– Necrópole do Antigo Egito localizada na margem ocidental do rio Nilo, em frente a cidade de Luxor (antiga Tebas), no Alto Egito. Neste local foram sepultadas rainhas, príncipes e princesas do tempo da Império Novo, sobretudo das XIX e XX dinastias.
Os antigos egípcios atribuíram diversos nomes ao local, entre os quais Taset-Neferu "o lugar da beleza", Tainet-aat "o grande Vale" e Taset-resit "o Vale do Sul", porque é situado a sul do Vale dos Reis.
Durante a 18ª dinastia, príncipes, princesas e seus educadores foram enterrados no local que ainda não era o Vale das Rainhas, tradicionalmente só se enterravam ali personagens da corte, em simples poços funerários. No início da era ramessida aparece uma inovação fundamental – a rainha Sat-Re "a filha da luz divina", grande esposa real de Ramsés I, mãe de Sthi I e avó de Ramsés II, decide mandar escavar a sua morada eterna nesse local, que recebeu o nome de "lugar da regeneração espiritual". Seu túmulo é pequeno, suas paredes ostentam uma decoração simbólica que faz dele o equivalente de uma morada eterna do Vale dos Reis. As figuras das divindades são traçadas com elegância, a pintura é apenas esboçada, mas o tom é dado: a rainha encontra criaturas do Além, tendo de conhecer os seus nomes para dominá-las.
No Vale das Rainhas existem cerca de oitenta túmulos, o mais famoso da necrópole é o da rainha Nefertari, uma das esposas principais do faraó Ramsés II, foi alvo de restauração durante vinte anos, tendo sido reaberto ao público, embora em circunstâncias restritivas (permite apenas um certo número de visitantes por alguns minutos).
Mesmo com as irremediáveis destruições dos túmulos, alguns deles, como o da rainha Titi, contém ainda cenas muita belas, numa delas encontra Hathor, a «divina protetora do Vale», que lhe oferece a água da regeneração. Na capela da princesa Nebet-Tauy "filha" de Nefertari, um relevo mostra a jovem mulher com uma coroa que comporta um sol no meio de duas grandes plumas, estendendo o braço sobre um altar carregado de oferendas; tem na mão o cetro que lhe permite consagrar essa oferendas, purificando-as e consagrando a sua essência imaterial. Esse ato ritual é habitualmente praticado pelo faraó.Wikepédia.
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