contos sol e lua

contos sol e lua

sábado, 13 de janeiro de 2018

CAMINHO PARA A ROSA.

O caminho para a Rosa Começa na sombra que oprime. Mas há luz mais adiante E a alma se redime. O caminho para a Rosa Nasce da dor do peregrino Que morre e volta a nascer Pra que o amor possa vencer. E há a solidão Deserto essencial Onde se prova o caminhante. do livro: CAMINHO PARA A ROSA, Eduardo Aroso.

O Corpo Vital e a Saúde.

O corpo vital tende a construir o corpo físico, ao passo que os nossos desejos e emoções o destroem. Esta luta entre o corpo vital e o corpo de desejos é que produz a consciência no mundo físico e que solidifica os tecidos de maneira que o tenro corpo da criança vai-se endurecendo gradualmente e enrugando na velhice, à qual se seguirá a morte. A moralidade ou imoralidade dos nossos desejos e emoções atua de maneira similar no corpo vital. Quando a devoção a ideais elevados foi a mola propulsora para a ação e a natureza devocional teve plena liberdade de se exprimir durante anos e anos, especialmente quando tudo isso se realizou mediante a prática dos exercícios científicos deRetrospecção e de Concentração, os éteres químico e devida vão diminuindo gradualmente à medida em que se desvanecem os apetites animais e a quantidade dos éteres de luz e refletor aumenta, ocupando o lugar daqueles. Como resultado disso a saúde física dessas pessoas não é tão robusta como a das demais que vivem uma vida indulgente à natureza inferior. Estas, ao contrário, atraem os éteres químico e de vida em proporção à extensão dos seus vícios, com a exclusão parcial ou total dos dois éteres superiores. Deste fato derivam algumas conseqüências sumamente importantes relativamente à morte. Como o éter químico é o que cimenta as moléculas do corpo em seus respectivos lugares e as mantém ali durante a vida, quando só existe um mínimo desse material, a desintegração do corpo físico depois da morte deve ser muito rápida. Foi nos impossível comprovar isso pessoalmente, devido à dificuldade de encontrar pessoas de alta espiritualidade que tenham morrido recentemente, mas parece que deve ser assim pelo que se diz na Bíblia que o corpo de Jesus não foi achado no túmulo quando vieram buscá-lo. Cristo espiritualizou o corpo de Jesus tão intensamente, tornando-o tão vibrante, que era quase impossível manter as diferentes partículas em seus lugares durante Seu ministério. Como já dissemos, uma vida mundana aumenta a proporção dos éteres inferiores no corpo vital com prejuízo dos superiores. Se além de levar uma vida materialmente "pura", se evitam todos os excessos, a saúde durante a vida física será mais robusta do que a do aspirante à vida superior, porque a atitude deste último com respeito à vida, forma um corpo vital composto principalmente dos éteres superiores. Ele ama o "pão da vida" mais do que o sustento físico e, por conseguinte, seu corpo físico vai-se sensibilizando intensamente, chegando a um estado tal que favorece grandemente seus objetivos espirituais, mas que é difícil de suportar sob o ponto de vista material. Na maioria da humanidade existe tal preponderância de egoísmo e um desejo tão veemente de tirar o maior partido possível da vida física, que os seres humanos se encontram sempre ocupados, seja em manter o "lobo fora da porta", seja acumulando posses e cuidando delas. Dai que tenham pouco tempo ou inclinação para se ocuparem com a cultura da alma, tão necessária para o verdadeiro êxito da vida. Portanto, é tão pouco o que persiste em cada vida na maioria dos seres humanos e a evolução é tão terrivelmente lenta, que a alguém que seja capaz de contemplar a morte, das mais superiores regiões do Mundo Mental Concreto, olhando, por assim dizer, para baixo, pareceria que na realidade quase nada se salva desse corpo vital. Este corpo parece que volta inteiramente ao corpo físico para flutuar sobre o túmulo, desintegrando-se simultaneamente com ele. Na realidade, porém, uma parte sempre crescente adere aos veículos superiores e com eles vai ao Mundo do Desejo, para ali servir de base à consciência, subsistindo, geralmente, durante a vida no Purgatório e no Primeiro Céu, durando até que o homem penetre no Segundo Céu e aí se una com as forças da natureza em seus esforços para criar um novo ambiente. Nessa ocasião já quase foi absorvida pelo espírito e o que poderia ficar, de natureza material, logo se dissolve e desaparece. Há algumas pessoas de natureza tão maligna que desfrutam uma vida gasta em vícios e práticas degeneradas e que são tão brutais, que até se deleitam em fazer os outros sofrer. Algumas vezes cultivam as artes ocultas com propósitos malévolos, para terem maior domínio sobre suas vítimas. Suas práticas imorais e ferozes, endurecem terrivelmente seu corpo vital. Nos casos extremos em que a natureza animal predominou absolutamente, em que não existiu manifestação da alma na vida terrena precedente, não se pode produzir a divisão de que estamos falando, ao morrer, porque não existe linha divisória. Nesses casos, se o corpo vital gravitasse de volta ao corpo denso para desintegrar-se gradualmente, o efeito de uma vida tão maligna não seria tão duradouro. Infelizmente, nesses casos se produz uma união tão forte entre os corpos vital e de desejos que impede a separação. Publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil em Março de 1997.Max heidel.

Max Heindel (1865-1919) Conceito Rosacruz do Cosmo.

Após o final da Idade do Aquário, que sucederá após 2 150 anos a contar do ano 2658, início desta Idade, como já se afirmou no número anterior, o movimento de precessão dos equinócios levará o seu ponto vernal até à constelação de Capricórnio, onde, segundo Max Heindel, começará a Sexta Época. Nesta todas as raças e nações deixarão de existir, viver-se-á em Fraternidade Universal! Utopia das utopias dirão alguns… Não, meus amigos e minhas amigas! Tudo tem o seu tempo, e o que agora parece como impossível, será uma realidade para Bem de toda a criação, incluindo para os outros planetas e até para o Sol! Tudo está intimamente ligado, muito mais do que se pensa e de que a ciência atual defende. As reformas nas áreas legislativas serão muito profundas. Praticamente, a seu tempo deixarão de existir, porque cada ser humano vive em seu interior as Leis Universais e como tal não serão necessárias. Também no campo da defesa, será o final de todo e qualquer armamento. Logo o sistema financeiro e económico nada terá a ver com o atual. A cooperação fraterna, o trabalho de grupo, altruísta, serão tão elevados, que não serão precisos! Logo, muitas das atuais profissões que ao longo da Idade do Aquário vão sendo substituídas e outras desaparecerão, nesta fase, a maioria não serão necessárias. Por exemplo, na saúde, os Centros de Prevenção e de Cura serão tão avançados, os profissionais desta área muito valiosa têm capacidades de visão etérea que investigarão por si onde estão os problemas dos doentes que cada vez serão menos, na medida em que os corpos serão mais subtis e mais perfeitos, nada de raças superiores, mas puras e sábias, que, ao cumprirem integralmente as Leis da Natureza, Divinas, possuirão corpos sãos, mentes puras, emoções elevadas. Graças à capacidade de desdobramento podem ir a qualquer lado ajudar os enfermos sem necessidade de abrir portas, de noite ou de dia, etc. Na educação os sistemas serão cosmocratas, verdadeiramente libertadores, em que as Escolas serão locais de saber experimentado, de são convívio, de ambiente puro e fraterno, em que as artes e as ciências espiritualizadas são a base de instrução, intimamente unida a uma formação de carácter, que ajudará à evolução de todos, incluindo dos animais, vegetais e minerais. O meio ambiente será uma maravilha das maravilhas em todas as áreas desde as habitações, aos Museus dinâmicos, plenos de vida, às Bibliotecas Universais, cheio de obras de arte, incluindo a Terra será um jardim global; a música será muito mais elevada, universalista, plena de irradiações libertadoras, difundidas por toda a parte, cheias de melodia, de harmonia e de ritmo cósmico. Esta linguagem do amor será um dos meios de união entre as pessoas, como já o tinha sido na Idade do Aquário. Na alimentação cada vez haverá menos necessidade de ingerir alimentos, muitos viverão apenas por meio das energias vitais, cósmicas. Se já na Idade do Aquário teremos uma economia baseada no altruísmo e como tal os meios naturais de riqueza serão de toda a Humanidade, para servir cada qual de acordo com as suas necessidades reais, não egoístas ou de vaidade, glória das almas pequenas; agora viver-se-á em comunhão universal de bens. Face ao exposto, chegará ao fim a exploração de um ser humano por outro, como a exploração dos animais. O uso da astrosofia será aplicado em diversas áreas desde a saúde à educação e até à agricultura e jardinagem, etc. Temos consciência que falar deste modo sobre a Fraternidade Universal fará com que muitas mentes, logo deixem de ler este artigo, como alguns dos nossos livros que a defende e que estão sofrendo de subtis censuras! Pobres de espírito, pensam que poderão eternamente viver à custa da exploração, da corrupção, de métodos ilícitos, do compadrio, etc, sem receberem os efeitos das suas erradas condutas. É tudo uma questão de tempo; nesta vida ou nas próximas receberão tal como semearam. Por isso, Einstein esclareceu que todos estamos sujeitos à inexorável Lei da Causa e do Efeito. Como disse Max Heindel, na sua obra O Conceito Rosacruz do Cosmo, nesta Época haverá uma única Fraternidade Universal, sob a direção de Cristo que terá voltado. O dia e a hora da Sua volta ninguém sabe. Ainda não foi fixado. Ela depende muito de nós, do modo como cada pessoa agir em sintonia com a vontade do Pai. E como a evolução é eterna, a seu tempo, a Humanidade receberá a Religião do Pai, antes de Cristo foi a de Javé, Espírito Santo, em que a lei era ainda de olho por olho, dente por dente, para com a do Filho, de Cristo, recebermos a Religião do Amor Universal. Com a Religião do Pai, a seu tempo, viveremos na Unidade da Vida Una e Única, mas sem jamais perdermos a nossa individualidade singular, será uma fusão sem confusão, não como uma gota de água no oceano, mas como um Ego pleno de Amor Universal que na Unidade da Vida dá a sua parte específica para uma Vida mais elevada, pois tudo evolui. Fim

Meu Deus, Me Dê a Coragem.

Clarice Lispector Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços o meu pecado de pensar.

A Fala

A Fala Falar significa a ação de exteriorizar o pensamento pelo verbo. Diante disso, um simples exame demonstra que a fala move o mundo: Jesus, falando, dividiu a História entre antes e depois de Sua presença; missionários vários - de Sócrates aos dias atuais - com sua fala, mudaram e mudam vidas proporcionando plenitude mediante a consolação e o esclarecimento. A voz é instrumento delicado e de alta importância na existência humana. Sendo o único animal que consegue articular palavras, modulando o som e produzindo harmonia, o ser humano deve utilizar-se do aparelho fônico na condição de instrumento precioso e de cujo uso dará contas à Consciência Cósmica que lhe concedeu o admirável tesouro. Autor: Joanna de Ângelis Psicografia de Divaldo Franco

ENCONTRO MARCADO

ENCONTRO MARCADO Quando a aflição lhe bateu à porta, o discípulo tomou as noticias do senhor e leu-lhe a promessa divina: “Estarei convosco até o fim dos séculos...” Acendeu-lhe a esperança no imo d'alma. E, certa manhã, partiu à procura do mestre, à feição da corça transviada no deserto, quando suspira pela fonte das águas vivas. Entrou num templo repleto de luzes faiscantes, onde se lhe venerava a memória; todavia, não obstante sentir que a fé aí brilhava entre cânticos reverentes e flores devotas, não encontrou o Divino Amigo. Buscou-o nos vastos recintos, onde se lhe pronunciava o nome com reflexão de supremo respeito; contudo, apesar de surpreender-lhe o ensinamento puro, no verbo daqueles que sobraçavam dourados livros, não lhe anotou a presença. Na jornada exaustiva, gastou as horas ... Em vão, atravessou portadas e colunas, altares e jardins. Descia, gélida, a noite, quando escutou os gemidos de uma criança doente, abandonada à sarjeta. Ajoelhando-se, asilou-a amorosamente na concha dos próprios braços. Ao levantar os olhos, viu Jesus, diante dele. Fremente, bradou: - Mestre! Mestre!... O excelso benfeitor afagou-lhe a cabeça fatigada, como quem lhe expungia toda a chaga de angústia, e falou, compassivo: - Realmente, filho meu, estarei com todos e em toda a parte, até o fim dos séculos; no entanto, moro no coração da caridade, em cuja luz tenho encontro marcado com todo os aprendizes do bem eterno... Debalde, tentou o discípulo reter o Senhor de encontro ao peito... Através da neblina espessa das lágrimas a lhe inundarem o rosto mudo, reparou que a celeste visão se diluía no anilado fulgor do céu vespertino, mas na acústica do próprio ser, ressoavam para ele agora as palavras inesquecíveis: - Toda vez que amparardes a um desses pequeninos, por amor de meu nome, é a mim que o fazeis... Meimei

ESCALADA .

ESCALADA A pedra perguntou ao martelo que o espancava: - Por que me quebras assim? O martelo não respondeu, contudo, em breve tempo, o bloco burilado se fez destaque na base de formoso edifício. O minério indagou do forno super aquecido que transmutava: - Dize a razão pela qual me enlouqueces de sofrimento. O forno silenciou, no entanto, depois de alguns dias, apareceu na condição do aço em alto preço. O tronco argumentou com a lâmina que o serrava: Por que me atormentas? A lâmina permaneceu muda, mas, após algumas semanas, o tronco dividido em folhas diversas, era a estrutura principal de um barco importante. O barro interrogou ao molde que o constrangia: - Por que me oprimes tanto? O molde não formulou resposta alguma, entretanto, além de algum tempo surgiu na loja por vaso raro. O homem igualmente, vezes sem conta, interpela Deus: - Senhor, porque me martirizas e me afliges? Deus, porém, não responde. Acontece que o espírito humano dispõe de livre arbítrio para aceitar ou não a dor que o aperfeiçoa. Enquanto recalcita contra as leis do progresso e do aprimoramento próprio, sofre e deblatera, indefinidamente; no entanto, quando se decide a obedecer aos princípios que lhe controlam a escalada para a Grandeza Suprema do Universo, chega sempre o dia no qual vem a saber os prodígios de sabedoria e amor, luz e beleza em que Deus transformará. Meimei