assim irei morrer, E gostaria que todos tivessem – esse jeito de ser! Sir Edward Dyer.

Destino.

Perceba que uma gota não tem como saber o que é um oceano até que se dissolva no próprio oceano. Do mesmo modo, enquanto o indivíduo existir, a vontade da existência não será conhecida. Se vc puder abrir mão da sua individualidade, se puder abrir mão do ego, se puder se entregar totalmente, se vc puder desaparecer no Todo e lutar como um instrumento, como uma testemunha... Então a vontade da existência será conhecida o tempo todo. Tente perceber que não há maneira de alterarmos a realização da existência. Mas podemos lutar, podemos nos arruinar, podemos destruir a nós mesmos na esperança de alterarmos a vontade da existência. Existe uma história muito interessante de dois pedaços de palha que estão se afogando em um rio caudaloso. Uma das palhas, que está disposta em diagonal na correnteza, está tentando conter o rio, está gritando que não deixará o rio continuar. Apesar das águas do rio continuarem rolando e a palha ser incapaz de controlá-las, ela continua gritando que o rio será contido. Mas essa palha continua se afogando. O rio não ouve a sua voz e não sabe que a palha está lutando contra ele. É uma palha muito pequena, o rio não sabe que ela existe, e ela não faz a menor diferença para ele. Mas para a palha é uma questão de grande importância. É a maior dificuldade de sua vida, ela está se afogando, mas continua lutando... Ela chegará ao mesmo lugar que chegaria se não estivesse lutando. No entanto, como está lutando, esse momento, esse período será de dor, pesar, de conflito e ansiedade. A palha perto dela se soltou. Ela não está indo contra o fluxo. Ela está deitada reta, na direção em que o rio está correndo... E acredita que está ajudando o rio a correr. O rio também não conhece a existência dessa palha. Mas a palha pensa que, como está levando o rio para o mar, o rio vai chegar lá. E o rio desconhece essa ajuda. Tudo isso não faz a menor diferença para o rio, mas para as duas palhas trata-se de um assunto de grande importância. Aquela que está guiando o fluxo do rio está sentindo uma imensa alegria; está dançando, repleta de prazer. A palha que está lutando contra o rio está sofrendo muito. Sua dança não é uma dança, é um pesadelo. Na vida é a mesma coisa... Um indivíduo não consegue fazer qualquer coisa exceto pela vontade da existência. Mas ele tem a liberdade de lutar, e lutando ele tem a liberdade de ficar ansioso. Segundo Sartre “o homem está condenado a ser livre”. No entanto, o homem pode usar a sua liberdade de duas maneiras: Pode usar sua liberdade contra a existência e criar um conflito. Nesse caso sua vida será de pesar, dor e angústia. Outro indivíduo pode fazer de sua liberdade um objeto de entrega à existência – e sua vida será uma vida de alegria, uma vida de dança e canção. Então é impossível conhecer a vontade da existência, mas certamente é possível transformar-se em um com Ela. E se for o caso, então a vontade da pessoa desaparecerá e apenas a vontade da existência permanecerá.osho.

Círculos ilusórios.

A vida vivida inconscientemente não pode ter nenhum sentido. Na verdade, a vida não tem nenhum significado em si mesma. O significado surge quando a consciência surge em você. Então, a vida reflete a sua consciência, então a vida se torna um espelho, então, a vida ecoa a sua canção, a sua celebração, a sua música interior. Ouvindo aqueles ecos, você começa a sentir a significância, o significado, o valor. Vivendo uma vida inconsciente, você pode ir mudando de um trabalho para outro – isso não vai ajudar. Talvez, por alguns dias, enquanto o trabalho for novo e houver excitação, você possa sentir-se bem. Você pode novamente projetar suas ilusões, você pode novamente começar a ter expectativas: “Desta vez vai acontecer. Talvez não tenha acontecido até agora, mas desta vez vai acontecer”. Um homem de consciência vive sem expectativas, desse modo, ele não sente nenhuma frustração, jamais. Mais cedo ou mais tarde, quando a lua-de-mel acabar, você se sentirá frustrado. E por quanto tempo a lua-de-mel pode durar? E cada vez, a frustração vai ser maior, porque seus fracassos estão se amontoando – eles estão se tornando uma montanha. E você falhou tantas vezes, que, lá no fundo, em algum lugar, o medo oculto está sempre presente – mesmo quando você está em lua-de-mel, lá no fundo, o medo está sempre presente, de que aquilo não vai ser diferente. Mas você tem de ter esperanças para viver, caso contrário... Assim, as pessoas vão mudando seus empregos, vão mudando seus passatempos, vão mudando suas esposas, seus maridos, vão mudando suas religiões. Elas vão mudando tudo que pode mudar – com a esperança de que, “desta vez”, algo vá acontecer. Mas a menos que você mude, nada vai acontecer. Não é uma questão de mudar algo do lado de fora... Você permanece o mesmo! A razão é clara! Aquele que escolhe é o mesmo, seus gostos são os mesmos. Você irá sempre gostar de um certo tipo de mulher ou de um certo tipo de homem. Quando você se apaixona por uma mulher ou um homem, você sabe por quê? Você não tem consciência, você não tem consciência do seu próprio funcionamento. A menos que você se torne consciente do por que de você fazer certa coisa, do por que de você escolher certa pessoa, certo trabalho, certo emprego, certa mulher, certo homem, você está fadado a permanecer frustrado. E de novo, e novamente, você perderá o significado da vida. A vida é apenas uma tela vazia: você tem de pintar o significado nela. Seja o que for que você pinte será o significado da sua vida. Então, ao invés de mudar as coisas – em qualquer direção ou dimensão externa – mude sua consciência. A mudança tem de ser interna. Somente a mudança interna pode mudar alguma coisa, caso contrário, todas as mudanças serão falsas.osho

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

utopia.

Thomas More, estadista e pensador inglês do século XV, imaginou a sociedade ideal. Deu forma às reflexões na célebre obra denominada Utopia (do grego: “lugar nenhum”). Nesta, More projetou uma civilização que teria superado todas as imperfeições de ordem moral e social, vivendo a felicidade que provém de leis justas e costumes igualitários. Presume-se que, a exemplo de tantos outros homens de gênio, desde remotas eras, Thomas More era profundamente insatisfeito com as mazelas da sociedade de sua época, o que o levou a satirizá-la em seus escritos. Séculos antes, Platão já visualizava uma humanidade regida por princípios que, a seu ver, seriam os mais adequados para prover a paz e a ordem. É o que se pode depreender de seus diálogos, especialmente de A República e também da inusitada narrativa sobre o reino de Poseidon. Quase na mesma época de Thomas More, outro personagem ilustre também deixou consignado em uma obra o seu ideal de civilização. Esse homem foi Francis Bacon (1561 – 1626), filósofo, místico, estadista, que, entre outras coisas, organizou a língua inglesa. Seu livro, “Nova Atlântida”, pode ter sido a fonte de inspiração para os colonizadores da América, que viram a possibilidade de fundar no novo continente as bases da Nova Ordem prevista por Bacon. E hoje? Na velocidade da luz, as informações atravessam continentes; incontáveis engenhos espaciais orbitam o planeta ou cruzam o sistema solar, colhendo milhões de dados que enriquecem a ciência; a medicina realiza prodígios inconcebíveis há menos de meio século. Nem por isso o homem é mais feliz do que no passado distante. Como sabê-lo? Basta que consideremos o custo de uma guerra. Todos os países, por mais ricos e civilizados que sejam, têm problemas sociais de diversas naturezas, muito deles dependendo principalmente de dinheiro para serem solucionados. Mas uma bomba de alta potencia, ao explodir, não destrói apenas o inimigo; queima consigo alguns milhares de dólares que dariam, confortavelmente, para construir uma escola ou aparelhar um hospital. Qual é o preço de um caça moderno? Ou um tanque? Um submarino? São bilhões que permanecem estagnados, servindo unicamente para manter o equilíbrio do medo. Hoje, a imensa maioria das pessoas também alimenta uma utopia, uma “Nova “Atlântida”; um tempo em que, finalmente, o homem deixe de ser lobo do homem e a felicidade seja a única lei a ser rigorosamente cumprida. O bom senso, porém, nos diz que não há como ser feliz às custas do sofrimento e da privação de outrem, de modo que a construção desse novo tempo implica na reeducação interior. Precisamos rever os conceitos de liberdade, justiça, direito, propriedade, hierarquia e todos os balizamentos éticos que têm sustentado de forma precária o mundo em que vivemos, para que a nova ordem da humanidade seja a somatória da renovação individual. É saudável que alimentemos uma utopia. Melhor ainda se for alicerçada em princípios universais, e que encontre ressonância no íntimo da alma, como a linguagem sem palavras que nos fala da grandiosidade da obra Divina em cada grão de areia e em cada astro do Cosmo. Os Rosacruzes, homens e mulheres devotados ao progresso e à felicidade pela conquista do conhecimento das leis naturais e cósmicas, também têm sua Utopia. Utopia Rosacruz. Deus de todos os seres humanos, Deus de toda vida, na Humanidade com que sonhamos Os políticos são profundamente humanistas e trabalham a serviço do bem comum. Os economistas gerem as finanças dos Estados com discernimento e no interesse de todos, Os sábios são espiritualistas e buscam sua inspiração no Livro da Natureza, Os artistas são inspirados e expressam em suas obras a beleza e a pureza do Plano Divino, Os médicos são motivados pelo amor ao próximo e cuidam tanto das almas quanto dos corpos, Não há mais miséria nem pobreza, pois cada qual tem aquilo de que precisa para viver feliz, O trabalho não é mais vivenciado como uma coerção, mas como uma fonte do desabrochar e de bem-estar, A natureza é considerada como o mais belo dos templos e os animais como nossos irmãos em via de evolução, Há um Governo mundial, formado pelos dirigentes de todas as nações, trabalhando no interesse de toda a Humanidade, A espiritualidade é um ideal e um modo de vida que têm sua fonte numa Religião universal, baseada mais no conhecimento das leis divinas do que na crença em Deus, As relações humanas são fundadas no amor, na amizade e na fraternidade, de modo que o mundo inteiro vive em paz e harmonia. Assim seja!

ORAÇÃO DOURADA...

Não Vos peço que me mandes Luz Senhor, Quero apenas enxergar a que possuo. Não Vos peço que elimine as minhas feridas, Quero apenas saber em que parte de mim Guardaste o lenitivo para elas, meu Pai. Não Vos peço que me dês forças, Quero apenas conhecer o modo De utilizar o que já me destes. Não Vos peço poderes, meu Deus, Quero apenas empregar os que possuo. Não Vos peço coragem, Senhor, Quero apenas dominar os meus temores. Não Vos peço amor, Santíssimo, Quero apenas a destreza para Lidar com os meus ressentimentos. Não Vos peço a verdade, Amado, Quero apenas a consciência de que Ela existe e está em mim e que eu possa No final erguer a mim em altura e ao teu lado. Me sentir bom, pois muitos julgam-se bons, Mas só se é bom quando não se julga. LISON.F.R.C.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

2013 ano novo chines.Ano da serpente.

Na China, há um dito popular que diz: Todos os planejamentos do ano se fazem na primavera, pois a chegada do Ano Novo coincide com o início da primavera lá, sempre no final de janeiro ou início de fevereiro. Não existe uma data certa, como aqui no ocidente, porque o calendário chinês é baseado no ciclo lunar. Na véspera do Ano Novo as pessoas fazem limpezas gerais: limpam e arrumam a casa, cortam o cabelo, fecham as contas, colocam oferendas aos Deuses que cuidam da casa, preparam as roupas... A cor vermelha, por ser yang e vibrante é a cor predominante durante as comemorações do Ano Novo. As mulheres da família procuram usar um vestido novo nesta cor para assegurar a sorte e um bom ano. Além desta cor, outras cores da sorte são o amarelo e o roxo. No último jantar do ano a família se reúne para a refeição do fechamento do ciclo anual. São feitos pratos especiais para trazer todo o tipo de sorte e felicidade. Não podem faltar os bolinhos em forma de lingotes de ouro; o peixe que representa o dinheiro; as tangerinas, também chamadas de laranjas da sorte; o prato feito com arroz moti representando a prosperidade e o talharim (macarrão) que representa vida longa, muito usado em aniversários. Todas as frutas e doces são servidos em bandejas ou embalagens vermelhas. A refeição é feita em uma mesa circular para favorecer o relacionamento e a união dos membros da família. As pessoas procuram perdoar as ofensas, esquecer as diferenças e evitar os maus pensamentos. Tudo é comemorado com muita alegria e fartura para trazer muita sorte e felicidade. Durante a comemoração, lanternas vermelhas são acesas e penduradas diante da porta principal, e só serão retiradas após os 15 dias do Ano Novo. Fogos de artifício são estourados para espantar os maus espíritos. No primeiro dia do ano é muito comum as crianças e os solteiros da casa ganharem um envelope vermelho contendo dinheiro. Este envelope é distribuído pela matriarca da casa (avó ou bisavó) com propósitos auspiciosos. Um outro costume é colocar desejos escritos com tinta preta em tiras de papel vermelho na porta de entrada. O preto representa a água e a sabedoria; e o vermelho, o fogo e o sucesso. Segundo o dito popular Quando um pingo de água cai sobre o fogo, acontece uma ebulição; e é por ebulição que todas as coisas acontecem. Os desejos devem ser escritos por criativos e competentes calígrafos, de forma poética e metafórica para poder trazer sorte e realização. Uma forma variada deste costume é o Espalhar da Primavera onde as pessoas escrevem em um papel vermelho com uma letra bem bonita o seu pedido sincero e de boas intenções. Este pedido deve sempre visar o bem, não pode ser egoísta e nunca visar prejudicar alguém. Depois de mentalizar o pedido realizado, o papel é pendurado na janela ou porta, com uma linha ou fita vermelha, para que os ventos possam levar e trazer o pedido. Como se vê, os costumes podem ser diferentes, mas as intenções são sempre as mesmas. Feliz Ano Novo Chinês! Teresa Kam Teng.

Carnaval.

Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque. O carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o maior carnaval do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos de rua da cidade. Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo. História e origem. A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres. Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras). O termo mardi gras é sinônimo de Carnaval. Carnaval de Veneza, Itália. O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia. No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual. Cálculo do dia da Carnaval. Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa, com exceção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Datas do Carnaval. O Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa, em fevereiro, geralmente, ou em março, conforme o Cálculo da Páscoa , ocorre próximo do dia de Lua Nova]. Assim, poderá calhar próximo do ano novo chinês, se calhar antes ou próximo de 19 de fevereiro No século XXI, a data em que ocorreu mais cedo foi a 5 de fevereiro de 2008 e a que ocorrerá mais tarde será a 9 de março de 2038. Embora seja possível noutros séculos, o dia de Carnaval não ocorrerá a 3 ou 4 de fevereiro durante todo o século XXI. Data de Carnaval em anos próximos. 2013 12 de fevereiro. 2014 4 de março. 2015 17 de fevereiro. 2016 9 de fevereiro. 2017 28 de fevereiro. 2018 13 de fevereiro. 2019 5 de março. 2020 25 de fevereiro. 2021 16 de fevereiro. 2022 1 de março. 2023 21 de fevereiro.f.p.wikepédia.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O Uso e o Significado da Grande Invocação.

O Mantram da Era de Aquário. A beleza e a força desta Invocação jazem em sua simplicidade e em sua expressão de certas verdades centrais que todos os homens, inata e normalmente, aceitam - a verdade da existência de uma inteligência básica a Quem nós vagamente chamamos de Deus; a verdade que por trás de toda aparência exterior, o poder motivador do universo é o Amor; a verdade que uma grande Individualidade, chamada Cristo pelos cristãos, veio à terra e encarnou aquele amor de modo que o pudéssemos entender; a verdade que tanto o amor como a inteligência são efeitos do que é chamada a Vontade de Deus; e finalmente a verdade auto-evidente que somente através da humanidade mesma pode o Plano cumprir-se. Toda esta Invocação se refere ao dominador e revelador reservatório de energia, à causa imediata de todos os acontecimentos na terra que indicam a emergência daquilo que é novo e melhor; esses acontecimentos demonstram a progressão da consciência em direção à luz maior. O apelo invocativo habitual tem sido até agora egoísta em sua natureza e temporário em sua formulação. Os homens tem orado para si próprios; eles tem invocado a ajuda divina para os que amam; e dado uma interpretação material a suas necessidades básicas. Esta invocação é uma oração mundial; ela não tem qualquer apelo pessoal, nem urgência invocativa temporal; ela expressa a necessidade da humanidade e mergulha em todas as dificuldades, dúvidas e questionamentos diretamente até a Mente e o Coração D'Aquele em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser - Aquele Que permanecerá conosco até o final do próprio tempo e "até que o último cansado peregrino tenha encontrado seu caminho de volta para casa". DO PONTO DE LUZ NA MENTE DE DEUS, FLUA LUZ ÀS MENTES HUMANAS; QUE A LUZ DESÇA À TERRA. Nas primeiras três linhas temos a referência à Mente de Deus como um ponto focal para a luz divina. Isso se refere à alma de todas as coisas. O termo alma com seu principal atributo de esclarecimento inclui a alma humana e aquele ponto de consumação de luz que nós consideramos como a "ofuscante" alma da humanidade. Aquela alma traz luz e espalha iluminação. Ela é necessária sempre, para lembrar que a luz é energia ativa. Quando nós invocamos a Mente de Deus e dizemos: "Flua luz às mentes dos homens, que a Luz desça à Terra", nos estamos vocalizando uma das grandes necessidades da humanidade e, se a invocação e a prece significam realmente algo, a resposta é certa e segura. Quando encontramos presente em todas as pessoas, em todas as épocas, em cada era e em toda situação, a urgência em verbalizar um apreço ao Centro espiritual invisível, há uma segura certeza de que um centro existe. A Invocação é tão velha quanto a própria humanidade. O Cristo nos disse que os homens "amam as trevas em vez da luz, porque seus atos são maus". Contudo, uma das grandes belezas emergentes no tempo atual é que a luz está sendo lançada em cada lugar escuro, e nada há oculto que não venha a ser revelado. As pessoas reconhecem a presente trava e miséria e consequentemente saúdam a luz. A iluminação das mentes do homens, de modo a que eles possam ver as coisas como elas são, pode alcançar motivos corretos e o meio de alcançar corretas relações humanas é agora uma necessidade capital. Na luz que iluminação traz, veremos finalmente luz, e o dia virá em que milhares de filhos dos homens e incontáveis grupos serão capazes de dizer com Hermes e com o Cristo: "Eu sou (ou nós somos) a luz do mundo". DO PONTO DE AMOR NO CORAÇÃO DE DEUS, FLUA AMOR AOS CORAÇÕES HUMANOS; QUE AQUELE QUE VEM VOLTE À TERRA. Nas três linhas seguintes, o Coração de Deus é envolvido e o ponto focal do amor considerado. Este "coração" do mundo manifestado é a Hierarquia espiritual - esse grande agente transmissor de amor para dotar de forma a manifestação divina. O Amor é uma energia que deve alcançar os corações dos homens e fecundar a humanidade com a qualidade da compreensão amorosa, isso é o que é expresso quando o amor e a inteligência se expressam juntos. Quando os discípulos estiverem agindo realmente em nome do Cristo, então virá o tempo em que Ele poderá novamente andar no meio dos homens de maneira pública; Ele poderá ser publicamente identificado e assim fazer Seu trabalho em níveis exteriores de vida assim como no interior. O Cristo disse ao se despedir de Seus discípulos: "Estou com vocês sempre, até o fim dos dias". Quando o Cristo vier, haverá um florescimento de grande atividade de Seu tipo de consciência entre os homens; Ele incutirá no mundo dos homens a potência e a energia distintiva do amor intuitivo. Os resultados da distribuição dessa energia de amor serão de duplo aspecto: Primeiro, a energia ativa da compreensão-amorosa mobilizará uma tremenda reação contra a potência do ódio. Odiar, ser separativo e ser exclusivo virão a ser considerados como o pecado único, pois será reconhecido que todos os pecadores, tais como relacionados e agora considerados como erros, somente se desenvolvem a partir do ódio ou de seu produto, a consciência anti-social. Em segundo lugar, homens e mulheres incontáveis em todos os países constituir-se-ão em grupos para a promoção da boa-vontade e apara a produção de corretas relações humanas. Tão grande será o seu número que, de uma minoria pequena e relativamente sem importância, chegarão a ser a maior e mais influente força no mundo. DO CENTRO ONDE A VONTADE DE DEUS É CONHECIDA, GUIE O PROPÓSITO TODAS AS PEQUENAS VONTADES HUMANAS; O PROPÓSITO QUE OS MESTRES CONHECEM E A QUE SERVEM. Nestas linhas encontramos uma prece em que a vontade humana possa ser ajustada de modo a ficar em conformidade com a vontade divina, mesmo que esta não seja compreendida. Há uma indicação nessas três linhas que a humanidade em si mesma não pode, por enquanto, alcançar o que seja o propósito da Vontade de Deus, aquele aspecto da vontade divina que procura imediata expressão da terra. Mas certamente, na medida em que o propósito da Vontade de Deus busca influir sobre a vontade humana, ela é expressa em termos humanos como boa-vontade, como determinação viva ou como uma intenção fixa de alcançar corretas relações humanas. A vontade divina, tal com é essencialmente, permanece o grande mistério. O próprio Cristo lutou com o problema da vontade divina e dirigiu-Se ao Pai quando pela primeira vez Ele se conscientizou da extensão e da complexidade de Sua missão como salvador mundial. Ele então bradou alto: "Pai, não a minha vontade mas a Tua seja feita". Essas palavras marcaram o abandono dos meios através dos quais Ele estivera tentando salvar a humanidade; isso Lhe indicava o que poderia àquela tempo, ter parecido um fracasso e que Sua missão não estava cumprida. Por dois mil anos Ele tem esperado para ver frutificar aquela missão. Ele não pode prosseguir com Sua missão sem uma ação recíproca da humanidade. Essa Invocação é peculiar e, essencialmente, o Próprio Mantram do Cristo. Seu "som ecoou" para o mundo inteiro por intermédio da sua enunciação por Ele e através de seu uso pela Hierarquia espiritual. Agora suas palavras devem espalhar-se pelo mundo inteiro através de sua enunciação pelos homens em toda parte e seu significado deve ser expresso pelas massas no devido tempo. Então o Cristo poderá novamente "descer à terra" e "ver a obra de sua alma e ficar satisfeito". DO CENTRO A QUE CHAMAMOS RAÇA HUMANA, CUMPRA-SE O PLANO DE AMOR E LUZ; E QUE ELE VEDE A PORTA ONDE MORA O MAL. No quarto grupo de três linhas, tendo invocado os três aspectos ou potências da Mente, Amor e Vontade, temos a indicação da ancoragem de todos esses poderes na própria humanidade, no "centro a que chamamos raça dos homens". Aqui, e somente aqui, podem todas as três qualidades divinas - em tempo e espaço - expressar-se e encontrar plena realização; aqui, e somente aqui, pode o amor verdadeiramente nascer, a inteligência corretamente funcionar e a Vontade de Deus demonstrar sua efetiva vontade-para-o-bem. Pela humanidade, só e sem ajuda (exceto pelo divino espírito em todo ser humano), pode a "porta onde habita o mal" ser selada. Esta linha final da quarta estrofe talvez exija explicação. Esta é uma maneira simbólica de expressar a idéia de tornar os propósitos maus tanto inativos quanto ineficazes. Não há particular localização para o mal; no Livro das Revelações, o Novo Testamento fala do mal e da destruição do diabo e do tornar Satã impotente. A "porta onde mora o mal" é mantida aberta pela humanidade através de seus desejos egoístas, seus ódios e separatividade, por sua ambição e suas barreiras raciais e nacionais, suas baixas ambições pessoais e seu amor pelo poder e crueldade. À medida que a boa-vontade e a luz fluírem nas mentes e corações humanos, essas más qualidades e essas energias dirigidas que mantém aberta a porta do mal dão lugar a uma ânsia por corretas relações humanas, a uma determinação para criar um mundo melhor e mais pacífico e a uma expressão mundial da vontade-para-o-bem. À proporção que essas qualidades se superponham às velhas e indesejáveis, a porta onde mora o mal simbolicamente fechar-se-á lentamente através da mudança de rumo do peso da opinião pública e pelo correto desejo humano. Nada pode impedi-lo. Assim o Plano original será restaurado na terra. Simultaneamente, a porta para o mundo da realidade espiritual abrir-se-á diante da humanidade e a porta onde mora o mal será fechada. Assim, através do "centro a que chamamos raça dos homens" o Plano de Amor e Luz opera e aplica o golpe de morte no mal, no egoísmo e na separatividade, selando-os na tumba da morte para sempre; assim também o propósito do Criador de todas as coisas será cumprido. QUE A LUZ, O AMOR E O PODER RESTABELEÇAM O PLANO DA TERRA. Fica evidente que as três primeiras estrofes invocam, ou apelam para os três aspectos da vida divina que são universalmente reconhecidos: a mente de Deus, o amor de Deus e a vontade ou o propósito de Deus; a quarta indica a relação da humanidade com essas três energias de inteligência, amor e vontade e a profunda responsabilidade da humanidade de implementar a difusão do amor e luz na terra para restaurar o Plano. Este Plano convoca a humanidade para a expressão do Amor e desafia os homens para "deixarem sua luz brilhar". Então vem a solicitação solene final para que este "Plano de Amor e Luz", atuando através da humanidade, possa "murar a porta onde mora o mal". A linha final então contém a idéia da restauração, indicando a nota-chave para o futuro e que dia virá quando a idéia original de Deus e Sua intenção inicial não mais serão frustadas pelo mal e pelo livre-arbítrio humanos, pelo puro materialismo e egoísmo; o propósito divino será então, através dos corações e dos objetivos renovados da humanidade, alcançado. (texto elaborado pela Fundação Cultural Avatar - Niterói - RJ - Brasil)

A GRANDE INVOCAÇÃO.

DO PONTO DE LUZ NA MENTE DE DEUS, FLUA LUZ ÀS MENTES HUMANAS; QUE A LUZ DESÇA À TERRA. DO PONTO DE AMOR NO CORAÇÃO DE DEUS, FLUA AMOR AOS CORAÇÕES HUMANOS; QUE AQUELE QUE VEM VOLTE À TERRA. DO CENTRO ONDE A VONTADE DE DEUS É CONHECIDA, GUIE O PROPÓSITO TODAS AS PEQUENAS VONTADES HUMANAS; O PROPÓSITO QUE OS MESTRES CONHECEM E A QUE SERVEM. DO CENTRO A QUE CHAMAMOS A RAÇA HUMANA, CUMPRA-SE O PLANO DE AMOR E LUZ; E QUE ELE VEDE A PORTA ONDE MORA O MAL. QUE A LUZ, O AMOR E O PODER RESTABELEÇAM O PLANO NA TERRA.

Uma Oração ao Sol.

No alto da cordilheira, Alguém está voltado para a luz Que transfigura o céu desde a linha do horizonte. O vago vulto humano se curva e espera. Ele faz uma saudação com as mãos unidas E parece murmurar alguma coisa. O Sol que emerge para abrir o dia É o Surya da antiga Índia, o deus egípcio Aton, O Carro de Apolo grego, o Viracocha do povo andino. Neste ponto da Cordilheira, Predomina a paz da altitude elevada. A Porta do Sol do lago Titicaca Simboliza a luz da vida cósmica. Cada ser humano é o desdobramento de uma fagulha Do espírito que movimenta a estrela. Centro da música pitagórica das esferas, O Sol é fonte de humildade e plenitude. As coisas humanas giram ao seu redor, No passado como no futuro, No tempo como no espaço. Elas circulam em torno dele, Assim na Terra como na parte mais próxima do céu. A vida começa a adormecer No momento da sua ausência. Cada nova presença sua Ilumina e desperta uma parte do mundo. A força do seu disco dourado Devolve a vida a cada parcela do planeta. Sua luz acorda e faz dormir a todo instante Uma parte do templo celeste, quase redondo, Que vive há bilhões de anos em movimento. O funcionamento Da roda da vida Obedece à Lei. O ritmo vital do Sol Move o centro de cada átomo. Ele anima a célula da folha verde E bate no coração do indivíduo de boa vontade. Seu disco dourado é um espelho Do eu superior de cada um. Todo cidadão honesto pode ver O nascimento do novo dia E murmurar, como murmura agora, O vulto sem nome De um ser humano na cordilheira: Om, Permanecerei em tua paz. Lembrarei, a cada hora, Da tua luz universal. Obedecerei à Lei do Equilíbrio. Ajudarei como puder Os Seres que preservam a Sabedoria. Om, shanti. Carlos Cardoso Aveline.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A Luz da Alma Imortal.

A vida é mais complexa do que parece. Buddhi, o sexto princípio da consciência humana, não funciona como um bloco compacto, mas como uma tríade. A alma espiritual é o nível de consciência simbolizado - na lenda cristã - pela figura de Jesus Cristo. Buddhi é aquele que se sacrifica. Ele desce ao plano da alma mortal e do mundo externo, encarna, é crucificado neste plano, e vive a ressurreição. A ressurreição ocorre no pós-morte, através do Devachan, ou na vida concreta, através do caminho teosófico e iniciático, e como resultado de um esforço que dura várias encarnações. Na sua relação dinâmica com a alma mortal, Buddhi é uma tríade: 1) Buddhi em si; 2) Buddhi-Manas; 3) Buddhi-Kama. Buddhi-manas é a combinação de Buddhi com o mundo mental. E existe também a combinação de Buddhi com o mundo emocional pessoal, Buddhi-kama. Esta última não é um processo fácil. Buddhi-Manas, sem Buddhi-Kama, está sujeito a um “sequestro emocional” (termo criado por Daniel Goleman). O sequestro ocorre quando emoções inferiores “roubam” ideias espirituais e colocam o discurso altruísta a serviço de objetivos egocêntricos. É comum surgir uma desconexão entre as emoções e ambições pessoais profundas e as ideias universais que o indivíduo adotou. Então as emoções anti-evolutivas desafiam veladamente os ideais filosóficos, e tratam de usar as ideias generosas para seus fins egoístas. Isso configura o “sequestro” do que é generoso por parte daquilo que é anti-evolutivo. Esta luta deve ser compreendida, porque ela ocorre na maior parte das pessoas e traz perigo real. O que produz um progresso espiritual verdadeiro, portanto, não é apenas aumentar as ideias e o conhecimento no plano conceitual, como se as ideias tivessem peso próprio decisivo. Ideias são feitas de ar e não de terra. O que trará progresso, além de ter ideias filosoficamente corretas, é examinar constantemente os sentimentos pessoais, olhando para eles desde o ponto de vista de Atma e Buddhi. Isso diminuirá o peso dos sentimentos opacos e inferiores, e irá restaurar o equilíbrio necessário entre os dois pratos da balança: o prato de Buddhi-Manas, e o prato de Buddhi-Kama. Buddhi-Kama é feito pelas emoções da alma imortal, e entre elas está o sentimento do herói, que enfrenta perigos por uma causa maior e renuncia voluntariamente à sua vida menor para fazer a jornada nobre do auto-sacrifício, vivendo a vida maior. Esta decisão voluntária produz a devoção pelo companheiro de caminhada que é mais experiente, a devoção pelo crescimento e aprendizagem de todos os seres, e a devoção pelo mestre - ou mestres - como fontes de ensinamento sagrado. Devoção é o amor do pequeno pelo grande, do terrestre pelo celestial. A percepção intelectual do divino fica prejudicada sem a sua contrapartida emocional, o amor pelo mundo divino e seus habitantes. Este compromisso maior gera a psicologia do herói em sua jornada épica, cujo nome técnico é “discipulado”. O aprendiz deve examinar com cuidado o processo da aspiração espiritual em si mesmo. Deve verificar se há um equilíbrio entre dois elementos: A) De um lado, a curiosidade intelectual-búdica, a vontade de compreender a si mesmo e ao universo. B) De outro lado, a vivência emocional-búdica, a ânsia por contribuir altruisticamente com a Causa da evolução humana e com o bem-estar de todos os seres. No plano intelectual, buscamos a verdade. No emocional, buscamos retribuir à vida por aquilo que ganhamos dela. Quando a relação na balança entre pensamentos e sentimentos é disfuncional, ao invés de existirem emoções búdicas e pensamentos búdicos lado a lado nos dois pratos, temos emoções de raiva, competição, inveja e rancor - ao lado de pensamentos universais e búdicos. Desta maneira, a substância que um prato da balança está pesando é o oposto da substância que o outro prato da balança contém. Em uma simetria desfavorável, os dois pólos do processo anulam-se reciprocamente, e o resultado prático é o oposto do amor e da verdade, ainda quando o individuo, no plano externo, possa usar as palavras e as aparências da espiritualidade. Em que condições o fiel da balança é de fato a Sabedoria, como deve ser? O equilíbrio se dá na Sabedoria quando os dois pratos da balança contêm respectivamente VERDADE IMPESSOAL (Buddhi-Manas) e AMOR ALTRUÍSTA (Buddhi-Kama). Não é por acaso que o sentimento de Amor pela Verdade está na origem da palavra “filo-sofia” (“amor ao saber”) e no lema do movimento teosófico: “Não Há Religião Mais Elevada Que a Verdade”. Em última instância, a construção do movimento teosófico autêntico em língua portuguesa depende do despertar de Buddhi, que combina emoções como devoção e renúncia, por um lado, com pensamentos universais, impessoais e lúcidos, de outro lado. A mudança externa da vida de um estudante ocorre quando emoções sinceras e generosas acompanham passo a passo as concepções filosóficas. Quando as emoções não acompanham os pensamentos universais, elas passam a contrapor-se ativamente a eles. Alimentadas pelas motivações e pelas ações reais no mundo externo, as emoções passam então a ser OPOSTAS aos pensamentos e ao discurso de natureza universal. Elas passam a desafiá-los, a boicotá-los. Levam o indivíduo a odiar, competir e invejar ativamente aqueles que, em seu mundo pessoal, deveriam co-personificar a vivência do universal. Daí a luta interna que alguns estudantes enfrentam em suas próprias almas. Daí, também, as lutas neuróticas e subterrâneas pelo poder e pela “liderança” nos movimentos esotéricos cuja proposta de ensino e aprendizagem não é a melhor. Embora as palavras e os conceitos sejam fundamentais, eles não bastam. É preciso restabelecer o equilíbrio na balança entre buddhi-manas e buddhi-kama: a balança entre as ideias e os sentimentos. A teosofia é búdica. O princípio búdico transforma todos os aspectos da vida, ainda que isso às vezes tome mais tempo do que se pode prever. Em última instância, Buddhi não funciona apenas como uma tríade, mas é uma luz setenária, cuja energia, além de preservar-se em seu próprio âmbito búdico, se combina com cada um dos outros seis princípios da consciência. A verdadeira luz de buddhi é literalmente como a luz do sol. Atma é sol, e Buddhi é luz. A luz ilumina tudo, e não só pensamentos. A luz búdica transforma tudo, ou não transforma nada. Ela desmancha todas as paredes e proteções, ou não é búdica. Palavras sobre a luz não substituem a luz. Quando o estudante percebe a luz, ele compreende que ela ilumina tanto coisas agradáveis como coisas desagradáveis. Ele deve concentrar o foco da visão na luz, evitando a dispersão, porque no seu devido tempo a visão universal transmuta todas as coisas para melhor. O buscador da verdade deve manter a visão ampla e o foco preciso. Deve ser fundamentalmente otimista, porque está em contato prioritário com o que é ótimo. Num segundo plano, deve ser calmamente rigoroso e severo em relação às ilusões, porque só há progresso real na medida em que elas são deixadas de lado. Carlos Cardoso Aveline.

A Ocasião.

Quem és tu? Se és mulher, não pareces mortal, Tanto o céu te adornou de graça original. Por que razão jamais descansas? Por que trazes Asas nos pés? Por que só em fugir te aprazes? Sou a Ocasião. Bem raro é conhecer-me alguém Pois sempre em movimento estou. Nada detém Meu passo. Um de meus pés sobre uma roda pisa. Mais veloz do que o meu, − vôo nenhum desliza Ou me iguala sequer. Tonteia quem fitar Das asas de meus pés a rapidez sem par. Puxo por sobre a testa a esparsa cabeleira Toda a face e o pescoço a encobrir, de maneira Que não se me conheça, em eu chegando. Atrás Meu crânio é frio e nu; sem um cabelo jaz. Quem me deixou passar, ou esse em cuja frente Voltei-me, − esse fará esforço inutilmente Para apanhar-me ... Em vão! ... Breve se cansa e cai... − Mas, dize-me: Quem é que os teus passos vai Como sombra seguindo? − É o Arrependimento. Pega-o quem me pegar não pôde: ele é mais lento. Mas tu que, a me falar, perdendo tempo estás, Não percebes, não vês, ó, mísero incapaz Que enquanto frases vãs ouves e pronuncias, Eu já me escapuli das tuas mãos tardias? Affonso Celso.