contos sol e lua

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Vampiro.


As ruas são escuras, sombras rastejando-se das paredes
A poeira se movimenta e as luzes de neon chamam
Demônios e tolos e uma dama de preto
Ela é do tipo que não dorme à noite

Ela vê a presa e fica atenta
São tempos difíceis, mas ela não liga

Ela é um vampiro
Desejo mais escuro que preto
Ela é um vampiro
Alcança mais alto, não há como escapar
Suas asas são cortinas da noite
Ela desconhece o certo e errado

Mortos são os lugares onde essa deusa esteve
Fria é a pele que essa criatura viu
Seu universo é um oceano de sangue
Sua mesa de jantar é um berço de lama

Ela vê a presa e fica atenta
São tempos difíceis, mas ela não liga

Ela é um vampiro
Desejo mais escuro que preto
Ela é um vampiro
Alcança mais alto, não há como escapar
Suas asas são cortinas da noite
Ela desconhece o certo e errado

A noite é cega, a senhorita está te chamando
Para estar com ela por toda a eternidade
Siga-a até que sua sede seja saciada
Uma mentira imortal, sangue

Não há saída, ela te paralisou

Você se despediria do sol?
E daria sua vida para nunca morrer?

Ela é um vampiro
Desejo mais escuro que preto
Ela é um vampiro
Alcança mais alto, não há como escapar
Suas asas são cortinas da noite
Ela desconhece o certo e errado.
Xandria.

The Vampire (tradução)


Quando eu nasci nas sombras e entrei na sua vida
O lado negro do seu sol...venha também....
Todo dia o pecado é profundo em seu coração
Almas gritando,profundo e mais profundo
Venha em mim como a faca na minha pele
Mas você consegue...nunca morrer...nunca morrer
Siga em em frente,pegue outro amor caido
Fazer meu caminho,queimando em meu desejo
Toda lágrima...você irá chorar
Todo dia ...você morrerá
Com meu sangue você irá sobreviver...
E nós viveremos para sempre...no inferno
No meu sangue agora vc é livre
Com um grito você voa até mim
"Smil" sonhos e voa como um anjo
Mas nós sempre caimos no inferno...no inferno
Siga em em frente,pegue outro amor caido
Fazer meu caminho,queimando em meu desejo
Toda lágrima...você irá chorar
Todo dia ...você morrerá
Com meu sangue você irá sobreviver...
E nós viveremos para sempre...no inferno
Him.

Endless Dark (tradução)


Escuridão interminável.
Suavemente a luz brilha através
dos portões da graça sobre eu e você
Enganando nosso corações inquietos
Uma chama vislumbrando tão serena
Devorando a noite, assim podíamos ver
O medo, nos agarramos a ele com tanta força

Mas eu sei onde é meu lugar
Longe dos seus deuses
Que curam todas as feridas e ilumina
Esta escuridão interminável
Escuridão interminável
Esta escuridão interminável

A luz brilha somente em você
através dos portões lapidados de fogo
Alimentando seu amor
Fraco é o incêndio que me manteve longe
Da crueldade e ternura abraçadas
Nunca mais salvando minha alma

Mas eu sei onde é meu lugar
Longe dos seus deuses
Que curam todas as feridas e ilumina
Esta escuridão interminável
Escuridão interminável
Esta escuridão interminável

Mas eu sei onde é meu lugar
Longe dos seus deuses
Que curam todas as feridas e ilumina
Esta escuridão interminável

Que curam todas as feridas
Curam todas as feridas
Curam todas as feridas e ilumina
esta escuridão interminável

Que brilha sobre você e doma a chama em seu coração
Que me enterra de verdade bem em seus braços
Que venera o túmulo do nosso amor desamparado
Que cura todas as feridas e ilumina
esta escuridão interminável

que cura todas as feridas e ilumina
Esta escuridão interminável.
Him.

Vampire Heart (tradução)


Você não pode fugir da ira do meu coração
Vibrando com a sua música fúnebre
Toda a fé é desejo pois o Inferno foi recuperado
E o amor é poeira nas mãos da vergonha

Deixe-me sangrar esta canção pra você
E guiar-lhe através deste caminho no escuro
Onde é o meu lugar até que sinta seu calor...

Abrace-me como você se agarrou à vida quando
todos os medos se concretizaram e sepultaram-me
E ame-me como você amou ao sol,
queimando o sangue no meu coração de vampiro

Eu serei os espinhos em todas as rosas
Você foi enviada pela Esperança
Eu sou o pesadelo que lhe acorda
Do sonho de um sonho de amor

Deixe-me chorar este poema pra você
Enquanto os portões do Paraíso se fecham
Pintar-lhe minha alma, cheia de cicatrizes e solitária
Esperando por seu beijo para me levar de volta pra casa


Abrace-me como você se agarrou à vida
Meu coração de vampiro

Ame-me como você amou ao sol
Meu coração de vampiro.
Him.

Vampire Of Love (tradução)[KISS]

Sombras negras de amor deslizam
Próximo de hoje à noite
E eu estou esperando pelo seu amor
Esperando pela luz da lua
Renda-me o seu amor
Antes do nascer do sol

Seu longo e macio cabelo
Seu pescoço virgem e raro
Suas pernas sem comparação
Seus lábios, seus seios empinados
Meu amor é sua prova

Porque amor na veia jugular
É amor que não consigo explicar
Eu sou seu vampiro do amor
Então me ame hoje a noite
Antes do nascer do sol.
Álbum: Desconhecido.
Composição: Desconhecido.

Cosmic Love(tradução)


A sensação de flutuar num satélite há gravidade zero,
é tão boa, como essa estranha sensação em meu coração.

Como um drama onde o personagem principal sumiu a muito tempo,
mas antes disso eu te conheci.

Se eu abrir gentilmente essa porta dimensional,
e cruzar o imenso espaço de tempo continuo,
e chegar nesse novo lugar, vou sentir...
que as cores estão começando a mudar.

Você pode ouvir minha voz?
seu sorriso é como chocolate,
e eu quero ele todo pra mim.

"Baby baby love",
quero ouvi-lo derretendo nas profundezas dessa longa noite,
e esconder o que estou sentindo em meu peito.
de Rosario + Vampire.

Benção.


Quando, por uma lei das supremas potências,
O Poeta se apresenta à platéia entediada,
Sua mãe, estarrecida e prenhe de insolências,
Pragueja contra Deus, que dela então se apiada:

"Ah! Tivesse eu gerado um ninho de serpentes,
Em vez de amamentar esse aleijão sem graça!
Maldita a noite dos prazeres mais ardentes
Em que meu ventre concebeu minha desgraça!

Pois que entre todas neste mundo fui eleita
Para ser o desgosto de meu triste esposo,
E ao fogo arremessar não posso, qual se deita
Uma carta de amor, esse monstro asqueroso,

Eu farei recair teu ódio que me afronta
Sobre o instrumento vil de tuas maldições,
E este mau ramo hei de torcer de ponta a ponta,
Para que aí não vingue um só de teus botões!"

Ela rumina assim todo o ódio que a envenena,
E, por nada entender dos desígnios eternos,
Ela própria prepara ao fundo da Geena
A pira consagrada aos delitos maternos.

Sob a auréola, porém, de um anjo vigilante,
Inebria-se ao sol o infante deserdado,
E em tudo o que ele come ou bebe a cada instante
Há um gosto de ambrosia e néctar encarnado.

Às nuvens ele fala, aos ventos desafia
E a via-sacra entre canções percorre em festa;
O Espírito que o segue em sua romaria
Chora ao vê-lo feliz como ave da floresta.

Os que ele quer amar o observam com receio,
Ou então, por desprezo à sua estranha paz,
Buscam quem saiba acometê-lo em pleno seio,
E empenham-se em sangrar a fera que ele traz.


Ao pão e ao vinho que lhe servem de repasto
Eis que misturam cinza e pútridos bagaços;
Hipócritas, dizem-lhe o tato ser nefasto,
E se arrependem pó haver cruzado os passos.

Sua mulher nas praças perambula aos gritos:
"Pois se tão bela sou que ele deseja amar-me,
farei tal qual os ídolos dos velhos ritos,
e assim, como eles, quero inteira redourar-me;

E aqui, de joelhos, me embebedarei de incenso,
De nardo e mirra, de iguarias e licores,
Para saber se desse amante tão intenso
Posso usurpar sorrindo os cândidos louvores.

E ao fatigar-me dessas ímpias fantasias,
Sobre ele pousarei a tíbia e férrea mão;
E minhas unhas, como as garras das Harpias,
Hão de abrir um caminho até seu coração.

Como ave tenra que estremece e que palpita,
Ao seio hei de arrancar-lhe o rubro coração,
E, dando rédea à minha besta favorita,
Por terra o deitarei sem dó nem compaixão!"

Ao céu, de onde ele vê de um trono a incandescência,
O Poeta ergue sereno as suas mãos piedosas,
E o fulgurante brilho de sua vidência
Ofusca-lhe o perfil das multidões furiosas:

"Bendito vós, Senhor, que dais o sofrimento,
esse óleo puro que nos purga as imundícias
como o melhor, o mais divino sacramento
e que prepara os fortes às santas delícias!

Eu sei que reservais um lugar para o Poeta
Nas radiantes fileiras das santas Legiões,
E que o convidareis à comunhão secreta
Dos Tronos, das Virtudes, das Dominações.

Bem sei que a dor é nossa dádiva suprema,
Aos pés da qual o inferno e a terra estão dispersos,
E que, para talhar-me um místico diadema,
Forçoso é lhes impor os tempos e universos.

Mas nem as jóias que em Palmira reluziam,
As pérolas do mar, o mais raro diamante,
Engastados por vós, ofuscar poderiam
Este belo diadema etéreo e cintilante;

Pois que ela apenas será feita de luz pura,
Arrancada à matriz dos raios primitivos,
De que os olhos mortais, radiantes de ventura,
Nada mais são que espelhos turvos e cativos!".
Charles Baudelaire.

A Espada - Katana


De todas as armas produzidas pelo homem, nenhuma supera a espada japonesa quando são analisados critérios artísticos, espirituais e práticos. Suas rivais européias de Toledo e Damasco não possuem todas suas virtudes, apesar de terem sido confeccionadas pelos melhores mestres existentes no Ocidente.
No Japão medieval existiram muitos tipos de armas. No início do século XI até o final do século XVI com as batalhas realizadas entre exércitos de senhores feudais rivais, o principal armamento era o utilizado em campo aberto ( lanças, flechas, naguinatas, etc.. ). Após a unificação do Japão por Tokugawa Ieyasu ( início do século XVII ) as batalhas campais acabaram e começou o período de duelos entre Samurais, neste momento a espada foi a arma mais usada, tamanha importância foi dada a ela que ocorreram dois fatos importantes em sua história: em 1588 o mais poderoso senhor feudal do Japão, Toyotomi Hideyoshi declara que somente os Samurais podiam portá-la, assim ele subtraiu-a do alcance dos comuns, reservando-a como privilégio único e exclusivo da classe guerreira, já a frase mais famosa relacionada a ela veio do Shogun Tokugawa Ieyasu, que disse " a espada é a alma do Samurai".
A espada sempre teve um valor importante na sociedade japonesa, seja como a arma de um samurai e o seu símbolo de poder e status até o fato de se acreditar que o espírito do samurai vivia nela. Outro fato importante é a representação do poder do imperador pela espada que ele recebe quando é empossado, segundo a lenda a espada foi dada pelo deus do sol, Amaterasu Omikarni ao seu neto, Ninigi-no Mikoto, quando este foi enviado para reinar na terra.
A espada japonesa mais conhecida é a katana, quando pensa-se em Samurais sempre é ela a lembrada, suas principais características são relacionadas principalmente à forma de sua lâmina, com curvatura ( mais ou menos acentuada ), de seção transversal cônica, com têmpera característica na região de corte, especificamente destinada a golpes de ceifa desfechados com insuperável velocidade. Os guerreiros também carregavam uma outra espada ( Wakizashi ), de tamanho menor que a katana, que era mais utilizada em combates em ambientes fechados ( castelos, florestas, etc. ). O conjunto katana mais Wakizashi, quando juntas formavam o par chamado de Daishô, que era usado na cintura e representava o status máximo da Classe Samurai.
A manufatura da espada japonesa, não era um simples ato de fabricar um objeto para uma batalha ou utilização específica, o mestre-espadeiro colocava seu espírito em todas as fases de sua fabricação, chegando ao ponto de abster-se de sexo, bebidas, carne e da presença das pessoas comuns durante todo o processo. Seu ateliê era um santuário sagrado, o aço dobrado sobre si próprio em operações de forjamento sucessivo, o sentimento colocado em cada martelada, nas imersões na água, nas passadas na pedra de afiar, era um ato religioso que conferia um espírito à sua lâmina e a deixava viva com a energia de seu criador. Existe uma história que é relacionada ao espírito do artesão que era colocado nas fibras do aço: O mais famoso armeiro japonês foi Massamuné, conhecido pelo seu espírito bom, sempre que podia ajudava as pessoas de seu vilarejo, via suas obras como um objeto artístico e instrumento para a busca da paz, seu melhor discípulo foi Muramasa, que apesar de aprender toda a técnica da arte possuía um espírito ruim, devido a isso foi excluído. Conta-se que ao colocar duas espadas, uma de Massamuné e outra de Muramasa em um regato, quando folhas são jogadas na água, elas são atraídas para a lâmina da segunda e repelidas pela da primeira, isto é relacionado pelos estudiosos ao sentimento ruim que Muramasa colocava em suas lâminas.
A simbologia existente na katana é que a bainha representa o corpo físico, templo protetor, enquanto a lâmina, o espírito poderoso que quando utilizado com sabedoria realiza atos incríveis. Em mãos hábeis de um perito a espada japonesa pode cortar qualquer parte do corpo humano, um cano de metralhadora , ou uma folha de árvore caindo ao solo.
Em um tratado escrito no século XVIII sobre a arte da esgrima ( Tengu-geijutsu-ron ), que relatava principalmente os aspectos espirituais da arte, existe a orientação que o praticante deve conhecer tanto o lado técnico como o espiritual, e que a busca dos valores mais nobres deve ser feita procurando-se os sentimentos que brotam do fundo do coração. Quem pratica a arte das espadas deve corresponder, espontaneamente, à uma eventual situação, sem se irritar de modo algum por qualquer intenção externa. A reação deve ocorrer de imediato, como o espelho reflete a imagem. Através de inúmeros textos, principalmente Zen-Budistas, a consciência dos praticantes foi sendo moldada e a utilização do katana mudou de um fim quase sempre trágico de um duelo, para uma reflexão mais espiritual e certamente benéfica para a sociedade.
Com a mudança de alguns conceitos, principalmente relacionados a finalidade da prática da espada, mestres da esgrima começaram a colocar em suas escolas a importância da busca espiritual, não como meio próprio de iluminação, mas como um caminho da melhoria de vida de todas as pessoas. Nesta época surge a fase mais bonita da simbologia relacionada à katana, ela existiria para dar a vida e não para tirá-la, com o treino os alunos estariam buscando o que de melhor possuem, e assim poderiam contribuir melhor para seu aprendizado como pessoas que vivem em sociedade. Surge o Kendô ( O caminho da espada ) e as diversas artes marciais relacionadas à sua prática.
Infelizmente devido à alguns, a espada japonesa teve sua nobre simbologia denegrida pela sua utilização na Segunda Grande Guerra, quando oficiais japoneses decapitavam prisioneiros americanos ou britânicos, que eram amarrados e colocados de cócoras. Mesmo estas espadas não serem katanas autênticas, seus donos achavam que estavam praticando a arte dos Samurais, agindo cegamente por ignorância ou crueldade, eles esqueciam que pelo espírito do Bushidô ( Código de Honra Samurai ), um adversário devia ser enfrentado de frente, e pela frase do Shogun Tokugawa Ieyasu: " o inimigo deve ser enfrentado à distância da espada, de frente e com respeito ". Esta fase terrível é lembrada com tristeza pelos praticantes e conhecedores da arte da esgrima, mas não sujou o espírito existente que foi moldado por séculos de tradição, uma mostra disto é a crescente busca de informações sobre sua história e técnica existente hoje no Ocidente.
O Ressurgimento.
Há apenas quarenta anos, acreditava-se que o oficio da criação de espadas japonesas estava fadado ao fim. Durante a ocupação americana no Japão do pós-guerra, os japoneses foram proibidos de fabricar ou de portar qualquer tipo de arma, inclusive espadas. Suas espadas foram confiscadas e destruídas em sua maioria, e outras foram levadas pelos americanos como souvenires. Os cuteleiros foram obrigados a procurar novos ofícios e com isso privaram gerações de absorver conhecimento sobre este oficio e pela primeira vez no Japão cessou a fabricação das espadas, exceto por algumas espadas feitas exclusivamente para rituais e ocasiões publicas.
O ofício sobreviveu a este período negro. Em 1953 depois que os americanos deixaram o Japão a proibição da fabricação das espadas foi retirada. Alguns cuteleiros da chamada "geração perdida" retornaram ao trabalho e com eles uma nova geração de aprendizes começou a surgir. Graças aos seus esforços o oficio emergiu novamente e na década de 80 ele está possivelmente mais ativo do que jamais esteve ao longo de vários séculos.
Todo este ressurgimento é fantástico, ainda mais para uma arte que é controlada pelo governo, aonde o número de espadas fabricadas por cada cuteleiro é limitada e aonde os aprendizes devem ter um número mínimo de anos de aprendizado com um professor licenciado para poder exercer o oficio.Wikepédia.

O Livro dos Cinco Anéis.


"Quando não puder mais ser enganado pelos outros homens, terá finalmente compreendido a sabedoria da estratégia."
Myiamoto Musashi é considerado o maior samurai do Japão feudal. Trilhou a sua vida pelo Kenjutsu , o Caminho (ou Arte) da Espada, um conjunto de regras virtuosas baseadas no Zen, Xintoísmo e Confucionismo. Reza a lenda que venceu o seu primeiro duelo aos treze anos de idade e até morrer (de velhice, é claro) nunca conheceu a derrota. Prevendo que seu fim se aproximava, resolveu deixar escritos os ensinamentos da sua escola Niten Ichi Ryu para a posteridade. O seu estilo era o de duas espadas, uma longa e uma curta.
Escritos em 1645, seus conselhos são estudados até hoje como referência sobre estratégia para homens de negócios e de marketing. Parece barbárie considerar técnicas de duelo de espadas e formas de matar o oponente como leitura educativa em um mundo civilizado. Mas é preciso ter em mente que viver e morrer pela espada era o ideal mais nobre e elevado que existia naquela época. "De modo geral, o Caminho do guerreiro é a aceitação resoluta da morte." Acima de tudo, o Caminho da Espada deveria ser seguido como filosofia de vida. "É necessário manter a posição de combate na vida diária e fazer da posição diária a sua posição de combate." "Estude a estratégia no decorrer dos anos e conquiste o espírito do guerreiro. Hoje é a vitória sobre o você de ontem; amanhã será a sua vitória sobre os homens inferiores."
Os cinco anéis são tópicos chamados de Terra, Água, Vento, Fogo e Vazio. Musashi ensina que os samurais não deveriam ser somente os melhores na espada e na palavra, mas aprender um pouco sobre todas as outras artes. "O Caminho do guerreiro é o da palavra e o da espada, e ele deve apreciar ambas as coisas. Mesmo que um homem não possua nenhum talento natural, pode tornar-se um guerreiro se aderir assiduamente às duas divisões do Caminho."
É interessante notar as analogias utilizadas pelo autor para tornar o seu ensino mais compreensível. Em uma delas ele compara a batalha do guerreiro à construção de uma casa, em outra a um jogo de futebol (é, o futebol era um jogo de quadra no Japão medieval). A maioria de seus princípios traz a aplicação em combates homem-a-homem e em grande escala (batalhas). Isso mostra a visão estratégica, tanto individual quanto coletiva, que Musashi tinha. "Na estratégia, é importante ver as coisas distantes como se estivessem próximas e observar de longe as coisas próximas."
Impossível não fazer uma comparação com o livro A Arte da Guerra , do chinês Sun Tzu. Afinal, ambos são "manuais" de estratégia militar antigos, mas lidos e aplicados até hoje no mundo dos negócios. A principal diferença apontada é que Musashi ensinou o seu caminho como uma maneira de viver, não como um livro a ser usado em ocasiões específicas.
A recente onda benéfica de traduzir clássicos da literatura mundial direto das línguas originais para o português deixou os brasileiros em uma posição privilegiada, porém mal-acostumados. Por isso, talvez ao ler a edição da Madras não se sinta aquele charme ao se deparar com um clássico pela primeira vez, pois trata-se da tradução de uma tradução, e como naquela brincadeira infantil conhecida como telefone-sem-fio, quanto mais distante do ponto de origem, maiores são as chances de algo se perder ou se alterar pelo caminho. Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a vida e os ensinos de Myiamoto Musashi, é recomendado ler o romance histórico Musashi , de dois volumes (e centenas de páginas), escrito por Eiji Yoshikawa ou a biografia Samurai: a Vida de Miyamoto Musashi , do pesquisador norte-americano William Scott Wilson, ambas publicadas pela editora Estação Liberdade. A Editora Conrad lançou no Brasil a adaptação do livro de Yoshikawa em forma de mangá (quadrinhos japoneses), com o título de Vagabond: a História de Musashi.Wikepédia

Katana - A espada perfeita!


No século 14 um ferreiro chamado Masamune desenvolveu uma técnica de fabricação de estruturas duras e flexíveis de aço para ser usada em espadas. Surgia a poderosa Katana, a espada samurai, considerada até hoje uma das perfeitas espadas do mundo. O Samurai utilizava diversas armas, mas a katana era a arma que era sinônimo de samurai. O Bushido ensinava que a Katana era a alma do Samurai. Eles acreditavam que a Katana era tão valiosa que muitas vezes lhe davam nomes e a consideravam com parte de suas vidas.
Acredita-se que sua origem tenha sido a espada reta chinesa. Construída de forma artesanal a Katana sofreu diversas alterações ao longo da história do Japão, por isso seu nome varia de acordo com o período ao qual pertence: Jokoto, Koto (espada antiga), Shinto (espada nova) e Gendaito (espada moderna). Esta última é na verdade uma imitação da espada tradicional, usada hoje para cerimoniais, pois, apesar de ter a aparência de uma espada tradicional, não é fabricada artesanalmente. A Katana hoje é um símbolo da cultura japonesa, um verdadeiro tesouro vivo, o que explica as leis que a protegem naquele país. Não é mais uma arma, mas um valioso objeto de arte que atrai pessoas do mundo inteiro e continuará a exercer o seu fascínio por muito tempo.
A Katana é feita de duas ligas de aço, uma flexível no interior e outra rígida no exterior, num processo artesanal bastante complexo. A primeira liga é utilizada para que a lâmina não estilhace, vergando-se, e a segunda para conferir a força necessária para que a lâmina corte e defenda os golpes de outras armas. O aço japonês utilizado em sua fabricação é uma liga diferente do aço ocidental, muito difícil de fabricar. A fundição é feita em recipientes de argila e não em um forno convencional.
Os artesãos do passado consideravam a arte de fazer espadas uma disciplina espiritual, purificando sua mente, seu corpo e seu espírito, bem como seu local de trabalho (em um ritual que podia durar semanas) antes de iniciar uma nova espada porque consideravam seu trabalho um ato religioso que dava vida à lâmina, tornando-a portadora da energia de seu criador. Por isso o mestre-espadeiro não fazia sexo, não bebia, não comia carne e afastava-se das pessoas comuns durante todo o processo para não contaminar a espada, do contrário tudo teria de ser feito novamente.
A Katana tornou-se conhecida e respeitada porque era a arma tradicional dos samurais. Corta apenas de um lado e a lâmina é ligeiramente curva, resultado do seu processo de fabricação. Era usada tradicionalmente junto com a wakizashi (menor que a Katana), sendo a Katana utilizada em campo aberto enquanto a wakizashi era utilizada para lutar em pequenos espaços. O conjunto das duas armas chama-se daisho, literalmente "grande e pequeno", e somente um samurai poderia usá-las, representando sua honra e prestígio.
Com a mudança de alguns conceitos, principalmente relacionados com a finalidade prática da espada, instrutores de esgrima começaram a ressaltar a importância da busca espiritual como uma forma de aprimoramento pessoal. Assim a Katana teria a função de dar a vida e não de tirá-la. O treinamento levaria o praticante a se conhecer e a aprender a viver em sociedade. Surgia o "caminho da espada" (Kendo) e as diversas artes marciais relacionadas à sua prática.Wikepédia.