sábado, 10 de outubro de 2009
DEUSA BRANWEN.
EU SOU A BELEZA DA TERRA VERDE
E DA LUA PRATEADA.
EU SOU A ALMA DA NATUREZA
QUE DÁ VIDA AO UNIVERSO.
DE MIM TODAS AS COISAS NASCEM
E ATÉ MIM TODAS RETORNARÃO.
SE VOCÊ QUISER ME CONHECER
TERÁ DE DESVENDAR MEUS MISTÉRIOS.
EU JÁ FUI O QUE VOCÊ É HOJE.
HOJE SOU O QUE VOCÊ
SERÁ AMANHÃ.
QUEM SOU?
Branwen é a deusa do amor e da beleza, similar a nossa tão conhecida Afrodite. É considerada a Vênus dos mares do norte. Ela é uma das três matriarcas da Grã-Bretanha, junto com Rhiannon e Arianrhod e a principal deusa de Avalon. Em algumas lendas arturianas, Branwen é considerada a Dama do Lago.
Também chamada de "seios brancos" ou "vaca prateada"está associada à Lua e à Noite. Foi cristianizada como Santa Brynwyn e é a Padroeira dos Namorados. Seus atributos mágicos são a inspiração, as novas idéias, a energia, a vitalidade e a liberdade. Na tradição Avalônica, Branwen corresponde ao espírito dos Elementais e é a incorporação da Terra.
Branwen era filha de Llyr, deus galês do mar. Tinha como irmãos Manawydan, o Manannan Mac Lir irlandês, e Bran o Bendito (rei de Gales).
O Pesadelo de Branwen.
Foi concedida a mão de Branwen, por seu irmão Bran ao rei da Ywerddon, Irlanda, Matholwch, com o intuito de propor uma aliança entre os países. Uma grande festa foi organizada para celebrar tão grandioso acontecimento. Mas eis que surge Efnisien, um meio-irmão de Bran, que irritado por não ter sido consultado, mutila os cavalos de Matholwch. Este último, toma a atitude como um insulto grave e manda seus homens prepararem os navios para regressar à Irlanda. Bran intercede à tempo, oferecendo-lhe ricos presentes em prata e ouro para acalmá-lo. O novo casal parte então para Ywerddon e um ano após nasce Gwern. Porém, a pesar de tudo o rei permanecia irritado e verifica-se que a crise não tinha sido superada. A união do casal sempre ficou estremecida em virtude de vestígios de ressentimento.
Rumores do acontecido foi ouvido por seus súditos, que desaprovaram a atitude do rei. Cedendo aos seus conselhos, Matholwch resolveu vingar-se de Bran através de sua irmã. Sendo assim, expulsou-a do leito nupcial real mandando-a para a cozinha, onde além de ser obrigada a realizar duras tarefas era periodicamente maltratada a mando do marido.
Isto durou três anos. Neste período Branwen treinou um estorninho a falar e enviou-o à Gales. Desta forma, seu irmão Bran foi avisado de que ela corria perigo e necessitava de ajuda. O rei de Gales enfurecido, prepara seu exército e cruza o mar em direção de Ywerddon.
Na Irlanda uma aparição incomum: uma floresta materializou-se no mar. Matholwch, estarrecido com tal visão, chama Branwen. Ela lhe explica que tratava-se da Esquadra de seu irmão.
Em meio a um grande banquete onde Matholwch abdica seu trono ao seu filho Gwern, ainda criança. Neste exato momento, Efnisien e Bran junto com toda sua guarda chegam. Amigavelmente Efnisien, pede ao rei da Irlanda para abraçar o menino e obtêm o seu consentimento. Quando Gwern vai ao seu encontro, ele joga-o no fogo. Imediatamente o grande banquete torna-se uma batalha sangrenta. Após três dias o exército de Gales é vitorioso, mas o custo é altíssimo, pois seu exército fica reduzido à sete sobreviventes, entre os quais estava o irmão de Bran, Manawydan. Antes de morrer Bran ordena que seja decapitado e sua cabeça seja enterrada na Montanha Branca, em Londres, onde ficaria olhando em direção ao continente e protegeria seu país de invasões futuras.
Ao retornar, Branwen entra em profunda depressão e considera-se maldita por ter provocado tão horrendo conflito. Ela morre e seu corpo é enterrado às margens do rio Alaw, segundo a tradição, em Bedd Branwen, ou Tumba de Branwen. Os sobreviventes restantes seguem a esmo durante vários anos até conseguirem enterrar a cabeça mágica.
A Deusa Branwen deve ser invocada quando você necessitar começar um projeto novo, procura inspiração ou até se está para enfrentar alguma perda (separação, perda de emprego, morte de familiar).
Seus símbolos incluem o caldeirão, a Lua Prateada, o corvo branco, a pomba e o estorninho.
Branwen, a Vênus dos Celtas, regressa de seu exílio para reclamar uma sabedoria que foi relegada por muitos milênios. Esta Deusa aparece em nossas vidas para fortalecer a conexão com a nossa própria essência. A busca desta deusa nos ajuda a apreciar nosso próprio poder, habilidade e beleza. Honrar Branwen é celebrar com amor todos os momentos da nossa vida.
Reverenciar Branwen e seus princípios femininos nos põe em contato direto com a magia da natureza e de todas as criaturas.Avallonlist.
A DEUSA RHIANNON.
Oração à Rhiannon
CANTEM OS PÁSSAROS DE OURO.
TRAGAM ESPERANÇAS PARA AS ALMAS OCUPADAS.
CANTO EM HONRA A RHIANNON,
GRANDE RAINHA, DEUSA DO CAVALO.
QUE MINHA CARGA SEJA LEVE.
AJUDE-ME EM MINHAS AFLIÇÕES.
ONDE POSSA HAVER DÚVIDA,
SEMEIE A VERDADE.
FAÇA COM QUE A CRISE
ENCONTRE O SEU FIM.
DIRIJA TODOS PASSOS DE NOSSA VIDA,
MÃE DA FERTILIDADE E DA MORTE,
NOS TRAGA A PAZ.
QUE ESTA CANÇÃO LHE SEJA DOCE.
CONFORTE MINHA ALMA,
QUE MINHA PENA SEJA BREVE
E QUE MEU CORAÇÃO PERMANEÇA INTEIRO.
A Deusa-cavalo galesa do Inferno, Rigatona ou Ringatona (Itália), Epona (Gália), Bubona (Escócia), Grande Deusa Branca eram alguns dos nomes originais de Rhiannon. É também conhecida como a deusa dos pássaros, dos encantamentos, da fertilidade e do submundo. Ela se identifica com a noite, a emoção, o sangue, a lua, o drama.
Rhiannon é a donzela saída do inframundo neste aspecto, relaciona-se com a deusa Perséfone. Sua iconografia vincula-se ao simbolismo eqüino. Andava em um cavalo branco, vestida com um manto de penas de cisnes, sempre acompanhada por seus pássaros mágicos. Ela é venerada na Irlanda, no País de Gales, na Gália (Epona), mas também aparece na Iugoslávia, África do Norte e Roma.
Algumas imagens de Rhiannon, onde ela se apresenta com cestas de frutos e flores, nos remetem ao simbolismo da fertilidade e abundância da terra. Parece que realmente sempre houve sua associação com as Deusas-Mães.
Há muitas histórias sobre Rhiannon. A história contada a seguir é uma entre tantas.
Rhiannon era uma deusa galesa da morte, filha de Hefaidd, Senhor do Outro Mundo. Vivia sempre acompanhada por três pássaros mágicos, que podiam encantar os vivos e acordar os mortos.
Rhiannon, por possuir rara beleza, tinha muitos pretendentes, incluindo Pwyll, um mortal, que era rei de Dyfed, assim como Gwalw, um deus de menor importância, filho de Clud. Gwalw, havia lhe proposto uma união, mas seu desejo foi casar-se com Pwyll. Ao ter conhecimento do desprezo de Rhiannon por Gwalw e sua união com Pwyll, seu pai lançou-lhe uma maldição, tornando-a estéril. Ela desgraçadamente não podia ser mãe. Os amigos de Pwyll tentaram então, a convencê-lo a tomar outra esposa, desde que Rhiannon era estéril e não poderia lhe dar um herdeiro. Mas o rei recusou, pois alegou amar sua esposa.
Rhiannon, desesperada, utiliza-se da magia para conseguir engravidar e deu a luz a um filho, o herdeiro para o rei. Mas pouco depois do nascimento, o menino é raptado. As donzelas responsáveis por cuidar dele, com medo de serem acusadas pelo seu desaparecimento, mataram alguns pássaros, esfregaram o sangue dos animais no rosto e nas vestes de Rhiannon, acusando-a de ter devorado o filho. Foi quando Pwyll estabeleceu um castigo para o seu alegado crime, transformou-a simbolicamente em um cavalo e deveria carregar todos os hóspedes do marido nas costas.
Decorridos sete anos, o deus Teyrnon encontrou um menino, que imediatamente reconheceu como filho de Pwyll e Rhiannon. Transportou-o de volta ao seio da família, que acabou por descobrir que o seqüestrador tinha sido Gwalw, que agira desta forma para vingar-se.
Esta lenda nos demonstra que, muito embora Rhiannon tenha passado por dificuldades e sofrimentos, separação e perda e mesmo depois de ter sido acusada e castigada injustamente, não perdeu sua dignidade e honra. Ela nos revela neste episódio a sua grandeza interior, não tão somente como uma grande deusa, mas como uma fortaleza de mulher.
Rhiannon, representa a Mãe da Consolação, que dedica-se e ama às crianças. Podemos identificá-la nas mulheres do nosso dia-a-dia. São na maioria mulheres fortes e lutadoras, como também sobreviventes da violência doméstica.
Esta deusa é também o arquétipo da Senhora Godiva, uma mulher que monta nua coberta somente com um véu um cavalo branco. Rhiannon dos pássaros, da égua branca do mar é a deusa donzela do amor sexual. Ela é virgem significando que é completa em si. A "Donzela" é a face mais jovem da deusa, relacionado com os descobrimentos e aspectos mais criativos da nossa personalidade. É pura inocência e despreocupação, é alegria de viver. Se associa também com a primavera que celebramos durante o Festival de Ostara.Avallonlist.
A ESFINGE E A CRUZ.
O grande enigma dos séculos antigos, a esfinge, depois de ter feito a volta ao mundo sem achar repouso, parou ao pé da cruz, este outro grande enigma; e há dezoito séculos e meio a contempla e medita.
Que é o homem? - pergunta a esfinge à cruz, - e a cruz responde à esfinge, perguntando-lhe: - Que é Deus?
Já dezoito vezes, o velho Ahasverus fez também a volta do globo; e, no fim de todos os séculos, e no começo de todas as gerações, passa perto da cruz muda e diante da esfinge imóvel e silenciosa.
Quando estiver cansado de caminhar sempre, sem nunca chegar, é aí que ele repousará, e então a esfinge e a cruz falarão por sua vez para o consolar.
- Eu sou o resumo da sabedoria antiga - dirá a esfinge. - Sou a síntese do homem. Tenho uma fronte que pensa e peitos que se inflamam de amor; tenho garras de leão para a luta, flancos de touro para o trabalho e asas de águia para subir à luz. Só fui entendida nos tempos antigos pelo cego voluntário de Tebas, este grande símbolo da misteriosa explanação que devia iniciar a humanidade à eterna justiça; mas agora o homem não é mais o filho maldito que um crime original faz expor à morte do Cytheron; o pai veio, por sua vez, expiar o suplício do filho; a sombra de Laios gemeu com os tormentos de édipo; o céu explicou ao mundo o meu enigma nesta cruz. é por isso que eu me calo, esperando que ela mesma se explique ao mundo: repousa, Ahasverus, porque é aqui o termo da tua dolorosa viagem.
- Eu sou a chave da sabedoria futura - dirá a cruz. - Sou o signo glorioso do stauros que Deus fixou nos quatro pontos cardiais do céu, para servir de duplo eixo ao universo. Expliquei na Terra o enigma da esfinge, dando aos homens a razão da dor: consumei o simbolismo religioso, realizando o sacrifício. Eu sou a escada sangrenta pela qual a humanidade sobe a Deus e pela qual Deus desce aos homens. Eu sou a árvore do sangue, e as minhas raízes o bebem em toda a terra, para que não seja perdido, e forme nos meus braços frutos de devotamento e de amor. Sou o sinal da glória, porque revelei a honra; e os príncipes da terra me penduraram ao peito dos bravos. Um dentre eles me deu um quinto braço para fazer de mim uma estrela; mas sempre me chamo a cruz. Talvez aquele que foi o mártir da glória previa o sacrifício, e queria, acrescentando um braço à cruz, preparar um encosto para a sua própria cabeça ao lado da do Cristo. Estendo os meus braços tanto à direita como à esquerda, e espalhei igualmente as bênçãos de Deus sobre Madalena e sobre Maria; ofereço a salvação aos pecadores, e aos justos a graça nova; espero Caim e Abel para os reconciliar e unir. Devo servir de ponto de ligação entre os povos, e devo presidir ao último julgamento dos reis; sou o resumo da lei, porque trago escrito nos meus braços: Fé, Esperança e Caridade. Sou o resumo da ciência, porque explico a vida humana e o pensamento de Deus. Não temas, Ahasverus, não mais temas minha sombra; o crime do teu povo tornou-se o do universo, porque também os cristãos crucificaram o seu Salvador; eles o crucificaram, lançando aos pés a sua doutrina de comunhão; eles o crucificaram na pessoa dos pobres; eles o crucificaram, maldizendo a ti próprio e prescrevendo o teu exílio; mas o crime de todos os homens os envolve no mesmo perdão; e tu, o Caim humanitário, tu, o mais velho dos que a cruz deve resgatar, vem repousar embaixo de um dos seus braços ainda tinto do sangue redentor! Depois de ti, virá o filho da segunda sinagoga, o pontífice da lei nova, o sucessor de Pedro; quando as nações o tiverem proscrito como tudo, quando não houver senão a coroa do martírio, e quando a perseguição o tiver feito submisso e dócil como justo Abel, então virá Maria, a mulher regenerada, a mãe de Deus e dos homens; e ela reconciliará o judeu errante com o último papa, depois começará de novo a conquista do mundo para dá-lo aos seus dois filhos. O amor regenerará as ciências, e razão e a fé. Então serei a árvore do paraíso terrestre, a árvore da ciência do bem e do mal, a árvore da liberdade humana. Os meus imensos ramos cobrirão o mundo inteiro, e as populações afadigadas descansarão debaixo da minha sombra; os meus frutos serão o alimento dos fortes e o leite das criancinhas; e as aves do céu, isto é, os que passam cantando, levados nas asas da inspiração sagrada, estes repousarão nos meus ramos, sempre verdes e carregados de frutos. Repousa, pois, Ahasverus, na esperança deste belo porvir; porque é aqui o termo da tua dolorosa viagem.
Então o judeu errante, sacudindo o pó de seus pés doloridos, dirá à esfinge:
- Eu te conheço desde há muito! Ezequiel te via outrora, atrelada a esta carruagem misteriosa que representa o universo e cujas rodas estreladas giram umas nas outras; realizei uma segunda vez os destinos errantes do órfão do Cytheron; como ele, matei meu pai, sem o conhecer; quando o deicídio se realizou e quando chamei sobre mim a vingança do seu sangue, me condenei a mim mesmo à cegueira e ao exílio. Eu fugia de ti e te procurava sempre, porque era a primeira causa das minhas dores. Mas tu viajavas penosamente como eu, e, por caminhos diferentes, devíamos chegar juntos; bendito sejas tu, ó gênio das antigas idades, por me haveres levado ao pé da cruz!
Depois, dirigindo-se à própria cruz, Ahasverus dirá, enxugando a sua última lágrima:
- Desde há dezoito séculos te conheço, porque eu te vi levada pelo Cristo que sucumbiu sob este fardo. Abanei a cabeça e te blasfemei então, porque ainda não tinha sido iniciado à maldição; era preciso à minha religião o anátema do mundo para lhe fazer compreender a divindade do maldito; é por isso que sofri com coragem meus dezoito séculos de expiação, vivendo e sofrendo sempre no meio das gerações que morriam ao redor de mim, assistindo à agonia dos impérios e atravessando todas as ruínas e olhava sempre com ansiedade para ver se não estavas caída; e depois de todas as convulsões do mundo, sempre te via de pé! Mas não me aproximava de ti, porque os grandes do mundo ainda te haviam profanado, e feito de ti o patíbulo da Liberdade santa! Não me aproximava de ti, porque a Inquisição tinha entregue meus irmãos à fogueira em presença da tua imagem; não me aproximava de ti, porque não falavas, ao passo que os falsos ministros do céu falavam, em teu nome, de danação e vinganças; e eu só podia ouvir as palavras de misericórdia e união! Por isso, desde que a tua voz chegou ao meu ouvido, senti meu coração mudado e a minha consciência se acalmou! Bendita seja a hora salutar que me levou ao pé da cruz!
Então uma porta se abrirá no céu e a montanha do Gólgota será o seu sólio e, diante desta porta, a humanidade verá, com admiração, a cruz irradiante guardada pelo judeu errante, que terá deposto a seus pés o seu bastão de viagem, e pela esfinge, que estenderá as suas asas e terá os olhos brilhantes de esperança, como se fosse tomar um novo vôo e se transfigurar!
E a esfinge responderá à pergunta da cruz, dizendo: - Deus é aquele que triunfa do mal pela prova de seus filhos, aquele que permite a dor, porque possui em si o remédio eterno; Deus é aquele que é, e diante de quem o mal não existe.
E a cruz responderá ao enigma da esfinge: - O homem é o filho de Deus que se imortaliza ao morrer, e que se liberta, por um amor inteligente e vitorioso, do tempo e da morte; o homem é aquele que deve amar para viver, e que não pode amar sem ser livre; o homem é o filho de Deus e da Liberdade!
Dogma e Ritual da Alta Magia', de Eliphas Levi
A ARTE SUPERIOR.E A ARTE DEGENERADA.
Apolo no Belvedere Conforme o ser humano foi se precipitando pelo caminho da involução e da degeneração, conforme foi se tornando cada vez mais materialista, seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando. Uma escola da Babilônia que se dedicava a estudar tudo o que se relacionava com o olfato.
Eles tinham um lema que dizia: Buscar a verdade nos matizes dos odores obtidos entre o momento da ação do frio congelado e o momento da ação em decomposição cálida.
Essa escola foi perseguida e destruída por um chefe terrível. Dito chefe mantinha negócios duvidosos e logo foi denunciado indiretamente pelos afiliados da escola.
O sentido do olfato extraordinariamente desenvolvido permitia aos alunos daquela escola descobrir muitas coisas que não convinha aos chefes do governo.
Havia uma outra escola muito importante na Babilônia: a Escola dos Pintores. Essa escola tinha como lema: Descobrir e elucidar a verdade só por meio das tonalidades existentes entre o branco e o negro.
Por aquelas épocas, os afiliados dessa escola podiam utilizar normalmente e sem dificuldade cerca de 1.500 matizes da cor cinza.
Do período babilônico até estes tristes dias em que milagrosamente sobrevivemos, os sentidos humanos têm se degenerado espantosamente devido ao materialismo que Marx justifica ao seu modo através da barata sofisticação de sua dialética.
O eu continua depois da morte e perpetua-se em seus descendentes. O eu complica-se com as experiências materialistas e robustece-se às custas das faculdades humanas.
Conforme o eu se fortaleceu através dos séculos, as faculdades humanas foram se degenerando cada vez mais.
As danças sagradas eram verdadeiros livros de informação e que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais.
Os dervixes dançantes não ignoravam as sete tentações mutuamente equilibradas dos organismos vivos.
Os antigos dançarinos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.
Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e do Egito não ignoravam que tudo isto se cristaliza no átomo dançarino e no gigantesco planeta que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica.
Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas do nosso sistema solar ao redor de seu sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitavam perfeitamente todos os movimentos dos planetas ao redor do sol.
As danças sagradas dos tempos do Egito, Babilônia, Grécia , vão ainda mais longe. Transmitiam tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas .
Quando na Babilônia, começaram a aparecer os primeiros sintomas do ateísmo, do ceticismo e do materialismo, a degeneração dos cinco sentidos se acelerou de forma espantosa.
Está perfeitamente demonstrado que somos o que pensamos. Se pensarmos como materialistas, degeneramos e nos fossilizamos.
Marx cometeu um crime imperdoável. Tirou os valores espirituais da humanidade. O marxismo desatou a perseguição religiosa. O marxismo precipitou a humanidade na degeneração total.
As idéias marxistas, materialistas, infiltraram-se em todas as partes: nas escolas, nos lares, nos templos, nas fábricas.
Os artistas, a cada nova geração, vêm se convertendo em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo ar de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna.
Os modernos artistas já nada sabem sobre a lei do sete, já nada sabem de dramas cósmicos, já nada sabem sobre as danças sagradas dos antigos Mistérios.
Os tenebrosos roubaram tudo do cenário do teatro; profanaram-no miseravelmente e prostituíram-no totalmente.
O sábado, o dia do teatro, o dia dos mistérios, era muito popular nos antigos templos. Neles eram representados dramas cósmicos maravilhosos.
O drama serviu para a transmissão de valiosos conhecimentos aos Iniciados. Por meio do drama, transmitia-se aos Iniciados diversas formas de experiência do Ser e de manifestações do Ser.
Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os Iniciados sabiam muito bem que cada um de nós deve se converter no Cristo de dito drama, se é que realmente aspira o reino do super-homem.
Os dramas cósmicos baseiam-se na lei do sete. Certos desvios inteligentes dessa lei foram usados sempre para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.
É bem sabido em música que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, que outras podem causar pesar no centro sensível e que por fim outras podem produzir religiosidade no centro motor.
Realmente, os velhos hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento integral só pode ser adquirido através dos três cérebros; um único cérebro não pode dar informação completa.
A dança sagrada e o drama cósmico sabiamente combinados com a música serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, fisioquímico, metafísico, etc.
A escultura. Ela foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura rocha revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a Lei do Sete.
A esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do super-homem.
Depois da segunda guerra mundial, nasceram a arte e a filosofia existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros enfermos: maníacos e perversos.
Se o marxismo continuar se difundindo, o ser humano terminará por perder totalmente seus cinco sentidos, os quais estão em processo de degeneração.
Está comprovado pela observação e pela experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.
A pintura atual, a música, a escultura, o drama, etc., não são senão o produto da degeneração.
Já não aparecem no cenário os Iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes templos... Agora, só aparecem nos palcos autômatos enfermos, cantores degenerados, rebeldes sem causa etc.
Os teatros ultramodernos são a antítese dos sagrados teatros dos grandes Mistérios do Egito, da Grécia e da Índia.
A arte destes tempos é tenebrosa, é a antítese da luz. Os modernos artistas são tenebrosos.
A pintura surrealista é marxista, a escultura ultramoderna, a música afrocubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana.Magia Cósmica
KARMA.
O Karma é negociável e isto é algo que pode surpreender muitíssimo aos sequazes de diversas escolas ortodoxas.
Certamente, alguns pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas tornaram-se demasiado pessimistas em relação à Lei de Ação e Conseqüência. Supõem, equivocadamente, que esta se desenvolve de forma mecanicista, automática e cruel. Os eruditos crêem que não é possível alterar tal lei.
Se a Lei de Ação e Conseqüência, se o Nêmesis da existência não fosse negociável, então, onde ficaria a misericórdia divina? O real, aquilo que é todo perfeição, isso que tem diversos nomes tais como Tao, AUM, INRI, Sein, Alá, Brahma, Deus, ou melhor dizendo deuses, etc. de modo algum podia ser algo sem misericórdia, cruel, tirânico etc. Por tudo isso, é que o Karma é negociável.
Quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior.
Faze boas obras, para que pagues tuas dívidas.Quem não tem com o que pagar, pagará com dor.
Se num prato da balança cósmica pomos as boas obras e no outro as más, é evidente que o Karma dependerá do peso da balança.
Se pesa mais o prato das más ações, o resultado serão as amarguras. Não obstante, é possível aumentar o peso das boas obras no prato fiel da balança e, desta forma, cancelaremos Karma, sem necessidade de sofrer. Tudo o que necessitamos é fazer boas obras para aumentar o peso do prato das boas ações.
Maravilhoso é fazer o bem; não há dúvida de que o reto pensar, o reto sentir e o reto obrar são o melhor dos negócios.
Nunca devemos protestar contra o Karma; o importante é saber negociá-lo.
PARA às pessoas o único que lhes ocorre quando se acham numa grande amargura é lavar as mãos como Pilatos, dizer que não fizeram nada mau, que não são culpáveis, que são almas justas etc.
Aos que estão na miséria que revisem sua conduta; que se julguem a si mesmos; que se sentem, ainda que seja por um instante, no banco de acusados; que, depois de uma sumária análise de si mesmos, modifiquem sua conduta. Se estes que se acham sem trabalho se tornassem castos, infinitamente caritativos, aprazíveis, serviçais em cem por cento, é óbvio que alterariam radicalmente a causa de sua infelicidade,modificando-se, em conseqüência, o efeito.
Não é possível alterar um efeito se antes não se modificou radicalmente a causa que o produziu; não existe efeito sem causa, nem causa sem efeito. Não há dúvida de que a miséria tem suas causas nas bebedeiras, na asquerosa luxúria, na violência, nos adultérios, no esbanjamento e na AVAREZA.
Não é possível que alguém se encontre em miséria quando o Pai, que está em secreto, se encontra presente, aqui e agora. Um relato:
Em certa ocasião, meu Real Ser Interior, minha Mônada Imortal, me tirou do corpo físico para me dar instruções sobre determinado discípulo. Concluídas estas, não vi inconveniente em me dirigir ao Senhor Íntimo com as seguintes palavras: “Estou cansado de ter corpo. Eu o que queria era desencarnar”. Nestes instantes, o Senhor de Perfeições, meu Deus Interior, respondeu com voz solene: “Por que protestas? Eu te dei pão, agasalho e refúgio, e ainda protestas? Recordas os últimos dias de tua passada existência? Andavas pelas ruas do México descalço, com o traje rasgado, velho, enfermo e na mais espantosa miséria. E como vieste a morrer? Num casebre imundo.
Então eu estava ausente”. Em tais momentos resplandecia a face do Senhor, em seus olhos azuis se refletia o céu infinito, sua branca túnica de glória chegava até seus pés. Tudo n'Ele era perfeição. “Senhor”, disse-lhe, “eu vim para beijar tua mão e receber tua bênção.” O Adorável me abençoou e beijei sua destra.Quando o filho anda mal, o Pai se ausenta e, então, aquele cai em MISÉRIA.
Agora ireis compreendendo melhor, o que é a miséria, por que chega, como chega.
O Pai que está em secreto tem poder suficiente para nos dar e para nos tirar também. “Ditoso o homem que Deus castiga."
O Karma é uma medicina que se nos aplica para nosso próprio bem. INFELISMENTE, as pessoas, em vez de se inclinar reverentes ante o eterno Deus vivo, protestam, blasfemas, justificam-se a si mesmas,desculpam-se nesciamente e lavam as mãos como Pilatos. Com tais protestos não se modifica o Karma; ao contrário, torna-se mais duro e severo.
Reclamas fidelidade do cônjuge, quando nós mesmos fomos adúlteros nesta ou em vidas precedentes. Pedimos amor, quando fomos desapiedados e cruéis. Solicitamos compreensão, quando nunca soubemos compreender a ninguém, quando jamais aprendemos a ver o ponto de vista alheio.
Anelamos ditas imensas, quando fomos sempre a origem de muitas desditas.
Quiséramos nascer num lar muito formoso e com muitas comodidades, quando não soubemos, em passadas existências, brindar nossos filhos com lar e beleza. Protestamos contra os insultadores, quando sempre insultamos a todos os que nos rodeiam. Queremos que nossos filhos nos obedeçam, quando jamais soubemos obedecer a nossos pais.
Molesta-nos terrivelmente a calúnia, quando nós sempre fomos caluniadores e enchemos o mundo de dor. Fastia-nos a fofoca, não queremos que ninguém murmure de nós e, não obstante, sempre andamos entre intrigas e murmúrios, falando mal do próximo, mortificando a vida aos demais. Quer dizer, sempre reclamamos o que não demos. Em todas as nossas vidas anteriores fomos malvados e merecemos o pior; porém supomos que se nos deve dar o melhor.
Os enfermos, em vez de se preocuparem tanto por si mesmos, deveriam trabalhar pelos demais, fazer obras de caridade, tratar de sanar a outros, consolar os aflitos, levar o médico aos que não tem com que pagá-lo, distribuir medicamentos etc., e assim cancelariam seu Karma e se sanariam totalmente.
Aqueles que sofrem em seus lares deveriam multiplicar sua humildade, sua paciência e serenidade. Não contestar com más palavras, não tiranizar o próximo, não enfastiar os que nos rodeiam, saber desculpar os defeitos alheios com uma paciência multiplica até o infinito. Assim cancelariam seu Karma e se tornariam melhores.
do livro Sim, Há Inferno, Diabo e Karma.
Oração para Anúbis.
Ó Deus-Pai de poder e amor
Potência existente nos impotentes
Em meu peito cruza o passado, o presente e o futuro.
Ó Energia que atua sobre a Consciência
Eu te conjuro, vem a mim...
Elohim... Elohim... Elohim...
Ó Força que marcou meu princípio e atua em meu presente
Ordeno às potências magnéticas que se transformem,
E que a Consciência domine minha existência.
Elohim... Elohim... Elohim...
Vos conjuro, estabeleça-se em minha consciência,
Livra-me da submissão do tempo,
Dando-me o poder de clarear o momento da minha vida.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Supremo Hierarca do Karma, eu te suplico:
Afasta de minha existência o magnetismo que me aprisiona no tempo.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Rogo à tua infinita compreensão
Que me permita amar e perdoar a todos
os que, por inconsciência me fizeram sofrer.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Tu que em tuas mãos se encontra o destino dos pecadores,
Utiliza meu Dharma como pagamento deste sofrimento,
E que este se transforme em alegria e consciência.
Anúbis...Anúbis... Anúbis...
Que minha consciência seja fruto do respeito e do amor que em meu coração agora aflora.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Que meu julgamento seja breve,
Vos peço perdão por estar distante de meu Pai e de meu coração.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Que a Foice da Lua não degole minha alma.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Tu reténs em tuas mãos a possibilidade do perdão,
Perdoa-me pelo encanto da repetição do passado.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Meus pedidos são vergonhosos perante as oportunidades que me deste em tantas vidas,
Portanto, te imploro antes que a Foice desça.
Permite-me estar consciente, ainda que seja em sofrimento.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Vida que pulsa na morte, critério inconsciente de Ser,
Flua em proximidade, perdoa-me mo meu ato de perdoar.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Morte em vida, afasta de mim o Karma da paixão,
Livra-me da dependência de sofrer por indivíduos e por inconsciência.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Cintila em proximidade o brilho de tua Lei,
Permite-me, por intermédio do Pai que está em segredo,
Expandir a Fé e derramá-la em corações inconscientes.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Raio de poder,
Tu que executas pela vontade do Pai o julgamento dos homens,
Ensina-me a perdoar, a amar e a desprender de mim o apego magnético
Que atravessa os séculos.
Anúbis... Anúbis... Anúbis...
Minhas vida agora e sempre está em tuas mãos...
QUE EU NÃO SAIA SEM CONCLUIR O PLANO DO PAI!
Amém... Amém... Amém....M.Cósmica.
DEUS EGÍPCIO.ANÚBIS.[***C***]
Qual estrela reinventado a imanência da sua luz no cosmos da imortalidade, onde a mítica constelação da vida se traduzia e renovava num fulgor eterno, Anúbis (Anupu em egípcio) iluminava a noite do panteão egípcio enquanto pilar que sustinha o templo de um mito intemporal que prometia às almas a eternidade.
Escravizados pelo alento de vogarem no regaço da imortalidade, superando os próprios limites da existência, os Egípcios conceberam a arte do embalsamamento, que, ao conservar os seus corpos, os arrebatava ao abominável espectro da deterioração, tal como sugere uma das muitas inscrições talhadas sobre os caixões: “Eu não deteriorarei. O meu corpo não será presa dos vermes, pois ele é durável e não será aniquilado no país da eternidade”. Esta arte divina, apta a enfeitiçar o tempo, tornando-o escravo daqueles que a ela recorriam, era ditada, reinventada e abençoada por Anúbis, guardião das sublimes moradas da eternidade, Soberano das mumificações e embalsamamentos, intermediário entre o defunto e o tribunal que o aguardava no Além e deidade cuja aparência é estigmatizada pelas incumbências de que é investido. Por conseguinte, e numa flagrante evocação dos cães e chacais que velavam pelas inóspitas e desérticas necrópoles, esta divindade surge como um animal da família dos Canídeos ou, então, como um homem detentor de uma cabeça de chacal. A mitologia egípcia revela-nos que Anúbis era fruto de uma ilegítima noite de amor vivida por Osíris nos braços de Néftis.
A lenda revela-nos que tão inusitada união dera-se aquando do retorno do então Soberano do Egipto ao seu magnífico país. Extenuando de uma viagem que o mantivera longe da sua pátria por uma eternidade, Osíris ardia em desejo de sentir o Sol que raiava no olhar de Ísis despir a mortalha de nuvens, tecida pela saudade, que vestia e sufocava os céus de sua alma. Ao vislumbrar Néftis, o deus enlaça-a então em seus braços, tomando-a pela sua esposa. E os seus sentidos, cegos pela paixão, revelam-se impotentes para lhe desvendar a traição que ele cometia, antes desta encontrar-se consumada. Graças a uma coroa de meliloto abandonada por Osíris no leito de Néftis, Ísis abraça a percepção de que o seu amado esposo havia-lhe sido infiel e, desesperada, confronta a sua irmã, que lhe revela que de tão ilídimas núpcias nascera um filho, Anúbis, o qual, temendo a cólera do seu esposo legítimo, Seth, ela havia ocultado algures nos pântanos. Ísis, a quem não fora concedido o apanágio de conceber um filho de Osíris, enleia então a resolução de resgatá-lo ao seu esconderijo, percorrendo assim todo o país até encontrar a criança. Acto contínuo, e numa notória demonstração da benevolência que lhe era característica, a deusa amamenta Anúbis, criando-o para tornar-se o seu protector e mais fiel companheiro.
A lenda de Osíris comprova que Ísis foi coroada de sucesso, uma vez que, após o desmembramento do corpo de seu esposo, Anúbis voluntariou-se prontamente para auxiliar a deusa a reunir os inúmeros fragmentos do defunto. Posteriormente, Anúbis participa com igual dedicação nos rituais executados com o fim de restituir a Osíris o sopro de vida e que lhe facultaram a concepção da primeira múmia, facto que legitimou a sua conversão no venerado deus do embalsamamento, eterno guia do defunto no Além. A sua crescente influência garantiu-lhe um posto relevante no tribunal composto por quarenta e dois juizes que julgava os recém- inumados. De facto, é ele quem conduz o morto até Osíris, apresentando-o ao tribunal por ele presidido, para de seguida proceder à pesagem do coração. Se porventura o morto desejar mais tarde regressar à terra, é Anúbis quem ele tem a obrigação de notificar previamente, dado que esta surtida só será exequível com o seu consentimento expresso, formalmente consignado sob a forma de um decreto.
As suas múltiplas funções permitem a este deus deter diversas denominações, embora todas elas se encontrem intrincadamente relacionadas com o seu papel na vida póstuma dos egípcios. Assim, Anúbis é reconhecido como “o das ligaduras”, como patrono dos embalsamadores, “presidente do pavilhão divino”, enquanto soberano do edifício onde a poesia da mumificação era declamada por peritos, “senhor da necrópole” ou então “aquele que está em cima da montanha”, designações que exaltavam a sua posição enquanto guardião dos túmulos e condutor dos defuntos nos traiçoeiros labirintos do mundo inferior. Como tal, não é de todo inusitado o rol interminável de hinos e preces a ele destinados, que encontramos não raras vezes nas paredes das mastabas mais antigas e igualmente no famigerado “Texto das Pirâmides”.
Anúbis constitui igualmente a deidade tutelar da décima sétima província do Alto Egipto, cuja capital, Cinopólis (“A Cidade dos Cães”), era o âmago do seu culto, não obstante a sua imagem ser também uma constante em relevos e textos figurativos existentes nas sepulturas reais ou plebeias do vale do Nilo. Com efeito, ao longo de toda a época faraónica, Anúbis usufruiu de uma inefável popularidade que se reflectiu na sólida implantação do seu culto nos díspares centros religiosos do país, particularmente em Tebas ou Mênfis. Em Charuna, localidade próxima do seu principal santuário, deparamo-nos com uma necrópole de cães mumificados, os quais eram venerados enquanto animais sagrados do deus.
Mas afinal que arte era esta que Anúbis protegia e representava? Originalmente, antes de haverem alcançado o seu meticuloso método de mumificação, os Egípcios envolviam os seus defuntos numa esteira ou pele de animal, visando que o calor e o vento dissecassem os cadáveres. Após um moroso processo evolutivo, os embalsamadores conseguiram enfim obter de forma artificial tal conservação natural, mediante um prolixo tratamento, que se prolongava por setenta dias. Uma vez ser necessário quantidades abundantes de água para lavrar os corpos, este ritual era realizado na margem Ocidental do rio Nilo (a considerável distância das habitações), onde os embalsamadores trabalhavam numa tenda arejada. Ultimado o referido período de tempo, os defuntos seguiam para as designadas “Casas de Purificação”, meras salas reservadas para as práticas de mumificação, onde cada gesto dos embalsamadores era talhado no olhar vigilante dos sacerdotes. Segundo inúmeros baixos-relevos e pinturas, estes primeiros ostentavam máscaras com a efígie do deus- chacal Anúbis, a deidade protectora dos mortos, talvez num desejo de atrair a sua benevolência.
O único exemplar que se conserva de semelhante máscara leva a crêr que esta servisse igualmente de protecção contra os diversos cheiros que fustigavam os embalsamadores. Alguns momentâneos descuidos destes levaram-nos a esquecerem-se, por vezes, de determinados instrumentos no interior das múmias, o que nos permite conhecer, aprofundadamente, os seus diversos utensílios de trabalho: ganchos de cobre, pinças, espátulas, colheres, agulhas, vasos munidos de bicos para deitar a goma escaldante sobre o cadáver e furadores com cabeça de forcado, para abrir, esvaziar e tornar a fechar o corpo. Dada a ausência de qualquer informação legada pelos Egípcios sobre as suas técnicas de embalsamamento, é necessário recorrer aos relatos de historiadores gregos, como Heródoto, para que a nossa curiosidade seja saciada. As suas descrições permitem-nos vislumbrar cada movimento dos embalsamadores. Em primeiro lugar, estes extraíam o cérebro do defunto pelas narinas, com o auxílio de um gancho de ferro. Seguidamente, “com uma faca de pedra da Etiópia” (segundo refere Hérodoto) efectuavam uma incisão no flanco do defunto, pelo qual retiravam os intestinos do morto.
Após terem limpo diligentemente a cavidade abdominal, lavavam-na com vinho de palma e preenchiam o ventre com uma fusão de mirra pura, canela e outras matérias odoríferas. Deixavam então o corpo repousar numa solução alcalina, baseada em cristais de natrão seco, onde permanecia durante setenta dias, ao fim dos quais a múmia era envolvida com mais de vinte camadas de ligaduras e coberta por um óleo de embalsamamento (uma mistura de óleos vegetais e de resinas aromáticas- coníferas do Líbano, incenso e mirra), que endurecia, rapidamente. Todavia, as suas propriedades anti-micósicas e anti-bacterianas não protegiam a estrutura do corpo esvaziado, dessecado e leve, facto comprovado pelo incidente ocorrido com a múmia do jovem faraó Tutankhámon, que se fragmentou, quando a tentaram remover do seu caixão. As faixas que envolviam o defunto eram, preferencialmente, de cores vermelho e rosa, jamais sendo utilizado para a sua concepção linho novo, mas sim, aquele que era obtido a partir das vestes que o morto envergava em vida. À medida que as ligaduras eram colocadas em torno dos defuntos, os sacerdotes presentes pronunciavam fórmulas sagradas. Simultaneamente, depositavam-se nos leitos de linho inúmeros amuletos profilácticos, tendo mesmo sido encontrada uma múmia com cerca de oitenta e sete destes objectos de culto. Entre estes encontrava-se ankh (vida), uma das mais preciosas dádivas oferecidas aos homens pelos deuses; o olho de oudjat, ou olho de Hórus, símbolo de integridade, que selava a incisão feita pelos embalsamadores, para retirar as entranhas do morto; um amuleto em forma de coração, concebido para assegurar que os defuntos seriam bem sucedidos nos seus julgamentos; e o escaravelho, esculpido em pedra, barro ou vidro. Este insecto enrola bolas de esterco, onde depõe os ovos. Os Egípcios creiam que um escaravelho gigante gerara o Sol de forma similar, rolando-o em direcção do horizonte, até ao firmamento. Uma vez que todas as manhãs este astro soberano desprende-se de um abraço de trevas, o escaravelho tornou-se num símbolo da ressurreição dos mortos.
No exórdio da civilização egípcia, ultimados os seus processos de mumificação, as pessoas notáveis eram inumadas num caixão de forma rectangular, depositado num sarcófago de pedra, considerado como depositário das vida. Porém, ao longo da história, os caixões sofrem diversas metamorfoses, que alteraram, radicalmente, os seus simulacros. No Médio Império, os caixões tornaram-se antropomórficos, aumentando a sua produção. A própria múmia principiou a ter uma máscara de linho estucado, isenta de qualquer semelhança com o defunto. Na realidade, inúmeras múmias eram sepultadas em diversas urnas, sendo colocada uma dentro da outra, à semelhança das bonecas russas. Deste modo, a urna interna, mais ajustada, deveria encontrar-se apertada atrás. Durante muito tempo, os sarcófagos eram construídos em madeira. Não obstante, num período mais tardio, as urnas interiores eram efectuadas com camadas de papiro ou linho, o que se tornava mais economicamente acessível. Junto aos túmulos, repousavam cofres de madeira, que guardavam quatro recipientes, desde o mais humilde pote de barro ao mais faustoso vaso de alabastro. Estes canopes, cujo nome advém de Kanops, cidade situada a leste de Alexandria, continham as vísceras do defunto, uma vez que sem estas, o corpo não se encontraria completo. Inicialmente, esta pratica consistia em mais uma prerrogativa reservada aos soberanos do Egipto, mas com alguma rapidez estendeu-se igualmente aos sacerdotes e altos funcionários e, por fim, no Novo Império, a todos os egípcios abastados.
O fígado, o estômago, os pulmões e os intestinos eram envolvidos separadamente em tecidos de linho, formando embrulhos que eram, em seguida, depositados no interior dos díspares canopes, após terem sido impregnados com resina de embalsamamento. Em contrapartida, o coração, símbolo da razão, cerne do encontro do espírito e simulacro da alma, após ser submetido a um rigoroso tratamento que visava a sua conservação, era sempre recolocado no corpo do defunto, que iria necessitar dele, ao longo do seu julgamento no Além. Por seu turno, as intrínsecas vísceras eram entregues a quatro deidades protectoras, filhos de Hórus, cujas cabeças ornamentavam frequentemente as tampas dos canopes: Amset, com cabeça de homem, (cujo nome resulta de aneth, uma planta conhecida pelas suas propriedades de conservação), tornado protector do estômago; Hápi, possuidor de uma cabeça de babuíno, que vela pelos intestinos; Duamoutef, que ostenta uma cabeça de cão e cuja missão é proteger os pulmões; e Quebekhsenouf, detentor de uma cabeça de falcão, que preserva o fígado. A partir do Novo Império, eram representadas nas arestas dos canopes deusas protectoras, que, com as asas abertas, resguardavam os seus conteúdos. As mesmas deusas surgiam ajoelhadas nos cantos dos sarcófagos. Nut, a deusa da abóbada celeste, adorna a face interior do tampo do caixão.
Paradoxalmente, os mais humildes eram privados de qualquer prerrogativa, sendo sepultados no deserto, envoltos numa pele de vaca, uma vez que não possuíam meios para pagar o avultado preço da imortalidade.V.Freitas.
DEUS EGÍPCIO.PATAH.[**J**]
Na mitologia egípcia, Ptah (Peteh igualmente soletrado) era o deification do monte primordial na cosmogonia de Ennead, que foi referida mais literalmente como Ta-tenen (Tathenen igualmente soletrado), significando a terra levantada, ou como Tanen, significando a terra submersa. A importância Ptah foi dada na história pode prontamente ser desde que o Egipto conhecido se deriva de uma soletração grega da frase Ḥ.wt-k3-Ptḥ, (Chapéu-ka-Ptah às vezes transcrito compreendido), templo do significado do Ka de Ptah, o nome de um templo em Memphis.
Disse-se que (na pedra de Shabaka) esse era Ptah que chamou o mundo em ser, sonhando a criação em seu coração, e falando o, seu abridor conhecido do significado, no sentido do abridor da boca. Certamente a abertura da cerimónia da boca, executada por padres em funerais para liberar almas de seus cadáveres, foi dita ter sido criada por Ptah. Atum foi dito ter sido criado por Ptah para governar sobre a criação, sentando-se em cima do monte primordial.
Na arte, é retratado como um homem mummified farpado, desgastando frequentemente um tampão do crânio, com suas mãos que prendem um ankh, era, e djed, os símbolos da vida, potência e estabilidade, respectivamente. Igualmente considerou-se que Ptah se manifestou no touro dos Apis.
Em Memphis, Ptah foi adorado em seus direitos próprios, e visto como o pai de Atum, ou um pouco, o pai de Nefertum, o formulário mais novo de Atum. Quando a opinião sobre o Ennead e Ogdoad foram fundidos mais tarde, e Atum foi identificado como o Ra (Atum-Ra), ele mesmo visto como Horus (ra-Herakhty), este conduziu a Ptah que está sendo dito ser casado a Sekhmet, considerado naquele tempo o formulário mais adiantado de Hathor, Horus', assim Atum, matriz.
Desde que Ptah era o monte primordial, e tinha chamado a criação em ser, foi considerado o deus dos artesãos, e pedra-baseou em particular ofícios. Eventualmente, devido à conexão destas coisas aos túmulos, e daquela em Thebes, os artesãos consideraram-no tão altamente a respeito de dizem que controlou seu destino. Conseqüentemente, primeiramente entre os artesãos, então a população no conjunto, Ptah igualmente transformou-se um deus do reincarnation. Desde que Seker era igualmente deus dos artesãos, e do re-incarnation, Seker foi assimilado mais tarde com Ptah Ptah-Seker tornando-se.
Ptah-Seker tornou-se gradualmente visto como o personification do sol durante a noite, desde que o sol parece ser reencarnado neste tempo, e Ptah era o monte primordial, que colocam abaixo da terra. Conseqüentemente, Ptah-Seker tornou-se considerou uma deidade do submundo, e eventualmente, pelo reino médio, torna-se assimilado por Osiris, senhor do submundo, ocasionalmente sendo sabido como Ptah-Seker-Osiris.Wikepédia.
OS MÍSTÉRIOS DO SONO.
Qual a origem do fluxo infinito de sabedoria que ocorre nos nossos sonhos? A única explicação seria a ligação entre o corpo físico e o corpo espiritual que permeia todo ser.
Este segundo corpo é perfeito e totalmente evoluído, passando informações para o corpo físico através de uma fonte infinita de informações.
Os sonhos são uma ponte entre a ordem não manifestada e a perspectiva da liberação de uma energia mágica e pessoal. Em geral, se atribui um grande valor a estes sonhos. Conheça alguns tipos:
Sonhos premonitórios
De todos os sistemas de adivinhação, o sonho premonitório é o único que tem ligação com o universo espiritual ou místico.
O psiquiatra Montague Ullman, fundador do Laboratório do Sonho em Nova York, explicou que qualquer pessoa tem condições de sonhar um conteúdo premonitório. Na década de 70, ele realizou uma série de pesquisas e concluiu que o ser humano é capaz de prever coisas do futuro e assim evitá-las, caso sejam negativas, além de comunicar com outras pessoas através da telepatia.
O sonho premonitório ocupa um espaço entre o mundo real e o além. Transportar-se para o mundo mágico da premonição consiste em despertar um inestimável tesouro de imagens.
A palavra premonição significa "sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer, pressentimento". Os anúncios se referem freqüentemente a uma doença ou um sinal de perigo de acidente.
A premonição também indica a capacidade que certas pessoas têm de entrelaçar seu inconsciente com o inconsciente de um indivíduo ou de um grupo ("tocar" o Anima mundi - a alma do mundo), onde estão contidas todas as informações do passado, presente e futuro. Ela é passiva (quando você não pode fazer nada, como um tsunami, por exemplo) ou ativa (quando é possível modificar os acontecimentos).
Nosso Eu é muito mais sábio do que imaginamos. Quem segue os conselhos dos sonhos premonitórios pode viver de maneira muito mais saudável, já que além de avisar de possíveis perigos, mantém a mente ativada constantemente, buscando soluções para os problemas da vida desperta.
Os sonhos premonitórios têm imagens que atuam como uma força evocadora, mágica e mística. Na verdade, entender o processo do sonho premonitório é um eterno desafio.
Sonhos lúcidos
Nos últimos anos, psicólogos estão interessados nos sonhos lúcidos, pois estes têm relação com os sonhos premonitórios, ou seja, um tipo de sonho no qual o sonhador mantém a consciência totalmente desperta e está ciente de que está sonhando.
Eles são diferentes dos sonhos normais (neste caso, o participante é passivo) e nos sonhos lúcidos, o participante é ativo, conseguindo receber as informações mudando a maneira da forma que poderia ocorrer na vida real. Os sonhos lúcidos são realmente visitas a universos paralelos.
Sonhos telepáticos
Os sonhos telepáticos permitem comunicar com pessoas vivas ou não. Na maioria das vezes, trata-se de alguém próximo, como parentes, irmãos ou de uma pessoa que estamos sentimentalmente ligados.
Certas pessoas têm com freqüência, este tipo de sonho que em geral acontece pela manhã, imediatamente antes de despertar. Apresenta-se quando nos damos conta que estamos sonhando, pois introduzimos progressivamente elementos de nossa vontade, tornando ao mesmo tempo espectadores e atores.
Em certos casos, é possível nos vermos dormindo e experimentamos uma forma de projeção astral.
Sonhos de vidência ou sonhos alucinatórios
Sonhos de vidência ou sonhos alucinatórios revelam alguma coisa que acontece simultaneamente, e que pela lógica, não poderíamos saber. Em geral, não nos lembramos do sonho propriamente dito, mas sim do seu desfecho.
Sonhos com morte
Pertence a categoria dos sonhos premonitórios ou dos sonhos telepáticos, mas são pouco especiais no sentido de que não se contentam unicamente em anunciar um acontecimento. O organizante ou o morto aparece diariamente no sonho como se viesse dar o último adeus.
Sonhos que prosseguem numa semi-realidade
Não pertence inteiramente à categoria dos sonhos paranormais e são vividos, sobretudo por crianças e adolescentes. Podem ser aproximados dos fenômenos de sonambulismo quando, por exemplo, uma criança está sentada na cama após um pesadelo.
Ela tem os olhos abertos e parece inteiramente acordada, mas se tentarmos acalmá-la com nossas palavras, poderá nos olhar como se fossemos culpados, identificando-nos como o inimigo ou o perigo que se encontra em seu sonho.
M.Buonfiglio.
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