contos sol e lua

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sábado, 21 de maio de 2011

A vida secreta das plantas.


Desde os tempos mais remotos que, em todas as culturas os homens adquiriram profundos conhecimentos sobre a vida das plantas, sempre em relação com uma concepção universal de vida, conhecimento que se integrava nas grandes ciências da Alquimia, Astrologia, Medicina, etc.

As fontes principais deste saber foram as Escolas de Mistérios e a comunicação directa dos Médico-Magos com os elfos, silfos, fadas, duendes e demais espíritos elementais que convivem com as plantas, os quais intruiram o homem. Tão grandes conhecimentos foram-se perdendo gradualmente com o correr dos milénios, com brilhantes renascimentos na Grécia, Roma e entre os celtas, até às últimas luzes impulsionadas pelos povos incas e aztecas.

Passado o desastre da queda do Império Romano, e após séculos de obscurantismo, um novo hálito da Tradição desperta a Europa e a partir de Itália surge o Renascimento; génios da talha de Da Vinci, Paracelso ou Giordano Bruno, entre outros, permitiram que o Ocidente redescobrisse aquelas antigas Ciências, ainda que isso só fosse possível de maneira muito fragmentária.

O materialismo desenvolvido a partir do século XVII foi obstruindo cada vez mais esses contactos e, enquanto se edificava uma pseudociência mecanicista e dogmática, perdeu-se lentamente a capacidade de percepcionar o lado subtil da Natureza e os seus habitantes; alcançaram-se concepções muito precisas do mundo material em contraste com uma ignorância quase absoluta do invisível, verdadeiro agente dos fenómenos físicos e químicos.

No século XX, em que o materialismo entronizou a sua miopia, foram definitivamente cortados esses já tão frágeis vínculos. Chegou-se a considerar a vida como uma mera dinâmica de fenómenos ordenados, mas sem nenhuma transcendência. Os seres foram vistos como coisas que possuiam um mecanismo vital, e em consequência disso afirmou-se que nas plantas existia um tal fenómeno e que, por isso estavam vivas.

No meio desta obscuridade surgiu a figura singular de Helena Blavatsky que, apesar da incompreensão e da intolerância reinantes, manteve vigente num selecto grupo de mentes lúcidas a concepção da Vida-Una. Assim chegámos ao século XX, onde uma série de descobertas dera à Ciência oficial a possibilidade de considerar fenómenos que se afastavam de sua própria óptica materialista; e sem por isso abandonar as suas alienações, começa a estudar com maior humildade e menos preconceitos determinados fenómenos considerados noutros tempos pouco sérios. O cientista do século XIX foi intransigente, manifestando orgulhosamente o seu pretenso saber; o do século XX, pelo contrário, menciona os seus achados com muita cautela. E o facto é que na segunda metade do nosso século experiências inquestionáveis obrigaram-no à mais extrema prudência, face à probabilidade da vida ser uma realidade para além do estritamente material.

Estamos quiçá, assistindo à aceitação de algo que os esoteristas de todos os tempos afirmaram: que as plantas e tudo quanto existe têm tanta vida como nós e o Universo na sua totalidade.
Paracelso

Não podemos, nesta breve resenha dedicada à vida oculta das plantas, deixar de mencionar a grande figura de Paracelso.

Nos inícios do Renascimento, ao lado de outras grandes personagens, surge o génio maravilhoso de um grande alquimista e médico ilustre chamado Aureolus Philipo Teofrastos Bombast de Hohenheim.

Nasceu em Einsiedeln, Suiça, em 10 de Novembro de 1943; desde muito jovem o seu pais ensinou-lhe que a Medicina se encontra na Natureza, e só aí é que os homens deviam buscá-la. Dado que tinha um físico muito frágil, o seu pai levava-o a viajar constantemente, convencido de que a mudança de ares o fortificaria. Nessas viagens aprendeu a conhecer as plantas que tinham propriedades curativas ou tóxicas, seu pai também o iniciou nos conhecimentos de Medicina, Cirurgia, Alquimia, Teologia e Latim. Ainda muito jovem conheceu em Levanthal o bispo beneditino Eberhard Baungartner, tido como um dos mais notáveis alquimistas do seu tempo, recebendo os seus ensinamentos com grande avidez. No entanto, o seu maior anseio era poder curar os enfermos, orientando sempre a sua formação para esse fim.

Mais tarde viajou para Basileia, onde aprendeu ainda mais sobre Astrologia e outras Ciências afins. Porém os ensinamentos da Universidade conservavam o espírito medieval pleno de conhecimentos anquilosados; assim, decide procurar um verdadeiro Mestre embarcando para Wurzburg ao encontro do abade beneditino Tritemius, autêntico Adepto, que o instruiu na verdadeira Ciência. Dada a sua vocação, orientou tudo o que aprendeu para a cura das doenças, valendo-se principalmente das propriedades das plantas, assim como de comunicações com os espíritos elementais da Natureza, como ele próprio refere. Deu a conhecer, mais tarde, através de publicações, alguns ensinamentos de carácter ocultista, aplicados sempre à Medicina que tanto amou. Destaca entre os seus ensinamentos o que se refere à inter-relação das plantas com as múltiplas manifestações dos seres vivos no Cosmos, e que definiu como “Signatura”.

O seu amplo espírito levou-o a utilizar diversas vertentes no campo das terapêuticas, tais como a Fitoterapia, a Homeopatia e medicamentos de origem mineral. Chegou a desenvolver uma verdadeira Medicina mágica, aproximando-se de uma certa forma dos Mestres-Magos da Antiguidade.

É a ele, pois, que devemos a pequena chave deste conhecimento oculto, que oferecemos ao leitor através do presente artigo.
As plantas, o Homem e o Cosmos

Em 1966, Backster, famoso técnico na detecção de mentiras através de um galvanómetro, teve o impulso de conectar os seus eléctrodos às folhas duma dracena, acompanhando a reacção desta face à água vertida sobre as suas raízes. Qual não foi o seu espanto ao ver que o galvanómetro produzia um gráfico com linhas extremamente acidentadas: seria possível que a planta fosse capaz de exteriorizar emoções?

A maneira mais eficiente de provocar num ser humano uma reacção suficientemente forte para que o galvanómetro salte é ameaçar pôr em perigo o seu bem-estar. Foi precisamente isto que Backster decidiu fazer à planta: introduzir uma folha de dracena na sua chávena de café quente; o galvanómetro não registou nada. Reflectiu um momento e ocorreu-lhe uma ameaça maior: queimar a folha a que tinha aplicado os eléctrodos. No próprio momento em que pensou nisso o gráfico descreveu uma prolongada linha ascendente. Backster não se tinha movido na direcção da planta nem do gravador. Seria possível que a dracena estivesse lendo o seu pensamento?


Saiu da sala e voltou em seguida com alguns fósforos, observando então que o gráfico registava outro traço brusco para cima, sem dúvida causado pela sua determinação em levar à prática a ameaça que tinha pensado. Dispôs-se a queimar a folha. Desta vez o gráfico assinalou uma reacção mais baixa. Quando, efectivamente, começou a fazer os movimentos de tentar queimar as folhas, não houve reacção alguma. A planta parecia capaz de saber distinguir entre uma tentativa verdadeira e outra simulada.

Backster também comprovou que quando as plantas se viam irremediavelmente ameaçadas, recorriam ao “desmaio”. Assim, a sua planta não reagia a nenhum estímulo sempre que se encontrava na presença de um fisiólogo, cujo trabalho requeria destruir plantas a fim de obter o seu extrato seco.

Para averiguar se as plantas possuiam uma certa forma de memória deu-se início a um plano segundo o qual Backster iria tentar identificar o assassino secreto de uma planta. Seis estudantes, com os olhos vendados, tiraram à sorte um papelinho dobrado de um saco, havendo num deles instruções para arrancar e destruir completamente uma das suas plantas existentes numa sala contígua. O “assassino” tinha que cometer o crime em segredo, com a outra planta por única testemunha. Conectando a planta sobrevivente com um polígrafo e fazendo com que os alunos desfilassem um a um diante dela, Backster conseguiu identificar o culpado, pois só na presença de um deles é que a planta descreveu no polígrafo uma curva frenética de movimentos; a seguir, o estudante confirmou ter sido ele o “assassino”.

Numa outra série de observações, Backster notou que parecia criar-se uma espécie de vínculo de afinidade entre uma planta e o seu tratador, qualquer que fosse a distância que os separasse. Chegou a esta apreciação mediante cronómetros e anotando todas as suas actividades durante o dia, comprovando logo que a curva descrita pelo polígrafo coincidia com as diferentes emoções vividas pela planta ao longo da jornada.

Vogel, cientista inspirado nas experiências de Backster, dispôs três folhas na cabeceira da sua cama e todas as manhãs durante um minuto, exortava amorosamente duas delas a viver, ignorando deliberadamente a outra. Passado uma semana, esta última estava murcha, enquanto que as outras mostravam-se viçosas. Um dia convidou um psicólogo a ir a sua casa; a planta da sala, que tinha um polígrafo conectado, teve uma reacção instantânea e intensa, ficando de repente como morta. Quando Vogel perguntou ao psicólogo em que é que tinha pensado, este respondeu-lhe que tinha comparado mentalmente o filolendro de Vogel com um que tinha em casa, e pensou quão inferior era o de Vogel ao seu. De uma forma evidente, a planta de Vogel mostrou-se tão cruelmente ferida “nos seus sentimentos” que se recusou a reagir durante o resto do dia; com efeito, esteve quase duas semanas sombria e mal-humorada. A partir daí Vogel não teve dúvidas de que as plantas podiam ter aversão aos pensamentos dos seres humanos.

Isto não foi apenas comprovado com seres humanos; Backster pôde demonstrar a um grupo de estudantes da Universidade de Yale que os movimentos de uma aranha na sala em que uma planta estava conectada com o seu equipamento podiam originar importantes alterações no gráfico produzido por esta como, por exemplo, imediatamente antes da aranha escapar a uma tentativa humana de limitar os seus movimentos.

“Parecia – comentava Backster – que a planta captava cada uma das decisões da aranha em fugir, causando uma reacção na folha”.

Numa outra ocasião Backster cortou-se num dedo e untou-o com iodo; a planta que estava a ser observada por meio do polígrafo reagiu imediatamente à morte, segundo parece, de algumas células do dedo.

“A faculdade de sentir – assegura Backster – não parece acabar no nível celular. Pode-se estender ao molecular, ao atómico e até ao subatómico. Concluindo, todas as classes de seres que foram consideradas, convencionalmente, inanimadas, necessitam de uma nova avaliação”.
As plantas e a música

Dorothy Retallack, organista e soprano profissional que tinha dado concertos no Beacon Club de Denver, começou a realizar uma experiência biológica de laboratório com plantas. Juntamente com a amiga formaram dois grupos diferentes de plantas, entre as quais havia filolendros, milho, rabanetes, gerânios, etc. Em seguida, frente a um dos grupos, fizeram soar segundo a segundo as notas musicais “Si” e “Ré”, tocadas a piano e gravadas numa fita magnética; aqueles sons aborrecidos e monótonos, após três semanas de experimentação, fizeram com que todas as plantas começassem a murchar, e algumas delas, inclusivé, afastaram-se da fonte do som, como se fossem desviadas por uma forte ventania. O grupo de plantas que se tinha desenvolvido em paz floresceu.

Também realizou uma experiência de oito semanas com cabaças de Verão, transmitindo para o seu interior música de duas estações de rádio de Denver: uma delas “rock”, e a outra, música clássica. As cucurbitáceas não foram de modo algum indiferentes a estes dois estilos musicais: as expostas às peças de Haydn, Beethoven, Brahms, Schubert e de outros autores europeus dos séculos XVIII e XIX, orientaram-se na direcção do aparelho de rádio, e uma delas enroscou-se amorosamente em torno do transistor. As outras cabaças desenvolveram-se de forma a evitar a música “rock”, e até tentaram trepar pelas paredes resvaladiças da sua caixa de cristal. Em princípios de 1969, a senhora Retallack organizou uma série de ensaios semelhantes com milho, cabaças, petúnias, calêndulas, etc., tendo obtido o mesmo resultado. A música “rock” fazia que, de início, algumas plantas crescessem anormalmente altas e com folhas excessivamente pequenas, ou que ficassem paralisadas; ao cabo de quinze dias, todas as calêndulas tinham morrido, enquanto que outras idênticas, às quais chegavam os compassos de música clássica, floresciam a dois metros dali. Ocorreu algo ainda mais interessante: durante a primeira semana, as plantas expostas à música “rock”consumiam muito mais água do que as expostas à música clássica, embora tirassem menor proveito, já que ao examinar as suas raízes estas estavam esquálidas e só tinham uma polegada de longitude, ao passo que as do outro grupo eram grossas, espessas e quatro vezes mais compridas. Vemos, pois, que um determinado tipo de música exerce influências benéficas no crescimento e desenvolvimento das plantas, graças à sensibilidade que estas possuem, enquanto que outros ritmos produzem efeitos negativos, impedindo o seu desenvolvimento ou provocando enfermidades e, inclusivé, a morte.

Uma vez mais corroboramos a íntima vinculação das plantas com o meio ambiente.
Os Chamanes

O Médico-Mago da Antiguidade, que acumulava uma enorme Sabedoria ao longo dos tempos e dos ciclos históricos, tem na actualidade um modesto mas não menos enigmático herdeiro, o “chamane”.

Os chamanes, os “medicine man” dos povos marginais de todo o mundo, não são supersticiosos ignorantes que pretendem conjurar forças estranhas que desconhecem ou temem; bem pelo contrário; são, no seu meio, personagens de uma reputada capacidade e inteligência, e que reúnem condições de liderança face aos seus semelhantes.

Para alguém se tornar chamane de um povo é fundamental ter uma particular disposição ou abertura para com o mundo natural, o que lhe permite comunicar activamente com a Natureza, com o Espírito das montanhas, dos vales, dos bosques, dos animais e das plantas.

Um aspecto essencial destes singelos médico-magos é, pois, a possibilidade de entrarem em comunicação com os elementais das plantas, estabelecendo com eles uma espécie de diálogo que lhes permite encontrar o tipo de substâncias vegetais que podem utilizar para tratar determinadas maleitas dos seus povos; segundo as suas próprias referências, este diálogo é levado a cabo através das técnicas do êxtase. Segundo os investigadores, há milhares de anos atrás os estados místicos alcançavam-se por vontade própria, ao passo que actualmente os chamanes perderam muito do seu poder e necessitam de utilizar plantas alucinogéneas para realizarem o seu labor; não obstante, é preciso reconhecer neles um passado de alguma forma vigente, um conhecimento intuitivo da vida secreta das plantas, e hoje a Ciência actual voltou o seu olhar para eles em busca de tratamentos mais naturais. No entanto, esta Ciência não chega a compreender que o que necessita de aplicar não é uma maior acumulação de conhecimentos e de técnicas, mas uma concepção radicalmente diferente do Universo. Entretanto, próximo de nós estão estes seres singelos que preservam da soberba e ignorância do nosso século conhecimentos fabulosos.
Peter Tompkins e Christopher Bird.

Os Celtas.


A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.

A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.

Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.

A Cultura Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve sobre os Celtas colocando-os para além dos “Pilares de Hércules” (isto é, Espanha) e acima do Danúbio. O nome "Celta" surgiu da tribo dominante dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.

Segundo historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão desde a Espanha à Turquia.

Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).

Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra ask, de onde a denominação geral asktan dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...

Os Celtas dominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos. Mas só mais recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível cultural, lingüístico e artístico. Os Celtas com grupo e raça, há muito que desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.

Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.

A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.

Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.

Relativamente ao nome BRASIL...Este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na antiga Língua céltica "braazi" queria dizer "terra grande" segundo escritos do estudioso Sérgio Trombelli...

Por outro lado, sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem cabralina - mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João a el-rei D. Manuel logo após o "descobrimento" oficial a tal Insulla Brazil...

É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios.

E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).

Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.

E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito. Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...

Os povos Celtas, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura Portuguesa.

Inglaterra, Escócia e Irlanda.

O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.

A Origem Celta ao que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia. Durante os 600 anos seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia. No continente foram vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e Druidas.

Muitas das informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento acerca da sociedade céltica.

Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "sagrado" pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.

Para a Cultura Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia uma grande cerimônia:

Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;

Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do fogo". Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;

Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;

Samhain - a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.

Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.

Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.

Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.

A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes.

O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na Última Ceia”).

A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.

Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.

Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.

A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja Católica, “seu” Deus é uma figura masculina.

Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher". Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.

Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.

Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo à influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais. Daí a perseguição cultural à figura da Mulher tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os Fenícios).

Por isto, e por outros “motivos” católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres.

Existiam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.

Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado sagrado da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias sagradas.
Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.

Eis-nos retornando à essência feminina... Como surgiu a Voluspa? Sabemos que foi através da Mulher que os povos Celtas se organizaram. Algumas mulheres, sentindo em si-mesmas o Espírito dos seus Ancestrais e dos Deuses divulgaram essa Mensagem tornando-se Voluspas. Leitora do Oráculo e seu eco místico, a Mulher tornou-se legisladora e, com isso, poderosa: a voz da Voluspa era a voz Divina que vinha do ventre da Terra e ecoava por todo o sistema cósmico.

Verifica-se que a Cultura céltica adotou, no seu sistema esotérico-religioso, a via matriarcal. Isso passou, aos poucos, para a vida social. O que ainda é, hoje, visível em determinadas regiões onde esse sistema foi implantado antes do Segundo Milênio AC, como no centro e norte de Portugal (onde se formaram os celtiberos), no norte da Espanha, na Gália, nas Ilhas Britânicas (particularmente na Irlanda e na Ilha de Man), no Alto Danúbio (Boêmia e Baviera), i.e., o patriarcado ficou responsável pelos assuntos da Guerra enquanto o matriarcado pelos assuntos do Espírito, do Social e do Legislativo, que o mesmo é dizer: da Cultura.

Forte, o Oráculo da Voluspa era Lei geral. Enfim, a Mulher tornava-se Ser Humano gerando Civilização... E até formou uma fantástica corte guerreira, na Ásia, em meio à outra dissidência: um povo de mulheres que decidiu caminhar com suas próprias leis - as Amazonas. Na concepção d'olivetiana, a palavra compõe-se do radical mâs, conservado ainda no latim puro e reconhecível no francês antigo masle, no italiano maschio e no irlandês moth; esse radical, unido à negativa ohne forma a palavra mâs-ohne à qual se ligou o artigo fenício ha; a palavra ha-mâs-ohne significa as-que-não-têm-macho.

Ora, nesta estrutura encontramos a origem céltica e a moradia asiática. Até meados de 1997 falar d'as amazonas era falar, quase sempre, de uma lenda, apesar da extraordinária contribuição dos estudos d'olivetianos sobre esse povo. Em 1997 foram descobertas as tumbas, no Caucaso, onde muitas dessas guerreiras foram enterradas...A pesquisa arqueológica - neste caso como no caso d'os manuscritos do mar morto - é a principal arma da História contra a estupidificante estória oficial...! Foi feita homenagem a D'Olivet.

Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.

O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires como Stonehenge (veja link).

Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções megalíticas eram condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.

Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais sagradas.

A realização das cerimônias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas. Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.

Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".

Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.

É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico, segundo José Laércio do Egito.

Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples. A geomância atual já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, (os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos, segundo alguns pesquisadores), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.

Obs: Caso o leitor tenha alguma dúvida ou discordância em relação a este texto, por favor, entre em contato conosco, pois nosso intuito é e sempre será desmistificar em abordagens simples a rica e sagrada Cultura Celta que é de grande magnitude para a compreensão dos Antigos Mistérios e a razão principal da existência hoje do Site Mistérios Antigos.

Na realidade não se pode falar da Cultura Céltica sem se falar da Cultura Druídica, de Ceridwen e Taliesin, das Sacerdotisas da nossa Ilha de Avalon, do nosso Rei Arthur e a busca do Santo Graal...

Que a Paz esteja com você!
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