segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Avatar.2009.James Cameron.
Promessa é dívida e James Cameron, graças a Deus, sabe disso. Há anos o cineasta vem anunciando aos quatro ventos que seu novo filme seria uma revolução incrível e que depois dele, o cinema nunca mais seria o mesmo. Quem acreditou – eu, por exemplo – criou uma expectativa que foi crescendo quanto mais a estreia do filme se aproximava. Admito que foi bem perigoso adotar essa posição. Afinal, estamos falando do cara que subiu no palco do Oscar e disse que era o rei do mundo, portanto tudo isso poderia ser só papo de diretor empolgado. Por outro lado, se darmos uma olhada na filmografia de Cameron… Em toda a sua carreira, ele só fez verdadeiros espetáculos visuais, sempre deixando sua marca na história do cinema.
Pois é preciso de apenas meia hora para percebermos que não havia exagero algum: Por tantos anos, usaram o 3D como uma simples alternativa, um “enfeite” para chamar o público para o cinema. Agora, James Cameron finalmente muda tudo isso: Avatar usa a terceira dimensão para contar uma história, para nos inserir no mundo incrível que ele mesmo criou. E já que estamos falando dele…
Pandora cria uma confusão na nossa cabeça. Em vários momentos simplesmente parecia mais plausível acreditar que Cameron foi mesmo para um planeta desconhecido fazer o filme, tamanha a riqueza de detalhes que os ambientes mostrados apresentam. E não é apenas isso, afinal, poderia ter um monte de detalhes e ser em 3D, mas ainda assim não acreditaríamos que aquilo podia existir.
No entanto, Pandora tem vida. Vemos animais passando pelas árvores, insetos voando, gotas de orvalho nas folhas pela manhã… Durante a noite então, o planeta é um espetáculo a parte: todas as plantas e árvores exibem luzes azuladas e esverdeadas, deixando as florestas com um visual espetacular. E o fato de nos sentirmos dentro desse ambiente dá um gostinho todo especial a esses detalhes, nos deixando meio frustrados sempre que o filme sai do planeta para mostrar a ação acontecendo na nave.
Apresentados ao lugar, é a hora de conhecermos o povo que habita nele. E o que dizer dos Na’Vi? Não vou desmerecer nenhuma produção anterior que usou captura de movimentos, até porque o que foi feito em Avatar foi outro aperfeiçoamento criado especialmente pro filme. Mas são seres digitais absolutamente perfeitos.
Todas as limitações que envolviam esse tipo de técnica são resolvidos: a pele absurdamente lisa, os olhos inexpressivos e os pequenos detalhes que só uma atuação realmente “humana” pode mostrar, não são problemas aqui. Ainda não tive a chance de ver em IMAX – o que pretendo fazer em breve – mas mesmo num cinema 3D convencional é possível ver coisas como poros e saliências na pele dos Na’Vi. Os olhos, são enormes e vivos e é possível ver cada leve movimento de corpo, olhar torto ou aceno. O elenco que empresta voz e movimentos para os seres alienígenas não aparecem como meros modelos de corpo. Todos entregam uma atuação excepcional. Sam Worthington (que esse ano também foi visto em Exterminador do Futuro 4) aparece cheio de carisma no seu avatar – enquanto na forma humana ele só vai crescendo durante o filme – e Sigourney Weaver está excelente como a cientista Grace. Nem é preciso dizer que a fidelidade com que os rostos desses atores são representados nos seus respectivos avatares é assustadora.
Não são só eles que merecem destaque. Michelle Rodriguez está ótima, apesar de parecer uma atriz fadada a fazer o papel de mulher durona… pelo menos ela é boa nisso. Stephen Lang é uma das melhores coisas do filme como Quadritch, um vilão clássico, aquele brutamontes durão que está pouco se lixando para sentimentos e cultura, só quer cumprir sua missão. É desde já um dos grandes vilões do cinema atual, tão odioso que ficamos ansiosos para ver a hora que ele vai se dar mal.
Não podemos esquecer da melhor atuação do filme: Zoe Saldaña (Star Trek) está maravilhosa como Neytiri, numa atuação complexa e desafiadora para a atriz, considerando que a personagem tem uma enorme expressividade e várias explosões emocionais durante o longa. Além de ser difícil pra ela, leva ao limite a tecnologia para desenvolver a Na’Vi, afinal, precisamos acreditar quando ela se emociona ou se enfurece com Jake.
Grandes momentos do filme acontecem quando Cameron resolve desafiar a capacidade da tecnologia que criou. Como na cena em que Jake corre no corpo de seu avatar pela primeira vez, afundando os pés na terra e depois mordendo uma fruta. Ou nos momentos finais, em que Na’Vi e humano interagem e uma lágrima cai dos olhos do alienígena, nos deixando simplesmente embasbacados com tamanha perfeição dos efeitos visuais.
Nem é preciso comentar que todo o resto da parte técnica se beneficia dessa tecnologia fantástica. A fotografia é belíssima e algumas sequências, como o voo nos banshees de Jake e Neytiri já figuram na lista de grandes cenas dessa década. Isso sem contar, mais uma vez, os detalhes, como os raios de sol batendo nas copas das árvores e nas folhas. novamente, dá pra duvidar que isso tudo foi mesmo criado por computador. E a trilha sonora de James Horner é maravilhosa e pontual, aparecendo sempre nos grandes momentos do filme, o que ajuda a tornar diversas cenas memoráveis.
Chegamos ao ponto de Avatar que vem sendo tão discutido pelos críticos: o roteiro. Quem conhece James Cameron sabe que, apesar de criar histórias emocionantes e conduzi-las como ninguém, ele não é exatamente um primor na hora de criar díalogos e ainda usa vários argumentos meio batidos.
Há quanto tempo não temos um filme com uma história tão sincera e que consiga envolver de um jeito tão incrível? Porque o envolvimento com o filme não depende só dos efeitos – dá pra fazer uma lista de filmes 3D que são ruins mesmo com bons efeitos – mas também dos personagens, da narrativa… e nisso Avatar acerta em cheio. Há momentos extremamente prevísiveis, claro – toda a mudança pelo qual o protagonista passa e a “surpresa” no terceiro ato. Avatar nos dá uma sensação irônica: diante de todo o deslumbre visual e inovação tecnológica, sentimos um ar nostálgico durante o filme.
Talvez seja pelo fato da história ter sido desenvolvida por Cameron nos anos 90 ou por ter um clima de aventura contagiante do jeito que só filmes como Indiana Jones, Star Wars ou De Volta para o Futuro tinham. Mas, mais do que tudo isso, Avatar dá uma sensação de nostalgia por um motivo que até o aproxima mais dos três filmes citados: tal como as florestas e os personagens, a paixão de James Cameron pelo mundo que criou salta a tela.
Direção é cuidadosa, mostra o carinho que ele tem pelo filme e pelos espectadores. A sequência de guerra no clímax do filme é um exemplo de como fazer uma cena de ação – a filmografia do diretor é repleta desses “exemplos”: tem algo acontecendo em todos os lugares e Cameron consegue mostrar tudo de forma clara e precisa – vale ressaltar o trabalho de edição do filme aqui, excelente – sem fazer centenas de cortes por segundo, o que tornaria o filme confuso, estúpido e bagunçado – vide… qualquer filme do Michael Bay – nunca nos confundindo e sempre nos convidando a fazer parte daquilo.
Avatar é um filme que faz qualquer um lembrar porque o cinema é tão fascinante.Wikepédia.
A última Tentação de Cristo.
Todos sabem dos Evangelhos que relatam os aspectos da sua vida, de seus ensinamentos e o que foi legado para o seu mito. O mito de Jesus Cristo. Manifestação terrena de Deus. O Filho de Deus e Messias para o Mundo. Nascido de uma mulher, uma virgem, agraciada com a geração daquele que foi destinado a redimir os pecados de todos. E que morreu crucificado, sofrendo toda sorte de iniqüidades, mas servindo de exemplo e modelo para uma das mais influentes e duradouras crenças que o planeta já teve.
Nikos Kazantzakis, escritor grego e cristão ortodoxo, autor do livro “A Última Tentação de Cristo”, embora movido por sua fé e devoção inabaláveis aos preceitos regidos pela religião, sempre acalentou uma curiosidade a respeito de um Jesus Cristo diferente. Não aquela personalidade bíblica, como uma entidade à parte da humanidade, não como um profeta, nem como santo ou Deus vivo. Mas como uma pessoa de carne e osso, como alguém passível de dúvida e medo, de aflições existenciais, de conflitos e contradições condizentes com as de qualquer homem comum.
Nascido numa Palestina irresoluta e tolhida de sua soberania religiosa e cultural, com um povo submetido ao jugo romano e impedido de ir e vir, Jesus foi reflexo deste mesmo povo, que sofreu e padeceu da falta de autoconfiança e até mesmo de coerência em suas atitudes. E diferente do que a Bíblia mostra, sua força, sua coragem e sua determinação, tão celebradas no Cristo que conhecemos, não foram características imanentes neste Jesus como pessoa, mas conseguidas ao longo de sua jornada em busca de autoconhecimento.
Jesus teria sido um homem normal, de origem simples, mas com um destino grandioso, traçado pelas escrituras e pela necessidade de um povo que, em sua época, cultivava crenças recalcitrantes em busca de redenção e de liberdade. Homem humilde e de pouca instrução, senão por seu ofício medíocre de carpinteiro, Jesus sempre temeu por seu futuro, vendo-o se bifurcar entre a sua realização como ser humano e o cumprimento das profecias que seus antepassados predisseram. Profecias que conclamavam sua participação, lhe perseguindo e lhe vigiando os passos e faziam-se presentes, inclusive, em seus mais profundos pensamentos. Esse era futuro obscuro que lhe espreitava, cobrando um alto preço para acontecer – o de uma simples escolha.
Porém ninguém escolhe ser o Messias. Esse título, que significa “iluminado”, é uma alcunha um tanto vaga, mas cheia de significados, principalmente para o mundo em que Jesus vivia. Onde um povo subjugado acreditava desesperadamente nas sagradas escrituras e nos seus profetas, que diziam que o tempo de seu sofrimento findaria quando surgisse aquele que os lideraria para a revolução e para sua tão sonhada libertação. Mas essas profecias nada falavam de como seria essa revolução e como viria essa libertação. Elas não davam escolha alguma a não ser crer num ser mais que humano, que soubesse fazer as escolhas certas para todos. O destino de muitos nunca deveria depender de um só homem...
Jesus teria que aceitar o fardo de ter um futuro grandioso. Uma cruz pesada demais para qualquer um, pois requeria uma escolha difícil, solitária e sofrida. Fonte de todo medo e angústia, por justamente consistir em ter de negar, com todas as forças, o que lhe definia como um ser humano. Deixar de seguir somente seus interesses e suas vontades, de atender aos seus sentimentos e desejos, não se permitindo mais ter uma vida normal ao escolher seguir uma voz interior que nunca lhe dava todas as respostas que procurava. Mas que lhe mostrou como despertar para as necessidades do mundo como um só e com uma só vontade – ser livre.
Ser o Messias não foi uma escolha, mas lhe constituiu uma renúncia capital – esquecer de sua vida como homem e abraçar o seu mito como Salvador. E como tal, era necessário conhecer todas as vicissitudes da humanidade, seus percalços e defeitos mais graves, e mais crônicos. Esse foi o maior mérito de Jesus, e a sua maior tentação. Não foi o de ter sido o maior dos profetas, nem o Rei dos reis (Rex Mundi), nem o mais justo dos justos, e tampouco ter sido o “Filho de Deus”. Mas foi, na qualidade de “Filho do Homem”, uma pessoa humilde, capaz de saborear o desejo mais mundano, conhecer o pecado mais vil e sentir o medo mais desalentador lhe violar a própria carne. E ainda assim, alcançar a maior de todas as glórias - a superação de seus próprios defeitos.
Para ser alguém com um caráter íntegro e ser uma pessoa digna, é preciso aprender a deixar de ser mesquinho e falho, e isso sempre foi um trabalho árduo. É preciso maturidade emocional para equilibrar o dualismo maniqueísta que existe na natureza humana. Pois ser humano é, antes de tudo, servir de palco para uma batalha interna entre o bem e o mal. É ser, ao mesmo tempo, capaz de coisas justas e de outras até bem malignas. É estar, constantemente, submetido à vontades e desejos nem sempre puros e nobres. É ter de sempre estar fazendo escolhas e, principalmente, saber se elas farão realmente a diferença.
Jesus sonhou o mesmo que todo homem comum anseia, e descobriu assim que todas as limitações e todas as fraquezas podem ser dominadas, superadas, e inclusive suplantadas. Pois somente aquele que tem consciência de como é ser fraco, pode exprimir força verdadeira. Somente aquele que vivencia a dúvida pode despertar uma certeza mais profunda. Somente quem teme e assume seus medos, tem condições de desenvolver uma coragem duradoura. E somente quem conhece os efeitos da traição mais torpe e violenta, pode ser um redentor. E somente pode ser um redentor, aquele quem primeiro redime à si mesmo.
"Conheça a ti mesmo.”Do livro.A última tentação de cristo.Nikos Kazantzakis.
Resumo do livro - "O Código da Vinci"
A “verdade” sobre Jesus, a Igreja e o Priorado de Sião.
Este primeiro capítulo reproduz as afirmações dos dois personagens Robert Langdon e Leigh Teabing, apresentados como especialistas em história da Igreja, em matéria de sociedades secretas e de simbolismos religioso. Numa nota preliminar Dan Brown dá a entender que o livro não se trata de uma pura invenção romanceada mas sim de factos historicamente aceites: “todas as descrições de […] documentos […] neste romance são exactas.” – A ciência séria demonstra, pelo contrário, que as elucubrações de Brown têm pouco a ver com a realidade. Por exemplo os documentos relativos ao Priorado de Sião (“Dossiers secrets”), sobre os quais ele se fundamenta: foi já provado que se trata de falsificações fabricadas em 1967. E do mesmo modo as citações que Brown faz dos evangelhos apócrifos não são de molde a validar as suas teorias.
Quase tudo aquilo que até agora nos contaram sobre Jesus é falso. Jesus não era Deus mas um simples homem. Não era solteiro mas sim casado com Maria Madalena. Era a sua preferida, acima de todos os apóstolos, e queria confiar-lhe a Igreja depois da sua morte. Deste modo queria devolver ao “sagrado feminino” o seu lugar na religião. Ele foi, por assim dizer, o primeiro feminista. As fontes destes factos são evangelhos perdidos e reencontrados no século vinte em Qumran e Nag Hammadi.
Mas o apóstolo Pedro opôs-se à vontade de Jesus. Após a morte dele na cruz afastou Maria Madalena e usurpou o poder. Ela, grávida de Jesus, pôs-se em fuga com a ajuda de José de Arimateia e estabeleceu-se em França. E lá deu à luz uma filha, primeira duma linha nunca interrompida.
A Igreja fez tudo o que estava ao seu alcance para ocultar tal verdade. “Abafou o “sagrado feminino” e fez de Maria Madalena uma prostituta. A Idade Média conheceu o apogeu desta campanha: cinco milhões de mulheres, pelo menos, foram queimadas sob a acusação de bruxaria.
No ano 325 o imperador romano Constantino o Grande (280-337) convocou o concílio de Niceia e fez votar, pelos bispos reunidos, a divindade de Jesus, contra as convicções do povo cristão até então. Para sustentar esta doutrina fez editar uma nova Bíblia: de entre os 80 evangelhos em uso ao tempo escolheu os quatro em que Cristo aparecia como Deus, mesmo obrigando, se necessário, a rescrever certas passagens. Todos os outros textos nos quais se abordava a humanidade de Jesus e as suas relações privilegiadas com Maria Madalena foram desprezadas, confiscadas e, finalmente, queimadas. Apesar de tudo alguns exemplares desses textos chegaram até nós: entre outros, os evangelhos apócrifos de Filipe e de Tomé.
Os descendentes de Jesus e de Maria Madalena ficaram-lhes secretamente fiéis. Veneraram o “sagrado feminino” sobretudo sob a forma de rituais celebrando a fertilidade. No século V originaram a dinastia dos Merovíngios que chegou a ocupar o trono real dos francos. Foram perseguidos pela Igreja que matou muitos deles com a ajuda dos Carolíngios. Estes últimos puderam então apropriar-se do trono franco.
A descendentes, o cruzado Godefroid de Bouillon, conhecia o “segredo de família”. Para evitar que este segredo pudesse perder-se por sua morte fundou, em 1099, na Jerusalém reconquistada, a ordem do Priorado de Sião. Esta irmandade secreta deveria velar pela protecção da descendência, bem como pela transmissão do segredo de geração em geração. Sob pretexto de proteger os peregrinos de Jerusalém o Priorado, por sua vez, fundou um braço militar: os Cavaleiros do Templo, ou Templários. Estes encontraram nas ruínas do Templo de Salomão, em Jerusalém, documentos de conteúdo extremamente comprometedor para a Igreja. A posse desses documentos permitiu que, em tempo recorde, se encontrassem com uma imensa fortuna, e por isso beneficiassem de um poder muito amplo. A Igreja decidiu então suprimi-los. Em 1312 o Papa Clemente V, numa operação sabiamente orquestrada, mandou prender todos os Templários. Foram torturados para os obrigar a confessar a prática de delitos como o satanismo, a sodomia, a blasfémia. Deste modo puderam ser condenados e queimados como heréticos. O Papa mandou espalhar as suas cinzas no Tibre. Mas os documentos escaparam-lhe.
Apesar destas gravíssimas perseguições o Priorado de Sião conseguiu salvaguardar o segredo ao longo dos séculos. Os seus Grão-mestres foram muitas vezes personalidades célebres da cultura, entre os quais Sandro Botticelli, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Victor Hugo, Claude Debussy e Jean Cocteau. A lista consta de velhos pergaminhos, os “Dossiers secrets” descobertos em 1975 na Bibliothéque Nationale de França. Certos membros do Priorado ousaram também fazer alusões veladas ao “segredo”. Em particular Leonardo da Vinci deixou-nos indícios desses nas suas pinturas e nos seus textos (o “Código Da Vinci”).
Ao longo da História o Priorado ocupou-se de transportar os restos mortais de Maria Madalena dum túmulo para outro, para os esconder perante a Igreja. Só os quatro membros de nível mais elevado sabiam, e sabem, onde eles se encontram, e conhecem o local onde está escondida a “chave da abóboda”: numa caixita com fechadura de segredo que contém a indicação do lugar do túmulo.
O verdadeiro Graal desde sempre procurado no passado não é o cálice utilizado por Jesus no cenáculo, e no qual José de Arimateia teria depois recolhido o seu sangue, mas a própria Maria Madalena e os seus descendentes, em cujas veias continua a correr o “sangue real”, o sangue real de Jesus. De facto a palavra Santo Graal deriva de “sangue real” e só muito mais tarde veio a designar o Santo Cálice.
A ação do romance, especialmente no que toca ao Opus Dei.
Também aqui a acção do romance se ordena cronologicamente. Para um leitor é, em geral, evidente que os personagens e as suas aventuras são inventadas. No entanto Dan Brown assegura que tudo vem fielmente reproduzido a partir da realidade, tanto as obras de arte como os documentos, sobretudo os de Leonardo da Vinci. Os especialistas nestas matérias teceram-lhe violentas críticas a este respeito. No preâmbulo escreve: “A prelatura vaticana conhecida sob o nome de Opus Dei é uma seita católica profundamente piedosa, que ultimamente tem sido objecto de controvérsia por causa de acusações de lavagem de cérebros e de uma prática perigosa chamada mortificação corporal. Nos agradecimentos menciona conversas com três membros actuais e dois antigos membros. No entanto nenhum membro do Opus Dei declara ter sido contactado pelo autor. De facto a “prelatura vaticana” chamada “Opus Dei” no “Código da Vinci” é uma realidade completamente diferente da verdadeira Prelatura pessoal do Opus Dei.
O Priorado de Sião não quer de modo algum ver o seu segredo exposto em público. Mas Leigh Teabing, um sábio britânico que passa por ser o melhor conhecedor externo do Priorado, não é dessa opinião: é nesta altura, final da era do peixe e início da do aquário (a “new age”), que se tem de pôr a nú a mentira e os métodos criminosos da Igreja e fazê-la ruir. Acusa o Priorado de cobardia. Na verdade, o Grão-mestre do Priorado, Jacques Saunière, receia uma perseguição por parte da Igreja, uma vez que a sua mulher e o seu filho morrem num misterioso acidente de automóvel, no qual ele vê uma tentativa de intimidação.
Teabing, que tem uma faustosa propriedade nos arredores de Versailles, pôs o Priorado e a Igreja sob escuta utilizando os métodos mais modernos. E forja um plano para se apoderar da “chave da abóboda”. Para esse fim aproveita-se duma situação desesperada em que caiu a “Prelatura pessoal conservadora do Vaticano”.
O Opus Dei é descrito como uma ordem tradicionalista e sectária, rica e poderosa. Os seus membros celibatários são frades vestidos de burel e praticando penitências sangrentas. Passam a maior parte do seu tempo a murmurar preces nos seus quartos. Os seus “métodos de recrutamento” são agressivos. Por exemplo, alguns membros jovens, dois meses atrás, drogaram outros jovens para os levar a tornar-se membros. Consta que um membro terá usado o cilício mais tempo do que previsto e terá por muito pouco escapado de morrer de septicemia. Também corre a história de que um banqueiro terá feito doação de todos os seus bens ao Opus Dei antes de suicidar-se. O Opus Dei tem “uma visão, no melhor dos casos, medieval da mulher”. As mulheres numerárias, por exemplo, são obrigadas a limpar as casas dos homens sem serem pagas. Em 1982 o Opus Dei foi erigido “Prelatura pessoal do papa”, em recompensa dos seus serviços para pagar a dívida do Banco do Vaticano – menciona-se o número de um bilião de dólares – salvando-o assim duma falência inevitável.
Entretanto chegou à cabeça do Vaticano um papa muito liberal que vê com maus olhos o Opus Dei numa Igreja moderna e decide afastá-lo. Dá ao bispo do Opus Dei, Aringarosa, num prazo de seis meses para aceitar a medida e separar-se por sua própria iniciativa.
Mas a Teabing chegam-lhe os rumores. Fingindo-se um piedoso “mestre” que se preocupa pela Igreja e pelo Opus Dei, e falando inglês com sotaque francês, contacta Aringarosa pelo telefone e promete-lhe, contra o pagamento da módica quantia de 20 milhões de euros, conduzi-lo à posse do segredo do Priorado. Uma coisa destas tornaria o Opus Dei tão poderoso que o Vaticano nunca mais se atreveria a afrontá-lo.
Aringarosa aceita a proposta. Para realizar a transacção põe à disposição de Teabing um numerário chamado Silas, um albino que, na sua juventude, em França, se havida tornado assassino e acabara numa prisão em Andorra. Tendo-se evadido graças a um terramoto, passou-se para Espanha. Fora recolhido às portas da morte por Aringarosa, que o teria tratado, convertido e feito entrar no Opus Dei.
Por indicação do “mestre” Silas, mata nessa mesma noite os quatro detentores do segredo do Priorado. Antes de morrer cada uma das vítimas faz-lhe a mesma revelação: a “chave da abóboda” está na igreja de Saint-Sulpice, em Paris. Silas vai para lá de imediato mas cedo acaba por perceber que o fora mandado a numa pista falsa. Reparando que a guarda da igreja, uma religiosa, estava em contacto com o Priorado, elimina-a. Para reparar estes crimes horrorosos mortifica-se até sangrar apesar de, numa curiosa lógica, estar convencido de já estar perdoado, uma vez que os seus crimes servem uma causa santa: a defesa da Igreja e da “Obra de Deus” contra os seus inimigos.
Jacques Saunière, Grão Mestre do Priorado e conservador do Museu do Louvre foi o último guarda do segredo que Silas trucidou, ao caso no meio do famoso museu. Por um capricho do destino Silas abandona-o antes que ele tivesse expirado. Deste modo ainda teve tempo de deixar uma série de indícios em cifra sobre o segredo. Os destinatários são Robert Langdon, professor de simbologia em Harvard, com o qual havia tido um encontro naquele mesmo dia, e a sua neta Sophie Neveu, criptóloga na polícia criminal.
Langdon e Neveu chegam ao local do crime, encontram as indicações e começam a seguir a pista que os leva de indício em indício. Ao mesmo tempo também têm de fugir da polícia, que os considera suspeitos. Encontram a “chave” num cofre dum banco suíço em Paris. Para decifrar a mensagem que lá encontram, Langdon vai a casa do seu colega Teabing, em Versailles, para lhe pedir ajuda. Este informa Sophie sobre o Priorado e o seu segredo. Silas, que, por indicação do “mestre” vai no encalço dos dois, é preso e amarrado pelo mordomo de Teabing.
Teabing, Langdon e Neveu descobrem que há uma segunda “chave” escondida numa igreja de Londres. Metendo-se no jacto privado de Teabing chegam a Londres ao romper do dia seguinte. Uma vez encontrada a “chave” Teabing deixa cair a máscara: de arma em punho exige que Langdon lha entregue. Mas com um truque Langdon consegue inverter os papéis.
Entretanto, graças a uma confissão de Aringarosa, a polícia consegue localizar Silas num centro do Opus Dei em Londres. No momento de ser preso Silas dispara desastradamente sobre o seu próprio bispo ao mesmo tempo que é atingido pela bala de um polícial e morre. A polícia prende depois também Teabing.
A mensagem contida na segunda “chave” conduz Langdon e Sophie a uma igreja dos Templários na Escócia. E ali Sofia encontra, com a emoção que se pode imaginar, o seu irmão e a sua avó que ela julgava que havia morrido no acidente de automóvel. E acaba por perceber que ela própria é a última dos descendentes de Jesus.
De regresso ao túmulo de Maria Madalena está exactamente por baixo da famosa pirâmide do Louvre, mandada construir pelo presidente Mitterrand que tivera a fama de frequentar os meios esotéricos. Caído de joelhos ao lado do túmulo, Langdon julga ouvir uma voz de mulher: a própria Sabedoria que lhe falava do fundo dos tempos.
A “verdade” sobre Jesus, a Igreja e o Priorado de Sião.
Este primeiro capítulo reproduz as afirmações dos dois personagens Robert Langdon e Leigh Teabing, apresentados como especialistas em história da Igreja, em matéria de sociedades secretas e de simbolismos religioso. Numa nota preliminar Dan Brown dá a entender que o livro não se trata de uma pura invenção romanceada mas sim de factos historicamente aceites: “todas as descrições de […] documentos […] neste romance são exactas.” – A ciência séria demonstra, pelo contrário, que as elucubrações de Brown têm pouco a ver com a realidade. Por exemplo os documentos relativos ao Priorado de Sião (“Dossiers secrets”), sobre os quais ele se fundamenta: foi já provado que se trata de falsificações fabricadas em 1967. E do mesmo modo as citações que Brown faz dos evangelhos apócrifos não são de molde a validar as suas teorias.
Quase tudo aquilo que até agora nos contaram sobre Jesus é falso. Jesus não era Deus mas um simples homem. Não era solteiro mas sim casado com Maria Madalena. Era a sua preferida, acima de todos os apóstolos, e queria confiar-lhe a Igreja depois da sua morte. Deste modo queria devolver ao “sagrado feminino” o seu lugar na religião. Ele foi, por assim dizer, o primeiro feminista. As fontes destes factos são evangelhos perdidos e reencontrados no século vinte em Qumran e Nag Hammadi.
Mas o apóstolo Pedro opôs-se à vontade de Jesus. Após a morte dele na cruz afastou Maria Madalena e usurpou o poder. Ela, grávida de Jesus, pôs-se em fuga com a ajuda de José de Arimateia e estabeleceu-se em França. E lá deu à luz uma filha, primeira duma linha nunca interrompida.
A Igreja fez tudo o que estava ao seu alcance para ocultar tal verdade. “Abafou o “sagrado feminino” e fez de Maria Madalena uma prostituta. A Idade Média conheceu o apogeu desta campanha: cinco milhões de mulheres, pelo menos, foram queimadas sob a acusação de bruxaria.
No ano 325 o imperador romano Constantino o Grande (280-337) convocou o concílio de Niceia e fez votar, pelos bispos reunidos, a divindade de Jesus, contra as convicções do povo cristão até então. Para sustentar esta doutrina fez editar uma nova Bíblia: de entre os 80 evangelhos em uso ao tempo escolheu os quatro em que Cristo aparecia como Deus, mesmo obrigando, se necessário, a rescrever certas passagens. Todos os outros textos nos quais se abordava a humanidade de Jesus e as suas relações privilegiadas com Maria Madalena foram desprezadas, confiscadas e, finalmente, queimadas. Apesar de tudo alguns exemplares desses textos chegaram até nós: entre outros, os evangelhos apócrifos de Filipe e de Tomé.
Os descendentes de Jesus e de Maria Madalena ficaram-lhes secretamente fiéis. Veneraram o “sagrado feminino” sobretudo sob a forma de rituais celebrando a fertilidade. No século V originaram a dinastia dos Merovíngios que chegou a ocupar o trono real dos francos. Foram perseguidos pela Igreja que matou muitos deles com a ajuda dos Carolíngios. Estes últimos puderam então apropriar-se do trono franco.
Apesar disso um ramo lateral dos Merovíngios sobreviveu, sem ninguém o saber. Um dos descendentes, o cruzado Godefroid de Bouillon, conhecia o “segredo de família”. Para evitar que este segredo pudesse perder-se por sua morte fundou, em 1099, na Jerusalém reconquistada, a ordem do Priorado de Sião. Esta irmandade secreta deveria velar pela protecção da descendência, bem como pela transmissão do segredo de geração em geração. Sob pretexto de proteger os peregrinos de Jerusalém o Priorado, por sua vez, fundou um braço militar: os Cavaleiros do Templo, ou Templários. Estes encontraram nas ruínas do Templo de Salomão, em Jerusalém, documentos de conteúdo extremamente comprometedor para a Igreja. A posse desses documentos permitiu que, em tempo recorde, se encontrassem com uma imensa fortuna, e por isso beneficiassem de um poder muito amplo. A Igreja decidiu então suprimi-los. Em 1312 o Papa Clemente V, numa operação sabiamente orquestrada, mandou prender todos os Templários. Foram torturados para os obrigar a confessar a prática de delitos como o satanismo, a sodomia, a blasfémia. Deste modo puderam ser condenados e queimados como heréticos. O Papa mandou espalhar as suas cinzas no Tibre. Mas os documentos escaparam-lhe.
Apesar destas gravíssimas perseguições o Priorado de Sião conseguiu salvaguardar o segredo ao longo dos séculos. Os seus Grão-mestres foram muitas vezes personalidades célebres da cultura, entre os quais Sandro Botticelli, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Victor Hugo, Claude Debussy e Jean Cocteau. A lista consta de velhos pergaminhos, os “Dossiers secrets” descobertos em 1975 na Bibliothéque Nationale de França. Certos membros do Priorado ousaram também fazer alusões veladas ao “segredo”. Em particular Leonardo da Vinci deixou-nos indícios desses nas suas pinturas e nos seus textos (o “Código Da Vinci”).
Ao longo da História o Priorado ocupou-se de transportar os restos mortais de Maria Madalena dum túmulo para outro, para os esconder perante a Igreja. Só os quatro membros de nível mais elevado sabiam, e sabem, onde eles se encontram, e conhecem o local onde está escondida a “chave da abóboda”: numa caixita com fechadura de segredo que contém a indicação do lugar do túmulo.
O verdadeiro Graal desde sempre procurado no passado não é o cálice utilizado por Jesus no cenáculo, e no qual José de Arimateia teria depois recolhido o seu sangue, mas a própria Maria Madalena e os seus descendentes, em cujas veias continua a correr o “sangue real”, o sangue real de Jesus. De facto a palavra Santo Graal deriva de “sangue real” e só muito mais tarde veio a designar o Santo Cálice.
A acção do romance, especialmente no que toca ao Opus Dei.
Também aqui romance se ordena cronologicamente. Para um leitor é, em geral, evidente que os personagens e as suas aventuras são inventadas. No entanto Dan Brown assegura que tudo vem fielmente reproduzido a partir da realidade, tanto as obras de arte como os documentos, sobretudo os de Leonardo da Vinci. Os especialistas nestas matérias teceram-lhe violentas críticas a este respeito. No preâmbulo escreve: “A prelatura vaticana conhecida sob o nome de Opus Dei é uma seita católica profundamente piedosa, que ultimamente tem sido objecto de controvérsia por causa de acusações de lavagem de cérebros e de uma prática perigosa chamada mortificação corporal. Nos agradecimentos menciona conversas com três membros actuais e dois antigos membros. No entanto nenhum membro do Opus Dei declara ter sido contactado pelo autor. De facto a “prelatura vaticana” chamada “Opus Dei” no “Código da Vinci” é uma realidade completamente diferente da verdadeira Prelatura pessoal do Opus Dei.
O Priorado de Sião não quer de modo algum ver o seu segredo exposto em público. Mas Leigh Teabing, um sábio britânico que passa por ser o melhor conhecedor externo do Priorado, não é dessa opinião: é nesta altura, final da era do peixe e início da do aquário (a “new age”), que se tem de pôr a nú a mentira e os métodos criminosos da Igreja e fazê-la ruir. Acusa o Priorado de cobardia. Na verdade, o Grão-mestre do Priorado, Jacques Saunière, receia uma perseguição por parte da Igreja, uma vez que a sua mulher e o seu filho morrem num misterioso acidente de automóvel, no qual ele vê uma tentativa de intimidação.
Teabing, que tem uma faustosa propriedade nos arredores de Versailles, pôs o Priorado e a Igreja sob escuta utilizando os métodos mais modernos. E forja um plano para se apoderar da “chave da abóboda”. Para esse fim aproveita-se duma situação desesperada em que caiu a “Prelatura pessoal conservadora do Vaticano”.
O Opus Dei é descrito como uma ordem tradicionalista e sectária, rica e poderosa. Os seus membros celibatários são frades vestidos de burel e praticando penitências sangrentas. Passam a maior parte do seu tempo a murmurar preces nos seus quartos. Os seus “métodos de recrutamento” são agressivos. Por exemplo, alguns membros jovens, dois meses atrás, drogaram outros jovens para os levar a tornar-se membros. Consta que um membro terá usado o cilício mais tempo do que previsto e terá por muito pouco escapado de morrer de septicemia. Também corre a história de que um banqueiro terá feito doação de todos os seus bens ao Opus Dei antes de suicidar-se. O Opus Dei tem “uma visão, no melhor dos casos, medieval da mulher”. As mulheres numerárias, por exemplo, são obrigadas a limpar as casas dos homens sem serem pagas. Em 1982 o Opus Dei foi erigido “Prelatura pessoal do papa”, em recompensa dos seus serviços para pagar a dívida do Banco do Vaticano – menciona-se o número de um bilião de dólares – salvando-o assim duma falência inevitável.
Entretanto chegou à cabeça do Vaticano um papa muito liberal que vê com maus olhos o Opus Dei numa Igreja moderna e decide afastá-lo. Dá ao bispo do Opus Dei, Aringarosa, num prazo de seis meses para aceitar a medida e separar-se por sua própria iniciativa.
Mas a Teabing chegam-lhe os rumores. Fingindo-se um piedoso “mestre” que se preocupa pela Igreja e pelo Opus Dei, e falando inglês com sotaque francês, contacta Aringarosa pelo telefone e promete-lhe, contra o pagamento da módica quantia de 20 milhões de euros, conduzi-lo à posse do segredo do Priorado. Uma coisa destas tornaria o Opus Dei tão poderoso que o Vaticano nunca mais se atreveria a afrontá-lo.
Aringarosa aceita a proposta. Para realizar a transacção põe à disposição de Teabing um numerário chamado Silas, um albino que, na sua juventude, em França, se havida tornado assassino e acabara numa prisão em Andorra. Tendo-se evadido graças a um terramoto, passou-se para Espanha. Fora recolhido às portas da morte por Aringarosa, que o teria tratado, convertido e feito entrar no Opus Dei.
Por indicação do “mestre” Silas, mata nessa mesma noite os quatro detentores do segredo do Priorado. Antes de morrer cada uma das vítimas faz-lhe a mesma revelação: a “chave da abóboda” está na igreja de Saint-Sulpice, em Paris. Silas vai para lá de imediato mas cedo acaba por perceber que o fora mandado a numa pista falsa. Reparando que a guarda da igreja, uma religiosa, estava em contacto com o Priorado, elimina-a. Para reparar estes crimes horrorosos mortifica-se até sangrar apesar de, numa curiosa lógica, estar convencido de já estar perdoado, uma vez que os seus crimes servem uma causa santa: a defesa da Igreja e da “Obra de Deus” contra os seus inimigos.
Jacques Saunière, Grão Mestre do Priorado e conservador do Museu do Louvre foi o último guarda do segredo que Silas trucidou, ao caso no meio do famoso museu. Por um capricho do destino Silas abandona-o antes que ele tivesse expirado. Deste modo ainda teve tempo de deixar uma série de indícios em cifra sobre o segredo. Os destinatários são Robert Langdon, professor de simbologia em Harvard, com o qual havia tido um encontro naquele mesmo dia, e a sua neta Sophie Neveu, criptóloga na polícia criminal.
Langdon e Neveu chegam ao local do crime, encontram as indicações e começam a seguir a pista que os leva de indício em indício. Ao mesmo tempo também têm de fugir da polícia, que os considera suspeitos. Encontram a “chave” num cofre dum banco suíço em Paris. Para decifrar a mensagem que lá encontram, Langdon vai a casa do seu colega Teabing, em Versailles, para lhe pedir ajuda. Este informa Sophie sobre o Priorado e o seu segredo. Silas, que, por indicação do “mestre” vai no encalço dos dois, é preso e amarrado pelo mordomo de Teabing.
Teabing, Langdon e Neveu descobrem que há uma segunda “chave” escondida numa igreja de Londres. Metendo-se no jacto privado de Teabing chegam a Londres ao romper do dia seguinte. Uma vez encontrada a “chave” Teabing deixa cair a máscara: de arma em punho exige que Langdon lha entregue. Mas com um truque Langdon consegue inverter os papéis.
Entretanto, graças a uma confissão de Aringarosa, a polícia consegue localizar Silas num centro do Opus Dei em Londres. No momento de ser preso Silas dispara desastradamente sobre o seu próprio bispo ao mesmo tempo que é atingido pela bala de um polícia e morre. A polícia prende depois também Teabing.
A mensagem contida na segunda “chave” conduz Langdon e Sophie a uma igreja dos Templários na Escócia. E ali Sofia encontra, com a emoção que se pode imaginar, o seu irmão e a sua avó que ela julgava que havia morrido no acidente de automóvel. E acaba por perceber que ela própria é a última dos descendentes de Jesus.
De regresso a Paris, Langdon continua a esclarecer o mistério e descobre que o túmulo de Maria Madalena está exactamente por baixo da famosa pirâmide do Louvre, mandada construir pelo presidente Mitterrand que tivera a fama de frequentar os meios esotéricos. Caído de joelhos ao lado do túmulo, Langdon julga ouvir uma voz de mulher: a própria Sabedoria que lhe falava do fundo dos tempos.Wikepédia.
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