contos sol e lua

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sábado, 25 de dezembro de 2010

Influência Pagã.


Quase todas as religiões no mundo tem um mito maior acerca do nascimento de um mito especial e/ou divina criança, que cresce para ser um líder espiritual, héroi ou ambos. Sabemos que Jesus, não nasceu em 25 de dezembro. Estudiosos defendem como data de seu nascimento um dia entre os meses mais quentes. Esta data, 25 de dezembro, foi escolhida por volta de 273 E.C (Era Comum = AD), pelos pais da Igreja para coincidir com, e absorver, os festivais celebrando o nascimento de deuses pagãos. Segundo Peg Aloi, que escreveu um artigo para a Internet, chamado, "Você chama isto de Natal, nós chamamos isto de Yule", diz o seguinte : "Era comum aos pagãos celebrar o nascimento do Sol.... quando os Doutores da Igreja perceberam que os cristãos, pendiam para este Festival, eles de comum acordo resolveram que a verdadeira natividade, deveria ser solenizada neste dia". Mais da metade da história da natividade ( como é geralmente conhecida) foi escrita por Lucas. Ao menos 40 anos após a morte de Jesus. Do ponto de vista grego, adicionando detalhes que confirmariam a "Divindade" deste para as comunidades pagãs. Aqui estão as maiores coincidências entre a história da natividade de Jesus e as de nossos deuses:
01- Como Adonis ( grego) , ele nasceu de uma virgem.
02- Como Mithra (persa) e muitos outros, ele nasceu no Solstício de Inverno ou 25 de dezembro.
Nota 1: 25 de dezembro era com freqüência celebrado em vez do real Solstício, porque 25, era a prova concreta nos céus que os dias de fato, tornavam-se mais longos.
03- Como Krishina ( hindu) e Osiris ( egípcio), seu nascimento foi anunciado por uma estrela especial e por um anjo.
04- Como Osiris, seu nascimento foi seguido por três magos, sábios.
05- Como Adonis, ele nasceu em Belém.
Nota 2: Belém significa "a casa do pão", portanto "a casa do trigo e do Deus milho". Notem a inclusão do pão sagrado na comunhão cristã. Belém era um bosque dedicado à Adonis ou tamuz, o deus assírio/ babilônico da morte/renascimento, Deus dos grãos e o consorte da Deusa Ishtar. Os antigos adoravam Tamuz ( Ezequiel 8,14).
06- Como Mithra, seu renascimento foi testemunhado por pastores e magos.
Nota 3: As religiões, ditas da Terra, eram religiões dos povos rurais, do campo, e , esta é que é a origem da palavra pagã, que vem de pagien, do latim paganus, do francês, paysan, e significa, ..."que não está no limite das cidades".
07- Como Krishna , foi perseguido por um rei que tentou matar todos os recém - nascidos homens.
08- Como Dionísio ( grego) e muitos outros heróis pagãos, ele foi forçado a fugir e se esconder nos seus primeiros anos de vida.
Jesus era também chamado de Adonai, que é apenas a forma semítica do nome grego Adonis. O título Cristo, usado por ele é uma variação para se referir a Attis, Adonis, tamuz e Osiris. Todos estes Deuses tiveram uma morte sacrificial e foram conhecidos como "Deuses Salvadores". Os Festivais romanos do Solstício de Inverno, Saturnália, incorporam os nascimentos de Attis, Osiris e o Baal sírio. Estes deuses como muito outros, incluindo Jesus, eram designados como "Criança Divina", o "Filho do Homem", "Luz do Mundo ", "Sol da Retidão" e "Salvador". Os povos nórdicos celebram o nascimento de seu "Deus salvador", Frey no Solstício de Inverno, e chamavam a véspera de Natal de "Monarect"a noite da Mãe. Para os celtas, o Deus do crescente luz/ano, nascia no Solstício de Inverno. Muito do restante da história de Jesus, eram incidentes que copiaram os maiores eventos ou símbolos nas vidas de deuses pagãos. Isto levaria muito tempo para cobrir toda esta história. Mas ainda , sob a luz do Novo Testamento, especialmente no Evangelho de João, e prática cristã, Jesus é essencialmente o "Deus Avatar" ( Santo Mensageiro) da nova luz. Não existe um grande abismo na idéia do nascimento do Sol/Filho das Deusas, trazendo esperança e a promessa de um ano melhor para o desenvolvimento físico e espiritual do mundo e o nascimento de um 'reino de Deus' também para este mundo. A palavra Christmas (Natal) , apenas significa o 'o povo do Cristo' e também missa do Cristo. Os pagãos têm deuses Cristos e a partilha do vinho abençoado é basicamente a mesma coisa da comunhão na missa cristã. Na versão pagã da 'missa do Cristo' no Yuletide, eles celebram a 'vinda da nova luz e esperança no mundo'. A grande diferença é que os pagãos celebram isto todos os anos, e para os cristãos , isto aconteceu apenas uma vez. Um aspecto na vida de Jesus que merece ser vista é a importância da figura de Maria. Maria é aversão cristã do nome "Mari"- conhecido através do mundo ocidental como a Deusa da Lua e do Mar. Símbolos da Virgem Maria. Três Marias testemunharam e assistiram a morte de Jesus e a sua ressurreição. As 3 presenças nesta história seriam derivadas da imagem tripla da Deusa. As 3 faces como ela é normalmente adorada. A Virgem, a Mãe e a Anciã.

Práticas seculares cristãs e suas raízes pagãs.

A árvore de Natal.
Provavelmente as formas mais antigas de árvore de Natal, não eram cortadas e nem trazidas para dentro de casa. Elas eram deixadas de fora e decoradas com sementes e frutos, porque os antigos tinham compreendido que eles eram aparentados com os animais e com as aves. Eles tinham entendido que estas criaturas, também 'crianças da Deusa', precisavam sobreviver através do inverno. Então suas oferendas nas árvores eram presentes de comida. Normalmente as árvores eram as sempreverdes, que em todas as culturas simbolizavam a habilidade da vida em sobreviver o inverno, a despeito da fria esterilidade. Nos tempos romanos, um dos sagrados pinheiros eram "abatidos" e decorados com a esfinge do Deus Attis. Esta espécie de prática foi seguida em muitas culturas - árvore representando a Árvore do Mundo, com variação do Axis Mundi, ou Ophalos, o umbigo do mundo e o centro do corpo da Deusa, portanto a fonte de toda vida. A colocação da esfinge do Deus sobre a árvore representava o Deus estando no interior da Deusa e nascido dela. Uma imagem muito apropriada para o Yuletide. ( O grão que volta para o interior da terra e renasce de suas entranhas).

A acha do Yule.
Tanto o Solstício de Inverno, como o Solstício de Verão, são festivais maiores do Fogo. São também, os que os de língua inglesa chamam de "pivotal point", cujo significado seriam os pontos de giro do crescer e do decrescer do 'grande Fogo nos céus'. A acha de natal, era a representação simbólica deste grande Fogo. Ela era acesa a partir das cinzas do "Ano velho" simbolizando a transferência de energia do fogo. Em outras culturas velas novas também eram acesas ,a partirdestas mesmas cinzas. Elas eram re-acesas durante doze noites. Por e nascer do Sol eram observados cuidadosamente para se Ter a certeza que a luz do Sol, estava realmente crescendo. Normalmente a acha de carvalho, obviamente simbolizando o nascimento do Deus carvalho, representando a parte crescente do ano.

Azevinho.
O azevinho é aquela plantinha verde com frutinhos vermelhos, que costumamos enfeitar nossos arranjos de Natal. Como vimos anteriormente o Deus da parte crescente do Ano, é o Carvalho, o Azevinho é o Deus de sua parte decrescente. No paganismo, o tempo é circular e não linear. Neste movimento vamos crescendo, chegamos as ápice, voltamos a decrescer, morremos para voltarmos a renascer. Os reinos destes deuses termina no alto de suas vitalidades. Para os pagãos , a vida começa com a morte e a representação do azevinho, que é também uma sempreverde, é que a morte carrega a vida no seu interior até que ela possa renascer. Esta é a planta da morte e do renascimento para os Druidas. Segundo Janet e Stweart Farrar, a conexão entre o deus Azevinho e o romano Júpiter ( Deus doador de presentes, nesta época do Ano, é a verdadeira origem de Santa Claus, o Papai Noel ) . Um outro predecessor é uma fada bruxa italiana, Benfana, que cavalgava sua vassoura, descia pelas chaminés e deixava presentes.

Visgo.
O visgo é um outro símbolo da vida que sobrevive a morte. O visgo é uma planta simbiótica - ela cresce sobre outras plantas, em vez de tocar diretamente o solo. Em todo Mundo - da Europa, Japão, África, ele é considerado uma das mais poderosas plantas curadores - o tudo cura. Os Druidas, consideravam que qualquer visgo que crescesse diretamente sobre o Carvalho, era enviado dos Deuses, por isso podiam ser relacionados com o aspecto popular 'salvador, curador e mensageiro'.

Conclusão.

Quase tudo relacionado ao feriado conhecido como natal, está relacionado à velhos mitos e lendas pagãs. A finalidade desta aula, como também da Sociedade Teosófica ao encorajar o estudo comparado das religiões, e não criticar nenhuma delas. Desta maneira nos enchemos de dados e de certezas de que "Todas as religiões tem uma única fonte. A essência é a mesma para todas elas, porque a diversidade é UNA". Se compararmos lendas, mitos, histórias, Deuses, Heróis e Avatares, não importa, notamos as coincidências e semelhanças. Não serão estas as maneiras que a Divindade nos mostra que somos todos filhos e filhas dos Deuses, e por isso mesmo somos iguais, somos UNOS. Um outro aspecto importante refere-se ao que a mitologia tenta explicar o inexplicável. Como todos os lugares, em todos os tempos e em todas as épocas a linguagem mais entendida era a linguagem dos símbolos, a linguagem simbólica. E por que ? Primeiramente, estes símbolos pertencem ao inconsciente , aos arquétipos comuns a todos os povos. Eles falam de algo mais profundo em níveis de energia também muito mais profundos, aos mundos internos, subjetivos. Starhawk, chama a isso de Self mais jovem que se comunica com a Divindade inerente a todos nós. Através destes símbolos, os Antigos, conseguiram passar este conhecimento, em tempos de perseguição e repressão. É sempre mais fácil entender a imagem do que a palavra. Principalmente sobre coisas em níveis de energia bem mais abrangente. E finalmente , porque o que está em cima é igual o que está em baixo. No Amor e na Sabedoria dos Deuses.Naida.

A Origem da Missa do Galo.


Tradicionalmente, a Missa celebrada na véspera do Natal é denominada Missa do Galo. Este é o nome dado à celebração da Eucaristia que deve acontecer a meia-noite do dia 24 de dezembro, isto é, na véspera de Natal. A Missa foi instituída pelo Papa São Telesforo, no ano 143.
Desde o século IV, um hino latino cantado na cerimônia do Natal aponta o nascimento do Cristo no meio da noite. Daí o costume de assumir a meia-noite como hora do nascimento de Jesus.
A comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém, para participarem da Missa do Natal, na primeira vigília da noite dos judeus, na hora do primeiro canto do galo. Anteriormente, no dia 25 de dezembro, as festividades eram pagãs, já que nesta data celebrava-se o Deus do Sol. O Imperador romano Constantino era cristão e instituiu a Festa de Natal neste dia. Em Roma, a celebração da Missa do Galo acontece, desde o século V, na Basílica de Santa Maria Maior.
Segundo o Monsenhor José Roberto Rodrigues Devellard, Coordenador da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese do Rio, o nome "Missa do Galo" teve origem no fato de Jesus ser considerado o sol nascente que veio nos visitar. Só a Missa do Galo e a Missa de Páscoa são celebradas à meia-noite, pois nelas há o sentido de procurar a luz no meio da noite.
O galo era considerado uma ave sagrada no antigo Império Romano. O animal passou a simbolizar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. Monsenhor Devellard explica que esta ave é a primeira a ver os raios de sol e, portanto, ao reverenciar o sol nascente, o galo estaria louvando, primeiramente, a Jesus Cristo. Ele lembra que as Igrejas mais antigas têm um galo em seus campanários, como o caso da Irmandade Nossa Senhora da Glória do Outeiro, na Glória, e da Ordem Terceira São Francisco de Paula, no Largo de São Francisco.
Por fim, por causa da violência, em algumas cidades, como a do Rio de Janeiro, o galo começou a cantar mais cedo, lamenta Monsenhor Devellard, referindo-se à necessidade de antecipar o horário da Missa da véspera do Natal.Padre Benedito.

Uma lenda siberiana.


Uma lenda do koryak (Sibéria) conta que o herói da cultura, Grande Corvo, numa passagem , ele capturou uma baleia, que estava à sua frente, e queria soltá-la para traz no mar, mas era incapaz de devolvê-lo ao mar por ser tão pesado.

O deus Vahiyinin (existência) disse-lhe que deveria comer espíritos do wapaq para ter a força. Vahiyinin cuspiu em cima da terra e as plantas brancas pequenas - os espíritos do wapaq - apareceram: tinham chapéus vermelhos, e o cuspe de Vahiyinin congelado como os flocos brancos de neve. Ao comer o wapaq, Grande Corvo tornou-se excepcionalmente forte e conseguiu atirá-la ao mar.

A partir daí o cogumelo crescerá para sempre na Terra, e os povos podem aprender o que ele ensina. Wapaq é a mosca Agarica, um presente diretamente de Vahiyinin - plantas dos deuses.

Nas biografias legendárias de alguns adeptos do budismo, há alguns indícios que podem ser interpretados para revelar que eles consumiam o cogumelo Amanita muscaria para conseguir a iluminação.

Eles mantinham o voto de manter o segredo dessas práticas, tanto que sua identidade foi escondida atrás de um jogo de símbolos.

Alguns pesquisadores acreditam que ele é o soma, dos Vedas (a mais antiga literatura sagrada da humanidade).

Soma era mais do que uma bebida, e seu sumo expressa um deus. Sugere-se o deus Agni, deus do fogo. O soma é simbolizado pelo touro, o símbolo do rig veda (hino aos deuses) da força.

Nas pesquisas, o uso do amanita aparece também em tradições da Ásia do Norte e do Sul, nas tradições germânicas ligadas a Odhin, em usos xamânicos mais adiantados nas florestas da Eurásia do Norte. Visto também, por muitos anos, no distrito de Kanto, no Japão; no Norte da Europa; Índia; e na América Central por muitos anos.

Também identificado como o Haoma, dos Persas. Esses cogumelos sagrados foram utilizados por xamãs para a cura espiritual; era a entrada para incorporar o reino dos deuses.

O cogumelo sagrado Amanita Muscaria, segundo alguns pesquisadores, é o mesmo citado por Lewis Carroll em "Alice no País das Maravilhas" Teria Lewis ingerido o enteógeno para escrever seu livro ?

Relata-se também efeitos analgésicos significativos, para curar males da garganta, feridas cancerígenas, artrites.

O amanita contém os princípios ativos muscazon, ácido ibotênico, muscimelk e bufoteína. Os efeitos começam entre 20 e 30 minutos após a ingestão e duram de 6 a 8 horas.

Geralmente, o usuário experimenta visões semelhantes aos sonhos.

O Amanita muscaria, em suma, é um dos cogumelos mais bonitos, com um encanto misterioso.LÉO ARTÉSE.

Papai Noel e o Xamanismo.


O Natal sempre marca o solstício de inverno no hemisfério norte. É nesse período que os xamãs, até hoje, realizam rituais de passagem para um novo ciclo anual.

Muitos povos xamânicos também comemoravam a cerimônia da árvore, representando a "Árvore do Mundo". Será por isso que levamos uma para dentro de nossas casas e a enfeitamos?

Partimos da crença de que a lenda do Papai Noel nasceu na Sibéria. Existia uma tribo na antiga Sibéria chamada O Povo das Renas.

As renas eram para os siberianos o que o búfalo representa para os nativos americanos; eram também consideradas a manifestação do Grande Espírito Rena, invocado pelos xamãs para resolver os problemas do povo. Nas suas jornadas xamânicas, ele viajava, em transe, em um trenó de renas voadoras.

Existe na Sibéria um enteógeno poderoso chamado Amanita muscária, um cogumelo vermelho com manchas brancas. É o sacramento de seus trabalhos espirituais. A Amanita muscária é um cogumelo enteógeno, que proporciona visões e introvisões de profundo significado. Esse cogumelo contém elementos que permanecem intactos em sua passagem pelo organismo, por isso os xamãs siberianos guardavam e consumiam a própria urina para ser bebida no inverno, quando não havia o cogumelo.

Não eram só os xamãs que usavam amanita, as renas também comiam. Eles até conseguiam atrair renas com a urina, que chegavam a brigar para tomá-la e as laçavam enquanto bebiam.

Alguns caçadores davam pedaços de amanita para as renas para aumentar a sua força e resistência física, e assim suportarem melhor as longas distâncias. Se as renas fossem abatidas por alguém nesse momento, quando estavam na manifestação do enteógeno, os efeitos do amanita passariam para quem comesse a sua carne.

Caçadores, ao se alimentarem de renas que haviam ingerido amanita, tiveram uma visão coletiva de um homem vestido de vermelho e branco (cor do cogumelo), um xamã que levava presentes para a população.

Eles viram o xamã voando em um trenó de renas.

Daí, conta-se que Papai Noel foi uma visão de homens que se alimentaram das renas que consumiram amanita.

A roupa do Papai Noel, por sinal, é de origem lapônica.

Tradicionalmente, os xamãs siberianos eram conduzidos em suas viagens extáticas (jornadas xamânicas) aos mundos profundos (transe) por um trenó de renas. Isso explica a origem de Papai Noel viajando por um trenó de renas. Os habitantes sentiam que os xamãs sempre lhe traziam presentes espirituais. Além disso, a fumaça do fogo onde faziam seu trabalhos saía por uma abertura nas casas (chaminés ), e era por ali que entravam e saiam os espíritos, o que também explica a origem de Papai Noel entrando pela chaminé.

O que quero dizer, na verdade, é que nosso doce e querido Papai Noel nasceu na Sibéria e tem sua origem no xamanismo. Léo Artese.