contos sol e lua

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Shun de Andrômeda.


Quando criança, Shun foi sempre defendido pelo seu irmão Ikki e ninguém acreditava que ele sobreviveria ao treinamento sob as duras condições climáticas da Ilha de Andrômeda. Contrariando as expectativas, voltou ao Japão como Cavaleiro de Andrômeda, treinado por Albion de Cefeu (Daidalos no mangá).
Shun é o personagem mais sensível da série. Durante a saga de Hades, revela-se que Shun é o ser humano mais puro na atualidade. Tem uma personalidade pacífica e odeia disputas, tanto que não hesita em oferecer a própria vida se o seu sacrifício poupar a vida dos outros, pois possui a delicadeza de reconhecer a tristeza que é uma vida de combates, típica de um cavaleiro.
Sendo ele irmão de Ikki, o homem mais forte entre os Cavaleiros de Bronze, não é de estranhar que possua um enorme potencial como Cavaleiro de Atena. No entanto, por temer ferir os outros, Shun manteve seu imenso poder escondido de todos, usando apenas a Corrente de Andrômeda para diminuir a sua força. É bastante cauteloso em combate, sendo mais estratégico, prefere iniciar na defensiva para analisar o adversário.
raças a seu irmão, Shun acabou sendo enviado para a Ilha de Andrômeda, ao invés da Ilha da Rainha da Morte. Na Ilha, Shun é acolhido por seu Mestre, Albion, que ensina para Shun e outros aspirantes a Cavaleiro de Andrômeda os segredos do Cosmo interior de cada um, de como é poderoso e como saber usá-lo unindo a sensibilidade com a força.
No começo de seu treinamento, Shun por várias vezes fraqueja, mas com a ajuda da amazona, June de Camaleão, consegue encontrar forças para superar a falta do irmão. Para poder participar do "Sacrificio de Andrômeda", o desafio final para a conquista da sagrada armadura, Shun derrota seu adversário, mostrando que absorveu corretamente os ensinamentos de Albion.
É chegada a hora, Shun é acorrentado junto aos rochedos na beira do mar. Ele terá que se concentrar e se libertar antes que a maré suba por completo e o afogue. Ao contrário dos demais Cavaleiros, para conquistar a armadura de andrômeda, Shun não usa a força, e sim o carinho que mantinha por seu irmão distante. A armadura só aceitaria seu usuário caso ele tenha um cosmo poderoso, porém, sensível.
A água já cobre Shun, que consegue concentrar seu cosmo o bastante para quebrar as correntes e evaporar a água que o afoga. Shun desperta seu cosmo graças as lembranças que tinha de Ikki e seu propósito de reencontrá-lo.
Shun se torna então o Cavaleiro de Andrômeda, após a conquista da respectiva armadura sagrada, porém, escondendo seu verdadeiro poder. Antes de partir, Albion aplica mais um teste em Shun. O Cavaleiro de Andrômeda deveria concentrar sua cosmo energia e disparar um golpe sem o uso das correntes contra Albion. Shun aplica o "Nebula Storm" (Tempestade Nebulosa) sem acertar seu mestre. Aparentemente nada havia acontecido, mas basta Shun virar-se para voltar ao Japão para parte da armadura de Albion e os rochedos atingidos pelo golpe do Cavaleiro se estilhaçarem. Naquele momento, Albion percebe a poderosa força que Shun tinha, e espera que o seu pupilo descubra seu potencial no momento certo, para usá-lo devidamente.
Como o próprio Ikki de Fênix observa, durante a Saga de Hades, a personalidade de Shun é bastante fiel à constelação que o guia. Ele jamais hesita em se sacrificar, preferindo sofrer do que causar sofrimento aos outros.
Shun é o mais humilde dentre os cavaleiros de bronze. No original japonês ele usa Boku que é uma forma comum na língua japonesa para "eu", enquanto os outros usam Ore, a qual é uma maneira muito mais arrogante de dizer "eu".
Possui traços um pouco andróginos, além de uma personalidade pacífica e tendência bondosa. Essas características fazem com que alguns fãs achem que Shun seja homossexual, porém não há nenhuma referência à sexualidade dos cavaleiros no anime nem no mangá, vale lembrar que no Japão, esse jeito de Shun é considerado algo belo - prova disso são as garotas que no anime e no mangá o "idolatram". Shun foi o único cavaleiro a beijar uma garota, ele deu um beijo na amazona de bronze June de camaleão quando ela tentou proteje-lo, querendo que ele não lutasse contra os cavaleiros de ouro.
Inicialmente, tanto no anime, quanto no mangá, a atuação de Shun é a mesma. Não muda muito, somente detalhes. Tudo começou na guerra galática, assim como os demais, no qual a única razão pela participação de Shun era reencontrar seu irmão. Após isso, depara-se com um lado diabólico de Ikki, e se une a Seiya, Shiryu e Hyoga na busca pela armadura de ouro roubada por Ikki. Lá eles recuperam o lado humano de Ikki. Após isso segue no combate contra os Cavaleiros de Prata, até que chegam à fase do Santuário. Subindo as doze casas, Shun mostra-se forte contra “Saga”, escapando da Outra Dimensão. Ele salva Hyoga, que estava congelado, aquecendo-o com sua cosmo-energia. Enfrenta Afrodite de Peixes, onde mostra pela primeira vez o verdadeiro poder de Andrômeda, tocando o sétimo sentido e revelando sua mais poderosa técnica, a Nebulosa de Andrômeda e a Tempestade Nebulosa. No topo das 12 casas, ajudou Seiya a destruir a alma diabólica que possuía Saga.
Na Saga de Asgard, que não existe no mangá, ele confronta-se com Mime de Benetnasch, onde é derrotado, apesar de chegar a incomodar o guerreiro deus, com sua Tempestade Nebulosa. Fato é que ele não conseguiu derrotar Mime por não querer naturalmente derrotá-lo, devido a forma neutra de Mime se comportar, sem de fato oferecer um motivo para ser derrotado, como o próprio Mime diz, ao ver que as correntes de Shun não identificavam-no como uma ameaça. Ikki chega e derrota Mime por Shun e o pede para seguir adiante. Shun o faz, encontrando Shido, a quem derrota, dessa vez com o sucesso de sua técnica mais poderosa. Depois disso, é abatido por Bado, e passa a assistir o novo confronto de Ikki, que derrota a sombra de Mizar. Ao fim dessa Saga, combate Siegfried, mas é derrotado, e ajuda Seiya a derrotá-lo, assim como salvar Athena.
Na Saga de Poseidon, que coincide com o mangá, luta contra Kasa, mas é derrotado, apesar de consegue a técnica de Lynmandes de metamorfose. Ikki mais uma vez chega e o derrota. Depois Shun derrota Io de scilla, onde mostra as várias possibilidades de defesa de sua corrente, matando-o sem querer. Mais adiante, enfrenta Sorento, derrotando-o, mas ao invés de matá-lo consegue fazer Sorento abdicar do combate aprisionando-o com a Tempestade Nebulosa. Detalhe, esta é a Saga que percebemos o quão forte Shun ficou, pois ele visivelmente derrota dois oponentes de grande porte. Depois ele ajuda os demais contra Poseidon.
Na Saga de Hades, ele inicia na casa de Saori, percebendo algo de errado no Sántuário, decide ir até lá, desobedecendo as ordens que Atena tinha dado de não irem lá, derrotando uns cavaleiros de Prata ressuscitados, depois segue pelas 12 casas com Seiya e os demais, anulando a Exclamação de Athena e depois lutando contra Radamanthys. Todos levam uma surra, mas seguem para o Meikai. Shun acorda ao lado de Seiya. Eles atravessam o Rio Aqueronte, derrotam Caronte, e seguem adiante. Assistem Kanon destruir Lune facilmente, e vão seguindo. Nessa saga descobrimos que Shun é, de fato, a reencarnação de Hades, ou melhor, o receptáculo do Imperador do Submundo. Depois de encarnar Hades, Ikki o ajuda a livrar-se da alma de Hades, que segue para o seu corpo original. Shun acompanha os demais para o Elíseo, onde juntos derrotam primeiramente Thanatos, o Deus da Morte, e depois Hypnos, o Deus do Sono para então derrotarem Hades.
No filme Prólogo do Céu- Abertura, Shun batalha ao lado de Ikki contra Teseus. Formam uma dupla imbatível, com boas estratégias conjuntas que possibilitam a queda do Anjo Celestial.
Habilidades de luta.
Ele manipula as Correntes de Andrômeda em diversas situações. Possui um dos maiores cosmos entre os Cavaleiros de Atena, o que o faz capaz de lutar mesmo sem a corrente. A Corrente de Andrômeda se auto-restaura quando danificada. A corrente com ponta circular na mão esquerda serve para defesa e a corrente com ponta triangular na mão direita, para ataque.Essa característica fica mais evidente quando seu cosmo se eleva.Ela é pronunciada como corrente quadrada.
* Corrente de Andrômeda (Nebula Chain): As correntes de Shun, sob seu comando, avançam para cima de sua vítima de uma maneira veloz e objetiva, visando acertá-lo por algum ângulo. Possuem a finalidade de danificar o inimigo, seja perfurando sua armadura com a alta pressão exercida sobre o ponto atingindo ou então apenas causando-lhe danos de impacto com a colisão das extremidades da corrente com o corpo da vítima. Na batalha contra o Cisne Negro, o golpe foi traduzido como Corrente Nebulosa Ataque.
* Onda Relâmpago (Thunder Wave): Esta técnica pode ser considerada uma evolução do ataque "Corrente de Andrômeda". No ataque, a corrente triangular, específica para o ataque, muito mais veloz e poderosa, parte para cima da vítima percorrendo uma trajetória de zigue-zague, simulando o trajeto de relâmpago, o que permite atingir o inimigo por vários lados e ângulos em um único golpe. Como resultado, a corrente possui maior intensidade para perfurar e destruir as armaduras, além de descarregar cargas elétricas de 10.000V ao contato com o corpo da vítima. Simultaneamente, a corrente de ponta circular fica inativa, preparada para proteger o corpo de Shun a qualquer instante. A Onda Relâmpago é utilizada em casos que seu portador se encontra em maior perigo, onde as correntes atingem o ápice de sua função. Segundo Shun,este ataque encontra o inimigo mesmo que ele esteja a milhares de anos-luz. Na batalha contra a ilusão de Gemeos, na Saga das Doze Casas, foi demonstrado o poder da corrente, de encontrar o inimigo onde ele estiver, a corrente penetrou na ilusão e acertou Saga, que estava na sala do mestre, o golpe foi traduzido como Onda Trovão nessa batalha.
* Defesa Circular (Rolling Defense): Utilizando-se de sua corrente de ponta circular, Shun cria uma defesa em torno de seu corpo, onde essa mesma corrente começa a girar em volta de si, cada vez mais rápida e forte, asemelhando-se no final a uma verdadeira parede de aço, devido ao tamanho grau de defesa proporcionado pela técnica. Além da defesa propriamente dita, a Defesa Circular ainda tem a capacidade de repelir certos ataques recebidos como fez com as "Rosas Diabolicas Reais" de Afrodite de Peixes. É importante ressaltar ainda que depois de receber um certo golpe uma vez, a Defesa Circular cria uma defesa perfeita para o golpe recebido, como dito por Shun na luta com Io de Scylla. Ao mesmo tempo, a corrente de ponta triangular fica à espera do primeiro comando de seu portador para atacar. Na saga de Poseidon, Shun demonstra o poder de defesa perfeita da corrente, ao criar defesas impenetráveis contra as bestas de Io de Scylla, as variações são:
* Teia de Aranha de Andrômeda (Spider Net): Golpe criado pela corrente para deter o ataque Ferrão da Abelha Rainha, golpe de Io de Scylla, onde a Corrente se transforma em uma imensa teia de Aranha, Evitando o Golpe de Io com extrema eficiência. Ele também usou este ataque na batalha contra Érigor no filme: Os Guerreiros do Armageddon: A Batalha Final.
* Rede de Andrômeda (Casting Net): Golpe Criado pela corrente para deter o ataque Águia Poderosa, outro golpe de Io de Scylla, Utilizando suas correntes, Shun transforma a corrente em forma de circulo em uma imensa rede barrando o ataque Águia poderosa.
* Espiral de Andrômeda (Espiral Duct): Golpe criado pela para deter o ataque Serpente Assassina, Outro golpe de Io de Scylla, Utilizando suas Correntes Shun envolve a Serpente e libera energia fazendo com que a serpente seja destruída.
* Boomerang de Andrômeda (Boomerang Shoot): Golpe criado pela corrente para deter o Ataque Vampiro, Mais um golpe do Io de Scylla, A corrente faz movimentos Circulares traçando uma rota no estilo de um bomerang atingindo indiretamente os Morcegos evitando mais um golpe de Io.
* Armadilha de Andrômeda (Wild Trap): Golpe Criado pela corrente para deter o ataque Fúria do Lobo, mais um golpe de Io de Scylla, A corrente se espalha pelo chão formando uma grande armadilha, capturando o Lobo criado pelo golpe de Io.
* Grande Captura de Andrômeda (Great Capture): Golpe Criado pela corrente para deter o ataque Urso Infernal, ultima besta usada pelo Io de Scylla, A corrente Envolve o Urso e Apertar ao Maximo, destruindo todas as Escamas de Io e detendo o Seu Golpe. Também foi usado para deter Kasa de Lymnades e o cão Cérbero na saga de Hades (quebrando seus ossos e enforcando-o).
Na versão Gota-Mágica, seu golpe não tinha nome, apenas como pegue-o corrente.

* Corrente Nebulosa (Nebula Stream): Pode-se dizer que esta técnica é um estágio que precede a Tempestade Nebulosa. Ela consiste em Shun expelir de seu corpo jatos de ar que vão diretamente até o oponente, paralisando o seu corpo. É uma forma criada por Shun para que o inimigo desista da batalha sem que o pior lhe ocorra. Um movimento suspeito por parte da vítima, por menor que seja, e a verdadeira tempestade explode. Foi utilizada na batalha contra Afrodite de Peixes e Shido de Mizar.
* Tempestade Nebulosa (Nebula Storm): A técnica mais poderosa de Shun, cuja realização, ironicamente, se faz sem o auxílio das correntes. O golpe se faz através de potentes jatos de ar expelidos pelo corpo do Andrômeda que formam uma verdadeira tempestade de ventos, levando a vítima para o alto e fornecendo-lhe os piores danos de impacto. Há também os danos de queda que o oponente recebe ao colidir-se violentamente contra o chão. A Tempestade Nebulosa pode ser realizada de 2 formas diferentes: na primeira, Shun faz um ataque mais generalizado, espalhando os jatos de ar por toda a área; na segunda, Shun canaliza todo o poder da tempestade em um ponto, aumentando assim os efeitos de seu golpe. Esse golpe foi utilizado na batalha em Asgard contra o guerreiro deus Shido de Mizar com toda a suas forças contra o golpe Infinito Azul de Shido, foi usado também contra Afrodite o Cavaleiro de Peixes na Batalha das Doze Casas, o golpe foi aplicado momentos antes de sua morte quando foi atingido pela "Rosa Branca de Afrodite" que drenava o sangue do coração e também foi usado contra Saga o Cavaleiro de Gêmeos na ultima das batalhas do Santuário, quando Athena o trouxe de volta a vida e ele lutou junto dos outros quatro cavaleiros de bronze!

Primeira forma.

A Armadura representa uma virgem acorrentada. Com essa Armadura, Shun atravessou as Doze Casas do Zodíaco. No Mangá, essa armadura tem poucas partes: coroa, ombreira, tronco e cintura, joelheira pequena e sapatos. No Anime, ela cobre quase o corpo todo, com um capacete, ombreiras grandes, tronco e cinturas, membros inferiores completos.

Formato reluzente

A Armadura de Andrômeda restaurada antes da batalha de Poseidon voltou com mais proteção. Mudou o capacete, que agora é uma coroa; o tronco, que antes cobria tudo, agora cobre apenas 60%; os membros superiores não mudaram muito, apenas as ombreiras ficaram um pouco menores, e seu pulso, que agora está mais detalhado pois seguram as correntes, que também se renovaram. Seus membros inferiores estão com poucas partes, apenas joelheiras, caneleiras e as sapatilhas. Por incrível que possa parecer, mesmo com poucos membros em relação a outra que tinha muitos, essa 2ª Armadura é muito mais poderosa. No Mangá ela é quase igual à do anime.

Quando ele recebe sua armadura renovada pelo sangue dos cavaleiros de ouro, no anime, ele retira sua armadura para usar a Tempestade Nebulosa como fez como Afrodite, ao estilo Strip, como Mime, diferente de Shiryu, que usa seu corpo para expulsar a armadura quando vai lutar.

* Restaurador da Armadura (Mangá): Shaka de Virgem
* Restaurador da Armadura (Anime): Aldebaran de Touro

Banhada pelo sangue de Atena.

Preparada para a Batalha no Mundo dos Mortos, a Armadura de Andrômeda renasce como nova, com um novo design mais bonito (Alterou a coroa, tronco e a cintura e também um pouco da cobertura de seus membros inferiores). Ela também se tornou mais forte e poderosa e, as correntes, muito mais resistentes.

Armadura Divina.

Transformada em Armadura Divina com o cosmo no 8ªsentido, Sua Armadura se transformou completamente durante a luta contra Hypnos. As diferença na sua Armadura são: A Coroa, que agora voltou a ter uma forma mais quadrada do que redonda, como era na 3ª armadura, e muito mais detalhada, o tronco que agora cobre tudo e junta-se com uma saia que antes era apenas um cinto e suas ombreiras estão bem maiores agora. Seus membros superiores agora estão todos cobertos, suas correntes mais firmes, também estão agora mais detalhadas. Os membros inferiores estão quase completamente cobertos, e por último as suas asas que nasceram em suas costas, bastante resistentes, pois Shun pode atravessar Dimensões sem receber danos.
Virgem.

Na Saga de Hades, Poseidon enviou cinco armaduras de ouro para os campos elíseos. Shun vestiu a armadura de ouro de Virgem, conforme seu signo, e atacou com a sua tempestade nebulosa, junto dos demais cavaleiros de bronze que também trajavam as armaduras de ouro. As cinco técnicas unidas feriram Thanatos que revidou, destruindo as cinco armaduras de ouro de uma só vez.

Cultos e Ritos Pré-Históricos.

O conceito de rito e culto é considerado como um conjunto de gestos e palavras codificados, de valor simbólico, próprio de um determinado grupo cultural. No caso da Pré-História, só tem visibilidade e leitura quando se traduz em atos materiais susceptíveis de registo arqueológico. Mesmo nestas condições é difícil aplicar a noção de "ritual", uma vez que as leituras sobre a presença de ocre em sepulturas, por exemplo, pode ser lida como fenómeno ritual ou simples presença. As manifestações de arte rupestre são frequentemente assinaladas como símbolos de ritual, de magia e até de fecundidade, mas estas permanecem, contudo, por precisar.
Parece evidente que as manifestações face à morte e seus estágios assumiam um papel significativo nas comunidades pré-históricas. Os enterramentos conhecidos desde o Paleolítico médio apresentavam conjuntos rituais diversos, como a introdução de elementos decorativos, a manipulação diversa dos restos ósseos, a posição de deposição do corpo, etc., num quadro geral de "religiosidade" aparente. Na edificação dos grandes monumentos megalíticos do Neolítico/Calcolítico, quer se tratem de elementos funerários, como os dólmenes, ou destituídos deste cariz, como os menires, alinhamentos e cromeleques, estamos sempre na presença de manifestações ritualmente potenciais.
Cultos e Ritos Pré-Históricos.. Porto: Porto Editora.

Lenda de Andrômeda.


Filha de Cefeu, rei da Etiópia, e de Cassiopéia, Andrômeda foi vítima da hybris, do descomedimento da mãe, que pretendia ser mais bela que todas as nereidas, ou mais bela que a própria deusa Hera, conforme a versão.
As nereidas (ou Hera), inconformadas e enciumadas, solicitaram a Posêidon que as vingasse da afronta. O deus do mar enviou contra o reino de Cefeu o monstro marinho Ceto, que o devastava por inteiro. Consultado o Oráculo de Amon, o deus declarou que a Etiópia só se libertaria do flagelo se Andrômeda fosse agrilhoada a um rochedo à beira-mar, como vitima expiatória ao monstro, que a devoraria. Pressionado pelo povo, o rei consentiu que a filha fosse exposta, como Psique, "às núpcias da morte".
Exatamente nesse momento, o herói Perseu, retornando de sua vitoriosa missão contra a Medusa, chegou ao reino de Cefeu e se apaixonou por Andrômeda. Prometeu ao rei que a salvaria, caso este lhe desse a filha em casamento. Feito o pacto, Perseu, usando suas armas mágicas, libertou a noiva e a devolveu aos pais, aguardando as prometidas núpcias.
Cefeu e Cassiopéia colocaram, porém, dificuldades, porque a jovem já fora prometida em casamento a seu tio Fineu, irmão de Cefeu, que planejou eliminar o vencedor do monstro marinho. Descoberta a conspiração, Perseu mostrou a cabeça de Medusa a Fineu e seus cúmplices, transformando-os em estátuas de pedra.
Uma variante do mito mostra o herói em luta não contra Fineu, mas contra Agenor, irmão gêmeo de Belo. É que Agenor, instigado por Cefeu e Cassiopéia, que se haviam arrependido da promessa de dar a filha em casamento ao herói argivo, avançou cotra este com duzentos homens em armas. Após matar vários inimigos, já cansado de lutar, Perseu petrificou os demais com a cabeça da Medusa, inclusive o casal real.
Em uma interpretação evemerista, contada pelo mitógrafo Cônon, do século I a.C., Cefeu seria rei de Iope, nome antigo da Fenícia e Andrômeda era cortejada por Fênix, epônimo da Fenícia, e por Fineu. Após muitas tergiversações, o rei decidiu dá-la em casamento a Fênix, mas, não querendo desagradar ao irmão, simulou um rapto de Andrômeda. Este se consumaria numa ilhota onde a jovem costumava sacrificar a Afrodite. Mas em sua célebre nau Ceto, Fênix raptou a noiva, que ignorando tratar-se de uma encenação destinada a enganar o tio, gritou por socorro. Perseu, que por ali passava, apaixonou-se por ela, invadiu a Ceto, petrificou os marinheiros e levou consigo Andrômeda, qu se tornou rainha de Tirinto.Enciclopédia e Dicionário.Porto Editora.