sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Terra das Fadas.


Étain dos Cavalos, a filha de Ailill, era a esposa de Mider, o Sidhe residente em Bri Leith. Agora Mider tinha outra esposa também, chamada Fuamnach, que era cheia de cíumes contra Étain, e buscava tira-la da casa de seu marido. E Fuamnach procurou Bressal Etarlan, o Druida, e pediu seu auxilio; e pelos feitiços do Druida e pela feitiçaria de Fuamnach, Étain foi transformada na forma de uma borboleta que encontra o deleite nas flores. E enquanto Étain estava nessa forma, ela foi levada por um forte vento que fora erguido pelos feitiços de Fuamnach; e ela foi levada da casa de seu marido por aquele vento até que ela chegou ao palacio de Angus O'c que era o filho do Dagda, o deus chefe dos homens da antiga Erin. Mac O'c havia sido adotado por Mider, mas ele tinha inimizada para com seu pai adotivo, e ele reconheceu Étain mesmo em sua forma transformada, quando ela fora levada em sua direção pela força do vento. E ele fez uma tigela para Étain com claras janela pelas quais ela poderia passar, e um véu de purpura foi colocado sobre ela e essa tigela era carregada por Mac O'c para onde quer que ele fosse. E todas as noites ele dormia ao seu lado, e pelo jeito que ele a tratara, então assim ela se tornou bem nutrida e bela de forma; pois aquela tigela era cheia com maravilhosos arbustos de doce cheiro, e com isso ela vicejou, sobre os odores e flores das melhores ervas preciosas.
Agora, para Fuamnach chegaram noticias do amor e veneração que Étain tinha de Mac O'c e ela foi até Mider, e “Que teu filho adotivo,” disse ela, “seja chamado para visistar-te, para que possa fazer a paz entre vocês dois e então peça por novidades de Étain.” E o mensageiro de Mider foi a Mac O'c e Mac O'c foi a Mider para sauda-lo; mas Fuamnach por um longo tempo vagou de terra em terra até que ela estava no mesmo palacete onde Étain estava; e então ela soprou sobre ela a mesma rajada de antes, então essa rajada a carregou de sua tigela, e ela foi soprada dela, como ela havia sido antes, por sete anos através de toda a terra de Erin, e ela foi levada por esse vento à fraqueza e à dor.. Eo vento a levou ao telhado de uma casa onde os homens de Ulster estava com sua cerveja, então assim ela caiu através do teto em uma taça de ouro que estava próxima à esposa de Etar, o Guerreiro, cuja morada era próxima da Baía de Cichmany na provincia que era comandada por Conor. E a mulher engoliu Étain junto com o leite que estava na taça, e ela a descobriu em seu ventre, até a hora em que ela nasceu novamente como uma barulhenta donzela, e o nome de Étain, a filha de Etar, foi dado à ela. E foram mil e vinte anos após o primeiro nascimento de Étain por Ailill que ela nasceu a segunda vez como a filha de Etar.
Agora Étain era alimentada em Inver Cichmany na casa de Etar, com cinquenta donzelas com ela, das filhas dos chefes da terra; E isso era porque o próprio Etar ainda as alimentava e as vestia, para que elas pudessem ser companheiras para sua filha Étain. E um certo dia, quando todas essas donzelas estavam na boca do rio para se banhar, elas viram um cavaleiro na planicie que vinha para a agua na direção delas. Um cavalo ele cavalagava que ra marrom, curvilineo e cabriolês, com uma ampla testa e uma crina e cauda cacheadas. Verde, longa e ondulante era a capa que ele tinha sobre si, sua camisa era decorada com bordados de ouro vermelho e um grande broche de ouro em sua capa alcançava cada lado de seus ombros. Sobre as costas desse homem estava um escudo de prata com uma borda de ouro; e a presilha para o escudo era prata, e uma grande troa havia no meio do escudo; e ele tinha em sua mão uma lança de cinco pontas com anéis de ouro na haste para a ponta. O cabelo que havia em sua testa era louro e claro; e sobre sua testa havia uma tiara de ouro, que prendia o cabelo para que não caisse sobre o rosto. Ele esperou por um tempo sobre a praia da baía; e ele fitou as donzelas, que ficaram todas cheias de amor por ele, e então ele cantou essa canção:
A Oeste de Alba, próximo à montanha
Onde brincam as mulheres de cabelos claros,
Está no meio das meninas encontradas,
Étain que mora na Baía de Cichmany.

Ela curou o olhar de um monarca
Pelo poço de Loch-da-lee;
Sim, e a esposa de Etar, quando bebeu,
A engoliu: chope pesado ela foi !

Perseguida pelo rei, pelo bem de Étain
Passaros voam pelas fornteiras de Teffa.
Isso porque seu lago Da-Arbre
Afoga os difamadores do Rei.

Echaid, que em Meath reinará
Muitos uma guerra por ti farão
Ele trará a perdição dos Sidhe
Milhares despertarão para a furia de batalha.

Étain aqui para o mal foi trazida
A forma de Étain é uma prova de beleza
O rei de Étain em amor ela procura
Étain com seu povo deve descansar !

E depois que ele disse isso, o jovem guerreiro foi embora do lugar onde estavam as donzelas, e elas não souberam de onde ele viera, nem para onde ele partira depois.
Além disso é dito de Mac Ó'c, que após o desaparecimento de Étain, ele foi ao encontro apontado entre ele e Mider; e quando ele chegou, Fuamnach havia partido. “Isso é uma fraude,” disse Mider, “que essa mulher praticou conosco; e se Étain for encontrada por ela na Irlanda, ela vai fazer o mal contra Étain.” “E certamente,” disse Mac O'c, “me parece que a tua suposição é correta. Pois Étain esteve muito tempo em minha casa no palacio em que moro. Além disso, ela agora está no forma em que essa mulher a transformou; e é mais que provavel que tenha sido atrás dela que Fuamnach correu.” Então Mac O'c correu para seu palacio, e encontrou a tigela de vidro vazia, pois Étain não estava lá. E Mac O'c se virou e seguiu a trilha de Fuamnach, e ele a alcançou em Oenach Bodbgnai, na casa de Bressal Etarlan, o Druida. E Mac O'c a atacou, e ele cortou sua cabeça e a carregou consigo até chegar à suas próprias fronteiras.
Ainda, uma historia diferente é contada sobre o fim de Fuamnach, pois é dito que por auxilio de Manannán, tanto Fuamnach e Mider foram mortos em Bri Leith, e dessa matança é o que os homens dizem:

Pense em Sigmal, e Bri com sua floresta;
Pequena astucia futil Fuamnach aprendeu;
A esposa de Mider encontrou sua necessidade na dor
Quando Bri Leith por Manannán foi queimada.
Corte à Étain.
Eochaid Airemm tomou a soberania sobre Erin, e as cinco provincias da Irlanda eram obedientes a ele, pois o rei de cada provincia era seu vassalo. Agora, eram esses os reis das provincias naquela época, Conor filho de Ness, e Messgegra, e Tigernach Tethannach, e Curoi, e Ailill filho de Mata de Muresc. E as fortalezas reais que pertenciam a Eochaid eram a Fortaleza de Frémain em Meath, e a Fortaleza de Frémain em Tethba; além disso, a Fortaleza de Frémain em Tethba era mais agradavel a ele do que qualquer outra das fortalezas de Erin.
Agora, um ano após Eochaid ter obtido a soberania, ele mandou seus comandados aos homens da Irlanda para que eles viessem a Tara para seu banquete, de forma que eles ajustassem as taxas e impostos que seriam postos sobre eles, e eles seriam ajustados por um periodo de cinco anos. E a resposta que os homens da Irlanda deram aa Eochaid foi que eles não iriam pelo rei ao Festival de Tara até que ele encontrasse para si uma rainha, pois ali não havia uma rainha para estar ao lado do rei quando Eochaid assumiu o reinado.
Então Eochaid mandou mensageiros para cada uma das cinco provincias, para atravessar a terra da Irlanda em busca da mulher ou garota que seria a mais bela a ser encontrada em Erin; e ele os ordenou a notarem que nenhuma mulher serviria como esposa para ele, a menos que ela nunca antes tivesse sido esposa para algum homem na terra. E na Baía de Cichmany, uma esposa foi encontrada para ele, e seu nome era Étain, a filha de Etar; e Eochaid a trouxe então para seu palacio, pois ela seria a esposa encontrada para ele, por sua forma e sua beleza e sua descendencia e seu brilhantismo e sua juventude e seu renome.
Agora, Funn, o filho de Findloga teve três filhos, todos filhos de uma rainha. Eochaid Fedlech, e Eochaid Airemm, e Ailill Anguba. E Ailill Anguba foi pego por uma amor por Étain no Festival de Taram após ela ter se casado com Eochaid; uma vez que Ailill ficou por muito tempo a fitando, e uma vez que esse olhar era um sinal de amor, Ailill sentiu muita vergonha de si pelo que fazia, ainda que isso não ajudasse. Pois seu desejo era muito forte para sua resistencia, e por isso ele caiu doente; e para que não houvesse mancha sobre sua honra, sua doença foi escondida de todos, nem falou dela para a própria dama. Então Fachtna, o curandeiro-chefe de Eochaid foi trazido para ver Ailill, e logo viu que a morte poderia estar próxima, e assim o médico disse a ele : “Um dos dois sentimentos que matam um homem, e que não podem ser curados por um curandeiro, está sobre ele; seja esse o sentimento da Inveja ou o sentimento do Amor.” E Ailill se recusou a confessar a causa de seu mal ao curandeiro, pois estava tomado pela vergonha e ele foi levado para a Fortaleza de Frémain em Tethba para morrer; e Eochaid foi para sua viagem real através de toda Erin, e ele deixou Étain com Ailill, com ordens para que os ritos finais de Ailill fosse feitos por ela; assim ela veria onde sua sepultura seria cavada, e se o entusiasmo seria grande por ele, e se seu gado seria morto para ele na sua morte. E para a casa onde Ailill padecia em sua doença foi Étain, todos os dias, para conversar com ele, e sua doença foi amenizada pela sua presença; e quanto mais Étai ficava naquele lugar, mas ele se acostumava a olhar para ela.
Agora Étain via tudo isso, e voltou sua mente para descobrir o motivo, e um dia, enquanto eles estavam na casa juntos, Étain perguntou a Ailill qual era o motivo de sua doença. “Minha doença,” disse Ailill, “veio de meu amor por ti.” “É uma pena,” disse ela, “ que tenhas ficado tanto tempo em silencio, pois tu poderia ser curado muito antes caso soubessemos disso.” “E mesmo agora eu posso ser curado,” disse Ailill, “pois eu encontro boas graças em tua visão.” “Tu terás essa graça,” ela disse. Cada dia após eles terem dito isso, ela veio para acariciar sua cabeça, e para lhe dar a porção de comida que ele pedia, para lavar suas mãos, e três semanas depois, Ailill estava saudavel. Então ele disse a Étain, “Ainda a conclusão de minha cura em tuas mãos me falta; quando a terei ?” “Amanhã,” ela respondeu; “mas não deve ser na casa do leal monarca da terra em que esse crime será feito. Tu irás,” ela disse, “ ao amanhecer até a proxima colina que se levanta além da fortaleza; lá terás o que deseja.”
Agora Ailill ficou acordado por toda a naoite, e caiu em um sono na hora em que ele iria para seu encontro, e ele não acordou de seu sono antes da terceira hora do dia. E Étain foi a seu encontro, e ela viu um homem na sua frente; como era semelhante sua forma à forma de Ailill, ele lamentava a fraqueza que sua doença havia causado, e ele deu a ela as repostas apropriadas, semelhantes às que Ailill deveria dar. Mas na terceira hora do dia, Ailill acordou e eleficou por um longo tempo se remoendo em tristeza, quando Étain foi para a casa onde ele estava; e ela se aproximou dele e perguntou, “O que te faz tão triste ?”. “É porque tu foi se encontrar comigo,” disse Ailill, “e eu não fui à tua presença, e um sono caiu sobre mim, e dele eu não acordei; e certamente minha chance de ser curado agora se afastou de mim.” “Não tanto, de fato,” disse Étain, “pois há um amanhecer para seguir o hoje.” E naquela, ele tomou vigilia, com um grande fogo perante si, e com agua a jogar sobre os olhos.
Na hora em que estava marcado o encontro, Étain foi para se encontrar com Ailill; e ela viu o mesmo homem, que era como Ailill, que ela havia visto antes; e Étain foi para a casa, e viu Ailill ainda se lamentando. E Étain foi três vezes, e ainda Ailill não foi a seu encontro, e ela encontrou aquele mesmo homem em cada vez. “Não é por ti,” disse Étain, “que eu venho a esse lugar; porque vem se encontrar comigo ? É com outro que venho me encontrar, e não é por pecado ou desejo maligno que eu venho, mas porque é apropriado à esposa do Rei da Irlanda salvar um homem da doença sob a qual ele tem estado por tanto tempo oprimido.” “É mais apropriado a ti se encontrar comigo,” disse o homem, “pois quando tu foste Étain dos Cavalos, a filha de Ailill, fui eu quem fora teu marido. E quando tu se tornou minha esposam tu deixaste um grande preço por trás de ti; um dote das planicies e nascentes da Irlanda, e tanto ouro e prata que se equiparam a ti em valor.” “Por que ?”, disse Étain, “qual é teu nome ?” “É fácil dizer,” ele respondeu, “Mider de Bri Leith é meu nome.” “Realmente,” disse ela, “e qual foi o motivo de nossa separação ?” “Também é fácil,” ele disse, “foi pela bruxaria de Fuamnach, e os feitiços de Bressal Etarlam.” E então Mider disse a Étain :
Virás tu para minha morada, donzela de claros cabelos ?
Morar na maravilhosa terra dos feitiços musicais.
Onde as coroas de todas as cabeças, quando primorosas, reluzem,
E da cabeça ao calcanhar, todos os homens são da cor da neve.

Nessa terra, nem “meu” nem “teu” é falado,
Mas dentes perolados e sombrancelhas escuras todos tem;
Em todos os olhos brilham as nossas hostes, quando se aglomeram
E cada bochecha com o rosado da maçã é aquecida.

Com as ricas tintas das urzes cada pescoço corado brilha
Em nossos olhos, todas são as formas que o ovo do passaro negro mostra.
E as planicies de tua Erin, embora agradaveis de ver
Quando é vista a Grande Planicie, quão desertas elas são.

Embora penses que cerveja é forte nessa Ilha do Destino
Nós bebemos uma ainda mais forte na Terra dos Grandiosos;
De um país com maravilhas abundantes, eu falo,
Onde nenhum jovem impetuoso força os olhos.

Há riachos leves e atraentes que fluem através dessa terra,
E a bebida e o vinho são melhores em cada mão;
E crime não há nenhum dentro do país
Há homens sem vergonhas e amor sem pecado.

Através do mundo dos homens, vendo a todos, podemos flutuar
E ainda que ninguém, embora nós os vejamos, possa nos notar;
Pois o pecado do seu senhor é uma bruma sobre eles lançada
Ninguém pode conter nossa hoste que de Adão foi a fonte.

Dama, venha para esse povo; esse meu forte povo
E com ouro em tua cabeça, as claras tranças vão reluzir;
A carne é a mais delicada que comerás
E para beber, será tua a escolha entre leite fresco ou hidromel.
“Eu não irei contigo,” respondeu Étain; “eu não trocarei o rei da Irlanda por ti, um homem do qual não se conhece nem o clã nem a familia.” “Certamente fui eu,” disse Mider, “que muito tempo atrás, pôs sob a mente de Ailill o amor que ele sente por ti, então seu sangue cessou de correr e a carne caiu de seus ossos; também fui eu quem levou o desejo embora, para que não houvesse mancha em tua honra. Mas tu virás para minha terra,” disse ele, “se Eochaid o pedir de ti ?” “Eu iria, nesse caso,” disse Étain.
Depois disso, Étain voltou para casa. “Foi certamente bom, esse nosso encontro,” disse Ailill, “pois estou curado de minha doença; mais ainda, de forma que tua honra permanecesse intacta.” “É glorioso que tenha ocorrido assim,” respondeu Étain. E depois Eochaid voltou de sua viagem real, e ele estava grato pela vida de seu irmão ter sido preservada, ele deu todos os agradecimentos a Étain pelo grande feito que ela fizera enquanto ele estava fora de seu palacio.
Agora, em outro tempo, ocorreu que Eochaid Airemm, o rei de Tara, se levantou um belo certo dia, nos tempos do verão, e ele subiu à alta terra de Tara para ver a planicie de Breg; bela era a cor daquela planicie, e havia sobre ela escelentes flores, brilhando com todas as cores conhecidas. E quando Eochaid olhou ao redor, ele viu um jovem e estranho guerreiro subindo a colina ao seu lado. A tunica que o guerreiro usava era de um purpura em cor, seu cabelo era dourado e de um comprimento que alcançava seus ombros. Os olhos do jovem guerreiro eram brilhantes e cinzentos; em uma mão ele tinha uma lança de cinco pontas, e na outra, um escudo com uma parte central branca, e com gemas de ouro sobre ele. E Eochaid manteve sua paz, pois ele não sabia de alguém que estivesse em Tara na noite anterior, e o portão que levava a Liss não havia sido aberto naquela hora.
O guerreiro veio, e se colocou sob a proteção de Eochaid; e “Boas vindas eu dou”, disse Eochaid, “ao guerreiro que ainda nos é desconhecido.”
“Tua recepção é semelhante à que esperava quando vim”, disse o guerreiro.
“Nós não te conhecemos,” respondeu Eochaid.
“Ainda que a ti, em verdade, eu conheça bem !” ele replicou.
“Qual é o nome pela qual és chamado ?” disse Eochaid.
“Meu nome não conhecido por renome,” disse o guerreiro, “Eu sou Mider de Bri Leith.”
“E com que proposito vieste ?” disse Eochaid.
“Eu venho para jogar um jogo de Fidschel contigo,” respondeu Mider.
“Realmente,” disse Eochaid, “eu sou habilidoso no jogo do Fidschel.”
“Vamos testar essa habilidade !” disse Mider.
“Não,” disse Eochaid, “a rainha ainda está em seu sono, e lá é o lugar onde guardo o meu tabuleiro.”
“Eu tenho aqui comigo,” disse Mider, “ um tabuleiro que não é inferior ao teu.” Isso foi o que ele disse, pois aquele tabuleiro era de prata, e as peças eram de ouro; e sobre o tabuleiro haviam pedras preciosas, exibindo suas cores por todos os lados e nas bordas haviam correntes de latão bordado.
Mider então montou o tabuleiro e chamou Eochaid para jogar. “Eu não irei jogar,” disse Eochaid, “a menos que joguemos por uma aposta.”
“Qual aposta faremos pelo jogo então ?” peguntou Mider.
“Isso é indiferente para mim,” disse Eochaid.
“Então,” disse Mider, “se tu obtiver o direito de minha aposta, eu irei lhe dar cinquenta corceis de cinza escuro, suas cabeças de uma cor vermelho sangue, mas garbosa; suas orelhas pontiagudas e seu peito largo; suas narinas abertas e seus cascos delgados; grande é sua força, e eles são acirrados como uma lamina afiada; ávidos eles são, altivos e espirituosos, ainda que facilmente seguros em seu caminho.”
Muitos jogos foram jogados por Eochaid e Mider; e uma vez que Mider não pôs toda a sua habilidade, a vitória em todas as ocasiões ficava com Eochaid. Mas ao invés das dádivas que Mider havia oferecido, Eochaid pedia que Mider e seu povo fizessem serviços que seriam benéficos ao seu reino; que ele devia retirar as rochas e pedras das planicies de Meath, remover os juncos que tornavam árida a terra ao redor de sua fortaleza favorita em Tethba, cortar as florestas de Breg, e finalmente, construir uma estrada através da charneca de Lamrach que os homens poderiam usar livremente. Todas essas coisas Mider concordou em fazer, e Eochaid mandou seu emissario para ver como esse trabalho estava sendo feito. E quando chegou a hora após o por do Sol, o emissario olhou e viu que Mider e sua hoste feérica, junto com o gado feérico estavam trabalhando na estrada sobre o pantano; e então, muito de terra e cascalho e pedras foram colocados nela. Agora, havia antes daquela época um costume entre os homens da Irlanda de colocar arreiros em seu gado com a correia sobre suas testas, para que a pressão pudesse estar contra as testas do gado; e esse costume terminou naquela noite, quando foi visto que o povo das fadas colocava os arreios sobre os ombros do gado, para que o peso pudesse estar neles; foram neles que os arreior foram postos daquele dia em diante por Eochaid, e dái veio o nome pelo qual ele é conhecido, Eochaid Airemm, ou Eochaid “o Arador”; ele foi o primeiro de todos os homens da Irlanda a por os arreios no pescoço do gado, e isso se tornou um costume por toda a terra da Irlanda. E essa era a canção cantada pelas hostes das fadas, enquanto trabalhavam na estrada:

Empurrar com as mãos! Forçar com as mãos!
Nobres essa noite, como um rebanho de gado trabalhando:
Dura é essa tarefa que nos é exigida, e que
Da estrada de Lamrach devemos ganhar ou perder ?

Nem em todo o mundo poderia ser encontrada uma estrada que fosse melhor que a estrada que eles fizeram, que o povo feérico fez enquanto era observado, mas por isso, uma brecha foi feita nessa estrada. E o emissario de Eochaid foi a ele; e ele descreveu o grande grupo trabalhador perante seus olhos, e disse que não havia na vida um poder que pudesse resistir a eles. E enquanto eles conversavam, eles viram Mider de pé, perante eles, grande era o seu cansaço, e terrivel era a face que ele mostrava, e Eochaid levantou-se, e lhe deu as boas vindas. “Tuas boas vindas são como eu esperava quando vim,” disse Mider, “cruel e insensivel tem sido teu tratamento para comigo, muitas são as privações e sifrimentos que tu dá a mim. Todas as coisas que pareceram boas em tua visão eu fiz por ti, mas agora, raiva para ti enche minha mente!” “Eu não retorno raiva por raiva,” respondeu Eochaid, “o que deseja que seja feito ?” “Que seja como desejas,” disse Mider, “vamos jogar uma partida de fidschell.” “Qual aposta devemos colocar sobre o jogo ?” perguntou Eochaid. “Qualquer coisa que o vencedor pedir,” disse Mider. E dessa vez, Eochaid foi derrotado, e honraria sua aposta.
“Minha aposta foi ganha por ti,” disse Eochaid.
“O que desejo, eu perdi a muito tempo,” disse Mider.
“O que é que desejas que eu conceda ?” perguntou Eochaid.
“Que eu tenha Étain em meus braços, e obtenha um beijo dela!” respondeu Mider.
Eochaid ficou silencioso por um tempo, e então ele disse: “Um mês a partir de hoje tu deves voltar, e então terá o que pediste.” Agora, um ano antes de Mider ir jogar pela primeira vez, havia sido feita a corte à Étain, e ele não a obteve, e o nome que ele deu a ètain foi Béfind, ou Mulher de Cabelos Claros, então foi o que ele disse :
Virás tu para minha morada, donzela de claros cabelos ?
Como foi recitado antes. E isso foi o que Étain disse daquela vez, “se tu me obtiver daquele que é o mestre de minha casa, eu irei; mas se tu não puder me obter dele, eu não irei.” E então Mider foi a Eochaid, e permitiuque ele vencesse primeiro, de forma que Eochaid deveria cobrar seu débito; e então foram pagas as grandes apostas que ele concordara; e depois ele pediu foi que eles jogassem outro jogo, na ignorancia do que seria apostado. E quando Mider e seu povo estavam pagando as apostas, elas eram pagas durante a noite: a construção da estrada, a retirada das pedras de Meath, os juncos ao redor de Tethba, e a floresta sobre Breg, e isso foi o que ele dizia, como está no Livro de Drom Snechta:
Pilares no solo, peso no solo;
Vermelho é o gado que ao redor trabalha;
Pesadas as tropas que minhas palavras obedecem,
Pesados eles parecem, e outrora homens eles foram
Fortes, como pilares, são os troncos colocados
Vermelhos são os galhos que são amarrados.
Cansadas as suas mãos, e seus olhares baixos,
Uma mulher, terminado o trabalho, será entregue!

Gado vós sois, mas vingados serão;
Homens alvos seus servos serão;
Juncos de Teffa serão levados embora;
Dor é o preço que o homem pagará;
Pedras do rispido chão de Meath foram tiradas;
Qual será o ganho ou dor encontrada ?

Agora Mider se aprontou no dia ao fim de um mês, quando ele deveria se encontrar com Eochaid, e Eochaid comvocou os exercitos dos herois da Irlanda, então eles foram a Tara; e todos os melhores dos campeões da Irlanda, anel por anel, estavam em Tara, e estavam no centro da própria Tara, aguardando, tanto fora quanto dentro; e o rei e a rainha estavam no meio do palacio, e a corte externa estava fechada e trancada, pois eles conheciam o grande poder dos homens que viriam sobre eles. E na noite apontada, Étain estava preparando o banquete para os reis, pois era seu dever servir o vinho, quando, no meio da conversa, eles viram Mider de pé perante eles, no centro do palacio. Ele estava, como sempre, belo, ainda mais belo do que ele parecia antes daquela noite. E ele veio para impressionar todas as hostes às quais ele fitava, e todos ficaram em silencio, e o rei deu as boas vindas a ele.
“Tua recepção é como a esperava quando vim,” disse Mider; “que agora eu tenha o que me foi prometido. Esse é um débito que é devido a uma aposta, e de minha parte receberei de ti o que me foi dito.”
“Eu ainda não considerei o assunto,” disse Eochaid.
“Tu me prometeste Étain,” disse Mider,” por isso vim.” Étain se ruborizou de vergonha quando ouviu isso.
“Não se envergonhe,” disse Mider a Étain, “pois não é sábio ter desgraçada a tua festa de casamento. Eu tenho estado procurando por ti por um ano, com as mais belas jóias e tesouros que podem ser encontradis na Irlanda, e eu não te tomaria até o momento que Eochaid o permitisse. Não foi através de de tua vontade que eu a ganhei.” “Eu mesma disse,” falou Étain, “ que até qye Eochaid me entregasse a ti, eu não te daria nada; leva-me, então, de minha parte, se Eochaid de boa vontade me entrega a ti.”
“Mas eu não entregarei !” disse Eochaid; “nunca ele te terá em seus braços sobre o chão dessa casa em que estamos.”
“Será feito !” disse Mider.
Ele tomou sua espada em sua mão direita e a mulher sob seu ombro esquerdo, e a levou embora através do ósculo da casa. E as hostes se ergueram ao redor do rei, pois elas se sentiram desgraçadas, e eles viram dois cisnes circulando ao redor de Tara, e o caminho que eles tomaram levava ao monte elfico de Femin. E eochaid, com o exercito dos homens da Irlanda, foi para o monte elfico de Femun, o qual os homens chama de Monte das Mulher de Cabelos Claros. E ele, seguido pelo conselho dos homens da Irlanda, cavou cada um dos montes elficos até que ele encontrasse sua esposa. E Mider e sua hoste se opuseram a eles, e a guerra entre eles foi longa; de novo e de novo, as trincheiras feitas; por nove anos, como alguns dizem, durou o conflito para os homens da Irlanda entrarem no palacio feérico. E quando os exercitos de Eochaid, no fim, foram para escavar as bordas da morada feérica, Mider mandou para o lado do palaciio sessenta mulheres, todas com a forma de Étain, e ninguém poderia dizer qual delas era a rainha. E o próprio Eochaid foi enganado, e ele escolheu, ao invés de Étain, sua filha Mesbuachalla (ou alguns dizem, Esa). Mas quando ele percebeu que havia sido ludibriado, ele voltou para saquear Bri Leith, e dessa vez Étain se fez conhecer por Eochaid, por provas que ele não poderia se enganar, e ele a levou em triunfo a Tara, e lá ela ficou junto ao rei.F.P.Wiki.Google Tradutor.

Shaiya:A História do Jogo.

Antes mesmo de o tempo existir, quando tudo o que havia era a escuridão, Etain, a Deusa, veio ao universo com o coração cheio de desejo.Tudo o que ela queria era ordem e harmonia. Imergindo em um vasto oceano de sua própria criação, ela formou os continentes do Teos Epeiros com sua própria carne. As montanhas foram feitas e rios profundos corriam por toda a terra com a semelhança das veias que corria dentro de seu corpo. Ela criou o verde das florestas e planícies que tomaram conta das terras como espelho de sua juventude. O céu e as estrelas herdaram o requinte e a beleza de seus olhos. E este mundo, vasto e rico, moldado através de sua força, vontade e desejo de perfeição, foi nomeado Shaiya.
Todas as vidas começaram pelas mãos da Deusa Etain. Primeiro, ela criou os Deuses dragões Thelaiosis, que poderiam ajudá-la a governar o reino de Teos Epeiros. Threemans, o líder entre os Dragões, propôs que as raças mais jovens ajudassem no crescimento desse novo mundo. Foi com sua ajuda que os Nordein surgiram.
Tragicamente, Etain considerou que os seus primeiros filhos nasceram com imperfeições. Embora fossem fortes de corpo e de mente, os Nordein possuiam formas brutais, agressivas e foram lançados de volta ao solo para serem esquecidos. Determinada a fazer as suas criações novamente, com uma visão mais clara, a Deusa esculpiu os Dumianas com sua própria semelhança e tornando-os completos com as virtudes do Thelaiosis. Por fim, Teos foi finalizado com a vida e todos prosperaram em harmonia, adorando a Deusa.
Mas o mundo começou a ter problemas que a Deusa jamais havia esperado. Ela tinha dado aos Dumianas o dom da inteligência e conhecimento, não sabendo que tais bênçãos acabariam por favorecer as ambições, dúvidas e crescente desrespeito e negação de sua autoridade. Os Dumianas se rebelaram e começaram uma guerra entre si, que se prolongou por inúmeros anos. À medida que a luta aumentava, a Deusa Etain tornou-se deprimida com a sua criação que falhou e muito enfraquecida por causa de sua ligação com o mundo ensanguentado. Sua beleza desvaneceu, juntamente com o seu poder.
Em um ato de arrogância e blasfêmia, os Dumianas acabaram com a vida da Deusa, que já estava frágil com um só golpe de espada. Após sua morte, sua alma atormentada foi rasgada pela metade. A terra tremeu, os céus escureceram e todos os seres vivos de todo o mundo de Shaiya foram devorados pelo solo, para esconder os pecados cometidos. Quase todos os habitantes Teos Epeiros foram destruídos. O destino permitiu que somente dois Dumianas sobrevivessem, e eles eram Proton e Eustatin. Desejando manter sua linha viva, Eustatin aproximou-se de Proton enquanto ele dormia. Mas ao acordar Proton rejeitou Eustatin, e a baniu, enviando-a ao sul de Teos.
Completamente sozinha, Eustatin deu à luz a seu filho e o criou na escuridão total. Alimentando-o com a raiva que ela sentia por Proton. Uma mulher jovem andou adiante de suas cinzas durante a cremação para compartilhar uma vida com seu filho, agora adulto. Eles se tornaram os ancestrais da raça Vail. Já a vida de Proton se tornou algo aterrorizante, por causa do comportamento dos Dumianas. Na sua solidão, ele criou uma estátua à imagem dela em uma árvore. Um dia, a escultura de madeira se transformou em uma mulher através do sangue da terra, e juntamente com Proton fundou a raça dos Elfos. As duas raças, os Vail e os Elfos viveram separadamente por centenas de anos, mas como seus reinos expandiram e, mais uma vez, o ódio e o ressentimento se encontraram, o passado veio à tona. As duas raças invadiram uma a terra da outra em uma luta constante com incontáveis vidas perdidas em ambos os lados, mas acabaram num impasse.
Quanto à Deusa Etain, seu corpo desapareceu com sua morte, e seu espírito permaneceu dividido e dormente. Mas os anos se passaram e novas energias preencheram os restos de sua alma que estava dividida. Em uma noite marcada por um eclipse, sua alma se tornou uma só novamente. O chão estremeceu e tempestades monstruosas rasgaram os céus. Os Vail e os Elfos deram uma trégua às guerras, pois temeram demasiadamente o surgimento dessas duas Deusas. Uma era a Deusa da luz e a outra das Trevas.F.P Wiki.