sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tábua de Esmeralda.


Alguns autores dizem que o verdadeiro nome de Hortulano é Jones Grasseus, que teria vivido no século XV; o historiador A. E. Waite, na obra A Irmandade Rosa-Cruz, menciona um alquimista parisiense do século XIV de nome Ortholanus, autor de uma Alquimia Prática e de uns Comentários à Tábua de Esmeralda; já Julius Évola, em seu livro A Tradição Hermética, cita Ortulano e os Comentários à Tábua Esmeraldina, que aparecem como parte da Bibliothèque des Philosophes Chimiques, compilação de textos e autores de Alquimia realizada por Salmon no século XVIII. Mas não se sabe com certeza quem foi Hortulano, uma vez que este seguiu o costume comum entre os alquimistas, que realizavam seu trabalho na segurança do segredo e do anonimato.
Louvor, honra e glória lhe sejam dadas para sempre, Oh! Senhor Deus Todo Poderoso! com vosso querido filho Jesus Cristo, nosso Salvador, verdadeiro Deus e único Homem Perfeito, e com o Santo Espírito Consolador – Trindade Santa –, Vós que sois o único Deus. Dou-Vos graças porque, havendo conhecido as coisas passageiras deste mundo, inimigo nosso, vós me retirastes dele, por vossa misericórdia, para que eu não fosse pervertido por suas voluptuosidades enganosas. E como vejo a muitos que trabalham nessa arte não seguirem o reto caminho, suplico-vos, meu Senhor e meu Deus, que, se assim lhe aprouver, eu possa desviar do erro, pela ciência que me destes, a todos meus queridos e bem amados, a fim de que, conhecendo a verdade, possam louvar vosso Santo Nome, que seja eternamente bendito. Assim, pois, eu, Hortulano, – isto é, Jardineiro –, assim chamado por causa dos jardins marítimos, indigno como sou de ser chamado discípulo da Filosofia, movido pela amizade que devo a meus amados, quis deixar escrita a declaração e explicação das palavras de Hermes, pai dos Filósofos, ainda que sejam obscuras, aclarando sinceramente toda a prática da verdadeira Obra. Certamente, de nada serve que os Filósofos queiram esconder a ciência em seus escritos quando está operando a doutrina do Espírito Santo.
A Arte da Alquimia é Certa e Verdadeira.
O Filósofo disse: “é verdade”, referindo-se a que a arte da Alquimia nos foi dada. “Sem mentira”, disse, para convencer a quem diz que a ciência é mentirosa ou falsa. “Certo”, isto é, experimentando, pois tudo o que foi experimentado é muito certo. E “muito verdadeiro”, pois o muito verdadeiro Sol é procriado pela arte. Disse “muito verdadeiro” em modo superlativo, porque o Sol engendrado por esta arte ultrapassa a todo Sol natural em todas suas propriedades, tanto medicinais como outras.
A Pedra se Dividirá em duas Partes.
Continuando sua exposição, trata da operação da pedra, dizendo que “o que está embaixo é igual ao que está em cima”. Disse isso porque, pelo Magistério, a pedra se divide em duas partes principais: a parte superior, que vai para cima, e a inferior, que permanece embaixo, fixa e clara. E, sem dúvida, estas duas partes são semelhantes em virtude, daí haver dito: “O que está em cima é como o que está embaixo”. Certamente, esta divisão é necessária. “Para fazer os milagres de uma só coisa”, isto é, da Pedra, pois a parte inferior é a Terra, a nutriente e o fermento; a parte superior é a Alma, que vivifica toda a Pedra e a ressuscita. Por isso, uma vez realizadas a separação e a conjunção, aparecem os “numerosos milagres” na Obra secreta da Natureza.
A Pedra Possui, em si Mesma, os Quatro Elementos.
E “do mesmo modo que todas as coisas são e vêm do Uno por mediação do Uno”. Aqui o Filósofo exemplifica, dizendo que todas as coisas “são e vêm do Uno”, isto é, de um globo confuso ou de uma massa confusa, “por mediação”, quer dizer, pelo pensamento e pela criação do Uno, ou seja, de Deus Todo Poderoso. Assim, todas as coisas nasceram, ou saíram, desta coisa única, que é uma massa confusa, “por adaptação”, unicamente pelo mandato e milagre de Deus, assim, nossa Pedra nasce e surge de uma massa confusa, que contém em si todos os elementos e que foi criada por Deus, e por seu milagre nossa Pedra sai dali e nasce.
A Pedra tem Pai e Mãe,
que são o Sol e a Lua.
Do mesmo modo que vemos um animal gerar naturalmente outros animais com ele parecidos, assim o Sol gera artificialmente o Sol, pela virtude da multiplicação da pedra, e por isso continua: “o Sol é seu Pai” – o Ouro dos Filósofos. E, dado que em todas as gerações naturais há de haver um lugar próprio para receber as sementes com certa conformidade de semelhança entre suas partes, assim também é preciso que, nesta geração artificial da Pedra, o Sol tenha uma matéria que seja a matriz adequada para receber seu esperma e sua tintura. E isto é a Prata dos Filósofos, por isso continua dizendo: “a Lua é sua mãe”.
A Conjunção das Partes é a
Concepção e a Geração da Pedra.
Quando ambos se recebem um ao outro na concepção da Pedra, esta é engendrada no seio do Vento, e isto é dito em seguida: “O Vento a trouxe em seu seio”. Sabe-se que o Vento é o ar, e o ar é vida, e a vida é a alma, que, como já foi dito antes, vivifica a Pedra. Assim, pois, é necessário que o Vento traga toda a Pedra e a transporte, gerando o Magistério. Disso se infere que a Pedra deva receber o alimento de sua nutriente, a Terra. Disse ainda o Filósofo: “a Terra é sua nutriente”. Pois, como a criança que sem o alimento que recebe de sua mãe não cresceria jamais, assim também nossa Pedra jamais chegaria a existir sem a fermentação da Terra, e o fermento se chama alimento. Deste modo, por conjunção do pai com a mãe se gera os filhos, semelhantes aos pais, e que, se são submetidos a um demorado cozimento, tornar-se-ão semelhantes à mãe e terão o peso do pai.
A Pedra é Perfeita se a Alma se Fixa no Corpo.
“O pai de tudo, o Telesma de todo o mundo está aqui”. Isto é, na obra da Pedra há uma via final. E nota que o Filósofo chama a operação de o “pai de tudo”, o “Telesma”, ou seja, de todo o tesouro ou segredo de todo o mundo, ou ainda, de toda Pedra que se tenha podido encontrar neste mundo. “Está aqui”, como se dissesse: “aqui te mostro”. Pois o Filósofo disse: “Queres que mostre quando está acabada e perfeita a força da Pedra? Será quando ela se tenha transformado e convertido em sua Terra”, por isso disse: “sua força e potência serão completas, isto é, perfeitas, converte-se e se transforma em Terra”. Isto é, se a alma da Pedra (da qual antes se fez menção, dizendo que a alma é chamada Vento ou Ar e que nela está toda a vida e força da Pedra) se transforma em Terra da Pedra e se fixa, de tal maneira que toda a substância da Pedra esteja de tal modo unida à sua nutriente (a Terra) que toda a Pedra se transforme em fermento. De igual modo, quando se faz pão, um pouco de levedura nutre e fermenta uma grande quantidade de massa, mudando assim toda a substância da pasta em fermento, da mesma maneira o Filósofo indica que nossa Pedra terá de ser fermentada de modo a servir, ela mesma, de fermento para sua própria fermentação.
A Purificação da Pedra.
Continuando, ensina como se há de multiplicar a Pedra mas, antes, faz referências à purificação da mesma e à separação de suas partes, dizendo: “Separarás a Terra do Fogo, o sutil do espesso, suavemente e com grande perícia”. “Suavemente”, ou seja, pouco a pouco e sem violência, ou melhor, com espírito e habilidade, e por meio do excremento ou esterqueiro filosofal. “Separarás”, isto é, dissolverás, pois a dissolução é a separação das partes. “A Terra do Fogo, o sutil do espesso”, isto é, a sujeira e a imundície do Fogo, do Ar, da Água e de toda a substância da pedra, de modo que permaneça, em sua totalidade, sem mancha alguma.
A Parte não Fixada da Pedra há
de se Separar da Parte Fixa e Elevar-se.
Assim preparada, a Pedra já pode ser multiplicada. Por isso, aqui coloca a multiplicação e fala da fácil liquefação ou fusão desta por aquela, virtude que tem de ser penetrante nos corpos densos e sutis, dizendo: “Subirá da Terra ao Céu e de novo descerá à Terra”. Aqui, há que indicar que, ainda que nossa Pedra, durante sua primeira operação se divida em quatro partes – os quatro elementos –, existem nela duas partes principais, como já se disse antes: uma que sobe, chamada não fixa ou volátil, e outra que permanece fixa embaixo, chamada Terra ou fermento. Mas há que se ter uma grande quantidade da parte não fixa para se dar à Pedra quando esta estiver limpa e sem manchas, e terá que ser dada por meio do Magistério tantas vezes quantas sejam necessárias, até que, por virtude do Espírito, ao sublimá-la e fazê-la sutil, toda a Pedra seja levada para cima. Disto fala o Filósofo quando diz: “Sobe da Terra ao Céu”.
Logo Terá de ser Fixada a Pedra Volátil
Feito tudo isso, há que se incinerar esta pedra (assim exaltada e elevada ou sublimada), com o azeite extraído dela mesma durante a primeira operação, chamado água da Pedra. E se a fará retornar amiúde, sublimando-a, até que, pela virtude da fermentação da Terra (com a Pedra elevada ou sublimada), toda a Pedra desça ao seio da Terra por reiteração, permanecendo fixa e fluida. É isso que disse o Filósofo: “e descerá de novo à Terra, deste modo recebe a força das coisas superiores”, sublimando, “e das inferiores”, descendo, isto é, o corporal se tornará espiritual durante a sublimação e o espiritual se tornará corporal durante a descida, quer dizer, quando se reveste de matéria.
Da Utilidade da Arte e da Eficácia da Pedra.
"Por esse meio, terás a glória do mundo”, isto é, com esta Pedra, assim composta, terás a glória de todo o mundo e “toda a obscuridade se afastará de ti”. Quer dizer, toda pobreza e enfermidade. “É a força forte de toda força”, pois não há comparação entre a força desta Pedra e as outras forças deste mundo, “pois vencerá toda coisa sutil e penetrará toda coisa sólida”. “Vencerá”, ou seja, ao vencer e ao elevar-se, transformará e mudará o mercúrio vivo, congelando-o, por mais que seja sutil e brando, e penetrará os demais metais, que são corpos duros, sólidos e firmes.
O Magistério imita a criação do Universo.
o Filósofo dá um exemplo da composição de sua Pedra, dizendo: “Assim foi criado o mundo”. Assim, temos que nossa pedra se faz da mesma maneira que foi criado o mundo, pois as primeiras coisas de todo o mundo, e tudo o que no mundo tenha havido foi previamente uma massa confusa, sem ordem, um caos, como dito antes. E, depois, por artifício do soberano Criador, essa massa confusa, após ter sido admiravelmente separada e retificada, foi dividida em quatro elementos; e, devido a tal separação, são feitas diversas e diferentes coisas. Assim também se pode fazer diversas e diferentes coisas pela produção e disposição de nossa Obra e pela separação dos elementos dos diversos corpos. “Disso sairão admiráveis adaptações”, isto é, se separas os elementos, far-se-ão as admiráveis composições próprias de nossa Obra, na composição de nossa Pedra, por conjunção dos elementos retificados. Das quais, isto é, destas coisas admiráveis e adequadas a tal fim, o “meio”, quer dizer, o meio de proceder “está aqui”.
Declaração Enigmática da Matéria da Pedra.
"Por isso sou chamado Hermes Trismegisto”, isto é, Mercúrio três vezes muito grande. Depois de haver mostrado a composição da Pedra, o Filósofo declara, de modo enigmático, de que é feita nossa Pedra, nomeando-se a si mesmo. Em primeiro lugar, para que seus discípulos, quando chegarem a esta ciência, recordem-se sempre de seu nome. Sem dúvida, aquilo com que se faz a Pedra é tratado a seguir, quando ele diz: “Porque tenho as três partes da Filosofia de todo o mundo”, que estão, as três, contidas em nossa Pedra, isto é, no Mercúrio dos Filósofos.
Por que se diz que a Pedra é Perfeita?
Diz-se que essa Pedra é perfeita porque ela tem, em si, a natureza das coisas minerais, vegetais e animais, daí ser chamada tríplice e também tri-una, isto é tríplice e única, que possui em si quatro naturezas, os quatro elementos, e três cores: o negro, o branco e o vermelho. Ela também é chamada “Grão de trigo”, que, se não morre, fica sozinho; porém, se morre, (como antes se disse quando se falou da conjunção) trará muitos frutos, assim que as operações de que temos falado se cumpram. Oh, amigo leitor! Se já sabes a operação da Pedra, verás que te disse a verdade; se não a sabes, não te disse nada. “O que foi dito da Operação do Sol está cumprido e acabado”. O que se disse da operação da Pedra de três cores e de quatro naturezas que estão em uma única coisa, a saber, no Mercúrio Filosofal, está cumprido e acabado.Wikwpédia.

O LIVRO SAGRADO DE THOT.


Basicamente, os ensinos de Thot chegaram à atualidade baseados em escassos documentos que constituem o “Kabalion” , “A Tábua da Esmeralda”, “Pistis Sophia”, “Corpus Hermeticum”, e alguns outros papiros. Naturalmente que o acervo de ensinamentos de Thot estão contidos em muitos outros documentos que foram preservados e mantidos sob a guarda de Ordens Iniciáticas. Tratam-se de documentos originais e cópias que foram preservados do incêndio da Biblioteca de Alexandria. Entre os documentos preservados existem aqueles que deram base ao desenvolvimento da Alquimia.
De um modo geral podemos dizer que a Cosmologia Mística, a Magia e a Alquimia no atual ciclo de civilização têm como base os ensinamentos de Thot.
No Egito milenar Thot era considerado um deus, desde que era detentor do conhecimento sobre tudo quanto há, mas apenas uma parte desse imenso cabedal de conhecimentos foi gravada em uma imensa quantidade de papiros, em grande foram destruídos no incêndio da Biblioteca de Alexandria. Além daqueles inumeráveis documentos, é afirmado haver sido escrito uma outra série de documentos considerados secretos, razão pela qual não constavam da Biblioteca de Alexandria, mas que eram secretamente guardados pelas Escolas Iniciáticas. Diz que os conhecimentos secretos, especialmente sobre magia e alquimia foram gravados em 36.535 rolos de papiro e “escondidos debaixo da abóbada divina” e que só poderiam ser achados pelo verdadeiro merecedor, que usaria tal conhecimento em benefício de gênero humano. Porém, tudo indica que parte de tal acervo dos ensinamentos secretos foram encontrados no transcorrer dos milhares de anos que durou a civilização egípcia.
A tradição de uma doutrina secreta de Thot parece haver sido bem estabelecida no Egito, conforme um papiro que data a 12ª Dinastia e onde está gravado: “Então o Rei Khufu disse a Dedi. Há o rumor de que você conhece os santuários da câmara secreta do documento de Thot? Dedi disse: Por favor, eu não conheço os santuários deles, Soberano, meu senhor, mas eu conheço o lugar onde eles estão. O rei disse: Onde eles estão? E Dedi disse: Há uma passagem que conduz a uma câmara chamada o Inventário, em Heliópolis”.
Existe uma declaração de Clemente de Alexandria em que há referência a 42 textos atribuídos a Hermes (Thot) e que tratam de trabalhos geográficos e médicos, entre outros, e que eram usados na educação dos sacerdotes.
Hermes Trismegisto inventou muitas coisas necessárias para a vida, e lhes deu nomes próprios. Assim é dito que ele ensinou os homens como escrever os seus pensamentos e organizar uma linguagem apropriada. Instituiu as cerimônias a serem observadas na adoração aos Deuses; ele observou o curso das estrelas e ensinou a astronomia; inventou música; diversos exercícios; a matemática e a geometria mediante o que os grandes monumentos puderam ser construídos; ensinou como usar os medicamentos; a arte trabalhar os metais. Inventou alguns instrumentos musicais, entre estes a lira de três cordas.
Nos primeiros séculos da civilização egípcia somente podiam chegar ao trono àqueles que fossem Iniciados nos Mistérios que eram considerados Sacerdotes do Deus Vivente. A eram reveladas as ciências e artes, e explicados os mistérios dos símbolos ocultos.
A literatura hermética cita uma série de papiros que descrevem vários procedimentos hoje chamados de mágicos. Em alguns há um diálogo direcionado a Asclepcius.Atualmente o texto disponível na literatura está muito incompleto, mas o original ainda existe, mas só disponível aos iniciados de nível elevado. Nele são descritos métodos mágicos para várias finalidades, entre eles o da arte de “prender” os espíritos de demônios, assim como também os de anjos, em estátuas com ajuda de ervas, pedras preciosas e aromas. Dizem documentos existentes em diversos museus que os sacerdotes egípcios construíram estatuas de deuses que podiam falar e profetizar.
Existem fragmentos em alguns museus, bem como em outros documentos zelosamente guardados pela V\O\H\ com uma exposição de Cosmogonia Hermética, desenvolvimento da alma humana. O principal desta obra foi por muito tempo erroneamente denominado de “A Gênese de Enoch”, mas já foi corrigido.
A magia dos ensinamentos de Thot deve-se ao documento denominado “A Tábua da Esmeralda”. A história do descobrimento deste célebre documento, no tocante à data é ignorada, mas não é certamente tão velho quanto muitos supõem. O que se sabe com autenticidade é que a exposição do conteúdo da Tábua da Esmeralda com certeza foi transmitida pelos alquimistas muçulmanos na Síria no décimo ou décimo primeiro século.
Thot confiou aos seus sucessores escolhidos um livro hoje conhecido pelo nome de “O Livro Sagrado de Thot”. Este trabalho relata os processos secretos pelos quais a regeneração da humanidade será realizada. Ele tem servido de chave para outras obras iniciáticas. Os papiros com o conteúdo original desse livro existe, mas não é de domínio público; somente os Iniciados da Hierarquia Hermética podem conhecer o seu conteúdo, o que nele é revelado Somente a eles é dado saber o significado das páginas cobertas de hieróglifos e símbolos estranhos. Podemos dizer que são símbolos que podem conferir poderes sobre elementais da natureza, em especial os Devas do Ar e da Terra.
Quando certas áreas do cérebro são estimuladas pelos processos secretos dos Mistérios do Livro Sagrado de Thot a consciência é expandida a um nível tal que pode atingir o patamar de poder ver os Imortais e até mesmo sentir-se na presença dos Deuses Superiores, assim o Livro de Thot é considerado por muitos como uma das chaves da imortalidade. Trata-se da suprema meta da Grande Obra Alquímica.
De acordo com lenda, o Livro de Thot ainda é mantido em uma caixa dourada no santuário interno do templo da Esfinge. Havia apenas uma chave que ficava em poder do “Mestre dos Mistérios”, e em data posterior no mais alto iniciado do “Arcanum Hermeticum”.
O Livro Sagrado de Thot ficou perdido para o mundo antigo com a decadência das Escolas de Mistérios, quando ele foi guardado numa urna lacrada para, no momento preciso, ser novamente encontrado. O livro há alguns séculos foi encontrado e talvez se deva a ele o grande desenvolvimento que teve a Alquimia no Período Medieval. Àqueles que levam uma vida digna de um verdadeiro Peregrino da Senda é dado progressivamente saber as práticas nele contidas e assim chegar até a presença dos Imortais. Nenhuma outra informação pode ser dada para o mundo profano a respeito do que foi ensinado nesta área por Thot. O segredo continua selado, mas mesmo assim acessível a todo aqueles que desejem servir à humanidade segundo a orientação dos “Imortais”.Wikepédia

A Magia Elemental nas Religiões.


Família de Sátiros, autoria de JohfraO Conhecimento Iniciático sempre se utilizou de imagens específicas para representar o Cosmos, o universo, a vida espiritual e suas múltiplas formas de manifestação, Evolução e Involução. De acordo com os postulados da psicologia interior, essas realidades eram representadas em linguagem simbólica, parabólica e/ou metafórica. Temos símbolos universalmente aceitos por todas as culturas e pensamentos, como as Montanhas, os Templos, as Espadas e os Cálices e temos também as árvores sagradas.
A Árvore Misteriosa, situada no centro do paraíso, é um símbolo encontrado em em todas as culturas espirituais representando a estrutura do universo. Normalmente seus galhos tocam os confins do Infinito e suas múltiplas dimensões, e seus frutos representam os atributos positivos do Eterno.
Sem exceção, a Árvore Sagrada fez parte das tradições genesíacas de povos, tais como os maias, astecas e incas, os egípcios, os cabalistas hebreus, persas, druidas, povos nórdicos, chineses, japoneses, coreanos, maoris, nativos africanos etc. Vejamos alguns exemplos como ilustração.
A Árvore Bodhi.
É universalmente reconhecida a imagem do Buda Sakiamuni recebendo sua iluminação, após 49 dias de meditação profunda, sentado sob a árvore bodhi, normalmente representada como uma figueira da índia (na verdade, um trabalho profundo de iluminação dos 49 níveis de sua mente pela energia sagrada da kundalini, simbolizada pela Árvore do Bem e do Mal. Na Bíblia, lê-se: "Comereis dos frutos de todas as árvores, menos da árvore do Bem e do Mal", ou seja, não usar a energia sexual animalescamente, mas magicamente). Daí essa portentosa árvore ser considerada na Ásia como a Árvore da Vida. Afirmam as tradições budistas que a árvore sagrada protegia o Buda das investidas do demônio Marah; ela o protegia envolvendo o Iluminado com seus galhos.
A àrvore Escandinava.
A versão nórdica da árvore da vida está bem detalhada nos Eddas, a bíblia escandinava, na verdade uma coletânea de contos de fundo esotérico. Chamada de Yggdrasil, essa árvore representava o deus Ygg (ou Odin) e era um gigantesco Freixo situado no cimo de uma montanha. Yggdrasil que servia de abrigo para as reuniões e concílios dos deuses e seus galhos ultrapassavam os limites dos céus.
Quatro cervos (os Devarajas) se alimentavam de seus brotos, em seu topo vivia uma majestosa águia (o Espírito) e em suas raízes se encontrava a poderosa serpente Nidhugg (a Kundalini a ser desperta). Essa árvore sagrada era eterna porque estendia suas três raízes(as forças primárias) até duas fontes: a da primavera e a da sabedoria, guardadas pelo lobo Fenris (a Lei) e pelo gigante de gelo Mimir (as forças instintivas da natureza). O Yggdrasil é a única potência capaz de levar os "mortos na batalha" para o Valhalla (o Paraíso) e de impedir o fim do mundo, dos Deuses e dos homens (esse Fim do Mundo, entre os nórdicos, chama-se Ragnarok).
Plantas Sagradas Entre os Gregos.
A magia vegetal esteve intimamente ligada aos deuses e tradições greco-romanos. Vejamos algumas, como referência:
TRIGO: Foi o dom supremo de Deméter, ou Ceres, Deusa da Terra. É o alimento do corpo e da alma. Como o arroz entre os orientais e o milho entre os pré-colombianos, o trigo representa a chave da vida e da abundância. É a energia à espera de sua transmutação. Elemental Solar.
UVA: Dedicado ao deus Baco, ou Dionisios, do Êxtase, da Castidade e das Artes. O vinho representa o trabalho sagrado da transmutação alquímica. Com o trigo, eram os dois principais símbolos do anelo de Liberação nos Templos de Elêusis e posteriormente se transformaram em parte do mistério crístico da Salvação (Mistério Eucarístico). Na Alquimia egípcia e depois na medieval, o pão e o vinho foram representados pelo Sal e o Enxofre. Elemental Venusiano, especialista em Magia Mental.
OLIVEIRA: É ao mesmo tempo alimento, medicina e combustível. Está ligado a Minerva, ou Palas Atena, deusa da Sabedoria e do Fogo.
LOURO: Árvore sagrada do solar Apolo, ou Helios, representa o triunfo conquistado depois de longas batalhas e duros sacrifícios. É um dos símbolos dos videntes e profetas. Elemental Solar.
ARTEMÍSIA: Planta consagrada a Diana caçadora (Ártemis), a que socorre as mulheres no parto. O interessante é que essa planta regula a menstruação e evita a gravidez. Elemental do Fogo, marciano.
MURTA: Consagrada a Vênus-Afrodite. Além de afrodisíaca, diz-se que a aura da murta alimenta o amor nos lares.
PINHEIRO: Associado a Júpiter-Zeus, por sua presença majestosa e força. Esta árvore, pela solidez de sua madeira, representa a perpetuidade da vida. Elemental Saturniano.
Além das associações com as divindades, muitas plantas tinham íntima relação com determinados templos oraculares. Delfos e Delos estavam ligados ao louro, Dodona ao carvalho, Epidamo e Boécia à canela e árvores condimentares.
Também temos muitas outras representações que nos remontam à presença e à manifestação da Divindade. Temos o Ashvata ou figueira sagrada da sabedoria oriental; o Haoma dos mazdeistas, onde se vê Zoroastro esquematizando o homem cósmico; o Zampoun tibetano e o carvalho de Ferécides e dos celtas. Duas das tradições que nos chegaram de forma mais complexa são a das plantas bíblicas e seu simbolismo e a Árvore da Vida cabalística.
Plantas Bíblicas.
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento são considerados mananciais abundantes dos simbolismos vegetais. O mistério do mundo das plantas é tão importante que vemos Deus criando com especial ênfase o reino vegetal nos primeiros Dias do Mundo. em
"Em seguida, Ele disse:
-Que a Terra produza todo tipo de vegetais, isto é, plantas que dêem sementes e árvores que dêem frutos.
E assim aconteceu. A Terra produziu todo tipo de vegetais: plantas que dão sementes e árvores que dão frutos. E Deus viu que o que havia acontecido era bom. A noite passou e veio a manhã. Esse foi o terceiro Dia."
A partir disso, vemos centenas de citações, algumas complexas, outras de forma superficial, de diversas plantas e árvores. Chegamos a contar mais de cinqüenta espécies diferentes.
Por trás de meras citações, esconde-se uma sabedoria maravilhosa, um mistério conhecido por poucos esoteristas. A Magia Bíblica é algo muito profundo e merece um estudo a parte. Sabemos que a Bíblia é um aglomerado de livros altamente simbólicos, onde se vê o Caminho Iniciático completo; o trabalho total da realização alquímica da Alma e do Espírito; a história, não só do povo hebreu, mas de nosso planeta e também da Galáxia. É um livro fantástico para quem sabe interpretá-lo: os que possuirem as chaves da Alquimia, da Astrologia Hermética, Psicologia esotérica e Cabala conhecerão a letra viva e não a letra morta, como a maioria. A Magia Elemental é um dos legados ocultos desse livro sagrado.
Os elementais encarnados nas plantas bíblicas podem ser trabalhados na cura, na harmonia, na aceleração de nosso processo espiritual, no fortalecimento de nossas virtudes e poderes internos etc.
- 'Veja, estou lhe dando a mensagem que você deve anunciar. Hoje, estou lhe dando poder sobre nações e reinos, poder para arrancar e derrubar, para destruir e arrasar, para construir e plantar'.
O Eterno me perguntou:
- 'O que é que você está vendo?'
- Um galho de amendoeira- respondi.
O Eterno me disse:
- 'Você está certo; eu também estou vigiando para que minhas palavras se cumpram'.
Além de conter informações secretas de outro vegetal(a planta da coca), a vara da amendoeira representa o Cetro do mago e o bastão dos patriarcas, símbolos iniciáticos do trabalho alquímico com a energia da Kundalini, que dá poder sobre tudo e todos. Além disso, temos o trabalho mágico propriamente, com o elemental da amendoeira, poderoso tanto para o bem quanto para o mal. Os magos europeus, especialmente os Druidas, costumavam dissolver trabalhos de magia negra e também curar à distância com essa planta. É interesante notar que as palavras amendoeira e vigiando são muito parecidas, na língua hebraica.
A Serpente era o animal mais esperto que o Deus Eterno havia feito. Ela perguntou à mulher:
- 'É verdade que Deus mandou que vocês não comessem as frutas de nenhuma árvore do Jardim?'
A mulher respondeu:
- 'Podemos comer as frutas de qualquer árvore, menos a fruta da árvore que fica no meio do Jardim. Deus nos disse que não devemos comer dessa fruta nem tocar nela. Se fizermos isso, morreremos.
Mas a Serpente afirmou:
- 'Vocês não morrerão coisa nenhuma! Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, seus olhos se abrirão e vocês serão como Deus, conhecendo o Bem e o Mal.'
A mulher viu que a árvore era bonita e que as suas frutas eram boas de se comer. E ela pensou como seria bom ter Conhecimento. Aí apanhou uma fruta e comeu; e deu ao seu marido e ele também comeu. Nesse momento os olhos dos dois se abriram e eles perceberam que estavam nus. Então, costuraram umas folhas de figueira para usar como tangas.
A magia da figueira está intimanente ligada às energias sexuais. O Avatar de Aquário afirma que os Anjos que regem a evolução dos elementais das figueiras determinam nosso karma, baseados em nossa conduta sexual; são anjos ligados aos Senhores do Karma que dirigem todo o Sistema Solar. Além disso, o elemental dessa planta pode ser utilizado para curar nossa função sexual. É curioso observar que o figo maduro assemelha-se a um escroto e dentro dele centenas de pequenos filamentos parecidos com espermatozóides.
A Árvore Cabalística.
Os místicos judeus, ou cabalistas, primeiro criaram um Jardim repleto de árvores frutíferas; em seguida, estabeleceram duas delas(a árvore da ciência e a árvore do Bem e do Mal) no meio do Éden e as transformaram no centro de todo o drama da humanidade.
A Árvore Sefirótica, ou Cabalística, é um desenho mágico-filosófico que representa a Adão Kadmon, ou Homem Cósmico, Deus, e às muitas dimensões onde Ele se manifesta e trabalha. Na verdade é uma tentativa de esquematizar de forma diagramática as forças universais. A Árvore Sefirótica possui dez galhos, ou Emanações divinas, que seriam os dez mundos ou Dimensões.
Cada Ordem possui seus atributos, seus poderes, suas virtudes. Conhecendo os mantras e exercícios para se entrar em contato com essas dimensões, temos a possibilidade de manipular os atributos dos Seres daqueles mesmos planos. Parafraseando o grande Hermes: "O que está em cima é como o que está embaixo e o que está fora é como o que está dentro(e vice-versa)", descobriremos o motivo de se estudar o Diagrama Sefirótico. As potências divinas, angélicas e elementais, quando invocadas, fazem vibrar nossos diversos corpos interiores, e as virtudes e poderes desses Deuses sefiróticos se farão sentir nos átomos anímicos.
As três primeiras Emanações (Kether, Chokmah e Binah) são batizadas com o nome de Coroa Sefirótica, ou Triângulo Divino, e representam a chamada Santíssima Trindade de todas as religiões solares. São as três forças primárias organizativas de tudo o que é e o que será. A partir daí, temos as sete Séfiras, que vêm a ser os sete mundos, ou planos. Vêm a ser os sete corpos de nossa constituição interna, como já estudamos anteriormente, ou seja, de Chesed a Yesod, temos nossos corpos internos e Malkuth (o Reino) vem a ser nosso corpo físico. Queremos trabalhar sobre nosso corpo astral, otimizar nossas emoções, equilibrar nossos chacras astrais e preparar-nos para os exercícios de magia prática? Trabalhemos com os anjos lunares, regidos por Gabriel! Necessitamos curar alguém com sérios desequilíbrios mentais, ou compreender as forças mentais que regem nosso Destino? Invoquemos o Meritíssimo Arcanjo Rafael, de Mercúrio, e seus auxiliares! Necessitamos unir um casal em conflito, ou encher um lar desarmônico com os Átomos do Amor, que se encontram estacionados no mundo causal(pois o Amor é a Causa e a Origem de tudo)? Realizemos a Magia do Amor com Uriel e seus inefáveis anjos rosa! Ou necessitamos despertar os atributos solares, superiores, de nossa Consciência Espiritual, como Dignidade, Humildade, Fé, Esperança, Empatia,Obediência à Lei etc.? Supliquemos ao Cristo Michael, Arcanjo de nosso Sistema Solar, que incita o fortalecimento da Geburah interior, a Bela Helena! Gostaríamos de despertar os valores guerreiros de nosso Espírito, nosso Pai Interno? Chamemos a Samael, Gênio do planeta Marte e que faz vibrar nosso Chesed Íntimo!
Prática.
É necessário que você tenha, para esta prática, um vaso de planta. Pode ser um pequeno vaso com uma roseira, violeta ou outra qualquer. Sugerimos um pé de hortelã-pimenta, planta maravilhosa que nos ajuda a recordarmos nossa vida passada. Se desejar deitar-se na cama, coloque o vaso no criado-mudo. Relaxe o corpo como das vezes anteriores e vocalize seu mantra de preferência. Pode ser o AOM. Peça à sua Divindade Interior, ao seu Cristo Interno ou à sua Mãe Natureza Interior para que você sinta/veja a presença do elemental da planta que está no vaso. Entre em meditação e vibre com a Inteligência que existe dentro dessa planta.Wikepédia.