contos sol e lua

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Origem e Curiosidades sobre o Ano-Novo.


A primeira comemoração, chamada de "Festival de ano-novo" ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a. C. Na Babilônia, a festa começava na ocasião da lua nova indicando o equinócio da primavera, ou seja, um dos momentos em que o Sol se aproxima da linha do Equador onde os dias e noites tem a mesma duração.

No calendário atual, isto ocorre em meados de março (mais precisamente em 19 de março, data que os espiritualistas comemoram o ano-novo esotérico).

Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o ano-novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de dezembro.

Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração desta grande festa (753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a. C. Em 1582 a Igreja consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano.

Alguns povos e países comemoram em datas diferentes. Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. No Japão, o ano-novo é comemorado do dia 1º de janeiro ao dia 3 de janeiro.

A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622, pois nesta ocasião, o profeta Maomé, deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.

Contagem decrescente os últimos minutos do dia 31 de Dezembro seja: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. A passagem de Ano Novo é o fim de um ciclo, início de outro. É um momento sempre cheio de promessas. E os rituais alimentam os nossos sonhos e dão vida às nossas celebrações. Na passagem de Ano Novo, não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para enchermos o coração de esperança e começar tudo de novo. E para que a festa corra muito bem, há algumas tradições e rituais que não podemos esquecer...

Fogos e barulho.

No mundo inteiro o Ano Novo começa entre fogos de artifício, buzinadas, apitos e gritos de alegria. A tradição é muito antiga e, dizem, serve para espantar os maus espíritos. As pessoas reúnem-se para celebrar a festa com muitos abraços.

Roupa nova.

Vestir uma peça de roupa que nunca tenha sido usada combina com o espírito de renovação do Ano Novo. O costume é universal e aparece em várias versões, como trocar os lençóis da cama e usar uma roupa de baixo nova.

Origem do Ano Novo.

As comemorações de Ano Novo variam de cultura a cultura, mas universalmente a entrada do ano é festejada mesmo em diferentes datas.

O nosso calendário é originário dos romanos com a contagem dos dias, meses e anos. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado em 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera.

As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de Abril. O Papa Gregório XIII instituiu o 1º de Janeiro como o primeiro dia do ano, mas alguns franceses resistiram à mudança e quiseram manter a tradição. Só que as pessoas passaram a pregar partidas e ridicularizar os conservadores, enviando presentes estranhos e convites para festas que não existiam. Assim, nasceu o Dia da Mentira, que é a falsa comemoração do Ano Novo.

Tradições de Ano Novo no mundo.

Itália.

O ano novo é a mais pagã das festas, sendo recebido com Fogos de artifícios, que deixam todas as pessoas acordadas. Dizem que os que dormem na virada do ano dormirão todo o ano e na noite de São Silvestre, santo cuja festa coincide com o último dia do ano. Em várias partes do país, dois pratos são considerados essenciais. O pé de porco e as lentilhas. Os italianos se reúnem na Piazza Navona, Fontana di Trevi, Trinitá dei Monit e Piazza del Popolo.

Estados Unidos.

A mais famosa passagem de Ano Novo nos EUA é em Nova Iorque, na Time Square, onde o povo se encontra para beber, dançar, correr e gritar. Há pessoas de todas as idades e níveis sociais. Durante a contagem regressiva, uma grande maçã vai descendo no meio da praça e explode exactamente à meia-noite, jogando balas e bombons para todos os lados.

Austrália.

Em Sydney, uma das mais importantes cidades australianas, três horas antes da meia-noite, há uma queima de fogos na frente da Opera House e da Golden Bridge, o principal cartão postal da cidade. Para assistir ao espectáculo, os australianos se juntam no porto. Depois, recolhem-se a suas casas para passar a virada do ano com a família e só retornam às ruas na madrugada, quando os principais destinos são os pubs e as praias.

França.

O principal ponto é a avenida Champs-Elysées, em Paris, próximo ao Arco do Triunfo. Os franceses assistem à queima de fogos, cada um com sua garrafa de champanhe (para as crianças sumos e refrigerantes). Outros vão ver a saída do Paris-Dacar, no Trocadéro, que é marcada para a meia-noite. Outros costumam ir às festas em hotéis.

Brasil.

No Rio de Janeiro, precisamente na praia de Copacabana, onde a passagem do Ano Novo reúne milhares de pessoas para verem os fogos de artifício. As tradições consistem em usar branco e jogar flores para Yemanjá , rainha do mar para os brasileiros.

Inglaterra.

Grande parte dos londrinos passa a meia-noite em suas casas, com a família e amigos. Outros vão à Trafalgar Square, umas das praças mais belas da cidade, à frente do National Gallery. Lá, assistem à queima de fogos. Depois, há festas em várias sítios da cidade.

Alemanha.

As pessoas reúnem-se no Portal de Brandemburgo, no centro, perto de onde ficava o Muro de Berlim. Tradicionalmente, não há fogos de artificio.

Curiosidade.

Em Macau, e para todos os chineses do mundo, o maior festival do ano é o Novo Ano Chinês. Ele é comemorado entre 15 de Janeiro e 15 de Fevereiro de acordo com a primeira lua nova depois do início do Inverno. Lá é habitual limparem as casas e fazerem muita comida (Bolinhos Chineses de Ano Novo - Yau Gwok, símbolo de prosperidade). Há muitos fogos de artifício e as ruas ficam cobertas de pequenos pedaços de papel vermelho.

Cada cultura comemora seu Ano Novo. Os muçulmanos têm seu próprio calendário que se chama Hégira , que começou no ano 632 d.C. do nosso calendário. A passagem do Ano Novo também tem data diferente 6 de Junho, foi quando o mensageiro Mohammad fez a sua peregrinação de despedida a Meca.

As comemorações do Ano Novo judaico, chamado Rosh Hashanah . É uma festa móvel no mês de Setembro (este ano foi 6 de Setembro). As festividades são para a chegada do ano 5763 e são a oportunidade para se deliciar com as tradicionais receitas judaicas: o Chalah , uma espécie de pão e além do pão, é costume sempre se comer peixe porque ele nada sempre para frente.

O primeiro dia do ano é dedicado à confraternização. É o Dia da Fraternidade Universal. É hora de pagar as dívidas e devolver tudo que se pediu emprestado ao longo do ano. Esse gesto reflecte a nossa necessidade de fazer um balanço da vida e de começar o ano com as contas acertadas.

Tradições Portuguesas.

As pessoas valorizam muito a festa de Ano Novo, porque sentem o desejo de se renovar. Uma das nossas tradições é sair às janelas de casas batendo panelas para festejar a chegada do novo ano. Nos dias 25 de Dezembro e 1º de Janeiro, costumamos comer uma mistura feita com as sobras das ceias, que são levadas ao forno. O ingrediente principal da chamada Roupa Velha é o bacalhau cozido, com ovos, cebola e batatas, regados a azeite.

Para as superstições, comer 12 passas durante as 12 badaladas na virada do ano traz muita sorte, assim como subir numa cadeira com uma nota (dinheiro) em uma das mãos. Em várias zonas do litoral, há pessoas que mesmo no frio do Inverno conseguem entrar na água e saudar o Ano Novo.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PAPAI NOEL: PEÇO UMA CASINHA PARA OS MEUS PAIS Artigo do Grão Mestre Barbosa Nunes publicado no Jornal Diário da Manhã, no dia 17/12/2011.


Natal”, vocábulo natalis no latim, que tem sentido de nascer. Desdobrou-se para natale do italiano, noel do francês, natal do castelhano, nadal do catalão. Como festa religiosa é comemorado no dia 25 de dezembro desde o século IV pela igreja ocidental e desde o século V pela igreja oriental. Diversos historiadores afirmam que a primeira celebração foi em Roma no ano 336 d.C.

É rico em símbolos, marcando a grande festa de solidariedade universal, comemorado em todo o mundo, até mesmo onde a população cristã é minoria. Mês de dezembro é período carregado de uma grande expectativa, ternura e envolve a todos, cultivando nas pessoas sentimentos, muitas vezes esquecidos, como o amor ao próximo.

O nascimento de Jesus se deu por volta de 2 anos antes da morte do Rei Herodes. Considerando que Herodes morreu em 4 antes da era comum, Jesus deve ter nascido em 6 antes da era comum, pois Herodes mandou matar os meninos de Belém até os 2 anos de idade, com o desejo de se livrar de um possível novo “Rei dos Judeus”. José foi obrigado a viajar de Nazaré (Galiléia) até Belém (Judéia), afim de se recensearem como todos os habitantes, conforme decreto do Imperador Octávio Cesar Augusto.

A viagem de Nazaré a Belém, distância de aproximadamente 150 km, foi cansativa para Maria, em estado adiantado de gravidez, que, em Belém teve o seu filho primogênito. Não tendo local disponível em alojamento, envolveu o filho em faixas de panos e o deitou em uma manjedoura. Lucas diz que no dia do nascimento de Jesus, os pastores estavam no campo guardando seus rebanhos durante as vigílias da noite, rebanhos que saíam para os campos em março e recolhiam nos princípios de novembro.

Quando do nascimento de Jesus, em Belém, ainda governava a Judéia o Rei Herodes, e conforme a descrição do Evangelho segundo Mateus, uns magos guiados por uma estrela que anunciava o nascimento de Jesus, levou-os ao local onde este se encontrava. Os magos eram sacerdotes astrólogos, reconhecidos como “sábios”, conselheiros de reis.

Árvore de natal, Papai Noel, presépio e outros são símbolos e tradições natalinas, como decoração de casas, ruas, árvores, prédios e cidades, como ocorre em Goiânia, com a cidade decorada e embelezada, trazendo a todos uma mensagem de fé, de luz, de meditação e aperfeiçoamento dos nossos princípios cristãos.

No Brasil, a comemoração do natal, de um lado é expressão da fé poderosa nossa, mas de outro tem objetivos cada vez mais comerciais através de produção de músicas, presentes os mais variados e amigo secreto ou oculto, além de um excesso comemorativo em banquetes, com sobra de grande quantidade de comida que vai para o lixo e ilimitado consumo de bebidas alcoólicas, por grande parte da sociedade.

O natal é um dos grandes estímulos econômicos anual, com as vendas aumentando dramaticamente e lojas introduzindo novos produtos como brindes, decoração e suprimentos.

O momento é de milhares de crianças passando fome, jovens que estão sendo levados à dependência química, enquanto os detentores de poderes nas esferas públicas, desviam para o seu patrimônio pessoal, verbas da merenda escolar, da saúde, da educação, da segurança, trazendo-nos a conclusão de que precisamos reverter este quadro. Buscar no Menino Jesus, nossa modificação como ser humano, objetivando não termos ao nosso lado direito ou esquerdo, a fome, o desemprego, a decepção e a tristeza. Crianças que são o nosso futuro precisam de perspectiva como seres humanos, pois, boa parte da nossa sociedade pouco se importa com o futuro delas, muito se importando com o crescimento patrimonial dos seus bens, praticando desvios que vão se sucedendo e que de tantos, vamos todos nos esquecendo.

O natal tem como figura simbólica querida e amada o Papai Noel, Pai Natal, Santa Claus, Peri Noel, São Nicolau e outros, difundido como portador de presentes, vestido de vermelho, com origem do nome em inglês Santa Claus, que significa São Nicolau.

São Nicolau foi Bispo de Mira, nasceu na Turquia em 280 d.C, homem de bom coração, que muito ajudava as pessoas pobres deixando saquinhos com moedas próximas as chaminés das casas. Entre outros atributos foi associado ao cuidado das crianças, à generosidade e doação de presentes. Aparecia tradicionalmente em traje de bispo, acompanhado por ajudantes, indagando as crianças sobre o seu comportamento durante o ano anterior, antes de decidir se elas mereciam um presente.

Por volta do século XIII, São Nicolau era bem conhecido nos Países Baixos e a prática de dar presentes em seu nome se espalhou para outras partes. Na Reforma Protestante nos séculos XVI e XVII na Europa, mudaram o personagem portador de presente para o Menino Jesus. A data de 6 de dezembro que era a Festa de São Nicolau para a troca de presentes, passou para a véspera de natal.

Papai Noel até o final do século XIX era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886 o cartunista alemão Thomaz Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho, com roupa nas cores vermelha e branca e cinto preto. Em 1931, uma campanha publicitária da Coca Cola mostrou um Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha fez um grande sucesso e espalhou pelo mundo a nova imagem do Papai Noel, que está presente na vida das crianças mundialmente. Na imagem infantil, ele vem do Polo Norte em seu trenó puxado por renas, trazendo alegria e presentes para elas.

Na infância, sempre coloquei o sapato na janela da minha casa em Itauçu, aguardando sua passagem. E você sempre passou, embora com meu esforço para ficar acordado, Papai Noel sempre me encontrou dormindo, mas nunca falhou com o presente. Concluo este artigo retirando textos da carta de um menino para Papai Noel.

“Papai Noel, há muito tempo queria lhe escrever, mas somente agora com 9 anos aprendi a escrever. Imaginava sua chegada aqui na minha casinha, mas até hoje não aconteceu. Pensei que se conseguisse lhe escrever uma carta o senhor viria, então aprendi a escrever e lhe faço alguns pedidos: Para meus pais eu gostaria que lhe dessem uma casinha porque a nossa é feita de papelão que meu pai recolheu nas lojas e de caixas da feira. É um tormento Papai Noel. Quando chove molha tudo e precisamos ficar escondidos embaixo da mesa. Falei para o meu pai, minha mãe e os 5 irmãos que iria lhe escrever e eles me disseram que eu estava louco e que Papai Noel não existe. Eu tenho certeza da sua existência. Sonho todos os anos com sua visita trazendo uma bola. Mas tudo é um sonho meu. Caso não possa vir, por favor me avise. Sei que é muito ocupado na noite de Natal. Talvez não dê tempo de chegar à minha casinha. Mais um favor, quando estiver com Deus, diga a ele que lhe agradeço muito por tudo que tenho, ele sabe que não posso andar e por isso não vou à igreja rezar, mas agradeço todos os dias que tenho para sonhar a cada dia que acordo. Se não puder trazer presentes não me importo. Não posso jogar bola e muito menos correr se não me trouxer uma cadeira de rodas. Essas histórias de que Papai Noel não existe é tudo mentira, sei que virá e trará os presentes que lhe pedi e então eu poderei andar pelas ruas, correr pelos parque, ver os amigos que riram da minha cara e mostrar-lhes minha cadeira de rodas. Não se esqueça também do presente para meus irmãos e de uma casinha para os meus pais, onde não precise me esconder da chuva debaixo da mesa e ver a felicidade na minha casa reinar. Um beijo Papai Noel.”

Aos queridos amigos que me distinguem com sua qualificada leitura, façamos crianças felizes no natal e em todos os momentos.

Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado, professor e Grão Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás

--
Um T.·.F.·.A.·.,


Ir.·. Bruno Leonardo Dapaz dos Santos - CIM: 263540


A.·.R.·.L.·.S.·.M.·. Olavo Bilac nº4027

G.·.O.·.E.·.G.·.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Significado Cósmico do Natal.


A visão de cada um de nós sobre esta festividade difere uma da outra. Para o religioso devoto é um período reverenciado, sagrado e repleto de mistério, não menos sublime por ser incompreendido. Para o ateu é uma tola superstição. Para o puramente intelectual é um enigma, pois está além da razão.
Nas igrejas narra-se a história de como na noite mais santa do ano, Nosso Senhor e Salvador, imaculadamente concebido, nasceu de uma virgem. Nenhuma outra explicação é dada; o assunto é deixado a critério do ouvinte que o aceita ou rejeita, de acordo com o seu temperamento. Se a mente e a razão levam-no a excluir a fé, se ele vê apenas o que pode ser demonstrado aos sentidos, então, é forçado a rejeitar a narrativa como absurda e desarmônica com as várias e imutáveis leis da natureza.
Interpretações diferentes têm sido dadas para satisfazerem a mente, principalmente as de natureza astronômica. Diz-se que na noite de 24 para 25 de dezembro, o Sol começa sua jornada do sul para o norte. Ele é a "Luz do Mundo". O frio e a fome exterminariam inevitavelmente a raça humana se o Sol permanecesse sempre no sul. Por isso, é motivo de grande regozijo quando ele começa sua jornada em direção ao norte, pelo que é então aclamado "Salvador", pois vem "salvar o mundo", vem para dar o "pão da vida" quando amadurece o grão e a uva. Assim, "Ele dá sua vida na cruz (cificação) do equador (no equinócio da primavera) e começa sua ascensão no céu (norte). Na noite em que começa sua jornada em direção ao norte, o signo Virgo, a Virgem Celestial, a "Rainha do Céu", está no horizonte astrologicamente, "seu signo Ascendente". Portanto Ele "nasce de uma virgem", sem intermediários, sendo daí "concebido imaculadamente".
Esta interpretação pode satisfazer a mente quanto à origem da suposta superstição, mas o lamentável vazio que existe no coração de todo cético, esteja ou não ciente do fato, deve permanecer até que a iluminação espiritual seja alcançada, a qual fornecerá uma explicação aceitável tanto ao coração como à mente. Derramar tal luz sobre este mistério sublime será nosso empenho neste livro. A concepção imaculada será o assunto da lição seguinte. Por enquanto, queremos mostrar como as forças materiais e espirituais fluem e refluem alternadamente no decurso do ano, e por que no Natal é realmente um "dia santo".
Digamos que concordamos com a interpretação astronômica, assim como é verdadeiro o que se segue quando contemplamos o nascimento místico sob outro ângulo. O Sol nasce, ano após ano, na noite mais escura. Os Cristos Salvadores do mundo nascem também quando as trevas espirituais da humanidade são maiores. Há um terceiro aspecto de suprema importância, isto é, não há nenhuma futilidade nas palavras de Paulo quando ele fala do Cristo sendo "formado em vós". É um fato sublime que todos somos Cristos-em-formação, de modo que quando compreendemos que temos de cultivar o Cristo interno antes que possamos perceber o Cristo externo, mais apressaremos o dia da nossa iluminação espiritual.
Citamos novamente nosso aforismo preferido, de Angelus Silesius, cuja sublime percepção espiritual fê-lo proferir:

"Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
Em vão olharás a Cruz do Gólgota
A menos que dentro de ti, ela seja
novamente erguida. "

No solstício de verão, em junho, a Terra está mais distante do Sol, mas o raio solar atinge-a quase em ângulo reto em relação ao seu eixo no Hemisfério Norte, resultando daí o alto grau de atividade física. Nessa ocasião, as irradiações espirituais do Sol são oblíquas a essa parte da Terra e são tão fracas como os raios físicos quando são oblíquos.
Porém, no solstício de inverno, a Terra está mais perto do Sol. Os raios espirituais caem em ângulos retos na superfície da Terra no Hemisfério Norte, estimulando a espiritualidade, enquanto as atividades físicas diminuem em razão do ângulo oblíquo em que o raio solar atinge a superfície de nosso planeta. Por este princípio, na noite entre 24 e 25 de dezembro, as atividades físicas estão no seu mais baixo nível e as forças espirituais no seu mais elevado fluxo, por isso, ela é chamada a "noite mais santa do ano". Por sua vez, o pleno verão é a época de divertimento para duendes e entidades semelhantes interessadas no desenvolvimento material do nosso planeta, conforme demonstrado por Shakespeare no seu "Sonho de Uma Noite de Verão".
Se nadarmos quando a maré está mais forte, alcançaremos uma distância maior com menos esforço do que em qualquer outra ocasião. É de grande importância para o estudante esotérico saber e compreender as condições especialmente favoráveis que prevalecem na época do Natal. Sigamos a exortação de Paulo, Cap. 12 aos Hebreus, atirando à distância toda carga embaraçante, como fazem os indivíduos que correm numa competição. Batamos no ferro enquanto ele está quente. Isso significa que devemos nessa época do ano concentrar todas as nossas energias em esforços espirituais para colher o que não conseguiríamos obter em nenhuma outra ocasião.
Lembremo-nos também que o aperfeiçoamento próprio não deve ser a nossa única consideração. Somos discípulos de Cristo. Se aspiramos ser distinguidos, lembremo-nos do que Ele disse: "Aquele que quiser ser o maior entre vós, seja o SERVO de todos". Existe muita aflição e sofrimento à nossa volta; há muitos corações solitários e doloridos em nosso círculo de conhecidos. Busquemo-los de maneira discreta. Em nenhuma outra época do ano serão mais sensíveis aos nossos desvelos. Espalhemos a luz do Sol em seus caminhos. Desse modo ganharemos suas bênçãos e também as dos nossos Irmãos Maiores. Por sua vez, as vibrações resultantes promoverão um crescimento espiritual impossível de ser atingido por qualquer outro modo.Max Heindel.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Místíco Sol da Meia-Noite.

Esotericamente e desde épocas imemoriais, o Sol tem sido reverenciado como o dador de vida, porque a multidão era incapaz de ver além do símbolo material de uma grande verdade espiritual. Mas, além daqueles que adoravam a órbita celeste que é vista com o olho físico, sempre houve e continua a haver uma pequena mas crescente minoria, um sacerdócio consagrado pela virtude mais do que por rituais, que viu e vê as eternas verdades espirituais por trás das formas temporais e efêmeras que revestem essas verdades, nas mudanças de cerimonial consoante à época e aos povos a que foram destinadas originalmente. Para estes, a lendária Estrela de Belém brilha todos os anos como o Místico Sol da Meia-Noite, o qual penetra em nosso planeta no solstício de inverno os três atributos divinos: Vida, Luz e Amor. Estes raios de esplendor e poder espirituais inundam o nosso globo com uma luz sobrenatural que envolve todos sobre a Terra, do mais insignificante ao mais importante, sem distinção. Mas nem todos podem participar desse maravilhoso dom na mesma medida. Alguns conseguem mais, outros menos. Alguns nem participam da grande oferta de amor que o Pai preparou para nós em Seu Filho Unigênito, porque ainda não desenvolveram o imã espiritual, o Cristo menino interno, que unicamente pode guiar-nos ao Caminho, à Verdade e à Vida.
"Se não tiver olhos para ver?
Se o Cristo é meu, como posso saber
a não ser através do Cristo em mim?
A voz silenciosa dentro do meu peito
é o penhor do pacto entre Cristo e eu, e enfim
Ela confere a fé, a força do Feito.”
Esta é, sem dúvida, uma experiência mística que soa verdadeira para muitos de nossos estudantes, tão verdadeira como a noite segue-se ao dia e o inverno segue-se ao verão. A menos que tenhamos Cristo dentro de nós, e que um maravilhoso pacto fraternal de sangue tenha sido consumado, não podemos ter parte no Salvador, embora os sinos de Natal nunca parem de soar. Mas, quando Cristo formar-se em nós, quando a imaculada concepção tornar-se uma realidade em nossos próprios corações, quando nos tenhamos postado aos pés do Cristo recém-nascido para oferecer-Lhe os nossos presentes, dedicando a natureza inferior ao serviço do Eu Superior, então, e só então, as festividades natalinas são compartilhadas por nós, ano após ano. E, quanto mais arduamente tenhamos labutado na vinha do Mestre, mais clara e distintamente poderemos ouvir a voz silenciosa em nossos corações, sussurrando o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo... porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve". Então, ouviremos uma nova nota nos sinos de Natal como nunca ouvimos antes. porque não há dia mais alegre do que o do nascimento de Cristo, quando Ele renasce na Terra, trazendo consigo presentes para os filhos dos homens - presentes que significam a continuação da vida física, porque sem essa vitalizante e enérgica influência do Espírito de Cristo, a Terra permaneceria fria e árida; não haveria uma nova canção da primavera, nem os pequeninos coristas da floresta para alegrar os nossos corações à chegada do verão. A pressão gélida dos pólos Boreais manteria a Terra agrilhoada e muda para sempre, impossibilitando-nos de prosseguir em nossa evolução material, tão necessária para aprendermos a usar a força do pensamento através de canais criativos apropriados.
O espírito de Natal é, pois, uma realidade viva para todo aquele que já desenvolveu o Cristo interno. O homem e a mulher comum sentem esse espírito somente nas proximidades das festas natalinas, mas o místico iluminado pode vê-lo e senti-lo meses antes e meses depois do seu ponto culminante na Noite Santa. Em setembro ocorre uma mudança na atmosfera terrestre; uma luz começa a brilhar nos céus. Essa luz parece permear todo o universo solar e, gradualmente, vai crescendo em intensidade, parecendo envolver o nosso globo. Então, ela penetra a superfície do planeta e, pouca a pouco, concentra-se no seu centro, onde os espíritos-grupo das plantas têm o seu lar. Na Noite Santa ela alcança o mínimo de seu tamanho e o máximo de seu fulgor. Então, passa a irradiar luz concentrada, dando nova vida à Terra para que esta prossiga com as atividades da Natureza no ano entrante.

Isso é o começo do grande drama cósmico ‘Do Berço à Cruz", que acontece anualmente durante os meses de inverno (no Hemisfério Norte).
Cosmicamente, o Sol nasce na mais longa e escura noite do ano, quando o signo zodiacal Virgo - a Virgem Celestial - situa-se no horizonte oriental a meia-noite para dar à luz o Filho Imaculado. Durante os meses que se seguem, o Sol transita pelo Violento signo de Capricornus onde, segundo a mitologia, todos os poderes das trevas concentram-se em frenético esforço para matar o Portador-da-Luz, fase do drama solar que é apresentado misticamente no episódio da perseguição movida pelo rei Herodes, e a fuga de Jesus para o Egito a fim de escapar à morte.
Quando em fevereiro o Sol entra no signo de Aquarius - o Portador-da-Água - temos a época das chuvas e tempestades e, do mesmo modo que o batismo consagra misticamente o Salvador à sua obra de serviço, assim também a abundância de umidade que desce sobre a Terra torna-a de tal maneira branda e rica, que pode produzir frutos para preservar a vida de todos os que nela habitam.
A seguir, o Sol transita pelo signo de Pisces - os Peixes. Nesta altura, os estoques de alimentos do ano anterior já foram quase totalmente consumidos, de forma que as provisões do homem ficam escassas. Temos, por conseguinte, o longo jejum da Quaresma, que representa misticamente para o aspirante o mesmo ideal mostrado cosmicamente pelo Sol. Neste momento do ano ocorre o carne-vale (carnaval), o adeus à carne, pois todo aquele que aspira a vida superior precisa algum dia despedir-se para a Páscoa que, então, aproxima-se.
Em abril, quando o Sol cruza o equador celestial e entra no signo de Áries - o Cordeiro - a cruz se ergue como um símbolo místico que o candidato à vida superior precisa entender e, em seguida, aprender a abandonar o veículo mortal e começar a escalada para o Gólgota, o lugar na caveira e daí cruzar o limiar do mundo invisível. Finalmente, imitando a subida do Sol para os céus do norte, ele precisa aprender que o seu lugar é com o Pai e, com todo fervor, deve elevar-se até aquele exaltado lugar. Assim como o Sol não permanece naquele alto grau de declinação, mas ciclicamente desce para o equinócio de outono e solstício de inverno a fim de completar muitas vezes o círculo para benefício da humanidade, do mesmo modo todo aquele que aspira tornar-se um Caráter Cósmico, um salvador da humanidade, precisa preparar-se para oferecer-se muitas vezes como um sacrifício em benefício de seus semelhantes.
Este é o grande destino colocado diante de nós. Cada um é um Cristo-em-formação, se o quiser ser, porque como disse Cristo aos Seus discípulos: "Aquele que crer em Mim fará também as obras que faço, e maiores ainda". Além disso e de acordo com a máxima: "A necessidade do homem é a oportunidade de Deus", nunca houve tão grande oportunidade de imitar o Cristo, de fazer as obras que Ele fez, como nos dias que correm, quando todo o continente europeu vive sob o paroxismo de uma guerra mundial e quando o maior de todos os cânticos de Natal - "Paz na Terra e boa vontade entre os homens"(Lucas 2:14) parece mais longe de concretizar-se do que nunca. Temos em nós o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em PAZ, pois a ação conjunta de milhares de pessoas transmite impressões ao Espírito de Raça quando a ele enviadas, especialmente quando a Lua está em Cancer, Scorpio ou Pisces, que são os três grandes signos psíquicos mais apropriados para trabalhos ocultos dessa natureza. Usemos os dois dias e meio que a Lua transita por cada um desses signos para propósito de meditar sobre a paz - Paz na Terra e boa vontade entre os homens. Mas, ao fazê-lo, estejamos certos de não tomar partido, a favor ou contra, por quaisquer das nações conflitantes. Lembremos a todo instante que cada um dos seus membros é nosso irmão. Cada um merece o nosso amor tanto quanto o outro. Tenhamos em mente que o que queremos ver é a Fraternidade Universal sobre a Terra, ou seja, a paz na Terra e boa vontade entre os homens, a despeito de terem os combatentes nascido de um lado ou de outro das linhas traçadas nos mapas, ou como eles se expressam neste, naquele ou em qualquer outro idioma. Oremos para que a paz possa reinar sobre a Terra. Uma paz duradoura e uma boa vontade entre todos os homens, não importando quaisquer diferenças de raça, cor ou religião. Na medida em que tenhamos êxito em formular com os nossos corações e não apenas com os nossos lábios essa prece impessoal a favor da paz, estaremos antecipando a chegada do Reinado de Cristo para recordar que é a Ele que estamos todos destinados na época oportuna - o reino dos céus, onde Cristo é "Rei dos reis e Senhor dos senhores".Max Heindel.


sábado, 3 de dezembro de 2011

A LEI DIVINA E NOSSAS NECESSIDADES COTIDIANAS.


A LEI de conseqüência ou de Causa e Efeito é, sem dúvida alguma, a mais fundamental das leis no destino humano. Convém lembrar, todavia, que não é uma lei estática. Freqüentemente a utilizamos para acionar novas causas que irão criar novo destino para equilibrar e melhorar o antigo destino que trouxemos do passado. A Lei de Conseqüência está intimamente ligada à Lei do Renascimento, chamada também como de Lei da Reencarnação. Todos nós já vivemos, no passado, muitas outras vidas na Terra, e haveremos, no futuro, de viver muitas outras ainda. Em cada uma delas pusemos em ação diversas causas, algumas das quais só efeitos. Tais efeitos são denominados dívidas do destino. Assim é que estamos pagando débitos e colhendo prêmios do passado. É a isso que damos o nome de destino mau ou bom.

Cabe-nos compreender desde logo, que "caráter é destino". Destino é reflexo de caráter. Nosso meio ambiente é um espelho no qual vemos o nosso caráter refletido. Não obstante, existe uma exceção a essa regra geral. É que em nosso último renascimento pudemos certamente haver-nos reformado de tal sorte que agora possuímos o que se pode chamar de um bom caráter, embora possamos continuar tendo sofrimentos e dívidas na presente existência, apesar de havermos remodelado nossa índole. Isto se deve ao fato de termos trazido débitos anteriores, os quais estamos pagando, e, como é do conhecimento geral, quando alguém resgata o que deve, considera, geralmente, que tal processo é restritivo, limitado e desagradável. Tem, contudo, o consolo de saber que as dívidas, uma vez quitadas, não mais podem ser pagas outra vez, ficando, portanto, livre delas por todas as vidas futuras. As tendências de caráter que mais freqüentemente causam mau destino são: a cólera, o temor, o orgulho, o ódio, a vingança, a sensualidade, o egoísmo, a inveja e a intolerância. Por conseguinte, a primeira coisa a fazer é analisar nossos pensamentos habituais e ver se mostram algumas dessas tendências, ainda que seja em pequena escala. Se assim acontece, comecemos imediatamente a trabalhar para eliminá-las. Os dois meios principais para obtê-los são uma mudança de pensamentos e de ação, especialmente para com as demais pessoas. O "pensamento" é o primordial, e se corrigirmos veremos quase automaticamente que nosso modo de agir está de acordo com esse pensamento.

Isto nos leva a um fator mais importante da situação, ou seja, o PODER CRIADOR DO PENSAMENTO. Este poder é o fator mais potente e fundamental da vida humana. O ditado, segundo o qual "os pensamentos são coisas tangíveis" quase palpáveis, é uma verdade incontestável. Cada vez que pensamos em algo criamos uma forma de pensamento que se pode converter em uma força vivente. Flutuam em redor de nós, em nossa aura, e se torna parte de nossa atmosfera mental, por conseqüência, integrante de nossa própria vida.

O passo seguinte é a atividade do pensamento criador que se reveste da substância do desejo e da emoção. Isso apresenta dois efeitos: primeiro, que pode conduzir-nos à ação correspondente; segundo, as formas de pensamento que não são acionadas de imediato se armazenam na memória como normas para uso futuro. Temos-lhes acesso a qualquer tempo. Podem, portanto, surgir como realidades físicas em nosso meio ambiente, tornando-o bom ou mau, conforme o pensamento que as criou. Assim, se você deseja mudar a atmosfera em que vive e sua sorte, "mude seus pensamentos". Desse modo você estará elaborando para si mesmo um novo e melhor destino que oportunamente surgirá e se manifestará de forma melhor ou de meio abundante e capaz de suprir as necessidades de sua existência.

Os desejos destrutivos, como sejam, a cólera, a vingança, o ódio, o ressentimento, principalmente a cólera e o egoísmo, desfiguram e destróem as boas formas de pensamento que tenhamos formado previamente, retardando-se, dessarte, sua materialização. Quando nos deixamos arrastar pela cólera ou pela vingança, por exemplo, dissipando alguma edificante criação mental, a configuração da correspondente forma de pensamento deve esforçar-se no sentido de uma restauração para concretizar o bem que anelamos, cuja marcha fora interrompida. Isso demanda tempo e faz retardar o período em que possa ocorrer uma mudança favorável em nossa vida, em nossa situação e em nosso ambiente geral. Veja, então, a grande importância de vigiar nossos pensamentos e emoções. Alguns perguntarão: "Como possa evitar os maus pensamentos e desejos, mantendo-os distantes de minha mente?" De fato, às vezes parece impossível evitar que se infiltrem em nós, mas a resposta é "substituição de pensamentos".

Esta prática se funda no fato de que dois pensamentos não podem ocupar ao mesmo tempo a mente, à semelhança daquele princípio de física que diz que dois corpos não podem simultaneamente ocupar o mesmo espaço. Quando você se sentir perturbado por maus pensamentos de qualquer índole, "substitua-os" simplesmente "por outros" e concentre-se nestes tão positivamente que o pensamento ruim ali não possa penetrar. É muito simples e requer apenas prática para comprovar a singeleza do tratamento. Os maus desejos são excluídos da mente pelo mesmo processo.

O PODER INTERNO – A existência desse poder é o próximo e mais importante ponto a considerar. Isso é algo acerca do qual os homens em sua maioria não possuem o mínimo conhecimento, de cuja realidade sequer suspeitam. Não obstante, o PODER INTERNO é um estupendo fator na vida humana e sobre ele se apóia o êxito na vida. O PODER INTERNO é o Ego, o Espírito, o Eu Superior, a Vida que vem de Deus e o poder essencial que mantém o homem ativo. O PODER INTERNO é o Deus Interno, e o Deus Interno é parte do Deus Externo, o DEUS do Universo. O PODER INTERNO é o traço pessoal que nos une a Deus. Para tanto, reflita quão poderoso é este Eu Superior. É "Onipotente", porque é parte do DEUS do Universo. Esta onipotência, contudo, está mais ou menos, latente na humanidade de hoje. É função da evolução desenvolvê-la e convertê-la em uma positiva e dinâmica onipotência. Eis o que gradativamente estamos aprendendo a fazer em nossa vida diária e por meio de sucessivos renascimentos.

Este Poder Interno afeta a personalidade e a vida cotidiana da seguinte maneira: O Deus Interno que é onipotente e possuidor ao mesmo tempo de toda sabedoria, está de contínuo enviando mensagem à mente consciente em forma de intuições, inspirações e idéias originais. Elas nos dizem o que nosso Eu Superior, em sua sabedora, deseja que façamos.

Se seguirmos essas sugestões e as praticarmos, os resultados em nossa vida serão construtivos. O fracasso se transformará em vitória, os obstáculos que se apresentam desaparecerão aos poucos e veremos que tudo começa a atuar conjuntamente para o bem e para o êxito em todas as coisas da vida. Se não fizermos caso das intuições do Poder Interno e seguirmos nossos desejos inferiores, bem como as extraviadas inclinações da personalidade, observaremos que nossas dificuldades aumentarão e nossa caminhada pela vida será mais árdua. Vemos quão importante é estar alerta para captar as idéias e intuições do Poder Interno e pô-las em execução.

Essas mensagens podem perceber-se de modo mais efetivo, quando a mente consciente se acalma e, muito em particular, quando estabelece momentos de quietude absoluta para a meditação, a fim de que, uma vez repousada a mente, o Poder Interno possa falar-nos e "nós ouvi-lo". Não obstante, esse Poder nos fala e envia-nos mensagens durante todo o tempo, apesar de estarmos ativos. A Consciência é outra das mensagens do Poder Interno que faríamos bem em obedecer. Se seguíssemos exclusivamente as direções desse Poder, cada vez se tornariam mais claros seus tons, reformando gradualmente nossas vidas e convertendo em sucessos nossos fracassos.

Devemos cultivar a crença na existência do Poder Interno e acreditar em sua habilidade para transformar nossas vidas. Esta crença é o cabo, o circuito elétrico que nos põe em contato com o referido Poder. Se estabelecemos nítida ligação entre esse Poder e nossa consciência (mente consciente) os resultados serão melhores porque então o Ego pode emitir suas mensagens com maior limpidez e efetividade. O descrer dessas coisas fundamentais impede a ligação e pode ainda chegar a destruí-la. Então isso nos deixa mais ou menos sem a orientação e a sabedoria do Deus Interno, ficando ao desamparo e expostos a todas as decepções. Veja como a crença nesse Poder é de grande importância. Alguns o chamam FÉ, fé em DEUS; porém, é a mesma coisa, ou seja, fé no Deus Interno e em seu poder, que é parte integrante do DEUS Externo e Sua Onipotência.

Se ouvirmos e obedecermos às sugestões e direções que emanam do Poder Interno, o temor e a ansiedade desaparecem por completo e obtemos equilíbrio, fator indispensável para um desfecho feliz. Perdemos todo temor à vida e mesmo à morte. Sabemos que tudo está determinado com sabedoria e que o resultado será BOM.

Por estar o Banco Universal amparado pelo Universo jamais poderá falir. Você nunca poderá perder ou ser iludido em algo que realmente lhe pertence. "Só se realizará a própria vontade". Não há, em hipótese alguma, erros no crédito cósmico, no qual esse Banco se desenvolve e opera. Se seu destino e seu progresso não são o que você gostaria que fossem é sem dúvida porque seu crédito no Banco Universal esgotou-se temporariamente. Neste caso, não há outro remédio senão apressar-se a fazer novos depósitos. Como já dissemos, os depósitos a seu favor se realizam por meio de um trabalho edificante, altruísta e autodisciplinado. Você pode estar certo de que seu empenho nesse sentido logo melhorará grandemente AS OPORTUNIDADES E AS CIRCUNSTÂNCIAS. Veja você como seu destino é criado "por você mesmo", que a sorte e a casualidade são apenas aparentes e que na realidade foram criadas por você no passado. Você está envolto na materialização de seus próprios atos e pensamentos. Vencer tendências indesejáveis e reconstruir e reformar seu caráter, eis o meio mais indicado para efetuar depósitos no BANCO UNIVERSAL.

O "provimento universal" do qual falam tão freqüentemente os estudantes de Metafísica é simplesmente outro dos nomes do BANCO UNIVERSAL. Muitos estudantes parecem acreditar que podem obter um provimento completo de tudo o que necessitam com o só repetir algumas afirmações. Enganam-se, todavia, quando julgam que podem sacar contra o BANCO sem fazer antes a cobertura necessária. Isto eqüivale a "procurar obter as coisas gratuitamente". Ninguém deve exigir a concretização de um desejo específico sem antes deixá-lo em mãos do Senhor, que pode atuar sabiamente. Nós não possuímos nem o direito nem a Sua Sabedoria. Porque, se exigirmos a realização de alguns de nosso pensamentos, expomo-nos a equivocar-nos e obter algo que "verdadeiramente" não desejamos.

Algumas pessoas não conseguem ter progresso espiritual e material, porque inconsciente ou ignorantemente violam a Lei de Causa e Efeito, a Suprema Lei de DAR E RECEBER. Há, sem dúvida, uma lei cósmica administrada por Forças Invisíveis, segundo a qual para receber é necessário primeiro dar. Compartindo o que possuímos, abrimos o canal que nos permite uma inundação de coisas almejáveis em nossas vidas. CRISTO, o Divino Mestre do gênero humano, ensina a existência desta lei no Evangelho de S. Lucas, quando diz "Dai e ser-vos-á dado; boa medida concentrada, sacudida e transbordante vos deitarão no vosso regaço, porque com a mesma com que medirdes também vos medirão" (6-38).

A compreensão, a aceitação desta lei e um esforço inteligente por obedecê-la trarão, a seu devido tempo, mudança favorável em nossas vidas.

A Regra de Ouro (Lucas 6-31) "E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma forma fazei-lhes vós" contém, igualmente, um importante princípio psicológico. Esta regra é inequívoca; ela nos diz em definitivo que façamos sempre o bem aos demais, sejam quais forem as circunstâncias, apesar do que eles nos façam a nós. A regra é impessoal; a conduta de outrem nada tem a ver com nosso caso. Se desrespeitarmos essa regra, obteremos infalivelmente maus resultados. Pondo-a em execução, à época oportuna ela nos trará um efetivo melhoramento em nosso ambiente e em nossas condições materiais e espirituais. Ela nos dá individualidade atrativa, magnética, o que nos torna atraentes para os demais e, ao mesmo tempo, não nos deixará faltar ajuda e a cooperação na realização de nossos projetos e anseios. Cria ainda uma força magnética que é o meio de aumentar o êxito sob todos os aspectos. Não permitamos nunca que o rancor por alguma desconsideração que tenhamos recebido nos impeça de fazer o que gostaríamos que outros nos fizessem. É realmente benéfico seguir a Regra de Ouro, que não é um simples ideal religioso.

Há outros dois ou três princípios metafísicos ou psicológicos que devemos conhecer e que aumentarão nosso progresso em matéria de trabalho, bem como no abastecimento de nossas necessidades de ordem material e espiritual. Procurar o BEM em todas as coisas e em todas as situações, apesar da adversidade das aparências é um deles. O simples fato de BUSCAR O BEM constrói uma forma de pensamento que com o tempo se converterá em um bem maior, mais sucesso e condições favoráveis. BUSCAR O BEM é como começar uma bola de neve que aumenta de tamanho à medida que desce de uma montanha. Essa é também a propriedade de toda forma pensamento. Todas as da mesma índole se combinam e crescem rapidamente. Isso se aplica na busca do bem, o qual pode ser aumentado, em nossa esfera social, de modo definido, com a prática desse princípio. O elogio ao Bem, é uma extensão do mesmo princípio e um raio de sol, a luz da alma. Ele propicia o bom augúrio e o êxito a tudo que é superior. Incentive tudo de bem que encontre nas demais pessoas, ainda que o motivo seja insignificante e, sobretudo, não se esqueça de louvar e agradecer ao PODER INTERNO, cada dia, por sua vida, sua orientação e pelo abastecimento de todas as necessidades espirituais e materiais. Tudo se origina desse PODER.

O PERDÃO é outra prática que não devemos esquecer. O perdão é científico. Ele traz consigo as forças dos planos invisíveis que nos cercam. Dissolve as formas de pensamento de ódio, vingança, egoísmo e má vontade, assim como impede que se materialize em adversidade. O rancor, a inveja, o egoísmo, a vindita freqüentemente se transmudam em alguma das condições mais infelizes da vida, especialmente se se continua habitualmente a emitir pensamentos nesse sentido.

O ódio é a força mais destrutiva do Universo, e o rancor e a vingança são fases do ódio. A vingança é a mais mortal das paixões, é absolutamente certo que impede o sucesso em todos os campos. Apesar do que possa acontecer, não se deve ter rancor nem ceder a pensamentos negativos. Você pode ter certeza de que se alguém lhe fez injustiça, a Lei invisível trará a ele merecida retribuição. Diz a Bíblia "Amados, não vos vingueis. Eu recompensarei a cada um, segundo o seu merecimento", disse o Senhor. Não tome a vingança por suas próprias mãos, porque a única coisa que você obterá é desencadear forças psicológicas que mais tarde ou mais cedo reagirão sobre você mesmo, com desvantagem. Diz a regra: "Perdoa tudo e mantém-te perdoando sempre, apesar de toda inclinação pessoal, e nada perderás, como erroneamente possas supor". Isso evoca à mente um princípio de vital importância e interesse sobre o êxito: "Fazer a vontade de outra é o ácido para provar o amor". A Bíblia o confirma ao ensinar: "Faze as pazes com teu adversário". A vontade própria é o amor próprio e o amor próprio é uma fase do ódio para com os outros. A aplicação deste princípio é particularmente valiosa quando queremos evitar desmandos e extinguir os que tenha começado. Naturalmente não devemos fazer a vontade a quem comete uma injustiça conosco ou em relação a terceiros. Devemos sacrificar as nossas inclinações e vantagens, ajustando-nos quanto possível às idéias de nosso adversário, satisfazendo-lhe o sentido de justiça. Por esse meio convertê-lo-emos em nosso amigo. Fazer com que predomine sempre a nossa vontade é obstruir o restabelecimento do êxito da cooperação amistosa.

Muito se tem falado sobre a CONFISSÃO. É provável que você não conceda a menor importância. Deve ter pensado, com certeza, que confessar as más ações a um sacerdote ou a um ministro não tem qualquer efeito. Não obstante, há notável princípio metafísico oculto na confissão, que é o seguinte: a confissão faz desaparecer a força emocional constituída por formas de pensamento sobre as nossas faltas do passado, liberando-as e ajudando-nos a restaurar o equilíbrio e a calma. Quando se comete uma falta que produz temor, vergonha, cólera, etc…, essa forma de pensamento penetra profundamente na subconsciência e ali fermenta. Especialmente se o mal não foi sanado na época oportuna. Formas de pensamento de tal natureza podem fermentar no subconsciente durante anos e com o tempo gerar o que se conhece por "complexos" e "neuroses". Se temos muitos desses complexos enterrados na subconsciência, perdemos gradativamente o equilíbrio e nos tornamos nervosos e neuróticos. Eis onde a confissão atua. Por seu intermédio liberta-se a energia emocional dos complexos que se dissolvem, não voltando a molestar-nos.

A confissão não precisa ser necessariamente feita a um sacerdote ou ministro de qualquer religião. Pode-se fazer diretamente à pessoa a quem se prejudicou ou ainda a alguém de absoluta confiança. Podemos também autoconfessar-nos ao EU SUPERIOR. Chamamos a esse confessório de "Retrospecção". Devemos realizá-lo toda as noites ao deitar-nos, começando por analisar os últimos acontecimentos do dia té chegar aos primeiros da manhã. Para que a Retrospecção surta efeito é indispensável o maior sentimento de contrição, uma vez que através dele nos purificamos, desfazendo a força emocional contida nos complexos ocultos. Grande número de pessoas têm encontrado na confissão, em qualquer da formas, alívio incrível, e sempre é seguida por singular aumento de êxito em todos os setores da vida.

Donde se conclui que será uma idéia excelente a de estender o princípio da confissão ou retrospecção aos anos anteriores de nossa existência, a fim de esclarecer os complexos que penetram em nosso subconsciente, impedindo-nos totalmente qualquer evento feliz. Tal processo pode chamar-se de retrospecção retardada, conforme ensina a Filosofia Rosacruz. A melhor forma de efetuá-la será por escrito. Sente-se e escreva em linhas gerais os acontecimentos do passado que lhe tenham causado temor, cólera, vergonha, etc, etc. Faça o máximo possível cada vez e assim continue até que haja revisado toda a sua vida. Aos poucos notará maravilhoso alívio mental e emocional, que oportunamente se refletirá em forma de melhoria da condições materiais e espirituais. Esses escritos devem fazer-se em segredo, omitindo os nomes de seus personagens. Terminada, essa autoconfissão escrita deve ser destruída.

Durante a vida não se pode obter êxito verdadeiro se não se possui razoável saúde, motivo por que devemos considerar a SAÚDE como fator de importância para a satisfação das necessidades de ordem material. Devemos ter sempre em mira a força vital emanada de nosso PODER INTERNO, o Ego. Se algo se interpõe entre a influência desta vida em nosso corpo e nossa personalidade, isso acarretará uma saúde precária. É possível aprisionar o Ego atrás de uma nuvem de errôneas formas de pensamento, falsas crenças, etc… de sorte que a corrente constitutiva da força, da vida do Ego, se reduz decididamente. Se emitirmos formas de pensamentos destrutivas, como temor, cólera, sensualidade, egoísmo, etc. que limitam e se acreditarmos no poder do mal sobre nós, tudo isso tende a encerrar o Ego, e "como crê" que está limitado na vida, realmente o estará.

Para a SAÚDE é necessário que a pessoa, a mente e a vontade cooperem com o Ego e se repilam toda forma de pensamento restritivo. Além disso, é possível construir um instrumento com o qual se perfure e destrua a atual nuvem de pensamentos. Tal instrumento são NOVAS formas mentais de fé, de fortaleza, de otimismo, de onipotência do PODER INTERNO, do êxito e de certeza de que todas as coisas boas são atingíveis. Construa novas formas de pensamentos nessa direção e elas se combinarão entre si, constituindo uma forma de grande potência e força. Eis o instrumento que perfurará essa nuvem mental e libertará o Ego. Fique certo de que apenas pensamentos errôneos podem bloquear esse poder. Mude, pois, seus pensamentos, e essa faculdade o livrará, operando milagres em sua vida. Restaurará sua saúde. Modificará suas condições mentais. Use a IMAGINAÇÃO para criar quadros de saúde abundante e de grande poder do Ego interno e esses quadros se confundirão com outras formas de pensamento de força e valor, convertendo-se em parte do instrumento de libertação. Então, verificará que terá deixado de ser um escravo da falta da saúde. Você verá que ela é complemento normal do repouso (calma) e de outras condições emocionais equilibradas. Juntamente com esse estado sadio virá maior disposição para o êxito no trabalho de ordem material e espiritual.

A FELICIDADE RESIDE APENAS NA MENTE - As condições externas têm uma influência na felicidade somente onde se lhes tenha permitido afetar as formas de pensamento. Essas formas têm a propriedade de cobrir-se com essa substância do plano invisível que conhecemos como Emoção. Se pensamos em otimismo e felicidade, substância emocional dessa natureza invade-nos a mente, e somos FELIZES, apesar de todas as condições materiais ou corporais. Se, ao contrário, elaboramos formas mentais de temor e de fracasso, elas constróem substância emocional de infelicidade e seremos infelizes, ainda que tenhamos todas as riquezas do mundo e uma saúde perfeita. Fica, portanto, demonstrado que a FELICIDADE só reside na mente e que pelo controle dos pensamentos e substituição deles temos sempre a chave da felicidade e do progresso. Em conclusão, dar-lhes-emos três pequenas fórmulas para ajuda própria que estão baseadas em sadios princípios metafísicos e que têm demonstrado sua valia.

PRIMEIRO, PENSAMENTO CONSTRUTIVO, POSITIVO – Mantenha sua mente sempre positiva e aberta, não imóvel e inerte. O pensamento construtivo fecha automaticamente a receptividade ao enxame de pensamentos que, impedidos de entrar, cessam de influir na vida, e as criações mentais melhoram consideravelmente através da decisão de concretizar as boas coisas.

SEGUNDO, A CHAVE DE OURO – Quando você se achar em dificuldades, quando tema perder algo valioso, não continue a construir formas mentais negativas, porque elas apenas contribuirão para que você se deprima. Ao contrário, inverta o processo e não faça senão PENSAR EM DEUS. Ele envolve todas as coisas desejáveis. Recusando-se a pensar na desgraça e pensando em Deus, você estará construindo pensamentos de força, bondade e sucesso, ainda que não perceba. Eles, a seu tempo, se concretizarão em forma de bem, e a calamidade que você temia se terá dissipado.

TERCEIRO, O PODER DO DEVER – O Dever cumprido um dia, e oportunamente, tem o poder de criar bem suficiente para acompanhá-lo durante o dia inteiro. E amanhã será outro dia no qual você pode repetir o processo. Os deveres cumpridos com amor são um caminho para a libertação. Esta é uma chave vital de êxito em todos os planos, material e espiritual, conforme prega a Filosofia Rosacruz, para qualquer outro período da vida. O sucesso que se obtém como resultado do dever cumprido não será sempre a classe do êxito que você mesmo teria escolhido, mas será o verdadeiro êxito sob o ponto de vista do Espírito, e isso é o que importa. Ainda mais, examinado a seu tempo, este êxito se converterá em uma forma tal que será facilmente reconhecida e admitida como a melhor. Entretanto, você estará livre do temor e da ansiedade porque saberá, finalmente, que "tudo" sairá BEM.
Augusta Foss Heindel.

Schutzengel.TRADUÇÃO.


Anjo da Guarda
Estou com você toda a sua vida
Sobre você a minha mão protetora
Às vezes você me olha
Embora não possa me ver
Meu mundo é preto e branco
E só você pode torná-lo colorido
Eu só existo para você
Se você cair, você me sente
Meu coração, minha mente, minha alma
Vivem apenas para você
Minha morte é minha vida
Meu amor é nada sem você
Se você sonha que eu estou com você
Eu acordo todo os dias ao seu lado
Às vezes você encontra minha mão
Embora não possa me ver
Meu mundo está em trevas
Só você pode clareá-lo
Eu só existo para você
Se você cair, você me sente
Meu coração, minha mente, minha alma
Vivem apenas para você
Minha morte é minha vida, Meu amor
é nada sem você
Meu coração, minha mente, minha alma
Vivem apenas para você
Minha morte é minha vida, Meu amor
é nada sem você.Unheilig.

sábado, 26 de novembro de 2011

Deep Forest.


É um grupo musical constituído por dois músicos franceses: Michel Sanchez e Eric Mouquet. Eles compõem um novo tipo de World Music, às vezes chamado Etnica electrônica, à mistura etnica com sons eletrônicos e dance beats ou chillout. O seu som tem sido descrito como uma "etno-introspectivo ambient world music". Eles foram nomeados para um Grammy Award em 1993 na categoria Melhor Álbum de World Music, e em 1996 eles ganharam o prêmio para o álbum Boheme. O grupo também ganhou na classe World Music de '95 (o grupo francês com o mais alto nível mundial de vendas - seus álbuns têm vendido mais de 10 milhões de cópias

Michel Sanchez surgiu com a idéia de misturar "Cânticos de Baka Pigmeu" com Música Moderna ouvida no local de gravações destas tribos. Juntamente com Eric Mouquet que criou o projeto Deep Forest. O seu primeiro álbum auto-intitulado Deep Forest (nomeado para um Grammy), foi libertado em 1992, com "Sweet Lullaby" o que poria Deep Forest no mapa musical (UK Top 10 hits). A canção "Sweet Lullaby" é a adaptado de uma canção tradicional da "Salomão". O álbumn Deep Forest Mix foi conduzido e as amostras foram digitalizadas e pesadamente editadas. Foi re-lançado como uma edição limitada em 1994 sob o nome de World Mix.
Para o seu segundo álbum Boheme, Eric e Michel deixaram para trás os sons da floresta e aventuraram-se na Europa Oriental trazendo "lonesome húngara" e "cigana com cânticos otimista", ainda triste, a música. Devido a essa mudança, Dan Lacksman (a partir de Telex, produtor e engenheiro de som, do primeiro álbum) decidiu ir a sua forma separada e continuou trabalhando em outros projetos como "Pangea". Os cânticos não eram mais breves, frases foram à mostras em Húngaro e Transilvânia no CD. A dupla colaborou com Joe Zawinul durante a gravação do álbum.
O duo também realizados e produzidos os remixes para a Youssou N'Dour único "Indecisos", em 1994, com vocais pelo hóspede Neneh Cherry (que figuram no N'Dour's break-through único "Sete Segundos").

Deep Forest.


É um grupo musical constituído por dois músicos franceses: Michel Sanchez e Eric Mouquet. Eles compõem um novo tipo de World Music, às vezes chamado Etnica electrônica, à mistura etnica com sons eletrônicos e dance beats ou chillout. O seu som tem sido descrito como uma "etno-introspectivo ambient world music". Eles foram nomeados para um Grammy Award em 1993 na categoria Melhor Álbum de World Music, e em 1996 eles ganharam o prêmio para o álbum Boheme. O grupo também ganhou na classe World Music de '95 (o grupo francês com o mais alto nível mundial de vendas - seus álbuns têm vendido mais de 10 milhões de cópias

Michel Sanchez surgiu com a idéia de misturar "Cânticos de Baka Pigmeu" com Música Moderna ouvida no local de gravações destas tribos. Juntamente com Eric Mouquet que criou o projeto Deep Forest. O seu primeiro álbum auto-intitulado Deep Forest (nomeado para um Grammy), foi libertado em 1992, com "Sweet Lullaby" o que poria Deep Forest no mapa musical (UK Top 10 hits). A canção "Sweet Lullaby" é a adaptado de uma canção tradicional da "Salomão". O álbumn Deep Forest Mix foi conduzido e as amostras foram digitalizadas e pesadamente editadas. Foi re-lançado como uma edição limitada em 1994 sob o nome de World Mix.
Para o seu segundo álbum Boheme, Eric e Michel deixaram para trás os sons da floresta e aventuraram-se na Europa Oriental trazendo "lonesome húngara" e "cigana com cânticos otimista", ainda triste, a música. Devido a essa mudança, Dan Lacksman (a partir de Telex, produtor e engenheiro de som, do primeiro álbum) decidiu ir a sua forma separada e continuou trabalhando em outros projetos como "Pangea". Os cânticos não eram mais breves, frases foram à mostras em Húngaro e Transilvânia no CD. A dupla colaborou com Joe Zawinul durante a gravação do álbum.
O duo também realizados e produzidos os remixes para a Youssou N'Dour único "Indecisos", em 1994, com vocais pelo hóspede Neneh Cherry (que figuram no N'Dour's break-through único "Sete Segundos").

Yuki Song.TRADUÇÃO.


Música da Neve
Jogando faíscas no meu anjo congelado
Juntando palavras para coagir o fogo a começar
Jogando faíscas no meu anjo congelado
Palavras para derreter o gelo ao redor do seu lindo coração

Transformar o gelo em água, a água em inundação,
A inundação se torna um rio, um rio de puro amor
Amor vem em delta, nutrindo o mar
O mar sai para o oceano
Oceano infinito.

Jogando faíscas no meu anjo congelado
Juntando palavras para coagir o fogo a começar
Transformar o gelo em água, a água em inundação,
A inundação se torna um rio, um rio de puro amor
Amor vem em delta, nutrindo o mar
O mar sai para o oceano
Oceano infinito.

O segundo antes de você entrar no quarto
Eu não tinha pensamentos de amor qualquer
Amor não estava na minha mente
Nada, mas a minha vida
Minha vida estava estabelecida
Era tudo que eu precisava que fosse
E eu cai por você
Como algo inesperado
Era inesperado, e eu não sabia
Eu não percebi acontecendo
Mas isso veio sobre mim
E isso manteve um poder sobre mim.
Apoderava-se de mim
E eu não pude evitar, senão acreditar
Eu tinha fé nisso
Eu tenho uma chance na minha vida e eu tenho que agarrá-la
E eu tenho que dar isso a você e eu não vou deixar isso ir.
Eu não vou deixar isso ir.
É a única coisa em que eu posso acreditar.
Oh, eu posso acreditar.Deep Forest.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

a história do grupo “Era”


Era é um projeto musical criado pelo francês Eric Levi, antes membro do grupo de glam rock Shakin’ Street.

Suas músicas, geralmente cantadas em uma língua imaginária parecida com o latim, misturam música clássica, ópera e canto gregoriano com outros estilos contemporâneos. Músicas em inglês foram ganhando espaço a cada novo álbum, e no CD, Reborn, há também faixas cantadas em árabe.

O primeiro álbum teve um grande sucesso comercial. A música Mother foi usada na trilha sonora do filme Alta Velocidade (2001), de Sylvester Stallone. E na Austrália, a música Ameno foi usada na campanha “The Power of Yes” (O Poder do Sim) da Optus Telecommunications. Ele também conta com algumas faixas que foram compostas por Eric Levi antes do surgimento da banda e que foram utilizadas na trilha sonora do filme Les Visiteurs, de 1993.

Muitas vezes a banda, que já vendeu mais de 4 milhões de cópias na França e 12 milhões ao redor do mundo, apresenta vestes e armas da Idade Média nos seus concertos. O universo visual de Era é o complemento de sua inspiração musical, utilizando sinais e sentimentos próximos aos religiosos, explorando uma dimensão universal, um universo de emoções, espirituais e místicas.

Seu estilo pode ser descrito como new age e pode ser considerado similar ao de artistas como Enigma, Gregorian, Deep Forest e Enya.

Alguns componentes da banda são cátaros e católicos, e no clipe da música Enae Volare Mezzo percebemos forte influência mística do catarismo.

Ao ser estabelecido o programa de história e de francês (respectivamente a Idade Média e o estudo de um romance medieval) dos alunos do segundo ano do ensino secundário na França, o estudo das músicas de Era foi incluído no currículo dos cursos de música.

Réquiem Na Água. Tradução.


Caminho de neve pelo lago
Direto ao centro da mais escura água
Onde podemos abraçar as sombras na superfície
Os olhos que olham sem vida
Dos nossos gêmeos lá embaixo

E apesar de seus braços e pernas estarem sumbersos
O amor será o eco em seus ouvidos
Quando tudo isso estiver perdido em pilhagens
Meu amor ainda estará lá

Pura frieza na prisão
Lá perto damos um passo para trás
Rindo em nossos barcos
Até que a imagem nos remeta a um lugar certo demais
Uma terra de prisões suspensas
Mas, algum dia teremos de ir embora

E apesar de seus braços e pernas estarem sumbersos
O amor será o eco em seus ouvidos
Quando tudo isso estiver perdido em pilhagens
Meu amor ainda estará lá

Apesar de seus braços e pernas estarem sumbersos
O amor será o eco em seus ouvidos
Quando tudo isso estiver perdido em pilhagens
Meu amor ainda estará lá. Imperial Mammoth.

Amanhecer .


Edward pede Bella em casamento, e receosa, mas com medo de magoá-lo, ela aceita. Alice prepara uma festa incrível em sua própria casa, onde Jacob aparece para felicitar a noiva, mas fica muito nervoso quando ela diz que eles terão uma lua-de-mel com tudo o que se tem direito e é levado por Sam.
Edward mantém segredo sobre o local de sua lua-de-mel até que chegam no determinado local, a Ilha Esme, no Rio de Janeiro, um presente de Carlisle para sua esposa, Esme. Bella tem então, sua primeira experiência amorosa com Edward, tal como ele. Tudo lhe parece perfeito, mas ele acorda irritado por tê-la deixado com inúmeros hematomas pelo corpo.
Bella, depois de muitos esforços, convence Edward a tentarem novamente e inesperadamente ela engravida. Os sinais da gravidez eram muito acelerados, tanto que ela já podia sentir o chute do bebê. Edward liga para Carlisle e este confirma a possibilidade de tal fato e se predispõe a abortar a criança.
Rosalie, que sempre se lamentou por não poder ser mãe, apoia Isabella e impede que tirem o bebê dela.
A gravidez passou-se rapidamente e igualmente sofrida, Bella chegou ao ponto de beber sangue humano para alimentar seu filho, que aparentava precisar desse alimento. Quando ocorre o parto, ela se enfraquece muito e quase morre. Edward, já preparado para a situação, injeta em sua corrente sanguínea morfina e depois, seu próprio veneno, diretamente no coração.
O bebê era uma menina, meio-humana, meio-vampira. Foi chamada de Reneesme, uma junção de Renée e Esme. Herdou os traços do pai e os olhos castanho-chocolate da mãe.
Após cerca de três dias, Bella acorda para sua nova vida de vampira. Surpreendentemente, ela não sente a excessiva sede dos récem-nascidos, mas por precaução vai caçar com Edward para depois conhecer sua filha.
Reneesme tinha um crescimento muito acelerado e além disso, tinha o dom de transmitir pensamentos e lembranças através do toque, preferindo essa comunicação à fala.
Jacob, reconciliado com Bella, ajudou como pôde e logo que a filha dela nasceu, teve um imprinting com ela, ou seja, ligou-se a ela fortemente pela "magia" dos lobos que corre em sua veia. Num dia, caçando com Reneesme (ela se alimentava de sangue de animais, assim como sua família vampira), Irina, uma integrante do clã Denali, avista a criança e pensando ser uma imortal e movida pela raiva de lobisomens (seu "amante" Laurent foi morto por eles), delatou aos Volturi a existência de uma criança imortal, era terminantemente proibido transformar crianças em vampiros, por serem incontroláveis e ameaçarem o segredo da espécie.
Alice prevê a chegada dos Volturi, e após alertar sua família, parte secretamente para a América do Sul. Os Cullen começam a reunir o maior número de vampiros amigos que pudessem testemunhar que Reneesme era apenas meio-imortal. Assim, os Volturi chegam e se deparam com cerca de trinta vampiros e um bando de lobisomens.
Aro e sua guarda estava pronto para atacar e chegou até mesmo a ordenar que Jane e Alec utilizassem seus dons contra os inimigos, percebem então uma interferência que impede o efeito de seus poderes. Era Bella, que descobriu ter o poder de exteriorizar seu escudo mental contra ataques provenientes da mente de outros vampiros para proteger todos os seus aliados.
Logo após, Alice chega do Brasil com um rapaz que também é meio-imortal e atingiu o ápice de seu desenvolvimento e parou de crescer, sem nunca ter ameaçado o segredo da existência dos vampiros. Assim, os Volturi se vêem obrigados a partir, pois reconhecem a verdade.
Com o problema resolvido, Bella e Edward vão morar com Reneesme numa graciosa casa feita por sua família como presente, no meio de uma clareira. Bella aprende a expulsar momentaneamente o escudo de sua mente e permite a Edward que lesse seus pensamentos, e enfim, descobrir o tamanho incondicional que ela tem por ele.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Caridade.


Caridade é dar sem que pareça que se dá; mostrar-se como vencido ante quem pode menos.

Calar a própria dor e sentir a alheia.

Dar ou negar antes que se peça.

Não impedir o pranto a quem dele necessita; nem o riso ao que sente a necessidade de rir.

Não convencer o parvo de que o é.

Dizer em dez palavras o que outros diriam em cem.

Dirigir-se aos homens como se fossem meninos, ainda que não o pareçam.

Não falar mal do próximo, nem bem de si mesmo.

Deixar passar primeiro o mais pequeno, o mais insignificante, ou o mais ansioso. Deixar a cada um a ilusão que o sustém e o anima.

Difundir a certeza de que o real do ser é o invisível; de que a morte do Homem é ilusória; de que a redenção consiste no desenvolvimento da inteligência.

Não se queixar durante a caminhada e aguardar pacientemente que a noite nos cure.

Não limitar a caridade ao ambiente doméstico: é egoísmo. O espírito de sacrifício exige horizontes mais largos. O serviço prestado de modo altruísta é a pedra filosofal procurada pelos alquimistas.

Olhar a multidão sem desdém nem indiferença; não explorar a sua candidez nem a sua ignorância; prestar-lhe nobre ajuda para que possa melhorar a sua condição.

Conviver com os seres humanos e viver para eles, sabendo que até as pedras se desgastam com o atrito, e que há atrito também nos olhares e pensamentos.

Ater-se na Terra ao amor daqueles a quem não escutaremos, nem veremos, e que muito depressa nos esquecerão.

Constâncio C. Vigil.

O Cume Espiritual do Homem.


O essencial não está em ser poeta, nem artista, nem filósofo. O essencial é ter cada um de nós a dignidade do seu trabalho, a alegria do seu trabalho, a consciência do seu trabalho.

A determinação de fazer as coisas bem, o entusiasmo de sentir-se satisfeito, de querer somente o que é seu, é a recompensa dos fortes, dos que têm o coração robusto e o espírito límpido.

Dentro dos sagrados números da Natureza, nenhum trabalho bem feito vale menos, nenhum vale mais! Todos somos um tanto necessários e valiosos na marcha do mundo. O que constrói a torre e o que faz a cabana; o que tece os mantos imperiais e o que confecciona as vestes simples do humilde trabalhador; o que manufactura as sandálias de sedas imponderáveis e o que fabrica as rudes solas que defendem os pés do trabalhador rural, todos valem alguma coisa, porque todos estamos nivelados por essa força reguladora que reparte os dons e impulsiona as actividades.

Um grão de areia sustenta uma pirâmide e fá-la derrocar; um bocado de pão duro salva, ou pode destruir uma vida; uma gota de água faz murchar ou reverdecer um loureiro. Todos somos algo, representamos algo, fazemos viver algo, ansiamos por algo.

O que semeia o grão que sustenta o nosso corpo vale tanto como o que planta a semente que nutre o nosso espírito porque, nos dois trabalhos, há o transcendente, o nobre e o humano que faz dilatar a Vida. Talhar uma estátua, polir uma jóia, perceber um ritmo, animar um quadro, são coisas admiráveis. Tornar fecunda a herdade estéril e povoá-la com árvores e mananciais, ter um filho inteligente e belo, e logo poli-lo e amá-lo, ensinar-lhe a desnudar o seu coração e a viver em harmonia com o mundo, essas são coisas eternas!

Ninguém se envergonhe do seu trabalho, nem repudie a sua obra, se nela pôs o afecto diligente e o entusiasmo fecundo. Ninguém inveje seja a quem for, porque ninguém poderá oferecer-lhe o dom alheio nem retirar-lhe o seu próprio.

A inveja é o caruncho das madeiras velhas e apodrecidas e NUNCA DAS ÁRVORES SAUDÁVEIS.

Alargue e eleve cada um o que é seu; defenda-se e escude-se contra toda a má tentação. Deus dá-nos o pão nosso de cada dia, na satisfação do esforço legítimo nos oferece a actividade e o sossego. O triste, o mau, o daninho, é seco de alma; o que nega tudo é incapaz de admirar e de querer. O nocivo é o néscio, o imodesto, o parvo, o que nunca fez coisa alguma de valor, mas que sempre está pronto para conservar tudo e todos. O que nunca foi amado repudia o amor, mas o que trabalha, o que ganha o seu pão de cada dia e sabe nutrir a sua alegria, o justo, o nobre, o BOM, para esses sacudirá o porvir as suas ramagens cobertas de flores e de rocio, quer ele ande a escalar montes ou a cinzelar poemas. Ninguém deve sentir-se menos do que é! Ninguém maldiga seja a quem for! Ninguém desdenhe seja o que for! O cume espiritual do homem alcança-se com o regresso e o abraço das coisas humildes.

A Astrologia e os Imperadores Romanos.

Octávio (63 a.C.-14 d.C.), que mais tarde seria Augusto, o primeiro imperador romano, estava certa vez em sua vila Apolónia; sentia-se aborrecido porque não tinha inimigos a vencer e então resolveu consultar um astrólogo para se distrair bem como ao seu amigo Agripa.

Em obediência às ordens do grande imperador apresentou-se o celebre astrólogo Theagenes, o favorito das damas romanas. O astrólogo principiou por se referir a Agripa. Revelou-lhe um futuro cheio de maravilhas, felicidades, riquezas e triunfos.

"Então, nada sobra para mim – observou Octávio –, é inútil dar-vos a data do meu nascimento. Jamais poderei ser tão feliz como meu amigo".

O astrólogo insistiu com tal habilidade que o César, intrigado, resolveu dar-lhe a data do nascimento. Depois de alguma reflexão o astrólogo precipitou-se aos seus pés e adorou-o como o futuro senhor do universo e do Império. Octávio, cheio de alegria, espalhou por toda parte a boa nova do astrólogo e, quando a profecia se realizou e ele assumiu o poder supremo, ordenou que gravassem medalhas com os signos zodiacais e as figuras planetárias sob as quais ele havia nascido e que tanto o favoreceram para conquistar a glória.

Tibério foi a Rodes para aprender astrologia com um sábio famoso e nomeou astrólogo oficial o celebre Trasilo, de renome universal. Esse desconfiado imperador lançava mão da astúcia e dos conhecimentos da astrologia para conhecer o futuro alheio. Temendo os rivais e os traidores, mandava levantar o horóscopo dos personagens mais célebres, para ver o que neles havia de perigoso.

Assim, a astrologia era um dos seus meios de governar o Império e de conservar sua posição. Nero quis aprender a levantar horóscopos, mas desistiu por achar muito difícil; não conseguindo resultados pessoais, servia-se frequentemente do astrólogo Babilus. Sua mulher, a bela e encantadora Pompeia, vivia com o palácio cheio de astrólogos que consultava noite e dia.

Seguindo o seu exemplo as damas romanas consultavam os astrólogos a respeito dos seus amigos, suas doenças, suas frivolidades. Os satíricos da época ridicularizavam essa mania e consideravam perigosas as mulheres que consultavam a astrologia para desvendar os segredos alheios.

Certas patrícias, sob o aspecto dos astros, recusavam acompanhar seus maridos à guerra ou nas viagens; outras, doentes, não se alimentavam nem tornavam remédios senão nas horas governadas pela Lua. Outras ainda procuravam encontros amorosos, somente na hora em que Vénus se encontrasse em bom aspecto com o planeta que favorecesse o marido.

Os astrólogos da época, os mais reputados, vinham da Ásia e gozavam, junto das senhoras ricas romanas, da fama de Magos do Oriente. Eram chamados "Caldeus". As patrícias ricas tinham astrólogos particulares e consultavam-nos para tudo, mesmo nas circunstâncias mais fúteis da vida. Um romano daqueles tempos não faria uma viagem, mesmo para almoçar fora da cidade, sem saber, por intermédio do seu astrólogo, qual a hora favorável para a partida, se o almoço seria bom, se as lampreias estariam saborosas ou não, e se o vinho de Falerno seria abundante, delicioso e fresco. As damas romanas usavam e abusavam do astrólogo: era uma espécie de móvel favorito, o complemento do vestiário, o objecto de adorno, a avis rara, o porta-felicidade, enfim, um deus mais forte e venerado do que Júpiter Olímpico.

Os sucessores de Augusto também consultavam os astrólogos, mas estes não tiveram o mesmo espírito e habilidade que o famoso Theagenes soube demonstrar perante Octávio; limitaram-se a dizer toda a verdade, embora nua e crua, revelada pelos astros. Isto custou-lhes a liberdade e até a vida. Segundo Juvenal, há um meio de se fazer conhecido e aumentar o renome. Não há nada de novo sob o sol, "nil novi sub sole": é o que se dá ainda com os políticos e a maior parte dos astrólogos.

Para se atingir o brilhante sol da glória é necessário que se fique na sombra. O grande satírico latino dí-lo com inimitável malícia: "Um astrólogo, nos nossos tempos, não terá fama enquanto não for acorrentado e não tiver dormido nas palhas das prisões... Se tu não tiveres sofrido condenação, ó caldeu, ó adivinho, ó astrólogo, ó feiticeiro, não passarás de um homem vulgar; mas se já escapaste da pena de morte, ou se, por um favor insigne, o édito de César te condenou ao exílio nas ilhas Cíclades (...) as damas romanas e as patrícias ficarão loucas por ti; haverá brigas e, onde fores, oferecer-te-ão refeições e bebidas que te arredondarão a pança." (Juvenal – Sátira VI).

Examinemos os outros césares. O guloso Vitélio (15-69 d.C.) detestava os astrólogos; chegou a publicar um édito para os expulsar de Roma. Os astrólogos, então, predisseram que o César sairia deste mundo antes que eles saíssem da cidade; isto aconteceu, de facto, pois, antes do fim do ano, César foi assassinado.

Vespasiano também os perseguia; entretanto, não desprezava as predições do celebre Babilus e recorria sempre aos horóscopos.

O amor às ciências ocultas e, em particular, à astrologia, custou caro a Septímio Severo. Tinha perdido a esposa e, desejando casar-se novamente, mandou levantar os horóscopos das jovens mais dotadas de beleza e, sobretudo, das mais ricas. Os temas natais indicaram-lhe que nenhuma das raparigas em questão possuía a fortuna que desejava. Todavia, um astrólogo informou-o que havia, na Síria, uma linda jovem a quem os astros lhe reservavam um rei como esposo. Severo ainda era um simples general, mas apressou-se em pedir a mão da jovem, tão favorecida pela sorte. O pedido foi aceite. Mas, uma duvida surgiu no espírito do general. Se a jovem fosse um dia coroada, participaria ele, Severo, dessa coroação, teria ele sucesso? Cruel angústia! Somente um astrólogo poderia solucionar a dúvida e Septímio, sabendo que na Sicília havia um sábio de renome, para lá se dirigiu. Mas o império romano estava a ser governado pelo louco e feroz Cómodo (161-192 d.C.). Este, sabendo que o seu general seria um dia o seu sucessor, resolveu mandar cortar-lhe a cabeça. Felizmente, Cómodo foi estrangulado antes disso. Um astrólogo já havia prevenido Septímio Severo e dito que ele e Júlia, sua esposa, ocupariam o seu lugar no trono dos Césares.

Como se vê, a astrologia não é uma ciência vaga e exige muito cuidado, trabalho e intuição para que se possa ler e dizer exactamente o que se acha anunciado pelos astros.
M. L.Rev Rosacrus. nº 368 - Jun / 2003.

A Aparência e a Essência.


Em situações de crise há duas saídas que se oferecem ao nosso caminho: a porta de emergência e o alçapão.

Saídos de um ciclo de sofrimento, somos dominados pela ansiedade, pela fome de envolvimento emocional profundo, pela necessidade de protecção e de compreensão, pelo desejo de viver novas experiências, por isso, optamos quase sempre pela primeira que nos devolve rapidamente ao mundo concreto com novos desafios que nos mantêm à tona das coisas, embora anestesiados e confusos.

O alçapão é pesado e difícil de levantar. Abre-se lentamente para o mundo subterrâneo, activo, fértil, porém, desconhecido; é o território da psique e do sagrado que em nós habita. Escada íngreme e solitária que se vai iluminando à medida que empreendemos a lenta tarefa de restaurar o que em nós está esquecido, mutilado, perdido. Convida-nos a resgatar a nossa essência, ao auto-conhecimento, a viver o que valorizamos, a rejeitar o que está desadequado ao novo tempo, à cura, ao perdão, à expansão da consciência, enfim, conduz-nos ao ciclo da maturidade.

A primeira porta devolve-nos à aparência, a segunda conduz-nos à essência. A primeira mascara e confunde com a energia breve e intensa das novas emoções, que nos mantém activos e expectantes, as reais necessidades do nosso ser. A essência permite o reencontro com a nossa verdadeira natureza íntima e sagrada que nos devolve um sentido à nossa existência.

Se vives o tempo da encruzilhada, estás a ser convidado a escolher entre a aparência e a essência. Aconselha-te com o silêncio e na oração, mas não te demores. "O mestre abandona o discípulo que hesita".
Em situações de crise há duas saídas que se oferecem ao nosso caminho: a porta de emergência e o alçapão.

Saídos de um ciclo de sofrimento, somos dominados pela ansiedade, pela fome de envolvimento emocional profundo, pela necessidade de protecção e de compreensão, pelo desejo de viver novas experiências, por isso, optamos quase sempre pela primeira que nos devolve rapidamente ao mundo concreto com novos desafios que nos mantêm à tona das coisas, embora anestesiados e confusos.

O alçapão é pesado e difícil de levantar. Abre-se lentamente para o mundo subterrâneo, activo, fértil, porém, desconhecido; é o território da psique e do sagrado que em nós habita. Escada íngreme e solitária que se vai iluminando à medida que empreendemos a lenta tarefa de restaurar o que em nós está esquecido, mutilado, perdido. Convida-nos a resgatar a nossa essência, ao auto-conhecimento, a viver o que valorizamos, a rejeitar o que está desadequado ao novo tempo, à cura, ao perdão, à expansão da consciência, enfim, conduz-nos ao ciclo da maturidade.

A primeira porta devolve-nos à aparência, a segunda conduz-nos à essência. A primeira mascara e confunde com a energia breve e intensa das novas emoções, que nos mantém activos e expectantes, as reais necessidades do nosso ser. A essência permite o reencontro com a nossa verdadeira natureza íntima e sagrada que nos devolve um sentido à nossa existência.

Se vives o tempo da encruzilhada, estás a ser convidado a escolher entre a aparência e a essência. Aconselha-te com o silêncio e na oração, mas não te demores. "O mestre abandona o discípulo que hesita".Maria Coriel.

Escutando o Rio a Fluir...


Há tempos que são de espera. Nada nos pedem. Nada nos querem dizer. Nada acontece de novo. Desconcertante. Fomos educados para produzir. Fazer muitas coisas. Queremos mudar. Experimentar emoções diferentes.

A casa do silêncio é ampla. Sentimo-nos sós. Perdidos. Forçamos o tempo. Distraímo-nos. Ocupamo-nos. Apressamo-nos a ir para algum lado. O tempo responde-nos com o silêncio. Porque há tempos que são de escuta. De imobilidade. Voltamos, de novo, ao ponto de partida.

A cada um o tempo de espera ensina coisas diversas, mas a todos deixa os mesmos recados: aprender a estar imóvel; nem tudo depende inteiramente de nós.

Se estás nesse tempo, senta-te e escuta o rio que flui. Não para ouvir o que ele tem para te dizer, mas para escutares o que a tua alma tem para lhe contar.

Nesse momento, desenhar-se-á um novo tempo. Conciliador. Entre o que aprendeste sobre ti e o que o mundo te preparou.

No tempo fértil, serás, então, convidado a sair da casa do silêncio e a desenhar novos gestos no dia claro.
Maria Coriel.

As Palavras sem Rosto.


Sinto que há certas coisas que nunca poderão ficar claras;
não há palavras adequadas para elas; contudo, essas coisas existem.

Krishnamurti.

Há coisas que pertencem ao reino da alma, lá, onde moram as coisas indizíveis, as que sentimos como verdadeiras e eternas.

As palavras foram inventadas para nomear as coisas concretas; o visível torna-se dizível, portanto. Mas outras há para as quais as palavras ficam sempre aquém. Se os sentidos ao menos pudessem ver-lhes a substância, provavelmente torná-las-iam dizíveis, explicáveis, sossegando a alma inquieta. Também escapam à razão que não consegue capturá-las, esquadrinhá-las, estudá-las, dar-lhes uma identidade.

Depois de tentar infrutiferamente traduzir o indizível, aprendemos que nunca conseguiremos nomeá-lo com precisão. Ele não existe para ser pensado, mas para ser sentido.

Ana M. Martins

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

RÉQUIEM.


Não pensem que dormito além dessas estrelas...
Tudo mudou de cor, de forma, já não sinto medo.
Continuo a viagem em busca de tantos mistérios...
Deixo pra trás a dor, a ansiedade e o degredo.
Vôo livremente agora pelo espaço; e o invólucro,
Que prendia minhalma, me mantendo encasulado,
Se rompe... me dá ciência de que valeu a pena,
Ter mantido a fé para que eu fosse libertado!

Todos os dogmas que se lavraram em mim,
Se afiançam agora, como verdade absoluta,
Quando me prostro aos pés do Pai Onipotente,
Que me acolhe, que me abriga, que me escuta.
Reencontro irmãos que me foram tão queridos...
Quem imagina que a morte é o fim, comete engano...

A vida nos lapida, nos prepara para essa partida,
Novos patamares nos elevam pra mudar de plano.
Pelas lições Divinas que sempre me guiaram,
Pra não errar o caminho em direção à luz,
Me dão a certeza de que fiz tudo certo,
E meu prêmio agora é o encontro com Jesus!
Mírian Warttusch.