segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Rosa-Cruz.
A história dos rosa-cruzes teve início na cidade alemã de Kassel no ano de 1614, com a publicação de um documento anônimo intitulado Fama Fraternitatis (Testemunho da Fraternidade). Ele foi seguido, um ano depois, pelo Confessio Fraternitatis (Confissões da Fraternidade) e, em 1616, por O casamento alquímico de Christian Rosenkreutz. Esses três documentos estabeleceram a história, os estatutos e o programa de uma fraternidade até então desconhecida, chamada de a “Ilustre Ordem dos Rosa-cruzes”. Em uma época de enorme tumulto político e religioso, esses documentos louvavam a importância da espiritualidade, que poderia salvar o homem dos erros ocasionados pelos costumes mundanos. Os textos alcançaram um público inesperadamente numeroso, e foram publicados em vários países. A Europa inteira tomou-se de entusiasmo pelo personagem que ocupava o centro desses novos ensinamentos, um personagem de perfil lendário: Christian Rosenkreutz.
De acordo com o Fama Fraternitatis, Christian Rosenkreutz – de início mencionado apenas pelas iniciais C.R. – nasceu em 1378 nas margens do Rio Reno, filho de uma família pobre, mas fidalga. Aos 4 anos foi entregue aos cuidados de uma abadia, onde aprendeu o grego, o latim, o hebraico, e teve noções de magia. Aos 16 anos, foi confiado aos cuidados de um monge que o levou em peregrinação à Terra Santa. Contudo, o monge faleceu em Chipre, e Rosenkreutz prosseguiu sozinho a viagem, até que uma doença o obrigou a permanecer por algum tempo na Arábia. Ali, ele foi curado por sábios que lhe transmitiram ensinamentos sobre um conhecimento ancestral, e o iniciaram em práticas científicas secretas. Em seguida, confiaram-lhe a missão de propagar esses conhecimentos pelo mundo cristão da Europa Ocidental, e de criar uma irmandade secreta, que “possua uma quantidade suficiente de ouro e pedras preciosas, e que possa educar os monarcas”.
Rosencreutz voltou à Europa e passou cinco anos na Espanha. Ali, três companheiros lhe juraram lealdade e, sob sua orientação, redigiram os documentos basilares da fraternidade. Em um local secreto, os quatro homens formaram o “Novo Templo do Espírito Santo”, onde curavam doentes e confortavam desamparados. Rosenkreutz foi aos poucos construindo a fraternidade que leva seu nome e que conduz a sua obra missionária. Uma vez por ano, a fraternidade se reúne no Templo do Espírito santo.
A fim de manter o número de membros da ordem, cada rosa-cruz deve nomear um sucessor antes de sua morte, se possível. Quanto ao fundador, afirma-se que ele teria morrido em 1484 aos 106 anos. Seu túmulo teria sido descoberto em 1604, 120 anos após sua morte, tal como ele próprio havia predito.
A mirabolante história de C.R. parece ter a intenção de simbolizar uma outra narrativa mais profunda. Felizmente, os registros nos dão um vislumbre das idéias da fraternidade.
O Fama Fraternitatis consiste de três seções. A primeira delas examina de modo crítico e, em parte, satírico as condições sociais e espirituais da época.Ele fornece numerosas sugestões para resolver todos os problemas referentes à religião, à arte e à ciência. O documento afirma que a redenção só pode ocorrer através de uma religião voltada para o coração e o ardor místico. A segunda parte dirige críticas à alquimia, atividade “ateísta e maldita” que procura transformar em ouro os metais não-preciosos. A terceira seção narra a vida de C.R. O enigma da criação do mundo é discutido no Confessio Fraternitatis. Nesse documento, o Papa é chamado de serpente e Anticristo. Também aprendemos aqui que a fraternidade usa um código secreto, atribui grande importância à astrologia e rejeita a concepção ptolomaica do Universo – Para a qual a Terra é o centro do sistema solar. É a essa altura que o nome completo de C.R. é revelado.
O último texto, O casamento alquímico, foi publicado em Kassel e na cidade francesa de Estrasburgo. Em frases carregadas de simbolismo, ele narra um episódio decisivo na vida de Christian Rosenkreutz – uma experiência de iluminação mística que durou sete dias ocorrida quando ele tinha 81 anos de idade. Durante esse episódio, o eremita passou por sucessivas revelações e testes, que vieram a constituir as bases de sua experiência espiritual.
Em qualquer outra época, esses três livros provavelmente teriam sido considerados uma leitura pouco mais que interessante, ainda que fora do comum. Mas não foi esse o caso. Em uma Europa dilacerada por guerras religiosas entre católicos e protestantes, o conteúdo dos manifestos rosa-cruzes encontrou solo fértil. Os panfletos circularam rapidamente e logo as idéias da fraterniadade eram assunto de conhecimento geral.
Havia diversas razões para tal sucesso. Muitas pessoas se sentiam atraídas pela personalidade de Christian Rosenkreutz e pela independência de suas idéias. Ao mesmo tempo, europeus de mentalidade progressista simpatizavam com os objetivos e as declarações da fraternidade, visto que, quando se tratava de admitir novos membros, os rosa-cruzes não faziam distinção de raça, sexo ou posição social. Em vez disso, eles achavam que as pessoas inteligentes de todo o mundo deveriam unir-se para melhorar a sorte da humanidade e aprofundar seus conhecimentos sobre Deus e a natureza.
Os objetivos da ordem correspondiam aos propósitos sociais, espirituais e intelectuais das novas elites literárias e científicas européias. Os mais conhecidos adeptos – ou pelo menos simpatizantes – dos rosa-cruzes foram o matemático, físico e astrônomo inglês Sir Isaac Newton (1673-1727), o filósofo e cientista francês René Descartes (1596-1650) e o filósofo holandês Baruch Spinoza.
Após a publicação dos documentos e instauração da fraternidade, os rosa-cruzes se tornaram um importante tema de debates, inspirando uma verdadeira avalanche de publicações. Por volta de 1717, nada menos que mil comentários, teses, notas e panfletos, de mais de 400 autores, já haviam sido publicados.
Em meio a essa multidão de documentos, somente um elucidava a origem dos rosa-cruzes. Em um documento publicado em 1617, o editor do terceiro manifesto rosa-cruz revelou a própria identidade: Johann Valentin Andreae (1586-1654), um pastor protestante de Württemberg, no sul da Alemanha. Andreae era parentede um pastor de grande renome e tornou-se um dos homens mais eruditos de sua época. Tendo aprendido a falar com fluência línguas antigas e modernas, além de ter se dedicado a geografia, história, genealogia, matemática e teologia, Andreae era um homem de vasta cultura. Ele alegava ter escrito O casamento alquímico de Christian Rosenkreutz.
Na verdade tudo indicava que que os dois primeiros manifestos eram fruto de sua pena. Eles pareciam ser o resultado do trabalho conjunto de Andreae e dois amigos seus, Christoph Besold e Arndt Gerhardt. Em tempos violentos como aqueles, os autores provavelmente adotaram o anonimato por medida de segurança.
Andreae, que fora profundamente impressionado pelos ensinamentos de Martinho Lutero – líder da Reforma protestante – também desenhou a rosa-cruz, o símbolo dos rosa-cruzes. Inspirado no brasão de armas do próprio Lutero, ele era formado por uma cruz de santo André em forma de X emoldurada por uma rosa.
Mas o que Andreae não foi simplesmente apresentar-se como autor da obra. Em um livro intitulado Menippus, ele também afirmou que O casamento químico de Christian Rosenkreutz não passara de um ludibrium, palavra latina para “farsa, logro”, com o qual ele quisera estimular de maneira divertida as reivindicações por reformas sociais. Em outras palavras, a rosa-cruz não passava de uma invenção literária. O impacto de seus livros acabou sendo muito diferente do que ele imaginara. Ao que parece, o jovem e entusiasmado escritor criou, de modo involuntário, um poderoso movimento espiritual, que logo ganhou autonomia e nem mesmo seu fundador foi capaz de detê-lo. As primeiras irmandades rosa-cruzes formadas durante o século XVII eram, em sua maioria, associações informais sem muito rigor ou regulamentos, mas as fraternidades que surgiram a partir delas eram muito mais organizadas. Já no século XVIII, era cada vez maior o número de grupos que adotavam o símbolo da rosa e da cruz.
A mais famosa organização rosa-cruz continua a ser, até hoje, a Irmandade da Ordem Dourada e Rosa-Cruz, fundada em 1710 por Samuel Richter da Silésia (hoje parte da Polônia). Essa sociedade secreta era uma ordem organizada hierarquicamente e administrada por um conselho de diretores. Antes de se tornar um membro, o candidato tinha de ser submetido a rituais de admissão. Os membros da ordem usavam itens específicos de joalheria e revelavam essa condição uns aos outros através de palavras, sinais e apertos de mão. Muito em breve os rituais dos rosa-cruzes começaram a se assemelhar aos de outra fraternidade secreta, a dos maçons, a qual surgiu das atividades e rituais dos pedreiros (“franc-maçons”) da Idade Média. Outras fraternidades famosas se associaram aos ideais da rosa-cruz, tais como os Illuminati de Avignon, no sul da França, fundada em 1716, e os Illuminati da Baviera, no sul da Alemanha, fundada dos anos depois.
Por volta do final do século XIX, a tradição rosa-cruz experimentou um reflorescimento. Em 1888, o poeta e advogado francês Stanislas de Guaïta (1861 - 1897), um ardente adepto do ocultismo, fundou uma irmandade rosa-cruz na França, com o romancista Joséphin Péladan (1859 – 1918). Pouco depois, no entanto, Péladan abandonou a irmandade, queixando-se de que seu perfil era demasiado anticatólico para seu gosto. Ele fundou outra organização, também sob o rótulo da rosa-cruz, dedicada ao amor fraternal e às atividades intelectuais e artísticas. Péladan abriu um salão rosa-cruz em uma galeria de arte em Paris, que acabou por se tornar um ponto de encontro muito freqüentado e de grande influência, especialmente para as pessoas ligadas ao mundo das artes.
Ordens rosa-cruzes também foram fundadas no século XX: por exemplo, a sociedade esotérica AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosa-Cruz) foi criada em 1915 na Califórnia. Hoje, essa sociedade possui lojas em mais de 50 países.
Atualmente, mais de três séculos após o aparecimento do primeiro manifesto rosa-cruz, os ensinamentos dessa ordem continuam surpreendentemente a vigorar. Isto é especialmente notável se considerarmos que não era esta a intenção de seu autor. Mas, mesmo que o Fama Fraternitatis, o Confessio Fraternitatis e O casamento químico de Christian RosenKreutz tenham surgido como uma brincadeira intelectual, eles transmitem o espírito inquieto e curioso da época em que foram criados. A mensagem rosa-cruz, de amor fraterno, busca do conhecimento e cooperação entre as pessoas, é atemporal e, ainda hoje, continua a encantar muita gente.Wikepédia
MAAT.
Um estudo dos textos antigos da religião egípcia convencerá a qualquer um que os egípcios acreditavam em só um deus, que existia por si mesmo, imortal, invisível, eterno, onipresente, todo poderoso e inescrutável. Não é mesmo certo que ao longo dos anos desenvolveram uma série de crenças politeístas, e que as cultivavam em certos períodos de sua história, influindo nas nações que os rodiavam, e que inclusive aplicavam aos estrangeiros, e que por isso tem legado até nossos dias a idéia de que os egípcios foram um povo politeísta e idolatra.
Passando dos textos religiosos aos que contêm preceitos morais, encontramos que estes últimos jogam muita luz sobre a idéia que tinham os antigos egípcios sobre estes conceitos, e um destes é o "conceito de Maat". Maat é o conceito abstrato do bem, da ordem e da verdade dos antigos egípcios, personificado como uma mulher com uma pluma de avestruz em sua cabeça, era considerada como filha do deus criador Atum-Rá, surge com os "mitos da criação" estando associada a Thoth, ptahe Khemenu neste trabalho, seu nome significa "retidão" e enfatiza o que é correto, verdadeiro, confiável, real, genuíno, justo, inalterável e coisas por este estilo. Este papel foi estabelecido por seu predecessor divino Horus, que derrotou as forças do deus caótico Seth É a responsável pelas estações, o dia e a noite, o movimento dos astros e a chuva. Os juizes em esferas humanas e divinas foram conhecidos como representantes de Maat.
De acordo com alguns egiptólogos, seu antiquíssimo culto contou com seus próprios sacerdotes e um templo em Tebas. O culto de Maat foi difundido desde Tebas e o limite sul de Kemet até o delta do Nilo. Outro trecho que fala do sem-número de seguidores é que muitos faraós incorporam seus nomes no elemento Maat. A personificação de Maat como deusa pode-se ver no "Livro dos Mortos", onde no " Salão de duas verdades " o coração do defunto seria pesado por Anubis de encontro à pena da verdade, que era símbolo de Maat. Se o veredito fosse favorável então o defunto poderia olhar para a frente e ter uma pós-vida feliz; se não, a alma era devorada rapidamente pela Ammut híbrida.
Qualquer que seja sua descrição, seu conteúdo é o mesmo, o coração deve ser tão leve como Maat para chegar a ser "O da palavra verdadeira" ou o "justificado" e poder entrar no reino de Osíris. Esta era a culminação das metas de qualquer egípcio, uma vez que a região do inframundo estava ao alcançe do povo em geral. A idéia conceitual de Maat também pode ser descrita como uma personificação da deusa. Muitos templos egípcios tem representações de cenas de culto onde o faraó ou o sumo sacerdote, sustenta em suas mãos elevadas uma
estatuinha de Maat que representa uma divindade criadora.
Desta forma a oferenda de Maat aos deuses como parte de um ritual diário no templo, simboliza a unidade, e a harmonia dentro do cosmos. Já que sua presença difundida profundamente dentro dos templos era a personificação da ordem cósmica, da ordem social e o comportamento da humanidade, já que estes valores ditam o nível de "retitude do grupo", já que "o mal é inerente ao não existente" e por tanto estava presente desde antes da criação.
Os preceitos de Maat podem ser encontrados em vários documentos e considerados como "instruções", assim uma pessoa correta que conduz sua vida pelo caminho de Maat, será justificada na morte e existirá eternamente na "Região do mortos abençoados". Um caráter secundário de Maat é sua personificação, a qual como idéia abstrata se assemelha a idéia judeo-cristã da arca da aliança que contém os dez mandamentos.Wikepédia.
Passando dos textos religiosos aos que contêm preceitos morais, encontramos que estes últimos jogam muita luz sobre a idéia que tinham os antigos egípcios sobre estes conceitos, e um destes é o "conceito de Maat". Maat é o conceito abstrato do bem, da ordem e da verdade dos antigos egípcios, personificado como uma mulher com uma pluma de avestruz em sua cabeça, era considerada como filha do deus criador Atum-Rá, surge com os "mitos da criação" estando associada a Thoth, ptahe Khemenu neste trabalho, seu nome significa "retidão" e enfatiza o que é correto, verdadeiro, confiável, real, genuíno, justo, inalterável e coisas por este estilo. Este papel foi estabelecido por seu predecessor divino Horus, que derrotou as forças do deus caótico Seth É a responsável pelas estações, o dia e a noite, o movimento dos astros e a chuva. Os juizes em esferas humanas e divinas foram conhecidos como representantes de Maat.
De acordo com alguns egiptólogos, seu antiquíssimo culto contou com seus próprios sacerdotes e um templo em Tebas. O culto de Maat foi difundido desde Tebas e o limite sul de Kemet até o delta do Nilo. Outro trecho que fala do sem-número de seguidores é que muitos faraós incorporam seus nomes no elemento Maat. A personificação de Maat como deusa pode-se ver no "Livro dos Mortos", onde no " Salão de duas verdades " o coração do defunto seria pesado por Anubis de encontro à pena da verdade, que era símbolo de Maat. Se o veredito fosse favorável então o defunto poderia olhar para a frente e ter uma pós-vida feliz; se não, a alma era devorada rapidamente pela Ammut híbrida.
Qualquer que seja sua descrição, seu conteúdo é o mesmo, o coração deve ser tão leve como Maat para chegar a ser "O da palavra verdadeira" ou o "justificado" e poder entrar no reino de Osíris. Esta era a culminação das metas de qualquer egípcio, uma vez que a região do inframundo estava ao alcançe do povo em geral. A idéia conceitual de Maat também pode ser descrita como uma personificação da deusa. Muitos templos egípcios tem representações de cenas de culto onde o faraó ou o sumo sacerdote, sustenta em suas mãos elevadas uma
estatuinha de Maat que representa uma divindade criadora.
Desta forma a oferenda de Maat aos deuses como parte de um ritual diário no templo, simboliza a unidade, e a harmonia dentro do cosmos. Já que sua presença difundida profundamente dentro dos templos era a personificação da ordem cósmica, da ordem social e o comportamento da humanidade, já que estes valores ditam o nível de "retitude do grupo", já que "o mal é inerente ao não existente" e por tanto estava presente desde antes da criação.
Os preceitos de Maat podem ser encontrados em vários documentos e considerados como "instruções", assim uma pessoa correta que conduz sua vida pelo caminho de Maat, será justificada na morte e existirá eternamente na "Região do mortos abençoados". Um caráter secundário de Maat é sua personificação, a qual como idéia abstrata se assemelha a idéia judeo-cristã da arca da aliança que contém os dez mandamentos.Wikepédia.
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