O mundo baila em carrosséis de brumas...
E, nele, às vezes, fico a meditar.
Enquanto o tempo embala o longe-estar
Dos sonhos meus que se vão como espumas...
E a inquietude, que me chega em rumas,
Atormentando o meu ser-avatar,
Desencadeia em meu peregrinar
Vertigens que contundem quais ascumas...
Mas trago a fé e as dádivas ancestrais
Que me prolongam perante os umbrais
De um reino de transcendental elã.
Somente assim eu atravesso as noites,
Buscando a luz, em meio aos meus aloites,
E a esperança em cada antemanhã.
Rubenio Marcelo.