sexta-feira, 25 de março de 2011
A Profecia de Morrigan.
Ao final da épica batalha com Fomorianos segue uma cena não menos espetacular de Morrigan e sua irmã Badb correndo juntas para proclamar aos quatro cantos a vitória dos Tuatha Dé Danann, gritando para tanto do cume das montanhas mais altas da Irlanda.
Voltando a Tara (capital do reino dos Tuatha Dé Danann) Badb como uma menestrel improvisada , fortemente tão emocionada quanto inspirada pela importância daquele momento na vida de todos dananianos , cantou uma canção que assim começava e cujo o resto da letra se perdeu na poeira da história :
Paz sobe aos céus,
Os céus descem a terra,
Terra mora sob os céus,
Todos são fortes...
Morrigan permanecia quieta ouvindo a bela canção de sua irmã, porém, enquanto todos eram só sorrisos transparecia um ar sombrio estampado na sua face que aos poucos atraiu atenção de todos ao ponto de cessarem suas celebrações para ver o que acontecia ali.
Voltou a reinar um silêncio sepulcral entre os danianos , sem que ninguém tivesse coragem de perguntar a Morrigan o que acontecia, quando sem aviso prévio a Grande Rainha em olhos marejados e voz embargada anunciou que teve uma visão sobre o que reservava o futuro para os Tuatha Dé Danann.
Na profecia Morrigan via o fim iminente da Era Divina dos Tuatha Dé Danann e o inicio de um tempo de miséria sem fim com mulheres sem pudor, homens sem força, velhos sem a sabedoria da idade e jovens sem respeito pelas tradições. Um era de injustiça, líderes cruéis, traição e sem nenhuma virtude! Um tempo onde haveria árvores sem frutos e mares sem peixes onde a Mãe Natureza só ofertaria um maná de veneno como alimento aos seres vivos ! Esta era a chegada da Era dos Homens, do nosso mundo.
Uma Vampira Chamada Morrigan.
Morrigan vem de "Mór Ríogain" e significa "Grande Rainha" em gaélico. Porém, num manuscrito datado do ano de 876 para a Vulgata de autor desconhecido surge sem maiores motivos aparentes o nome de Morrigan como sendo a a expressão de "Rainha Fantasma" ou "Rainha dos Mortos-Vivos".
Nota-se que a partir daí também a deusa Morrigan assumiu a características mais que tipicamente vampirescas na qualidade de "Rainha Fantasma" ou "Rainha dos Mortos-Vivos", só que ao contrário do famoso "Drácula" dos tempos modernos que virava morcego tinha ela o poder de se transformar em um lobo ou corvo antes de atacar suas vítimas . Seria a versão céltica do mito do vampiro?
Para o reforço desta imagem deve ser lembrado que Morrigan é descrita como uma mulher cheia de cicatrizes e ferimentos mal-curados , bem como sempre coberta de sangue e lama o que faz ela presumivelmente ter um cheiro pra lá de ruim!Aliás, um de seus epítetos de Morrigan é "corvo de batalha" e é bem sabido que esta é uma ave carniceira que se alimenta principalmente de corpos em decomposição. De novo invarialmente tal situação invoca no fundo da mente a criação de uma imagem arquetipica de repulsão e nojo.
E o que dizer do estado sombrio de espírito que ficou Morrigan a partir de seu amor não correspondido por Cuchulainn?Oras, ela foi para sua morada na eternidade amarrando uma dor de cotovelo sem-fim e cheia de ressentimento em seu coração, abandonando-o ocasionalmente para vagar como uma alma penada entre os reles mortais em busca de amantes cativos de sua vontade!
Assim, imagine tudo isto em um "conjunto harmônico" e veremos que se bem Morrigan não tenha presas, não tema luz solar e tudo mais esperado em um vampiro clássico , nem de longe pode ser negado de que não exista algo de bem sombrio e "vampiresco" em um sentido lato na personalidade desta deusa.
A questão é apenas "´abstrair" de imagens pré-concebidas a respeito do mito do vampiro e buscar ver nele o que há de essencial, isto é, um ser destituído de sua Alma Imortal que vaga existindo neste mundo como se um morto fosse e invejoso do destino "normal" dos restante dos mortais (sobretudo amor correspondido)
Morrigan, a Grande Rainha.
maginem uma mulher extremamente alta, cabelos castanhos escuros longos até a cintura que serviam como uma espécie de ´´capa´´ sobre os ombros, olhos penetrantes tão negros como a noite, pele branca quase translúcida e corpo de músculos bem delineados que não deixavam de revelar encantos femininos sem par e fazer qualquer um pensar nos prazeres carnais que ela poderia oferecer.
Agora não se deixem enganar por sua bela aparência, pois detrás delas há uma guerreira implacável, caçadora das mais hábeis, mestra no manuseio de qualquer arma e invencível no combate por sua força descomunal e invulnerabilidade.
Aliás, em qualquer batalha, seja entre deuses ou mortais, lá estava ela liderando tropas com um grito de guerra tão alto quanto o de dez mil homens e plenamente armada até os dentes onde se destacava em sua indumentária de combate as duas lanças da mais pura prata que carregava nas mãos (quando lançadas capazes de partir ao meio o avanço de um exército inimigo e destroçar em pedaços quem estivesse mais próximo).
Ela também tinha poderes mágicos como o de cegar os inimigos jogando sobre o campo de batalha uma névoa penetrante bem como também dotada do dom de mudar sua forma humana para de um corvo carniceiro, lobo ou mesmo de uma anciã de aparência bem inocente. Conhecendo bem tanto o poder curativo das ervas e raízes quanto a maneira de usa-las como um veneno mortal.
Esta em poucas palavras é a descrição de Morrigan, cujo o nome em gaélico significa "Grande Rainha", deusa celta da guerra. Ao seu lado, seguindo-a para todo lado como um séquito de uma rainha, haviam as suas não menos importantes irmãs: Fea (chamada de "a Odiosa"), Nemon (conhecida também popularmente como "a Venenosa") , Badh (atendendendo pelo apelido sugestivo de "a Fúria") e Macha.
Nemon e Fea eram ambas esposas do famoso Nuada da Mão de Prata, um dos reis dos Tuatha Dé Danann (Povo da Deusa Danu) que em combate com Sreng dos Fir Bolgs (antigos habitantes da Irlanda e tribo aliada dos Fomorianos) teve a mão decepada e depois substituida por uma mão de prata feita através das incriveis habilidades de Diancecht (deus gaélico da medicina)até ser restituida por Miach e Airmid (filhos de Diancecht) Em poder se comparavam juntas a força de Morrigan.
Macha regia os pilares nos quais eram empaladas as cabeças dos guerreiros mortos em combate para qual eram feitos pelos celtas o culto da cabeça na idéia de ser assim capaz de capturar o espírito dos inimigos. Diziam que Macha vivia a cantar nos campos de batalha, com uma voz bela e magnética que tinha o poder de enfeitiçar os inimigos e leva-los a loucura ao ponto de cometerem o suicidio
Por sua vez, Badh vinha com suas irmãs para animar os combatentes dos quais estavam ao seu lado na batalha para assim inspira-los a ficarem cada vez mais ferozes , afastando o medo da morte do coração e o receio da derrota. Era individualmente a irmã mais próxima no contato com Morrigan, atuando como sua conselheira e confidente.
Curiosamente a Grande Rainha , sempre vitoriosa no combate, acabou pelo amor não correspondido de Cuchulainn (uma espécie de semi-deus e herói celta ao estilo de Hércules dos gregos) sendo atingida de uma forma mais dolorosa do que em qualquer ferimento obtido em batalha. Assim, ironicamente, o Amor foi a arma que finalmente derrotou a invencível Morrigan!F.P.Wikepédia.
Morrígan.
Morrígan ("Terror" ou "Rainha Fantasma"), também escrita Mórrígan ("Grande Rainha") (aka Morrígu, Mórríghean, Mór-Ríogain) é uma figura da mitologia irlandesa (céltica) que aparenta ser uma divindade, embora não seja referida como "deusa" nos textos antigos.
Representado comumente como uma figura terrível, nas glosas dos manuscritos medievais irlandeses como uma equivalente a Alecto - uma das Fúrias na mitologia grega - de fato, um dos textos refere-se a Lamia como "um monstro de formas femininas, i. e., uma Morrigan" - ou ainda como o demônio hebreu Lilith.
Associada com a guerra e a morte no campo de batalha, algumas vezes é anunciada com a visão de um corvo sobre carcaças, premonição de destruição ou mesmo com vacas. Considerada uma divindade da guerra, comparável às Valquírias da mitologia germânica, embora sua associação com o gado bovino permita também uma ligação com a fertilidade e o campo.
É com freqüência vista como uma divindade trinitária, embora as associações desta tríade variem: a mais freqüente dá-se de Morrígan com Badb e com Macha - embora algumas vezes incluem-se Nemain, Fea, Anann e outras.
As mais antigas narrativas de Morrígan estão nas histórias do "Ciclo do Ulster", onde ela tem uma relação ambígua com o herói Cúchulainn. No Táin Bó Regamna (Invasão do gado em Regamain), ele a desafia, sem compreender o quê ela é, quando ela guia uma novilha por seu território, tornando-se seu inimigo. Ela profere uma série de ameaças, predizendo finalmente uma batalha próxima onde ele será morto. Ela diz, enigmaticamente: "Eu vigio sua morte".
No Táin Bó Cuailnge a Rainha Medb de Connacht comanda uma invasão ao Ulster para roubar o touro Donn Cuailnge. Morrígan surge ao touro na forma de um corvo, e o previne para fugir. Cúchulainn defende o Ulster, travando no vau dum rio uma série de combates contra os campeões de Medb. Entre os combates, Morrígan lhe surge, com aparência de uma bela moça, oferecendo-lhe seu amor e auxílio na batalha - mas ele a rejeita. Como vingança ela interfere no seu próximo combate, primeiro assumindo a forma de uma enguia, fazendo-o tropeçar; depois, com a forma de um lobo, provocando um estouro da boiada, e finalmente como uma novilha que conduz o rebanho em fuga - tal como havia ameaçado em seu primeiro encontro. Cúchulainn é ferido por cada uma das formas que ela assume mas, apesar disto, consegue derrotar seus oponentes. Ao final ela reaparece-lhe, como uma velha que trata-lhe os ferimentos causados por suas formas animais, enquanto ordenha uma vaca. Ela oferece a Cúchulainn três copos de leite. Ele a abençoa por cada um deles, e suas feridas são curadas.
Numa das versões sobre o conto da morte de Cúchulainn, falando sobre como o herói enfrenta seus inimigos, diz-se que este encontra Morrígan como uma velha que lava sua armadura ensangüentada à margem do rio - um presságio de sua morte. Depois, mortalmente ferido, Cúchulainn amarra-se a uma pedra com suas próprias entranhas, para assim poder morrer em pé... somente quando um corvo pousa sobre seu ombro é que os inimigos acreditam que realmente está morto.
Ciclo mitológico.
Morrígan também aparece em textos do chamado "Ciclo Mitológico" celta. Na compilação pseudo-histórica Lebor Gabália Érenn, do século XII, ela está listada entre Tuatha Dé Danann, como uma das filhas de Ernmas, neta de Nuada.
Natureza e atributos.
Morrígan é freqüentemente considerada como uma deusa trina, mas a sua suposta natureza tripla é ambígua e inconsistente. Às vezes surge como uma de três irmãs, as filhas de Ernmas: Morrígan, Badb e Macha. Por vezes a trindade consiste em Badb, Macha e Nemain - coletivamente conhecidas como Morrígan ou, no plural, como as Morrígan. Ocasionalmente Fea ou Anu também surgem, em várias combinações. Morrígan, porém, muitas vezes aparece só, e seu nome por vezes é transmutado para Badb, sem a terceira "forma" mencionada.
Morrígan é usualmente tida como "deusa guerreira": W. M. Hennessey, em sua obra A antiga deusa irlandesa da guerra, escrita em 1870, foi influenciado por esta interpretação. O seu papel envolve freqüentemente a morte violenta de determinado guerreiro, ao tempo em que é sugerida uma ligação com Banshee (espécie de fada) do folclore posterior).F.P.Wikepédia.
CÚ CHULAINN.
O Guerreiro de Ulster.
Cú Chulainn significa o "cachorro da casa de Cullan". Quando era menino seu nome era "Setanta" que significa ‘o pequeno’. Converteu-se em Cú Chulainn quando matou o cachorro guardião do ferreiro Cullan, e assim prometeu guardar a casa do ferreiro no lugar do cachorro. Cú Chulainn é um dos grandes heróis irlandeses. Os feitos mais famosos deste herói encontram-se na saga Táin Bó Cualgne (O roubo do gado de Cooley).
Cú Chulainn, o Aquiles irlandês, realizou grandes proezas em sua curta vida.
Os sonhadores olhos do herói refletem seu idealismo, expressado na inscrição que há abaixo do seu retrato retrato: "Não me importa viver um só dia se minha fama e poder são imperecíveis".
Cú Chulainn, herói irlandês de características sobrenaturais, era o guerreiro campeão de Ulster, o personagem mais famoso dos relatos que compõem o Ciclo do Uladh. Seu nome significa "o sabujo de Cullan", porém normalmente o apelidavam Sabujo de Ulster.
Seu nascimento já tem características mágicas, pois tem um pai divino e outro mortal. A mãe de Cu Chulainn era Dechtire, filha do druida Cathbad que era, por sua vez, conselheiro do rei Conchobar. Foi Cathbad quem predisse que Cu Chulainn seria um grande guerreiro, porém que morreria jovem. Pouco antes de Dechtire casar-se com Sualtam, irmão do deposto líder de Ulster Fergus, fugiu para o Mais Além com suas cinqüenta damas todas transformadas em um bando de pássaros. Durante o banquete das bodas ela engoliu uma mosca que a fez sonhar com o deus solar Lugh, que foi quem lhe disse que empreenderia essa viagem. Cathbad tranqüilizou seu genro dizendo que Dechtire só fora visitar seus parentes, já que seu avô materno era Aenghus. O certo é que Lugh manteve Dechtire distante durante três anos.
Quando Dechtire e suas damas regressaram para Emain Macha – a fortaleza dos reis de Ulster – na forma de pássaros de brilhantes cores, ela esperava um filho de Lugh, Setanta. Porém Sualtam estava tão feliz em ter sua esposa de volta que aceitou o menino como se fosse seu próprio filho.
Desde jovem Setanta aprendeu as artes da guerra, porém ninguém tinha consciência de sua força e bravura até que ele matou um enorme cão com as sua mãos nuas. O bom ferreiro Cullan vivia só, totalmente entregue ao seu trabalho. Para cuidar de suas coisas e rebanhos tinha como guardião um enorme cão. Em certa ocasião, o Rei Conchobar recebeu convite de seu artesão para que compartilhasse da mesa de um simples forjador. O soberano, que conhecia o estilo de vida do ferreiro, procurou apresentar-se com uma pequena comitiva. Quando se dirigia para a casa de Cullan, viu que seu sobrinho Setanta estava vencendo a uns cinqüenta moços no jogo de competição. Ficou tão maravilhado com a força e destreza do menino, que o convidou para que o acompanhasse, como se ele já fosse um dos seus guerreiros. Porém Setanta quis terminar as provas.
Quando Conchobar chegou a casa do ferreiro já não lembrava que seu sobrinho também chegaria. O ferreiro fechou as portas do muro que rodeava a sua casa e deixou o cão solto como guardião diante da porta. Quando o menino chega, entra no cercado e o cão atira-se contra ele. Porém no momento em que o cão abre a boca, Setanta coloca em sua garganta uma bola das que se utilizava nas competições. Não termina aqui a coisa: estrangula-o e joga-o contra a parede, estilhaçando sua cabeça contra um dos pilares da entrada.
Os convidados saem da casa para ver o que está acontecendo e vêem um menino de seis anos junto ao cachorro destroçado. Ao ver aquilo, Cullan se entristece demais. Aquele cachorro era seu companheiro inestimável, seu colaborador mais fiel. Setanta insiste em consolá-lo: Não te aflijas. Presentearei-te com um cachorro que, quando crescer, te prestará o mesmo serviço que até hoje te prestou teu cachorro guardião. Enquanto o cachorro cresce eu farei às vezes de guardião como se fosse o teu cachorro.
Cullan agradeceu o gesto, porém recusou a oferta. E por aquela bela ação, o druida Cathbad deu a Setanta um novo nome: “O cachorro de Cullan”, com o qual, desde então, ficou conhecido por todas as pessoas de Ulster e também pelas pessoas vizinhas àquelas terras.
Sendo ainda um rapaz, Setanta inicia um complexo processo ritual que o conduzirá à aquisição final da condição de guerreiro, momento que acontece quando escuta os bons augúrios do druida para quem nesse determinado dia tomara as armas, coisa que ele exige e consegue das mãos do rei, não sem antes haver vencido vários jogos até encontrar os mais apropriados à sua força.
Cú Chulain era muito admirado por todas as mulheres. Enamorou-se de Emer, filha de Fogall, um astuto chefe de clã cujo castelo estava próximo de Dublin. Cú Chulain pediu a mão da moça, mas seu pai, que era contra a união, exigiu que Cú Chulain consolidasse sua reputação de guerreiro sugerindo que ele aprendera as suas técnicas de luta com o campeão escocês Domhall.
Cú Chulain concluiu por Domhall que o melhor mestre de armas era Scathach, uma princesa guerreira da Terra das Sombras. Partiu para o misterioso lugar e pôs-se a sua disposição. Scathach ensinou-lhe a sua famosa estratégia de combate. O jovem herói foi treinado por ela durante um ano e um dia e fez-se amante de sua filha Uathach.
Aparentemente Scathach temia pela segurança de Cú Chulain, e tentou impedir sem êxito o seu confronto com a amazona Aoifa, inimiga declarada de Scathach. No entanto ele o fez e consegui vencê-la valendo-se da sua astúcia, fez-se amante e teve um filho com ela, o infortunado Conlai. Mais tarde Conlai foi morto pelo pai, pois saindo da Terra das Sombras para visitar Ulster, lá eles não se reconheceram e o enfrentamento foi inevitável.
Desgraçadamente o anel de ouro que Conlai portava denunciou sua identidade quando já era tarde demais.F.P.Wikepédia.
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