contos sol e lua

contos sol e lua

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Seres góticos.


Um jovem em uma noite andava
Procurando pessoas em que as sombras pairavam
Curiosidades sobre pessoas góticas...
Um grupo encontrou dos malditos,
Se dirigiu ao mais sombrio,
E ganhou a sua resposta
Alguma vez sentiu a depressão abraça-lo?
Ou quem sabe a desesperança em sua vida?
Já desejou a morte em seu encalço?
Sentiu uma longa agonia?
Já decepcionou-se com o mundo?
Ou já desejou uma vez matar?
Já sentiu-se moribundo?
Ou quis a vida acabar??
Já quis perder o seu alento?
Fez da tristeza sua alegria?
Você pode ter sido gótico algum momento....
Mas nós somos todos os dias....
A.D.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Os druidas.


Eram sacerdotes iniciados na sabedoria da natureza e afirmavam – assim como faziam os sacerdotes maias e incas – que eram descendentes do deus dos mares, de quem tinham aprendido a ciência e a sabedoria. Eles acreditavam na eternidade da energia da matéria, na eternidade do espírito e na metempsicose.
Para os celtas, a manifestação da vontade do inominável e desconhecido cria a vida e se experssa em três círculos: abred, o círculo interior, onde pulsa o gérmen de todas as coisas;o gwenved (círculo do centro da beatitude); e o Keugant, o círculo exterior, onde somente Deus se encontra. Acreditavam em cinco elementos de sustentação da vida : Kalas (a Terra, a emanação de Dé-Mater); gwyar (a humildade); fun (o ar); uvel (fogo, luz, calor); nwyvre (emanação do espírito de Dis Pater). Da união da emanação do espírito de Dis Pater e Dé-Mater com os demais elementos surge a vida.
Os druidas não tinham templos e oficiavam no altar da natureza, em especial nos bosques e junto a uma árvore consagrada : o carvalho. Na lunação adequada, utilizavam uma pequena foice de ouro para extrair o visco do carvalho, um musgo com poderes curativos do corpo físico e do corpo astral, dotado de elementos transmutadores de desequilíbrios e fortalecedores do sistema imunológico. Esse era um ritual permitido somente aos druidas. Do visco (visgo) era feita uma poção que, depois de pronta, era servida aos membros da comunidade.
Eles conheciam poções para soluções de males físicos e espirituais, feitas com misturas de raízes, ervas resinas e minerais. Os druidas eram grandes alquimistas e conhecedores da linguagem das estrelas, sendo Stonehenge para eles um observatório solar e um ponto de convergência das energias cósmicas e um catalisador de energias curativas.
A Deusa era adorada em todas as formas da natureza. Os druidas também eram profundos conhecedores das energias telúricas. As ondas de energia que circulam no interior da Mãe-Terra e pulsam nas entranhas do planeta eram chamadas as “veias do dragão”, e a bruma, a sua respiração. Eles eram estudiosos do céu e harmonizavam os sinais terrestres e celestes para definir caminhos e ações. Tinham uma relação orgânica com o universo e com a Mãe-Terra. Eles se guiavam pelo Sol e pela Lua na contagem do tempo orientador para o plantio e colheita, e para a elaboração do calendário.
Recentemente, astrofísicos e estudiosos da nossa estrela-mãe, o Sol, estudando Stonehenge, obtiveram novas informações sobre as pulsações e explosões solares, desvendando no monumento alguns conhecimentos adquiridos pelos antigos celtas.
Os druidas da Irlanda eram considerados da mão esquerda, ou seja, feiticeiros que utilizavam a manipulação das energias naturais em benefício próprio e praticavam sacrifícios humanos. Os druidas da Bretanha, Escócia e da Inglaterra são considerados os verdadeiros herdeiros da sabedoria celta e servidores de Dis Pater e Dé-Mater.
O declínio dos celtas e druidas tem início com a invasão romana. Os romanos atacaram o País de Gales no ano 61 d.C., e muitos dos nobres galeses eram anti-romanos e resistiram bravamente; com a ajuda do povo e dos druidas, lutaram contra a invasão, mas sofreram terrível derrota.
Com a cristianização, o druidismo que restou foi perseguido, e à medida que o Cristianismo se firmava, foram desaparecendo os rituais e festivais sagrados. Os druidas eram considerados considerados um mal a ser extirpado e suas práticas religiosas vistas como nefastas e demoníacas.
No século 18, aconteceu o renascimento dos druidas e da cultura dos celtas. Foi quando estudiosos da Antiguidade e nacionalistas galeses trouxeram de volta suas origens célticas e o interesse pela sabedoria dos druidas, visando restaurar a memória cultural e a identidade nacional.
Os druidas, as sacerdotisas, os bardos, os poetas e os harpistas celtas permeiam as lendas inglesas e encantam milhares de pessoas pelomundo afora. As lendas narram os amores, desafios e feitos dos cavaleiros. O seu principal símbolo é a espada sagrada chamada Excalibur, a espada da reconstrução do Bem.
Segundo as narrativas, o jovem Arthur, nascido pela vontade da Deusa para liderar, seria o rei que traria paz e prosperidade ao povo. O menino foi concedido por Igraine, sacerdotisa da Deusa de Avalon, e criado por Merlin, o mago. Arthur recebe de Merlin ensinamentos morais e marciais, e sua pureza de coração e intenção justa o autorizam a ser o único capaz de retirar da pedra onde está incrustada a espada mágica, presente da Senhora do Lago, a grande sacerdotisa de Deusa.
Empunhando Excalibur, Arthur inicia um novo ciclo de evolução sobra a Terra, e não somente sobre Avalon. Cria uma nova ordem e constrói Camelot, o castelo onde os famosos doze cavaleiros se reuniam em torno da Távola Redonda para comungar de valores, façanhas e sonhos. Lenda e realidade se misturam e o poder político e o poder espiritual são parceiros nas narrativas arturianas. Recentemente, historiadores localizaram o que consideram ser o túmulo do mítico rei Arthur.
Atualmente, muitos são os adeptos do druidismo espalhados pelos diversos países, e os modernos druidas reivindicam o acesso a Stronehenge para se reunir por ocasião dos solstícios de inverno e de verão, e reviver as práticas das quais se consideram legítimos herdeiros.
A estação de semeadura que precede o inverno, bem como o início da primavera e, finalmente, todos os solstícios, erma marcados por comemorações. O nascer do dia, a chegada da noite, as lunações e a chuva fecundante, eram recebidos como dádivas pelos celtas-druidas, e os atuais seguidores gostariam de poder se reabastecer na memória sagrada que vibra e emana de cada menir no círculo de Stonehenge.
As autoridades britânicas impedem a entrada no círculo sagrado argumentando que a manutenção da integridade do monumento estaria ameaçada. Quem quiser visitar o círculo sagrado dos celtas, terá de ser contentar com uma observação distante.
Se os celtas são realmente nossos antepassados, unificadores da cultura planetária, é algo a ser comprovado pelos cientistas e historiadores. Mas Stonehenge é, sem dúvida, uma mandala de integração e um monumento da humanidade que nos remete ao limite do que seja finito e cognoscível. Nele, a iminência do sagrado expressa uma realidade transcendente, compartilhada por todas as raças e culturas reunidas em torno do Mistério.Balkis

O círculo sagrado celta.


Deus é um círculo cujo centro está em todos os lugares e cuja circunferência não está em lugar nenhum”
[Hermes Trismegistus)
O mundo antigo abriga inúmeros mistérios, lendas, mitos e testemunhos artísticos e arquitetônicos das civilizações perdidas. Tudo isso está envolto nas brumas da ancestralidade e fascina o homem desde sempre. Embora muitos livros já tenham sido escritos apresentando versões variadas para buscar explicar essas culturas, e pesquisadores tenham percorrido sítios arqueológicos para comprovar a origem e datar no tempo monumentos dessas civilizações da Antiguidade, eles continuam a nos arrebatar a imaginação e a nos convidar para fazer reflexões mais profundas sobre a origem e a história da nossa humanidade.
Dentre tantos monumentos do mundo antigo, para nós ocidentais o enigma arquitetônico mais famoso e intrigante é Stonehenge. O círculo, o labirinto, é uma forma presente em todas as tradições e culturas, e esse é um legado da tradição e cultura celta. Como toda cultura constitui um todo indissociável, esse monumento demonstra que estamos todos integrados no tempo; e que presente e passado são facetas de uma mesma existência.
Os celtas nos deixaram uma mitologia de grande beleza e uma tradição espiritual mágica cujas lendas magníficas contêm inegável poder revelador e inspirador. A estrutura poderosa do círculo de pedras de Stonhenge proporciona não apenas a visão do fato concreto, mas também uma experiência subjetiva profunda de apreensão da essência da cultura do povo celta.
Diante de monumentos dessa grandiosidade, o transcendente se manifesta e revela a simbologia sagrada da vida; o passado e o presente se unem; o racional e o espiritual dialogam e, desse diálogo, nascem novos conceitos de realidade e visões de mundo.
Nesse novo milênio, as alianças entre sobrevivência e transcedência, mundo interior e mundo exterior, serão o alicerce da construção de um homem melhor. As tradições espirituais e a sabedoria contida nelas revelam a unidade na diversidade do conhecimento e de todas as manifestações da vida.
No Ocidente, Stonhenge é o monumento pré-histórico mais conhecido e pesquisado, e é visitado por milhares de pessoas anualmente. Localizado na planície de Salisbury, sul da Inglaterra, ele reina soberano na paisagem descampada em místico isolamento.
Quando o visitante avista o magnífico círculo formado por imponentes blocos de pedra cinza chamada sarsen – um tipo de arenito muito duro -, sente a força e envolvência do mistério que o monumento encerra. Os blocos de pedra medem 4 metros de altura e são denominados menires; encimados pro enormes pedras horizontais, dolmens, formam um enorme círculo contínuo com aberturas regulares entre as pedras.
Diante da magnificência do círculo sagrado, nos transportamos para um passado desconhecido, porém pressentido, e sentimos o poder do dinamismo efetivo dos símbolos, a imagem acolhedora da roda, do círculo, e percebemos como essa é uma forma geométrica sagrada e atuante em nosso psiquismo. Temos sede de unidade. O círculo sagrado nos apresenta uma concepção unificante do sentido da vida; por isso nos atrai tanto e provoca no peito um sentimento reverente e, na mente, um alumbra-mento.
Stonehenge é mais do que um monumento; é um símbolo e é um mito, e por isso se presta às mais variadas interpretações e perspectivas. O mito permite o afloramento de questões que pressupõem atitudes diante da realidade, e reorganiza nosso modo de ver e entender as coisas, nós mesmos e o mundo. Por isso, Stonehenge instiga a imaginação e se apresenta como algo destinado a se éter-nizar.
Quem primeiro se deteve para estudar o monumento foi o clérigo Henry de Huntingdon que, por volta de 1130, escreveu um livro sobre a história da Inglaterra, e incluiu Stonehenge como incógnita histórica. Historiadores atribuem a idade de cinco mil anos para o círculo de pedras, e os místicos e eso-téricos o consideram uma obra erigida pelos atlantes.
De onde teriam vindo aqueles blocos enormes, já que na planície não existem montanhas nem pedreiras? Como teriam sido erguidas e por quem?
O nome Stonehenge se origina de stan (pedra) e hencg (eixo), palavras do inglês arcaico. Geoffrey de Monmouth corajosamente atribuiu a construção de Stonehenge ao mítico mago Merlin, que magicamente teria transportado as pedras que já existiam na Irlanda para Salisbury, por ordem de Aurélio Ambrósio, tio do rei Arthur. A narrativa de Geoffrey teve enorme repercussão no coração dos ingleses porque evocava o mago Merlin e a legendária cavalaria arturiana, o patriotismo, as aventuras heróicas, a bravura e principalmente o mistério.
O monumento também foi decifrado com um marco erguido em homenagem aos britânicos indefesos massacrados pelos brutais saxões. Depois, em 1620, o rei Jaime I visitou o monumento e ordenou que se escavasse o local e buscasse a origem do círculo. A região pertencia a Robert Newdyk, que recusou a proposta de compra que lhe foi feita pela realeza, mas autorizou as escavações.
Muitos pesquisadores elaboram teorias sobre Stonehenge; uns atribuíam a construção aos Romanos, e outros aos escandinavos, que também têm megálitos semelhantes, porém de tamanho menor.
Por volta de 1953, as pedras foram fotografadas, revelando o desenho de uma adaga muito se-melhante às espadas da civilização micênica de 1500 a.C., na Grécia. A descoberta de outros círculos de pedra no interior da Grã-Bretanha e de antigos escritos romanos, conduziu os pesquisadores e cientistas até os celtas e os druidas. A aproximação entre ciência e tradição espiritual trouxe mais informação sobre o monumento.
Dizem alguns estudiosos do esoterismo que os celtas remontam ao tempo em que os deuses caminhavam sobre a Terra – a era dourada da humanidade.
O escritor e pesquisador francês Robert Charroux, em o Livro dos Mundos Esquecidos, afirma que os celtas irlandeses eram atlantes ali radicados depois do afundamento de Poseidon, a última ilha de Atlântida. Os atlantes que sobreviveram à catástrofe teriam se espalhado pelo mundo, semeandos sua cultura, conhecimentos, artes, crenças e rituais místicos e mágicos.
Segundo o mesmo autor, certo dia, os celtas receberam a visita dos Tuatha Dé Danann, um povo maia quiche vindo de além-oceano depois de ter sofrido uma grande derrota em seu território. Os Tuatha Dé Danann tinham o mesmo tipo físico, os mesmos costumes, manifestações artísticas e deuses dos celtas, e neles estariam reencontrando sua raiz civilizatória. Os celtas os acolheram e com eles se mesclaram.
Os Tuatha se diziam uma raça divina e seriam inicialmente originários da Céltia, vindos de Atlântida. Essa afirmação se baseia em textos do Popol Vuh, livro sagrado dos maias, no qual está escrito: “Eles estavam em Há’kavitz quando os quatro chefes da migração desapareceram de forma misteriosa. Embora bastante idosos e vindos de muito longe há já algum tempo, não estavam doentes quando se despediram de seus filhos, dizendo que a missão tinha sido cumprida e que regressavam à pátria.”
Outro trecho diz: “A vossa casa não é aqui; é para além dos mares que encontrareis as vossas montanhas e as vossas planícies. Sereis protegidos por Belih (Bel) e pro Tot (Thot,Thor), deuses de civilizações muitos antigas”.Bel, na Babilônia; Thot, no Egito; e Thor, para os escandinavos e germanos.
Os celtas-atlantes seriam nossos antepassados comuns, pois teriam colonizado todo globo. Como eles eram grandes navegadores, mapearam os oceanos e o planeta, e se espalharam pelo mundo. Da Pérsia, atual Irã , à Irlanda e àIbéria, e daí continuaram e povoaram toda a bacia mediterrânea;a seguir foram para a Índia e demais paises da Ásia. Depois, atravessaram o Atlântico e se mesclaram aos autóctones americanos do norte e do sul. Eles também teriam ido ao Pacífico Sul e povoado as ilhas da Micronésia e da Polinésia, e constituído o mítoco império de Mu.
É evidente que essa versão não é aceita pela história oficial, sendo considerada fantasiosa; mas os arqueólogos e historiadores devem se sentir desafiados pelas evidências. Os menires, os lingans (falos) da Índia, e os megálitos de Filitosa e de Carbac, na França, os da Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia, Ásia, etc., são semelhantes aos de Tula, no México, de Tiahuanaco, na Bolívia e Peru, da Ilha de Páscoa, Ilhas Marianas, das Ilhas Guanches nas Canárias, Lampur, Senegal, Egito e outros. A pirâmide de Carnac, conhecida como túmulo de Saint Michel, e a de Plouézoch, na Bretanha, são semelhantes às pirâmides maias em Monte Albán, obedecendo à mesma arquitetura.
Esses e outros indícios, ainda envoltos em mistério, podem ser desvendados desde que os pesquisadores ousem rever a história oficial sem medo, e não se acomodem ao conhecido e referendo pela maioria.
Os Druidas são os servidores da Deusa, a Grande Mãe, e detentores da sabedoria sagrada dos celtas. Eles eram os cientistas e os mestres espirituais desse povo. Eles eram homens magos que dedicavam suas vidas a louvar a fecundidade da Terra e a promover a evolução humana e cósmica pelo diálogo da alma com o planeta e o cosmos. Esses sacerdotes viviam um polisteísmo singular e cheio de paradoxos.
O deus supremo dos celtas era o Dis Pater, que não podia ser conhecido nem sequer invocado. A mitologia celta tem nos seus demais deuses manifestações arquetípicas desses deus inominável. Cernunus, filho e consorte da Deusa, a insemina e é parido por ela. Lug, o herói mestre de todas as artes, Esus, Taran, Teutatés, Belinus e outros tantos, são aspectos desse Dis Pater e instrumentos de sua atuação efetiva na vida. A contraparte feminina do Dis Pater é tão inominável e abstrata quanto ele, mas no plano material é chamada Dé-Meter (Terra Mãe).
Dé-Meter é a raiz de Demeter, deusa da Grécia; também é o princípio feminino Morrigan, a Morgana dos celtas; Don para os russos;e Dana, a Senhora Rainha da Estrela Sírius, outro nome de Ísis para os Tuatha, ou Ana. Os irlandeses chamavam-na Danu. Dan é uma palavra céltica, e está presente na composição de muitos nomes arianos, escandinavos e eslavos. Por exemplo: Danmark (Dinamarca), Dan ou Wodan (Odin, deus da mitologia escandinava), e também dos germanos e dos citas. A tribo de Dan, à qual pertencia Sansão, para alguns era formada por uma aliança celto-hebraica.

Representação Esquemática.


1-Coral negro ou sal marinho
2-Taça de Ouro
3-Poção protetora
4-Vela de cera virgem preta
5-Trompa ou Harpa
6-Cristal de quartzo (apontado na sua direção)
7-Bastão
8-Pentáculo de Altar
9-Cristal de quartzo (apontado na direção oposta à sua) 10-Athame
11-Estatueta
12-Sineta
13-Turíbulo
14-Vela de cera virgem branca
15-Recipiente com carvões em brasa para queimar seus pós mágicos, ou incensos.
16-Caixinha para guardar varetas de incenso
17-Óleo do altar
18-Taça de Prata.

©Sister Tweety

ALTAR BRUXO BÁSICO.




Um altar bruxo básico, ficará mais ou menos como o desenho acima. Naturalmente você arranjará o seu, conforme suas preferências pessoais, mas principalmente sua intuição.

Geralmente, quando montado em casa, algumas Bruxas preferem coloca-lo de tal forma que se ficarem de pé diante dele, estarão voltadas para o Norte. Outras entretanto, preferem ficar viradas para o Leste, de onde vem a luz.
Seja como for, o altar deverá estar centrado entre as quatro direções, mas tanto faz que seja redondo, quadrado ou retangular.

As tradições variam muito quanto aos animais gurdiães, cores, cristais ou espíritos que serão usados para marcar as direções Norte. Sul, Leste e Oeste. Você poderá usa-los no chão, aos pés do altar.

Os quatro elementos deverão estar representados sobre o altar: água, fogo, ar e terra.
O cálice, naturalmente, é para a água. As velas para o fogo. Óleo ou uma pedra, para a Terra. O Ar é representado por incensos ou por uma planta aérea.

Coloque o pentáculo no centro do altar e acima dele (ou atrás dele) um turíbulo ou um recipiente com carvões em brasa para queimar incenso.

As Bruxas acreditam que as energias fluem da esquerda para a direita, por isso, você deve usar a vela negra, que absorve energia, posicionando-a à esquerda do pentáculo e a vela branca, que irradiará a energia do altar, será posicionada à direita deste. Entretanto, você pode usar as cores de vela que mais se harmonizarem com você.

Os ítens de proteção, como poção mágica de proteção (opcional), sal marinho, coral negro ou turmalinas negras, devem ser posicionados de cada lado do altar. Evitarão que energias não harmonizadas com você possam interferir com seu trabalho.

Sobre o altar, posicione também seus instrumentos de trabalho favoritos, seu athame e seu bastão mágico.
Gemas, cristais de rocha, talismãs e amuletos também podem ser colocados ali, obedecendo o esquema esquerda - direita, mas isso depende do tipo de trabalho que você se disponha a fazer.

É claro que você poderá usar uma estatueta (ou várias) representando a(s) deidade(s) da sua devoção. Porém, se não gostar de imagens, este ítem é perfeitamente dispensável.

A sineta com seu som cristalino, serve para chamar espíritos do ar. Idem, a trompa. São também opcionais.

O espelho mágico ou uma pequena bacia de prata (ou metal) com água, servem para visualizações, caso você esteja empenhada nisso.

Como você talvez não esteja familiarizada com alguns termos, leia as explicações abaixo:

Amuleto:
Objeto carregado magicamente capaz de afastar energias, normalmente negativas. Em geral confere proteção ao seu portador. Costuma ser confundido com "Talismã", embora não seja a mesma coisa.

Athame:
Punhal sagrado, usado nos rituais da Wicca. Normalmente possui uma lâmina de dois gumes e um cabo preto, mas isso pode variar muito. Alguns recomendam que seja fundido pelo próprio bruxo, mas isso é uma determinação, a qual (por uma série óbvia de dificuldades de ordem pratica) foi deixada de lado e exelentes athames podem ser comprados até mesmo pela Internet.... O athame é utilizado para direccionar Poder Pessoal durante os Rituais. É raramente usado para cortes físicos e é um objeto de uso estritamente pessoal de cada bruxo.

Bastão ou Varinha Mágica:
O bastão ou varinha mágica é o instrumento que dirige as forças astrais. Segundo Papus, "Este bastão não tem outro fim senão o de condensar uma grande quantidade de fluido emanado do operador ou das substâncias dispostas por ele com o fim em vista, e de dirigir a projecção deste fluido sobre um ponto determinado."
Como você pode observar, sua função é dupla, pois serve também para irradiar energia.

Pentáculo:
Geralmente as Bruxas usam a estrela de cinco pontas, que é um poderoso selo, ou talismã.

Talismã é um objeto de proteção, mas também é um selo mágico

GNOSE.

Os gnósticos, membros das muitas seitas secretas, desde a Antiqüidade, consideravam que o verdadeiro caminho para a Salvação era o Conhecimento Espiritual e não a fé ou as ações. Todas estas seitas, naturalmente, foram muito influenciados por conceitos mágicos derivados das misteriosas religiões do Oriente.
Embora, a mão de bonze acima costume ser interpretada como um símbolo de aproteção contra o "mal-olhado", é quase certo que, para o iniciado gnóstico, seu proprietário original, tivesse um significado bem mais profundo. Talvez simbolizasse o nome de Abraxas, o qual aparece talhado em muitos dos amuletos gnósticos. A cabeça de carneiro é um símbolo de Júpiter e a pinha sobre o polegar significa espiritualidade e reencarnação. Idem a serpente espiralada, embora, para esta, sempre se possa encontrar outros atributos...
Abraxas era mais do que um deus comum: era o Senhor do Primeiro Céu e do ciclo do Renascimento, Morte e Ressurreição. Escreve-se seu nome em grego e se substituem as letras por seus equivalentes numéricos. A soma dará um total de 365, número de dias do ano solar.
A crença gnóstica tem um verdadeiro panteão de seres e entidades, quase todas "não-nascidas", uma mitologia própria, entre eles, o sempre mal compreendido Abraxas, aquele que nos força à busca da Gnose, e, segundo Jung ,"o criador e destruidor de seu próprio mundo, ao mesmo tempo o deus e o destino do homem". Abraxas é aquele que desmascara a farsa do demiurgo, o criador invejoso do Gênesis. Embora as gematrias de Abraxas, tanto em grego quanto em hebraico, totalizem 365, ele não é propriamente um deus ou uma energia astrológica. Estaria bem além da astrologia e o número 365 demonstra um ano, um ciclo e uma época. Mas também o TEMPO e uma prisão...
Contudo, ele representa a possibilidade de quebra destes ciclos criados pelo demiurgo, ou Saclas, identificado com Saturno, o Senhor dos Ciclos.
Abraxas coresponde à libertação de qualquer grilhão, tanto os cíclicos, quanto aqueles que estão além das racionalizações.
A mais elaborada forma de racionalização dos ciclos é a própria astrologia, da qual "devemos nos libertar um dia". Abraxas é o grande Incitador, aquele que nos impele para além dos limites da consciência e nos aparta de qualquer sistema de racionalização. Mas aconselha também o silêncio, para que nos livremos de dizer o indizível... Abraxas representa a Força Original de Deus, oculta em cada átomo, portanto, onipresente, pois não há em todo Universo, qualquer lugar onde esta Força Original não se faça presente.
Para seus devotos, é ele quem capacita o Verdadeiro Homem a realizar o Plano de Deus, plano este que seria a Base do Universo. Por esse motivo, a Sétima Região Cósmica é denominada o "Jardim dos Deuses", a Grande Oficina Alquímica. O Verdadeiro Homem, nascido de Deus, deve ingressar nessa Oficina para, mediante sua atividade, "engrandecer" a Idéia de Deus. Por isso, a Escritura Santa diz que o Homem foi criado para engrandecer a Deus, para engrandecer a Majestade de Deus; e por isso a Filosofia Hermética fala de Abraxas e de suas Quatro Emanações.
(Não é um catecismo muito estranho, não... Aliás, por alguma razão, nos soa até bem familiar... )
Porém, a Força Original de Deus contém em si quatro outras qualidades, a saber: Amor, Sabedoria, Vontade e Atividade.
Dizem os iniciados que "o princípio fundamental da Substância Original e as Quatro Emanações daí emergentes se relacionam entre si como uma Estrela de Cinco Pontas, como um Sol Universal, como Abraxas, resplandecendo, em brilho e majestade". Aquele que, da única maneira correta, quer liberar as forças entranhadas na Substância Original e almeja aplicá-las à Vida, precisa conhecer bem todos os segredos da Fórmula e usá-los na ordem correta.

# Primeira Parte#


Modo de se preparar para o Pacto de Sangue;
Preparativos para o Pacto com Adonai;
Como preparar a verdadeira Varinha Mágica ou Férula Fulminante; Como utilizar a Varinha;
A verdadeira representação do círculo kabalístico; Primeira Oração; Segunda Oração; Ofertório; Primeira conjuração dirigida ao imperador Lúcifer; Segunda conjuração; Terceira conjuração; Grande Conjuração extraída da “Veritable Clavícule”; A manifestação do espírito – perguntas, repostas, requerimento, etc. Convite do Espírito, Despedida do Espírito; Ação de Graças.
# Segunda Parte
O Sanctum Regnum – Hierarquia completa dos espíritos infernais; Figura e assinatura dos principais espíritos infernais; Figura e assinatura dos espíritos superiores celestes; Grande invocação dos espíritos com os quais se deseja pactuar, tirada das Clavículas de Salomão; Aparição do Espírito; Resposta do Espírito; O Pacto;
Segunda aparição do Espírito; Diálogo com o Espírito e despedida do mesmo; Oração ao Todo Poderoso em ação de Graças; Conjuração de Lúcifer para pedir-lhe tudo o que se deseja; Sobre os exorcismos e o modo de reconhecer se uma pessoa padece de feitiços ou enfermidade natural; Exorcismo para que os demônios não molestem a pessoa durante o exorcismo; Oração à São Cipriano; Exorcismo para livrar as pessoas dos maus espíritos; Exorcismo para livrar a casa de espíritos tentadores; Exorcismo contra meteoros e furacões.

O GRANDE GRIMÓRIO.


(Foto originais do livro cuja publicação data de 1823)
O Grande Grimório é considerado um dos livros mais autênticos no que se refere aos pactos e à forma de evocar espíritos e obrigá-los a realizar os desejos do evocador. É difícil afirmar a data de sua redação por não se haver encontrado nenhum manuscrito anterior à data de sua primeira impressão no século XVIII. Algumas fontes afirmam ser posterior ao Grimorium Verum, mas para outros é contemporâneo ou inclusive obra do mesmo autor do Lemegeton ou Chave Menor de Salomão, obra datada com certa segurança no ano de 1500. O Grande Grimório é atribuído oficialmente à Antonio del Rabino, um mago veneziano que afirmava haver redigido a obra baseando-se em textos assinados pelo próprio Rei Salomão (Filho de David e profeta do Antigo Testamento). No Grande Grimório especifica-se com detalhes como evocar e pactuar com Lucifugo Rofocal. Consciente dos riscos que encerraria tal pacto, Antônio del Rabino, ou quem quer que tenha sido seu autor, incluiu no Grande Grimório uma série de cláusulas cheias de duplos sentidos, que permitem burlar o diabo quando este se apresente para reclamar sua parte no pacto.A E. I.E. Caminhos da Tradição, traduziu o Grande Grimório para o português, confira abaixo o conteúdo da obra. O Grande Grimório Ou
A Arte de controlar os espíritos Celestes, Aéreos, Terrestres e Infernais. Com o verdadeiro segredo de falar com os mortos, ganhar na loteria e descobrir tesouros, etc.

Os monstros.


OS monstros que construímos,

Alimentados pela imaginação,

Criam vida própria

E destroem nossa alma e coração.



São coloridos e ferozes

Crescem a cada segundo,

Controlam o nosso mundo

E calam a nossa voz.



Estão sempre no futuro

Do outro lado do muro

Nunca os vemos à nossa frente,

Pois estamos no presente



Quando chegamos lá

Não encontramos suas pegadas,

Pois lá nunca estiveram,

Mas determinaram toda a nossa caminhada.

Valmor Vieira.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Crença e Superstição.


Chineses e europeus acreditam que se alguma pálpebra esquerda for arrancado algo muito ruim acontecerá, e algo bom irá acontecer quando alguém arrancar uma pálpebra direita.
Os irlandeses acreditam que quando você está numa viagem e vê três pega ou pica-pica (uma espécie de corvo) na sua esquerda, você estará com azar. Dois pegas na sua direita, porém, significa sorte. Você terá um ano inteiro de sorte quando você ouvir um cuco na sua direita.
Se sua palma direita coçar, você ira receber algum dinheiro; se sua palma esquerda coçar, você perderá dinheiro. Esta superstição pode ser encontrada na Europa, América, algumas partes da África, e entre alguns ciganos.
Quando você entrar numa casa da Escócia e pisar primeiro com o pé esquerdo você estará trazendo demônio ou mal azar para dentro de casa. Esta é o famoso costume "primeiro passo" que pode ser encontrado na Europa.

Diabo e o Esquerdo

Por que o lado esquerdo é relacionado com demônios e diabos ? Embora o nome comum do diabo, Satanás, não tenha nenhuma relação com "esquerdao em hebreu. O Talmud (uma coleção de leis orais dos judaicos com explicações) diz que havia um comandante adversário (ou o chefe de Satanás) que ultimamente se tornou o Príncipe dos Demônios. Samuel, seu nome, é claramente relacionado com "se'mol", uma palavra hebraica que significa "o lado esquerdo". Esta é a crença de como o lado esquerdo se tornou diabo. Algo interessante, desde que as pessoas acreditem que o lado direito é diabólico, seria lógico concluir que todas as coisas do diabo deveriam ser feitos usando o lado esquerdo desde modo - conseqüentemente o diabo e o Chefe do Satanás deveria ser canhoto !

Alguns exemplos e decorrências desta crença :

Esquimós acreditam que todos os canhotos sejam poderosos feiticeiros.

Em Marrocos canhotos são considerados como demônios ou pessoas malvadas.

No passado ( talvez isto continue se manifestando nos dias atuais ), todos judaicos tinham que estar longes de algum dos "cem defeitos físicos" listados por Maimonides. Inclui-se na lista cegos, mancos, anões, etc... e como você sabe canhotos.

Esquerdo em Outras Religiões e Costumes

Na religião do Egito antigo, o deus Set é muito similar com o Satanás do cristianismo. Ele é chamado de "diabo" e "destrutivo", e seu nome é "O Olho Esquerdo do Sol". Horus, o deus da vida, é chamado de "O Olho Direito do Sol".
No budismo, o buda descreve que o caminho para o Nirvana ( o estado de purificação e salvação ) se divide em duas partes. Um é o caminho da mão esquerda que é o jeito errado de se viver, e que as pessoas deveriam evitar e seguir o caminho da mão direita porque este é o caminho digno para a purificação da alma.
Nos países islâmicos e na Índia, as pessoas são proibidas de comer com sua mão canhota porque isto é considerado sujo – literalmente. As pessoas destes países certa vez já usaram a mão esquerda para limpar o corpo depois de defecarem, uma vez que o papel higiênico é uma invenção recente. Esta restrição é um jeito fácil de se destinguir a mão suja da mão com que se deve comer ( eles usam a mão para comer ) para propostas higiênica.

Diz ainda a opinião popular que estas mouras se encontram nesses locais a guardar tesouros deixados pelos mouros, até que alguém os possa descobrir.


2 — Mouras fiandeiras. Estão associadas às construções dos antigos monumentos porque, acredita-se, enquanto acarretavam as pedras à cabeça iam a fiar com uma roca à cinta. E até se dizia em tempos, lá para os lados da Citânia de Briteiros, que se via de vez em quando uma moura a fiar enquanto pastoreava o gado.
A santificação e o culto das águas tinha para os antigos lusitanos uma grande importância. Não diminuiu na época lusitano-romana e em muitos casos mantém-se ainda.
Tudo indica, no entanto, que as histórias das mouras — encantadas ou fiandeiras — tenham origem muito anterior à presença dos mouros no país. Sabe-se que, no primeiro século da nossa era, tinham “sido vistos” à beira mar, perto de Lisboa, um tritão, com o seu búzio, e diversas nereides.
O tritão (sereia-macho) é um símbolo mitológico-cabalístico com origem na lenda de Perséfone e que significa que “alma sobrevive ao corpo” . Foi complexa a evolução da sua imagem. Entre os Gregos tem forma alada. Depois tomou a forma de mulher, com as pernas em forma de peixe.
É assim que aparece nas pinturas e esculturas nas igrejas. Com o tronco masculino e cara barbada surge nos documentos náuticos dos séc. XV e XVI e em alguns monumentos, como os de Conínbriga.
Não admira que em Lisboa se encontrem facilmente restos dessas crenças, sendo uma cidade tão antiga. Ainda hoje há um sítio, nesta cidade, chamado Cova da Moura.
De facto, na região existem muitas covas, lapas e grutas, que tiveram serventias diversas. Da cova da Moura não resta o menor vestígio, estando o sítio ocupado pelo casario.
A relação das mouras com o elemento líquido é evidente. E a água tem até uma grande importância em qualquer cerimónia religiosa. É um importante símbolo, que se relaciona com a vida, com as origens, com o renascimento e a regeneração.
Na crença popular há também, ainda hoje a convicção da existência de “águas mortas” (a que está fora de casa, à meia-noite) e de “águas vivas” (as que brotam da terra e têm prestígio sagrado.
As águas mortas podem ser vivificadas com uma fórmula que todas as crianças conheciam . Todavia, na manhã de S. João, todas as águas são consideradas sagradas, porque são fecundadas, nesse dia, pelo Sol. E daí a existência dos banhos santos no dia de S. João, como é hábito, por exemplo, na praia de S. Bartolomeu do Mar (Esposende) .
Ficámos a saber que as mouras são seres sobrenaturais, normalmente associadas às águas, e que a sua existência é assinalada muito antes das invasões dos árabes. E são, pelo menos em parte, as herdeiras das tradições culturais greco-latinas.
Na Idade Média, muitas pessoas ainda tinha restos de clarividência negativa e viam seres chamados elementais, cuja função estava associada às forças que designamos por leis da Natureza.
As ondinas e as ninfas eram os espíritos sub-humanos que habitavam nos rios e nas correntes de água. Além disso, as mouras também estão associadas às Parcas , que eram divindades que presidiam ao nascimento e depois ao casamento e à morte. Eram as “fiandeiras da vida e da morte”. Uma segura o fuso e puxa o fio da vida (o cordão prateado); a segunda enrola-o, registando o “filme” da vida e a base da existência futura e determina o momento da morte; e a terceira corta inflexivelmente esse fio. Na arte, as três parcas foram associadas às “três graças”.
Compreenderemos melhor, agora, este assunto, se nos lembrarmos que a palavra moura não deve ser considerada o feminino de mouro, mas um sinónimo de moira, palavra grega que significa “destino”, como se pode ver em Horácio .
O conceito popular de Moira atribui à fatalidade qualquer série de coincidências à primeira vista inexplicáveis e, sobretudo, as mais infelizes. Os mais conhecedores relacionam a Moira com a justiça e a providência, quer dizer, com a cadeia de causas ou série de causas, que determinam um efeito (lei de causa e efeito).
E falam, por isso, em moira maléfica e moira benéfica relacionando-as com divindades ctónicas, que são seres sobrenaturais que habitam as cavidades da terra
Encyclopédia Portuguesa Illustrada, Porto, 1901.

As Mouras Encantadas.


A tradição popular refere, amiúde, a existência de mouras, em menções de várias lendas. Os factos são complexos e baralhados. Vamos dividi-los em dois grupos, para melhor os estudar. Assim, temos:
1- — Mouras encantadas. São seres, diz Leite de Vasconcelos, dotados de força sobrenatural, que vivem em certos locais, como se estivessem adormecidos, enquanto certas circunstancias não lhes quebrar o encanto. Estes locais são, normalmente, poços, fontes, cisternas, montanhas e ruínas. Por vezes têm um aspecto sedutor e apresentam-se aos viajantes que passam pelos seus domínios, convidando-os a passarem no dia seguinte, com alusões a objectos preciosos que guardam e propostas diversas. A crença popular acredita na possibilidade de se transformarem em serpentes. Martinho de Dume, o evangelizador do Minho (Séc. VI), designava as mouras da época (lamias) como mulheres-demónios expulsos do céu!

CRENÇAS.




A crença é um sentimento inerente exclusivamente da raça humana, nenhum outro animal é capaz de cultivar ou transmitir tamanha subjetividade. De acordo com a epistemologia, a crença é a parte subjetiva do conhecimento, ou seja, aquilo que se acredita ser verdade mesmo que não haja nenhuma prova que confirme o fato.
Curiosamente, crença tem a mesma raiz etimológica da palavra opinião (do grego, doxa), o que leva a crer que mesmo os pensadores que elaboraram tal termo e seu significado entendiam crença como algo muito pessoal.
O interessante sobre a crença, no entanto, é que nela não cabe a dúvida ou incerteza, crer é tomar algo por verdade certa, independente de comprovações sociais ou científicas. Crer é confiar, acreditar, apostar em algo apenas pela convicção de que ali está a verdade, pode-se dizer que é a crença nos move a agir, sem a crença de que será bem sucedido, o homem não tomaria atitude alguma.
Vendo sob essa perspectiva, a crença também pode ser muito perigosa, uma vez que acreditar cegamente pode funcionar tanto para o bem quanto para o mal, ou seja, ao passo que Gandhi pregou a paz, Hitler pregou a guerra e o racismo, ambos criam verdadeiramente em sua concepção e lutaram por ela por toda sua vida. A crença pode criar tanto quanto destruir, o que define isso é o objeto da crença.
Frequentemente se confunde crença e fé com religiosidade, o que certamente é um equívoco, eles se confrontam, mas não são sinônimos. A religião é apenas uma forma de crença, tanto quanto a filosofia, a ciência em muitos aspectos, a teoria da relatividade, vida em outros planetas, Deus, enfim, toda e qualquer teoria sem comprovação.
A crença é a contraparte do agir e sentir, ela não pode ser ensinada ou aprendida por meio da ação ou percepção, senão desenvolvida em um momento de reflexão próprio e livre de influência externa e, porque não dizer, através de insights acidentais em ocasiões excepcionais. A teoria sobre a crença pode ser exposta, tal como seu objeto, é a chamada “crença de re” ou crença sobre algo, no entanto a crença enquanto processo cognitivo jamais poderá ser mesurada, posto que não há regra ou barreiras capaz de fazê-la universal.
Ora, como poderíamos fazer da crença uma regra? A regra é o que aceitamos de imediato, verdades que permitem a interação com o mundo exterior e, por isso, possuem aceitação espontânea de nossa parte, a crença, por sua vez, é a conclusão tirada depois da reflexão livre sobre a regra. Eu poderia dizer que a crença é uma evolução da regra ou mesmo um questionamento a veracidade da mesma após análise interna, a crença jamais pode ser aceita de forma espontânea e imediata porque não possui provas em sua defesa.
A crença por si só é especialmente árdua de conceituar, processos cognitivos tão peculiares como tal podem de certa maneira ser traduzidos em esquemas gerais e símbolos lingüísticos para elucidar determinada vivência ou ponto de vista, mas o importante é que, no fim, processos cognitivos são subjetivos demais e símbolos são apenas símbolos, como saberemos que crença eles evocam em cada um de nós?
F. Gouki Shinryu Heihou.

MEDITAÇÃO.Vipassana.


Osho fala sobre a estimulação de energia muitas vezes sentida pelas pessoas que começam a Vipassana.
Na meditação Vipassana pode acontecer algumas vezes de você se sentir muito sensual, pois estará muito silencioso e a energia não será dissipada. Normalmente, muita energia é dissipada e você fica exausto. Quando você se senta simplesmente, sem fazer nada, torna-se um reservatório silencioso de energia, e esse reservatório começa a ficar cada vez maior. Chega a um ponto de quase transbordar... e então, você se sente sensual. Sente uma nova sensibilidade, uma sensualidade, até mesmo uma sexualidade - como se todos os sentidos tivessem se tornado novos, rejuvenescidos, vivos, como se a poeira tivesse saído, como se você tivesse tomado um banho e se limpado. Isso pode acontecer.
É por isso que as pessoas - especialmente os monges budistas que têm feito Vipassana há séculos - não comem muito. Elas não precisam. Comem uma vez por dia, uma refeição muito pequena e magra, a qual você pode chamar, no máximo, de café da manhã... e só uma vez por dia!
Não dormem muito também, mas estão cheias de energia. E elas não são escapistas - trabalham duro. Cortam lenha, trabalham no jardim, no campo na fazenda; trabalham o dia inteiro! Mas alguma coisa aconteceu a elas e a energia não está mais sendo dissipada.
A postura sentada conserva energia. A posição de lótus em que os budistas sentam é feita de tal modo que as extremidades do corpo se unem - pé sobre pé, mão sobre mão. Estes são os pontos por onde a energia passa e flui para fora, porque para a energia sair, alguma coisa pontuda é necessária. Por isso, o órgão sexual masculino é pontudo, pois tem que deixar sair muita energia. É quase como uma válvula de escape. Quando a energia é demasiada em seu interior e você não pode fazer nada, você a libera sexualmente.
No ato sexual a mulher nunca libera nenhuma energia. Por isso ela pode fazer amor com várias pessoas numa só noite e o homem não pode. A mulher pode conservar a energia, se ela souber como; pode até mesmo conseguir mais energia.
Nenhuma energia pode ser liberada pela cabeça. Ela foi feita pela natureza num formato redondo. Assim, o cérebro nunca perde energia; ele a conserva - porque o cérebro é o ponto mais importante, o centro dirigente do corpo. Ele tem que ser protegido, - assim, ele é protegido por um crânio redondo.
A energia não pode escapar por nada que seja redondo. É por isso que todos os planetas - a terra, o sol, a lua e as estrelas - todos são redondos. Do contrário, perderiam energia e morreriam.
Quando você está sentado, torna-se redondo. As mãos tocam as mãos. Assim, se uma mão libera energia, esta vai para a outra mão. Os pés tocam os pés... essa maneira de sentar torna-se quase um círculo. A energia se move dentro de você; não sai. A pessoa a conserva e torna-se, aos poucos, um reservatório. Pouco a pouco, você sentirá quase um preenchimento em sua barriga. Você poderá estar vazio, poderá não ter comido, mas sentirá uma certa satisfação. E depois, uma onda de sensualidade. Mas isso é um bom sinal, um sinal muito, muito bom. Desfrute-o!
VIPASSANA - MEDITAÇÃO DA PERCEPÇÃO
Encontre um lugar confortável para sentar por 45 a 60 minutos. É melhor sentar-se todos os dias à mesma hora, no mesmo lugar. Não é necessário que o lugar seja silencioso. Experimente até encontrar a melhor situação para você. Sente-se uma ou duas vezes por dia, mas não logo depois de comer ou antes de dormir.
É importante sentar-se com as costas e a cabeça retas. Os olhos devem estar fechados e o corpo o mais imóvel possível. Um banquinho de meditação, uma cadeira com encosto ou almofadas podem ajudar.
Não há nenhuma técnica especial de respiração; basta a respiração comum e natural. A Vipassana é baseada na consciência da respiração, assim, o subir e o descer de cada respirada devem ser observados, onde quer que essa sensação seja sentida mais claramente - junto ao nariz, na área do estômago ou no plexo solar.
A Vipassana não é uma concentração e não tem um objetivo ao se ficar observando a respiração por uma hora. Quando os pensamentos, os sentimentos e as sensações surgirem, ou quando você perceber sons, cheiros e brisas de fora, simplesmente permita que sua atenção vá para isso. Qualquer coisa que surja pode ser observada como nuvens passando pelo céu - não se apegue a nada, nem rejeite. Sempre que houver uma escolha do que observar, volte a atenção para a respiração novamente.
Lembre-se de que nada de especial deve acontecer. Não há sucesso nem fracasso, nem existe qualquer aperfeiçoamento. Não há nada para entender ou analisar, mas muitas percepções podem vir sobre qualquer coisa. Questões e problemas podem ser vistos apenas como mistérios para serem desfrutados.
O livro orange.Osho.

MEDITAÇÃO DA LUZ DOURADA.OSHO.


Deve-se estar sentado confortável com a coluna vertebral bem direita.
Começamos por inspirar profundamente pelo nariz e expiramos pela boca. Visualizamos a inspiração em energia branca e pura e a expiração levando todas as toxinas e energias negativas em névoas negras.
Seguidamente concentramo-nos na energia do universo, das estrelas, dos planetas e focalizamo-nos em inspirar essa energia, preenchendo-nos completamente com ela. Sentimos o nosso corpo envolvido e preenchido com essa energia de paz e amor universal.
Mantemos esta sensação durante cerca de dois minutos e depois, lentamente, pensamos somente em inspirar paz. Pensamos na paz e concentramo-nos na respiração desse sentimento, um sentimento de paz. Quando expiramos, enviamos paz também para o universo, preenchendo-o. Fazer esta respiração durante cerca de dois minutos e está-se pronto para a Meditação da Luz Dourada.
Visualizamos de seguida, que inspiramos uma luz dourada. Sentimo-la a entrar para os nossos pulmões e a espalhar-se por todo o nosso corpo. Fazêmo-lo nove vezes.
Passamos a respirar regularmente pelo nariz. Depois, começamos a visualizar uma linha dourada desde a base da espinha até ao topo da cabeça. Visualizamos essa linha dourada da grossura de um fio de electricidade. Fazêmo-lo nove vezes.
Visualizamos então a grossura do fio dourado a aumentar lentamente até atingir a grossura de um lápis. Sentimos a luz dourada desde a ponta da espinha até ao topo da cabeça.
Novamente sentimos a expansão da grossura da luz dourada até atingir a grossura de um dedo a fluir desde o topo da cabeça até à base da espinha.
Agora, sentimos a luz a expandir-se para uma coluna de luz dourada que flui desde a base da espinha até o topo da cabeça. Visualizamos esta bela coluna de luz dourada a expandir-se lentamente até nos envolver completamente todo o corpo. Ficamos a sentir, pacificamente, essa luz dourada a envolver-nos.
Agora, lentamente visualizamos a coluna de luz que nos envolve, a transformar-se num grande ovo de luz dourada que nos envolve completamente. Sentimos a sua paz e também a sua protecção. Tudo o que está dentro desse ovo cintila de energia, alimenta a nossa aura de energia e fortalece-a.
Ficamos durante cerca de dois minutos sentindo-nos envolvidos por esse ovo de luz dourada. Depois, começamos a visualizar o encolhimento do ovo dourado. Primeiro sentindo-o voltar à forma de coluna, e depois lentamente sentimo-la encolher até à base da espinha e ao topo da cabeça. Depois sentimo-la a encolher lentamente até ficar do tamanho de um dedo, depois de um lápis, e finalmente, da grossura dum único fio dourado.
Agora, sentimos a energia desse fio dourado a fluir desde a base da espinha até ao topo da cabeça e focalizamo-nos no ponto de intersecção das linhas do terceiro olho e do topo da cabeça. Respiramos por nove vezes, sentindo a energia da luz dourada nesse local da cabeça e depois, deixamos a energia fluir de novo para a boca, estômago, baixo abdómen, deixando-a dissolver-se aí lentamente.
Respiramos fundo mais umas quantas vezes e sentimos toda a paz e protecção que essa luz dourada nos proporcionou. Sentimos que podemos fazer esse exercício sempre que quisermos, envolver-nos nessa luz dourada e fortalecer a nossa aura com a sua protecção e energia.

Eu estou aqui para aqueles.......


que são capazes de tornarem-se simples como uma criança, e somente assim eu posso fazer alguma coisa. Porque somente às crianças pode-se ensinar alguma coisa, somente as crianças podem ser mudadas, e uma revolução pode ocorrer apenas nas vidas das crianças.
Nos experimentos de meditação que acontecerão aqui, vomite, atire para fora todo sofrimento que você tiver em seu coração. Se você tiver raiva, atire-a para o céu, se você tiver violência, atire-a para o céu. Você não tem que ser violento com ninguém, simplesmente libere a violência para o céu aberto. Problemas, dores, culpas; qualquer coisa que estiver dentro tem que ser jogada para fora. Você tem que atirá-las tão totalmente quanto for possível. Use toda a sua energia de modo que qualquer problema que estiver dentro seja trazido a consciência.
Você deve compreender que enquanto você não ficar consciente da dor escondida no seu inconsciente, ela não o deixará, ela permanecerá escondida. Exponha-a, traga-a para a consciência. Puxe-a para fora, onde quer que ela esteja escondida na escuridão interna, traga-a para a luz.
Algumas coisas morrem com a luz. Se você puxar para fora da terra as raízes de uma árvore, elas morrerão. Elas necessitam da escuridão, elas vivem na escuridão, na escuridão está a vida delas. Assim como as raízes, o sofrimento também vive na escuridão. Exponha os seus sofrimentos e você descobrirá, eles morreram. Se você continuar escondendo-os dentro de si, eles irão permanecer seus companheiros constantes por muitas vidas. A infelicidade tem que ser expressada.
Compreenda uma coisa mais: foi de fora que você pegou as dores e as trouxe para dentro de si. Por favor, volte com elas para o lado de fora. A dor não é interna; todas as dores são trazidas do lado de fora.
Quando você nasceu, qual era a natureza do seu ser? Não havia dor: a dor foi trazida de fora. Se um homem o maltratou e fez você ficar infeliz, o maltrato foi trazido de fora. Agora, você irá acumular essa dor do lado de dentro, deixará que ela cresça, irá reprimi-la, assim ela se expandirá e envenenará toda e qualquer célula do seu corpo. Você se tornará um homem infeliz. Você traz a dor de fora. Ela não está em sua natureza. É por isso que eu lhe digo que você pode livrar-se da dor. Você não consegue se livrar da natureza, daquilo que é a fonte do sentir. Você pode livrar-se apenas daquilo que não é seu. Não há jeito de você livrar-se daquilo que é seu.
A dor tem que ser jogada fora. Durante esses próximos dias, quanto mais você puder jogar, jogue. E na medida em que você for jogando fora, irá crescer a sua compreensão que isso era uma loucura estranha que você estava cultivando. Isso poderia ter sido jogado fora naturalmente, estava em suas mãos, mas, desnecessariamente, você se bloqueou. E a segunda coisa: na medida que você joga fora a dor, que a envia de volta para fora, de onde ela veio, a alegria começa a brotar dentro de você.
A alegria está dentro. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua alma. Se for jogado fora esse lixo que veio de fora e que tem sido acumulado, então a alma interna começará a expandir, começará a crescer. Você começa a ver a sua luz e a ouvir a sua dança, você começa a mergulhar na música mais interna.
Mas isso só acontece se você liberar o lixo de modo que o céu interior possa se estabelecer, algum espaço criado. Então aquele espaço que está escondido dentro pode expandir-se.
A dor deve ser expressada para que aquela alegria possa expandir-se internamente. E quando a alegria começa a expandir-se, é necessário compreender também a segunda coisa. Se você reprimir a dor, ela cresce. Se a dor é reprimida ela cresce, se você a expressar, ela diminui. Com a alegria ocorre totalmente o oposto: se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta.
Assim, a primeira coisa é isso: que você tem que jogar fora a dor, porque ela diminui sendo expressada. Não a reprima, pois ela cresce com a repressão. E quando você tiver a primeira visão da alegria que vem de dentro, então expresse-a... porque quanto mais você expressar a alegria, mais ela aumenta internamente e camadas frescas começam a crescer.
Isso é exatamente igual, quando você fica tirando água de um poço: nova água de fontes frescas encherá o poço. A fonte da alegria está dentro, assim não tenha medo de que ela irá diminuir por você expressá-la. A dor fica reduzida ao expressá-la, porque a sua fonte não está dentro. Ela foi trazida de fora, assim se você a expressar, ela ficará reduzida.
Se você quiser enganchar-se na dor, então tenha isso em sua mente: nunca jogue-a fora. Se você quiser aumentar o seu sofrimento - e isso é o que você está fazendo e parece que muitas pessoas estão fazendo - então nunca expresse seu sofrimento, nunca manifeste-o. Se lágrimas estiverem jorrando, então engula-as, se você sentir raiva, reprima isso. Se qualquer problema estiver brotando internamente, reprima isso. Ele irá aumentar. Você se tornará um grande inferno.
Se você quiser reduzir a dor, então deixe-a acontecer; se você quiser aumentar a alegria, então deixe-a acontecer, porque a alegria está dentro e novas camadas continuarão se revelando. E na medida em que você segue deixando a alegria acontecer você começará a ter mais e mais vislumbres de pura alegria.

A alegria aumenta ao ser compartilhada.

A dor tem que ser liberada. E quando você começa a ter vislumbres de alegria, eles também têm que ser liberados. Você tem que se tornar como uma criancinha, que não tem qualquer preocupação a respeito do passado, nem qualquer questão a respeito do futuro, que nem mesmo sabe o que os outros estão pensando a seu respeito.
Somente então acontecerá aquilo para o que eu o chamei aqui, e aquela jornada na qual eu gostaria que você fosse bem suavemente. Um pouco de coragem é requerida, e então, os tesouros de alegria não estarão longe.
Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno - exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada. Da mesma maneira, a meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e alegria que é a sua natureza."The Ssadhana Sutra.Trad: Sw.Bodhi Champak

ALEGRIA É A SUA NATUREZA ~ OSHO ~


'Todo mundo passa a sua vida em busca de uma coisa: como livrar-se do sofrimento? Como obter felicidade e alegria? Você quer buscar alegria, mas o que você pagará por isso? O que você dará em troca daquilo que conseguiu?
SE um homem der um passo que seja, ele terá que deixar o pedaço da terra sobre o qual ele estava em pé. Somente assim ele poderá ir adiante. Não haverá qualquer progresso neste mundo se nós não quisermos abrir mão de alguma coisa. Sem sacrificar-se você não conseguirá dar nem mesmo um passo.
Se as suas mãos estão cheias de lama, de seixos e de pedras e você quer diamantes, você terá que abandonar as pedras. Para agarrar o objeto desejado, as suas mãos deverão estar vazias. Você deverá deixar as coisas inúteis.
Não tenha medo: eu não lhe direi para renunciar à sua riqueza, mesmo porque ninguém tem riqueza alguma, ninguém mesmo. Neste mundo, até o mais rico dos homens é um mendigo. Ninguém tem riqueza. Existem dois tipos de mendigos: um é o mendigo pobre e o outro é o mendigo rico, mas ambos são mendigos. Até agora, eu nunca vi um homem rico. Existem muitas pessoas que possuem dinheiro, mas elas não são ricas, elas também estão na corrida para agarrar o máximo que elas puderem, do mesmo jeito como faz o mais pobre dentre os homens pobres. Como um pedinte que segura tudo o que tiver com as mãos bem apertadas, também o homem que tem o maior dos cofres segura com as mãos apertadas tudo o que ele tiver. A avareza deles é a mesma e assim a pobreza deles também é a mesma.
Você não tem riqueza. Ninguém a tem. Por isso eu não insisto que você tenha que abandoná-la. Como você pode deixar alguma coisa que você não tem? Eu não lhe digo para desistir da sua vida - você nem mesmo tem isso. Como você pode ter alguma coisa, se nem mesmo tem consciência dela? E a cada momento você fica tremendo de medo da morte. Se você fosse a própria vida, por que você estaria com medo da morte?
A vida não tem morte alguma. Como a vida pode tornar-se morte? Mas você está tremendo de medo da morte. A cada momento a morte está rondando você. Você está tentando se salvar por qualquer caminho possível, para que você não desapareça, para que você não morra, para que você não chegue a um fim. Mesmo a vida, você não a tem. É por isso que eu não irei lhe pedir para desistir da sua vida. Como você pode dar alguma coisa que você não tem?
Eu só irei pedir aquilo que você tiver. E eu irei pedir aquilo que todos têm. Assim como eu disse que a busca de todo mundo é por alegria, também existe algo que todos têm em abundância: o sofrimento. Você tem uma quantidade suficiente de sofrimento, mais do que você precisa. Por muitas vidas você nada mais tem colecionado a não ser sofrimentos. Você colecionou pilhas disso. Mesmo o monte Everest parecerá pequeno se for comparado com as pilhas de problemas que você tem colecionado. Esse é o trabalho de suas muitas vidas; você nada tem ganho, exceto problemas. Mesmo agora você os está ganhando.
Eu gostaria que você largasse seus problemas, renunciasse aos seus problemas. Ninguém jamais pediu os seus problemas, mas eu estou pedindo. E se você puder desistir de seus problemas, aí o caminho para a alegria poderá ser aberto. E se você conseguir abandonar os seus problemas, você irá perceber que aquilo que você pensava ser problema nada mais era que ilusão. E os seus problemas não o estavam segurando; você é que os estava segurando. Mas uma vez que você os deixe ir, você irá saber então quem estava segurando quem.
Você está sempre perguntando como conseguir livrar-se do sofrimento. Perguntando assim, parece que o sofrimento o está segurando e você quer livrar-se dele. Se o sofrimento estivesse lhe segurando, então não seria possível você se livrar dele, porque a posse não estaria em suas mãos, mas nas mãos do sofrimento. Você seria impotente. E se depois de tantas vidas você ainda não conseguiu tornar-se livre, então como conseguir tornar-se livre agora?
Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo. E não apenas você compreenderá isso, mas você irá experienciar uma entrega; você saberá como o sofrimento pode ser abandonado. E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo. E ninguém, a não ser você, era responsável por isso. Por qualquer coisa que você tenha experienciado como sofrimento, nenhuma outra pessoa pode ser responsabilizada. Esse era o seu desejo: você queria sofrer. Tudo o que nós desejarmos será permitido. E tudo o que você é, é o fruto dos seus desejos. Nem Deus é responsável, nem a sorte; ninguém tem motivo algum para lhe causar problemas.
A verdade é que a existência está sempre querendo fazer você ficar alegre. Toda essa existência quer que a sua vida se torne um festival... porque quando você está infeliz, você também sai atirando infelicidade por toda a sua volta. Quando você está infeliz, o mau cheiro de suas feridas alcança toda a existência. E quando você está infeliz, a existência também sente dor. Todo esse mundo sente dor quando você está infeliz e sente alegria quando você está alegre. A existência não deseja que você deva ser infeliz. Isso seria suicídio para a própria existência. Mas você está infeliz e para se tornar infeliz você teve que fazer toda sorte de arranjos. E enquanto isso não for destruído, você não será capaz de abrir os seus olhos para a felicidade.
Quais são os seus arranjos? Que arranjo o homem faz para estocar os seus problemas? Como ele os coleciona? Compreenda isso um pouco e talvez fique mais fácil para você deixá-los. Uma criancinha quer chorar. Os psicólogos dizem que a ação de chorar da criança é a ação de vomitar. Sempre que uma tensão cresce dentro de uma criança, ela, ao chorar, atira para fora as suas tensões. Você foi uma criancinha. Uma criancinha está com fome e não estão lhe dando o leite na hora certa. É por isso que ela está chorando, é porque ela encheu-se de tensão. E isso é necessário para liberar a sua tensão para fora. Ela irá chorar, a tensão será liberada e ela se sentirá mais leve.
Mas nós ensinamos a criança a não chorar. Nós tentamos todas as maneiras para impedi-la de chorar. Nós colocamos brinquedos em suas mãos para que ela se esqueça; nós colocamos alguma coisa artificial em sua boca, ou colocamos o seu polegar em sua boca de modo que ela confunda isso com o seio de sua mãe e esqueça da fome. Nós começamos a balançá-lo para lá e para cá para que sua atenção se disperse e ela não chore. Nós tentamos tudo para não deixá-la chorar. Aquela tensão que poderia ter sido liberada pelo choro, não é liberada e vai sendo guardada. Desse jeito nós deixamos que isso vá se acumulando. Quem sabe quantas dores e angústias cada pessoa tem acumulado? Ela senta-se sobre essa coleção empilhada.
Quem sabe quantas tensões você acumulou? Você não tem chorado nem dado gargalhadas com seu coração totalmente presente. E porque você não chorou, alguma coisa ficou presa dentro de você. Você não tem ficado totalmente com raiva, nem tem perdoado completamente alguém. Você tornou-se uma pessoa pela metade. Os seus ramos querem se abrir mas eles não são capazes disto. As folhas querem brotar para todos os lados, mas elas não são capazes disto. A sua árvore ficou atrofiada. O nome dessa dor acumulada , dessa dor não liberada, é inferno. E você segue arrastando esse inferno ao seu redor.
Eu o chamei aqui para que o seu inferno possa ser jogado fora, e você pode jogá-lo fora. Neste Campo de Meditação você deve tornar-se como uma criancinha. Você deve esquecer que foi aculturado, que foi muito educado, que você ocupa uma posição elevada, que você conseguiu riquezas, que você é respeitado na cidade. Abandone tudo isso. Torne-se como um bebê recém-nascido, que não tem qualquer reputação, não tem educação, nem posição, nem riqueza, nem qualquer auto-respeito. Se você quiser salvar a sua estima, a sua posição, então, por favor saia daqui o mais rápido possível, e nem mesmo olhe para trás. Eu nada tenho a fazer com o você ou com o seu auto-respeito, conhecimentos, reputação. Para sua segurança, vá embora, não fique aqui.

domingo, 27 de setembro de 2009

A MENTE.


" O Homem pode ser entendido como um edifício de sete andares: três são subterrâneos, estão sob o chão. Um andar, o médio, é meio subterrâneo e meio acima do chão, o quarto andar, é onde nós estamos. Sigmund Freud chamou-o a mente consciente.
Quando o Freud começou a trabalhar com pessoas doentes, ele se deu conta de que há algo debaixo da mente consciente. Ele a chamou mente inconsciente e parou ai.
O colega mais íntimo de Sigmund Freud, e o psicólogo mais talentoso, era Carl Gustav Jung. Ele trabalhou ainda mais , aprofundou-se na psique do animal humano, e achou outro andar abaixo do inconsciente. Ele chamou-o mente inconsciente coletiva e parou ai. É bastante para um homem descobrir isto, porque é um fenômeno tão vasto. Ninguém foi mais fundo. Mais no leste, debaixo da mente inconsciente coletiva, nós descobrimos o último andar - a mente inconsciente cósmica . Mas alguns investigadores continuaram voando mais alto e acharam outro andar acima da mente consciente. E acharam a mente super consciente e acima desta o consciente coletivo. A maioria dos investigadores parou ai; a alegria é incontida. É incrível que possa haver qualquer coisa mais. Só alguns chegaram ao final, o cume mais alto- e eles acharam a mente consciente cósmica. A mente consciente cósmica é o que eu chamo o estado de iluminação, o estado budico.”

Para visualizar simplificadamente essa visão totalizadora da mente criamos este diagrama:
O “continuum”
consciente cósmico
consciente coletivo
super-consciente
consciente
inconsciente
inconsciente coletivo
inconsciente cósmico

Estes são “espaços” que podemos observar dentro desse “oceano” imenso que é a MENTE. Ao tentarmos “explicar” o que são, temos que forçosamente usar metáforas.

Esta é a “viagem” do buscador que demanda muito esforço no início, paciência e coragem no fim.

Estamos no ”andar térreo”, o nível da consciência comum. Podemos iniciar escolhendo o caminho da luz e subir ou descer percorrendo as trevas. Pelo o que pude entender, estes “espaços” estão relacionados, pois pertencem a um “continuum” no qual há barreiras (fronteiras) que dificultam a passagem de um “território” para outro. Por isto é necessário ter o passaporte, as senhas ou os segredos que permitem passar de um para outro e poder voltar ao cotidiano.

O que osho disse sobre essas “camadas”?

“A mente inconsciente carrega a experiência de milhões e milhões de nossos ante passados, e dos antepassados deles/delas.
A mente subconsciente tem dois lados. Quando você está profundamente adormecido, sonhos estão movendo na parte do fundo do subconsciente. O consciente está muito longe. Quando você estiver acordando pela manhã, você está vindo mais próximo da mente consciente, neste momento a camada superior do subconsciente está sonhando. Quando você estiver consciente, a mente domina o corpo; quando você estiver inconsciente, o corpo domina a mente. E o corpo é sábio porque é mais antigo. A mente é um fenômeno muito recente, com pouca experiência, amadora. Conseqüentemente não deu ainda para ela notar as coisas importantes para a natureza. Tudo o que é importante foi deixado para corpo, porque corpo é mais eficiente, mais profissional, mais sábio e atua sem qualquer engano ou erro. A mente inconsciente é nove vezes maior que o consciente; tem tremendos tesouros, todas as recordações de seu passado. Você entrou em um canto desconhecido de seu ser . E esta mente inconsciente, no estado de hipnose, pode fazer coisas que parecem milagre.
E debaixo do inconsciente há o Inconsciente Coletivo. A pessoa também pode descer ate o inconsciente coletivo - no princípio com alguma ajuda. Este era o trabalho das escolas de mistérios - o mestre o levará lentamente para o inconsciente e o inconsciente coletivo. Em seu inconsciente coletivo você tem recordações de suas vidas passadas Este inconsciente coletivo está relacionado com o mitológico. Por isto, Jung se interessou pela mitologia, para estudar sua estrutura, da mesma maneira que Freud se interessou por sonhos para descobrir a existência do subconsciente. Mitologias são sonhos sonhados pela humanidade inteira através de milhares de anos. Estas mitologias tem algum significado .
A tribo era uma mente coletiva.
Ainda existe em seu inconsciente coletivo."

Inconsciente cósmico

"Debaixo do inconsciente coletivo está o inconsciente cósmico. Lentamente, lentamente a pessoa pode se aprofundar mais e mais profundamente, e no inconsciente cósmico encontrará recordações de seu ser como árvores, roseiras, pedras...”

A mente super consciente

"Ao nível da mente super consciente, todos os pensamentos, todos os sentimentos desaparecem; você começa a viver em um silêncio absoluto."

A mente consciente coletiva

"Não encontrei nada específico em osho."

A mente consciente cósmica.

"Mas ainda há uma fase mais alta: o consciente cósmico onde sua individualidade desaparece como uma gota no oceano. De repente você se torna o oceano inteiro. Na fase de cósmico. você experimenta a suprema verdade da vida, o significado da existência: sua unidade com o todo."

Estas são as sete fases da mente: três debaixo da mente consciente e três acima dela. Só uma coisa permanece e que está além delas - é o estado da não-mente. Isto só vem quando você se tornar um observador do superconsciente, do consciente coletivo, do consciente cósmico. Você simplesmente é uma testemunha.

Quando você se tornar uma testemunha da mente consciente cósmica, a mente desaparece com todas suas sete formas. A árvore inteira desaparece como se nunca tivesse existido, e há puro espaço. Este puro espaço não está vazio. Está cheio, pleno, com todas as potencialidades. É a fonte de toda a criação. Tudo saiu dela e um dia voltará a ela.

Buda chamou isto nada. Esta palavra "nada" dá uma certa cor negativa. É melhor para chamar isto puro espaço que é mais natural. Não lhe dá qualquer idéia do negativo ou do positivo, só amplitude” OSHO

OSHO.


Desde sua infância, na Índia, Osho deixava claro que não seguiria as convenções do mundo à sua volta. Passou os primeiros sete anos de sua vida com seus avós maternos, que lhe permitiram liberdade de ser ele mesmo, o que raramente acontece com as crianças. Ele era uma criança solitária, preferindo passar longas horas sentado em silêncio ao lado de um lago, ou explorar as redondezas sozinho. A morte de seu avô materno, diz ele, teve um efeito profundo em sua vida interior, provocando-lhe uma determinação de descobrir o imortal da vida. Ao se juntar à crescente família de seus pais e entrar na escola, estava firmemente fundamentado na clareza e no senso de si mesmo, que lhe deram a coragem de desafiar todas as tentativas dos mais velhos de moldarem a sua vida.
Ele nunca fugia de controvérsias. Para Osho, a verdade não pode fazer concessões, pois assim deixa de ser verdade. E a verdade não é uma crença, mas uma experiência. Ele nunca pede às pessoas para acreditarem no que ele diz, mas, ao contrário, pede que experimentem e percebam por si mesmas se o que ele está dizendo é verdadeiro ou não. Ao mesmo tempo, ele é implacável ao encontrar meios e maneiras de revelar o que as crenças de fato são - meros consolos para amenizar nossas ansiedades frente ao desconhecido, e barreiras para o encontro de uma realidade misteriosa e inexplorada.

Após sua iluminação, aos vinte e um anos de idade, Osho completou seus estudos acadêmicos e passou vários anos ensinando filosofia na Universidade de Jabalpur. Enquanto isso, viajava pela Índia proferindo palestras, desafiando líderes religiosos ortodoxos, em debates públicos e encontrando pessoas de todas as posições sociais. Ele leu extensivamente tudo o que pôde encontrar para expandir sua compreensão dos sistemas de crença e da psicologia do homem contemporâneo.
No final da década de 60, Osho começou a desenvolver suas técnicas de meditação ativa. O ser humano moderno, ele disse, está tão sobrecarregado com as tradições antiquadas do passado e com as ansiedades da vida moderna, que precisa passar por um profundo processo de limpeza antes de poder descobrir o estado de meditação relaxado e sem pensamento.
Começou a conduzir campos de meditação por toda a Índia, proferindo discursos aos participantes e orientando pessoalmente meditações por ele desenvolvidas.
No início dos anos 70 os primeiros ocidentais começaram a ouvir falar de Osho, e juntaram-se ao crescente número de indianos que foram iniciados por ele no neo-sannyas. Em 1974, uma comuna estabeleceu-se à volta de Osho, em Puna, Índia, e logo os poucos visitantes do Ocidente tornaram-se bastante numerosos. Muitos eram terapeutas que se deparavam com as limitações das terapias ocidentais e que procuravam uma abordagem que pudesse alcançar e transformar as profundezas da psique humana. Osho os encorajou a contribuírem com suas habilidades à comuna e trabalhou intimamente com eles para desenvolverem suas terapias no contexto da meditação.
O problema com as terapias desenvolvidas no Ocidente, ele disse, é que elas estão limitadas a tentar tratar a mente, enquanto que o Oriente há muito compreendeu que a própria mente, ou melhor, nossa identificação com ela, é o problema. As terapias podem ser úteis - como os estágios catárticos das meditações que desenvolveu - para aliviar as pessoas de suas emoções e medos reprimidos, e para auxiliá-las a se perceberem mais claramente. Porém, a não ser que comecemos a nos desapegar dos mecanismos da mente e suas projeções, desejos e medos, iremos sair de um buraco somente para cair num outro. A terapia, portanto, deve andar de mãos dadas com o processo de desidentificação e testemunho, conhecido como meditação.
No final dos anos 70, a comuna em Puna abrigava o maior centro de terapia e crescimento do mundo, e milhares de pessoas vinham participar dos grupos de terapia e meditação, sentar com Osho em seus discursos diários e contribuir com a vida da comuna. Alguns retornavam a seus países e estabeleciam centros de meditação.
De 1981 a 1985, o experimento de comuna ocorreu nos Estados Unidos, numa região de mais de duzentos quilômetros quadrados, no alto deserto do Oregon. A ênfase primordial da vida da comuna era construir a cidade de Rajeeshpuram, um "oásis no deserto". E num período de tempo milagrosamente curto, a comuna construiu casas para cinco mil pessoas e começou a reverter décadas de estragos - devido ao excessivo uso da terra - restaurando riachos, construindo lagos e reservatórios, desenvolvendo uma agricultura auto-suficiente e plantando milhares de árvores.
Em Rajneeshpuram, meditações e programas de terapia aconteciam na Rajneesh International Meditation University. As facilidades modernas construídas para a Universidade e seu meio ambiente acolhedor possibilitaram profundidade e expansão de seus programas, o que antes não era possível. Cursos e treinamentos de longa duração foram desenvolvidos, e atraíram um grande número de participantes, incluindo muitos que já eram profissionais, mas que desejavam expandir suas habilidades e o entendimento de si mesmos.
No final de 1985, contudo, a oposição do governo local e federal a Osho e à comuna tornou impossível a continuação do experimento. A comuna foi dispersa e Osho encaminhou-se para um tour pelo mundo, concedendo entrevistas à imprensa e proferindo discursos para discípulos no Himalaia, na Grécia e no Uruguai, antes de retornar à Índia, em meados de 1986.
Em janeiro de 1987, Osho restabeleceu-se em Puna, proferindo discursos duas vezes ao dia. No prazo de alguns meses a comuna de Puna começou um programa completo de atividades e se expandiu muito mais do que anteriormente. Foi mantido o padrão de conforto moderno estabelecido nos Estados Unidos, e Osho deixou claro que a nova comuna de Puna deveria ser um oásis do século XXI, mesmo na Índia subdesenvolvida. Mais e mais pessoas vinham do Oriente, particularmente do Japão, e suas presenças trouxeram um enriquecimento correspondente nos programas de cura e de artes marciais. Artes visuais e de performance também floresceram, juntamente com a nova Escola de Mistério. A diversidade e a expansão refletiram-se na escolha, por Osho, do nome Multiversidade, que abrigava todos os programas.
E a ênfase na meditação fortaleceu-se ainda mais - esse era um tema constantemente abordado nos discursos de Osho, e ele desenvolveu e introduziu muitos novos grupos de meditação, incluindo a No-Mind, a Rosa Mística e o Born Again.
Cerca de nove meses antes de deixar seu corpo, Osho ditou a inscrição para o seu samadhi, a cripta de mármore e espelho que contém suas cinzas.

Osho - nunca nasceu, nunca morreu.
Apenas visitou este planeta Terra entre
11 de Dezembro de 1931 e 19 de Janeiro de 1990.

TERAPIA DA ROSA MÍSTICA.OSHO.


Esta terapia de meditação que Osho criou, tem como símbolo a Rosa Mística. A presença de um terapeuta, não é fundamental.
Osho criou várias terapias, no âmbito das terapias meditativas, de forma a fazer com que as pessoas possuam uma melhor estabilidade da alma e do seu prório corpo. Auxiliado por um conjunto de participantes, a energia do grupo permite que os indivíduos vão mais além, no processo individual de cada um. A terapia Rosa Mística, solta o seu perfume...
As terapias meditativas existem já há muito tempo, mas infelizmente esta prática nem sempre é do conhecimento de todos. Esta terapia de meditação que Osho criou, tem como símbolo a Rosa Mística. A presença de um terapeuta, no verdadeiro sentido da palavra não é fundamental. Basta apenas, alguém que tenha passado pelo mesmo processo e que por esse motivo, possa ter sido treinado a conduzi-lo.
Quando um homem cuida da semente, dá a ela um solo apropriado, vibrações e atmosferas propícias. A semente aumenta de volume e evolui progressivamente, até atingir o seu auge, ou seja, a rosa. De pétalas bem abertas e acordada para o real, o seu perfume é expelido e inalado, por quem se aproximar e por ela mesma.
Esta terapia de meditação, tem por base aquilo que anteriormente, lhe transmitimos: o nascimento da semente, até ao desabrochar total da flor, apta a exercer a sua função.
Assim a primeira parte da terapia será preenchida por três horas de riso. As pessoas riem desalmadamente, sem qualquer motivo aparente. Riem apenas, pelo prazer que dá soltar umas gargalhadas, deitando para fora os momentos de felicidade que guardam para si, e que as aprisionam ao passado.
Desta forma, é necessário rir por três horas, durante sete dias. Poder-lhe-á parecer absurdo, mas esta processo menos vulgar de terapia irá fazer-lhe muito bem. Se esta primeira fase da terapia, permite que se possa soltar rindo abundantemente, numa segunda fase, terá de deitar para fora todas as mágoas e tristezas que, durante a fase passada se foram acumulando no seu íntimo, através das lágrimas.
O objectivo desta terapia de meditação é que através de si mesma, e que por sua livre e espontânea vontade, tenha capacidade de deitar cá para fora todas as alegrias e tristezas, que durante tanto tenpo se acumularam dentro de si. Acreditava-se, segundo a ideia dos mongóis, que vidas e mais vidas, se foram acumulando dentro de si fazendo parte do seu presente. Por isso, tem que ser tudo deitado cá para fora, para que se possa libertar delas e estar plena nessa sua vivência momentânea. Durante sete dias, grite bastante, berre, chore, e ponha cá deste lado, esse universo interno que a tem vindo a perturbar, sem que saiba o motivo.
A terceira parte de todo este processo é o silêncio e observação. Técnicamente denominado por Observador das Colinas, este é o momento que permite reflectir e visualizar o que restou desta terapia.
A fase do silêncio acontece espontâneamente, quando você já não conseguir chorar mais. É nessa altura que, tanto as risadas como as lágrimas terminarão de vez, e então a sua meditação cessou. Liberta de todas as vertentes do seus passados longínquos, o observar o mundo de maneira livre, sem pesos no espírito ou na alma, adquire outro significado.
Experimente esta terapia de meditação de Osho, e encontrará um novo rumo e olhar sobre si e o exterior que a envolve. A terapia da Rosa Mística é simples e requer apenas, umas horas de gargalhadas e de lágrimas, por sete dias...

"uma seqüência da noite escura ", exemplo de eventos:




As coisas na vida parecem ir bem, então, inesperadamente, temos uma crise séria da vida, tal como uma interrupção da carreira, o divórcio , um problema de saúde, um vício sério, colapso financeiro, uma experiência próxima da morte , etc. ou toda a combinação de tais eventos.
Em algum ponto a crise/ angústia, torna-se intensa, nós perdemos o chão e, em um ato de desespero, gritamos para Deus : ajuda-me!" E Deus começa a ajudar imediatamente, mas de maneiras que são contrárias a o que nós esperamos.
A crise inicía geralmente a busca para a verdade espiritual . Cada "introspecção nova " que nós descobrimos traz a morte "de uma opinião falsa velha" que nós fomos programados a aceitar durante toda nossa vida. Isto começa ameaçar seriamente nossos egos, um teste severo da fé começa, e pode durar meses ou anos.
A pergunta a mais importante durante uma crise espiritual é, "pode você acreditar em Deus quando a noite é a mais escura?"

Durante uma crise escura da noite , o indivíduo pode ter toda a combinação ou todos os seguintes sintomas:

* Sentimentos de depressão , desespero, isolamento
* Perda da energia
* Cansaço cronico não ligado a uma desordem física
* Perda do controle sobre seu sentido pessoal e/ou profissional na vida
* A sensibilidade incomum a fatores ambientais
* Raiva , frustração , falta da paciência
* Perda da identidade, da finalidade, e do sentido da vida
* Retirada das rotinas diárias da vida
* Sentimentos de loucura e de insanidade
* Um sentido de abandono por Deus
* Sentimentos de inadequacão
* Perda de atenção, da confiança, da auto-estima

Se este tipo de crise intensa e prolongada incorporar sua vida, por favor não esmoreça. Quando a loucura acaba, em um ato da rendição , da aceitação e da confiança do que Deus está realizando com você - sem renúncia e com gratidão para a experiência - a noite escura terminará. Nesse ponto, o ego não quer nenhuma ordem mais longa no trajeto de sua vida, e uma luz brilhará e ela uma nova aventura, e uma nova finalidade espiritual na vida. Seu trajeto será guiado então por uma série de eventos sincrônicos divinamente influenciados, e sua missão real para esta vida nascerá de forma mágica.L.Artése.