sábado, 19 de março de 2011
O GRANDE SECRETO.
Sabedoria, moralidade, virtude: palavras respeitáveis, porém vagas, sobre as quais se disputa desde há muitos séculos, porém sem haver conseguido entendê-las.
Queria ser sábio, mas terei eu a certeza de minha sabedoria, enquanto acredite que os loucos são mais felizes e até mais alegres que eu?
É preciso ter bons costumes, porém todos somos um pouco de crianças: a moralidade nos adormece. Falamos do que nos interessa e pensamos em outra coisa.
Excelente coisa é a virtude: seu nome quer dizer força, poder. O mundo subsiste pela virtude de Deus. Mas, em que consiste para nós a virtude? Será uma virtude para enfraquecer a cabeça ou suavizar o rosto? Chamaremos virtude a simplicidade do homem de bem, que se deixa despojar pelos velhacos? Será virtude abster-se no temor de abusar? Que pensaríamos de um homem que não andasse por medo de quebrar a perna? A virtude, em todas as coisas, é o oposto da nulidade, do estupor e da impotência.
A virtude supõe a ação; pois se ordinariamente opormos a virtude às paixões, é para demonstrar que ela nunca é passiva.
A virtude não é só a força, é também a razão diretora da força. É o poder equilibrante da vida.
O grande segredo da virtude, da virtualidade e da vida, seja temporal, seja eterna, pode formular-se assim:
É a arte de balancear as forças para equilibrar o movimento.
O equilíbrio que se necessita alcançar não é o que produz a imobilidade, mas sim o que realiza o movimento. Pois a imobilidade é morte, e o movimento é vida. Este equilíbrio motor é o da própria Natureza. A Natureza, equilibrando as forças fatais, produz o mal físico e a destruição aparente do homem mal equilibrado. O homem se libera dos males da Natureza, sabendo subtrair a fatalidade das circunstâncias, pelo emprego inteligente de sua liberdade. Empregamos aqui a palavra fatalidade, porque as forças imprevistas e incompreensíveis para o homem necessariamente parecem fatais, o que não indica que realmente o sejam.
A Natureza previu a conservação dos animais dotados de instintos, porém também dispõe tudo para que o homem imprudente pereça.
Os animais vivem, por assim dizer, por si mesmos e sem esforço. Só o homem deve aprender a viver. A ciência da vida é a ciência do equilíbrio moral.
Conciliar o saber e a religião, a razão e o sentimento, a energia e a doçura é o âmago desse equilíbrio.
A verdadeira força invencível é a força sem violência. Os homens violentos são homens fracos e imprudentes, cujos esforços se voltam sempre contra eles.
O afeto violento se assemelha ao ódio e quase à aversão.
A cólera faz que a pessoa se entregue cegamente a seus inimigos. Os heróis, que descreve o poeta grego Homero, quando combatem, tem o cuidado de insultarem-se para entrar em furor reciprocamente, sabendo-se de antemão, com todas as probabilidades, que o mais furioso dos dois será vencido.
O fogoso Aquiles estava predestinado a perecer desgraçadamente. Era o mais altivo e valoroso dos gregos e só causava desastres a seus concidadãos. Ele é que faz a tomada de Tróia e o prudente e paciente Ulisses, que sabe sempre conter-se e só fere com golpe seguro. Aquiles é a paixão e Ulisses a virtude, e é deste ponto de vista que devemos tratar de compreender o alto alcance filosófico e moral dos poemas de Homero.
Não há dúvida que o autor destes poemas era um iniciado de primeira ordem, pois o Grande Arcano da Alta Magia prática está inteiro na Odisséia.
O Grande Arcano Mágico, o Arcano único e incomunicável tem por objeto colocar, por assim dizer, o poder divino a serviço da vontade do homem.
Para chegar a realização deste Arcano, é preciso SABER o que deve fazer, QUERER o exato, OUSAR no que deve e CALAR com discernimento.
O Ulisses de Homero tem, contra si, os deuses, os elementos, os ciclopes, as sereias, Circe, etc., por assim dizer, todas as dificuldades e todos os perigos da vida. Seu palácio é invadido, sua mulher é assediada, seus bens são saqueados, sua morte é decidida, perde seus companheiros, seus navios são afundados; enfim, acha-se só em sua luta contra a noite e o mal. E assim,
só, aplaca os deuses, escapa do mal, cega o ciclope, engana as sereias, domina Circe, recupera seu palácio, libera sua mulher, mata aqueles que queriam mata-lo, e tudo, porque queria voltar a ver Ítaca e a Penélope, porque sabia escapar sempre do perigo, porque se atrevia com decisão e porque calava sempre que fora conveniente não falar.
Porém, dirão contrariados os amantes dos contos azuis, isto não é magia. Não existem talismãs, ervas e raízes que façam operar prodígios? Não há fórmulas misteriosas que abram as portas fechadas e façam aparecer os espíritos? Falaremos disto em outra ocasião com comentários sobre a Odisséia.
Se haveis lido minhas obras anteriores, sabeis então que reconheço a eficácia relativa das fórmulas, das ervas, e dos talismãs. Porém estes são pequenos meios que se enlaçam aos pequenos mistérios. Falo agora das grandes forças morais e não dos instrumentos materiais. As fórmulas pertencem aos ritos da iniciação; os talismãs são auxiliares magnéticos; as ervas correspondem à medicina oculta, e o próprio Homero não as desprezava. O Moly o Lotho e o Nepenthes têm seu lugar nestes poemas, porém são ornamentos acessórios. A taça de Circe nada pode sobre Ulisses, que conhece seus efeitos funestos e soube engana-la sobre a bebida. O iniciado em alta ciência dos magos nada tem que temer os feiticeiros.
As pessoas que recorrem a magia cerimonial e vão consultar adivinhos se assemelham aos que, multiplicando a prática de devoção, querem ou esperam suprir com isso a verdadeira religião. Estas pessoas nunca estarão satisfeitas de vossos sábios conselhos. Todas escondem um segredo que é bem fácil de adivinhar, e que poderia expressar-se assim: "Tenho uma paixão que a razão condena e que anteponho a razão; é por isso que venho consultar o oráculo do delírio, afim de que me faça esperar, que me ajude a enganar minha consciência e me dê a paz do coração".
Vão assim beber em uma fonte enganosa, que depois de satisfazer a sede, a aumenta cada vez mais. O charlatão receita oráculos obscuros e a gente encontra neles o que quer encontrar e volta a buscar mais esclarecimentos. Retorna no dia seguinte, volta sempre, e é desse modo que os charlatões fazem fortuna. Os Gnósticos basilidianos diziam que Sofia, a sabedoria natural do homem, havendo-se enamorado de si mesma, como Narciso da mitologia clássica, desviou a direção de seu princípio e se lançou fora do círculo traçado pela luz divina chamada pleroma. Abandonada então às trevas, fez sacrilégios para dar a luz. Porém uma hemorragia semelhante a que fala o Evangelho, a fez perder seu sangue, que ia se transformando em monstros horríveis. A mais perigosa de todas as loucuras é a da sabedoria corrompida.
Os corações corrompidos envenenam toda a natureza. Para eles o esplendor dos belos dias é apenas um ofuscante tédio e todos os gozos da vida, mortos para estas almas mortas, se levantam diante delas para maldizê-las, como os espectros de Ricardo III: "desespera e morre". Os grandes entusiasmos os fazem sorrir e lançar ao amor e a beleza, como para vingar-se, o desprezo insolente de Stenio e de Rollon. Não devemos cruzar os braços acusando a fatalidade; devemos lutar contra ela e vencê-la. Aqueles que sucumbem nesse combate são os que não souberam ou não quiseram triunfar. Não saber é uma desculpa, porém não uma justificativa, posto que se pode aprender. "Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem", disse o Cristo ao expirar. Se fosse permitido não saber a oração do Salvador, haveria sido inexata e o Pai nada haveria tido que perdoa-los.
Quando a gente não sabe, deve querer aprender. Enquanto não se sabe é temeroso ousar, porém sempre é bom saber calar.
Eliphas Levi.
GRANDES SIGNIFICADOS.
"Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez, só que todo mundo percebe.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Paixão é quando, apesar da palavra "perigo", o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um "desaforo"... Uma batelada? Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei explicar."
Desejo...
Que a VERDADE sempre esteja acima de tudo.
Que as coisas pequenas, como a inveja ou o desamor, sejam retiradas de nossa vida.
Que o PERDÃO e a compreensão superem as amarguras e as desavenças.
Que as VERDADEIRAS AMIZADES continuem eternas e tenham sempre um lugar especial em nossos corações.
Que o CARINHO esteja presente em um simples olá, ou em qualquer outra frase, ou digitada rapidamente.
Que aquele que necessite ajuda encontre sempre em nós uma animadora palavra amiga.
Que o AMOR pelo próximo seja nossa meta absoluta.
Que nossa JORNADA de hoje e de sempre esteja repleta de flores, paz e amor...
Que as lágrimas sejam poucas e compartilhadas.
Que as alegrias estejam sempre presentes e sejam festejadas por todos.
Que os CORAÇÕES estejam sempre abertos para novas amizades, novos amores, novas conquistas.
E finalmente: Que DEUS esteja sempre com sua mão estendida apontando o caminho correto."
POEMA AZUL.
Nesta tarde linda e suave de primavera,
a realidade do azul me envolve por inteiro,
mas quero mergulhar ainda mais em sua plenitude
para morrer docemente, profundamente...
inebriada e sem lucidez...
depois... depois,
renascer completamente, definitivamente lúcida,
encantada, purificada, brilhando,
derramada de azul e de alegria!
De beleza e de poesia!...
Ilusão? Fantasia? Não!
Nada absurdo ou quimérico
para quem acredita na força divina dos mântras,
no poder real dos sons,
na magia das cores,
na espiritualidade da Alquimia,
nos segredos dos Signos,
das flores, das conchas...
na verdade das lendas,
nas memórias astrais
- lembradas ou esquecidas -
nas histórias antigas, perdidas...
Sei que as crenças são muitas,
mas creio ainda em muitas coisas mais!
Sei bem o que fazer com todas elas
porque antes de ser poeta,
sou Maga e Maga das Sete Primaveras;
assim, aprendi alguns "encantamentos da Terra,
alguns Mistérios dos Céus";
por isso, com certeza,
amo a Deus com mais intensidade,
com mais inteligência
e mais sensibilidade!
É ainda por isso,
que adoro a Deus em espírito e em verdade.
Os sinos da Paz e da Esperança
tocam devagar dentro de mim.
A Magia, o Amor, o Dever e
a Misericórdia me chamam.
Devo ouvir, atender.
Antes, porém, preciso me reenergizar,
tecer mais sonhos, adquirir mais Poder,
e, para tanto,
viajarei agora no tempo
desta tarde perfumada, luminosa,
porque jamais pensei em ser nuvem,
espuma, pó...
Sempre quis ser tudo,
flutuando no Éter
ou me espalhando no Ar!
Na verdade, quero ser o próprio Azul!
Azul-Turquesa, Azul-Bebê;
Azul-Tarde, Azul-Van;
Azul-Céu, Azul-Manhã...
Azul, Azul... não importa qual;
o importante é ser Azul!
Azul-Real!
Sendo Azul, enfeitarei a primavera,
o mar, o céu...
Sendo Azul,
além da minha imortalidade,
viverei além das lendas,
da "utopia,
da metafísica,
da Magia";
enfim, para além do além,
brilhando, iluminando em Azul
este poema Azul,
eu que serei finalmente,
uma verdade, um ser,
uma luz azul,
a própria cor, o próprio Azul,
translúcido, transcendente,
o Amor, Amor infinito,
infinitamente Azul!
Estarei no Coração do Universo,
na Alma de Deus
que é certamente Azul.
Clara Luz.
a realidade do azul me envolve por inteiro,
mas quero mergulhar ainda mais em sua plenitude
para morrer docemente, profundamente...
inebriada e sem lucidez...
depois... depois,
renascer completamente, definitivamente lúcida,
encantada, purificada, brilhando,
derramada de azul e de alegria!
De beleza e de poesia!...
Ilusão? Fantasia? Não!
Nada absurdo ou quimérico
para quem acredita na força divina dos mântras,
no poder real dos sons,
na magia das cores,
na espiritualidade da Alquimia,
nos segredos dos Signos,
das flores, das conchas...
na verdade das lendas,
nas memórias astrais
- lembradas ou esquecidas -
nas histórias antigas, perdidas...
Sei que as crenças são muitas,
mas creio ainda em muitas coisas mais!
Sei bem o que fazer com todas elas
porque antes de ser poeta,
sou Maga e Maga das Sete Primaveras;
assim, aprendi alguns "encantamentos da Terra,
alguns Mistérios dos Céus";
por isso, com certeza,
amo a Deus com mais intensidade,
com mais inteligência
e mais sensibilidade!
É ainda por isso,
que adoro a Deus em espírito e em verdade.
Os sinos da Paz e da Esperança
tocam devagar dentro de mim.
A Magia, o Amor, o Dever e
a Misericórdia me chamam.
Devo ouvir, atender.
Antes, porém, preciso me reenergizar,
tecer mais sonhos, adquirir mais Poder,
e, para tanto,
viajarei agora no tempo
desta tarde perfumada, luminosa,
porque jamais pensei em ser nuvem,
espuma, pó...
Sempre quis ser tudo,
flutuando no Éter
ou me espalhando no Ar!
Na verdade, quero ser o próprio Azul!
Azul-Turquesa, Azul-Bebê;
Azul-Tarde, Azul-Van;
Azul-Céu, Azul-Manhã...
Azul, Azul... não importa qual;
o importante é ser Azul!
Azul-Real!
Sendo Azul, enfeitarei a primavera,
o mar, o céu...
Sendo Azul,
além da minha imortalidade,
viverei além das lendas,
da "utopia,
da metafísica,
da Magia";
enfim, para além do além,
brilhando, iluminando em Azul
este poema Azul,
eu que serei finalmente,
uma verdade, um ser,
uma luz azul,
a própria cor, o próprio Azul,
translúcido, transcendente,
o Amor, Amor infinito,
infinitamente Azul!
Estarei no Coração do Universo,
na Alma de Deus
que é certamente Azul.
Clara Luz.
Alma Gêmea.
Chamas ardentes, luzes brilhantes,
complementos divinos,
assim são as "almas gêmeas" evoluídas.
Então, purificadas, iluminadas,
generosas, amorosas,
transbordam de Eros e de Ágapi!
Mas o que teriam feito para conseguir
brilhos assim, luzes assim, amor assim?
E de tanto perguntar, Anael, o Anjo do Amor,
respondeu com Amor:
"se queres reencontrar tua 'alma gêmea',
expande tua aura, teus chácras;
ilumina tua mente;
purifica teu coração;
reverencia a Natureza;
procura ver em tudo e em todos
a alegria, a poesia, a beleza;
semeia a paz, a esperança, a bondade;
pratica o bem pelo bem;
cultiva a humildade...
finalmente, com amor e por amor,
serve e ama a cada um
e em todos, à própria humanidade"!
Sem jeito, disse-lhe timidamente:
"ainda não posso nem quero ser luz brilhante,
principalmente complemento divino...
Talvez queira ser chama ardente.
Quero a "alma gêmea" para viver
um amor derramado de magia, de loucura!
De agonia, de ternura!...
Preciso da "alma gêmea" para morrer ébria de paixão,
louca de alegria,
tonta de emoção, cheia de poesia.
Preciso da "alma gêmea"
para viver intensamente,
morrer profundamente
e renascer completamente"!
E sem se alterar, o Anjo falou suavemente:
"ingrata! Insensata!
Não te direi nada mais.
Sê feliz; fica em paz".
Chorando, nervosa, chamei o "Dom"
e assim pude ler dentro do meu espírito
o que estava escrito com as letras do Infinito:
"Tua 'alma gêmea' já veio e já partiu.
Vocês se reencontraram, se amaram e
- apesar dos teus muitos desatinos -
ela te espera com amor
para novamente se interpenetrarem
os desejos, os sonhos,
os destinos e também as cruzes!
E só num futuro distante...
muito distante...
as luzes!
Vocês ainda se reencontrarão
e se desencontrarão muitas vezes,
mas em todas elas,
muito se amarão e vão sofrer,
sorrir, sonhar, chorar...
tanto! Tanto!..."
Fiz tudo para continuar lendo,
mas senti que o "Dom" ia morrendo...
morrendo!...
Acordei sem saber se sonhei
ou se eram verdadeiras
as palavras que li;
Li?! Terei lido ou sonhei?
Mas sumiram a voz, a intuição,
a luz, o "Dom"...
Verdade ou ilusão?
Li? Sonhei? Não sei.
"Mas tudo será revelado a seu tempo",
Sentimentos.
Preciso de sete ilhas para guardar minha solidão
porque ela é extensa, profunda
e enormemente densa!
Preciso de sete rios para banhar meu corpo,
meu sexo e meus pés
porque eles estão cheios de cansaço,
de impureza e de desamor.
Preciso de sete mares...
o primeiro, para embalar e enfeitar meus sonhos;
o segundo, para esconder meus segredos
e me ensinar a desvendar meus mistérios;
o terceiro, para me reenergizar,
me purificar, me curar!
O quarto, para me contar todas as histórias,
todas as lendas...
me falar das sereias, das estrelas,
das espumas, das suas conchas,
dos seus corais, das suas ondas,
da sua paz...
o quinto, para me mostrar todas as magias,
todas as alquimias,
todas as fantasias...
o sexto, para transbordar as pessoas de beleza ,
de harmonia, de amor e de alegria;
e finalmente o sétimo, para ser contemplado,
respeitado, amado como
uma das muitas dádivas preciosas do Criador.
Preciso de um oceano para lavar minhas mãos,
meu rosto e meu espírito
e da "Alma gêmea" para juntas
flutuarmos no Infinito!
Clara Luz.
POR FAVOR,CHAME-ME POR MEUS VERDADEIROS NOMES.
"Não diga que terei que partir amanhã, pois
mesmo hoje
eu ainda estou chegando.
Olhe profundamente;
chego a cada segundo
para ser um broto num galho primaveril,
para ser um pequeno pássaro, com asas ainda frágeis
aprendendo a cantar em meu novo ninho;
para ser uma larva no coração de uma flor;
para ser uma jóia que se esconde numa pedra.
Ainda chego,
para poder rir e chorar;
para poder ter medo e esperança.
o ritmo do meu coração é o nascimento e a morte
de tudo o que está vivo.
Eu sou a efeméride se metamorfoseando sobre a superfície do rio
e eu sou o pássaro que, quando a primavera chega,
chega em tempo para comer a efeméride.
Eu sou o sapo nadando feliz na água clara de um lago,
e eu sou a cobra do mato, que, aproximando-se em silêncio,
se alimenta do sapo.
Sou a criança de Uganda, toda pele e ossos,
minhas pernas tão finas como caniços de bambu;
e eu sou o mercador de armas, vendendo armas mortais a Uganda.
Meu prazer é como a primavera, tão quente
que faz as flores desabrocharem em todos os confins da vida.
Minha dor é como um rio de lágrimas,
tão cheio que enche todos os quatro oceanos.
Por favor, chame-me por meus verdadeiros nomes,
de modo que eu possa ouvir todos os meus gritos
e risos ao mesmo tempo;
de modo que eu possa ver que meu prazer e dor são um.
Por favor, chame-me por meus verdadeiros nomes,
de modo que eu possa despertar e de modo que
possa ficar aberta a porta do meu coração.
Thich Nhat Hanh.
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