contos sol e lua

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domingo, 9 de setembro de 2012

A MORTE NÃO É NADA - Sto. AGOSTINHO.


"A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."

As pedras que rolam pelo rio.


Se observarmos as pedras que rolam pelo rio, poderemos ver o quanto são redondas e brilhantes. Nessa longa viagem rio abaixo as pedras rolam anos e anos em atrito com as outras. Dessa maneira passam a ser quase que perfeitas: redondas e brilhantes. Diferente das outras pedras que ficam a margem do rio. Sempre nos dando a impressão de observarem tudo. Essas pedras são pontudas, sem forma definida, estáticas como pedras que são. Na verdade, as pedras que rolam pelo rio se tornam redondas e brilhantes porque o atrito com outras pedras ao longo dos anos permite que sejam transformadas.

Da mesma maneira, começamos nossas vidas como pedras pontiagudas, cheia de excessos, mas o contato com as pessoas nos permite ser como somos. Os seres de grande valor percebem o quanto perdem seus excessos no decorrer de sua jornada, se aproximando cada vez mais de sua própria essência. Assim, agem nossos contatos humanos. Sem eles, sem os atritos, sem essa jornada trabalhosa e às vezes árdua, seríamos como pedras de margem de rio. A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, sem o devido contato.

Passar pela vida sem se permitir um relacionamento com o outro, próximo ou não, diário ou apenas único, é não crescer, não evoluir, não se transformar.

Passamos pelo mundo para evoluir e essa caminhada faz parte desse processo. Evoluímos quando estudamos, quando trabalhamos, quando amamos ou mesmo quando sofremos por amor. Se permitir renovar, aprender e reaprender, viver e conviver, criar e realizar sonhos são momentos únicos de evolução. Como na história das pedras, o contato humano nos permite modelar, aproximando-se de nossa própria essência.

Nessa jornada somos como as pedras, mas ao contrário delas, podemos escolher estar dentro ou fora do rio...
William Sanches.

ORAÇÃO DA SAUDADE.


Senhor Meu Pai de Misericórdia e Amor, ouvi-me!
Bem sei que esta vida é passageira e que aqui estamos para evoluir e alcançar bençãos no aprendizado espiritual.
Mas Pai, quando me lembro deste ente querido que se foi, meus olhos
se enchem de lágrimas, meu peito se enche de dor e saudade!
A cada momento, recordo-me deste companheiro de jornada que muito significou para mim nesta vida.
Perdoai-me Pai, minha fraqueza.
Ainda muito me falta para vencer o vazio que sinto na alma com esta separação. Tento, Senhor, lembrar-me de Tua Santíssima Mãe aos pés da cruz banhada em lágrimas e tristeza, vendo Seu Amado Filho partir, deixando a encarnação!
Lembro-me Senhor de Ti, que nos ensinou com Teu sacrifício na cruz, quão passageiras são as desventuras e dores humanas diante da vida eterna que Deus Pai nos oferece!
Senhor, fortalece em mim a vontade de vencer, enche-me de Tua esperança, ensina-me a ter resignação e desprendimento necessários para minha elevação espiritual. Faz-me Senhor compreender que o encontro final na nossa morada espiritual é a verdadeira vida! Creio Senhor, que ouves minha prece!
Perdoa minha revolta, sei que compreendes.
Espero em Ti encontrar o exemplo para vencer esta fase.
Que Tua Benção e Tua Luz encham minha alma neste momento.
Assim seja!