contos sol e lua

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sábado, 26 de novembro de 2011

Deep Forest.


É um grupo musical constituído por dois músicos franceses: Michel Sanchez e Eric Mouquet. Eles compõem um novo tipo de World Music, às vezes chamado Etnica electrônica, à mistura etnica com sons eletrônicos e dance beats ou chillout. O seu som tem sido descrito como uma "etno-introspectivo ambient world music". Eles foram nomeados para um Grammy Award em 1993 na categoria Melhor Álbum de World Music, e em 1996 eles ganharam o prêmio para o álbum Boheme. O grupo também ganhou na classe World Music de '95 (o grupo francês com o mais alto nível mundial de vendas - seus álbuns têm vendido mais de 10 milhões de cópias

Michel Sanchez surgiu com a idéia de misturar "Cânticos de Baka Pigmeu" com Música Moderna ouvida no local de gravações destas tribos. Juntamente com Eric Mouquet que criou o projeto Deep Forest. O seu primeiro álbum auto-intitulado Deep Forest (nomeado para um Grammy), foi libertado em 1992, com "Sweet Lullaby" o que poria Deep Forest no mapa musical (UK Top 10 hits). A canção "Sweet Lullaby" é a adaptado de uma canção tradicional da "Salomão". O álbumn Deep Forest Mix foi conduzido e as amostras foram digitalizadas e pesadamente editadas. Foi re-lançado como uma edição limitada em 1994 sob o nome de World Mix.
Para o seu segundo álbum Boheme, Eric e Michel deixaram para trás os sons da floresta e aventuraram-se na Europa Oriental trazendo "lonesome húngara" e "cigana com cânticos otimista", ainda triste, a música. Devido a essa mudança, Dan Lacksman (a partir de Telex, produtor e engenheiro de som, do primeiro álbum) decidiu ir a sua forma separada e continuou trabalhando em outros projetos como "Pangea". Os cânticos não eram mais breves, frases foram à mostras em Húngaro e Transilvânia no CD. A dupla colaborou com Joe Zawinul durante a gravação do álbum.
O duo também realizados e produzidos os remixes para a Youssou N'Dour único "Indecisos", em 1994, com vocais pelo hóspede Neneh Cherry (que figuram no N'Dour's break-through único "Sete Segundos").

Deep Forest.


É um grupo musical constituído por dois músicos franceses: Michel Sanchez e Eric Mouquet. Eles compõem um novo tipo de World Music, às vezes chamado Etnica electrônica, à mistura etnica com sons eletrônicos e dance beats ou chillout. O seu som tem sido descrito como uma "etno-introspectivo ambient world music". Eles foram nomeados para um Grammy Award em 1993 na categoria Melhor Álbum de World Music, e em 1996 eles ganharam o prêmio para o álbum Boheme. O grupo também ganhou na classe World Music de '95 (o grupo francês com o mais alto nível mundial de vendas - seus álbuns têm vendido mais de 10 milhões de cópias

Michel Sanchez surgiu com a idéia de misturar "Cânticos de Baka Pigmeu" com Música Moderna ouvida no local de gravações destas tribos. Juntamente com Eric Mouquet que criou o projeto Deep Forest. O seu primeiro álbum auto-intitulado Deep Forest (nomeado para um Grammy), foi libertado em 1992, com "Sweet Lullaby" o que poria Deep Forest no mapa musical (UK Top 10 hits). A canção "Sweet Lullaby" é a adaptado de uma canção tradicional da "Salomão". O álbumn Deep Forest Mix foi conduzido e as amostras foram digitalizadas e pesadamente editadas. Foi re-lançado como uma edição limitada em 1994 sob o nome de World Mix.
Para o seu segundo álbum Boheme, Eric e Michel deixaram para trás os sons da floresta e aventuraram-se na Europa Oriental trazendo "lonesome húngara" e "cigana com cânticos otimista", ainda triste, a música. Devido a essa mudança, Dan Lacksman (a partir de Telex, produtor e engenheiro de som, do primeiro álbum) decidiu ir a sua forma separada e continuou trabalhando em outros projetos como "Pangea". Os cânticos não eram mais breves, frases foram à mostras em Húngaro e Transilvânia no CD. A dupla colaborou com Joe Zawinul durante a gravação do álbum.
O duo também realizados e produzidos os remixes para a Youssou N'Dour único "Indecisos", em 1994, com vocais pelo hóspede Neneh Cherry (que figuram no N'Dour's break-through único "Sete Segundos").

Yuki Song.TRADUÇÃO.


Música da Neve
Jogando faíscas no meu anjo congelado
Juntando palavras para coagir o fogo a começar
Jogando faíscas no meu anjo congelado
Palavras para derreter o gelo ao redor do seu lindo coração

Transformar o gelo em água, a água em inundação,
A inundação se torna um rio, um rio de puro amor
Amor vem em delta, nutrindo o mar
O mar sai para o oceano
Oceano infinito.

Jogando faíscas no meu anjo congelado
Juntando palavras para coagir o fogo a começar
Transformar o gelo em água, a água em inundação,
A inundação se torna um rio, um rio de puro amor
Amor vem em delta, nutrindo o mar
O mar sai para o oceano
Oceano infinito.

O segundo antes de você entrar no quarto
Eu não tinha pensamentos de amor qualquer
Amor não estava na minha mente
Nada, mas a minha vida
Minha vida estava estabelecida
Era tudo que eu precisava que fosse
E eu cai por você
Como algo inesperado
Era inesperado, e eu não sabia
Eu não percebi acontecendo
Mas isso veio sobre mim
E isso manteve um poder sobre mim.
Apoderava-se de mim
E eu não pude evitar, senão acreditar
Eu tinha fé nisso
Eu tenho uma chance na minha vida e eu tenho que agarrá-la
E eu tenho que dar isso a você e eu não vou deixar isso ir.
Eu não vou deixar isso ir.
É a única coisa em que eu posso acreditar.
Oh, eu posso acreditar.Deep Forest.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

a história do grupo “Era”


Era é um projeto musical criado pelo francês Eric Levi, antes membro do grupo de glam rock Shakin’ Street.

Suas músicas, geralmente cantadas em uma língua imaginária parecida com o latim, misturam música clássica, ópera e canto gregoriano com outros estilos contemporâneos. Músicas em inglês foram ganhando espaço a cada novo álbum, e no CD, Reborn, há também faixas cantadas em árabe.

O primeiro álbum teve um grande sucesso comercial. A música Mother foi usada na trilha sonora do filme Alta Velocidade (2001), de Sylvester Stallone. E na Austrália, a música Ameno foi usada na campanha “The Power of Yes” (O Poder do Sim) da Optus Telecommunications. Ele também conta com algumas faixas que foram compostas por Eric Levi antes do surgimento da banda e que foram utilizadas na trilha sonora do filme Les Visiteurs, de 1993.

Muitas vezes a banda, que já vendeu mais de 4 milhões de cópias na França e 12 milhões ao redor do mundo, apresenta vestes e armas da Idade Média nos seus concertos. O universo visual de Era é o complemento de sua inspiração musical, utilizando sinais e sentimentos próximos aos religiosos, explorando uma dimensão universal, um universo de emoções, espirituais e místicas.

Seu estilo pode ser descrito como new age e pode ser considerado similar ao de artistas como Enigma, Gregorian, Deep Forest e Enya.

Alguns componentes da banda são cátaros e católicos, e no clipe da música Enae Volare Mezzo percebemos forte influência mística do catarismo.

Ao ser estabelecido o programa de história e de francês (respectivamente a Idade Média e o estudo de um romance medieval) dos alunos do segundo ano do ensino secundário na França, o estudo das músicas de Era foi incluído no currículo dos cursos de música.

Réquiem Na Água. Tradução.


Caminho de neve pelo lago
Direto ao centro da mais escura água
Onde podemos abraçar as sombras na superfície
Os olhos que olham sem vida
Dos nossos gêmeos lá embaixo

E apesar de seus braços e pernas estarem sumbersos
O amor será o eco em seus ouvidos
Quando tudo isso estiver perdido em pilhagens
Meu amor ainda estará lá

Pura frieza na prisão
Lá perto damos um passo para trás
Rindo em nossos barcos
Até que a imagem nos remeta a um lugar certo demais
Uma terra de prisões suspensas
Mas, algum dia teremos de ir embora

E apesar de seus braços e pernas estarem sumbersos
O amor será o eco em seus ouvidos
Quando tudo isso estiver perdido em pilhagens
Meu amor ainda estará lá

Apesar de seus braços e pernas estarem sumbersos
O amor será o eco em seus ouvidos
Quando tudo isso estiver perdido em pilhagens
Meu amor ainda estará lá. Imperial Mammoth.

Amanhecer .


Edward pede Bella em casamento, e receosa, mas com medo de magoá-lo, ela aceita. Alice prepara uma festa incrível em sua própria casa, onde Jacob aparece para felicitar a noiva, mas fica muito nervoso quando ela diz que eles terão uma lua-de-mel com tudo o que se tem direito e é levado por Sam.
Edward mantém segredo sobre o local de sua lua-de-mel até que chegam no determinado local, a Ilha Esme, no Rio de Janeiro, um presente de Carlisle para sua esposa, Esme. Bella tem então, sua primeira experiência amorosa com Edward, tal como ele. Tudo lhe parece perfeito, mas ele acorda irritado por tê-la deixado com inúmeros hematomas pelo corpo.
Bella, depois de muitos esforços, convence Edward a tentarem novamente e inesperadamente ela engravida. Os sinais da gravidez eram muito acelerados, tanto que ela já podia sentir o chute do bebê. Edward liga para Carlisle e este confirma a possibilidade de tal fato e se predispõe a abortar a criança.
Rosalie, que sempre se lamentou por não poder ser mãe, apoia Isabella e impede que tirem o bebê dela.
A gravidez passou-se rapidamente e igualmente sofrida, Bella chegou ao ponto de beber sangue humano para alimentar seu filho, que aparentava precisar desse alimento. Quando ocorre o parto, ela se enfraquece muito e quase morre. Edward, já preparado para a situação, injeta em sua corrente sanguínea morfina e depois, seu próprio veneno, diretamente no coração.
O bebê era uma menina, meio-humana, meio-vampira. Foi chamada de Reneesme, uma junção de Renée e Esme. Herdou os traços do pai e os olhos castanho-chocolate da mãe.
Após cerca de três dias, Bella acorda para sua nova vida de vampira. Surpreendentemente, ela não sente a excessiva sede dos récem-nascidos, mas por precaução vai caçar com Edward para depois conhecer sua filha.
Reneesme tinha um crescimento muito acelerado e além disso, tinha o dom de transmitir pensamentos e lembranças através do toque, preferindo essa comunicação à fala.
Jacob, reconciliado com Bella, ajudou como pôde e logo que a filha dela nasceu, teve um imprinting com ela, ou seja, ligou-se a ela fortemente pela "magia" dos lobos que corre em sua veia. Num dia, caçando com Reneesme (ela se alimentava de sangue de animais, assim como sua família vampira), Irina, uma integrante do clã Denali, avista a criança e pensando ser uma imortal e movida pela raiva de lobisomens (seu "amante" Laurent foi morto por eles), delatou aos Volturi a existência de uma criança imortal, era terminantemente proibido transformar crianças em vampiros, por serem incontroláveis e ameaçarem o segredo da espécie.
Alice prevê a chegada dos Volturi, e após alertar sua família, parte secretamente para a América do Sul. Os Cullen começam a reunir o maior número de vampiros amigos que pudessem testemunhar que Reneesme era apenas meio-imortal. Assim, os Volturi chegam e se deparam com cerca de trinta vampiros e um bando de lobisomens.
Aro e sua guarda estava pronto para atacar e chegou até mesmo a ordenar que Jane e Alec utilizassem seus dons contra os inimigos, percebem então uma interferência que impede o efeito de seus poderes. Era Bella, que descobriu ter o poder de exteriorizar seu escudo mental contra ataques provenientes da mente de outros vampiros para proteger todos os seus aliados.
Logo após, Alice chega do Brasil com um rapaz que também é meio-imortal e atingiu o ápice de seu desenvolvimento e parou de crescer, sem nunca ter ameaçado o segredo da existência dos vampiros. Assim, os Volturi se vêem obrigados a partir, pois reconhecem a verdade.
Com o problema resolvido, Bella e Edward vão morar com Reneesme numa graciosa casa feita por sua família como presente, no meio de uma clareira. Bella aprende a expulsar momentaneamente o escudo de sua mente e permite a Edward que lesse seus pensamentos, e enfim, descobrir o tamanho incondicional que ela tem por ele.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Caridade.


Caridade é dar sem que pareça que se dá; mostrar-se como vencido ante quem pode menos.

Calar a própria dor e sentir a alheia.

Dar ou negar antes que se peça.

Não impedir o pranto a quem dele necessita; nem o riso ao que sente a necessidade de rir.

Não convencer o parvo de que o é.

Dizer em dez palavras o que outros diriam em cem.

Dirigir-se aos homens como se fossem meninos, ainda que não o pareçam.

Não falar mal do próximo, nem bem de si mesmo.

Deixar passar primeiro o mais pequeno, o mais insignificante, ou o mais ansioso. Deixar a cada um a ilusão que o sustém e o anima.

Difundir a certeza de que o real do ser é o invisível; de que a morte do Homem é ilusória; de que a redenção consiste no desenvolvimento da inteligência.

Não se queixar durante a caminhada e aguardar pacientemente que a noite nos cure.

Não limitar a caridade ao ambiente doméstico: é egoísmo. O espírito de sacrifício exige horizontes mais largos. O serviço prestado de modo altruísta é a pedra filosofal procurada pelos alquimistas.

Olhar a multidão sem desdém nem indiferença; não explorar a sua candidez nem a sua ignorância; prestar-lhe nobre ajuda para que possa melhorar a sua condição.

Conviver com os seres humanos e viver para eles, sabendo que até as pedras se desgastam com o atrito, e que há atrito também nos olhares e pensamentos.

Ater-se na Terra ao amor daqueles a quem não escutaremos, nem veremos, e que muito depressa nos esquecerão.

Constâncio C. Vigil.

O Cume Espiritual do Homem.


O essencial não está em ser poeta, nem artista, nem filósofo. O essencial é ter cada um de nós a dignidade do seu trabalho, a alegria do seu trabalho, a consciência do seu trabalho.

A determinação de fazer as coisas bem, o entusiasmo de sentir-se satisfeito, de querer somente o que é seu, é a recompensa dos fortes, dos que têm o coração robusto e o espírito límpido.

Dentro dos sagrados números da Natureza, nenhum trabalho bem feito vale menos, nenhum vale mais! Todos somos um tanto necessários e valiosos na marcha do mundo. O que constrói a torre e o que faz a cabana; o que tece os mantos imperiais e o que confecciona as vestes simples do humilde trabalhador; o que manufactura as sandálias de sedas imponderáveis e o que fabrica as rudes solas que defendem os pés do trabalhador rural, todos valem alguma coisa, porque todos estamos nivelados por essa força reguladora que reparte os dons e impulsiona as actividades.

Um grão de areia sustenta uma pirâmide e fá-la derrocar; um bocado de pão duro salva, ou pode destruir uma vida; uma gota de água faz murchar ou reverdecer um loureiro. Todos somos algo, representamos algo, fazemos viver algo, ansiamos por algo.

O que semeia o grão que sustenta o nosso corpo vale tanto como o que planta a semente que nutre o nosso espírito porque, nos dois trabalhos, há o transcendente, o nobre e o humano que faz dilatar a Vida. Talhar uma estátua, polir uma jóia, perceber um ritmo, animar um quadro, são coisas admiráveis. Tornar fecunda a herdade estéril e povoá-la com árvores e mananciais, ter um filho inteligente e belo, e logo poli-lo e amá-lo, ensinar-lhe a desnudar o seu coração e a viver em harmonia com o mundo, essas são coisas eternas!

Ninguém se envergonhe do seu trabalho, nem repudie a sua obra, se nela pôs o afecto diligente e o entusiasmo fecundo. Ninguém inveje seja a quem for, porque ninguém poderá oferecer-lhe o dom alheio nem retirar-lhe o seu próprio.

A inveja é o caruncho das madeiras velhas e apodrecidas e NUNCA DAS ÁRVORES SAUDÁVEIS.

Alargue e eleve cada um o que é seu; defenda-se e escude-se contra toda a má tentação. Deus dá-nos o pão nosso de cada dia, na satisfação do esforço legítimo nos oferece a actividade e o sossego. O triste, o mau, o daninho, é seco de alma; o que nega tudo é incapaz de admirar e de querer. O nocivo é o néscio, o imodesto, o parvo, o que nunca fez coisa alguma de valor, mas que sempre está pronto para conservar tudo e todos. O que nunca foi amado repudia o amor, mas o que trabalha, o que ganha o seu pão de cada dia e sabe nutrir a sua alegria, o justo, o nobre, o BOM, para esses sacudirá o porvir as suas ramagens cobertas de flores e de rocio, quer ele ande a escalar montes ou a cinzelar poemas. Ninguém deve sentir-se menos do que é! Ninguém maldiga seja a quem for! Ninguém desdenhe seja o que for! O cume espiritual do homem alcança-se com o regresso e o abraço das coisas humildes.

A Astrologia e os Imperadores Romanos.

Octávio (63 a.C.-14 d.C.), que mais tarde seria Augusto, o primeiro imperador romano, estava certa vez em sua vila Apolónia; sentia-se aborrecido porque não tinha inimigos a vencer e então resolveu consultar um astrólogo para se distrair bem como ao seu amigo Agripa.

Em obediência às ordens do grande imperador apresentou-se o celebre astrólogo Theagenes, o favorito das damas romanas. O astrólogo principiou por se referir a Agripa. Revelou-lhe um futuro cheio de maravilhas, felicidades, riquezas e triunfos.

"Então, nada sobra para mim – observou Octávio –, é inútil dar-vos a data do meu nascimento. Jamais poderei ser tão feliz como meu amigo".

O astrólogo insistiu com tal habilidade que o César, intrigado, resolveu dar-lhe a data do nascimento. Depois de alguma reflexão o astrólogo precipitou-se aos seus pés e adorou-o como o futuro senhor do universo e do Império. Octávio, cheio de alegria, espalhou por toda parte a boa nova do astrólogo e, quando a profecia se realizou e ele assumiu o poder supremo, ordenou que gravassem medalhas com os signos zodiacais e as figuras planetárias sob as quais ele havia nascido e que tanto o favoreceram para conquistar a glória.

Tibério foi a Rodes para aprender astrologia com um sábio famoso e nomeou astrólogo oficial o celebre Trasilo, de renome universal. Esse desconfiado imperador lançava mão da astúcia e dos conhecimentos da astrologia para conhecer o futuro alheio. Temendo os rivais e os traidores, mandava levantar o horóscopo dos personagens mais célebres, para ver o que neles havia de perigoso.

Assim, a astrologia era um dos seus meios de governar o Império e de conservar sua posição. Nero quis aprender a levantar horóscopos, mas desistiu por achar muito difícil; não conseguindo resultados pessoais, servia-se frequentemente do astrólogo Babilus. Sua mulher, a bela e encantadora Pompeia, vivia com o palácio cheio de astrólogos que consultava noite e dia.

Seguindo o seu exemplo as damas romanas consultavam os astrólogos a respeito dos seus amigos, suas doenças, suas frivolidades. Os satíricos da época ridicularizavam essa mania e consideravam perigosas as mulheres que consultavam a astrologia para desvendar os segredos alheios.

Certas patrícias, sob o aspecto dos astros, recusavam acompanhar seus maridos à guerra ou nas viagens; outras, doentes, não se alimentavam nem tornavam remédios senão nas horas governadas pela Lua. Outras ainda procuravam encontros amorosos, somente na hora em que Vénus se encontrasse em bom aspecto com o planeta que favorecesse o marido.

Os astrólogos da época, os mais reputados, vinham da Ásia e gozavam, junto das senhoras ricas romanas, da fama de Magos do Oriente. Eram chamados "Caldeus". As patrícias ricas tinham astrólogos particulares e consultavam-nos para tudo, mesmo nas circunstâncias mais fúteis da vida. Um romano daqueles tempos não faria uma viagem, mesmo para almoçar fora da cidade, sem saber, por intermédio do seu astrólogo, qual a hora favorável para a partida, se o almoço seria bom, se as lampreias estariam saborosas ou não, e se o vinho de Falerno seria abundante, delicioso e fresco. As damas romanas usavam e abusavam do astrólogo: era uma espécie de móvel favorito, o complemento do vestiário, o objecto de adorno, a avis rara, o porta-felicidade, enfim, um deus mais forte e venerado do que Júpiter Olímpico.

Os sucessores de Augusto também consultavam os astrólogos, mas estes não tiveram o mesmo espírito e habilidade que o famoso Theagenes soube demonstrar perante Octávio; limitaram-se a dizer toda a verdade, embora nua e crua, revelada pelos astros. Isto custou-lhes a liberdade e até a vida. Segundo Juvenal, há um meio de se fazer conhecido e aumentar o renome. Não há nada de novo sob o sol, "nil novi sub sole": é o que se dá ainda com os políticos e a maior parte dos astrólogos.

Para se atingir o brilhante sol da glória é necessário que se fique na sombra. O grande satírico latino dí-lo com inimitável malícia: "Um astrólogo, nos nossos tempos, não terá fama enquanto não for acorrentado e não tiver dormido nas palhas das prisões... Se tu não tiveres sofrido condenação, ó caldeu, ó adivinho, ó astrólogo, ó feiticeiro, não passarás de um homem vulgar; mas se já escapaste da pena de morte, ou se, por um favor insigne, o édito de César te condenou ao exílio nas ilhas Cíclades (...) as damas romanas e as patrícias ficarão loucas por ti; haverá brigas e, onde fores, oferecer-te-ão refeições e bebidas que te arredondarão a pança." (Juvenal – Sátira VI).

Examinemos os outros césares. O guloso Vitélio (15-69 d.C.) detestava os astrólogos; chegou a publicar um édito para os expulsar de Roma. Os astrólogos, então, predisseram que o César sairia deste mundo antes que eles saíssem da cidade; isto aconteceu, de facto, pois, antes do fim do ano, César foi assassinado.

Vespasiano também os perseguia; entretanto, não desprezava as predições do celebre Babilus e recorria sempre aos horóscopos.

O amor às ciências ocultas e, em particular, à astrologia, custou caro a Septímio Severo. Tinha perdido a esposa e, desejando casar-se novamente, mandou levantar os horóscopos das jovens mais dotadas de beleza e, sobretudo, das mais ricas. Os temas natais indicaram-lhe que nenhuma das raparigas em questão possuía a fortuna que desejava. Todavia, um astrólogo informou-o que havia, na Síria, uma linda jovem a quem os astros lhe reservavam um rei como esposo. Severo ainda era um simples general, mas apressou-se em pedir a mão da jovem, tão favorecida pela sorte. O pedido foi aceite. Mas, uma duvida surgiu no espírito do general. Se a jovem fosse um dia coroada, participaria ele, Severo, dessa coroação, teria ele sucesso? Cruel angústia! Somente um astrólogo poderia solucionar a dúvida e Septímio, sabendo que na Sicília havia um sábio de renome, para lá se dirigiu. Mas o império romano estava a ser governado pelo louco e feroz Cómodo (161-192 d.C.). Este, sabendo que o seu general seria um dia o seu sucessor, resolveu mandar cortar-lhe a cabeça. Felizmente, Cómodo foi estrangulado antes disso. Um astrólogo já havia prevenido Septímio Severo e dito que ele e Júlia, sua esposa, ocupariam o seu lugar no trono dos Césares.

Como se vê, a astrologia não é uma ciência vaga e exige muito cuidado, trabalho e intuição para que se possa ler e dizer exactamente o que se acha anunciado pelos astros.
M. L.Rev Rosacrus. nº 368 - Jun / 2003.

A Aparência e a Essência.


Em situações de crise há duas saídas que se oferecem ao nosso caminho: a porta de emergência e o alçapão.

Saídos de um ciclo de sofrimento, somos dominados pela ansiedade, pela fome de envolvimento emocional profundo, pela necessidade de protecção e de compreensão, pelo desejo de viver novas experiências, por isso, optamos quase sempre pela primeira que nos devolve rapidamente ao mundo concreto com novos desafios que nos mantêm à tona das coisas, embora anestesiados e confusos.

O alçapão é pesado e difícil de levantar. Abre-se lentamente para o mundo subterrâneo, activo, fértil, porém, desconhecido; é o território da psique e do sagrado que em nós habita. Escada íngreme e solitária que se vai iluminando à medida que empreendemos a lenta tarefa de restaurar o que em nós está esquecido, mutilado, perdido. Convida-nos a resgatar a nossa essência, ao auto-conhecimento, a viver o que valorizamos, a rejeitar o que está desadequado ao novo tempo, à cura, ao perdão, à expansão da consciência, enfim, conduz-nos ao ciclo da maturidade.

A primeira porta devolve-nos à aparência, a segunda conduz-nos à essência. A primeira mascara e confunde com a energia breve e intensa das novas emoções, que nos mantém activos e expectantes, as reais necessidades do nosso ser. A essência permite o reencontro com a nossa verdadeira natureza íntima e sagrada que nos devolve um sentido à nossa existência.

Se vives o tempo da encruzilhada, estás a ser convidado a escolher entre a aparência e a essência. Aconselha-te com o silêncio e na oração, mas não te demores. "O mestre abandona o discípulo que hesita".
Em situações de crise há duas saídas que se oferecem ao nosso caminho: a porta de emergência e o alçapão.

Saídos de um ciclo de sofrimento, somos dominados pela ansiedade, pela fome de envolvimento emocional profundo, pela necessidade de protecção e de compreensão, pelo desejo de viver novas experiências, por isso, optamos quase sempre pela primeira que nos devolve rapidamente ao mundo concreto com novos desafios que nos mantêm à tona das coisas, embora anestesiados e confusos.

O alçapão é pesado e difícil de levantar. Abre-se lentamente para o mundo subterrâneo, activo, fértil, porém, desconhecido; é o território da psique e do sagrado que em nós habita. Escada íngreme e solitária que se vai iluminando à medida que empreendemos a lenta tarefa de restaurar o que em nós está esquecido, mutilado, perdido. Convida-nos a resgatar a nossa essência, ao auto-conhecimento, a viver o que valorizamos, a rejeitar o que está desadequado ao novo tempo, à cura, ao perdão, à expansão da consciência, enfim, conduz-nos ao ciclo da maturidade.

A primeira porta devolve-nos à aparência, a segunda conduz-nos à essência. A primeira mascara e confunde com a energia breve e intensa das novas emoções, que nos mantém activos e expectantes, as reais necessidades do nosso ser. A essência permite o reencontro com a nossa verdadeira natureza íntima e sagrada que nos devolve um sentido à nossa existência.

Se vives o tempo da encruzilhada, estás a ser convidado a escolher entre a aparência e a essência. Aconselha-te com o silêncio e na oração, mas não te demores. "O mestre abandona o discípulo que hesita".Maria Coriel.

Escutando o Rio a Fluir...


Há tempos que são de espera. Nada nos pedem. Nada nos querem dizer. Nada acontece de novo. Desconcertante. Fomos educados para produzir. Fazer muitas coisas. Queremos mudar. Experimentar emoções diferentes.

A casa do silêncio é ampla. Sentimo-nos sós. Perdidos. Forçamos o tempo. Distraímo-nos. Ocupamo-nos. Apressamo-nos a ir para algum lado. O tempo responde-nos com o silêncio. Porque há tempos que são de escuta. De imobilidade. Voltamos, de novo, ao ponto de partida.

A cada um o tempo de espera ensina coisas diversas, mas a todos deixa os mesmos recados: aprender a estar imóvel; nem tudo depende inteiramente de nós.

Se estás nesse tempo, senta-te e escuta o rio que flui. Não para ouvir o que ele tem para te dizer, mas para escutares o que a tua alma tem para lhe contar.

Nesse momento, desenhar-se-á um novo tempo. Conciliador. Entre o que aprendeste sobre ti e o que o mundo te preparou.

No tempo fértil, serás, então, convidado a sair da casa do silêncio e a desenhar novos gestos no dia claro.
Maria Coriel.

As Palavras sem Rosto.


Sinto que há certas coisas que nunca poderão ficar claras;
não há palavras adequadas para elas; contudo, essas coisas existem.

Krishnamurti.

Há coisas que pertencem ao reino da alma, lá, onde moram as coisas indizíveis, as que sentimos como verdadeiras e eternas.

As palavras foram inventadas para nomear as coisas concretas; o visível torna-se dizível, portanto. Mas outras há para as quais as palavras ficam sempre aquém. Se os sentidos ao menos pudessem ver-lhes a substância, provavelmente torná-las-iam dizíveis, explicáveis, sossegando a alma inquieta. Também escapam à razão que não consegue capturá-las, esquadrinhá-las, estudá-las, dar-lhes uma identidade.

Depois de tentar infrutiferamente traduzir o indizível, aprendemos que nunca conseguiremos nomeá-lo com precisão. Ele não existe para ser pensado, mas para ser sentido.

Ana M. Martins

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

RÉQUIEM.


Não pensem que dormito além dessas estrelas...
Tudo mudou de cor, de forma, já não sinto medo.
Continuo a viagem em busca de tantos mistérios...
Deixo pra trás a dor, a ansiedade e o degredo.
Vôo livremente agora pelo espaço; e o invólucro,
Que prendia minhalma, me mantendo encasulado,
Se rompe... me dá ciência de que valeu a pena,
Ter mantido a fé para que eu fosse libertado!

Todos os dogmas que se lavraram em mim,
Se afiançam agora, como verdade absoluta,
Quando me prostro aos pés do Pai Onipotente,
Que me acolhe, que me abriga, que me escuta.
Reencontro irmãos que me foram tão queridos...
Quem imagina que a morte é o fim, comete engano...

A vida nos lapida, nos prepara para essa partida,
Novos patamares nos elevam pra mudar de plano.
Pelas lições Divinas que sempre me guiaram,
Pra não errar o caminho em direção à luz,
Me dão a certeza de que fiz tudo certo,
E meu prêmio agora é o encontro com Jesus!
Mírian Warttusch.

O NASCER PARA O ALÉM...


Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.

Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.

E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.

Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.

Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...

E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!

Texto: Padre Juca ..

Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.

Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.

E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.

Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.

Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...

E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!
Padre Juca.