sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Retorno de Ossian.


O céu estva cinzento e pesado.
Lobos uivando ao vento.
Sobre a terra de Tir Na n-Óg.
A antiga calma ainda reinava.

\"Eu anseio estar na coosta de minha casa\"
Disse Ossian, em furia.
\"Mas Ossian, amor, essa é sua casa,\"
Disse Niamh dos cabelos dourados.

Ela viu a aparencia de seu rosto.
Ela soube a dor que ele sentia.
Ele ansiava por estar em casa entre os de sua raça.
Com sua espada anel presa ao cinto.

\"Retorne meu amor, para a terra dos homens,
mas esteja avisado que o tempo passou pesadamente lá.
Volte para mim se você puder.
De volta para a terra dos belos.\"

\"Não desmonte do corcel que você cavalga.
A esse mundo ele pertence.
Se você desmontar, você tombará ao seu lado.
Para ser lembrado em canções de fadas\"

Ele galopou através de mares feéricos,
De volta para a terra dos homens.
Observado pelos Deuses e Daoine Sidhe.
Sua vida termina como começou.

\"Eu retornei\", ele disse alto.
Mas ninguém estava lá para ouvir.
Sua nobre casa outrora corajosa e orgulhosa.
Havia desmoronado pelos muitos anos.

Um poder viera à terra.
Para ameaçar os antigos caminhos.
O povo ignora os Deuses antigos.
Eles deram adeus a uma era dourada.

Ossian paroou seu galante corcel.
Ele podia ver algumas pessoas adiante
\"Ajude-nos, por favor, nosso irmão está preso.
Sob esse dolmen,\" eles disseram.

Ele se inclinou de sua montaria.
E agarrou o dolmen firmemente.
Da terra a rocha foi libertada.
A pessoa abaixo ilesa.

Mas pela força a sela se quebrou.
Para a terra ele foi jogado.
Um grito de dor irrompeu de sua garganta.
Os anos agora enfim o alcançaram.

Em Tír na n-Óg Niamh derramou uma lagrima.
Quando viu o cavalo sem cavaleiro.
Ossian se foi, seu maior medo.
Seu coração estava cheio de profundo remorso.
Cruachan.

Os Filhos de Lir.


Em um tempo de mito e magia.
Viveu um homem de poder eterno,
Lir era seu nome.
Mas seu humor se tornou amargo.
Ele não seria o rei da terra.
Lier não pagaria nenhum tributo a ele,
E secretamente desejava que ele morresse.

Ai de mim, com o tempo a esposa de Lir morreu,
e ele estava cheio de grande tristeza,
Dearg Ouviu isso e mandou mensagem a Lir.
para se encontrar com ele em seu palacio.
Quando eles se encontraram, eles se abraçaram.
Sua amizade foi feita então.
Dearg chamou sua filha Eve (Ebhe),
E lhe disse que Lir devia ser casar de novo.

O amor de Lir por Eve foi forte como por sua primeira esposa,
Uma semente foi plantada, Fionnula e Aedh nasceram
Mas seu proximo parto levaria sua vida embora,
Fiachra e Conn, do estomago de sua mãe foram rasgados.

A tristeza de Lir não conheceu limites.
Ele chorou pela noite,
Dearg estava lá para conforta-lo.
E ajuda-lo a ver a luz.
Ele tinha quatro belas filhas.
E com o tempo, outra esposa
A irmã de Eve, Aoifa ficaraia leal ao seu lado.
Mas Aoife tinha um lado ciumento- um cancer em sua mente.
Ela ficou contra os filhos, amor por eles ela não encontrou.
Ela os levou em sua carruagem para um lago não muito longe
E os transformou em cisnes como a noite se torna dia.

300 dias em Derravaragh, assim começou o feitiço,
os filhos nadariam para a costa, sua historia a contar.
300 anos no mar de Moyle, um lugar cruel e horrivel.
Os filhos perderam ali seu pai, o sorriso em seu rosto.

No mar de Moyle as ondas quebravam,
e batiam a terra com força
A chuva caia feroz o vento soprava forte,
todos os cisnes temeram por suas vidas.
Fionnula era a mais forte e sabia de todas.
E protegeu seus irmãos do conflito.
Sob suas asas eles se esconderam da noite.
E aguardaram pela luz da manhã.

Finalmente o dia veio,
para deixar esse terrivel mar,
mais 300 anos viveram como cisnes.
Então eles enfim estariam livres.
Para Inish Gluaire os cisnes voaram,
Tão rápido quanto podiam.
Novas terras e reinos em todo lugar.
Fionnula via abaixo.

Lá eles aguardarm até que o dia se foi,
o feitiço estava terminado.
Eles se sentiram transformar.
Eles eram agora antigos,
sua juventude se fora para sempre,
E quando eles morreram.
Eles se deram as mãos e foram juntos.
Aisha Jalilah.

O menino do Pijama Listrado.


John Boyne é um escritor irlandês contemporâneo que, segundo consta no livro, escreveu esta narrativa de 186 páginas sobre um menino chamado Bruno, de nove anos de idade, em apenas dois dias e meio. Nunca havia ouvido falar nele até então, quando encontrei este volume à venda numa loja de conveniência em um posto de gasolina, durante minhas férias recentes. Um escritor de alguns livros, porém nenhum se comparando com este em questão de trama.
O enredo é simples e batido: Segunda Guerra Mundial e os nazistas. A narrativa é até mesmo similar ao pensamento de uma criança desta idade, embora seja em terceira pessoa, quando se percebe que Bruno, filho mais novo de um comandante do exército alemão, não consegue pronunciar certas palavras que lê e ouve, como quando pronuncia "Fúria" ao invés de "Führer" para se referir a Hitler (trocadilho que, em português, é curioso).
A família mora em Berlim, porém o próprio "Fúria" indica o pai de Bruno para trabalhar em um famoso campo de concentração muito longe de sua cidade. Bruno não gosta da idéia, pois sempre morou na mesma casa grande, onde gostava de brincar de explorador, descer pelo corrimão da escada, entre outras coisas que todo menino de sua idade adora fazer.
Bruno é uma criança que, para muitos leitores, pode parecer bastante mimada, e podem ter razão em pensar assim: um garoto que não tem noção de nada do que se passa ao redor, a não ser satisfazer suas necessidades imediatas de boa vida, já que nunca passou por dificuldade alguma em seus nove anos de vida. Até que vai para uma nova casa muito distante de sua terra natal, devido ao trabalho que foi incubido ao pai realizar. É então que conhece o menino de pijama listrado.
Shmuel é um garoto polonês da mesma idade de Bruno, porém com uma vivência muito diferente de seu novo amiguinho alemão. O que mostra que o amadurecimento de Shmuel é extremamente precoce em relação ao outro. É como se diz por aí: o sofrimento sempre traz experiências, nem sempre boas, entretanto. Judeu feito prisioneiro dos nazistas, é terrivelmente magro e triste, contrastando com a aparência do pequeno alemão, que não consegue entender, ou ao menos suspeitar, o porquê dele ser daquele jeito.
A família de Bruno passa mais de um ano vivendo ao lado do campo de concentração, e durante todo esse período o menino observa cenas e comportamentos incomuns das pessoas ao seu redor, com as quais nunca esteve acostumado, e parece não conseguir se dar conta do que acontece, pois não demonstra amadurecer quase nada com uma situação tão estranha como aquela, onde pessoas são encarceradas, humilhadas e torturadas diariamente. Está certo, é apenas um rapazinho de nove anos, que sempre teve o carinho e atenção de seus pais, nunca se preocupando com nada além de suas brincadeiras. Porém acho insólito, mesmo para uma criança tão pequena, viver alienada de algo tão brutal que ocorre nos fundos de sua casa (ele consegue ver o campo de concentração da janela de seu quarto). Mesmo conversando muitas vezes com Shmuel, ele não se apercebe de coisa alguma, até mesmo prefere tentar ignorar certos fatos que aparecem debaixo de seu nariz.John Boyne