quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O FIM DOS TEMPLÁRIOS.


O fim dos Templários na França e o mistério que pairava sobre a Ordem têm provocado desde então muitas fantasias, produzindo uma prodigiosa bibliografia que nunca mais parou de crescer. Apaixonados pelo ocultismo, admiradores das seitas secretas, simpatizantes das teorias conspirativas, caçadores de tesouros perdidos ou simples curiosos, associaram-se ao longo desses séculos todos para imaginarem ou darem foros de verdade as mais diversas e incríveis histórias sobre eles. Todavia, dois fatos concretos a Ordem dos Templários terminou por inspirar, uma de viés secular e a outra religiosa: a Franco-Maçonaria e a Companhia de Jesus.
As primeiras lojas maçônicas supõe-se que aparecidas entre 1212 e 1272, herdaram-lhes o gosto pelo protocolo secreto e pela imposição do sigilo aos seus iniciados, enquanto que Inácio de Loyola, que fundou a ordem dos jesuítas, em 1534, neles se inspirou para dar corpo a um empreendimento religioso que, além do estudo e da devoção, obedecesse às regras da disciplina militar, agindo como os soldados de Cristo na luta contra a heresia e o paganismo. Deste modo, os famosos Exercícios Espirituais fixados por ele seriam uma revivência mais espiritualizada da Régle du Temple (o manual religioso-militar adotado pelos monges templários por orientação de Bernardo de Clarival).
Quanto ao destino da monarquia francesa torna-se pertinente observar que se em 1307 os cavaleiros da Ordem viram-se atacados no Templo de Paris pelos emissários armados do rei, este mesmo prédio, quase cinco séculos depois, serviu como prisão do rei Luís XVI e da sua família durante a Revolução Francesa de 1789: o Le Temple.
Dali, retirados das celas da Tour Carrée, depois de condenados, os soberanos destituídos foi conduzido à execução pela guilhotina no ano de 1793, um em janeiro e o outro em outubro. Como o número de franco-maçons, que se entendiam como sucessores dos templários, era expressivo nos meios insurgentes e revolucionários, pode-se perceber o ocorrido como um histórico acerto de contas, ainda que por estranhas vias, da desaparecida Ordem dos Templários com a Monarquia francesa. Robespierre, o incorruptível grande-mestre da revolução, vingou De Monay.

CAI O BISPO,CAI A TORRE.


Despido de qualquer constrangimento moral, algo que Maquiavel, se então já fosse vivo, provavelmente aplaudiria, Filipe, o belo, agiu como um hábil jogador de xadrez. Para conquistar a "torre" do Templo, aplicou a tática da ação indireta: primeiro derrubou o "bispo" que a sustentava à distância, isto é, o próprio papa. Sempre recorrendo ao prestativo Guilherme de Nogaret, Filipe IV, aproveitando-se da confusão que abalava Roma, acusou Bonifácio VIII de herético e simplesmente arrancou-lhe o báculo, banindo-o da cidade. Em seguida, em junho de 1305, tramou a indicação de um súdito seu, Bertrand de Goth, o arcebispo de Bordeaux, para ser entronado como Celestino V.
Ora, se a imunidade dos cavaleiros da cruz vermelha derivava da especial proteção do Papado, colocando a mitra sobre um pontífice dócil aos seus desígnios, o monarca francês, depois de ter-lhes invadido e ocupado os conventos, não demorou em obter o consentimento para a supressão definitiva deles por meio de um consistório privado ocorrido em Viena na data de 22 de novembro de 1312.
Medida essa que ficou circunscrita ao Reino da França, visto que o Templo continuou atuando na Inglaterra, na Espanha e em Portugal. Filipe, o belo, sempre sinuoso, recorreu ainda a um outro estratagema.
Para não açambarcar descaradamente os bens dos quem flagelara, autorizou que parte do patrimônio deles fosse transferida para a Ordem de São João, mais é evidente que lhe coube o montante do leão. Se algum consolo restou aos templários que sobreviveram à hecatombe, num processo que se arrastou ainda por 13 anos, foi estarem vivos para assistirem como foi precisa a maldição lançada por De Monay aos seus algozes. Não transcorreu um ano da execução do grande-mestre para seus inimigos também morrerem: Filipe, o belo, Nogaret e Celestino V, todos os três entregaram a alma a Deus antes daquele desgraçado ano de 1314 findar.
Todavia, outros estabelecimentos da Ordem, em Portugal, em Castela e Aragão, onde se estendia o grande fronte da guerra da Cristandade contra o Islã, continuaram engajados nos séculos seguintes na faina de lutar contra os mouros.

O DECLINIO DO ÍMPETO CRUZADO.


MOUROS CONTRA CRISTÃOS.
A derrota dos cristãos frente a Saladino na batalha de Hattin, em 1187 (no final dela 200 templários foram executados), a perda definitiva de Jerusalém, em 1244, com a conseqüente expulsão do restante dos ocidentais da Palestina menos de 50 anos depois, abateu o ânimo das empresas cruzadas. Espírito este que já fora profundamente abalado quando a Quarta Cruzada, ocorrida em 1204, desviando-se totalmente dos seus objetivos, terminara por assaltar e pilhar Constantinopla, a capital da cristandade oriental. Algo que começara em 1095 como um forte e sincero apelo à fé, a retomada dos Lugares Santos das mãos dos infiéis, um tanto mais de século depois desandara numa empreitada militar de traição e vilania cometida por cavaleiros ocidentais contra os próprios cristãos.(*)
[*] O assalto dos latinos à grande cidade grego-cristã-ortodoxa selaria para sempre o Cisma da Cristandade, pois nunca mais as Igrejas de Roma e a Grega de Constantinopla fizeram as pazes.
A própria reciclagem da função da Ordem, de trincheira avançada dos cruzados para banco de empréstimos, foi significativa do desencanto crescente da nobreza e do povo em seguir a bandeira da cruz contra o Crescente.
Deste modo, a cabeça coroada de Filipe, o belo, monarca sempre carente de recursos, deu em pensar qual a utilidade verdadeira do tesouro dos Templários? Se não se prestava mais para financiar as expedições dos cristãos em território muçulmano para que mais serviria? Além disso, aquela constelação de castelos, fortalezas e conventos nas mãos dos guerreiros de Cristo, formava um império fora das vistas do soberano: a Ordem dos Templários posava como se fora um estado dentro do estado.

OS BANQUEIROS DE CRISTO.


Graças ao empenho deles na causa defesa da Cristandade, ao heroísmo e coragem demonstrada em inúmeras batalhas travadas contra o Islã, e devido a absoluta correção como se conduziam, os prédios que aquartelavam os monges - desde que a Ordem fora fundada em Jerusalém, em 12 de junho de 1119, por Hugo Payens e por seu companheiro Godofredo de Saint-Omer - tornaram-se locais seguríssimos.
A pureza e a espada, conjugadas, eram as apreciadas garantias dadas pelos Templários aos donos dos dobrões que acolhiam em depósito. Numa era de incertezas extremas, de pilhagens e incêndios constantes motivados pelas guerras feudais intermitentes, qualquer recinto protegido pela cruz da Ordem aparecia como se fora um oásis. Um cofre-forte inexpugnável protegido pelo Senhor.
Era tal a confiança que despertavam que não tardou para que sus instalações se transformassem em estabelecimentos bancários, ainda que informais, fazendo deles, entre os séculos XII e XIII, os principais fornecedores de crédito a quem os poderosos da época recorriam (consta que na Espanha até os chefes mouros obtinham empréstimos junto a eles).
Não há nenhum exagero em afirmar-se que a Ordem dos Templários tornou-se, bem antes dos Médicis e dos Fuggers, o primeiro banco europeu. Assim foi que se gerou a lenda da fortuna fabulosa, mais jamais comprovada, do Tesouro dos Templários.
Aumentando e solidificando ainda mais a estranheza com que eles eram vistos pela gente comum, um espesso véu de segredo parecia cobrir tudo o que dissesse respeito ao Templo e a sua gente. De fato, as cerimônias de admissão e iniciação dos monges recendiam às práticas esotéricas secretas, fato perfeitamente compreensível numa instituição militar fundada em território inimigo, como foram os primeiros anos dos Templários na época do Reino Latino de Jerusalém. Nada se sabia ou se ouvia do que ocorria no seu intramuros, pois os cavaleiros estavam presos aos perpétuos votos de segredo.
Todavia, a continuação daqueles ritos sigilosos preservados em meio aos reinos cristãos somente fez crescer a desconfiança geral contra os monges soldados. O que fez por tornar ainda mais plausível junto à opinião da época as incríveis assacações que lhes foram feitas pelos esbirros de Filipe IV. Ainda que na Itália Dante Alighieri tenha suspeitado delas, o engenhoso alquimista maiorquino Raimundo Lullio, o "Doctor Inspiratus", creditou-as como verdadeiras.

O DECLINIO DAS CRUZADAS.

O Templo de Paris
Até poucos anos antes da catástrofe, a Ordem dos Templários era a mais prestigiada das três milícias de Cristo formadas ao tempo em que Jerusalém ainda se encontrava sob o controle direto dos príncipes cristãos. Depois da expulsão deles da Terra Santa, por ocasião da queda de São João d´Acre frente os muçulmanos, em 1291, os Cavaleiros Hospitalários confinaram-se na ilha de Chipre, e, mais tarde, na Ilha de Malta, enquanto que os Cavaleiros Teutônicos, de volta à Alemanha, mobilizaram-se na conquista das terras de poloneses pagãos.Os Templários, todavia, viram-se geograficamente mais favorecidos, pois se hospedaram em Paris, quase no coração da Europa de então.
As sedes deles, mais numerosas na França (um total de 704 conventos e prelazias), espalhavam-se pela Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal. As suas propriedades totais somavam há mais de nove mil tipos diferentes. Devendo obediência apenas ao papa, sempre ausente ou distante, na prática usufruíam a mais completa autonomia em relação aos reinos, bispados e baronatos que os acolhiam. Um monge templário somente obedecia ao seu superior hierárquico: o grão-mestre ou o dom pri.

O DESASTRE DOS TEMPLÁRIOS.

O cavaleiro templário
"NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!"
Foram essas as derradeiras palavras que Jacques de Monay, o 22º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, proferiu antes das chamas lhe levarem a vida. Acesa a fogueira no pelourinho nos fundos da catedral de Notre-Dame em Paris, ele ali expiou ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, imprecando contra o Papa, o Guarda-selos do rei, e o próprio soberano da França. E tinha toda a razão em lançar o anátema contra os três. Sete anos antes, um sórdido conluio entre o rei Filipe IV, o belo, e o Papa Clemente V, tendo o fiel Nogaret como executor, selara-lhe o destino.
Até então a ordem dos monges guerreiros de manto branco e cruz vermelha fora um colosso militar e financeiro. Na noite do dia 12 para 13 de outubro de 1307, as suas instalações, por todas as partes do reino, viram-se invadidas pelos oficiais de Filipe IV. Inclusive seus edifícios em Paris, denominados Ville Neuve du Temple.
Para suprema infâmia dos cavaleiros aprisionados, seus últimos dirigentes, além de terem perdido tudo, foram arrastados aos tribunais reais denunciados por Nogaret, o jurista do rei, pelas práticas de heresia e de pederastia.
Num processo forjado, nos quais os procedimentos inquisitoriais foram aplicados com a máxima crueldade possível, acusaram-nos de serem adoradores pagãos do diabólico Baphomet, de cuspirem na cruz, de negarem os sacramentos e de se entregarem a licenças sexuais uns com os outros. Arrancaram-lhes as confissões por meio de terríveis torturas e outros tormentos, quando, em meio aos urros de dor, com as carnes dilaceradas e queimadas pelo largo uso que os inquisidores fizeram do strappado e do braseiro, concordaram em dizer aos seus supliciadores o que eles queriam ouvir.
Felipe, o belo, atiçado pelas intrigas de um traidor, um ex-cavaleiro chamado Esquiseu de Floyran, o Judas dos Templários, não se conformara em desmantelar-lhes as instalações e confiscar-lhes os valores, quis também desonrá-los para sempre. Por isso, acusou-os de sodomitas. Denúncia estendida a De Monay e a outros 140 cavaleiros postos a ferros (54 deles expiram pelo fogo).

OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS.


Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", assim denominaram-se originalmente os Templários, Ordem Militar fundada no ano de 1119, em Jerusalém, para proteger os peregrinos e os lugares sagrados da Terra Santa. Os bravos guerreiros tiveram sua base afincada bem no coração do inimigo islâmico, visto que o seu quartel-general, uma concessão do rei Balduíno II, situava-se num prédio ao lado da Mesquita de Al-aqsa, ocupando uma parte superior do que restara do Templo de Salomão.
Compondo uma síntese entre a sincera fé dos monges e o destemor dos soldados de elite, consagraram-se como a mais poderosa e valente organização militar da época das Cruzadas: a tropa de choque de Deus. Prestigio que lhes rendeu, depois de se transferirem para a Europa, em 1291, serem os depositários fiéis dos bens dos cristãos ricos. Justamente por isso, pela cobiça que despertaram, é que pereceram nas mãos do rei da França em 130

A TENTAÇÃO DE CAIM.


E para a Escuridão veio uma luz-fogo brilhando luminoso à noite. E o arcanjo o Michael se revelou para mim. Eu era destemido. Eu perguntei o que ele queria. Michael, General do Céu, portador da Chama Santa, disse para mim: "Filho de Adão, Filho de Eva, seu crime é grande, e também a clemência de meu Pai é grande. Você não se arrependerá do mal que você fez, e deixará sua clemência lavá-lo para que fique limpo"
E eu disse a Michael: "Não por graça do único Acima, mas por minha própria vontade que eu vivo, com orgulho." Michael me amaldiçoou dizendo: "Então, que você caminhe nesta terra; você e suas crianças temerão minha chama viva, que morderá profundamente e saboreará sua carne. " E pela manhã„, Raphael veio de asas de lambent, iluminando o horizonte, o guia do Sol, vigia do Leste. Raphael disse: "Caim de Adão, filho de Eva, seu irmão Abel o perdoou de seu pecado; você se arrepende e aceita a clemência do Todo-Poderoso?" E eu disse a Raphael: "Não pelo perdão de Abel, mas pelo meu próprio perdão."
Raphael me amaldiçoou, dizendo "Então, que você caminhe nesta terra, você e suas crianças temerão o amanhecer, e os raios do sol irão queimá-lo como fogo onde quer que você se esconda. Esconda-se agora para o nascer do Sol levar sua ira até você". Mas eu achei um lugar secreto na terra e me escondi da luz ardente do Sol. Profundamente na terra, eu dormi até a Luz do Mundo ser escondida atrás da montanha da Noite. Quando eu despertei de meu dia de sono, eu ouvi o som de suaves asas avançando e eu vi as asas negras de Uriel estendidas ao redor de mim - Uriel, ceifeiro, anjo de Morte, Uriel Sombrio que mora na escuridão. Uriel falou quietamente a mim, dizendo: "Filho de Adão, Filho de Eva, o Deus Todo-Poderoso o perdoou de seu pecado. Você aceitará sua clemência e me deixará levá-lo de volta, já não amaldiçoado"
E eu disse a Uriel escuro alado: "Não pela clemência de Deus, mas minha própria vontade que eu vivo. Eu sou o que eu sou, eu fiz o que eu fiz, e isso nunca mudará." E então, por Uriel o terrível Deus Todo Poderoso me amaldiçoou, dizendo: "Então, para que você caminhe nesta terra, você e suas crianças se agarrarão a Escuridão. Você só beberá sangue. Você só comerá cinzas. Você sempre será como você estava na morte. Nunca morrerá, se mantendo vivo. Você entrará para sempre na Escuridão, tudo que você tocar irá se tornar em nada, até os últimos dias."
Eu dei um grito de angústia a esta maldição terrível e rasguei a minha carne. Eu chorei sangue. Eu peguei as lágrimas em uma xícara e as bebi. Quando eu observei minha bebida pesadamente, o arcanjo Gabriel, Gabriel gentil, Gabriel o senhor da clemência, apareceu a mim. O arcanjo Gabriel disse para mim: "Filho de Adão, Filho de Eva – vá! A clemência do Pai é maior que você sempre soube, agora há um caminho aberto, uma estrada de clemência que você chamará de Golconda e fala para suas crianças disto, para que seguindo esta estrada possam morar na Luz uma vez mais." E com isso, a escuridão foi erguida como um véu e a única luz eram os olhos luminosos de Lilith. Olhando ao redor de mim, eu soube que tinha Despertado.
Quando minhas primeiras energias surgiram através de mim eu descobri como me mover como o raio [Celeridade], como obter a força da terra [Potência], como ser como pedra [Resistência]. Lilith então mostrou para mim, como ela se esconde de caçadores [Ofuscação], como ela ordena obediência [Dominação], e como ela exige respeito [Presença]. Então, despertando-me adiante, eu achei o modo para alterar formas [Metamorfose], o modo de ter domínio sobre animais [Animalismo], o modo para fazer olhos ver o passado [Auspícios].
Então Lilith mandou que eu parasse, dizendo que eu tinha alcançado meus limites. Que eu tinha ido muito distante. Que eu ameacei minha essência. Ela usou seus poderes e me comandou que parasse. Por causa do seu poder, eu atendi, mas profundamente dentro de mim uma semente foi plantada, uma semente de rebelião e quando ela virou sua face para mim, eu me abri mais uma vez, para a Noite, e vi as possibilidades infinitas nas estrelas e soube que um caminho de poder, um caminho de Sangue eu tomei, e assim despertado em mim este Caminho Final, do qual todos os outros caminhos cresceriam. Com este mais novo poder, eu quebrei os laços que a Senhora da Noite que me vestiu. Eu deixei a Rainha Maldita naquela noite, me escondendo nas sombras, eu fugi as terras de Nod e vim para um lugar onde os demônios dela não poderiam me achar.
Do Livro de Nod.As Crõnicas de Caim.

LILITH NA CRONICA DE CAIN.

Fragmento do Livro de Nod
Eu sonho com os primeiros tempos; a memória mais longa; eu falo dos primeiros tempos; o mais velho Pai que eu canto dos primeiras tempos e o amanhecer da Escuridão. Em Nod, onde a luz do paraíso ilumina o céu noturno e as lágrimas de nossos pais molharam o solo, cada de nós, de algum modo, define viver e levar nosso alimento da terra.

E eu, Caim o primeiro-nascido, eu, com coisas afiadas, plantei as sementes, no escuro as molhei nas suas covas de terra, as assisti crescer; e Abel, o segundo-nascido Abel, cuidou os animais ajudado por seus herdeiros de sangue e alimentaram-se deles, os assistiam crescer.
Eu o amo, meu Irmão. Ele era o mais luminoso, o mais doce, o mais forte. Ele foi o primeiro motivo de toda minha alegria. Então um dia que nosso Pai disse a nós: Caim, Abel, sobre Mim vocês tem que fazer um sacrifício - um presente da primeira parte de tudo aquilo que vocês têm.
E eu, Caim o primeiro-nascido, eu juntei os brotos tenros, as frutas mais luminosas, a mais doce grama. E Abel, o segundo-nascido, Abel sacrificou o mais jovem, o mais forte, o mais doce dos seus animais. No altar de nosso Pai nós pusemos nossos sacrifícios e acendemos fogo debaixo deles e assistimos que a fumaça os levasse até o único Acima. O sacrifício de Abel, o segundo-nascido, cheirou docemente ao único Acima e Abel foi santificado.
E, eu, Caim o primeiro-nascido, eu fui golpeado de além por uma palavra severa e uma maldição, por meu sacrifício ser desmerecido. Eu olhei o sacrifício de Abel, ainda fumegando, a carne, o sangue. Eu chorei, eu cerrei meus olhos eu rezei noite e dia; e quando o Pai disse: o tempo por sacrifício veio novamente e Abel conduziu seu mais jovem, seu mais doce, seu mais amado para o fogo sacrificatório, eu não levei o meu mais jovem, meu mais doce, porque eu sabia o único Acima não os quereria.
E meu irmão, amado Abel disse para mim, Caim, você não trouxe um sacrifício, um presente da primeira parte de sua alegria, para queimar no altar do único Acima. Eu chorei lágrimas de amor por mim e então, com ferramentas afiadas, sacrifiquei a que foi a primeira parte de minha alegria, meu irmão. O sangue de Abel cobriu o altar e cheirou docemente quando queimou. Mas meu Pai disse "Amaldiçoado é você, Caim que matou seu irmão". Eu fui expulso assim como deveria ser e Ele me exilou para vagar na Escuridão, na Terra de Nod. Eu voei na Escuridão; não vi fonte de luz e eu tive medo. Eu estava só.
MAGIA DE LI8LITH.
Eu estava só na Escuridão e eu tive fome. Eu estava só na Escuridão. E eu tive frio. Eu estava só na Escuridão e eu chorei. Então veio até mim uma doce voz, uma voz de mel. Palavras de auxílio. Palavras de conforto. Uma mulher, sombria e adorável, com olhos que perfuravam a escuridão, veio a mim.
"Eu conheço sua história", Caim de Nod. Ela disse, sorrindo. "Você tem fome. Venha! Eu tenho comida. Você tem frio. Venha! Eu tenho roupas. Você está triste. Venha! Eu tenho conforto." Quem confortaria um amaldiçoado como eu? Quem me vestiria? Quem me alimentaria ? "Eu sou a primeira esposa de seu Pai, aquela que discordou com o único Acima e ganhou Liberdade na Escuridão. Eu sou Lilith. Uma vez, eu tive frio, e não havia nenhum calor para mim. Uma vez, eu tive fome, e não havia nenhuma comida para mim. Uma vez eu estava triste, e não havia nenhum conforto para mim."
Ela me alojou, ela me alimentou. Ela me vestiu. Nos braços dela, eu achei conforto. Eu chorei até sangue gotejou de meus olhos e ela os beijou. E eu morei durante um tempo na Casa de Lilith e lhe perguntei: "Fora da Escuridão, como você construiu este lugar? Como você fez roupas? Como você cultivou comida?" E Lilith sorriu e disse, ao contrário de você, eu estou "Acordada". Eu vejo as Linhas que giram ao redor de você. Eu faço o que eu preciso com Poder. "Desperte-me, então, Lilith" - eu disse. "Eu tenho necessidade deste Poder. Então, eu poderei fazer minhas próprias roupas, fazer minha própria comida, fazer minha própria casa." A preocupação dobrou as sobrancelha de Lilith. "Eu não sei o que fazer para você Despertar, porque você verdadeiramente é amaldiçoado por seu Pai. Você poderia morrer. Você poderia mudar para sempre." Caim disse: 'Mesmo assim, uma vida sem Poder não será pago vivendo. Eu morreria sem seus presentes. Eu não viverei como seu Thrallî." Lilith me amou, e eu soube isto. Lilith faria o que eu pedi, entretanto ela não desejou isto. E assim, Lilith, os olhos brilhantes de Lilith, me Despertaram. Ela se cortou com uma faca sangrou para mim em uma tigela. Eu bebi profundamente. Era doce. E então eu entrei no Abismo. eu caí eternamente, caindo na escuridão mais profunda.

A LUA NEGRA.

Em Astrologia, Lilith é um corpo celeste que transita numa órbita invisível para a astronomia oficial. Os cabalistas hebreus referem-se a este astro misterioso como Lilith, a Lua Negra. Apesar de ser raramente perceptível aos instrumentos de observação, os astrônomos Riccioli, Cassini e Alischer confirmaram sua existência. Os pitagóricos chamaram-no Vulcano, intensificando-o como um segundo satélite da Terra; alguns ocultistas denominam-no Antiterra, um planeta análogo à Terra que descreveria uma elipse em sentido contrário ao terreno. No Taro, Lilith está associada à carta da Lua (XVIII) e sua face obscura, cujos conteúdos simbólicos remetem aos impulsos do inconsciente, ao domínio das ilusões, aos "estados de sono da alma", às práticas de feitiços e sortilégios.
Em Teosofia, ou na 'Velha Religião", os segredos da Lua Negra pertencem ao conhecimento profundo da cosmogênese, alcançado por poucos entre os mais elevados Iniciados. Os teósofos afirmam que a Lua precede a Terra; é mais velha. Na hierarquia evolutiva do cosmo, a Lua é mãe da Terra. Os "Deuses Lunares", os Pitris (entre os indianos), são ancestrais da raça humana: "As mônadas Lunares ou Pitris, que são os antepassados do homem, assumem na realidade a própria personalidade humana." (BLAVATSKY. 2000, p 222).
Na cadeia planetária admitida em Teosofia, um globo que morre transfere sua energia para um outro que nasce. Envelhecendo, a Lua tornou-se "virtualmente um planeta morto, no qual a rotação quase cessou, após o nascimento do nosso Globo. A Lua é, sem dúvida, o satélite da Terra; mas isso não invalida a teoria de que ela deu tudo à Terra, exceto o seu cadáver. (...) E antes que esta [a Terra] chegue à sua Sétima Ronda, sua mãe, a Lua, ter-se-á dissolvido no ar sutil... " (BLAVATSKY. 2000, p 199-200). Nessa condição de cadáver, o simbolismo da Lua agrega numerosos atributos mórbidos:
"ALua é hoje frio resíduo, a sombra arrastada pelo corpo novo para o qual se fez a transfusão de seus poderes e princípios de vida. Está agora condenada a seguir a Terra durante longos evos, atraindo-a e sendo por ela atraída. Incessantemente vampirizada por sua filha, vinga-se impregnando-a com a influência nefasta, invisível e venenosa que emana do lado oculto de sua natureza. Pois é um Corpo morto, e no entanto vive. As partículas de seu cadáver em decomposição estão cheias de vida ativa e destruidora, embora o corpo que elas anteriormente formavam esteja sem alma e sem vida. (...) Como os fantasmas e vampiros, a Lua é amiga dos feiticeiros e inimiga dos imprudentes." (BLAVATSKY. 2000, p 200).
É na Lua que os teósofos localizam a região de Kama-Loka ou o Mundo Sublunar, para onde migram os mortos e onde permanecem para expurgar, de sua essência espiritual, as impurezas do materialismo, dos erros e crimes terrenos e onde deverão despir-se de seu Kama-rupa, o corpo-alma etérico animal.

NOIVA DE SAMUEL.

Foi ali, no Hades (grego) ou no Inferno (católico-cristão), que Lilith encontrou Samael, o Senhor das Forças do Mal do Sitra Achra (do outro lado). Tornaram-se amantes. Lilith é denominada "a noiva de Samael". Juntos, eles reinam sobre todos os males que afligem a humanidade. Dessa união resultou uma descendência demoníaca: Lilith dava à luz (ou melhor, à treva) cem demônios por dia, prole conhecida como Liliotes ou Linilins.
Enquanto isso, no Éden, Deus providenciou uma segunda mulher para o solitário Adão. A fim de evitar pretensões feministas, resolveu o Senhor produzir esta outra a partir de uma parte do corpo do próprio Adão. Escolheu a costela, que não havia de fazer falta, mísera carne revestindo um osso pequeno e torto. A nova Eva nasceu como um subproduto de Adão. Porém, mais uma vez, ainda que razoavelmente submissa, foi a Eva curiosa, que sucumbindo ao desejo pela maçã do conhecimento, arrastando o marido em sua ousadia, provocou a expulsão definitiva da raça humana que, fora dos domínios de Deus, haveria de amargar todas as dificuldades e tragédias que fizeram e fazem a história da humanidade.
estabeleceu-se, desde então, o eterno conflito que atormenta o homem sempre dividido entre impulsos, para o bem e para o mal. Assim como o Diabo, a Serpente, o Satanás, Lilith representa a maldade em seu lado feminino, inspirando desde os malogros da sortes às ações mais pérfidas dos indivíduos. São alguns dos "títulos" de Lilith: Rainha do Mal, Rainha da Noite, Mãe dos Súccubus, Mãe dos Demônios, Lua Negra (este último, uma relação com a simbologia astrológica). Por conta de seu tenebroso currículo, as origens de Lilith foram coloridas com detalhes mais fortes. Uma vez demônio, teria sido criada, "na verdade", de pó e excrementos ou ainda, de saliva e sangue (tradição hebraica).
AS MALDIÇÕES DE LILITH.
Samael é um demônio polígamo. Tem mais três esposas, além de Lilith, até porque, ela também tem relações com outros demônios. São as outras três esposas do Senhor do Mal: Aggarath, Mochlath e Nehemah. Esta última é considerada tão poderosa quanto Lilith. A análise dos sincretismos permite interpretar Lilith e Nehemah como aspectos diferentes de uma mesma força. Em História da Magia, Eliphas Levi comenta os atributos de Lilith e Nehemah:
"Há nas trevas- dizem os cabalistas – duas rainhas dos vampiros; uma Lilith, mãe dos abortos, a outra Nehema, a beleza fatal e assassina. Quando um homem é infiel à esposa que lhe foi destinada pelo céu, quando se entrega aos descaminhos de uma paixão estéril, Deus lhe toma a esposa legítima e santa e entrega-o aos beijos de Nehema. Esta rainha dos vampiros sabe aparecer com todos os encantos da virgindade e do amor; afasta o coração dos pais, leva-os a abandonar os deveres e os filhos; trás a viuvez aos homens casados, força os homens devotados a Deus ao casamento sacrílego. Nehema pode ser mãe, mas não cria os filhos; entrega-os a Lilith, sua funesta irmã, para que os devore."
A ação maligna de Lilith no cotidiano de homens e mulheres é documentada no folclore assírio, babilônico e hebraico. Seja para vingar os filhos mortos pelos homens, seja em função da maldição que carrega, as aparições e influências deste demônio são sempre caracterizadas pelo terror. Como o succubus, ela ataca o sono dos incautos impondo relações sexuais violentas das quais resultam criaturas híbridas, mistura de gente e demônio. Também produz pesadelos, montando no peito dos adormecidos e sufocando-os enquanto produz visões apavorantes (aqui ela se assemelha ao Jurupari, demônio entre os índios brasileiros que age de forma idêntica). Entre outros males, Lilith seria responsável pela desavença que resultou no assassinato de Abel, por Caim, pela esterilidade de homens e mulheres, abortos, enfermidades em crianças (que enfraquece, vampirizando-as), discórdias matrimoniais, adultérios. Lilith aparece como a primeira feiticeira do mundo

LILITH.

Lilith é uma dessas figuras mitológicas cujas origens se perdem em priscas eras. Os relatos de sua biografia são contraditórios, depois de milênios de misturas entre crenças de vários povos. O sincretismo mais conhecido é é a combinação entre lendas mesopotâmicas e israelitas. As narrativas mais antigas são encontradas na cultura da Suméria. No épico babilônico Gilgamesh (2000 a.C.) ela aparece como uma prostituta estéril com aparência zoomórfica, bela e jovem, dotada de pés de coruja e asas de morcego. Os atributos dos seres noctívagos são os signos da afinidade de Lilith com as horas noturnas e, por extensão, com as trevas, a escuridão.
Sua natureza maligna, demoníaca, de espírito violento e tempestuoso, migrou, dos caldeus para os judeus. Nos livros sagrados do judaísmo o mito de Lilith está inserido numa versão não oficial da antropogênese. Há referências no Talmud, no Zohar e no Tora. Enredos confusos envolvem a personagem: ora aparece como a mulher insubmissa, que precedeu Eva mas, por sua rebeldia, foi expulsa do Paraíso; ora, é personificação que se refere a uma espécie de "história não contada" de Eva. A tradição apócrifa afirma que Deus teria falhado na criação da primeira mulher. Fazendo a criatura de barro e sopro, tal como fizera com seu primogênito, tornara-a igual a ele. Esta era Lilith: arrogante, alegava sua substancial igualdade para recusar sujeição ao marido. Amaldiçoada por Deus, abandonou o paraíso e foi habitar o deserto, na região do Mar Vermelho: "Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos um lugar maldito.
Outra versão, apresenta razão diferente para a revolta de Lilith. A primeira mulher de Adão, a tradicional Eva, teria tido filhos. Entretanto, os anjos, enciumados por causa das atenções de Deus para com o homem, vingativos, mataram impiedosamente as crianças. Embrutecida pelo infortúnio supremo, Eva transforma-se em Lilith e abandona o Jardim das Delícias. Nada lhe restava senão dirigir-se aos mundos subterrâneos onde, aliando-se aos demônios, aprendeu as artes mágicas e a prática do vampirismo tornando-se, por fim, ela própria, um demônio dentre os mais poderosos da face da Terra.

LILITH.A DEUSA DA NOITE.


Na origem de todos os povos do mundo sempre existiu a tradição de um casal fundador da raça humana. A maioria são casais-deuses, exceto nas religiões patriarcais, como a cristã, onde um único Deus masculino formou todas as coisas e seres.
Entretanto,que o grande deus monoteísta não é do sexo masculino, mas é completo em si mesmo, o que existem são divisões de gênero, inclusive é uma insolência lhe dar aspecto humano, pois sua essência é luz pura. E desde quando luz tem sexo?
Mas como sabemos vivemos num mundo bipolar e é por isso que nossa Divina Arquiteta teve a iluminada idéia de semear o amor no terreno fértil de nossos corações, para que pudéssemos andar lado a lado, sempre em casais e nunca sozinhos.
Ao se estudar Carl Jung descobriremos que dentro de cada homem há uma mulher (anima) e em cada mulher há o princípio masculino (animus). Este eterno jogo de yin-yang se ajusta e se completa. Portanto, nenhum indivíduo é inteiramente masculino ou inteiramente feminino.
Cada um de nós é composto dos dois elementos e esses dois constituintes estão freqüentemente em conflito. O princípio feminino ou "Eros" é universalmente representado pela Lua e o princípio masculino ou "Logos" pelo Sol. O mito da criação no Gênesis afirma: Deus criou duas luzes, a luz maior para reger o dia e a luz menor para reger a noite. O Sol como princípio masculino é o soberano do dia, da consciência, do trabalho e da realização, do entendimento e da discriminação conscientes, o Logos.
A Lua, o princípio feminino é a soberana da noite, do inconsciente. É a deusa do amor, controladora das forças misteriosas que fogem à compreensão humana, atraindo os seres humanos irresistivelmente um para o outro, ou separando-os inexplicavelmente. Ela é o Eros, poderoso e fatídico e totalmente incompreensível.
Na natureza, o princípio feminino ou a deusa feminina mostra-se como uma força cega, fecunda, cruel, criativa, acariciadora e destruidora.
É a fêmea das espécies mais mortal que o macho, feroz em seu amor como também com seu ódio.
Esse é o princípio feminino na forma demoníaca. O medo quase universal que os homens têm de cair sob o domínio ou fascinação de uma mulher e a atração que esta mesma servidão têm para eles, são evidências de que o efeito que uma mulher produz num homem é, em geral realmente de caráter demoníaco.
Essa imagem repousa tão somente, na natureza da própria "anima"do homem ou alma feminina, sua imagem interior do feminino. A "anima"' não é uma mulher, mas um espírito de natureza feminina, que reflete as características do lado demoníaco, tanto glorioso, como terrível. Na vida cotidiana o homem não entra diretamente em contato com o princípio masculino duro, predatório, mas encontra-o sob a máscara humana, mediado pela sua função superior.
Mas o feminino dentro dele não é mediado através de uma personalidade humana culta e desenvolvida.
O princípio feminino, a Deusa Lua, age sobre ele diretamente do inconsciente, aproximando-se como um traidor que vem de dentro. Não é de admirar tanto medo e desconfiança!

UNHEILIG.LINDO ESSE VIDEO.


MEU MUNDO.


Sonhei buscar a glória.Mais minhas mãos me trairam.
Porém depois de muinto caminhar,pelas estradas da vida.
Mesmo quando a estrada se dividia.Mais longe para para
mim estava meu horizonte.Longa era minha caminhada.
Derrepente chega em minhas veias,onde meu sangue corre.
As águas dos oceanos. O entusiasmo.Mil anseios.
Iamginei cidades grandes,rústicas,aldeias.
Enfim.Construi um império imaginário.
Andei,por entre as pessoas mais estranhas.
E todas me diziam.Não te iludas ainda és ingenua.
Embriaguei-me no perfume dos caminhos.Me diziam:
Não te iludas com essas falsas flores.
Pois elas são almas dos pescadores tristes.
Que nos ferem como os espinhos.Mais uma voz
que sais de dentro de meu eu disse:
Oh!criança volta.Êsses ideais são falsos.
Porque essa tristeza?estou lhe dizendo a verdade.
Seus ideais são como o sol,ainda não se põs.
Estão em seu travesseiro,no sorrizo das crianças.
Vá criança volta.A seu sonhado paraiso.
Tu verás desabrochar na flor de um riso.
E inocente como uma criança.
A noite quando o sono chegar.
Terás por companhia o Silêncio.
Mais eu respondia,com voz de entusiasmo.
Enojo-me do mundo.Um ideal revolve em meu peito.
Sabe!Quero meu nome impresso em leitudras de ouro.
Nas páginas desse mundo cruel.Anseio por um tesouro.
Quero ser eterna.Eu quero a glória.
De nada me valem a voz dos pássaros.
Dentro de mim os meus desejos.
Não me deixava dar ouvidos a outros.
E no meu horizonte,como se fosse uma mirragem.
Eu procurava meu eu.Mais em mim estava plantado um oceano.
de iluzões.Longe ainda não havia olhos humanos.
Via dentro de mim a natureza em festa.
E gemendo os mistérios me chamavam.
Eu me embrenhava na minha floresta.
Ás vezes me falam com carinho.Mais ouvia um rasgo.
A triste voz da minha consciênciaa.
Sei que lutarei,ou quem sabe,meus sonhos estarão enterrados.
Em uma montanha.Me vem a voz novamente,esqueças suas ânsias.
Tens sonhos,tivestes exemplos.Todos buscaram em vão a glória.
Não podes ser Deus.Espera?nada tens a fazer.
Do que resignares a tua sorte.
Respondi!Esperar?até me enlouquecer?e enlouquecendo.
Abandonarei-me a morte?hás de romper,da vida o negro véu.
Que te encobres.Queres a glória?maior será tua mentira.
Alçar vôo nas alturas como uma explosão de luz.
Buscando os céus."Olhar para Deus face a face,quiêdo e muda".
Talvêz acharás a glória sonhada.E se um nada encontrares.
Que me importa o nada?quando não se pode ter nada?
Ou melhor ser o tudo.Meu ideal é por demais profundo.
Rebuscarás em todos os lugares.No mar,pomares.
Jamais o encontrarás nesse mundo.Pertence a outro universo.
A uma outra esfera.E que em um dia quem sabe!alcançarás.
Respondi.Suporto a vida e viverei em paz.E a tudo se fecha.
Diante de mim,a estrada em uma cruz.Fascinada andei.
Meus sentidos não me acudiram.Embriagada do nada perdida.
Sem rumo,esquecida de mim mesma,andei,como se estivesse
procurando minha própia dor.Nada restou de minha existencia.
Finalmete,nem a consciencia eu tinha mais.Aos poucos misturaram
as vozes.Eu só houvia os clamores,vozes,comecei a me lembrar.
das glórias dos outros.Fui ficando tonta.Mais nada eu vi.
Da própia vida esqueci.Presa na dor em m inhas fantasias.
Cheguei ao desespero.Minha alma revolta,ou louca,instigada
de coragem.Me entreguei às vozes.E alheia a tudo e a todos.
Que me circulavam.Rolei no abismo de meus própios sonhos.
Aisha.

FELICIDADE.


FELICIDADE.
Busquei-te no meu coração dentro de meus sentimentos.
Correndo terras em prazeres devassos.
Nesta corrida perguntei ao sol,ao mar,a lua,
ao vento que sopra de norte a sul.
Engraçado.Ninguém de ti me deu o menor traço.

Nas asas de meu pensamento.Andei até o fim do espaço.
Meu regresso.Amargo e cansada.
Sem nunca encontrar-te,um só segundo.
Contas a mim!Onde estás?Em que céu?Ou na terra!

Talvêz,junto comigo.Felicidade.Vem-te ao meu encontro.
Estou a te esperar.Pois te sinto cada dia mais distante.
VEM....Aisha.