contos sol e lua

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terça-feira, 13 de julho de 2010

A Grande Obra.


DISCITE - CRUX.
A grande obra é, antes de tudo, a criação do homem por si mesmo, isto é, a conquista plena e total que faz das suas faculdades e do seu futuro; é, principalmente, a emancipação perfeita da sua vontade, que lhe assegura o império universal do Azoth e do domínio da Magnésia, isto é, um pleno poder sobre o agente universal.
Este agente mágico, que os antigos filósofos herméticos encobriam sob o nome de matéria- prima, determina formas da substância modificável, e pode - se, realmente, chegar, por seu meio, à transmutação metálica e à medicina universal. Isto não é uma hipótese, é um fato científico já experimentado e rigorosamente demonstrável.
Nicola Flamel e Raimundo Lullo, ambos pobres, distribuíram, riquezas imensas.
A grippa só chegou à primeira parte da grande obra, e morreu de sofrimento, lutando para possuir unicamente a si próprio e fixar sua independência.
Há, pois, duas operações herméticas: uma espiritual, outra temporal, e que dependem uma da outra.
Aliás, toda a ciência hermética está contida no dogma de Hermes, gravado primitivamente, dizem, numa tábua de esmeralda. Já explicamos os seus primeiros artigos; eis aqui os que se referem à operação da grande obra:
“Separarás a terra do fogo, o sutil do espesso suavemente, com grande indústria ”.
“Ele sobe da terra ao céu, e logo desce a terra, e recebe a força das coisas superiores e inferiores ”.
“Terás por este meio a glória de todo mundo, e, por isso, toda obscuridade desaparecerá de ti ”.
“É a força fonte de toda força, porque ela vencerá todas as coisas sutis e penetrará em todas as coisas sólidas ”. “Assim o mundo criado ”.
Separar o sutil do espesso, na primeira operação, que é totalmente interior, é libertar a alma de todo preconceito e de todo vício, o que se faz pelo uso do sal filosófico, isto é, da sabedoria; do mercúrio, isto é, da habilidade pessoal e do trabalho; depois, enfim, do enxofre, que representa a energia vital e espiritual até as coisas menos preciosas, e até as imundícies da terra. É neste sentido que é preciso entender a turba dos filósofos, Bernardo Trevisano, de Basílio Valentino, de Maria Egipcíaca e dos outros profetas da alquimia; mas, nas suas obras, como na grande obra, é preciso separar habilmente o sutil do espesso, o místico do positivo, a alegoria da teoria. Se os quiserdes ler com prazer e inteligência, deveis primeiramente ouvi - los alegoricamente no seu conjunto, depois descer das alegorias às realidades por meio das correspondências ou analogias indicadas no dogma único: “O que está em cima é como o que está embaixo, e reciprocamente ”.
A palavra Art , voltada ou lida à maneira das escrituras sagradas e primitivas, isto é, da direita para a esquerda, exprime, por três iniciais, os diferentes graus da grande obra. T significa ternário, teoria e trabalho; R , realização; A , adaptação. Daremos, no duodécimo capítulo do Ritual , as receitas dos grandes mestres para a adaptação, e especialmente a que se acha na fortaleza hermética de Henri Khunrath.
Recomendamos aqui, às investigações dos nossos leitores, um admirável tratado atribuído a Hermes Trismegisto, e que tem o título de Minerva Mundi . Este tratado se acha somente em algumas edições de Hermes, e contém, sob alegorias cheias de poesias e profundidade, o dogma da criação dos seres por si mesmos, ou da lei de criação que resulta do acordo de duas forças, a que os alquimistas chamavam o fixo e o volátil, e que são, no absoluto, a necessidade e a liberdade. Aí, se explica a diversidade das formas espalhadas na natureza pela diversidade dos espíritos e as monstruosidades pelas divergências dos esforços. A leitura e a meditação desta obra são indispensáveis a todos os adeptos que querem aprofundar os mistérios da natureza e se entregar seriamente à investigação da grande obra.
Quando os mestres da alquimia dizem que é preciso pouco tempo e pouco dinheiro para realizar as obras da ciência, quando, principalmente, afirmam que é necessário um só vaso, quando falam do grande e único athanor que todos podem usar, que está nas mãos de todos e que os homens possuem sem saber, fazem alusão à alquimia filosófica e moral. Com efeito, uma vontade forte e decidida pode chegar, em pouco tempo, à independência absoluta, e todos nós possuímos o instrumento químico, o grande e único athanor que serve para separar o sutil do espesso e o fixo do volátil. Este instrumento, completo como o mundo, e preciso como as próprias matemáticas, é designado, pelos sábios, sob o emblema do pentagrama ou da estrela de cinco pontas, que é o signo absoluto da inteligência humana. Imitarei os sábios não o designando: é muito fácil adivinhá - lo.
A figura do Tarô, que corresponde a este capítulo, foi mal entendida por Court de Gebelin e Etteilla, que acreditavam ver nela um erro cometido por um fabricante de cartas alemão. Esta figura representa um homem com as mãos amarradas atrás das costas, dois sacos de dinheiro presos sob as axilas e suspensos por um pé a uma potência composta de dois troncos de árvore, tendo em cada uma a raiz de seus ramos cortados e uma travessa que completa a figura do Tav hebreu Tav.gif ; as pernas do paciente estão cruzadas e seus cotovelos formam um triângulo com a sua cabeça. Ora, o triângulo remontado por uma cruz significa, em alquimia, o fim e a perfeição da grande obra, significação hebraica idêntica à da letra Tav.gif , que é a última letra do alfabeto sagrado.
Este supliciado é, pois, o adepto, ligado por seus empenhos, espiritualizado ou com os pés voltados para o céu; é também o antigo Prometeu, sofrendo, numa tortura imortal, a pena de seu glorioso roubo. É vulgarmente Judas traidor, e o seu suplício ameaça os reveladores do grande arcano.Enfim, para os cabalístas judeus, este supliciado, que corresponde ao seu duodécimo dogma, o do Messias prometido, e um protesto contra o Salvador reconhecido pelos cristãos, e parece dizer- lhe ainda: “Como salvarias os outros, tu que não pudeste salvar-te a ti mesmo? ”
No Sepher Toldos -Jeschu, compilação rabínica anticristã, encontra- se uma singular parábola: Jeschu, diz o rabino autor da lenda, viajava com Simão Barjonas e Judas Iscariotes. Chegaram tarde, e cansados, a uma casa isolada; tinham muita fome e nada mais encontraram para comer senão um pato muito pequeno e muito magro. Era muito pouco para três pessoas: reparti - lo teria sido somente aguilhoar a fome, sem satisfazê- la. Convieram em tirá- lo à sorte; mas, como caíam de sono, disse Jeschu: “Vamos dormir primeiro, enquanto se prepara a comida; ao acordar, nos contaremos os sonhos e aquele que tiver o mais belo sonho, comerá sozinho o pato ”. Assim foi feito. Dormiram e depois despertaram. “Eu, disse Simão, sonhei que era vigário de Deus ”. “E eu, retomou hipocritamente Judas, sonhei que, sendo sonâmbulo, me levantava, descia de mansinho, tirava o pato do espeto e o comia ”. Desceram imediatamente; mas o pato tinha efetivamente desaparecido; Judas tinha sonhado acordado.
Esta lenda é um protesto do positivismo judeu contra o misticismo cristão. Com efeito, enquanto os crentes se entregavam a belos sonhos, o israelita proscrito, o Judas da civilização cristã, trabalhava, vendia, agiotava, ficava rico, apoderava - se das realidades da vida presente, e punha- se em condições de dar meios de existência aos próprios cultos que por muito tempo o proscreveram.
Os antigos adoradores da arca, sempre fiéis ao culto da burra, têm, agora, a Bolsa por templo e é por isso que governam o mundo cristão. Judas pode, com efeito, rir e felicitar- se de não ter dormido como Simão.
Nas antigas escrituras anteriores ao cativeiro, o Tav hebreu tem a figura de uma cruz, o que confirma ainda a nossa interpretação d duodécima lâmina do Tarô cabalístico. A cruz, geradora de quatro triângulos, é também o sinal sagrado do Duodenário, e, por isso, os Egípcios a chamavam a chave do céu. Por isso, Etteilla, embaraçado nas suas longas investigações para conciliar as necessidades analógicas da figura com sua opinião pessoal (ele tinha sofrido, nisso, a influência do sábio Court de Gebelin), colocou na mão do seu supliciado, de cabeça para cima, do qual fez a Prudência, um caduceu hermético, formado por duas serpentes e um Tav grego. Desde que compreendera a necessidade do Tav ou da cruz, na duodécima pagina do livro de Thot , deveria ter entendido o múltiplo e magnífico símbolo do supliciado hermético, o Prometeu da ciência, o homem vivo que só toca na terra pelo pensamento e cujo apoio está no céu, o adepto livre e sacrificado, o revelador ameaçado de morte, a conjuração do Judaísmo contra o Cristo, que parece um reconhecimento involuntário da divindade oculta do crucificado, afinal o signo da obra realizada, do ciclo terminado, o Tav intermediário, que resume uma primeira vez, antes do último denário, os signos do alfabeto sagrado.Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia.

O Cajado que Floresceu.


No prólogo de Fausto, referindo-se ao herói, Deus é representado dizendo:
"Embora, em perplexidade, ele me sirva agora,
Para onde aparecer a luz, Eu logo o guiarei;
Quando a árvore nova tiver brotos, o jardineiro sabe,
Com flores e frutos seus anos vindouros beneficiarei".
Este é um fato real concernente a toda humanidade. Na época atual, todos nós servimos a Deus imperfeitamente por causa de nossa visão limitada. Não temos a real e verdadeira percepção do que seremos, e de que modo deveríamos usar os talentos com os quais somos dotados. No entanto, Deus, através do processo de evolução, está constantemente dirigindo-nos para uma luz cada vez maior e, gradativamente, deixaremos de ser espiritualmente estéreis: floresceremos e daremos frutos. Assim, seremos capazes de servir a Deus como deveríamos e não como o fazemos.
Embora o que dissemos acima se refira a todos em geral, aplica-se particularmente àqueles que são professores, pois, naturalmente, onde a luz é mais forte, as sombras também são mais profundas, e as imperfeições daqueles entre nós que devem arcar com a responsabilidade do ensino são, por isso, mais notadas.
Na história de Tannhauser, o Papa fecha a porta da esperança na face do penitente, porque a palavra da lei assim o exige, mas, nem por isso a misericórdia de Deus foi frustrada. O cajado do Papa floresceu para provar que o penitente foi perdoado devido à sincera penitência e, em conseqüência, o mal foi apagado do registro impresso no átomo-semente. Por uma lei superior, a inferior foi suplantada.
Há nesta lenda do cajado do Papa uma semelhança com o conto do Santo Graal e da lança; com a história da vara de Arão que também floresceu, e com o cajado de Moisés que fez brotar da rocha, a água da vida. Todos esses fatos têm um importante significado sobre a vida espiritual do Discípulo que, almejando seguir o caminho para a vida superior, procura, como Kundry, desfazer as más ações de vidas passadas por uma vida presente de serviço totalmente dedicada ao Eu superior. A lenda do Graal distingue a taça do Graal, propriamente dita, e o Sangue Purificador que ela contém.
A história conta como Lúcifer, quando lutou com o Arcanjo Miguel sobre o corpo de Moisés, perdeu a pedra mais preciosa de sua coroa. Ela caiu durante a luta. Esta linda e incomparável gema era uma esmeralda chamada "Exilir". Foi lançada ao abismo, mas foi recuperada pelos Anjos, e dela foi feito o cálice ou Santo Graal, que mais tarde foi usado para conter o Sangue Purificador que fluiu do lado do Salvador quando foi ferido pela lança do centurião. Notemos que esta jóia era uma esmeralda: era verde, e verde é uma combinação do azul com o amarelo e é, portanto, a cor complementar da terceira cor primária, o vermelho. No Mundo Físico, o vermelho tem a tendência de excitar e energizar, enquanto que o verde tem um efeito refrescante e calmante, mas o oposto é verdadeiro, quando vemos o assunto do ponto de vista do Mundo do Desejo. Aí, a cor complementar é ativa e tem o efeito sobre nossos desejos e emoções que atribuímos à cor física. Portanto, a cor verde da gema perdida por Lúcifer mostra seu efeito e sua natureza. Esta pedra é a antítese da Pedra Filosofal. Tem o poder de atrair a paixão e gera o amor do sexo para sexo, que é o vício oposto ao amor casto e puro, simbolizado pela pedra branca apocalíptica, cujo final é o amor da alma para alma. Como este efeito das cores complementares é bem conhecido, embora não percebido conscientemente, falamos também do ciúme, que é gerado pelo amor impuro, caracterizado como um monstro de olhos verdes.
O Santo Graal tem sua réplica no cálice ou na casca da semente da planta, que é verde. O fogo criador está adormecido dentro da casca. Igualmente, o mesmo fenômeno deve manifestar-se dentro de cada um que começa a procura do Santo Graal. Vontade é a qualidade masculina da alma; imaginação é a qualidade feminina. Quando a vontade é o atributo mais forte, a alma, durante uma certa vida, usa um revestimento masculino e, em outra, onde a qualidade da imaginação é maior, uma forma feminina. Pela Lei de Alternância que prevalece nesta presente era do arco-íris, a alma usa trajes diferentes em vidas alternadas mas, quer seja feminino ou masculino, o órgão do sexo oposto está sempre presente em estado latente. Por conseguinte, o homem é agora e será tanto masculino como feminino, enquanto o corpo denso permanecer.
No passado, quando sua consciência estava focalizada no mundo espiritual, ele era uma perfeita unidade criadora com os dois órgãos sexuais igualmente desenvolvidos, como muitas flores o têm ainda hoje. Portanto, era capaz de gerar um novo corpo quando o antigo já estivesse gasto, mas, nessa época, ele não estava ciente, como está hoje, do fato de que possuía um corpo. Os pioneiros - alguns que viram mais claro do que os outros - contaram a seus companheiros a extraordinária história de que o homem tinha um corpo e é natural que tenham enfrentado o mesmo ceticismo que hoje enfrentam aqueles que afirmam que o homem possui uma alma.
Vemos que a história simbólica de Lúcifer, perdendo a gema verde, é a mesma do homem quando deixou de conhecer-se a si próprio e passou a conhecer sua mulher: de como o Graal foi perdido e como só poderá ser encontrado quando o sangue físico saturado de paixão estiver novamente purificado como o contido originalmente nesse vaso verde.
Numa época propícia do ano, nem antes nem depois, os raios emanados das orbes celestiais penetram na semente plantada e despertam suas forças geradoras latentes para a atividade. Então, uma nova planta surge do solo para novamente embelezar a Terra. Desta maneira, o ato de gerar é executado em perfeita harmonia com a Lei da Natureza, e uma coisa bela é gerada para adornar a Terra. O resultado é diferente nos seres humanos, desde a época em que a qualidade feminina da imaginação foi despertada por Lúcifer.
Presentemente, o ato gerador é executado independente dos raios solares propícios e, como resultado, o pecado e a morte apareceram no mundo. Desde então, a luz espiritual empalideceu e agora estamos cegos para a glória celestial.
Nas mãos dos divinos guias da humanidade, um deles representado por Arão, a vara viva era um veículo de poder. Mais tarde, a vara florida secou e foi preservada na Arca. Não devemos concluir que, por causa disso, não haja mais redenção. Mas, como o homem foi exilado do seu estado celestial quando a gema verde da paixão e do desejo caiu da coroa de Lúcifer, que guiou a humanidade através da geração para a degeneração, assim também existe a pedra branca, a Pedra Filosofal, o símbolo da emancipação. Usando o poder de geração para a regeneração, superamos a morte e o pecado e isto confere-nos a imortalidade e leva-nos a Cristo.
Esta é a mensagem da história de Tannhauser. Paixão é veneno. O abuso da geração, sob a influência de Lúcifer, tem sido o meio de nos afundarmos nas trevas da degeneração. O mesmo poder canalizado em direção oposta, e usado com propósitos de regeneração, é capaz de livrar-nos das trevas e elevar-nos a um estado celestial, e então, teremos vencido a batalha. Pela paixão, o Espírito cristalizou-se num corpo e os grilhões somente poderão ser quebrados pela castidade, pois o céu é a morada da virgem e somente quando elevarmos o amor do sexo pelo sexo à categoria do amor da alma pela alma, poderemos desatar as algemas que nos prendem. Portanto, quando aprendermos a criar pela concepção imaculada, nascerão salvadores que abrirão os grilhões do pecado e do sofrimento que agora nos prendem.
Ao realizarmos este ideal, devemos lembrar que a repressão do desejo sexual não é o celibato; a mente deve contribuir para isso e devemos de boa vontade abster-nos da impureza. Isto só pode ser conseguido pelo que os místicos chamam "encontrar a mulher dentro de si mesmo". (Para a mulher é, naturalmente, encontrar o homem dentro de si mesma). Quando conseguirmos isto, teremos chegado ao estágio em que poderemos viver a mesma vida pura da flor.
Em relação a isto, poderá ser também muito esclarecedor lembrar que o "Guardião do Umbral que devemos enfrentar antes que possamos entrar nos mundos suprafísicos, assume sempre a aparência de uma criatura do sexo oposto. No entanto, esta aparência assemelha-se à nossa própria. Devemos também compreender que quanto mais licenciosos ou libidinosos tenhamos sido, pior será a aparência deste monstro. Parsifal permanecendo ereto diante de Kundry - quando sua recusa de submissão a ela converteu-a num virago - está na mesma situação que o candidato fica ao defrontar-se face a face com o guardião, antes que a lança lhe seja colocada nas mãos.Max Heindel.

FRÉYA, DEUSA DO AMOR E DA SEXUALIDADE.


Os europeus do norte chamaram sua Deusa sensual de Fréya, que significa "concubina" e deram seu nome para o sexto dia da semana, a Sexta-feira, ou "Friday". Ela era a regente ancestral dos deuses mais velhos, ou Vanir e irmã de Fricka.
Fréya era a mais bela e querida entre todas as Deusas, que na Alemanha era identificada com Frigga. Ela nasceu em Vaneheim, também era conhecida como Vana, a Deusa dos Vanes, ou como Vanebride.
Quando Fréya chegou a Asgard, os Deuses caíram apaixonados por sua beleza e elegância que lhe concederam o reino de Folkvang e o Grande Palácio de Sessrymnir, onde a Deusa podia acomodar todos os seus admiradores e os espíritos dos guerreiros mortos nas batalhas.
Fréya era filha de Njörd (Deus do Mar) e da giganta Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas). Tinha como irmão Freyr, que era o deus da paz e da prosperidade. Pertencia a raça dos Vanes.
Fréya e Frigga são consideradas dois aspectos da Grande Deusa.
Fréya é o aspecto donzela e Frigga o aspecto materno.
AS UNIÕES DE FRÉYA.
Fréya por ser tão bonita, despertou o amor de Deuses, Gigantes e Gnomos e todos tiveram a sua vez, para tentar obtê-la como esposa. Porém, Fréya desdenhou os feios Gigantes, e inclusive rechaçou a Thrym quando Loki e Thor a obrigaram a aceitá-lo como marido. Entretanto, não era tão inflexível quando tratava-se dos Deuses, pois como personificação da Terra, desposou: Odin (o Céu), Freyr (o irmão que representa a chuva fertilizante), Odur (a luz do Sol), entre outros.
Teve muitos maridos e amantes, que aparentemente mereceu as acusações de Loki de ser muito volúvel, pois havia amado e casado com muitos Deuses.
O COLAR MÁGICO E O MANTO
Como Deusa da Beleza, Fréya, igual a todas as mulheres, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos fabricando um belo colar. Quando a Deusa o viu pela primeira vez, decidiu que deveria ser seu, mas os gnomos não o queriam vender. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. Sem hesitar, Freya concordou e tornou-se proprietária de Brinsingamen (colar), um poderoso equilíbrio da Serpente Midgard e um símbolo de fertilidade. Tais atributos correspondem à Lua Cheia.
O colar mágico que Freya usava foi obra dos artesões conhecidos como Brisings: Allfrigg, Dvalin, Berling e Grerr.
A inveja e a cobiça de Odin por tal jóia e pelo meio através do qual Fréya a obteve o levou a ordenar ao deus gigante Loki que roubasse o colar. Para recuperá-lo, Fréya deveria concordar com uma obscura ordem de Odin: deveria incitar a guerra entre reis e grandes exércitos para depois reencarnar os guerreiros mortos para que lutassem novamente.
Fréya também era orgulhosa proprietária de um manto de plumas de falcão. Quando Fréya aparecia envolta em seu manto de plumas de falcão e não usando nada a não ser seu colar mágico de âmbar, ninguém podia resistir a ela. O manto de penas, lhe permitia voar entre os mundos. Já o colar mágico da Deusa, tinha o dom de fazer desaparecer os sentimentos dolorosos. Este colar se rompeu uma vez, segundo uma lenda, por ira da Deusa ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do Trovão.
AAINHA DAS VALQUÍRIAS.
Com o nome de Valfreya comandava as Valquírias nos campos de batalha, reclamando para si, metade dos heróis mortos. Era representada portando escudo e lança, estando somente a metade inferior de seu corpo vestida com o atavio solto habitual das mulheres.
Fréya transportava os mortos eleitos até Folkvang, onde ram devidamente agasalhados. Ali eram bem-vindas também, todas as donzelas puras e as esposas dos chefes, para que pudessem desfrutar da companhia de seus amantes e esposos depois da morte.
Os encantos e prazeres de sua morada eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus amados.
Muito embora, Fréya seja regente da morte, Rainha das Valquírias, as condutoras das almas dos mortos em combate, ela não era uma Deusa atemorizadora, pois sua essência era o poder do amor e da sexualidade, embelezando e enriquecendo a vida. Ela era ainda, a única que cultivava as maçãs douradas de que se alimentavam os deuses lhes conferindo a graça da juventude eterna.
Como acreditava-se que Fréya escutava a oração dos apaixonados, esses sempre a invocavam e era costume compor canções de amor em sua honra, as quais eram cantadas em ocasiões festivas. Na Alemanha, seu nome era usado com o significado do verbo "cortejar".
Este aspecto da Deusa, também conhecida como líder das Valquírias, a conecta à Lua Nova.
DEUSA-XAMÃ.
É considerada ainda, a Deusa da magia e da adivinhação. Ela era quem iniciava os deuses na arte da magia.
A magia de Freya era xamanística por natureza, como indica seu vestido ou manto de pele de falcão, que permitia que se transformasse em um pássaro, viajasse para qualquer dos mundos e retornasse com profecias. A Deusa, aliás, emprestou a Loki a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em águia.
Os xamãs atuais julgam tal habilidade de efetuar viagens astrais como necessárias para a previsão do futuro e para obter sabedoria. Entre os nórdicos, esta habilidade presenteada por Freya, era chamada Seidhr.
ENCANTAMENTO SEIDHR.
Seidhr era uma forma mística de magia, transe e adivinhação primariamente feminina. Apesar da tradição rezar que as runas teriam se originado de Freya, e que fossem utilizadas por suas sacerdotisas, a maior parte de Seidhr envolvia a prática de transmutação, viagem do corpo astral através dos Nove Mundos, magia sexual, cura, maldição e outras técnicas. Suas praticantes chamadas Volvas ou às vezes Seidkona, eram sacerdotisas de Freya. Enquanto uma volva entrava em transe, outras sacerdotisas entoavam canções especiais, chamadas "galdr". Era o uso do canto conjugado com a repetição de poesias que era criado o estado alterado de consciência.
As volvas podiam inclusive entrar em contato com elfos e duendes. Eram consultadas pelo povo sobre todos os tipos de problemas.
As Volvas moviam-se livremente de um clã ao outro. Elas não costumavam se casar, apesar de possuírem muitos amantes. Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais.
As mulheres pareciam ser as únicas praticantes do Seidhr de Freya, pois esse era um ritual-erótico reservado as mulheres. Isso implica que esse prática datasse provavelmente de época anterior à formação dos dogmas paternalistas e, portanto, sem dúvida, de antes da androcratização dos mitos (os anos, divindades da Fertilidade e da Proteção, são sobreviventes dessa época).
Entretanto, existem vestígios em poemas e prosas de que Seidhr fosse também praticado por homens vestidos com roupas de mulheres. Odin, por exemplo, é a única deidade masculina listada nos mitos a ter praticado este tipo de magia, como iniciado de Freya. Vestir-se com roupas de sexo oposto é uma tradição realmente antiga que tem suas raízes na crença de que um homem deve espiritualmente transformar-se em uma mulher para servir a Deusa.
FRÉYA E ODUR.
Fréya, como personificação da Terra, casou-se com Odur, o símbolo do Sol de verão, a quem ela amava muito e com o qual teve duas filhas: Hnoss e Gersimi. Essas donzelas eram tão formosas que todas as coisas belas eram batizadas com seus nomes.
Enquanto Odur permaneceu ao seu lado, Fréya sempre estava sorridente e era completamente feliz. Porém, cansado da vida sedentária, Odur abandonou seu lar subitamente e se dedicou a vagar pelo mundo. Fréya, triste e abandonada, chorou copiosamente e suas lágrimas caiam sobre as pedras abrandando-as. Se dizia inclusive, que chegaram a introduzir-se no centro das pedras, onde se transformavam em ouro. Outras lágrimas cairam no mar e foram transformadas em âmbar.
Cansada da sua condição de viúva de marido vivo e desejosa de ter Odur novemente em seus braços, Fréya resolveu empreender finalmente sua busca, atravessando terras, ficou conhecida por diferentes nome como Mardel ("Luz sobre o Mar"), Horn ("Mulher linho"), Gefn ("A Generosa"), Syr ("A Porca"), Skialf e Thrung, interrogando a todos que se encontravam a um passo, sobre o paradeiro de seu marido e derramando tantas lágrimas que em toda a parte o ouro era visto sobre a Terra.
Muito longe, ao sul, Fréya encontrou finalmente Odur, debaixo de uma florescente laranjeira, árvore prometida aos apaixonados.
De mãos dadas, Odur e Fréya empreenderam o caminho de volta para casa e à luz de tanta felicidade, as ervas cresceram verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois toda a natureza era simpatizante com a alegria de Fréya como se afligia quando se encontrava triste.
As mais belas plantas e flores do Norte eram chamadas de cabelos de Fréya, as gotas de orvalho de olho de Fréya. Também dizia-se que a Deusa tinha um afeto especial pelas fadas, gostava de observá-las quando dançavam à luz da Lua e para elas reservava as mais delicadas flores e o mais doce dos mel.
Odur, o marido de Fréya, era considerado a personificação do Sol e também um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo, declarava que não era de estranhar que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele,
Esta Deusa era também, protetora do matrimônio e dos recém-nascidos.
DEUSA DA FERTILIDADE E DOS GATOS
Fréya, Deusa da Fertilidade, da Guerra e da Riqueza, viveu em Folkvang (campo de batalha) e possuía a habilidade de voar, o que fazia com uma charrete puxada por dois gatos brancos: Bygul (cabeça de ouro) e Trjegul (árvore do âmbar dourado). Após servirem a Deusa por 7 anos, eles foram recompensados sendo transformados em bruxas, disfarçadas em gatos pretos.
Os gatos eram os animais favoritos da Deusa Fréya,considerados símbolos de carinho e sensualidade, ou da personificação da fertilidade.
Freya é portanto, uma Deusa associada aos gatos, tal qual a egípcia Bast e à grega Àrtemis Além disso, tinha poderes de se transmutar e era a Sábia que inspirou toda a poesia sagrada. Mulheres sábias, videntes, senhoras das runas e curandeiras estavam intimamente conectadas com Freya, pois só ela era a Deusa da magia, bruxaria e dos assuntos amorosos.
Algumas vezes, foi representada conduzindo junto com o irmão Freyr uma carruagem conduzida por uma javali de cerdas de ouro, espalhando, com suas mãos pródigas, frutas e flores para alegrar os corações da humanidade.
FRÉYA, A DEUSA-JAVALI.
Como Deusa da Batalha, Fréya montava um javali chamado de Hildisvín. O sobrenome de Fréya era "Syr", que significa "porca".
O javali tem associações especiais dentro da mitologia nórdica. Como Deusa-Javali, ou Deusa-Porca Fréya está associada entre os nórdicos como entre os germanos e os celtas, a práticas sexuais proibidas (em particular o incesto entre irmão e irmã, representado pelo par Freyr-Fréya), muitas vezes ligadas às celebrações da primavera e da renovação: durante essa cerimônia realizava-se o acasalamento ritual de um sacerdote com uma sacerdotisa, considerados como o Senhor Freyr e a Senhora Fréya. Esse rito sexual, do qual existia uma equivalência entre os celtas, sobreviveu, principalmente na Inglaterra, na forma, muito atenuada, de coroar um rei e uma rainha de Mai (a tradição dos mais, dos trimazos ou da árvore de mai, corrente na França ainda há não muito tempo, teve origem semelhante).
O javali era também o animal sagrado de Freyr, o Deus fálico da Fertilidade e era sacrificado à ele como oferenda no ano novo, de modo a garantir prosperidade nos doze meses seguintes. Daí surgiu o costume, que chegou até nossos dias, de comermos carne de porco na virada do ano.
O costume da cabeça de javali ou porco na mesa de Natal, com uma maçã à boca, também remonta diretamente aos ritos consagrados a Freyr. Sacrificava-se a ele um porco ou javali por ocasião do "Feöblot" ("sacrifício a Freyr"), que se realizava durante o "Jul" (ciclo de doze dias no solstício de inverno), porque o Deus tinha como atributo um javali de cerdas de ouro, chamado Gullinbursti, o qual também lhe servia, ocasionalmente, de montaria.
O javali, na mitologia celta, é símbolo do poder espiritual inacessível e foi perseguido por Artur, que representava o poder temporal e guerreiro.
A HISTÓRIA DE FRÉYA E OTTAR.
Os nórdicos não só invocavam Fréya para obter êxito no amor, prosperidade e crescimento, mas sim também, em certas ocasiões, para obter ajuda e proteção. Ela concedia à todos que a serviam fielmente, como aparece na história de Ottar e Angantyr, dois homens que, após discutirem durante algum tempo direitos de propriedade, expuseram sua disputa ante os Deuses. A assembléia popular decretou que o homem que pudesse provar a descendência de estirpe mais nobre e mais extensa, seria declarado vencedor, sendo designado um dia especial para ser investigada a genealogia de cada demandante.
Ottar, incapaz de recordar o nome de seus antepassados, ofereceu sacrifício a Fréya, rogando por sua ajuda. A Deusa escutou indulgentemente sua oração e, aparecendo diante dele, o transformou em um javali e sobre o seu lombo cavalgou até a morada da feiticeira Hyndla, uma célebre bruxa. Com ameaças e súplicas, Fréya exigiu que a anciã traçasse a genealogia de Ottar até Odin e nomeasse cada indivíduo por seu nome, com o resumo de suas façanhas. Então, temendo pela memória de seu devoto, Fréya também exigiu a Hundla que preparasse uma poção de recordação, a qual deu a ele para beber.
Assim preparada, Ottar apresentou-se ante a assembléia no dia marcado e com facilidade recitou sua linhagem, nominado os muitos mais antepassados de que Angantyr pode recordar, por isso foi facilmente recompensado com a garantia de posse da propriedade em questão.
DEUSA-LÍDER DAS DISIR.
Dentro das tradições dos antigos povos nórdicos, a Deusa Fréya era uma das líderes dentro do matriarcado das Deusas, o que lhe rendia vários cultos, principalmente na Suécia e na Noruega, onde era venerada como a "Grande Dis".
O Disirblot, era um festival celebrado anualmente no início de inverno nórdico em honra a Deusa Fréya e as Disir. Durante a comemoração era servido cerveja, porco, maçãs e cevada.
Todos os festivais nórdicos eram denominados de "blots" e contava com o comparecimento de toda a comunidade.
Seu culto tinha caráter erótico e orgiástico, associado sempre com a luxúria, o amor e a beleza.
As ancestrais femininas Disir eram descritas como nove mulheres vestidas de preto ou branco, carregando espadas. Nove é um número lunar e é considerado pelos nórdicos como um dos mais misteriosos e sagrados números. As Disir estão também associadas as Valquírias e as Norns. Elas traziam sorte, mas também eram famosas por suas adivinhações, principalmente quando envolvia justiça cármica.
Conectar-se com as Disir é muito eficaz para aumento de auto-estima e poder pessoal. Todos os rituais de invocação dessas sacerdotisas devem ser realizados na lua cheia.
Os templos dedicados a Deusa Fréya eram muito numerosos e foram mantidos durante muito tempo por seus devotos, o último em Magdeburgo, na Alemanha, foi destruído por ordem do Imperador Carlos Magno.
CULTO À FREYA.
Era costume serem realizadas ocasiões solenes ou festivais para beber e honrar a Deusa Fréya junto com outros Deuses, mas com o advento do cristianismo se introduziu no Norte, iguais comemorações foram transladadas para a Virgem ou a Santa Gerturdes. A mesma Fréya, como todas as divindades pagãs, foi declarada como demônio ou uma bruxa e desterrada aos picos das montanhas norueguesas, suecas e alemãs. Como a andorinha, o cuco e o gato era umm animais sagrados para Fréya nos tempos pagãos, acreditou-se que essas criaturas tinham qualidades demoníacas,e inclusive nos dias atuais se representa as bruxas com gatos pretos ao seu lado.
ARQUÉTIPO DA TERRA
FRÉYA como arquétipo da Terra é a "Mãe Escura" que através de seu útero cria todas as coisas vivas. Já na qualidade de "Mãe Terrível", ela devora tudo que nasce de volta para o seu ventre.
Seu útero de morte é um estômago devorador de carne humana, o escuro abismo de tudo que vive. É o sangue do guerreiro que a alimenta e é por isso, que a Deusa exige oferendas de sangue vivo para ser saciada.
Os instintos de agressão e sexualidade, o amor e a morte, estão todos inseparavelmente unidos a Deusa Fréya. Isso porque, a fecundidade dos seres vivos está baseada no instinto que os impele ao sexo, mas toda a vida também depende do alimento e esse, do ato de dominar e devorar a presa.
De igual forma, a psique humana, quando projeta-se para o inconsciente, encontrará nele a unidade de um útero escuro (a terra interior), no qual criaturas se devoram e se geram. A terra está viva dentro do inconsciente do homem e é a Grande Mãe, em oposição ao princípio masculino patriarcal.
O simbolismo matriarcal é perigosamente pagão aos olhos do patriarcado, pois a terra foi amaldiçoada como sendo a quintessência do mal, pelo mundo patriarcal, dominado pelo Céu. O patriarcado despedaçou a humanidade, tornando-a uma parte superior e outra inferior, não deixando margem para reconciliação entre ambas.
A visão patriarcal tentou varrer de volta para o útero (inconsciente), todo o elemento titânico do mundo matriarcal e acredita que teria vencido esse dragão colocando o pé sobre sua cabeça. Entretanto, mesmo assim a humanidade seguiu matando e assassinando, entregue ao próprio inconsciente, encontrando desculpas e justificativas sagradas para tais feitos. Dessa vez, não foram as Deusas, mas sim o Deus único e Todo-Poderoso que exigiu essas ações. As guerras travadas nesses casos, foram então consideradas guerras santas.
A grande verdade é que não necessitamos de ilusões enganadoras para percebermos os instintos agressivos de dentro de nós. O correto é não culpar Deusas ou Deus e reconhecermos essa força impulsionadora em nós como algo esmagador, que ainda não foi descoberta a cura, mas que é uma doença, que nada tem a ver com "sagrada".
A submissão à escuridão, a aceitação dos aspectos negativos de "anima" (princípios femininos) e "animus" (princípios masculinos), a sensibilidade e o instinto perante à natureza e a assimilação do inconsciente no sentido da integração da personalidade, são algumas das expressões mais significativas para o desenvolvimento psíquico do homem atual.
A nossa Terra Interior é antes de tudo, uma Terra criativa, que não apenas produz e engole a vida, mas que também transforma, porque permite que tudo aquilo que morreu seja ressuscitado e trás para o exterior o mais elevado.F.P.Wikepédia.