terça-feira, 18 de maio de 2010

Lei Triplice.


É comum os wiccanoss dizerem frases, do tipo: “faça o que quiseres, se for para o bem” e outras frases, que ouvidas ou lidas por pessoas leigas em Wicca, podem ser mal interpretadas e podem levar estes leigos a pensar que nossa religião não tem qualquer tipo de controle, pois “Tudo é Permitido!”, o que sabemos que não é verdade!
A verdade é que temos a Lei Tríplice, a única Lei Wicca, que na verdade é a mais completa, das 200.000 que poderiam existir.
Esta Lei se baseia no princípio de que tudo que fizermos retornará para nós (aquele que pratica o ato) 3 vezes maior do que fizemos inicialmente.
Veja, se desejarmos, por exemplo, que uma determinada pessoa caia e quebre o nariz, pode ter certeza que mesmo demorando este desejo inicial retornará 3 vezes maior fazendo com que você (que desejou) caia, quebre o nariz, os braços e a cabeça!
É claro que isto é apenas um exemplo, mas acho que serve para você entender o significado da Lei Tríplice.
Devemos tomar muito cuidado com tudo o que fazemos na Wicca, pois o que pensamos estar certo pode voltar como uma bomba sobre nós.
Muitas vezes você pode interferir, sem saber, na vida de uma pessoa ou no curso natural das coisas ao seu redor. Esta interferência pode ser ruim para o caminhar natural das coisas ou pessoas.
Já parou para pensar que as pessoas têm seu livre arbítrio para fazer ou deixar de fazer o que bem entender?
Antes de ajudar uma pessoa que se encontra enferma numa maca de hospital, você precisa ter o consentimento dela, pois a SUA vontade de que ela melhore e saia do hospital pode ser contrária à da pessoa que quer mais é morrer, porque não vê mais sentido em nada!
O mesmo se aplica àquelas pessoas que por amor ou loucura, não sei, quer “amarrar”, ou seja, obrigar uma pessoa, que nem sabe que ela existe, ficar de “4”, perdidamente apaixonado e cego de amores…Acha isto certo? Acho que não, né? Pior ainda quando estas pessoas loucas de amor decidem fazer feitiços usando as energias e procedimentos mirabolantes para conseguir o que quer! E Conseguem!!!!!! Não é novidade nenhuma escutar casos de casamentos desfeitos e tragédias homéricas por causa destas ações. Com certeza, o troco chegará, cedo ou tarde, mas, chegará!
Para estas pessoas, um recadinho: CUIDADO!!!
Claudiney Pietro, em seu livro “Wicca – Ritos e Mistérios da bruxaria moderna”, diz o seguinte:
"Quando interferimos no livre arbítrio de uma pessoa estamos efetuando um ato negativo contra a pessoa e contra nós mesmos. Quando um Bruxo faz isso, está trabalhando com a Baixa Magia, e ele pagará caro, pois o Universo nos retribui tudo o que emitimos aos outros numa escala de 3.”
Ponha uma coisa em sua cabeça: NO UNIVERSO HÁ A FAMOSA LEI DO REFLEXO, OU SEJA, TUDO QUE VOCÊ FAZ, VOLTA PARA VOCÊ MESMO E MUITO MAIS FORTE! Ponto final e não discutamos mais sobre esta questão.
Prosseguindo afirmando que os feitiços são parte integrante do núcleo operacional da Wicca. Este feitiço é colocado pelo autor como sendo “um conjunto de técnicas e conhecimentos específicos que quando colocados em prática, enviam uma projeção mental ao Universo”…”Um feitiço age DIRETAMENTE com a natureza”… “Tudo na natureza é vivo e possui energias específicas acumuladas”…”quando canalizadas corretamente, passam à agir em benefício daqueles que sabem utilizá-las”.
você precisar ser consciencioso quando usar suas energias em seus ritos. Tenha em mente que apesar de muitas vezes esquecermos deste detalhe, NÃO SOMOS SENHORES DA MAGIA, DAS PESSOAS E DAS SITUAÇÕES!
Scott Cunningham em seu livro Guia Essencial da Bruxa Solitária dá algumas dicas de como você utilizar bem seu poder evitando assim, ser punido por seu mal uso. Vamos a elas:
1. O Poder não deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar os outros. (Se surgir necessidade para tais atos, o Poder deverá ser usado APENAS para proteger sua vida ou de outros);
2. O Poder só deve ser utilizado conforme as necessidades;
3. O Poder pode ser utilizado em seu benefício, desde que ao agir não prejudique ninguém;
4. Não é sábio aceitar dinheiro para utilizar o Poder, pois ele rapidamente controla o que o recebe. Não seja como os de outras religiões;
5. Não utilize o Poder por motivo de orgulho, pois isto desvaloriza os mistérios da Wicca e da magia;
6. Lembre-se sempre de que o Poder é um Dom sagrado da Deusa e do Deus, e não deve JAMAIS ser mal usado ou abusado;
Agora vai minha dica: antes de agir em favor ou contra algo ou alguém, pare, reflita em cada uma destas dicas de Scott Cunningham e veja se não fere nenhuma. Se estiver tudo certo, siga tranqüilo
Bibliográfica CUNNINGHAM, Scott: Guia Essencial da Bruxa Solitária, Editora Gaia; PIETRO, Claudiney: Wicca Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna, Editora Germinal.

Crença das bruxas.


É difícil dizer exatamente no que crêem as bruxa de nossos dias. Conheço uma que vai à Igreja de vez em quando, embora seja apenas uma conformista ocasional. Acredita firmemente em reencarnação, assim como muitos cristãos. Não sei como ela ou eles reconciliam isso com os ensinamentos da Igreja. Mas, para começar, a crença em muitos paraísos diferentes, cada um com seu deus diferente, não é incomum. O deus do culto é o deus do próximo mundo, da morte e da ressurreição, ou da reencarnação, o consolador, o confortador. Após a vida, você vai alegremente a seu reino para o descanso e o alívio, tornando-se jovem e forte, esperando a época de renascer na terra de novo, e você pede a ele que mande de volta os espíritos de seus mortos queridos para que se regozijem com você em suas festas.
Torna-se claro que elas acreditam em algo desse tipo, por causa do mito da deusa que forma a parte central de um de seus rituais. É um tipo de espiritualismo primitivo.
Bruxas não têm livros de teologia, então para mim é difícil descobrir em que elas realmente acreditam. Com todos os milhares de livros escritos sobre a cristandade, ainda acho difícil definir as crenças cristãs. Transubstanciação, por exemplo. Por outro lado, é fácil fornecer a idéia central ou mito, que em minha opinião pode-se definir como uma história que afeta as ações das pessoas. Estritamente falando, nesse sentido o mito da cristandade está na crucifixão e na ressurreição, e poucos cristãos discordam disso. O mito da bruxaria parece ser a história da deusa aqui citada. Estou proibido de fornecer seu nome, então vou chamá-la G.
G. nunca amou, mas ela resolve todos os mistérios, mesmo o mistério da Morte, e assim ela viajou às terras baixas. Os guardiões dos portais a desafiaram. "Despe teus trajes, tira tuas jóias, pois nada disso podes trazer contigo em nossa terra. "Assim, ela pôs de lado seus trajes e suas jóias e foi amarrada como o eram todos os que entravam nos reinos da Morte, a poderosa.
Tal era a sua beleza que a própria Morte se ajoelhou e beijou seus pés, dizendo: ''Abençoados sejam esses pés que te trouxeram por estes caminhos. Permanece comigo, mas deixa-me pôr minha mão fria sobre teu coração ". E ela respondeu: "Eu não te amo. Por que fazes com que todas as coisas que eu amo e que me alegram se apaguem e morram? " "Dama, " respondeu a Morte, "isto é a idade e o destino, contra os quais não sou de nenhuma ajuda. A idade faz com que todas as coisas feneçam; mas, quando o homem morre ao fim de seu tempo, eu lhe dou descanso e paz e força para que ele possa retornar. Mas tu és adorável. Não retornes; permanece comigo. " Mas ela respondeu: "Eu não te amo ". Então a Morte disse: "Como não recebes minha mão em teu coração, receberás o açoite da Morte". "Esse é o destino, que seja cumprido, " disse ela, ajoelhando-se. A Morte açoitou-a e ela gritou: "Conheço os sofrimentos do amor ". E a Morte disse: "Abençoada sejas " e lhe deu o beijo quíntuplo, dizendo: "Que possas atingir a felicidade e o conhecimento".
E ela lhe contou todos os mistérios e eles se amaram e se tornaram um; e ela lhe ensinou todas as magias. Por isso, há três grandes eventos na vida do homem - amor, morte e ressurreição no novo corpo - e a magia os controla a todos. Para realizar o amor, você deve retornar na mesma época e lugar que os entes amados e deve lembrar-se e amá-lo ou amá-la novamente. Mas, para renascer, você deve morrer e ficar pronto para um novo corpo; para morrer, você deve ter nascido; sem amor você não pode nascer e eis toda a magia. Esse mito sobre os quais os membros baseiam suas ações é a idéia central do culto. Talvez seja trabalhoso explicar idéias e rituais já concebidos e explicar por que o deus mais sábio, mais velho e poderoso deveria dar seu poder à deusa por intermédio da magia.
Havia um costume céltico de amarrar cadáveres; a corda com a qual um deles fora amarrado era de grande valia na obtenção da segunda visão. Mas no Mundo Antigo parece ter sido difundida a idéia de que uma pessoa viva deve ser amarrada para chegar à presença dos Senhores da Morte. Tácito, em Germânia XXIX, fala de bosques sagrados onde homens se juntam para obter augúrios ancestrais, para entrar nesses domínios sagrado dos Senhores da Morte. "Todos são atados com correntes para mostrar que estão em poder da Divindade e, se lhes acontecesse cair, não tinham ajuda para levantar. Deitados como estão, devem rolar pelo caminho da melhor forma possível. " Isso mostra que eles eram amarrados bem forte, de forma que não podiam erguer-se; logo, é claro que não era uma amarração "simbólica".
Luciano, em sua obra Vera Historia, que, embora seja um romance, trata de crenças populares, fala de pessoas vivas desembarcando na Ilha dos Abençoados, sendo instantaneamente atados com correntes e levados à presença do Rei dos Mortos.
A idéia de pessoas vivas, ou recém-mortos, sendo amarrados com correntes logo que chegam à terra dos mortos pode ser, em minha opinião, a origem da idéia de fantasmas arrastando correntes; mesmo no Limbo eles permaneceriam amarrados. apenas a história de Ishtar descendo aos infernos, mas o ponto principal da história é outro. Pode-se dizer também que é simplesmente Shiva, o deus da Morte e da Ressurreição; mas novamente a história é diferente. É bastante possível que as histórias de Ishtar e Shiva tenham influenciado o mito, mas acho que sua origem é mais provavelmente céltica. Nas lendas célticas, os Senhores do Submundo preparavam a pessoa para o renascimento; dizia-se que muitos vivos haviam entrado em suas regiões, formado alianças com eles e retornado em segurança, mas era preciso grande coragem; apenas um herói ou um semideus se arriscaria desse modo. Os mistérios célticos certamente continham rituais de morte e ressurreição e possivelmente visitas ao submundo com um retorno em segurança. Acho que o purgatório de São Patrício em Lough Derg é uma versão cristianizada dessa lenda.
O homem primitivo temia a idéia de renascer em outra tribo, entre estranhos, de forma que rezava e realizava ritos para se assegurar de que nasceria novamente na mesma época e no mesmo lugar que seus amados, que o conheceriam e o amariam em sua nova vida. A deusa do culto das bruxas é obviamente a Grande Mãe, a que dá a vida, o amor encarnado. Ela comanda a primavera, o prazer, a festa e todos os deleites. Mais tarde, ela foi identificada com outras deusas e tinha uma especial afinidade com a lua.
Antes de uma iniciação, lê-se uma declaração que começa assim:
Ouça as palavras da Grande Mãe, que antigamente foi chamada pelos homens de Artemis, Astartéia, Diana, Melusina, Afrodite e muitos outros nomes. Em meus altares a juventude da Lacedemônia fez o devido sacrifício. Uma vez por mês, de preferência quando a lua está cheia, encontrem-se em algum lugar secreto e me adorem. Pois sou a rainha de todas as magias... Pois sou uma deusa graciosa, dou alegria à terra, certamente, não a fé, durante a vida; e após a morte, a paz inexprimível, o descanso e o êxtase da deusa. Nada peço em sacrifício.
Essa declaração vem, da época em que romanos ou estrangeiros chegaram; isso explicaria o que nem todos sabiam em épocas passadas e identifica a deusa com deusas de outras terras. Imagino que uma declaração similar era uma característica nos antigos mistérios.
É proibido de revelar algo mais; mas, se você aceitar a regra dela, tem a promessa de vários benefícios e é admitido no círculo, apresentado à Morte Poderosa e aos membros do culto.
Há também um pequeno "susto", uma "prova" e um "juramento"; mostram-lhe algumas coisas e lhe dão alguma instrução. Tudo é muito simples e direto.
Entre as declarações mais comuns contra as bruxas está a de que elas repudiam ou negam a religião cristã. Tudo o que posso dizer é que eu e meus amigos jamais ouvimos algo sobre tais negações e repúdios. Minha opinião é de que em tempos primitivos todos pertenciam à velha crença e adoravam regularmente os antigos deuses antes de serem iniciados. Para as pessoas como os romanos e romano-bretões, eles estariam apenas adorando seus próprios deuses, identificados com os célticos; logo, nada haveria para ser repudiado.
Provavelmente durante a perseguição, se pessoas desconhecidas apareciam em um encontro religioso, seriam questionadas para se descobrir se eram espiões; provavelmente lhes pediam para negar o cristianismo, como uma espécie de teste. Eles nunca iniciariam alguém, não o trariam ao círculo, a menos que soubessem com certeza que era pertencente à velha crença. Quando a perseguição aumentou, o culto escondeu-se e praticamente só as crianças nascidas e criadas no culto eram iniciadas. Acredito que algumas vezes, quando alguém que não fosse do sangue desejasse ingressar, ele era questionado; mas daria na mesma pedir ao postulante médio que negasse o cristianismo ou que negasse uma crença em Fidlers Green, sobre o qual os velhos marinheiros costumavam falar: o paraíso para onde os velhos marinheiros iam, que ficava bem longe do Inferno. Embora houvesse casos de pessoas que negavam o cristianismo, estas foram bem poucas. Dizer que isso é "provado" porque muitas bruxas foram torturadas para admitir que repudiavam o cristianismo é a mesma coisa que dizer que tal testemunho prova que elas voavam em vassouras. Meu grande problema para descobrir quais foram suas crenças reside no fato de elas terem esquecido praticamente tudo sobre seu deus; tudo o que posso saber é por meio dos ritos e orações dirigidos a ele.
As bruxas não conhecem a origem de seu culto. Minha própria teoria é, como já disse, que é um culto da Idade da Pedra, dos tempos matriarcais, quando a mulher era líder; mais tarde, o deus homem se tornou dominante, mas o culto das mulheres, por causa de seus segredos mágicos, continuou como uma ordem distinta. O grande sacerdote do deus homem às vezes compareceria aos encontros delas e os lideraria; quando estivesse ausente, a grande sacerdotisa era sua representante.
Deve-se notar também que há certos ritos em que um homem deve liderar, mas, se um homem do grau requisitado não está disponível, uma sacerdotisa chefe veste uma espada e é vista como um homem para a ocasião. Mas embora a mulher possa ocasionalmente tomar o lugar do homem, o homem nunca pode tomar o lugar da mulher. Isso deve vir da época da associação das Druidesas, que os romanos tratavam de bruxas. Se eram druidesas verdadeiras, eu não sei. Essa parece ter sido uma organização religiosa separada, possivelmente sob o comando do druida líder, da mesma forma que havia um sacerdote ou alguém que num encontro de bruxas era reconhecido chefe. Ele era chamado "o Diabo" na época medieval.F.P.Wikepédia.

Wicca Dance.Tradução da música.


Quando na primavera do ano.
Quando as árvores estao coroadas com folhas.
Quando a cinza e o carvalho, e a bétula e o teixo.
São vestidos em fitas feira.

Quando as corujas chamam a lua fôlego.
No véu azul da noite.
As sombras das árvores aparecem.
Entre as luzes de lanterna.
Agora voltando novamente.

Quem vai descer para os bosques sombrios.
E chamar as sombras lá.
E amarrar uma fita naqueles braços protegendo.
Na primavera do ano.

O canto dos pássaros parecem preencher a madeira.
Que quando o violinista execuções.
Todas as suas vozes possam ser ouvidas.
Longe após o dia da floresta.

E então eles ligaram as suas mãos e dançaram.
Em círculos e em filas.
E então a jornada da noite desce.
Quando todas as sombras se foram.
E em sua porta nós ficamos.
É um broto bem enxertadas fora.
O trabalho das mãos de nosso Senhor.
Loreena McKennitt.