terça-feira, 6 de abril de 2010
Asatru, o Neo Paganismo Nórdico.
O Neopaganismo nórdico, conhecido como odinismo ou asatru, é bem menos difundido e possui bem menos aderentes do que o Neopaganismo que se diz de origem celta.
Também os odinistas pretendem serem os herdeiros de uma cultura que ‘sobreviveu’ ao cristianismo, nos países nórdicos e na Grã-Bretanha. O odinismo adora os deuses nórdicos da guerra e a deusa da fertilidade. Usam o surrado argumento de que o catolicismo converteu a elite, mas o povo do interior continuou fiel à tradição pagã. Isto, óbvio, é uma canhestra tentativa de aplicação da teoria da luta de classes de Marx à religião. A cultura de um povo é moldada pela elite, e todos os movimentos populares, sejam religiosos, políticos ou sociais, só conseguem se concretizar se houver apoio das camadas mais esclarecidas ou poderosas da sociedade.
Como disse anteriormente Hutton, não existem registros históricos de que religiões pagãs tenham sobrevivido à cristianização de maneira oculta.
Religião oculta que sempre existiu, e que de vez em quando se mostra à tona, como uma seita ocultista, ou neopagã, como se diz hoje em dia, é a gnose, que é mãe de todo ocultismo pagão, e é a anti-religião por natureza, arquitetada pelo próprio demônio aproveitando-se das tendências más do homem decaído, e oposta à verdadeira religião, que é a Católica Apostólica Romana, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo sobre Pedro.
Em seu livro, Gods of the Blood, o professor da universidade de Estocolmo, Mattias Gardell, diz que a “avó” da renovação do odinismo folclórico foi Elsie Christiansen, uma exilada dinamarquesa e anarquista com um pitoresca historia de dissidência vinculada ao anarquismo e socialismo internacional, e que foi vivamente influenciada pela obra Imperium, de Francis Parker Yockey, uma obra de apologia do fascismo. Segundo Gardell esta obra do neo nazista Yockey influenciou fortemente o princípio da Asatru no mundo ocidental.
Gardell também mostra em seu livro como as convicções dos odinistas são animadas por pensamentos derivados de Nietzche, do historiador Oswald Spengler, de Carl Jung, e de místicos racistas.
Hoje em dia, os membros da ASATRU tentam se livrar da pecha de neonazistas, dizendo-se apenas uma seita que ama a natureza, e adora deuses nórdicos, etc. da mesma forma que os praticantes da Wicca dizem que não são satanistas.
Evidentemente, não se deve pensar que os adeptos da Asatru são todos racistas ou neo nazistas. Muitos deles alegam que religião e política não devem se misturar, e seguem sua superstição adorando seus ‘deuses’ e praticando sua ‘magia’, que é baseada em runas nórdicas. Contudo, como o nazismo e o racismo estão nas raízes do odinismo, não se pode desvincular as suas causas de sua situação atual. Odinistas que se dizem contrários ao racismo, ou melhor dizendo, ao eugenismo, seriam como satanistas que dizem não acreditar em satã.F.Wikepédia.
Gnose, a religião do diabo.
"Dois amores deram nascimento a duas cidades: a cidade terrestre procede do amor de si até ao desprezo de Deus; a cidade celeste procede do amor de Deus levado até ao desprezo de si” (Santo Agostinho, De Civitas Dei, lib. XIV, c. 17).
Sem pretender aprofundar o estudo da gnose, da qual se pode conseguir melhores informações no artigo Gnose: Religião Oculta na História, de autoria do professor Orlando Fedeli e no Espaço do Leitor, na seção sobre Gnose, procuramos explicar qual é a relação da gnose com a crescente onda de paganismo que assola o mundo.
Gnose significa conhecimento. Não um conhecimento que pode ser alcançado com o uso do intelecto, mas um conhecimento místico, uma espécie de iluminação, que pretende ser “magicamente” adquirida pelo iniciado.
Segundo a explicação mais comum que a gnose utiliza para a criação do universo, no começo Deus era tudo que existia, o todo era divisível, e todas as partículas resultantes dessa divisão (éons) eram idênticas entre si. Cada partícula era idêntica ao todo; assim, cada parte se reconhecia no todo e o todo se reconhecia em cada parte.
Isso permaneceu assim até o surgimento de um éon diferente. Como este era diferente, os outros não se reconheciam nele. Isso causou, de alguma forma, a criação do mundo material e o aprisionamento dos éons (partículas divinas) na matéria.
Foi então que, segundo a teoria gnóstica, o demiurgo (a divindade má em essência, porque era diferente) criou o mundo material e aprisionou a divindade boa nele. O papel do gnóstico então seria conseguir o “conhecimento” para liberar a divindade contida na matéria, ou mais especificamente, nele mesmo.
Assim, enquanto que para os cristãos Deus salva o homem, para a gnose, o homem salva Deus.
Daí também a pretensão metafísica do homem de efetivamente ser Deus.
Os pagãos alegam que sua religião é muito antiga, e eles têm razão nisto, se considerarmos em última instância sua religião é a gnose, pois está escrito no Gênesis, capítulo 3, versículos 1 a 6:
" A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha formado. Ela disse a mulher: É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?
A mulher respondeu-lhe: Podemos comer do fruto das árvores do jardim.
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais.”
"Não! – tornou a serpente – vós não morrereis!
Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.”
A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente.”
Assim, a serpente (o demônio) seduziu a Eva e esta a Adão para comer da árvore do conhecimento (Gnosis em grego) pois assim – através do “conhecimento” – eles seriam deuses. Eis a fundação da gnose.
No sistema religioso gnóstico, não existe uma entidade superior transcendental, ou seja, um Deus sobrenatural, exterior à natureza. A divindade estaria aprisionada dentro da própria natureza. Deus seria imanente ao mundo. Dessa forma, para o gnóstico a matéria é má.
O panteísmo é uma forma grosseira de traduzir a imanência divina, identificando a divindade com o universo material, e preparatória para a Gnose, ao identificar a divindade com a matéria. Assim, contrariamente à gnose, o panteísmo passa a ver a matéria como boa, pois a identifica com a própria divindade.
Panteísmo significa exatamente isto: tudo é divino. Assim sendo, não se espera de uma pessoa cujo pensamento seja essencialmente panteísta que acredite em Deus separado da natureza, ou que acredite na graça sobrenatural. Para ele, tudo o que acontece, seja no âmbito visível (mundo material) ou no invisível (mundo espiritual), acontece de acordo com leis naturais, conhecidas ou não.
No paganismo, adotou-se quer o panteísmo, quer a Gnose. Conforme diz o Padre Festugière, em sua grande obra sobre Hermes Trismegisto, havia no mundo greco-romano duas religiões: uma otimista e panteísta, que divinizava a matéria; outra pessimista, gnóstica, que considerava a matéria má (Cfr. R. P. Festugière, La Revélation de l´Hermes Trismegite, Lecofre Gabalda, Paris, 1954, 4 vol.).
No paganismo panteísta, cultuam-se diversas entidades naturais, diretamente vinculadas ou relacionadas com o mundo material. No fundo, as divindades pagãs refletem o próprio homem com suas fraquezas e misérias.
O neopaganismo se manifesta mais perfeitamente panteísta que o paganismo antigo, no sentido de que mais diretamente adora a natureza, mesmo que em seus cultos sejam envolvidas entidades espirituais, que em seu entendimento também são naturais.
O pai da gnose, e por conseguinte do panteísmo, é o mesmo demônio que tentou Adão e Eva no paraíso, para que comessem do fruto do conhecimento do bem e do mal. Dessa forma , de acordo com o demônio, eles se tornariam como deuses. E assim, hoje, o homem come do fruto da gnose, que é a mentira essencial, pois ele se acredita deus, negando a graça sobrenatural e a existência de um Deus transcendental criador do Universo.F.Wikepédia.
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